Você está na página 1de 5

ALUNO: MADSON CORRÊA DE OLIVEIRA BARROS

10º PERÍODO, NOTURNO.

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA


CÍVEL DA COMARCA DE ____

Sandra, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nºxxxxx  e CPF


nºxxxxxx, residente e domiciliado na rua, nº bairro ,cidade, estado, cep com
endereço eletrônico xxx, representado por seu advogado infra-assinado com
procuração em anexo, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com
fulcro nos arts. 1.694 e seguintes, do Código Civil e na Lei 5.478/68, propor:

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA UNILATERAL

Em face de Antônio, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nºxxxxx e


CPF nºxxxxxx, residente e domiciliado na rua, nº bairro ,cidade, estado, cep
com endereço eletrônico xxx, pelos fatos e fundamentos que seguem:

I – Dos Fatos

O menor é fruto de uma relação entre a Requerente e o Requerido, o


qual tiveram uma relação de __\__\__ até __\__\__, e por motivos pessoais não
decidiram que não viveriam juntos. O Requerido vive atualmente com outra
esposa, que tem outros filhos. O menor atualmente está residindo com o pai,
onde vive junto com a madrasta e os filhos dela.
Atualmente, o menor não está frequentando as aulas, além de está
sendo abusado pela madrasta, o qual poderá ser constado com exames e fotos
em anexo. Por diversas vezes chegou na casa da mãe com hematomas, o qual
o pai alega ser por motivos de brincadeiras do menor.
Vale ressaltar que todas as vezes que o menor vai passar o final de
semana com a mãe, ele não deseja mais voltar para a casa do pai, pois, não
quer mais passar pelos abusos e agressões que sofre quando está na casa do
pai.

II – Da Guarda

De acordo com o Código Civil de 2002, em seu artigo 1.583, prevê a


guarda unilateral e a guarda compartilhada, muito embora esta seja aplicada na
maioria dos casos concretos, excepcionalmente neste caso, devendo ser
lavado em conta todo o exposto, pois o melhor a ser indicado devido aos maus
tratos sofridos pelo menor, o desenvolvimento e integridade, é sem dúvida a
guarda unilateral a ser exercida pela Requerente e mãe do menor, que sem
dúvida é a melhor decisão para a criança, posto que assim atender-se-á melhor
os interesses não da mãe e nem do pai, mas o da própria criança.
O presente pedido de guarda deve ser analisado perante o prisma da
Constituição Federal de 1988, fundamentando nos direitos fundamentais, tais
como o direito à vida, a saúde, a alimentação, a educação, a dignidade da
pessoa humana e a convivência familiar, competindo aos pais a sociedade a
torna-los efetivos.

III – Dos Alimentos

Como disposto Na Constituição Federal, “Os pais têm o dever de


assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de
ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”.
Ora, está claro o dever de prestação de alimentos não é exclusivo na
Requerente, e sim também do Requerido, é óbvio que o Requerido deve
cumprir com suas obrigações, de forma a contribuir para que o menor tenha
uma qualidade de vida razoável.

IV – Da Regulamentação de Visitas

É direito fundamental da criança e do adolescente ter consigo a


presença dos pais, o carinho, a companhia e amizade e não se pode negar que
é direito do Requerido poder desfrutar da convivência com o menor, e de lhe
prestar visitas nos termos do artigo 19 da Lei 8.069/90(ECA).

V - Do Direito

a. Guarda

Consubstancia o artigo 1.583 sobre guarda compartilhada ou unilateral,


se pode confirmar no § 2º do presente artigo eu será atribuída ao genitor que
revele melhores condições para exercê-la, objetivamente, mais aptidão para
propiciar aos filhos os seguintes fatores:

I – afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar;

II – saúde e segurança;

III – educação.

Desta forma, entende-se que todos os incisos deste artigo estão sendo
violados, pelos fatos e fundamentos que já foram citados.

b. Dos Alimentos

O direito a alimentos, está expresso na nossa Constituição Federal, mais


precisamente no seu artigo 229, que assim nos diz:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos
menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na
velhice, carência ou enfermidade.
A ação de alimentos é regulada pela lei 5.478/68 e prevista no artigo
1.696 do CC, que assim nos diz:
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e
filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais
próximos em grau, uns em falta de outros
Mais incisivo ainda é o artigo 1.695 do mesmo diploma legal:
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem
bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e
aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário
ao seu sustento.

b. Visitas

O Estatuto Da criança e do adolescente dispõe que:

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no


seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a
convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016)

VI - Dos Pedidos

a. A citação do Requerido, acima descrito, para que compareça em


audiência a ser designada por este juízo, sob pena de confissão
quanto a matéria de fato e de direito ora exposta, podendo contestar
dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia,
nos moldes do art. 344 do NCPC;

b. Designar audiência de conciliação nos termos do artigo 319º do


NCPC.

c. A manifestação do Ministério Público que atua nesta Vara para


intervir no feito;

d. Julgar procedentes os pedidos formulados na presente ação de


Guarda, nos termos do quanto pleiteado, acolhendo, por definitivo, a
tutela provisória de urgência, concedendo a guarda de forma
unilateral, dada ausência material, moral e afetiva do pai.
e. Que regularize as visitas do Requerido supervisionadas pela
requerida, com o período quinzenal, alterando feriados e férias.

f. Que estipule o valor de 1(um) salário mínimo para fins de


alimentos.

g. Protesta provar o alegado por todas as formas permitidas em direito.

Dá-se a causa o valor de R$11.976,00 (Onze mil, novecentos e setenta e seis),


para fins de direito.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.
Local - Data.

Advogado
OAB/Nº

Você também pode gostar