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Augusta Diniz
@prof.augustadiniz
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SUMÁRIO PÁG.
1. Considerações iniciais sobre estudos para a Magistratura 5
3. Inscrição preliminar 9
4. Fases do concurso 13
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13. Referências
12. O estudante que persiste passará!
302
300
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1. Considerações iniciais sobre estudos
para a Magistratura
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
Primeiro queremos dizer que não será fácil. Você abdicará de muitos
momentos preciosos para poder enfrentar a maratona de estudos e se tornar
um magistrado ou uma magistrada.
Para ser aprovado no concurso para juiz, você precisará desafiar uma
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Então, queremos dizer que seu sonho é grande, e você terá que agir
com consistência e compromisso. Deverá ser forte e resiliente e ESTE LIVRO
será seu braço direito nesta jornada. Aqui, colocamos tudo o que sabemos e que
foi imprescindível para nossa aprovação.
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2. Requisitos para o ingresso no cargo de
juiz substituto
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ
7
Exceto os itens referidos nas letras “f” e “g”, os documentos compro-
batórios dos requisitos citados devem ser comprovados por ocasião da posse,
ou seja, após findas todas as etapas do concurso. Já a graduação no curso de
Direito por 3 (três) anos e o exercício da atividade jurídica, também por 3 (três)
anos (posteriores à graduação), devem ser comprovados quando da inscrição
definitiva, pelos candidatos que forem aprovados na segunda etapa do certame.
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3. Inscrição preliminar
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ
III – Duas fotos coloridas tamanho 3x4 (três por quatro) e datadas recen-
temente. Tais fotografias poderão ser obtidas em lojas de produtos fo-
tográficos. Como a Resolução não estabelece o que seria “data recente”,
recomendamos que a foto esteja com data retroativa de, no máximo, 6
(seis) meses.
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a) que é bacharel em Direito e de que deverá atender, até a data da ins-
crição definitiva, a exigência de 3 (três) anos de atividade jurídica exerci-
da após a obtenção do grau de bacharel em Direito;
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findo o concurso e dependendo da tese que se adote, o período de 3 (três) anos
já pode estar completo.
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CONSULTA. CONCURSO PÚBLICO PARA INGRESSO NA
MAGISTRATURA NACIONAL. ATIVIDADE JURÍDICA. CONTAGEM
DO PRAZO. 03 (TRÊS) ANOS COMPLETOS. RESOLUÇÃO 75 DO
CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA.
O período exigido no regramento constitucional poderá ser
completado na data do aniversário da colação de grau, observando-
se, contudo, o efetivo desempenho, nesse interregno, da atividade
jurídica.
Os três anos de atividade jurídica contam-se da conclusão do
curso de Direito e o fraseado “atividade jurídica” é significante de
atividade para cujo desempenho se faz imprescindível a conclusão
do curso de bacharelado em Direito, portanto, para fins de cômputo
do período mínimo exigido na norma constitucional (art. 93, inciso
I), deve-se observar não o ano civil, mas sim o efetivo desempenho
da atividade jurídica que pode ser exercida a partir da colação de
grau no curso de bacharelado em direito.
(CNJ - CONS - Consulta - 0004579-64.2013.2.00.0000 - Rel. DEBORAH
CIOCCI - 175ª Sessão Ordinária - julgado em 23/09/2013).
Portanto, o mais interessante é que o candidato se organize para,
assim que colar grau, inicie o efetivo desempenho da atividade jurídica para fins
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4. Fases do concurso
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ E RUTH ARAÚJO VIANA
13
aprovados e, somente após, iniciar o curso de formação inicial. Ou seja, os juízes
substitutos são submetidos ao curso, e não os candidatos ao correspondente
concurso.
BLOCO DOIS
Direito Civil;
Direito Processual Civil;
Direito Empresarial;
Direito Financeiro e Tributário.
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BLOCO TRÊS
Direito Administrativo;
Direito Ambiental;
Direito Internacional Público e Privado;
Noções gerais de Direito e formação humanística (incluído pela Resolução n.
423, de 5.10.2021)
BLOCO DOIS
Direito Processual do Trabalho;
Direito Constitucional;
Direito Civil;
Direito da Criança e do Adolescente
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BLOCO TRÊS
Direito Processual Civil;
Direito Internacional e Comunitário;
Direito Previdenciário;
Direito Empresarial.
BLOCO UM
Direito Penal Militar e Direito Internacional Humanitário;
Noções gerais de Direito e formação humanística (incluído pela Resolução n.
423, de 5.10.2021)
BLOCO DOIS
Direito Constitucional e Direitos Humanos;
Processo Penal Militar e Organização Judiciária Militar;
BLOCO TRÊS
Forças Armadas, Legislação Básica: Organização, Disciplina e Administração;
Direito Administrativo e Direito Processual Civil. (Incluído pela Emenda nº 01)
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RELAÇÃO MÍNIMA DE DISCIPLINAS DO CONCURSO PARA PROVIMENTO DO
CARGO DE JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO DA JUSTIÇA ESTADUAL, DO DISTRITO
FEDERAL E TERRITÓRIOS
Direito Civil;
Direito Processual Civil;
Direito Eleitoral;
Direito Ambiental;
Direito do Consumidor;
Direito da Criança e do Adolescente;
Direito Penal;
Direito Processual Penal;
Direito Constitucional;
Direito Empresarial;
Direito Tributário;
Direito Administrativo;
Noções gerais de Direito e formação humanística (incluído pela Resolução n.
423, de 5.10.2021)
BLOCO DOIS
Direito Penal;
Direito Processual Penal;
Direito Constitucional;
Direito Eleitoral;
BLOCO TRÊS
Direito Empresarial;
Direito Tributário;
Direito Ambiental;
Direito Administrativo;
Noções gerais de Direito e formação humanística (incluído pela Resolução n.
423, de 5.10.2021)
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RELAÇÃO MÍNIMA DE DISCIPLINAS DO CONCURSO PARA PROVIMENTO DO
CARGO DE JUIZ-AUDITOR SUBSTITUTO DA JUSTIÇA MILITAR ESTADUAL
Direito Penal Militar
Direito Constitucional
Direito Processual Penal Militar
Direito Administrativo
Organização Judiciária Militar
Legislação Federal e Estadual relativa às organizações militares do Estado.
BLOCO DOIS
Direito Processual Penal Militar;
Direito Administrativo.
BLOCO TRÊS
Organização Judiciária Militar;
Legislação Federal e Estadual relativa às organizações militares do Estado;
Direito Processual Civil. (Incluído pela Emenda nº 01)
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Substituto da Justiça Estadual, do Distrito Federal e Territórios, versarão, no
mínimo, sobre as seguintes disciplinas: a) Bloco um: Direito Civil, Direito
Processual Civil, Direito do Consumidor, Direito da Criança e do Adolescente, b)
Bloco dois: Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Constitucional, Direito
Eleitoral, c) Bloco três: Direito Empresarial, Direito Tributário, Direito Ambiental
e Direito Administrativo.
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Demais disso, é corriqueira a contratação de serviços de instituição
especializada para a execução da primeira fase, o que torna essa prova mais
previsível e uniforme, independentemente do Tribunal que está realizando o
certame.
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A segunda fase, por sua vez, será composta por 2 (duas) provas escritas,
podendo haver consulta à legislação, desde que desacompanhada de anotação
ou comentário, sendo vedada a consulta a obras doutrinárias, súmulas e orien-
tação jurisprudencial.
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O preenchimento, ademais, deverá ser feito com caneta azul ou preta
indelével (inapagável), vedado o uso de líquido corretor de texto ou caneta
hidrográfica fluorescente.
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Público para provimento de cargos de Juiz de Direito Substituto da Justiça do
Distrito Federal:
Ponto 1
DIREITO CONSTITUCIONAL:
Constituição: conceito, objeto, estrutura, classificação e fontes. Supremacia da Consti-
tuição. Controle de constitucionalidade. Ação Declaratória de Constitucionalidade.
Emendas à Constituição. Princípios constitucionais do Estado Brasileiro e da República
Federativa do Brasil. Poder e Divisão dos Poderes. O Estado Democrático de Direito.
Aplicabilidade e interpretação das normas constitucionais. Ação Popular. Reforma do
Poder Judiciário: a Emenda Constitucional nº 45/2004.
Ponto 2
DIREITO CONSTITUCIONAL:
Princípios constitucionais positivos. Conceito e conteúdo dos princípios fundamentais.
Princípios gerais do Direito Constitucional. Função e relevância dos princípios funda-
mentais. Constitucionalidade e inconstitucionalidade. Lei inconstitucional: fundamen-
tos da declaração da inconstitucionalidade. Mandado de Injunção. Tribunal de Contas
da União e Tribunal de Contas do Distrito Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade.
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No dia e hora marcados para a etapa oral, a ordem de arguição dos
candidatos será definida por sorteio. E a arguição versará sobre conhecimen-
to técnico acerca dos temas relacionados ao ponto sorteado, sendo avaliado o
domínio do conhecimento jurídico, a adequação da linguagem, a articulação do
raciocínio, a capacidade de argumentação e o uso correto do vernáculo.
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Aprovado pela Comissão de Concurso o quadro classificatório, será o
resultado do concurso submetido à homologação do Tribunal.
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raciais e sociais em nosso País, não podem ser examinadas apenas
sob a ótica de sua compatibilidade com determinados preceitos
constitucionais, isoladamente considerados, ou a partir da even-
tual vantagem de certos critérios sobre outros, devendo, ao revés,
ser analisadas à luz do arcabouço principiológico sobre o qual se
assenta o próprio Estado brasileiro.
V - Metodologia de seleção diferenciada pode perfeitamente levar
em consideração critérios étnico-raciais ou socioeconômicos, de
modo a assegurar que a comunidade acadêmica e a própria socie-
dade sejam beneficiadas pelo pluralismo de ideias, de resto, um
dos fundamentos do Estado brasileiro, conforme dispõe o art. 1º,
V, da Constituição.
VI - Justiça social, hoje, mais do que simplesmente redistribuir
riquezas criadas pelo esforço coletivo, significa distinguir,
reconhecer e incorporar à sociedade mais ampla valores culturais
diversificados, muitas vezes considerados inferiores àqueles
reputados dominantes.
VII – No entanto, as políticas de ação afirmativa fundadas na discri-
minação reversa apenas são legítimas se a sua manutenção esti-
ver condicionada à persistência, no tempo, do quadro de exclusão
social que lhes deu origem. Caso contrário, tais políticas poderiam
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5. Prova objetiva seletiva
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ E RUTH ARAÚJO VIANA.
d) c) o porte de arma.
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Serão consideradas erradas as questões que contenham mais de uma
resposta e as rasuradas, ainda que inteligíveis. Para evitar esses tipos de erro,
geralmente decorrentes da ansiedade em razão da falta de tempo adequado,
separe cerca de trinta minutos para o preenchimento da folha de respostas.
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Os candidatos que estiverem concorrendo para as vagas destinadas
às pessoas com deficiência ficam sujeitos apenas às notas mínimas, não se lhes
aplicando os redutores referentes às primeiras 200 (duzentas) ou 300 (trezen-
tas) classificações, pois serão convocados para a segunda fase em lista específi-
ca, sem prejuízo dos demais 200 (duzentos) ou 300 (trezentos) primeiros classi-
ficados, conforme o caso1.
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5.1. Estudando pela lei seca
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ E RUTH ARAÚJO VIANA.
Uma breve análise das provas objetivas é bastante para que se observe
que mais de 60% das alternativas das questões exige o conhecimento literal dos
dispositivos legais. É, inclusive, extremamente comum o examinador apenas
mudar palavras, expressões ou até prefixos de verbetes, o que torna a alternativa
errada.
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C) a profissional especializada deverá comunicar ao juiz que a presença do réu
pode prejudicar o depoimento especial, sendo possível que o magistrado o
afaste;
D) é vedado pela Lei nº 13.431/2017 que a adolescente preste depoimento
diretamente ao magistrado, se assim entender, razão pela qual o requerimento
deve ser indeferido;
E) a Lei nº 13.431/2017 não autoriza o afastamento do réu da sala de audiências
em qualquer hipótese, em observância aos princípios do contraditório e da
ampla defesa.
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Por isso, é imprescindível que você leia e releia, por várias vezes, os
dispositivos das leis. Claro que você não precisa decorar Códigos e artigos; mas
precisa conhecer o seu teor.
Aliás, a repetida leitura faz com que você estranhe eventual alternativa
errada de sua prova. Acontece, inclusive, de você, embora não saiba exatamente
o que está errado na afirmação, perceba que algo está estranho, diferente. E,
por critério de eliminação, terá grandes chances de acertar a questão.
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Outra metodologia de estudo que pode te auxiliar no estudo pela lei
seca, é a resolução de questões. Isso vai deixar o estudo menos cansativo, mais
dinâmico, além de entregar teus resultados sobre o estudo da lei.
Assim sendo, nunca deixe a leitura dos artigos de lado, pois ela é parte
importante do estudo.
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5.2. Estudando pela doutrina para a
Magistratura
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
x Prova objetiva;
x Prova discursiva e de sentença;
x Prova oral.
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de conceitos. Esses pontos (em específico) precisam ser estudados para provas
objetivas e dependem quase que exclusivamente da doutrina
Você não pode, por exemplo, querer ir para uma prova objetiva de
Magistratura sem conhecer a Evolução da Teoria do Direito Administrativo, a
Evolução do Direito Empresarial, o Histórico do Constitucionalismo, entre outros
assuntos que exigem compreensão teórica e não legal.
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Na prova subjetiva, não há possibilidade de consultar a doutrina, apesar
de ser possível ter acesso ao VADE MECUM. Aqui, o examinador não está mais
preocupado com a quantidade de conhecimento que você adquiriu, mas com a
qualidade da exposição do conhecimento, ou seja, a capacidade de você explanar
o que aprendeu.
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Superado, portanto, os três momentos distintos de estudo pelo uso da
doutrina apresentaremos a seguir, a título de sugestão, alguns livros doutriná-
rios para os concursos da magistratura estadual:
DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO ADMINISTRATIVO
x Manual de Direito Administrativo - Matheus Carvalho;
x Direito Administrativo Descomplicado - Marcelo Alexandrino e Vicente;
x Curso de Direito Administrativo – José dos Santos Carvalho Filho;
DIREITO CIVIL
x Direito Civil: Manual de Direito Civil Vol. Único – Flávio Tartuce;
x Sinopse para concursos – Luciano e Roberto (05 volumes);
x Curso de Direito Civil – Nelson Rosenvald e Cristiano Chaves (07 volumes);
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DIREITO ELEITORAL
x Direito Eleitoral: Sinopses para Concursos – Jaime Barreiros Neto
x Direito Eleitoral – José Jairo Gomes;
x Curso de Direito Eleitoral – Roberto Moreira;
DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
x Direito da Criança e do Adolescente: Sinopses para Concursos – Guilherme
Freire
x Estatuto da Criança e do Adolescente – Rossato, Lepore e Sanches:
x Leis Especiais para Concursos, Volume 2 Guilherme Freire de Melo Barros:
DIREITO PENAL PARTE GERAL E ESPECIAL
x Direito Penal – Parte Geral: Direito Penal - Parte Geral – Volume 1 – Cleber
Masson:
x Manual de Direito Penal – Parte Geral – Rogério Sanches:
x Sinopses para Concursos – Parte Geral – Marcelo e Alexandre
x Direito Penal – Parte Especial: Manual de Direito Penal – Parte Especial –
Rogério Sanches;
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x Se você tem pouco tempo, procure os livros de um volume;
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5.3. Estudando pela jurisprudência para a
Magistratura
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
x Prova objetiva;
x Prova discursiva e de sentença;
x Prova oral.
Então, o primeiro ponto que você precisa saber é que, para provas de
magistratura, a regra é a cobrança da jurisprudência consolidada dos Tribunais
Superiores: Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça. Se houver
1 Art. 33. As questões da prova objetiva seletiva serão formuladas de modo a que, necessaria-
mente, a resposta reflita a posição doutrinária dominante ou a jurisprudência pacificada dos Tribunais
Superiores.
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divergência dentro desses Tribunais para fins de prova objetiva, o ideal é que
não seja objeto de cobrança, pois dará ensejo a recursos.
Mas calma! Você não deve “quebrar a cabeça” com receio de que seja
cobrada, na prova objetiva, a divergência entre julgados, pois o que é exigido é a
jurisprudência pacificada.
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E é nesse momento específico que o estudo básico da jurisprudência
não irá ser suficiente, sendo altamente recomendado que você leia os julgados
mais importantes por completo e não somente a exposição do enunciado, pois
são os fundamentos sobre o caso em concreto que auxiliarão na elaboração
do raciocínio. Existem, inclusive, sites que explicam os julgados dos Tribunais
Superiores, sendo uma excelente alternativa à cansativa leitura dos informativos
(confira-se, por exemplo, o site www.dizerodireito.com.br).
Por fim, para a prova oral, também pode ser exigida profundidade
no conhecimento da jurisprudência, mas será cobrada, preponderantemente, a
jurisprudência consolidada. No entanto, aqui, diferentemente da prova objetiva,
a exposição do conhecimento jurídico requer argumentação jurídica e, portanto,
não é suficiente conhecer somente o enunciado dela, sendo necessário discorrer
sobre o julgado, declarando ser conhecedor do raciocínio jurídico.
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5.4. Faça questões!
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ.
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(letra de lei, jurisprudência, doutrina, casos hipotéticos, etc.). Isso balizará seu
estudo, informando o que merece uma atenção maior e que talvez você esteja
ignorando.
Os erros, por sua vez, deverão ser sempre verificados e eles poderão
se dar por vários fatores como: leitura apressada ou desatenta; interpretação
equivocada; aprendizagem errada ou por desconhecimento da matéria.
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essa forma de estudo, reserve um tempo adequado para ele e que você tente se
policiar, treinando a leitura. Aqui, uma forma de prender a atenção é ir, durante
ela (que deve se dar de forma calma e tranquila), sublinhando ou circulando as
informações trazidas no enunciado ou nas alternativas.
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5.5. Revisão para a prova objetiva
(faltando 15 dias)
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
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Pouquíssimos atingem nota superior a 90 (noventa) e, outros poucos,
nota superior a 85 (oitenta e cinco), obtendo na faixa de 70 (setenta) a 84 (oitenta e
quatro) pontos a maior parte dos candidatos que conseguem superar a primeira
fase e seguir para a segunda.
Ou seja, você tenta, em poucos dias, vencer a matéria que seria estudada
durante meses. Porém, para um exame de magistratura, não é suficiente um
conhecimento raso e dificilmente você irá conseguir decorar os pontos difíceis
nos últimos 15 (quinze) dias para a prova. É uma tentativa que visa massagear o
ego, mas pouco eficaz.
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PROVA PESO
I. Prova objetiva seletiva 1
II. Primeira e segunda provas escritas 3 (para cada prova)
III. Prova oral 2
IV. Prova de título 1
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Você poderá focar, por outro lado, em entender seus pontos fracos do
simulado, o que você errou e poderia ter acertado, estudando estes pontos de
erro através de lei seca e se necessário doutrina. Lembrando que é diferente
buscar a doutrina como um método de estudo para a revisão, do que buscar a
doutrina como método de estudo para compreender o que errou no simulado.
São situações diferentes.
Sobre simulados é bem provável que você já tenha feito alguns antes
de iniciar a sua revisão de 15 dias! Porém, este será diferenciado, será um simu-
lado em que você literalmente reservará o tempo previsto no edital para respon-
der a prova, tal como se estivesse em prova. Separe um lanche, uma água, pro-
cure um espaço isolado, avise seus familiares de que se submeterá a uma prova.
Este simulado será tua métrica de bom e mau desempenho. Foque nos
erros e direcione seu estudo para os erros que poderiam ter sido evitados, seja
x Constituição Federal;
x Código Penal (parte geral);
x Código Civil;
x Lei de Introdução as Normas de Direito Brasileiro;
x Lei de Improbidade Administrativa;
x Código de Processo Civil;
x Código de Processo Penal;
x Estatuto da Criança e do Adolescente;
x Código de Defesa do Consumidor.
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Atenção, no entanto, para a revisão do Código Civil, Código de Processo
Civil e do Código de Processo Penal, pois esses diplomas normativos são deveras
extensos, sendo necessário o recorte do estudo de acordo com os assuntos mais
cobrados para provas da magistratura.
Por fim, a jurisprudência que vem sendo cada vez mais cobrada em
provas da magistratura. Ela não é só rica em fundamentação como em exposição
de argumentação jurídica o que te auxiliará sobremaneira na segunda fase.
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5.6. Teste de aprendizagem para a
Magistratura
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
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Agora saber que o resultado aquém das nossas expectativas pode
acontecer é totalmente diferente de não fazer o seu melhor para que esse teste
de aprendizagem seja realmente fiel ao momento em que você está, ao momen-
to em que você se encontra.
Portanto, antes de iniciar, separe um local isolado para realizar seu si-
mulado, coloque um cronômetro. O ambiente de teste deve ficar longe de qual-
quer barulho ou preparado para evitar qualquer interrupção. Também, não se
permita intervalos durante o simulado, além daqueles já previstos para o dia de
prova. O ideal é chegar o mais próximo possível da realidade do dia de prova.
Foram selecionadas 100 questões objetivas para você, tal como ocorre
nos concursos da magistratura. As questões foram selecionadas a partir das úl-
timas provas para o cargo de juiz substituto da carreira federal e estadual, para
que você tenha uma ideia de nível de prova e do que é cobrado nos concursos
da magistratura.
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Está preparado?
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Licensed to Weber Lima de Deus - weberdedeus70@gmail.com - HP154416748220226
CIVIL
QUESTÃO 1
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
Augusto, em fevereiro de 1992, alugou de Breno imóvel urbano para fins resi-
denciais, pelo prazo de trinta meses, tendo sido prorrogado automaticamente
o contrato até o falecimento do locador Breno, em junho de 1996, sendo este o
último mês de pagamento do aluguel. Em agosto de 2020, o espólio de Breno
ajuizou ação de despejo cumulada com cobrança em face de Augusto. O juiz
determina a citação e, na forma da lei, faculta ao réu a purga da mora a fim de
evitar o desalijo forçado. Augusto contesta, alegando que houve a interversão
do caráter da posse e que teria adquirido o imóvel anteriormente locado por
usucapião. Nesse contexto, é correto afirmar que:
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QUESTÃO 2
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
A ) por se tratar de obrigação propter rem, apenas a pessoa cujo nome consta
como proprietária no cartório do registro de imóveis pode ser eficazmente de-
mandada;
B ) a ciência do condomínio acerca do ato de alienação é irrelevante para definir
a responsabilidade do adquirente pelo pagamento das cotas condominiais após
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QUESTÃO 3
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
A ) não poderá pleitear que o prenome “Maria” seja excluído do registro da fi-
lha, em virtude do princípio da imutabilidade do nome, pois tanto o pai quanto
a mãe podem proceder ao registro do filho perante o Registro Civil de Pessoas
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QUESTÃO 4
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
A ) março de 2015;
B ) dezembro de 2015;
C ) março de 2016;
D ) outubro de 2019;
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QUESTÃO 5
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
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QUESTÃO 6
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
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QUESTÃO 7
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
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QUESTÃO 8
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
Carlos é proprietário de dois imóveis rurais, sendo que na Fazenda Água Suja
planta soja, e na Fazenda Água Limpa, milho. Rafael adquiriu de Carlos, para a
entrega futura, toda a safra de soja, pagando antecipadamente e assumindo
o risco de a produção atingir somente 30% do esperado, bem como toda a sa-
fra de milho, também com pagamento antecipado, assumindo o risco de nada
ser colhido. Em virtude de problemas climáticos, nada produziram as fazendas.
Diante disto, Carlos
A ) nada terá de restituir a Rafael, do que recebeu pela venda de milho, mas terá
de restituir o valor recebido pela venda de soja.
B ) terá de restituir tudo o que recebeu de Rafael, sem juros, mas com correção
monetária.
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QUESTÃO 9
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
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QUESTÃO 10
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
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PROCESSO CIVIL
QUESTÃO 11
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
José ajuizou ação em face de João com três pedidos autônomos: a) declaração da
relação jurídica mantida entre as partes; b) obrigação de fazer; e c) indenização
por danos materiais. A sentença julgou integralmente procedentes os três
pedidos de José, fixando a indenização no valor de R$ 100.000,00. João não
recorreu da sentença, que transitou em julgado no dia 21/01/2018. Porém, dois
anos e dois meses depois do trânsito em julgado, João tomou conhecimento
da existência de um documento antigo (que até então desconhecia), da época
em que mantinha com José a relação jurídica objeto da lide e que não integrou
sua defesa. Tal documento, na visão de João, poderia acarretar a improcedência
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QUESTÃO 12
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
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QUESTÃO 13
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
QUESTÃO 14
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
A ) prossegue mesmo que ocorra causa extintiva que impeça o exame de mérito
da ação principal.
B ) dispensa a atribuição de valor à causa.
C ) pode ser proposta apenas pelo réu contra o próprio autor.
D ) não leva, se improcedente, à condenação em honorários advocatícios, os
quais são devidos apenas pela procedência do pedido principal.
E ) só pode ser proposta se oferecida contestação.
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QUESTÃO 15
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
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QUESTÃO 16
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
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QUESTÃO 17
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-AP | Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de
Direito Substituto
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QUESTÃO 18
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-AP | Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de
Direito Substituto
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QUESTÃO 19
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-AP | Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de
Direito Substituto
Em uma demanda judicial proposta por um único autor em face de dois réus,
em litisconsórcio passivo comum, apenas um deles ofereceu contestação, não
obstante ter o revel constituído procurador distinto e de outro escritório de
advocacia.
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QUESTÃO 20
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-MG | Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de
Direito Substituto
A. aforou ação cominatória contra B. para que o réu seja obrigado a construir
um muro de arrimo na divisa dos imóveis deles. Há risco iminente de desaba-
mento do barranco lá existente e provocado por desaterro irregular promovido
pela parte passiva. Requereu e obteve tutela provisória de urgência diante de
perícia feita pela Defesa Civil que comprova o mencionado risco e o aterro irre-
gular. Citado para a ação e intimado quanto à tutela provisória de urgência, o
réu propalou, na região, que não estava obrigado a cumprir a ordem judicial por-
que o juiz não tinha conhecimento técnico para determinar a realização da obra.
A conduta do réu
72
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
QUESTÃO 21
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
73
QUESTÃO 22
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
Maria, não desejando ficar com seu filho João, que não tem pai registral, entre-
ga-o a um casal de amigos, Marta e Vicente, os quais desejam adotá-lo. Segundo
previsão expressa de lei,
74
QUESTÃO 23
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
75
QUESTÃO 24
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
76
QUESTÃO 25
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
77
QUESTÃO 26
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
Maria cuida de Joaquim, criança com 3 anos de vida, que lhe foi entregue ainda
bebê pela genitora Laura, amiga de infância, logo após sair da maternidade.
Joaquim não tem a paternidade reconhecida em seu registro de nascimento.
Maria, com a concordância de Laura, ajuíza pedido de adoção na Vara da Infância,
da Juventude e Adoção de Curitiba, requerendo a guarda provisória de Joaquim.
O Ministério Público, em seu parecer, requereu a busca e apreensão liminar da
criança, pois caracterizada a burla ao Cadastro Nacional de Adoção. De acordo
com o Estatuto da Criança e do Adolescente, o juiz deve:
78
QUESTÃO 27
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
79
QUESTÃO 28
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
A ) a adoção pode ser feita por meio de procuração, quando os adotantes forem
estrangeiros.
B ) será sempre precedida de estágio de convivência.
C ) o adotado só poderá ter acesso ao processo de adoção após completar 18
anos.
D ) os avós do adotando são impedidos de adotar.
QUESTÃO 29
80
QUESTÃO 30
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
A ) é dispensado o preparo.
B ) deverá ser observada a ordem cronológica de conclusão para julgamento,
prevista no Código de Processo Civil.
C ) o prazo recursal será contado em dias úteis.
D ) o prazo recursal será de 15 dias, exceto para embargos de declaração.
QUESTÃO 31
81
A ) tem direito ao desfazimento do negócio, pois o consumidor pode desistir do
contrato no prazo de 7 (sete) dias contados da sua celebração.
B ) tem direito ao desfazimento do negócio, pois o consumidor pode desistir do
contrato no prazo de 7 (sete) dias contados da data do recebimento do produto.
C ) tem direito ao desfazimento do negócio, pois se reputa prática abusiva a venda
de produto por preço igual ou superior ao dobro do praticado por concorrente.
D ) tem direito ao desfazimento do negócio, mas somente se provar ter adquirido
o produto anunciado pelo outro fornecedor.
E ) não tem direito ao desfazimento do negócio por mero arrependimento.
QUESTÃO 32
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
82
QUESTÃO 33
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
83
QUESTÃO 34
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
A ) abusiva e enganosa.
B ) abusiva, apenas.
C ) enganosa, apenas.
D ) enganosa por omissão.
E ) permitida, desde que não seja contrária aos bons costumes.
84
QUESTÃO 35
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
85
QUESTÃO 36
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
86
QUESTÃO 37
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
87
QUESTÃO 38
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
88
QUESTÃO 39
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
A ) II e III.
B ) III e IV.
C ) I e II.
D ) I e IV.
E ) I, III e IV.
89
QUESTÃO 40
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
90
DIREITO CONSTITUCIONAL
QUESTÃO 41
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
Um dos municípios do Estado de Goiás editou lei dispondo sobre a distância mí-
nima exigida para a instalação de estabelecimentos comerciais do mesmo ramo,
como medida de facilitação de acesso aos respectivos serviços pelos consumi-
dores, tendo previsto a imposição de multa aos infratores. Considerando o teor
da Constituição Federal e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, esse
ato normativo mostra-se:
91
QUESTÃO 42
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
92
QUESTÃO 43
Ano: 2015 | Banca: CESPE / CEBRASPE | Órgão: TRF - 5ª REGIÃO Prova: CESPE -
2015 - TRF - 5ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto
A prática constitucional brasileira, por se tornar a cada dia mais complexa, exige
o incremento do estudo da teoria da Constituição com o objetivo de se com-
preender e justificar a atuação cada vez mais proeminente do Poder Judiciário.
Acerca desse assunto, assinale a opção correta.
93
QUESTÃO 44
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
QUESTÃO 45
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-AP | Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de
Direito Substituto
94
A ) por vício de iniciativa, tendo em vista que a iniciativa de lei de licenciamento
ambiental é de competência exclusiva da Câmara dos Deputados;
B ) por vício de competência, tendo em vista que compete privativamente à União
legislar sobre jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia;
C ) tendo em vista que atividade garimpeira e de exploração mineral exige licen-
ça prévia, licença de fixação, licença de instalação, licença de operação e licença
de controle ambiental;
D ) tendo em vista que novas atividades garimpeiras e de exploração mineral são
vedadas no Brasil, sendo permitidas apenas as já existentes;
E ) tendo em vista que apenas são permitidas atividades garimpeiras e de explo-
ração mineral em território indígena, com prévia aprovação da Funai.
QUESTÃO 46
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-MG | Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de
95
IV. Deve ser extinto o processo, pois o autor deveria apresentar a sua pretensão
perante a Câmara Municipal, e o requerente não tem mais legitimidade, pois
não é mais servidor público.
Está correto o que se afirma em:
QUESTÃO 47
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-MG | Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de
Direito Substituto
96
QUESTÃO 48
Ano: 2022 | Banca: CESPE / CEBRASPE | Órgão: TJ-MA | Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2022 - TJ-MA - Juiz Substituto de Entrância Inicial
97
QUESTÃO 49
Ano: 2022 | Banca: TRF - 3ª REGIÃO | Órgão: TRF - 3ª REGIÃO | Prova: TRF - 3ª
REGIÃO - 2022 - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz Substituto
98
QUESTÃO 50
Ano: 2022 | Banca: TRF - 3ª REGIÃO | Órgão: TRF - 3ª REGIÃO | Prova: TRF - 3ª
REGIÃO - 2022 - TRF - 3ª REGIÃO - Juiz Substituto
99
DIREITO ELEITORAL
QUESTÃO 51
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
100
QUESTÃO 52
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
A ) I e IV.
B ) II e IV.
101
QUESTÃO 53
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
102
QUESTÃO 54
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
José da Silva, prefeito municipal eleito duas vezes consecutivas em sua cidade
natal, candidata-se, na sequência, ao cargo de prefeito municipal da cidade vizi-
nha, para onde se mudou e transferiu seu domicílio eleitoral de forma regular
e dentro do prazo legal das inscrições. Diante desse quadro, é possível afirmar
que:
103
QUESTÃO 55
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-AP | Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de
Direito Substituto
104
QUESTÃO 56
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-MG | Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de
Direito Substituto
105
PENAL, PROCESSO PENAL E
EXECUÇÃO PENAL
QUESTÃO 57
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
106
QUESTÃO 58
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-MG | Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de
Direito Substituto
O crime de racismo, constante na Lei nº. 7.716/1989, é de ação penal _____, _____
e _____. Por sua vez, o crime de injúria racial, disposto no Art. 140, § 3º, do Código
Penal, é de ação penal _____, _____ e _____, conforme entendimento atual do Su-
premo Tribunal Federal.
107
A ) pública incondicionada, inafiançável, imprescritível, privada personalíssima,
afiançável e prescritível.
B ) pública incondicionada, inafiançável, imprescritível, pública condicionada à
representação, inafiançável e imprescritível.
C ) pública condicionada à representação, afiançável, prescritível, pública incon-
dicionada, inafiançável e prescritível.
D ) pública incondicionada, inafiançável, imprescritível, pública condicionada à
representação, afiançável e imprescritível.
QUESTÃO 60
Ano: 2022 | Banca: CESPE / CEBRASPE | Órgão: TJ-MA | Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2022 - TJ-MA - Juiz Substituto de Entrância Inicial
108
QUESTÃO 61
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
109
QUESTÃO 62
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
Segundo tese fixada pelo Superior Tribunal de Justiça, os apenados que, embora
tenham cometido crime hediondo ou equiparado sem resultado morte, e que
não sejam reincidentes em delito de natureza semelhante, poderão progredir
de regime prisional quando tiverem cumprido ao menos:
QUESTÃO 63
110
QUESTÃO 64
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-MG | Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de
Direito Substituto
Com base na redação atual do Art. 112 da Lei nº 7.210/1984, a pena privativa de
liberdade será executada de forma progressiva, com a transferência para regi-
me menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido
ao menos
111
QUESTÃO 65
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
112
QUESTÃO 67
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
113
QUESTÃO 68
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
A respeito do tráfico ilícito de drogas na sua forma privilegiada (artigo 33, pará-
grafo 4º , da Lei nº 11.343/06), é correto afirmar que
QUESTÃO 69
114
QUESTÃO 70
Ano: 2022 | Banca: CESPE / CEBRASPE | Órgão: TJ-MA | Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2022 - TJ-MA - Juiz Substituto de Entrância Inicial
115
DIREITO ADMINISTRATIVO
QUESTÃO 71
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
116
QUESTÃO 72
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
QUESTÃO 73
Ano: 2022 | Banca: FAURGS | Órgão: TJ-RS | Prova: FAURGS - 2022 - TJ-RS - Juiz
Substituto
117
A ) Eficiência, eficácia e efetividade.
B ) Segurança jurídica, proteção à confiança e boa-fé.
C ) Moralidade, improbidade e desvio de poder.
D ) Legalidade, legitimidade e continuidade dos serviços públicos.
E ) Impessoalidade, igualdade e isonomia.
QUESTÃO 74
Ano: 2022 | Banca: FAURGS | Órgão: TJ-RS | Prova: FAURGS - 2022 - TJ-RS - Juiz
Substituto
118
QUESTÃO 75
Ano: 2022 | Banca: FAURGS | Órgão: TJ-RS | Prova: FAURGS - 2022 - TJ-RS - Juiz
Substituto
119
QUESTÃO 76
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-MG | Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de
Direito Substituto
120
QUESTÃO 77
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-MG | Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de
Direito Substituto
A ) anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, desde que isso não
atinja a segurança jurídica.
B ) anular os próprios atos, se estiverem eivados de nulidade, a qualquer tempo.
C ) revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
D ) revogar os próprios atos, por motivo de conveniência ou oportunidade, sem
que isso possa gerar quaisquer direitos.
121
DIREITO EMPRESARIAL
QUESTÃO 78
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
122
QUESTÃO 79
Ano: 2022 | Banca: CESPE / CEBRASPE | Órgão: TJ-MA | Prova: CESPE / CEBRASPE
- 2022 - TJ-MA - Juiz Substituto de Entrância Inicial
123
DIREITO TRIBUTÁRIO
QUESTÃO 80
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
124
QUESTÃO 81
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
125
QUESTÃO 82
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
126
QUESTÃO 83
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
127
QUESTÃO 84
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
A ) não poderia ser cobrada nem pelo Município Alfa nem pelo Estado Beta;
B ) poderia ser cobrada pelo Município Alfa, por ser o local da situação do imóvel;
C ) poderia ser cobrada pelo Município Alfa, em razão da atuação da Defesa Civil
Municipal;
QUESTÃO 85
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
128
A ) não viola o princípio da legalidade tributária nem o da anterioridade tributária;
B ) não viola o princípio da legalidade tributária, mas sim o da anterioridade
tributária nonagesimal;
C ) viola o princípio da legalidade tributária, mas não o da anterioridade tributária;
D ) viola o princípio da anterioridade tributária, mas não o da legalidade tributária;
E ) viola o princípio da legalidade tributária e o princípio da anterioridade tribu-
tária.
QUESTÃO 86
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
129
QUESTÃO 87
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
De acordo com o Código Tributário Nacional, a lei tributária que deve ser inter-
pretada da maneira mais favorável ao acusado, em caso de dúvida quanto à
capitulação legal do fato, e quanto a outras situações previstas, é aquela que:
130
QUESTÃO 88
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
Relativamente aos impostos lançados de ofício, tal como ocorre com o IPTU, em
diversos Municípios brasileiros, o Código Tributário Nacional estabelece que o
direito de a Fazenda Pública constituir o crédito tributário extingue-se após cinco
anos, contados:
131
QUESTÃO 89
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
132
DIREITO AMBIENTAL
QUESTÃO 90
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
133
QUESTÃO 91
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
Ano: 2020 | Banca: FCC | Órgão: TJ-MS | Prova: FCC - 2020 - TJ-MS - Juiz Substituto
134
QUESTÃO 93
Ano: 2021 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PR | Prova: FGV - 2021 - TJ-PR - Juiz Substituto
135
QUESTÃO 94
Ano: 2021 | Banca: FCC | Órgão: TJ-GO | Prova: FCC - 2021 - TJ-GO - Juiz Substituto
José Bento, que cursou até a terceira série do ensino fundamental, foi denun-
ciado por adentrar, sem autorização, um Refúgio da Vida Silvestre portando um
facão. Confessou que sabia da ilegalidade da conduta, mas sua intenção era
colher sementes para confecção de artesanato. A ação penal deverá ser julgada:
Ano: 2021 | Banca: VUNESP | Órgão: TJ-SP | Prova: VUNESP - 2021 - TJ-SP - Juiz
Substituto
136
QUESTÃO 96
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-AP | Prova: FGV - 2022 - TJ-AP - Juiz de
Direito Substituto
137
NOÇÕES DE DIREITO
HUMANÍSTICO
QUESTÃO 97
Ano: 2019 | Banca: CESPE / CEBRASPE | Órgão: TJ-PR | Prova: CESPE - 2019 - TJ-
PR - Juiz Substituto
A ) da tolerância.
B ) da igualdade entre homem e mulher.
C ) do cuidado em tempo integral.
138
QUESTÃO 98
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-MG | Prova: FGV - 2022 - TJ-MG - Juiz de
Direito Substituto
139
QUESTÃO 99
Ano: 2022 | Banca: TRF - 4ª REGIÃO | Órgão: TRF - 4ª REGIÃO | Prova: TRF - 4ª
REGIÃO - 2022 - TRF - 4ª REGIÃO - Juiz Federal Substituto
140
QUESTÃO 100
Ano: 2022 | Banca: FGV | Órgão: TJ-PE | Prova: FGV - 2022 - TJ-PE - Juiz Substituto
141
GABARITO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
E E C A B C B A A C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
E B C A B D A A C C
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
D C D D B A D D A A
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
E E D B B A C A E D
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
C D A D B C C B B B
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
A B D B A A C E B B
142
6. Prova escrita – discursiva e sentença
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ.
143
É importante que o estudante busque aqueles mais completos e que
faça uso, no momento da prova, daquele a que está habituado (ou de um igual,
sem anotações).
144
Se você é daquelas pessoas cuja letra ninguém entende, recomendamos
que treine em casa, para que tenha maior agilidade na hora da prova. Aqui,
aqueles cadernos de caligrafia poderão ser úteis.
Embora toda a fase subjetiva seja realizada de uma só vez (em dias
distintos), para que as sentenças corrigidas, é necessário que o candidato
obtenha, nas questões, a pontuação mínima de 6 (seis).
145
6.1. Prova discursiva
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ.
x não faça rascunho. O tempo de prova não é suficiente para que você
redija e, posteriormente, passe a limpo. Utilize a folha de rascunho
para anotar o esqueleto da sua resposta, assim como as ideias que
forem surgindo à medida em que você escreve no caderno definitivo.
146
x inicie pelas questões cujas respostas você sabe, garantindo essa
pontuação. Com o tempo restante, você poderá despender tempo
procurando respostas nos códigos e leis.
147
6.2. Sentença
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
1 Resolução nº 75 de 2009. Art. 51. O tempo mínimo de duração de cada prova será de 4 (quatro)
horas.
2 Resolução nº 75 de 2009. Art. 54. A nota final de cada prova será atribuída entre 0 (zero) e 10
(dez). Parágrafo único. Na prova de sentença, se mais de uma for exigida, exigir-se-á, para a aprovação,
nota mínima de 6 (seis) em cada uma delas.
3 Resolução nº 75 de 2009. Art. 52. As provas escritas da segunda etapa do concurso realizar-se-ão
em dias distintos, preferencialmente nos finais de semana.
148
Portanto, muito cuidado.
x Clipes;
x Marca-texto;
x Sublinhados;
Vamos continuar.
149
A partir daí você pode perceber o quão difícil é redigir uma sentença.
Pois você terá que analisar os pontos controvertidos informados pelo enunciado
da questão e combatê-los um por um, afinal você não sabe quais deles consta
no seu espelho.
x Conciso;
x Assertivo;
x Fundamentação
5 Lei 9.099/95 Art. 38. A sentença mencionará os elementos de convicção do Juiz, com breve re-
sumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
150
Por isso, uma dica preciosa é não perder tanto tempo treinando como
redigir um bom relatório de sentença. Raramente essa parte da peça processual
traz pontos no espelho e o básico é suficiente para cumprir com integralidade o
que quer o examinador.
6 Art. 93, IX da CF/88. todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e funda-
mentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em determinados
atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do
direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação.
Art. 11 do Código de Processo Civil. Todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos,
e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade.
7 Art. 489, § 1º do CPC.
151
x deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente
invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso
em julgamento ou a superação do entendimento.
Com certeza será o momento que deve demandar mais tempo durante
a execução da prova, salvo o dispositivo em sentença criminal que pode retirar
um pouco do tempo do candidato.
152
6.2.1. Sentença cível
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
Portanto, para a sua prova de sentença cível você não poderá esquecer
esses dois dispositivos! Lembre-se que durante a prova o examinador quer
analisar se você tem capacidade de síntese para solucionar uma demanda por
meio da resolução judicial que põe fim ao processo.
153
x o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso,
com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais
ocorrências havidas no andamento do processo;
154
Lembre-se que o relatório descreve fatos do processo. Não há neste
momento juízo de valor a ser proferido pelo magistrado.
Processo nº
I – RELATÓRIO
Relatório dispensado. Fundamento e decido.
II – FUNDAMENTAÇÃO
155
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato norma-
tivo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o
motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra
decisão;
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo ca-
pazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que
o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou pre-
cedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de dis-
tinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
§ 2º No caso de colisão entre normas, o juiz deve justificar o ob-
jeto e os critérios gerais da ponderação efetuada, enunciando as
razões que autorizam a interferência na norma afastada e as pre-
missas fáticas que fundamentam a conclusão.
156
que existam vários pontos a serem analisados. O ideal é que você não deixe de
analisar nenhum desses “possíveis” pontos que poderão estar previstos no teu
espelho, por isso a estruturação sobre como você irá desenvolver a tua funda-
mentação, conforme supramencionado, é tão importante.
157
Art. 56. Dá-se a continência entre 2 (duas) ou mais ações quando
houver identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o
pedido de uma, por ser mais amplo, abrange o das demais.
Art. 57. Quando houver continência e a ação continente tiver sido
proposta anteriormente, no processo relativo à ação contida será
proferida sentença sem resolução de mérito, caso contrário, as
ações serão necessariamente reunidas.
Art. 58. A reunião das ações propostas em separado far-se-á no
juízo prevento, onde serão decididas simultaneamente.
Art. 59. O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento
o juízo.
158
Houve requerimento de prova pericial, porém observo que se trata de fato
ocorrido no ano de 2015 de modo que na presente data a prova pericial seria
inservível, já que o local em que a obra fora realizada já foi modificado. Portanto,
indefiro o pedido de prova pericial.
4 Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito,
quando: I - não houver necessidade de produção de outras provas; II - o réu for revel, ocorrer o efeito
previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na forma do art. 349 .
159
TÓPICO 4: Preliminares ao mérito
Veja que são várias preliminares, mas não haverá necessidade de men-
cionar todas elas no corpo da sentença, salvo quando o enunciado expuser um
fato relevante que indique se trata de um ponto que precisa ser resolvido. Então,
você deve sempre ficar atento ao que o enunciado diz.
160
§ 1º O comparecimento espontâneo do réu ou do executado su-
pre a falta ou a nulidade da citação, fluindo a partir desta data
o prazo para apresentação de contestação ou de embargos à exe-
cução.
161
13/11/1991, DJ 21/11/1991, p. 16774)(DIREITO PROCESSUAL CIVIL -
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL)
Súmula 42 - Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar
as causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e
os crimes praticados em seu detrimento. (SÚMULA 42, CORTE ES-
PECIAL, julgado em 14/05/1992, DJ 20/05/1992, p. 7074)(DIREITO
PROCESSUAL CIVIL - COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL)
Súmula 122 - Compete à Justiça Federal o processo e julgamento
unificado dos crimes conexos de competência federal e estadual,
não se aplicando a regra do art. 78, II, “a”, do Código de Processo
Penal. (SÚMULA 122, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 01/12/1994, DJ
07/12/1994, p. 33970)(DIREITO PROCESSUAL PENAL - COMPETÊN-
CIA DA JUSTIÇA FEDERAL)
Súmula 137 - Compete à Justiça Comum Estadual processar e jul-
gar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relati-
vos ao vínculo estatutário. (SÚMULA 137, CORTE ESPECIAL, julgado
em 11/05/1995, DJ 22/05/1995, p. 14446)(DIREITO ADMINISTRATI-
VO - SERVIDOR PÚBLICO CIVIL)
Súmula 161 - É da competência da Justiça Estadual autorizar o le-
vantamento dos valores relativos ao PIS / PASEP e FGTS, em decor-
rência do falecimento do titular da conta. (SÚMULA 161, PRIMEIRA
162
SÚMULA 501 - Compete à Justiça ordinária estadual o processo e
o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do
trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias,
empresas públicas ou sociedades de economia mista.
SÚMULA 508 - Compete à Justiça Estadual, em ambas as instân-
cias, processar e julgar as causas em que fôr parte o Banco do
Brasil S. A.
SÚMULA 511 - Compete à Justiça Federal, em ambas as instâncias,
processar e julgar as causas entre autarquias federais e entida-
des públicas locais, inclusive mandados de segurança, ressalvada
a ação fiscal, nos termos da Constituição Federal de 1967, art. 119,
§ 3º.
SÚMULA 516 - O Serviço Social da Indústria – S. E. S. I. – está sujeito
à jurisdição da Justiça Estadual.
SÚMULA 517 -As sociedades de economia mista só têm foro na
Justiça Federal, quando a União intervém como assistente ou
opoente.
163
Quanto à alegação de nulidade, as normas mais utilizadas para acolhê-
-las ou rejeitá-las, estão previstas no próprio Código de Processo Civil e são ex-
postas com nomenclaturas principiológicas pela doutrina e pela jurisprudência.
164
nalidade, em razão da aplicação do princípio da instrumenta-
lidade das formas, consoante o 244 do CPC/73 (277 do CPC/15).
5. Ocorrendo a sub-rogação legal de contrato de locação, o fiador
do locatário original poderá exonerar-se das suas responsabilida-
des em relação ao negócio jurídico locatício, no prazo de 30 dias
contado da ciência inequívoca da referida sub-rogação, nos ter-
mos do artigo 12, § 2º, da Lei 8.245/91 c/c 244 do CPC/73 (277 do
CPC/15). 6. Não há aditamento em contrato de locação sub-rogado
por lei, nos termos do artigo 12, caput, §§ 1º e 2º, da Lei 8.245/91,
sendo - portanto - inaplicável a Súmula 214/STJ (O fiador na loca-
ção não responde por obrigações resultantes de aditamento ao
qual não anuiu) nessas situações. 7. Recurso especial parcialmente
conhecido e, nessa extensão, parcialmente provido.
165
2. Hipótese em que o Juiz de primeiro grau julgou procedente o
pedido de produção de prova antecipada e homologou a perícia
realizada, condenando o Estado do Maranhão ao pagamento dos
honorários periciais e advocatícios, sendo a sentença anulada pelo
Tribunal de origem.
3. À luz do disposto no artigo 282, §1º, do CPC/2015, não se vislum-
bra nenhum prejuízo que justifique a anulação do processo, por
cerceamento defesa ou suposta ofensa ao artigo 421 do CPC/1973
(correspondente ao artigo 465 do CPC/2015), pois, apesar de in-
timado para indicação dos assistentes técnicos e formulação
dos quesitos, o Estado permaneceu inerte quanto a tal ônus
por opção sua, mesmo após a substituição do perito.
4. As disposições do artigo 421, do § 1º, I e II, do CPC/1973 são
dirigidas às partes e não ao magistrado («incumbe às partes...»),
razão pela qual o Tribunal a quo não poderia ter anulado o proces-
so, ex ofício, sob o fundamento de que teria havido cerceamento
do direito de defesa do expropriante, em razão de o Juiz proces-
sante não ter reiterado/renovado expressamente a possibilidade
das partes indicarem assistentes técnicos na fase final da perícia
(complementar).
5. Ao contrário do alegado, não há necessidade de incursionar no
166
x Princípio da causalidade: consiste em declarar que o reconhecimen-
to da nulidade de um ato pelo julgador invalidará somente os demais
atos que dele dependam, não alcançando os atos subsequentes que se-
jam independentes. É um princípio que está explícito no artigo 281 do
CPC. Vejamos:
167
x o reconhecimento do pedido pelo réu;
x a transação;
x a renúncia à pretensão pelo autor;
x decadência;
x prescrição;
168
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz: II - decidir, de
ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou
prescrição;
Observe que a preliminar de mérito põe fim ao processo caso seja aco-
lhida e se trate de hipótese de reconhecimento integral dos pedidos. Porém, é
possível que o examinador queira que você reconheça somente a prescrição de
um capítulo da sentença e prossiga analisando os demais pedidos. Vejamos:
Ante o exposto:
a) decreto a prescrição da pretensão da parte autora em relação as parcelar
169
Súmula 101 - A ação de indenização do segurado em grupo con-
tra a seguradora prescreve em um ano. (SÚMULA 101, SEGUNDA
SEÇÃO, julgado em 27/04/1994, DJ 05/05/1994, p. 10379)(DIREITO
CIVIL - CONTRATO DE SEGURO)
Súmula 106 - Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício,
a demora na citação, por motivos inerentes ao mecanismo da Jus-
tiça, não justifica o acolhimento da arguição de prescrição ou de-
cadência. (SÚMULA 106, CORTE ESPECIAL, julgado em 26/05/1994,
DJ 03/06/1994, p. 13885)(DIREITO PROCESSUAL CIVIL - CITAÇÃO)
Súmula 291 - A ação de cobrança de parcelas de complementa-
ção de aposentadoria pela previdência privada prescreve em cinco
anos. (SÚMULA 291, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 28/04/2004, DJ
13/05/2004, p. 201)(DIREITO PREVIDENCIÁRIO - PREVIDÊNCIA PRI-
VADA)
Súmula 314 - Em execução fiscal, não localizados bens penhorá-
veis, suspende-se o processo por um ano, findo o qual se inicia o
prazo da prescrição qüinqüenal intercorrente. (SÚMULA 314, PRI-
MEIRA SEÇÃO, julgado em 12/12/2005, DJ 08/02/2006, p. 258)(DI-
REITO TRIBUTÁRIO - EXECUÇÃO FISCAL)
Súmula 398 - A prescrição da ação para pleitear os juros progressi-
vos sobre os saldos de conta vinculada do FGTS não atinge o fundo
170
de taxas, tarifas e encargos bancários. (SÚMULA 477, SEGUNDA
SEÇÃO, julgado em 13/06/2012, DJe 19/06/2012)(DIREITO BANCÁ-
RIO - AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS)
Súmulas do Supremo Tribunal Federal:
SÚMULA VINCULANTE 8 - São inconstitucionais o parágrafo único
do artigo 5º do Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da
Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de cré-
dito tributário.
SÚMULA 149 - É imprescritível a ação de investigação de paterni-
dade, mas não o é a de petição de herança.
SÚMULA 150 - Prescreve a execução no mesmo prazo de prescri-
ção da ação.
SÚMULA 151 - Prescreve em um ano a ação do segurador subro-
gado para haver indenização por extravio ou perda de carga
transportada por navio.
SÚMULA 153 - Simples protesto cambiário não interrompe a pres-
crição.
SÚMULA 230 - A prescrição da ação de acidente do trabalho conta-
-se do exame pericial que comprovar a enfermidade ou verificar a
natureza da incapacidade.
SÚMULA 383 - A prescrição em favor da Fazenda Pública reco-
TÓPICO 6: Do mérito
O juiz deverá analisar o mérito com base nas provas dos autos trata-
-se de um momento que diz respeito ao direito propriamente dito, discutido no
caso em concreto Lembre-se de que durante sua prova é necessário estruturar
as razões do decidir com clareza, portanto, utilize a folha de rascunho ou algum
outro método para facilitar a ordem da estruturação das teses arguidas pela
parte autora e ré.
171
Cada tese arguida deverá ser enfrentada pelo julgador com a apresen-
tação da legislação aplicável e em seguida com o desenvolvimento do raciocínio
que expõe a comprovação da tese ou não pelas partes.
Do mérito
Destaca-se ao caso as regras protetivas do Código de Defesa do Consu-
midor, eis que patente uma relação de consumo que vincula as partes,
trazendo à inteligência os arts. 2º e 3º, da Lei nº 8.078/90.
1. Da inexistência do débito
Toda a argumentação trazida da fundamentação da petição inicial gira
em torno da legalidade dos lançamentos na fatura do cartão de crédito
do requerente.
Reconhecida a situação de hipossuficiência e vulnerabilidade da autora
frente ao Banco réu, o qual ostenta grande porte no cenário econômico
nacional. Ademais, associando-se a situação de hipossuficiência e vulne-
rabilidade do consumidor e a verossimilhança da alegação por ele invo-
cada, foi invertido o ônus probatório, a teor do que dispõe o art. 6º, VIII,
do CDC.
172
Além do mais, o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/90), con-
sagra em seu art. 14 a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviço,
não interessando investigar a sua conduta, mas, tão somente, se foi res-
ponsável pela colocação do serviço no mercado de consumo. Prescreve
o art. 14 da Lei nº 8.078/90 (C.D.C.), in verbis:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da exis-
tência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores
por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informa-
ções insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Por sua vez, o § 3º, e seus incisos, do aludido dispositivo legal, prevê
as causas de não-responsabilização do fornecedor, quais sejam: a) que,
tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; b) a culpa exclusiva do con-
sumidor ou de terceiro.
Feitas essas observações iniciais, na espécie sub judice, a questão é de
fácil deslinde, posto que compulsando os autos, observo a omissão das
requeridas no seu ônus probandi, nos termos do art. 373, inciso II, do
Código de Processo Civil, pelo que se ressalta a ausência de documento
173
Se a instituição financeira e a empresa disponibilizam aos seus consumi-
dores a possibilidade de realizar compras por diversos meios, e com me-
nos formalidade, deve oferecer a segurança suficiente para que sejam
evitadas fraudes por terceiros, sob pena de arcar com os prejuízos.
Urge destacar que nas relações cotidianas faz-se necessária a observân-
cia de algumas regras de cautela essenciais à continuidade da transação
comercial, buscando-se evitar o acometimento de situações prejudiciais
e constrangedoras aos cidadãos de bem e aos próprios estabelecimen-
tos contratantes. Eis que no momento da formação de negócios jurídicos
devem as empresas usar de prudência e cuidados na averiguação de
dados e checagem da documentação e informações apresentadas pelo
consumidor, já que a inobservância de algumas normas de resguardo
quando da contratação acarreta a incidência da Teoria do Risco da Ativi-
dade, de forma que, restando caracterizada uma fraude, a qual não te-
nha o consumidor dado causa, se impõe a responsabilidade da empresa
junto a qual se fez o negócio.
Dessa forma, tenho como ilegal e abusiva qualquer cobrança referente a
174
Parágrafo único - O consumidor cobrado em quantia indevida tem di-
reito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro ao que pagou em
excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese
de engano justificável.
Considerando a inexistência do débito já discutida, por disciplina legal,
entendo pela concessão do pedido para que seja restituído em dobro a
quantia, perfectibilizando o total de R$ 400,00 (quatrocentos reais) a títu-
lo de repetição do indébito.
3. Do dano moral
Concernente aos danos morais enfrentados notórios os aborrecimentos
e transtornos suportados pelo Requerente em razão da cobrança indevi-
damente realizada e da ausência de qualquer solução ao caso, não obs-
tante requeresse o posicionamento da empresa Ré.
A cobrança indevida, sem dúvidas, gera efeitos deletérios, sentimento de
impotência, dentre outros desgastes emocionais e psicológicos enseja-
dores do dano moral. Esse é o entendimento do Egrégio Tribunal deste
Estado.
175
O nexo de causalidade entre a conduta do agente e o dano ocorrido, por
sua vez, resta plenamente caracterizado. Não apenas restaram eviden-
tes os aborrecimentos ocasionados pela cobrança indevida de valores
como também pela falta de atenção, prudência e cuidados necessários
na prestação de serviços do demandado.
Reconhecendo que a dor e a ofensa à honra não se medem monetaria-
mente, a importância a ser paga terá de se submeter ao poder discricio-
nário do julgador quando da apreciação das circunstâncias do dano para
a fixação do quantum da condenação.
O julgador deve zelar para que haja moderação no arbitramento da in-
denização. O valor da indenização pretendida deve ser proporcional ao
abalo sofrido, mediante quantia razoável, que leve em conta a necessi-
dade de satisfazer o constrangimento e angústia causados à vítima e a
desencorajar a reincidência do autor do ato lesivo.
Deve o julgador, ao fixar o quantum, levar em conta as circunstâncias
em que se deu e o grau de culpabilidade do agente, de tal forma que não
seja tão grande a ponto de se converter em fonte de enriquecimento,
176
A legislação processual civil vigente manteve o princípio da persuasão
racional do juiz (artigos 370 e 371), o qual preceitua que cabe ao magistrado
dirigir a instrução probatória por meio da livre análise das provas e da rejeição
da produção daquelas que se mostrarem protelatórias:
177
TÓPICO 7: Do dispositivo
178
examinar questões de ofício, haverá violação ao princípio da congruência, haja
vista que o pedido delimita a atividade do juiz, que não pode dar ao autor mais
do que ele pediu, julgando ultra petita.
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas par-
tes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo
respeito a lei exige iniciativa da parte.
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da
pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou
em objeto diverso do que lhe foi demandado.
179
Por exemplo, há possibilidade de conversão da ação possessória
em indenizatória, em respeito aos princípios da celeridade e economia proces-
suais, a fim de assegurar ao particular a obtenção de resultado prático corres-
pondente à restituição do bem, quando situação fática consolidada no curso da
ação exigir a devida proteção jurisdicional12.
180
mento extra ou ultra petita a concessão de benefício diverso do requerido na
inicial, desde que o autor preencha os requisitos legais do benefício deferido.
181
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção
monetária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários
advocatícios.
Assim, todas as hipóteses listadas no art. 322, §1º podem ser fixados na
decisão, independentemente de pedido expresso.
182
IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmis-
sível por disposição legal; e
X - nos demais casos prescritos neste Código.
Ante o exposto, julgo extinto o processo sem resolução do mérito, por verificar
ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular
do processo, na forma do artigo 485, IV do CPC.
183
Assim sendo, julgo procedente a pretensão formulada na inicial, extinguindo o
feito com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I do CPC, para nomear a
sra. ___no encargo de curadora de ____, a qual deverá prestar o compromisso,
a fim de que exerça os poderes e deveres próprios do encargo que ora lhe é
conferido, e zele pela pessoa e pelos bens da incapaz a partir desta data.
14 Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atua-
lização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.
184
Já os juros decorrem da mora pelo não cumprimento da obrigação.
É uma penalidade arbitrada contra o devedor, independente do prejuízo que
possa ser causado ao credor. Vejamos:
15 Art. 240. A citação válida, ainda quando ordenada por juízo incompetente, induz litispendência,
torna litigiosa a coisa e constitui em mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 da Lei nº
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) .
185
o Superior Tribunal de Justiça16 já se posicionou informando que os efeitos da
citação não podem ser confundidos com o início do prazo para a defesa dos li-
tisconsortes.
16 Superior Tribunal de Justiça STJ - RECURSO ESPECIAL : REsp 1868855 RS 2020/0073228-7 - In-
teiro Teor. Disponível em: https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1101127604/recurso-especial-resp-
-1868855-rs-2020-0073228-7/inteiro-teor-1101127614?ref=juris-tabs.
17 Art. 280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido pro-
posta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
186
DANOS MORAIS E MATERIAIS DA OBRIGAÇÃO CONTRATUAL
Obrigação ilíquida é contada a partir da Obrigação líquida é contada a partir
citação. do vencimento.
187
Súmula 271 - A correção monetária dos depósitos judiciais inde-
pende de ação
específica contra o banco depositário.
Súmula 204 - Os juros de mora nas ações relativas a benefícios
previdenciários incidem a partir da citação válida.
Súmula 188 - Os juros moratórios, na repetição do indébito tribu-
tário, são devidos a partir do trânsito em julgado da sentença.
Súmula 162 - Na repetição de indébito tributário, a correção mone-
tária incide a partir do pagamento indevido.
Súmula 54 - Os juros moratórios fluem a partir do evento danoso,
em caso de responsabilidade extracontratual. Falsificação de che-
que.
Súmula 43 - Incide correção monetária sobre dívida por ato ilícito
a partir da data do efetivo prejuízo.
Súmula 36 - A correção monetária integra o valor da restituição,
em caso de adiantamento de cambio, requerida em concordata
ou falência.
Súmula 35 - Incide correção monetária sobre as prestações pagas,
quando de sua restituição, em virtude da retirada ou exclusão do
participante de plano de consorcio.
Súmula 30 - A comissão de permanência e a correção monetária
188
Trata-se de uma facultatividade da sentença judicial, que, por vezes,
é cobrada no espelho de concursos da magistratura e, portanto, não pode ser
esquecida. O rol descrito no art. 536, § 1º é meramente exemplificativo!
18 “A finalidade da multa é coagir (...) ao cumprimento do fazer ou do não fazer, não tendo cará-
ter punitivo. Constitui forma de pressão sobre a vontade”, destinada a convencer o seu destinatário ao
cumprimento. (MARINONI, Luiz Guilherme; ARENHART, Sérgio Cruz; e MITIDIERO, Daniel. Novo Código
de Processo Civil comentado. 3ª ed. São Paulo: RT, 2017, pp. 684-685).
19 Súmula 410 do STJ: “A prévia intimação pessoal do devedor constitui condição necessária para a
cobrança de multa pelo descumprimento de obrigação de fazer ou não fazer.”
189
a pedido da parte requerida, referentes ao registro constante da consulta ane-
xa aos autos, devendo a parte ré, no prazo de 05 dias, adotar as necessárias
providências, no âmbito de seu sistema interno, para o cumprimento deste
comando, sob pena de multa diária no valor de R$ 100,00 (cem reais);
190
imposta à parte vencida e independe de qualquer requerimento da parte con-
trária, uma vez que se trata de norma que tem por destinatário o próprio Juiz20.
191
Tal como ocorre em processos em que ambas as partes são vencedo-
ras e vencidas na lide, devendo elas arcarem com os encargos processuais, na
proporção de suas sucumbências.
Atenção! Para os casos de Ação Civil Pública (art. 18) e Ação Popular
(art.5º, LXXIII da CF/88) é necessário rememorar os seguintes dispositivos
que impactam diretamente na fixação da sucumbência pelo julgador:
Art. 18 da Lei 7.347/1985. Nas ações de que trata esta lei, não ha-
Outro cuidado a ser tomado pelo julgador deve acontecer nas ações
em que concedida a gratuidade judiciária, pois quando a parte for sucumben-
te o juiz deve condená-la, porém, deve suspender a exigibilidade, na forma do
art. 98, §§2º e 3º do CPC. Vejamos:
192
§ 2º A concessão de gratuidade não afasta a responsabilidade
do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários
advocatícios decorrentes de sua sucumbência.
§ 3º Vencido o beneficiário, as obrigações decorrentes de sua su-
cumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e
somente poderão ser executadas se, nos 5 (cinco) anos subse-
quentes ao trânsito em julgado da decisão que as certificou, o cre-
dor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência
de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-
-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
23 Art. 90 do CPC.
24 Art. 82 do CPC.
193
pagamento, desde o início até a sentença final ou, na execução,
até a plena satisfação do direito reconhecido no título.
194
Alguns requisitos subjetivos deverão ser levados em consideração pelo
julgador para a fixação dos honorários. São eles:
Nas causas em que a Fazenda Pública for parte, a fixação dos honorá-
rios observará além dos critérios supramencionados os seguintes percentuais
de acordo com o Código de Processo Civil:
195
Quando não houve condenação principal ou não for possível mensurar
o proveito econômico obtido, a condenação em honorários dar-se-á sobre o va-
lor atualizado da causa27.
196
pensados entre eles os honorários e as despesas”. 3. O Superior
Tribunal de Justiça entende que “A Lei nº 8.906 /94 assegura ao ad-
vogado a titularidade da verba honorária incluída na condenação,
sendo certo que a previsão, contida no Código de Processo Civil ,
de compensação dos honorários na hipótese de sucumbência re-
cíproca, não colide com a referida norma do Estatuto da Advoca-
cia. É a ratio essendi da Súmula 306 do STJ”. 4. Ademais, “o defe-
rimento da gratuidade da justiça não constitui, em regra, óbice à
compensação de honorários advocatícios no caso de sucumbência
recíproca” ( AgRg no AREsp 442.443/RS , Rel. Ministro Humberto
Martins, Segunda Turma, julgado em 6/2/2014, DJe 17/2/2014). 5.
Recurso Especial provido.
30 Art. 87 do CPC.
31 Art. 338, parágrafo único do CPC.
197
Art. 322. O pedido deve ser certo.
§ 1º Compreendem-se no principal os juros legais, a correção mo-
netária e as verbas de sucumbência, inclusive os honorários ad-
vocatícios.
32 Art. 85 § 17 do CPC. Os honorários serão devidos quando o advogado atuar em causa própria.
198
SÚMULA N. 617 - A base de cálculo dos honorários de advogado
em desapropriação é a diferença entre a oferta e a indenização,
corrigidas ambas monetariamente.
Atenção! Para os casos de Ação Civil Pública (art. 18), Ação Popular
(art.5º, LXXIII da CF/88), Mandado de Segurança (art. 25, Lei 12.016/2009)
em que é necessário rememorar os seguintes dispositivos que impactam
diretamente na fixação dos honorários pelo julgador:
Art. 18 da Lei 7.347/1985. Nas ações de que trata esta lei, não ha-
verá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e
quaisquer outras despesas, nem condenação da associação auto-
ra, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e
despesas processuais. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)
Art. 5º, LXXIII da CF/1988- qualquer cidadão é parte legítima para
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cul-
tural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas
judiciais e do ônus da sucumbência;
Outro cuidado a ser tomado pelo julgador deve acontecer nas ações
em que concedida a gratuidade judiciária, pois quando a parte for sucumbente
o juiz deve condená-la a fixação de honorários advocatícios, porém, deve sus-
pender a exigibilidade, na forma do art. 98, §§2º e 3º do CPC. Vejamos:
199
dor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência
de recursos que justificou a concessão de gratuidade, extinguindo-
-se, passado esse prazo, tais obrigações do beneficiário.
200
TÓPICO 18: Da remessa necessária
201
x quando o acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou
pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repeti-
tivos;
x quando o entendimento firmado em incidente de resolução de de-
mandas repetitivas ou de assunção de competência;
x quando existir entendimento coincidente com orientação vincu-
lante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, con-
solidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
35 STJ - RECURSO ESPECIAL REsp 1849806 SP 2019/0348458-0 (STJ). Jurisprudência • Data de pu-
blicação: 01/12/2020. PROCESSUAL CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. REMESSA NECESSÁRIA. SENTENÇA ILÍQUI-
DA. OBRIGATORIEDADE. SÚMULA 490 DO STJ.1. A Corte Especial, no julgamento do REsp 1.101.727/PR,
proferido sob o rito de recursos repetitivos, firmou o entendimento de que é obrigatório o reexame da
sentença ilíquida proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e as respectivas
autarquias e fundações de direito público (art. 475, § 2º, CPC/73). Posicionamento esse que deu origem
ao enunciado 490 da Súmula do STJ: “A dispensa de reexame necessário, quando o valor da condenação
ou do direito controvertido for inferior a sessenta salários mínimos, não se aplica a sentenças ilíquidas.”
2 “A jurisprudência deste Superior Tribunal não tem admitido o afastamento do reexame necessário
com fundamento em estimativa do valor da condenação” (AgInt no REsp 1.789.692/RS, Rel. Ministro Og
Fernandes, Segunda Turma, DJe 24/09/2019). 3. Recurso Especial não provido. Disponível em: https://stj.
jusbrasil.com.br/jurisprudencia/1136288299/recurso-especial-resp-1849806-sp-2019-0348458-0.
36 (AgRg no REsp 335.868/CE, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, DJe de 9/12/2013)
202
PROCESSUAL CIVIL. REEXAME NECESSÁRIO. ART. 475, INCISO I, DO
CPC. SENTENÇA QUE EXTINGUE O PROCESSO SEM JULGAMENTO
DE MÉRITO E CONDENA A FAZENDA NACIONAL AO PAGAMENTO
DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. INAPLICABILIDADE.
1. Não está sujeita ao reexame necessário (art. 475 do CPC) a sen-
tença que extingue o processo sem julgamento de mérito. Prece-
dentes.
2. A condenação da Fazenda Nacional ao pagamento de
honorários advocatícios em sentença extintiva do processo,
sem julgamento de mérito, não tem o condão de impor a
observância à remessa necessária. O ônus sucumbencial decorre
do princípio da causalidade. O duplo grau obrigatório é proteção
que se destina a conferir maior segurança aos julgamentos de
mérito desfavoráveis à Fazenda Pública. REsp 640.651/RJ, Min.
Castro Meira, Segunda Turma, DJ 7.11.2005.
3. Agravo Regimental não provido.
203
Vejamos o que diz o art. 19 da Lei de Ação Popular:
Este dispositivo também será aplicado para a ação civil pública em caso
de improcedência da ação conforme entendimento pacífico do Superior Tribunal
de Justiça37:
204
HERMAN BENJAMIN, Segunda Turma, DJe 25⁄04⁄2011; Embargos de
Divergência em REsp n. 1.220.667-MG, Rel. Ministro HERMAN BEN-
JAMIN, DJe 30⁄06⁄2017.
V - As sentenças de improcedência de pedidos formulados em
ação civil pública sujeitam-se indistintamente ao reexame ne-
cessário, seja por aplicação subsidiária do Código de Processo
Civil (art. 475 do CPC⁄1973), seja pela aplicação analógica do Lei
da Ação Popular (art. 19 da Lei n. 4.717⁄65).
VI - Recurso especial conhecido e provido para determinar a
devolução dos autos ao Tribunal de origem, a fim de proceder ao
reexame necessário da sentença.
Local, data.
Assinatura do Juiz.
Nome do Juiz.
205
O candidato não deve assinar a prova, nem apresentar qualquer sinal
gráfico a título de assinatura, sob pena de identificação de prova e ser eliminado
do certame.
206
6.2.2. Sentença criminal
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ.
Pois bem, para que se elabore uma boa sentença, com técnica, é preciso
que se tenha um bom conhecimento do conteúdo penal e processual penal, das
técnicas de sentença e que, com prática, consiga-se, em tempo adequado, dirimir
a lide do caso prático proposto.
Para isso, como já dito, é muito importante que você, após ser apro-
vado(a) para a segunda fase, treine bastante e que conheça as matérias
que estão mais sendo julgadas no respectivo Tribunal. Cada Corte costuma
disponibilizar, em seu sítio eletrônico, teses de jurisprudência uniformizada e
casos de maior evidência. Jamais ignore esse conteúdo.
207
Da mesma forma, a jurisprudência e as súmulas do Supremo Tribunal
Federal e do Superior Tribunal de Justiça são exaustivamente cobradas nessa
fase, razão pela qual esse estudo deve ser intensificado.
208
No momento da prova, leia atentamente, por três vezes, o enunciado
proposto. Durante essa leitura, sublinhe os dados importantes, prestando aten-
ção em todos os detalhes e fazendo anotações no caderno de rascunhos. Faça
as anotações pertinentes, mas, jamais, o rascunho da sentença, uma vez que
não há tempo hábil para que se passe a limpo.
209
Antes, porém, não custa lembrar que, segundo o artigo 381 do Código
de Processo Penal, a sentença criminal deverá conter: a) os nomes das partes
ou, quando não possível, as indicações necessárias para identificá-las; b) a ex-
posição sucinta da acusação e da defesa; c) a indicação dos motivos de fato e de
direito em que se fundar a decisão; d) a indicação dos artigos de lei aplicados; e)
o dispositivo; f) a data e a assinatura do juiz.
TÓPICO 1: FUNDAMENTAÇÃO.
“É o relatório.
Passo a decidir.
210
Se a ação for pública condicionada à representação do ofendido (ou de
quem tiver qualidade para representá-lo) ou à requisição do Ministro da Justiça
(artigo 100, § 1º, do Código Penal e artigo 24 do Código de Processo Penal), não se
esqueça de registrar, aqui, o preenchimento dessa condição de procedibilidade.
211
b.3) questões tipicamente probatórias: podem ocorrer no
âmbito da aferição de culpabilidade (incidente de insanidade
mental) e no da materialidade do delito (incidente de falsidade
documental).”1
1 LIMA, Renato Brasileiro de. Manual de Processo Penal – Volume Único. Salvador: ed. Juspodivm,
2020, pág. 1.199).
2 Idem. Ibidem, pág. 1.202.
212
Condicionam o conteúdo das deci- Impedem as decisões sobre as ques-
sões acerca das questões prejudicadas tões principais (p. ex.: reconhecida a
(v.g., a decisão acerca da existência do incompetência absoluta do juízo, este
crime de bigamia está condicionada à não poderá apreciar o mérito da cau-
decisão no processo de anulação do sa).
primeiro casamento).
“Das preliminares:
213
Isso porque são considerados erros graves: a) afastamento de preliminar/pre-
judicial que deveria ser acatada; b) acolhimento de preliminar/prejudicial que
deveria ser afastada; c) afastamento/acolhimento de preliminar/prejudicial com
fundamentação inidônea. Por sua vez, haverá desconto da pontuação se houver
corretamente o acolhimento/afastamento da questão, mas com fundamenta-
ção deficiente ou incompleta.
Não custa lembrar que, para uma boa análise dessas questões, é im-
prescindível que você tenha uma boa base da teoria das nulidades no processo
penal. Assim sendo, após a aprovação na prova objetiva, intensifique esse estudo.
“DO MÉRITO.
Presentes as condições da ação e os pressupostos processuais, passo ao exa-
me do mérito.
1) Do crime de roubo.”
214
Preste bastante atenção para não esquecer nenhum dos documentos
descritos no enunciado, desde que sejam adequados à comprovação da mate-
rialidade delitiva. Assim sendo, a Folha de Antecedentes Penais, por exemplo,
não deverá constar nessa lista.
215
A propósito, destaque-se que a jurisprudência pátria, em especial a do Supe-
rior Tribunal de Justiça e a deste Tribunal de Justiça, admite o valor probante
do depoimento dos policiais, já que seus atos são revestidos de fé pública. No
caso em comento, os agentes estatais depuseram mediante compromisso le-
gal de falar a verdade e suas declarações mostram-se compatíveis e coerentes
com as demais provas dos autos.”.
216
agravantes (exceto reincidência) e atenuantes a serem reconhecidas quando da
dosimetria da pena.
“A Defesa alega que a conduta é atípica, por ser insignificante, uma vez que a
vítima não sofreu prejuízo financeiro, pois seu celular, avaliado em R$ 100,00
217
Se houver desclassificação, observe: a) se o juiz é competente para o
julgamento do “novo” crime; b) se cabe suspensão condicional do processo; c) se
cabe transação. Tudo isso deverá ser registrado em um parágrafo.
218
b) Emendatio libelli por interpretação diferente: a imputação fática
constante na denúncia não é alterada, mas o juiz entende que o crime prati-
cado (tipo a que se subsome os fatos) é diverso daquele eleito pelo Ministério
Público ou querelante.
TÓPICO 7: DISPOSITIVO.
219
“DO DISPOSITIVO.
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE a pretensão punitiva estatal deduzida na
denúncia e CONDENO TÍCIO como incurso nas penas do artigo 157, § 2º, inciso
II, e § 2º-A, do Código Penal e artigo 244-B do Estatuto da Criança e do Adoles-
cente, em concurso material de crimes (artigo 69 do Estatuto Repressivo).”.
“DO DISPOSITIVO.
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE PROCEDENTE a pretensão punitiva estatal
deduzida na denúncia, para:
a) CONDENAR TÍCIO como incurso nas penas do artigo 157, § 2º, inciso II, e §
2º-A, do Código Penal.
b) ABSOLVÊ-LO em relação à prática do crime previsto no artigo 244-B do Código
Penal, com fulcro no artigo 386, inciso VII, do Código de Processo Penal.”.
“DO DISPOSITIVO.
Ante o exposto, julgo IMPROCEDENTE a pretensão punitiva estatal deduzida
4 CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Especial. 12 ed. São Paulo: Saraiva, 2007, p. 358.
220
“Passo à dosimetria da pena, em estrita observância ao disposto no artigo 68,
caput, do Código Penal.”.
Cada crime em cujas penas restou o réu incurso (ou seja, pelo que foi
condenado) deverá ter uma dosimetria individualizada. Ao final, as penas serão
somadas ou exasperadas, em se tratando, respectivamente, de concurso mate-
rial (ou formal impróprio) ou de concurso formal (próprio) de crimes.
221
conforme o artigo 49, caput, parte final, do Código Penal. Em seguida, será fixado
o valor de cada dia-multa, que não pode ser inferior a um trigésimo do maior sa-
lário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a cinco vezes esse
salário, consoante determina o artigo 49, § 1º, do Estatuto Repressivo. Para esse
valor, deverá ser levada em consideração a situação econômica do réu.
Segundo o artigo 60, § 1º, do Código Penal, a multa pode ser aumentada
até o triplo se o juiz considerar que, em virtude da situação econômica do réu, é
ela ineficaz, embora tenha sido aplicada no máximo. No entanto, só aplique essa
norma se a questão trouxer expressamente esses dados.
222
Antes, porém, verifique o preceito secundário da norma incriminadora.
Caso haja a cominação de penas alternativas, primeiro opte por uma delas (por
exemplo: o crime do artigo 130 do Código Penal – perigo de contágio venéreo –
comina as penas de detenção de três meses a um ano ou multa). Somente após
inicie a dosimetria.
5 CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal: Volume Único. São Paulo: Juspodivm, 2021,
pág. 547.
223
o Estatuto Repressivo prevê oito circunstâncias judicias. Assim sendo, cada uma
delas teria, em regra, igual peso.
1) Culpabilidade do agente.
224
2) Antecedentes.
6 STJ – Sexta Turma; HC 13.525/MS, Rel. Ministro FERNANDO GONÇALVES, julgado em 24/10/2000,
DJ 04/12/2000, p. 110.
225
Em relação à hipótese trazida na alínea “c” acima, destacamos que o
que se exige é a existência de uma condenação definitiva por fato anterior àque-
le que ora se julga.
3) Conduta social.
226
Para a aferição dessa circunstância, o juiz se vale dos depoimentos das
chamadas “testemunhas de beatificação”, que nada sabem a respeito dos fatos,
mas conhecem bem o acusado.
4) Personalidade do agente.
11 STF – 2ª Turma; RHC 130132; Rel. Min. Teori Zavascki; julgado em 10/5/2016.
12 STJ – 3ª Seção; REsp 1794854/DF; Rel. Ministra LAURITA VAZ; julgado em 23/06/2021, DJe
01/07/2021.
13 STJ – 5ª Turma; AgRg no HC 529.624/SP; Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS; julgado em 17/09/2019;
DJe 23/09/2019
14 MASSON, Cléber. Direito Penal: Parte Geral (arts. 1º a 120) – v. 1; 15ª ed.; Rio de Janeiro: Forense –
Método, 2021, p. 584.
15 STJ – 5ª Turma; AgRg no REsp 1840088/PR, Rel. Ministro FELIX FISCHER, julgado em 30/03/2021,
DJe 09/04/2021.
227
Como já mencionado quando da análise da conduta social, condena-
ções, embora anteriores e definitivas, assim como passagens pela prática de atos
infracionais não podem ser utilizadas para macular a personalidade do agente.
5) Motivos do crime.
6) Circunstâncias do crime.
São os dados acidentais que gravitam em torno do crime, que não cons-
tituem elementares típicas e que aumentam a reprovabilidade da conduta (caso
diminuam, efetue a redução na segunda fase da dosimetria, como atenuante
inominada). Ou seja, são as condições de tempo e local em que ocorreu o crime,
a relação entre ofensor e ofendido, os instrumentos utilizados, etc.
16 STJ – 5º Turma; RHC 106.136/DF, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, julgado em
19/02/2019, DJe 01/03/2019.
17 STJ - 5ª Turma; HC 499.987/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, julgado em 30/05/2019, DJe
04/06/2019.
228
7) Consequências do crime.
Aqui, você pode, por exemplo, levar em conta o fato de a vítima do ho-
micídio ter entre 14 (quatorze) e 18 (dezoito) anos18 (se tiver menos que quatorze
anos, estará configurada a causa de aumento de pena prevista no artigo 121, §
4º, do Código Penal); os danos psicológicos severos causados à vítima19; o fato de
o prejuízo material experimentado pela vítima ser exacerbado, extrapolando o
previsto pelo legislador, quando da elaboração do preceito secundário do tipo20.
8) Comportamento da vítima.
“DO DISPOSITIVO.
Ante o exposto, julgo PROCEDENTE a pretensão punitiva estatal deduzida na
denúncia e CONDENO TÍCIO como incurso nas penas do artigo 157, § 2º, inciso
II, e § 2º-A, do Código Penal.
Passo à dosimetria da pena, em estrita observância ao disposto no artigo 68,
caput, do Código Penal.
Na primeira fase da dosimetria, tenho que a culpabilidade do agente não ex-
trapola a reprovabilidade considerada pelo legislador quando da elaboração
da norma proibitiva.
18 STJ – 6ª Turma; AgRg no REsp 1904091/PR, Rel. Ministro OLINDO MENEZES (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TRF 1ª REGIÃO), julgado em 01/06/2021, DJe 07/06/2021.
19 STJ – 5ª Turma; AgRg no HC 659.896/SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, julgado em 08/06/2021,
DJe 11/06/2021.
20 STJ – 5ª Turma; AgRg no HC 659.896/SC, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, julgado em 08/06/2021,
DJe 11/06/2021.
229
TÍCIO mantém, contra si, duas condenações transitadas em julgado em datas
anteriores à da prática do delito em comento (processos X e Y). Assim sendo,
reservo uma delas para a utilização na segunda fase da dosimetria, a título de
reincidência, enquanto que considero a remanescente como maus anteceden-
tes, de forma de aumento a pena-base em 1/6 (um sexto).
Não há, nos autos, elementos aptos a demonstrar a conduta social desviada
do agente ou a configuração da personalidade delitógena.
Os motivos do crime foram normais à espécie.
As circunstâncias do delito pesam em desfavor do agente, que se aproveitou
da vulnerabilidade da vítima, do sexo feminino e que estava sozinha, para, em
plena luz do dia e em via pública, roubar-lhe os bens. Esse aspecto concreto do
modus operandi delitivo não é inerente ao tipo penal e demonstra uma maior
reprovabilidade da conduta21. Por essa circunstância, aumento a pena-base
em mais 1/6 (um sexto).
As consequências do crime não foram exacerbadas.
Por fim, a vítima em nada contribuiu para a prática delituosa.
Assim sendo, fixo a pena base em 5 (cinco) anos, 3 (três) meses e 28 (vinte e
21 STJ – 6ª Turma; AgRg no REsp 1871333/SC, Rel. Ministro SEBASTIÃO REIS JÚNIOR, julgado em
18/05/2021, DJe 26/05/2021.
230
De qualquer forma, a base de cálculo para a incidência das agravantes
e atenuantes é sempre a pena-base. Vale dizer: havendo duas ou mais agravan-
tes, por exemplo, o aumento de cada uma delas será sobre a pena-base e, so-
mente após, eles serão somados. Jamais haverá a incidência de uma agravante
sobre a pena já aumentada em razão de outra agravante.
231
Se houver agravantes e atenuantes, a pena intermediária deverá apro-
ximar-se do limite indicado pelas circunstâncias preponderantes, que são aque-
las relacionadas com os motivos determinantes do crime, a personalidade do
agente e a reincidência (artigo 67 do Código Penal).
22 CUNHA, Rogério Sanches. Manual de Direito Penal: Volume Único. São Paulo: Juspodivm, 2021,
pág. 560.
23 STJ - 5ª Turma; HC 177.566/MS, Rel. Ministro JORGE MUSSI, julgado em 18/08/2011, DJe
29/08/2011.
24 STJ – 5ª Turma; HC 646.844/ES, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, julgado em 06/04/2021, DJe
09/04/2021.
25 STJ – 5ª Turma; AgRg no HC 677.978/SP, Rel. Ministro REYNALDO SOARES DA FONSECA, julgado
em 10/08/2021, DJe 16/08/2021.
232
elucidação criminosa. Caso o réu seja multirreincidente, é admissível a compen-
sação proporcional26.
233
1) Circunstâncias agravantes:
Nesta obra, nosso intento não é tratar ou esgotar o estudo das circuns-
tâncias agravantes e atenuantes. No entanto, faremos, a seguir, algumas consi-
derações sobre alguns pontos que podem causar equívocos no momento em
234
que você estiver fazendo a dosimetria da pena. Destacamos que o estudo, por
meio de obras de Direito Penal – Parte Geral, é extremamente necessário para
que você domine a matéria e não erre.
x Reincidência ou recidiva.
Em síntese:
235
Ademais, a configuração dessa agravante independe do cumprimento
ou não da pena, bastando que a condenação anterior esteja transitada em julga-
do (reincidência presumida, ficta, imprópria ou falsa). Da mesma forma, pouco
importa se a reincidência é específica (os crimes praticados encontram-se pre-
vistos no mesmo tipo penal) ou genérica.
Não custa lembrar que “A reincidência penal não pode ser considerada
como circunstância agravante e, simultaneamente, como circunstância judicial”
(Súmula 241 do STJ).
236
Se o antecedente penal for por porte de drogas para consumo próprio
(artigo 28 da Lei n.º 11.343/06), desconsidere-a, uma vez que o STJ tem entendido
que a condenação por esse delito não constitui causa geradora de reincidência30.
2) Circunstâncias atenuantes:
30 STJ – 5ª Turma; AgRg no REsp 1845722/SP, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, julgado em
04/08/2020, DJe 13/08/2020.
31 STF – Tribunal Pleno; RE 453000, Relator(a): MARCO AURÉLIO, julgado em 04/04/2013, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-194 DIVULG 02-10-2013 PUBLIC 03-10-2013.
237
Da mesma forma que fizemos quando da análise da reincidência, fare-
mos algumas considerações a respeito de ponto que entendemos importantes
no que se refere às atenuantes.
238
Nos crimes contra a ordem tributária previstos nos artigos 1º e 2º da
Lei n.º 8.137/90 e artigos 168-A e 337-A do Código Penal, o pagamento integral
do débito extingue a punibilidade do agente, nos termos do artigo 69 da Lei n.º
11.941/09.
239
62, inciso III, do Código Penal; este, com a sanção atenuada pela circunstância
prevista no artigo 65, inciso III, alínea “c”, do Estatuto Repressivo.
Veja bem a diferença: os artigos 121, § 1º, e 129, § 4º, do Código Penal
estabelecem, com idêntica redação, que, se o agente comete o crime (...) sob o
domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima, o
juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
x Confissão espontânea.
240
De logo, devemos ressaltar que a confissão apta a reduzir a pena-base
é aquela prestada de forma espontânea, sincera, não bastando ser voluntária
(livre de coação). Por isso, o STF entende (embora haja decisões mais antigas
em sentido contrário) que a confissão qualificada (que se dá quando o agente
admite que praticou o fato típico, mas alega fato impeditivo ou modificativo do
direito, como uma causa excludente da ilicitude ou da culpabilidade) não é apta
a reduzir a pena na segunda fase da dosimetria. Afinal, o escopo do autor não
seria o de colaborar com a elucidação dos fatos, mas sim o de exercer a autode-
fesa32.
32 STF – 1ª Turma; RHC 190420 AgR, Relator(a): ROSA WEBER, julgado em 29/03/2021, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-066 DIVULG 08-04-2021 PUBLIC 09-04-2021.
33 STJ - 6ª Turma; AgRg no AREsp 1763911/MG, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, julgado em
15/06/2021, DJe 24/06/2021.
34 STJ - 6ª Turma; AgRg no AgRg no AREsp 1631702/MG, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO,
SEXTA TURMA, julgado em 01/06/2021, DJe 07/06/2021.
241
Por outro lado, o STJ entende que, não sendo utilizada a confissão par-
cial do imputado, na sentença, como elemento de convicção na condenação, não
estará configurada a correspondente atenuante, sendo descabida a diminuição
da pena por essa circunstância35. Porém, recomendamos que, presente a confis-
são, seja ela utilizada tanto na fundamentação, quanto na dosimetria da pena.
242
crime mais brando), não incidirá a atenuante. Isso porque a atenuante em comento
pressupõe que o réu reconheça a autoria do fato típico que lhe é imputado36.
36 STJ - 5ª Turma; HC 255.542/MG, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, julgado em 15/09/2015, DJe
01/10/2015.
37 STJ – 6ª Turma; HC 348.607/SP, Rel. Ministra MARIA THEREZA DE ASSIS MOURA, Rel. p/ Acórdão
Ministro NEFI CORDEIRO, julgado em 26/04/2016, DJe 03/05/2016.
38 STJ - 5ª Turma; AgRg no HC 676.162/RO, Rel. Ministro JESUÍNO RISSATO (DESEMBARGADOR CON-
VOCADO DO TJDFT), julgado em 14/09/2021, DJe 27/09/2021.
39 STJ – 5ª Turma; AgRg no AREsp 1809203/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, julgado em 9/3/2021,
DJe 22/3/2021.
243
Por isso, nesse conceito, não podem ser considerados os bons ante-
cedentes do agente, uma vez que os antecedentes criminais já foram previstos
como circunstância judicial do artigo 59 do Código Penal40.
Segundo essa teoria, como o Estado não cumpriu com seu dever de
propiciar, a todos seus cidadãos, os direitos sociais mínimos, havendo uma enor-
me discrepância entre ricos e miseráveis, toda a sociedade deve arcar com os
prejuízos decorrentes da prática de crimes por esses “excluídos”. Isso porque, a
eles, não foi dada a oportunidade de estudar e trabalhar de forma digna. Assim
sendo, a teoria poderia ser utilizada como redutor da culpabilidade, dando azo à
redução de pena na segunda fase da dosimetria, funcionando como atenuante
inominada. No entanto, como já mencionado, essa tese não tem sido aceita e,
por isso, recomendamos que você adote o posicionamento do STJ sobre o tema.
40 STJ - 6ª Turma; AgRg no AREsp 1534503/SP, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, jul-
gado em 03/09/2019, DJe 10/09/2019.
41 STJ - 5ª Turma; AgRg no AREsp 1648761/RS, Rel. Ministro JOEL ILAN PACIORNIK, julgado em
06/10/2020, DJe 13/10/2020.
42 STJ – 5ª Turma; AgRg no HC 504.043/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, julgado em 15/08/2019,
DJe 20/08/2019.
43 STJ - 6ª Turma; AgRg no REsp 1770619/PE, Rel. Ministra LAURITA VAZ, julgado em 06/06/2019, DJe
18/06/2019.
244
Vistos tais conceitos, a pena intermediária, em nosso exemplo, ficaria
assim:
44 STJ - 6ª Turma; REsp 1621899/SP, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, julgado em
17/11/2020, DJe 07/12/2020.
245
Diferentemente das agravantes e atenuantes, as majorantes e mino-
rantes poderão conduzir a pena acima ou abaixo dos limites previstos pelo legis-
lador no preceito secundário da norma.
Sempre que o Código Penal estabelecer uma fração variável (por exem-
plo, 1/3 a 2/3), você deverá justificar a aplicação acima do mínimo (para a causa
de aumento) ou abaixo do máximo (para a de diminuição).
246
Para as causas de diminuição, é pacífico, na doutrina e na jurisprudência,
que o critério utilizado será o cumulativo, para que se evite uma pena igual a
zero ou mesmo negativa. A divergência ocorre quando se está diante do concurso
de duas ou mais causas de aumento.
247
das de acordo com o sistema da incidência cumulativa (sendo que aquelas serão
calculadas primeiro). Para alguns autores, o sistema isolado poderá ser aplicado
sempre que for mais benéfico ao réu45.
45 QUEIROZ, Paulo. Direito Penal: Parte Geral. 13. ed. Salvador: Juspodivm, 2018. v. 1. p. 473-474.
46 STJ - 6ª Turma; AgRg no HC 647.525/SP, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, Rel. p/ Acórdão
Ministra LAURITA VAZ, julgado em 06/04/2021, DJe 25/05/2021.
47 STJ – 5ª Turma; AgRg no HC 628.288/SP, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, julgado em 23/02/2021,
DJe 26/02/2021.
48 STJ – Quinta Turma; HC 664.284/ES, Rel. Ministro RIBEIRO DANTAS, julgado em 21/09/2021, DJe
27/09/2021
248
No cálculo, você deve desprezar, nas penas privativas de liberdade, as
frações de dia (que são as horas), nos termos do artigo 11 do Código Penal.
249
Exemplo:
250
TÓPICO 13: DETRAÇÃO.
251
Fixada a pena-base no mínimo legal, é vedado o estabelecimento de
regime prisional mais gravoso do que o cabível em razão da sanção imposta,
com base apenas na gravidade abstrata do delito (Súmula 440 do STJ). Ademais,
“a opinião do julgador sobre a gravidade em abstrato do crime não constitui mo-
tivação idônea para a imposição de regime mais severo do que o permitido para
a pena aplicada” (Súmula 718 do STF). E “a imposição do regime de cumprimento
mais severo do que a pena aplicada permitir exige motivação idônea” (Súmula
719 do STF).
“TÍCIO respondeu o processo em liberdade, razão pela qual não há que ser
procedida a detração prevista no artigo 387, § 2º, do Código de Processo Penal.
Fixo, portanto, o regime fechado para o início do cumprimento da pena, nos
Se, por exemplo, o enunciado disser que Tício encontra-se preso pre-
ventivamente há 2 (dois) anos e que suas condições judiciais são favoráveis, a
redação seria da seguinte forma:
252
rior a quatro anos se favoráveis as circunstâncias judiciais”. Caso as circunstân-
cias do artigo 59 do Código Penal não sejam favoráveis, mesmo com a detração,
Tício iniciaria a pena no regime fechado.
50 STF – Tribunal Pleno; HC 111840, Relator(a): DIAS TOFFOLI, julgado em 27/06/2012, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-249 DIVULG 16-12-2013 PUBLIC 17-12-2013.
51 MASSON, Cléber. Direito Penal: Parte Geral (arts. 1º a 120) – v. 1; 15ª ed.; Rio de Janeiro: Forense –
Método, 2021, p. 480.
253
x O STF e o STJ entendem que o tráfico de drogas privilegiado (artigo
33, § 4º, da Lei n.º 11.343/06) não é equiparado a hediondo52/53.
254
Não se esqueça, por outro lado, que o Tribunal Pleno do STF, em julga-
mento com repercussão geral, decidiu que é inconstitucional a vedação à con-
versão da pena privativa de liberdade em restritiva de direitos, prevista nos arti-
gos 33, § 4º, e 44, caput, ambos da Lei 11.343/2006 (Lei de Drogas).
255
Como exemplos:
256
TÓPICO 17: INDENIZAÇÃO MÍNIMA À VÍTIMA.
Outrossim, nas decisões mais recentes, o STJ tem entendido que “a fi-
xação de valor mínimo para reparação dos danos materiais causados pela infra-
ção exige, além de pedido expresso na inicial, a indicação de valor e instrução
probatória específica”55.
Por outro lado, a lei processual penal não exige manifestação do ofen-
dido em concordância com o pedido de reparação de danos formulado pelo
Ministério Público56.
54 STJ - 5ª Turma; AgRg no REsp 1938835/MG, Rel. Ministro JESUÍNO RISSATO (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJDFT), julgado em 17/08/2021, DJe 24/08/2021.
55 STJ - 6ª Turma; AgRg no REsp 1856026/SC, Rel. Ministro NEFI CORDEIRO, julgado em 16/06/2020,
DJe 23/06/2020.
56 STJ - 6ª Turma; AgRg no REsp 1899179/RJ, Rel. Ministro ROGERIO SCHIETTI CRUZ, julgado em
27/04/2021, DJe 30/04/2021.
257
Para a fixação do valor referente aos danos patrimoniais, leve em
consideração todos os dados que a questão trouxer, como depoimento da vítima,
valores orçados e juntados aos autos, autos de avaliação direta ou indireta, etc.
57 STJ - 6ª Turma; AgRg no REsp 1615913/RS, Rel. Ministro ANTONIO SALDANHA PALHEIRO, julgado
em 19/05/2020, DJe 25/05/2020.
258
“DA REPARAÇÃO PREVISTA NO ARTIGO 387, INCISO IV, DO CÓDIGO DE
PROCESSO PENAL.
Durante a instrução probatória, restou comprovado que a vítima sofreu o pre-
juízo de R$ 1.000,00 (mil reais), valor constante no Auto de Avaliação Indireta
de fl. x, uma vez que não teve seu aparelho celular restituído.
Assim sendo, nos termos do artigo 387, inciso IV, do Código de Processo Pe-
nal, condeno TÍCIO ao pagamento, à vítima CAIO, do valor de R$ 1.000,00 (mil
reais), referente ao celular subtraído não restituído, quantia que deverá ser
corrigida monetariamente pelo INPC, a partir do evento danoso e acrescida de
juros de mora de 1% ao mês, a contar da data do fato danoso (Súmulas 43 e
54, ambas do STJ).
Poderá o ofendido, ademais, buscar a complementação da indenização na
seara própria e adequada, se assim entender conveniente, nos termos do arti-
go 63, parágrafo único, do Código de Processo Penal.”
259
“Mantenho o réu na prisão em que se encontra, por não ter havido mudança
do quadro fático-processual e por ainda estarem presentes os pressupostos
que acarretaram a segregação cautelar (artigos 312 e 313 do Código de Pro-
cesso Penal), nos moldes da decisão de fl. x”.
“Permito ao réu que recorra em liberdade, uma vez que não estão configura-
dos os pressupostos que acarretaram a segregação cautelar (artigos 312 e 313
do Código de Processo Penal”.
260
Caso conste o valor da reparação mínima e a vítima não pretenda indenização
complementar, basta que ajuíze diretamente a execução, sem prévia liquidação
da sentença.
Para tanto, é necessário que tenha sido requerido pelo Ministério Pú-
blico quando do oferecimento da denúncia. Nesse caso, deverá o órgão acusa-
dor, além da imputação criminal (exposição do fato criminoso com todas suas
circunstâncias), apresentar a imputação patrimonial, consistente na indicação
dos bens correspondentes à diferença entre o valor do patrimônio do conde-
nado e aquele que seja compatível com seus rendimentos lícitos, cuja perda se
pretende seja decretada na sentença58.
“Em relação às drogas, proceda-se à incineração, conforme artigo 50-A Lei n.º
11.343/06 (Lei de Drogas)”.
58 MASSON, Cléber. Direito Penal: Parte Geral (arts. 1º a 120) – v. 1; 15ª ed.; Rio de Janeiro: Forense –
Método, 2021, p. 724.
261
Da mesma forma, os demais efeitos, previstos no artigo 92 do Código
Penal e na legislação extravagante, não são automáticos e deverão constar
expressamente na sentença.
262
Dê ciência ao Ministério Público.
Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
Local/data.
Assinatura do juiz.”
E jamais assine seu nome ou coloque qualquer forma que leve à sua
identificação. Se isso ocorrer, você será excluído do certame.
263
7. Inscrição definitiva e a prática jurídica
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
1 Resolução nº 75 de 2009 do CNJ. Art. 23. A inscrição preliminar será requerida ao presidente
da Comissão de Concurso pelo interessado ou, ainda, por procurador habilitado com poderes especiais,
mediante o preenchimento de formulário próprio, acompanhado de: [...] § 1º O candidato, ao preencher
o formulário a que se refere o “caput”, firmará declaração, sob as penas da lei: b) de estar ciente de que
a não apresentação do respectivo diploma, devidamente registrado pelo Ministério da Educação, e da
comprovação da atividade jurídica, no ato da inscrição definitiva, acarretará a sua exclusão do processo
seletivo;
2 Resolução nº 75 de 2009 do CNJ.Art. 57-A (Incluído pela Resolução nº 208, de 10.11.15)
264
Esse é o momento, portanto, em que o candidato novamente diz ter in-
teresse no concurso e comprova ter cumprido todos os requisitos exigidos pelo
concurso para futuramente assumir o cargo.
265
x Encaminhar formulário fornecido pela Comissão de Concurso, em que
o candidato especificará as atividades jurídicas desempenhadas, com
exata indicação dos períodos e locais de sua prestação bem como
as principais autoridades com quem haja atuado em cada um dos
períodos de prática profissional, discriminados em ordem cronológica;
3 Resolução nº 75 de 2009 do CNJ. Art. 23. A inscrição preliminar será requerida ao presidente da
Comissão de Concurso pelo interessado ou, ainda, por procurador habilitado com poderes especiais,
mediante o preenchimento de formulário próprio, acompanhado de: [...] § 1º O candidato, ao preencher
o formulário a que se refere o “caput”, firmará declaração, sob as penas da lei: a) de que é bacharel em
Direito e de que deverá atender, até a data da inscrição definitiva, a exigência de 3 (três) anos de ativida-
de jurídica exercida após a obtenção do grau de bacharel em Direito;
266
Judiciário – especialidade jurídica contará como prática, mas não aquele de Ana-
lista Judiciário – especialidade administrativa, por exemplo.
267
Registre-se, ainda, que os 3 (três) anos de atividade jurídica no efetivo
exercício de advocacia poderão ser consecutivos ou não.
Geralmente, petição de mera ciência não conta como um ato, uma vez
que não apresenta conteúdo substancialmente jurídico. Ademais, a Resolução
exige que a atuação se dê em causas e questões distintas.
268
Poderão ser utilizados, outrossim, atos correspondentes à advocacia
em causa própria, o que é bastante comum. E as certidões de comparecimento
em audiência (em causa própria ou alheia) também são válidas, sendo interes-
sante também juntar a ata da respectiva audiência que registrará a natureza
do processo, o objeto de discussão se a audiência realmente aconteceu entre
outros elemento necessários aptos a aferir a prática jurídica.
Por fim, o edital deve sempre ser consultado, para que se verifique
como realizar a comprovação da prática jurídica que, em regra, é feita com a
apresentação de certidão da secretaria ou cartório.
Para que o exercício seja contado como atividade jurídica, será neces-
sária uma declaração do correspondente órgão, que ateste que o candidato tem,
por atribuição, fornecer suporte técnico jurídico ao exercício da atividade judi-
cante por magistrado ou daqueles referentes às funções de promotor de justiça
ou defensor público. Isso também serve para o cargo de técnico judiciário.
269
ções jurídicas (inclusive com a indicação normativa, se possível) do cargo/função
exercidos.
Para atuar como mediador judicial, é preciso que a pessoa seja gra-
duada há, pelo menos, 2 (dois) anos, em qualquer área de formação, consoante
disciplina o artigo 11 da Lei n.º 13.140/2015 (Lei da Mediação). Já para que atue
como conciliador, basta ter recebido a adequada capacitação, mesmo antes da
conclusão do curso superior.
270
A Resolução n.º 75/2009 também deixa claro que é vedada, para efeito
de comprovação de atividade jurídica, a contagem do estágio acadêmico ou qual-
quer outra atividade anterior à obtenção do grau de bacharel em Direito (o que
vale, inclusive, para a atividade de conciliador). Da mesma forma, o exercício, por
estudantes de Direito, de monitoria nas faculdades não é considerado atividade
jurídica.
271
licitações, confeccionar atos normativos ou atuar como juiz militar. Já a lavratura
de termo circunstanciado, por si só, não é considerada atividade jurídica.
272
Tanto, que o artigo 90 da mencionada norma revogou a Resolução n.º
11/2006 do mesmo órgão, cujo artigo 3º admitia, no cômputo do período de
atividade jurídica, os cursos de pós-graduação na área jurídica reconhecidos
pelas Escolas Nacionais de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados ou pelo
Ministério da Educação, desde que integralmente concluídos com aprovação.
273
8. Saúde e psicotécnico
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
274
Há um precedente representativo da Corte Suprema que declara a
necessidade de preenchimento de dois requisitos para o exame psicotécnico:
x Previsão em lei;
x Previsão no edital;
4 [AI 758.533 QO-RG, voto do rel. min. Gilmar Mendes, P, j. 23-6-2010, DJE 149 de 13-8-2010, Tema
338.]. Disponível em: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=2358.
275
9. Sindicância da vida pregressa e
investigação social
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
x Dados pessoais;
x Dados familiares;
x Dados patrimoniais;
276
x Informações sobre a nacionalidade do candidato, do cônjuge e dos
pais;
1 RE 560900/DF.
277
Mas nem toda conduta ou dado informado pelo candidato, à primeira
vista, desabonadora de conduta, como o registro do nome nos cadastros de pro-
teção ao crédito2 poderá resultar na eliminação do candidato do certame.
Assim, não é porque você disse “SIM” para uma das indagações sobre
antecedentes no certame que imediatamente você será eliminado do concurso.
278
De modo que a omissão de dados e informações pode sujeitar o
candidato a apuração criminal, bem como, inevitavelmente, irá eliminá-lo do
certame3.
Isso por si, é razão suficiente para entender que o candidato não pode
continuar no concurso. Afinal, como se pode admitir um candidato que não é
transparente com o Tribunal que irá recebê-lo como futuro magistrado?
279
10. Prova oral
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ.
280
do conhecimento jurídico, a adequação da linguagem, a articulação do raciocínio, a
capacidade de argumentação e o uso correto do vernáculo.
Como se observa, é uma prova diferente das demais, uma vez que,
além dos critérios de avaliação utilizados na segunda fase, exige-se, do candidato,
velocidade de raciocínio, capacidade oral de argumentação e, principalmente,
inteligência emocional para lidar com certas situações.
281
busque livros e artigos publicados por cada examinador, pois é normal que eles
tendem a questionar aquelas matérias que mais dominem.
282
prova. Alguns candidatos optam por levar abajures de casa, pois a iluminação,
em hotéis, não costuma ser boa.
283
Durante o confinamento, é comum que se façam exercícios para a voz
e o famoso “gargarejo” com soro fisiológico, além da aplicação de técnicas de
respiração. Afinal, a espera pode ser muito angustiante e o candidato precisa
manter a calma e a tranquilidade.
284
x Se o examinador o interromper, escute atentamente e adapte
sua resposta. Não demonstre aborrecimento em razão da conduta.
285
x Mantenha sua resposta se você estiver certo dela, mesmo se o
examinador perguntar se você tem certeza. Nem sempre essa atitude é para
ajudar, podendo ser para testar sua segurança ao falar sobre um tema.
286
x Caso você vá mal em uma matéria, mantenha a calma e tente
melhorar na seguinte. Lembre-se que, para ser aprovado, você precisará
alcançar a nota 6 (seis) resultante da média aritmética de todas elas, e não
individualmente.
x Ao final, agradeça e diga: “Foi uma honra ter sido arguido por
Vossas Excelências”.
287
10.1. Treinando a voz e a dicção
POR: MARIA AUGUSTA DINIZ.
1 – MOVIMENTOS FACIAIS.
288
2 – DESACELERANDO A FALA.
Por isso, se você é daquelas pessoas que falam rápido, tente, durante
seu dia-a-dia, falar calma e pausadamente.
Você pode, também, fazer um exercício simples, mas muito eficaz, con-
sistente na leitura (em voz alta) lenta e pausada das seguintes sílabas:
3 – TREINANDO A RESPIRAÇÃO.
289
Para isso, deite-se e coloque uma das mãos sobre o peito e, a outra,
na barriga, abaixo das costelas. Inspire e expire profundamente, direcionando
o ar para a parte inferior do abdômen. A mão que está sobre a barrida, durante
a inspiração, deve ficar acima do nível da mão que está sobre o peito. Durante
esse treinamento, tente não pensar em nada, mas apenas na sua respiração.
3 – TRABALHE A POSTURA.
Não importa o que você fale, sua linguagem corporal dirá muito so-
bre você. Imagine alguém que ministre uma palestra de forma travada, curvada,
sem movimentos. Agora pense em alguém que fala em público de forma leve,
Por isso, é muito importante que você mantenha, durante a prova, pos-
tura fluida e natural, não demonstrando qualquer vestígio de tensão. Para isso,
faça alongamentos diários, mantenha a postura ereta no dia-a-dia (principal-
mente enquanto estiver sentado, estudando) e ensaie, como se estivesse expli-
cando algo para alguém.
290
para a apresentação, mas também o raciocínio jurídico rápido e continuado, tão
necessário para um bom desempenho na prova oral.
4 – FAZENDO GARGAREJOS.
5 – TRAVA-LÍNGUAS.
291
5 – Branca branqueia as cabras brabas nas barbas das bruacas e bruxas bran-
quejantes.
10 – O lavrador é livre na palavra e na lavra mas não pode ler o livro que o
livreiro quer vender.
292
20 – Cinco bicas, cinco pipas, cinco bombas. Tira da boca da bica Bota na boca
da bomba.
23 – Meio milhão, dez limões, dois milhões; nove limões, três milhões, oito
limões; quatro milhões, sete limões, cinco milhões; seis limões, seis milhões,
cinco limões; sete milhões, quatro limões, oito milhões; três limões, nove mi-
lhões, dois limões; dez milhões, meio limão.
Tire o trinco, não tem truque, troque o troco e traga o trapo do prato.
293
36 – Tainara, ara catibiriara serramatutara firifiriara.
294
11. Prova de títulos para a carreira de
Magistratura
POR: RUTH ARAÚJO VIANA
Assim, a nota máxima que poderá ser atribuída para cada candidato é
10,0 pontos na prova de títulos, ainda que a pontuação seja superior.
295
Frise-se que o próprio Supremo Tribunal Federal já decidiu que as pro-
vas de títulos em concursos públicos para provimento de cargos efetivos no seio
da Administração Pública brasileira, qualquer que seja o Poder de que se trate
ou o nível federativo de que se cuide, não podem ostentar natureza eliminatória,
prestando-se apenas para classificar os candidatos, sem jamais justificar sua eli-
minação do certame, consoante se extrai consoante se extrai, a contrário sensu,
do art. 37, II, da Constituição da República1.
1 (MS 31176, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 02/09/2014, PROCESSO ELE-
TRÔNICO DJe-218 DIVULG 05-11-2014 PUBLIC 06-11-2014)
296
TÍTULO
Exercício de cargo de juiz pelo período mínimo de 1 ano e até 3
2,0 pontos
anos;
Exercício de cargo de juiz por período superior a 3 anos; 3,0 pontos
Exercício de cargo de Pretor, Membro do Ministério Público, De-
fensoria Pública, Advocacia-Geral da União, Procuradoria (Pro-
curador/a) de qualquer órgão ou entidade da Administração
1,5 pontos
Pública direta ou indireta de quaisquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: até 03 (três)
anos
Exercício de cargo de Pretor, Membro do Ministério Público, De-
fensoria Pública, Advocacia-Geral da União, Procuradoria (Pro-
curador/a) de qualquer órgão ou entidade da Administração
2,0 pontos
Pública direta ou indireta de quaisquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: acima de 03
(três) anos
297
Exercício efetivo da advocacia pelo período mínimo de 3 (três)
0,5 pontos
até 5 (cinco) anos
Exercício efetivo da advocacia pelo período entre 5 (cinco) e 8
1,0 pontos
(oito) anos
Exercício efetivo da advocacia pelo período acima de 8 (oito)
1,5 pontos
anos
Aprovação em concurso público para juiz, pretor, Promotor,
Defensor Público, judicatura Advocacia-Geral da União, Procu-
radoria (Procurador/a) de qualquer órgão ou entidade da Admi- 0,5 pontos
nistração Pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
Aprovação em outros concursos públicos para cargo, emprego
0,25 pontos
ou função privativa de bacharel (a) em Direito
Diplomas em Cursos de Pós-Graduação doutorado reconhecido
2,0 pontos
ou revalidado em Direito ou em Ciências Sociais ou Humanas
Diplomas em Cursos de Pós-Graduação mestrado reconhecido
1,5 pontos
298
Publicação de artigo ou trabalho publicado em obra jurídica co-
letiva ou revista jurídica especializada, com conselho editorial, 0,25 pontos
de apreciável conteúdo jurídico
Láurea universitária no curso de Bacharelado em Direito 0,5 pontos
Participação em banca examinadora de concurso público para
o provimento de cargo da magistratura, Ministério Público, Ad-
0,75 pontos
vocacia Pública, Defensoria Pública ou de cargo de docente em
instituição pública de ensino superior
Exercício, no mínimo, durante 1 (um) ano, das atribuições de
conciliador nos juizados especiais, ou na prestação de assistên- 0,5 pontos
cia jurídica voluntária
299
12. O estudante que persiste passará!
“A cada novo desafio, o obstáculo ficará menor e você ficará maior!”
300
convites para sair e nem sempre poderá comparecer aos encontros de família.
Muitas vezes, terá vontade de largar tudo para o alto. Quando isso acontecer,
lembre-se que a renúncia é por tempo limitado. Um dia você passará! E tudo isso
ficará para trás.
“Lute por seu sonho todos os dias. Você não precisa vencer sempre, mas você
precisa lutar pelo seu objetivo todos os dias!”
301
13. Referências
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível
em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>
Acesso em: 04 jan. 2023
302
BRASIL. Lei nº 9.289, de 4 de julho de 1996. Disponível em: <http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9289.htm> Acesso em: 20 dez. 2022
303
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Resolução n.º 75, de 12
de maio de 2009. Disponível em: <https://atos.cnj.jus.br/files/
resolucao_75_12052009_29032019150755.pdf> Acesso em: 15 dez. 2022
304
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Consulta n.º 0000063-54.2020.2.00.0000.
Disponível em: <https://www.cnj.jus.br/InfojurisI2/Jurisprudencia.seam;jses-
sionid=F37429238F4384FC866C719AC008E998?jurisprudenciaIdJuris=52348>
Acesso em: 13 jan. 2023
305
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Agravo Interno no Recurso Especial
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