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COMARCA DA CAPITAL/RJ
LARA MATILDE NUNES CABRAL, menor, nascido aos 20 de Junho de 2018, representada por sua
genitora Senhora KARINA DE FATIMA NUNES GONÇALVES, brasileira, solteira, desempregada,
portadora da carteira de identidade nº 23.490.261-7 – Detran/RJ E inscrita no CPF sob o
nº:122.418.517-01, residente e domiciliada na Rua Luiza Dias Martins, nº 105, Bloco 2, Apto 110,
Jardim Jasmim, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro – RJ, CEP: 26.265-190, e-mail: ,vem respeitosamente,
perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado abaixo assinado Sidney Costa Junior
(proc. Anexa) com escritório na Rua Correa Seara, nº 556, Magalhães Bastos, Rio de Janeiro - RJ,
Cep: 21.750-320, telefone: 96474-2385, endereço eletrônico: scjr09@yahoo.com.br, onde recebe
intimação, com fundamento na Lei nº 5478/68, e artigos 1.694 e 1.696 do Código Civil e
artigo 229 da Carta Magna, propor a presente:
AÇÃO DE ALIMENTOS
Em face de DIEGO CABRAL SILVA, seu genitor, brasileiro, solteiro, militar, portador do CPF:
115.962.687-19, portador de Carteira de Identificação Militar nº 792643-0, com endereço
profissional Diretoria de Portos e Costas – Rua Teófilo Otoni, nº 4, Centro, Rio de Janeiro – RJ,
CEP.: 20.090-070, lotado na Divisão de Documentação e Certificação e-mail:, Telefone: (21), pelos
fatos e motivos que passam a expor:
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A requerente não possuindo condições financeiras para arcar com às custas processuais e
honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta
declaração de hipossuficiência. (doc. Em anexo). Por tais razões, pleiteia-se, os benefícios da
Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015,
art. 98 e seguintes.
Requer-se ainda, que todas as publicações sejam emitidas em nome da Dr. Sidney Costa
Junior, OAB/RJ Nº162.066, e-mail scjr09@yahoo.com.br, com endereço profissional, para receber
intimações, na Rua Correa Seara, nº 556, CEP 21.750 – 320, Magalhães Bastos – Rio de Janeiro –
RJ.
III - DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPATÓRIA
Com isso, a concessão da tutela de urgência para que a requerente tenha sua satisfação
atendida é medida que se impõe, sob pena de ter sérios prejuízos, como material e educacional.
Nesse sentido, o art. 300 do Novo Código de Processo Civil, é expresso ao afirmar que:
Desta forma, a requerente requer a tutela provisória de urgência sem a oitiva prévia da
parte contrária, conforme (CPC/2015, art. 9º, parágrafo único, inc. I c/c 300, § 2º). In verbis:
IV - DOS FATOS
É latente que o requerido deve cumprir com sua obrigação contribuindo para manutenção
do mínimo necessário para que a requerente tenha uma qualidade de vida dentro de padrões
aceitáveis, já que a genitora encontra-se desempregada, porque na constância da união o
requerido não a deixava trabalhar e agora com a menor com idade ínfima precisa de uma creche
para a mesma voltar ao mercado de trabalho, sua mãe não pode auxilia-la já que cuida do irmão
da genitora que é especial e necessita de atenção especial.
O requerido não vem oferecendo auxilio a menor, mas sim ameaçando a genitora e a
própria filha de deixa-las na rua caso a mesma não aceite os inadmissíveis acordos que o genitor
oferece, ou seja, que a mesma deixe a casa adquirida na constância do relacionamento, e onde a
menor impúbere conhece como lar, para voltar para a casa dos avôs maternos, localizada em área
de risco, com pontos de venda de drogas na porta.
Desta forma, a genitora que teve que largar sua vida profissional, porque o então
convivente não a deixava trabalhar por ciúmes, não tem como suprir de forma satisfatória nem as
necessidades básicas da infante, a menor com idade de 03 anos, muito menos a educação, a
menor encontra-se regularmente matriculada na SEAM – ESCOLA DO FUTURO, mensalidade no
valor R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais), o que causa mais espanto é o fato do genitor
receber o Auxilio da Marinha, chamado de AUXILIO PRÉ ESCOLAR, Portaria nº 10, de 13/01/2016
para este custeio e querer negociar um benefício direto para a mesma.(conforme anexo)
Vale ressaltar que pra genitora tentar uma recolocação no mercado precisa de que menor
com apenas 03 anos esteja matriculada em uma escola e necessita do auxilio de um transporte
escolar, e que a mesma já utiliza no valor de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) o que o AUXILIO
PRÉ ESCOLAR já cobre de forma quase integral.
Nessa toada destacamos que o genitor nega-se a custear qualquer gasto com a menor, seja
alimentar, educacional ou eventuais despesas, sabemos que o militar tem salario de forma
garantida e que para o mesmo não seria um trabalho hercúleo, garantir as necessidades básicas
de sua própria progênie.
V - DO DIREITO
Assim resta evidente o direito da genitora de ficar com a guarda da menor, uma vez que, já
tem a guarda de fato desde a separação. Ademais, não se furta da visitação do genitor, visto que
o convívio com os dois genitores é o melhor interesse da infante.
O dever de alimentar abrange tanto os alimentos naturais, bem como os civis. Os
alimentos naturais, também denominados de necessarium vitae, são aqueles estritamente
necessários para a mantença da vida de uma pessoa, tais como: alimentação, remédios, vestuário,
colégio e habitação. Os alimentos civis, chamados de necessarium personae, se prestam a atender
às necessidades de caráter social e educativo. A CF no seu art. 227, ao tratar da criança, assim
dispõe:
Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o
dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Desta forma, diante das próprias disposições constitucionais e legais, emerge o dever do
requerido de contribuir para a criação e sustento da sua filha. Aliás, o art. 1.696 do Código Civil,
prescreve que:
Por sua vez, dispõe o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90) em seu
artigo 22 que:
Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos, cabendo-lhes, ainda,
no interesse destes, a obrigação de cumprir as determinações judiciais.
Da mesma forma, o fato do requerido não participar com a manutenção necessária dos
requerentes, comete o crime de abandono material previsto no artigo 244 do Código Penal.
VI - DOS PEDIDOS:
a) O benefício da Assistência Judiciária, por ser juridicamente pobre, nos molde da Lei nº 1.060/50
e nos termos do art. 98 a 102, do CPC/2015;
d) a designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII, do CPC/2015;
e) Determinar a citação do requerido, inicialmente pelo correio e, sendo esta infrutífera, por
oficial de justiça, ou, ainda, por meio eletrônico, tudo nos termos do art. 246, incs. I, II e V,
do CPC/2015;
f) Seja concedida a Ratificação da guarda da menor a sua genitora, uma vez que, está já se
encontra sob sua guarda e responsabilidade de fato;
g) A condenação do requerido às custas de honorários e sucumbenciais;
Requer a produção de provas admitidas em direito de acordo com o artigo 369, CPC, em
especial pela produção de prova documental, testemunhal, pericial e inspeção judicial, além da
juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem necessários.
Dá-se a causa o valor de R$ 23.732,71 (vinte e três mil, setecentos e trinta e dois reais e setenta
e um centavos).
Termos em que
Pede Deferimento.
OAB/RJ 162.066