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EXCELENTISSIMO SENHOR(A) DOUTOR(A) JUÍZ(A) DA ____ VARA CÍVEL DA

COMARCA DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS - PR.

ANA CLARA BARBOSA DA SILVA, (nacionalidade),


menor, nascida em 05/03/2015 e PEDRO DA SILVA JÚNIOR, (nacionalidade), menor,
nascido em 08/04/2009, neste ato representados por sua genitora ANA BARBOSA
DA SILVA, (nacionalidade), divorciada, do lar, portadora do RG nº ...... e inscrita no
CPF nº ...., residente e domiciliada na Rua .........., (cidade) CEP: ......, por intermédio
de sua procuradora constituída (procuração anexa), vem, respeitosamente, ajuizar a
presente

AÇÃO DE ALIMENTOS COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA

Em face de PEDRO DA SILVA, (nacionalidade),


divorciado, profissão, portador do RG nº ...... e inscrito no CPF nº ....., residente e
domiciliado na Rua ........., (cidade) CEP: ......., pelos motivos de fato e de direito que
passa a expor a seguir.
.
1. DA JUSTIÇA GRATUITA.

A autora não possui condições de pagar as custas e


despesas processuais sem prejuízo de seu sustento ou de sua família, pelo que
requer desde já, os benefícios da justiça gratuita, nos moldes da Lei 1060/50 e nos
termos do art. 5º, LXXIV da Constituição Federal de 1988, bem como o art. 98 e
seguintes do CPC/15.

2. DOS FATOS

Os genitores dos menores, neste ato Ana Barbosa da


Silva e Pedro da Silva, foram casados por 23 anos. Do relacionamento do casal adveio
o nascimento dos autores, em 2009 e 2015 conforme certidão de nascimento em
anexo.

Ocorre que com o passar dos anos e com o desgaste do


relacionamento, os genitores optaram pela separação e desde este acontecimento, os
menores tem sido criados e recebem todo cuidado e proteção da mãe.

Porém, ambos os genitores assinaram um acordo


extrajudicial onde informava que o senhor Pedro da Silva, pagaria a título de pensão
aos filhos, as escolas dos mesmo, conta de água e luz da casa em que residiam, bem
como o plano de saúde dos menores.

No entanto, embora o procedimento de reconhecimento


da dissolução do casamento tenha sido formalmente homologado, a requerente não
se encontrava sob condições psicológicas normais e foi induzida a firmar o mesmo,
momento em que assumiu a obrigação de suprir todas as despesas alimentícias, de
forma indevida, sem saber realmente o que estava fazendo, havendo assim vicio de
consentimento.

Fatos esses já apresentados em ação anulatória em


desfavor do réu.
Acontece que a senhora Ana Barbosa da Silva, sempre
foi do lar, produz doces caseiros em sua própria residência, sendo que os valores
recebidos por esses são considerados irrisório aos custos de manutenção da casa e
alimentação, aplicáveis apenas a pequenos gastos cotidianos consigo mesma e com
os filhos. Além do que continuam não suprindo, em quase nada, as necessidades
fundamentais da requerente e seus filhos

Com isso, a genitora durante todo esse período, pós


separação, não recebeu nenhum tipo de auxílio do pai para a alimentação e despesas
maiores dos menores, e assim tem feito o possível para manter o sustento e todos os
cuidados necessários para que os filhos não passem por nenhuma situação precária.

Abaixo, demonstramos os gatos mensais dos menores


(comprovantes em anexos):

ALIMENTOS (valores conforme anexo)


ESCOLA (valores conforme anexo)
MEDICAMENTOS (valores conforme anexo)
VESTUARIO (valores conforme anexo)
LAZER (valores conforme anexo)

Assim, temos o entendimento do dispositivo de lei


constado no Código Civil, onde diz:

Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os


pretende não tem bens suficientes, nem pode prover,
pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do
necessário ao seu sustento.

É dever de prover alimentos aqueles que tem condição


necessária para arcar com os custos de vida da pessoa que não detém de bens
suficientes para se manter.
Deste modo, resta evidente a pretensão autoral que
busca respaldar seu direito aos alimentos.

Assim, corrobora a necessidade de ajuizar a presente


exordial para que o réu possa arcar com a sua responsabilidade alimentícia, tendo em
vista que a genitora não tem condições de criar os menores sem a ajuda do genitor.

3. DA TUTELA DE URGÊNCIA

Cumpre esclarecer que a ação envolve matéria regulada


pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 ( Estatuto da Criança e do Adolescente),
razão pela qual a autora faz jus à prioridade da tramitação da presente demanda, nos
termos do art. 1.048, inciso II, do atual Código de Processo Civil.

Diante disso, temos o entendimento do art. 300 do CPC,


onde a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem
a probabilidade do direito e o perigo de dano.

Vejamos o dispositivo:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando


houver elementos que evidenciem a probabilidade do
direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo.”

Foi anexado aos autos a certidão de nascimento dos


dois menores em que consta o nome do requerido como pai.

Ademais, frisa-se a urgência em relação aos valores da


pensão alimentícia, uma vez que a genitora não está conseguindo arcar
financeiramente com as despesas das crianças em relação a alimentação e saúde
principalmente.
Portanto, vê-se necessário o deferimento da tutela de
urgência no devido procedimento, uma vez que os dois requisitos previstos pelo
art. 300 do CPC foram cumpridos.

3. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

São devidos ainda honorários sucumbenciais de 20%


sobre o total da condenação, nos termos do artigo 133 da Constituição Federal e das
Leis 5584/70 e 8906/94.

4. DOS PEDIDOS.

Diante do exposto, requer:

a) Os benefícios da justiça gratuita, por ser a autora


economicamente hipossuficiente;

b) a concessão de alimentos provisórios no


percentual de 30% (trinta por cento) do salário mínimo nacional com fulcro no art.
1.694, § 1º do CC;

c) seja determinado o tratamento prioritário à


presente ação, nos termos do artigo 1.048, inciso II, do CPC;

d) a concessão da TUTELA DE URGÊNCIA, com


fulcro nos artigos 497 de 300, ambos do CPC;

e) o pagamento dos honorários advocatícios


sucumbenciais, no importe de 20% sobre o total da condenação;
f) a citação do réu para que, querendo, conteste a
presente ação no momento processual oportuno, sob pena de revelia e confissão;

5. REQUERIMENTOS FINAIS.

Por fim, requer a oportunidade para provar o alegado por


todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente, depoimento pessoal do
representante legal da Ré, sob pena de confissão quanto à matéria de fato.

Dá-se à causa, para efeitos fiscais e de alçada, o valor de


R$. 20.000,00

Nestes termos,
Pede deferimento.

(Cidade, dia, mês e ano)

NOME DA ADVOGADA
NÚMERO DE INSCRIÇÃO DA ORDEM
PROCURAÇÃO

OUTORGANTE: ANA CLARA BARBOSA DA SILVA, (nacionalidade),


menor, nascida em 05/03/2015 e PEDRO DA SILVA JÚNIOR,
(nacionalidade), menor, nascido em 08/04/2009, neste ato representados
por sua genitora ANA BARBOSA DA SILVA, (nacionalidade), divorciada,
do lar, portadora do RG nº ...... e inscrita no CPF nº ...., residente e
domiciliada na Rua .........., (cidade) CEP: ......,.

OUTORGADO: (nome do advogado constituído), nacionalidade,


(estado civil), inscrita na OAB... e com CPF nº .....; com escritório na rua
........, (cidade), CEP ....

PODERES: são conferidos ao outorgado os poderes da cláusula ad


juditia, mais os especiais para transigir, desistir, dar e receber quitação,
receber, levantar depósitos judiciais, prestar declarações, nomear
representantes para audiências, atuar no âmbito administrativo,
substabelecer no todo ou em parte, com ou sem reserva de poderes, bem
como revogar substabelecimento. Podendo usar dos poderes em conjunto
ou separadamente, inclusive em comissões de conciliação prévia.

(cidade, mês e ano).

..................................................
DECLARAÇÃO DE POBREZA

Eu, ANA CLARA BARBOSA DA SILVA,


(nacionalidade), menor, nascida em 05/03/2015 e PEDRO DA SILVA JÚNIOR,
(nacionalidade), menor, nascido em 08/04/2009, neste ato representados por
sua genitora ANA BARBOSA DA SILVA, (nacionalidade), divorciada, do lar,
portadora do RG nº ...... e inscrita no CPF nº ...., residente e domiciliada na Rua
.........., (cidade) CEP: ......

DECLARO, nos termos da Lei n.º 1.060/50 com as


alterações posteriores e para os fins de comprovação em juízo, que sou pobre
na acepção jurídica, não dispondo de condições econômicas para custear as
despesas processuais e honorárias advocatícias, sem prejuízo do sustento
próprio e de minha família.

Por ser a expressão da verdade, assumindo inteira


responsabilidade pelas declarações acima, sob as penas da Lei, assino a
presente declaração para que produza seus efeitos jurídicos.

Curitiba, 29 de maio de 2023.

ANA BARBOSA DA SILVA

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