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ALUNA: ANA PAULA SANTOS DE PAULA

CURSO: DIREITO – 8º PERÍODO NOTURNO


PROFESSORA: SILMA MARIA AUGUSTO FAYENUWO

AÇAO DE REGULAMENTAÇÃO DO DIREITO DE VISITAS COM PEDIDO


DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

DIAMANTINA, 18 DE JULHO DE 2022


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA
FAMÍLIA DA COMARCA DE DIADEMA/SP

Pedro XXXXXXXXXX, brasileiro, casado, profissão XXXXX, inscrito no CPF de nº


XXXXXXXXX, RG XXXXXXXX, residente e domiciliado á rua XXXXXX, nº XX,
Bairro XXXXXX, CEP XXXXXX, Cidade de Diadema/SP, endereço eletrônico
XXXXXXXXXX, vem respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de
seu Advogado que esta subscreve, com base no art. 319 do Código Civil de 2015 ENA
Lei 12.318/10 propor a presente:

AÇAO DE REGULAMENTAÇÃO DO DIREITO DE VISITAS COM PEDIDO


DE TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

Em face de Rosa XXXXXXX, brasileira, solteira, profissão XXXXXXXX, inscrita no


CPF de nº XXXXXXXX, RG XXXXXXXX, contra si e representando João Pedro e
Maria Rosa ambos menores impúberes, residentes e domiciliados à rua XXXXXXXX,
nº XXX, Bairro XXXXXX, CEP XXXXXX, Cidade de Campinas/SP, pelos fatos e
fundamentos a seguir expostos:

DO BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA

Inicialmente, a parte autora roga pela concessão da gratuidade da justiça, uma vez que,
devido a sua pouca condição financeira, deve ser considerada pobre na forma da lei
e assim o sendo, faz jus, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição
Federal de 1988, bem como com fulcro no art. 98 e seguintes do CPC/15, a gratuidade
da justiça, tudo conforme declaração de hipossuficiência anexa.

DOS FATOS

Até 2018, Pedro e Rosa mantiveram uma união estável da qual nascera dois filhos, João
Pedro, hoje com 4 anos e Maria Rosa, tem 2 anos. Ao final de 2020, Pedro pôs fim ao
relacionamento e casou-se com a sua antiga namorada.
Após o fim do relacionamento, Rosa passou a resistir a presença de Perro no seu ciclo
de amizade, bem como impedir o contato com os filhos. O requerente sempre foi um pai
dedicado e amoroso para com os filhos e mostrava muito afeto por eles durante a
constância da união estável. Ou seja, não há razões pela qual o requerente seja impedido
de manter contato com seus filhos, o que persistindo, poderá acarretar em sérias
consequências para o crescimento dos mesmos diante da ausência.
Pedro anseia em continuar a convivência saudável e afetuosa com os filhos, pois, sabe
de seu dever de pai e quer acompanhar o desenvolvimento dos mesmos. Pedro paga a
pensão regularmente, mas, tem enfrentado muitas dificuldades de visitar os filhos,
devido à resistência de Rosa. Ele nunca se opôs de a guarda dos filhos ficar com mãe
visto que, em razão do seu trabalho, não possui condições de requerer a guarda das
crianças.
Entretanto requer o direito de estar com os filhos e participar da vida deles. Pedro não
consegue estabelecer o diálogo com a ex-companheira e, dessa forma, pleiteia tão
somente para que seja resguardado o seu direito, como pai, de visitar seus filhos.

DOS DIREITOS

A REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS

Ainda que separados os genitores possuem o direito de manter a convivência com os


filhos que se encontrarem com o cônjuge que mantém a guarda. Inclusive é um direito
da criança a convivência com o seu pai, conforme previsto no artigo 19, da lei 8.069/90
Estatuto da Criança e do Adolescente, vide:

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio


de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a
convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral.

No caso em questão, a postura da genitora, pode configurar-se a prática de alienação


parental, conforme disposto no artigo 2º da lei 12.318/2010 Lei de Alienação Parental.
Importante ressaltar que cabe aos pais a mútua assistência afetiva, e que somente os dois
poderão contribuir para uma melhor criação dos filhos. Assim a convivência harmônica
é essencial para o crescimento e desenvolvimento da criança.
Com o intuito de preservar os direitos do requerente e de seus filhos com a requerida,
requer que seja regulamentado o regime de visitas e considerando a disponibilidade de
tempo, em razão da imprevisibilidade do seu trabalho, preterindo assim os finais de
semana de cada mês, restando assim que seja apenas necessária breve consulta a
genitora a fim de dar ciência da visita e saber da disponibilidade das crianças para tal
feito.
Ademais, resta evidenciado que a demanda do autor em pleitear a regulamentação de
visitas está de acordo com a lei e atende ao melhor interesse dos menores impúberes.

DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA

O requerente requer antecipação dos efeitos da tutela para que dessa forma possa
exercer de pronto seu direito de visita conforme corrobora os artigos 300 e seguintes do
Código de Processo Civil.
Sobre a situação descrita, se recorrente, será irreversível o dano não podendo visitar
seus filhos porquanto, irreparável. O tempo perdido jamais será recuperado no tocante a
criação e desenvolvimento destes.
Além disso, o art. 4º da Lei nº 12.318/10 possibilita a concessão de medidas provisórias,
para que se resguarde o direito da criança, determinando inclusive tramitação prioritária
do processo fazendo reserva especial ao direito de visita.
Portanto, demostra –se provadas as condições para concessão da tutela antecipada de
urgência, ressaltando ainda o pedido de imposição de multa em caso de
descumprimento da ordem legal deste juízo.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer:

a) O benefício da justiça gratuita, conforme o artigo 5.º, LXXIV da Carta Magna e o


Art. 98 da Lei 13.105/2015.
b)A condenação da requerida ao pagamento de custas e honorários advocatícios
sucumbenciais.
c) A tramitação prioritária dos presentes autos;
d) A intimação do ilustre representante do Ministério Público;
e) A procedência do pedido de Antecipação de Tutela de Urgência e Regulamentação de
Visitas aos finais de semana nos termos elencados e fundamentados no tópico Dos
Direitos.
f) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidos em Direito, em
especial prova documental, oitiva de testemunha e depoimento pessoal do réu, além da
juntada de novos documentos e demais meios que se fizerem necessários.

Dar-se-á causa o valor de R$ XXXXXXX, para os devidos fins legais.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Diadema/SP, 18 de julho de 2022

Advogado XXXXXXXX/OAB XXXXXXX

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