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PRELIMINARMENTE
Requer a Requerida que lhe sejam concedidos os benefícios da Justiça
Gratuita, com fulcro no disposto ao inciso LXXIV, do art. 5º da Constituição Federal e na Lei nº.
1.060/50, em virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra e sem condições de
arcar com os encargos processuais, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família.
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que durante a constância do casamento, Requerente e Requerido adquiriram os seguintes
bens:
01 (uma) casa situada na Leão, n°. 622, bairro Cidade Satélite, Boa Vista/RR, avaliada em R$
180.000,00 (cento e oitenta mil reais), financiada pela CAIXA, com parcela mensal de R$ 1.200,00 (mil
e duzentos reais), das quais já foram quitadas 09 (nove), restando o adimplemento de 411 parcelas;
01 (um) terreno urbano, situado na Rua Faculdade Amazônia Quadra 171, Lote 432, bairro Universitário,
Boa Vista/RR, avaliado em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), financiado, cuja parcela mensal é no valor de
R$ 378,56 (trezentos e setenta e oito reais e cinquenta e seis centavos), restando inadimplentes ainda
67(sessenta e sete) parcelas.
01 (um) carro modelo Corolla, ano 2004/2004, Placa JXH 4004, que encontra-se na posse do
Requerente, financiado, cuja parcela mensal é no valor de R$ 378,50 (trezentos e setenta e oito reais e
cinquenta centavos), restando inadimplentes 17 (dezessete) parcelas;
01 (um) carro modelo Celta, Placa NAZ2516, que encontra-se na posse da Requerida;
01 (uma) empresa denominada HIULBY KENNEDY P. DA SILVA ME – CNPJ n°. 16.659.333/0001-67,
cujo capital social é de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Isto posto, a Requerida concorda que de fato esses são os bens adquiridos
pelo casal, mas os fatos alegados pelo Autor somente em parte condizem com a verdade,
sendo que o mesmo omitiu algumas informações que serão expostas e comprovadas perante
este Juízo.
DOS ALIMENTOS
Considerando que o Autor saiu de casa para dar continuidade à relação
extraconjugal, deixando a sua própria filha e genitora a própria sorte, a Requerida ajuizou
demanda de alimentos ao qual tramita na 2ª VARA DE FAMÍLIA desta Comarca,
Sendo assim, Excelência, cumpre frisar algumas informações ao qual o Autor
fez questão de omitir na exordial. A sociedade conjugal foi rompida por culpa exclusiva do Autor,
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quando este abandonou o lar para dar continuidade à relação amorosa com outra mulher ao
qual adquiriu na constância do casamento, em consequência dessa atitude, suspendeu os
auxílios financeiros em favor da ex-companheira e da filha, instalando um verdadeiro caos na
havida estabilidade familiar.
Antes de deduzir considerações acerca das efetivas necessidades
alimentares, faz-se mister algumas considerações prefacias.
Desse modo, o Autor manteve ao longo dos desses anos um padrão de vida
elevado e proporcionou conforto e comodidade à infante, suprindo todas as necessidades festa
visto apresentar uma satisfatória posição financeira, sendo que, sempre compartilharam no seu
dia a dia todas às atividades relacionada à filha, como almoços diários em família, atividades de
lazer aos finais de semana em clubes particulares, inclusive viagens de férias, conforme
documentos em anexo.
No que tange às possibilidades do alimentante, em pese ter alegado perante
este Juízo que perfaz renda mensal de R$3.000,00 (três mil reais), estima a genitora que da
infante que este tenha renda mensal aproximada entre R$12.000,00 (onze mil reais). O elevado
padrão de vida arcado quase que exclusivamente pelo Autor se exterioriza por vários sinais
aparentes de riqueza, dentre os quais destacam-se:
Constantemente a família realizava viagens de férias (Manaus, São Paulo, Rio de Janeiro),
conforme fotografias acostadas. Nas ocasiões em que o Autor viajava sozinho, sempre
trazia presentes.
Em regra todos os aniversários da filha, custeados exclusivamente pelo Autor, eram
realizados na residência do casal, chegando a orçar festas no montante de R$5.000,00
(cinco mil reais).
No corrente ano, o Autor levou a Requerida para uma nova ”Lua de mel” no Rio de
Janeiro – RJ.
Também no corrente ano fizeram viajem para São Paulo, conforme fotos acostadas.
Todos os finais de semana, a família fazia refeições em restaurantes da cidade, ou
passavam o dia em clubes particulares.
Às expensas exclusivas do Autor, mantinham empregada doméstica (para limpeza da
casa e como cuidadora da filha), a qual teve de ser dispensada por insuficiência de
recursos por parte da Requerida.
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No caso em tela atuou o Autor em flagrante abuso de direito. Tudo estava
sob o seu controle; todas as despesas da genitora e da filha.
Destacam-se, dentre outras, as principais despesas FAMILIARES mensais,
as quais estão alçadas em R$8.418,00 (oito mil quatrocentos e dezoito reais). Senão Vejamos:
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Restaurantes = R$700,00 R$1.558,00 Quando iam à Santa Helena – VE,
as partes gastavam em média
R$2.000,00 (compras,, hotel e
alimentação)
Semanalmente o Autor colocava
Celular R$120,00 R$30,00 em recargas.
Extras R$2.000,00
Total R$11.418,93
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“É preciso, entretanto, nunca perder de vista que o fundamento primário da obrigação
alimentar é o vínculo de parentesco, é a relação biológica da paternidade declarada
pelo ato voluntário ou judicial de perfilhação”. (grifos nossos)
Assim, sem dúvida, deve a fixação dos alimentos pautar-se nas necessidades
de quem os recebe e possibilidades de quem os presta, de forma que seja assegurado ao
alimentando um padrão de vida condizente com a situação econômica de seus pais.
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DA PARTILHA DE BENS
O Requerente alegou que os cônjuges na constância da união casamentaria
adquiriam os seguintes bens:
01 (uma) casa situada na Leão, n°. 622, bairro Cidade Satélite, Boa Vista/RR, avaliada em R$
180.000,00 (cento e oitenta mil reais), financiada pela CAIXA, com parcela mensal de R$ 1.200,00 (mil
e duzentos reais), das quais já foram quitadas 09 (nove), restando o adimplemento de 411 parcelas;
01 (um) terreno urbano, situado na Rua Faculdade Amazônia Quadra 171, Lote 432, bairro Universitário,
Boa Vista/RR, avaliado em R$ 20.000,00 (vinte mil reais), financiado, cuja parcela mensal é no valor de
R$ 378,56 (trezentos e setenta e oito reais e cinquenta e seis centavos), restando inadimplentes ainda
67(sessenta e sete) parcelas.
01 (um) carro modelo Corolla, ano 2004/2004, Placa JXH 4004, que encontra-se na posse do
Requerente, financiado, cuja parcela mensal é no valor de R$ 378,50 (trezentos e setenta e oito reais e
cinquenta centavos), restando inadimplentes 17 (dezessete) parcelas;
01 (um) carro modelo Celta, Placa NAZ2516, que encontra-se na posse da Requerida;
01 (uma) empresa denominada HIULBY KENNEDY P. DA SILVA ME – CNPJ n°. 16.659.333/0001-67,
cujo capital social é de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais).
Ocorre que o Autor tenta neste pleito, se passar por vítima em todo o
processo, sendo que, ao se ausentar da residência comum do casal, levou praticamente todas
os bens móveis, iniciando à partilha de bens, condicionada apenas à sua vontade, onde no
momento em que realizou a retirada dos bens, o fez em horário que a Requerida não estava no
local, afim de esconder a sua ”COVARDE’’ atitude. Subtraindo da residência os seguintes bens:
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e todos os jogos de colchas de cama do casal, deixando a Requerida dormindo no
chão e sem cobertas.
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Excelência! É desarrazoado as atitudes do Autor, ainda no sentido de
esconder os reais proventos da empresa do casal, alegando que perfaz o montante mensal de
R$3.000,00, sendo que em um único mês de faturamento na empresa no mês de julho de
2013 teve aproximadamente um rendimento bruto de R$40.289,89, e ao final com os devidos
descontos obteve rendimentos alçados em R$15.718,72 (conforme Doc. Extrato Unificado
Bradesco Prime, acostado nos autos)
Excelência!
Além dos bens e dividas mencionados pela Requerida, o casal sempre estava
guardando valores para de fato progredir na vida, alçando valores de aproximadamente
R$40.000,00 (quarenta mil reais) em economias do casal que eram guardados em conta de
titularidade do Autor, e no decorrer da separação quando questionado sobre as economias do
casal, simplesmente sumiu com os valores e afirmou que não pertenciam à Requerida.
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Ocorre, que em maio do corrente ano, a Requerida descobriu que o Autor,
ora seu esposo, tinha uma relação extraconjugal com outra mulher, sendo este o pivô da
separação do casal.
Insta salientar, que a Requerida vem sofrendo grande abalo moral perante
toda a situação exposta,
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III - mútua assistência;
IV - sustento, guarda e educação dos filhos;
V - respeito e consideração mútuos.
“O casamento que obriga cumprir o dever legal da fidelidade é aquele que se alimenta
na aliança protegida pela honestidade e pelo comportamento social pautado na ética
e pela boa-fé, valores que quando se discute a culpa unilateral. A fidelidade somente
existe quando é mútua e quando o amor é compartilhado com a mesma intensidade.”
“Quem casa sabe que está assumindo com o outro um pacto. Não pode ser
desleal esperando que somente o outro cumpra as promessas do casamento. A
lealdade é inerente ao respeito e deve ser exercida por aqueles que se dispõe a
permanecer casados.
" que o adultério é a traição da confiança de todos: do marido, mulher e filhos, parentes
e amigos. É a ofensa às instituições e até mesmo ao dogma religioso. É o menoscabo,
escárnio, vilipendio ao companheiro, com o desfazimento da afettio societatis. Ofende
a honra objetiva da pessoa, de sorte a causar mágoa, tristeza, frustração e angústia.
Não se exige que esse comportamento se exteriorize e chegue ao conhecimento
externo; que ganhe publicidade. O só comportamento já causa mal à pessoa,
ofendendo a sua dignidade, ferindo o seu amor próprio. Caracteriza, portanto, ofensa
grave e, para alguns, insuportável. Então, se a ofensa moral está ínsita - in re ipsa -
mostra-se exagerado e desarrazoado impor que, para que se o reconheça a
obrigação de o cônjuge infiel reparar, se exija que essa infidelidade ganhe publicidade
e se converta em despudorada exibição pública."
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O artigo 5°, X, de nossa Carta Magna versa que: “são invioláveis a intimidade,
a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação”. Este artigo prevê expressamente a possibilidade
de ressarcimento por ocasião de dano moral ou material causado por ato de outrem capaz de
violação, inclusive, da honra das pessoas.
O dano moral indenizável, como exposto acima, tem sua origem no abalo
psíquico que é proporcionado à vítima originado por ato de outrem.
Comumente as ações que tem por objeto a indenização por dano moral são
processadas na justiça comum através das varas cíveis, porém, os tribunais vêm entendendo
que no caso do pedido de danos morais intimamente vinculados a relações familiares a
competência para o julgamento do feito é da vara de família e sucessões, assim, vejamos:
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Logo, a Requerida espera ser indenizada pelos danos morais acima expostos
e comprovados, por ser medida de justiça.
2. A intimação do Autor para que querendo responda o pedido contraposto, e ao final seja
JULGADO A PROCEDÊNCIA DO PEDIDO CONTRAPOSTO;
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8. Protesta provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidas, em
especial a oitiva de testemunhas e o depoimento pessoal do requerido, sob pena de
confesso.
Termos em que,
Pede deferimento.
Smiller Carvalho
Acadêmico de Direito
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