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REVISÃO - META 3 EXTENSIVO

META 03

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PONTOS PARA REVISAR - META 03


DISCIPLINA REVISADO
DIREITO PENAL ( )
DIREITOS
( )
HUMANOS
DIFUSOS E
( )
COLETIVOS
CONSUMIDOR ( )
CRIMINOLOGIA ( )
CRIANÇA E
( )
ADOLESCENTE

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DIREITO PENAL

BEM JURÍDICO PENAL

Bem jurídico penal é todo aquele bem que possui relevância, a fim de que seja acobertado pelo direito
penal, considerando os princípios da ultima ratio (intervenção mínima, fragmentariedade e subsidiari-
edade).

DIFERENCIE SUBSIDIARIEDADE DE FRAGMENTARIEDADE

FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO (ROXIN) E SISTÊMICO (JAKOBS)

TEORIAS SOBRE O FUNCIONALISMO1


FUNCIONALISMO TELEOLÓGICO/MODERADO FUNCIONALISMO SISTÊMICO/RADICAL
Principal autor é o Claus Roxin. Principal autor é o Günther Jakobs.

Para o funcionalismo teleológico, o direito penal O Direito Penal é um sistema autopoiético. As-
surge para proteger bens juridicamente relevan- sim, para os adeptos do funcionalismo sistêmico,
tes. Assim, a norma incide não para mostrar que o o direito penal atua para manter a ordem, mos-
direito penal deve “apenas” manter a ordem, mas trando que quem cometeu o crime violou a dis-
porque este é necessário para proteger aqueles função social e quebrou a confiança.
bens jurídicos mais relevantes na sociedade.
Em outras palavras, a função do Direito Penal é
manter a integridade do próprio sistema.

DESDOBRAMENTOS DO DIREITO PENAL DO INIMIGO (Günther Jakobs)


DIREITO PENAL DO CIDADÃO DIREITO PENAL DO INIMIGO
(Bürgerstrafrecht) (Feindstrafrecht)
Orientado para o combate aos perigos e que per-
Caracteriza pela manutenção da vigência da mite que qualquer meio disponível seja utilizado
norma. para punir esses inimigos, ainda viole direitos pre-
vistos.

ESPIRITUALIZAÇÃO/LIQUEFAÇÃO DO DIREITO PENAL


Tem surgido algumas críticas no sentido de que o Direito Penal está protegendo bens jurídicos cada vez
mais difusos, como meio ambiente, saúde pública, segurança pública, etc.

1 Esse tema é naturalmente de alta complexidade. Não estranhe caso você não tenha entendido. ☹

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Para parte da doutrina, o bem jurídico protegido deve ser certo e materializado (vida, patrimônio, liber-
dade, etc).

Assim, com a proteção a bem jurídicos desmaterializados, a doutrina aponta que está ocorrendo uma
“espiritualização do direito penal”, também chamada de liquefação ou desmaterialização.

O DIREITO PENAL EM VELOCIDADES


Aplicação de penas privativas de liberdades.
PRIMEIRA VELOCIDADE –
JESÚS – MARÍA SÁNCHEZ Procedimento mais lento, havendo o respeito às garantias constitucio-
nais.
Penas alternativas à prisão.

Flexibilização de algumas garantias, assim, o processo acaba sendo mais


SEGUNDA VELOCIDADE –
rápido do que o normal.
JESÚS – MARÍA SÁNCHEZ
Ex.: Lei do Juizado Especial Criminal (transação penal, suspensão condici-
onal do processo, etc.).
É a soma da primeira e a segunda velocidade, isto é, aplicação de penas
privativas de liberdade e garantias constitucionais flexibilizadas. Ex.: Lei
TERCEIRA VELOCIDADE –
de Crimes Hediondos.
GÜNTHER JAKOBS
Está associada ao Direito penal do inimigo de Jakobs.
Associada ao neopunitivismo. Está ligada à proteção penal internacional,
QUARTA VELOCIDADE – DA-
associada aos chefes de Estado no cometimento de crimes contra a hu-
NIEL PASTOR
manidade, a serem julgados pelo TPI.

DIREITO PENAL DO FATO DIREITO PENAL DO AUTOR


O direito penal deve punir alguém em razão do Por outro lado, o direito penal do autor pune pessoas
fato praticado (e não pelo que o autor é). pelo que elas são. O maior exemplo que podemos dar é
o da Alemanha nazista, em que milhares de pessoas fo-
O nosso direito penal Brasileiro pode ser enten- ram mortas, perseguidas e torturadas por serem ju-
dido como do fato. deus, homoafetivas, ou contrários às ideias pregadas
pelo Nazismo.

O ART. 59 DO CÓDIGO PENAL VIOLA O DIREITO PENAL DO FATO?

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TEORIAS DA CONDUTA

CONCEITO CLÁSSICO DE DELITO


FATO TÍPICO ILÍCITO CULPÁVEL
CONDUTA
(apenas movimentos IMPUTABILIDADE
voluntários)
Resultado
Contrariedade entre a conduta
Nexo causal DOLO/CULPA NORMATIVO
e o direito.
(percebam que o dolo não está
na conduta, mas na culpabili-
Tipicidade
dade)

Para a doutrina, “a teoria clássica (ou teoria causal naturalista, teoria causalista, teoria naturalística ou
teoria mecanicista), idealizada por Franz von Liszt, Ernst von Beling e Gustav Radbruch, surge no início
do século XIX e faz parte de um panorama científico marcado pelos ideais positivistas que, no âmbito
científico, representavam a valorização do método empregado pelas ciências naturais, reinando as leis
da causalidade (relação de causa-efeito).”2

CONCEITO NEOCLÁSSICO (TEORIA NEOKANTISTA)


FATO TÍPICO ILÍCITO CULPÁVEL
Conduta Imputabilidade
DOLO E CULPA (ainda estão na
Resultado Contrariedade entre a conduta
culpabilidade)
e o direito
Nexo causal Exigibilidade de conduta diversa
Tipicidade (novidade)

Rogério Sanches estabelece que “a teoria neokantista tem base causalista (por isso é também denomi-
nada de teoria causal-valorativa) e foi desenvolvida nas primeiras décadas do século XX. Tendo como
maior expoente Edmund Mezger, fundamenta-se numa visão neoclássica marcada pela superação do
positivismo (o que não significa a sua negação) através da introdução da racionalização no método.”.3

CONCEITO FINALISTA (HANS WELZEL)


FATO TÍPICO ILÍCITO CULPÁVEL
Conduta (dolo e culpa)

Obs.: dolo e culpa passam a in- Imputabilidade


tegrar o fato típico (saem da
Contrariedade entre a conduta
culpabilidade).
e o direito
Potencial consciência da
Resultado
ilicitude do fato
Nexo causal
Exigibilidade de conduta diversa
Tipicidade

2 Manual de direito penal: parte geral (arts. 1º ao 120). I Rogério Sanches Cunha - 4. ed. rev., ampl. e atual.- Salvador: JusPO-
DIVM, 2016, p. 178/183.
3 Manual de direito penal: parte geral (arts. 1º ao 120). I Rogério Sanches Cunha - 4. ed. rev., ampl. e atual.- Salvador: JusPO-

DIVM, 2016, p. 178/183.

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“Criada por HANS WELZEL em meados do século XX (1930-1960), a teoria finalista concebe a conduta
como comportamento humano voluntário psiquicamente dirigido a um fim. A finalidade, portanto, é a
nota distintiva entre esta teoria e as que lhe antecedem. É ela que transformará a ação num ato de
vontade com conteúdo, ao partir da premissa de que toda conduta é orientada por um querer. Supera-
se, com esta noção, a "cegueira'' do causalismo, já que o finalismo é nitidamente "vidente".4

QUAIS OS SUBSTRATOS DO CRIME SEGUNDO A TEORIA FINALISTA?

O FATO TÍPICO

ELEMENTOS QUE INTEGRAM O FATO TÍPICO


1. Conduta (dolosa ou culposa)
2. Nexo de causalidade
3. Resultado
4. Tipicidade

A INSIGNIFICÂNCIA INCIDE SOBRE QUAL ELEMENTO DO FATO TÍPICO?

4 Manual de direito penal: parte geral (arts. 1º ao 120). I Rogério Sanches Cunha - 4. ed. rev., ampl. e atual.- Salvador: JusPO-

DIVM, 2016, p. 178/183.

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A EVOLUÇÃO DO TIPO5

DESENVOLVIDA POR BELING DESENVOLVIDA POR MAYER DESENVOLVIDA POR MEZGER


(ABSOLUTA INDEPENDÊNCIA) (RATIO COGNOSCENDI) (RATIO ESSENDI)
O tipo penal existe, mas sem A tipicidade presume que o Para Mezger, todo fato típico
conteúdo valorativo. fato também é ilícito. será ilícito.

Ele NÃO depende dos outros Assim, até que não se com- Assim, se o fato é típico, ele tam-
elementos, como ilicitude e prove que o agente atuou, por bém será ilícito. O que às vezes é
culpabilidade. exemplo, acobertado por legí- falho, já que é possível que o fato
tima defesa, o fato será presu- seja típico, mas o autor haja em
Teoria da absoluta midamente ilícito. legítima defesa (o fato será tí-
independência. pico, mas não será ilícito, não
Teoria da ratio cognoscendi. preenchendo os requisitos do
Adotada no Brasil. crime).

Teoria da ratio essendi.

RESUMA AQUI O QUE SIGNIFICA A TIPICIDADE CONGLOBANTE.

TEORIA DOS ELEMENTOS NEGATIVOS DO TIPO


Segundo Cleber Masson (2014, p. 328), a teoria dos elementos negativos do tipo foi preconizada pelo
alemão Hellmuth von Weber, e propõe o tipo total de injusto, por meio do qual os pressupostos das
causas de exclusão da ilicitude compõem o tipo penal como seus elementos negativos. Tipicidade e
ilicitude integram o tipo penal (tipo total). Consequentemente, se presente a tipicidade, automatica-
mente também estará delineada a ilicitude. Ao reverso, ausente a ilicitude, o fato será atípico. Não

5 Igualmente, trata-se de tema de altíssima complexidade. A resolução de muitas questões anteriores, ainda que de outros

concursos, ajuda a fixar a matéria.

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há distinção entre os juízos da tipicidade e da ilicitude. Crime, assim, não é o fato típico e ilícito, mas
sim um tipo total de injusto, em uma única análise.

ESSA TEORIA ACIMA FOI ADOTADA PELO NOSSO ORDENAMENTO?

CAUSAS QUE EXCLUEM A CONDUTA


Caso fortuito ou força maior
Coação física (se for moral exclui a culpabilidade)
Atos ou movimentos reflexos
Atos praticados por pessoas em estado de sonambulismo

O QUE SÃO VIS ABSOLUTA E VIS COMPULSIVA?

O AGENTE QUE COMETE CRIME HIPNOTIZADO, RESPONDERÁ PELO CRIME?

A EMBRIAGUEZ, VOLUNTÁRIA OU CULPOSA, COMPLETA, EXCLUI A CONDUTA?

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EXPLIQUE BREVEMENTE CADA ESPÉCIE DE DOLO, SE POSSÍVEL, DANDO PELO MENOS UM EXEMPLO

DOLO DIRETO

DOLO DIRETO
DE PRIMEIRO
GRAU
DOLO DIRETO
DE SEGUNDO
GRAU

DOLO INDIRETO

DOLO
ALTERNATIVO

DOLO
EVENTUAL

CLASSIFICAÇÕES DA TENTATIVA
TENTATIVA IMPERFEITA OU O agente é impedido de prosseguir, deixando de praticar os atos
INACABADA executórios que assim o desejava.
O agente faz tudo que está ao seu alcance, praticando todos os atos
TENTATIVA PERFEITA
executórios à sua disposição, mas mesmo assim não consegue con-
(ACABADA OU CRIME FALHO)
sumar o crime.
TENTATIVA BRANCA OU O agente não atinge a vítima. Em outras palavras, o bem juridica-
INCRUENTA mente tutelado não chega a ser lesionado.
O agente atinge a vítima. Em outras palavras, o bem juridicamente
tutelado chega a ser lesionado, em que pese o crime não tenha con-
TENTATIVA VERMELHA OU
sumado.
CRUENTA
A vítima é atingida.
O resultado, embora seja possível, não é atingido por circunstâncias
TENTATIVA IDÔNEA
alheias à vontade do agente. É a tentativa por excelência.
É o crime impossível (absoluta impropriedade do objeto ou abso-
TENTATIVA INIDÔNEA
luta ineficácia do meio).

QUAIS CRIMES NÃO ADMITEM TENTATIVA?

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TEORIAS SOBRE O CRIME IMPOSSÍVEL


Ainda que o crime seja impossível, o agente merece ser punido por mostrar
TEORIA SINTOMÁTICA
periculosidade. Tem viés totalmente positivista!
Ainda que o crime seja impossível, deve o agente ser punido com a pena
TEORIA SUBJETIVA
equivalente à tentativa (portanto, com causa de diminuição de pena).
A teoria objetiva se desdobra em duas: objetiva pura e objetiva temperada.
OBJETIVA PURA: não há crime mesmo que a ineficácia do meio ou a impro-
priedade do objeto sejam relativas. Não é adotada pelo Código Penal.
TEORIA OBJETIVA OBJETIVA TEMPERADA: não há tentativa apenas se a ineficácia do meio ou
a impropriedade do objeto sejam absolutas. Se for relativa e o crime não se
consumar por circunstâncias alheias à vontade do agente, o agente respon-
derá por tentativa. É a adotada pelo Código Penal.

O crime impossível ou quase-crime apresenta-se em três espécies em nosso ordenamento:

INEFICÁCIA ABSOLUTA DO IMPROPRIEDADE ABSOLUTA OBRA DE AGENTE


MEIO DO OBJETO MATERIAL PROVOCADOR
Ex.: tentar matar com arma de Ex.: mulher que toma remédio Ex.: flagrante provocado, con-
brinquedo. para abordar, sem estar grá- forme enunciado 145 da Sú-
vida. mula do STF.

CRIMES CULPOSOS

CONCEITO DE CULPA
Inobservância de um dever objetivo de cuidado.

ESPÉCIES DE CULPA
IMPRUDÊNCIA
Ação que extrapola os limites esperados, agindo sem cautela e zelo.
(ação)
NEGLIGÊNCIA
Deixar de fazer algo que deveria ter feito.
(omissão)
IMPERÍCIA
Praticar um ato em que não se tem conhecimento.
(ação)

DISTINGA CULPA CONSCIENTE DE CULPA INCONSCIENTE

ELEMENTOS DO CRIME CULPOSO


CONDUTA HUMANA
A voluntariedade está relacionada à ação, e não ao resultado.
VOLUTÁRIA
VIOLACÃO A UM DEVER O agente atua em desacordo com o que é esperado pela lei e pela
OBJETIVO DE CUIDADO sociedade.

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RESULTADO NATURALÍSTICO Necessidade de um resultado no mundo dos fatos.


NEXO CAUSAL Elo entre a conduta e o resultado naturalístico.
PREVISIBILIDADE É a possibilidade de prever o resultado, conhecer o perigo.
Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato
TIPICIDADE
previsto como crime, senão quando o pratica dolosamente.

NEXO DE CAUSALIDADE

O QUE SIGNIFICA, EM SUAS PALAVRAS, O NEXO CAUSAL?

TEORIAS SOBRE O NEXO DE CAUSALIDADE

EQUIVALÊNCIA DOS CAUSALIDADE TEORIA DA IMPUTAÇÃO


ANTECEDENTES CAUSAIS ADEQUADA/SIMPLES OBJETIVA
É a adotada como regra no Có- Aqui, causa é todo comporta- Talvez, a mais importante para
digo Penal. É chamada também mento capaz de produzir o re- nossa prova.
de CONDITIO SINE QUA NON. sultado. A razoabilidade do an-
tecedente como causa do resul- A imputação objetiva busca li-
Para ela, causa é todo e qual- tado advém das regras de expe- mitar o nexo físico.
quer acontecimento provocado riência.
pelo agente, sem o qual o resul- Só responde aquele que criou
tado não teria ocorrido. É adotada com relação às con- ou incrementou um risco juridi-
causas relativamente indepen- camente proibido.
Regra no Código Penal. dentes que, por si só, causariam
o resultado. Duas vertentes são as mais co-
nhecidas, a saber:
Art. 13 § 1º do CP.
a) Claus Roxin e
b) Günther Jakobs.

EM QUE CONSISTE O MÉTODO HIPOTÉTICO DE THYRÉN?

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O QUE É UMA CONCAUSA?

TIPOS DE CONCAUSAS
CONCAUSA O resultado obtido depende da conduta do indivíduo. O agente responde pelo
DEPENDENTE crime, pois o resultado está dentro da cadeia normal do nexo de causalidade.
Capaz de produzir, por si só, o resultado.
CONCAUSA Podem ser:
INDEPENDENTE a) absolutamente independentes e
b) relativamente independentes.

RESULTADO
JURÍDICO NATURALÍSTICO
Todo crime tem resultado jurídico. É, em suma, a Nem todos os crimes têm resultado naturalístico,
violação ou o perigo/ameaça de lesão ao bem ju- pois o resultado naturalístico é a modificação no
rídico. mundo dos fatos.

HÁ CRIME SEM RESULTADO? EXPLIQUE

Rogério Sanches (20166) traz três classificações curiosas que podem ser cobradas em provas:

CRIME DE TENDÊNCIA INTERNA TRANSCENDENTE (OU CRIME DE INTENÇÃO): “O sujeito ativo quer um
resultado dispensável para a consumação do delito. O tipo subjetivo é composto pelo dolo e por ele-
mento subjetivo especial (finalidade transcendente). Ex.: na extorsão mediante sequestro - art. 159 do
Código Penal- a obtenção da vantagem (resgate) é dispensável para a consumação (que se contenta
com a privação da liberdade da vítima).

CRIME DE RESULTADO CORTADO: espécie de crime de intenção, o resultado (dispensável para a consu-
mação), não depende do agente, não está na sua esfera de decisão. Ex.: na extorsão mediante

6 Manual de direito penal: parte geral (arts. 1º ao 120). I Rogério Sanches Cunha - 4. ed. rev., ampl. e atual.- Salvador: JusPO-

DIVM, 2016, p. 172/173.

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sequestro, a obtenção da vantagem- pagamento do resgate, dispensável para a consumação do crime,


não depende do agente, mas de terceiros ligados à vítima.

CRIME MUTILADO DE DOIS ATOS: também espécie de crime de intenção, o crime mutilado de dois atos
se verifica quando o resultado dispensável depende de novo comportamento do agente, está em sua
esfera de decisão. Ex.: no crime de petrechos para falsificação de moeda, a efetiva falsificação das mo-
edas e sua colocação em circulação, ambos resultados dispensáveis para a consumação, dependem de
nova decisão do agente.”

TIPICIDADE

TIPICIDADE FORMAL TIPICIDADE MATERIAL


Necessidade de efetiva lesão ou perigo de lesão
Mera subsunção do fato à norma.
a um bem jurídico relevante.
Furtar R$ 2,00 é formalmente típico, mas não é
Furtar R$ 2,00 (dois reais) é formalmente típico.
materialmente típico, como regra.

PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA

DIFERENCIE BAGATELA PRÓPRIA DE IMPRÓPRIA

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DIREITOS HUMANOS

DIREITOS HUMANOS X DIREITOS FUNDAMENTAIS

DIREITOS HUMANOS DIREITOS FUNDAMENTAIS


LOCUS DE NORMATIVIDADE: os DH estão positi- LOCUS DE NORMATIVIDADE: os DF estão previs-
vados em tratados e convenções internacionais. tos em Constituições.
LOCUS DE EXIGIBILIDADE: os DH são exigíveis no LOCUS DE EXIGIBILIDADE: a exigibilidade dos DF é
plano internacional. restrita ao plano interno.
O critério que prevalece é apenas o locus de normatividade, pois os direitos fundamentais ou huma-
nos podem ser exigidos tanto no âmbito interno como no plano internacional.

EM QUE CONSISTE A TEORIA DOS LIMITES DOS LIMITES?

OS TRÊS EIXOS DA PROTEÇÃO INTERNACIONAL DE DIREITOS HUMANOS

EIXOS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS


Proteção do ser humano em todos os aspectos, englo-
DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS
bando direitos civis e políticos e também direitos sociais,
HUMANOS
econômicos e culturais.
Age na proteção do refugiado, desde a saída do seu local
DIREITO INTERNACIONAL DOS
de residência, concessão do refúgio e seu eventual tér-
REFUGIADOS
mino.
Foca na proteção do ser humano na situação específica
DIREITO INTERNACIONAL
dos conflitos armados (internacionais e não internacio-
HUMANITÁRIO
nais).

EXPLIQUE EM QUE CONSISTE O ENTRENCHMENT

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QUAIS AS DIMENSÕES (GERAÇÕES) DOS DIREITOS HUMANOS? QUAIS CRÍTICAS À TEORIA GE-
RACIONAL?

TEORIA DOS QUATRO STATUS DE JELLINEK


O indivíduo exige uma postura abstencionista por parte do Estado. Li-
STATUS NEGATIVO
gado aos direitos civis da chamada primeira geração ou dimensão.
É a garantia de prestação estatal, ou seja, diferentemente do status an-
terior, o status positivo visa uma atuação do Estado no sentido de ga-
STATUS POSITIVO
rantir direitos aos indivíduos, correlacionando-se com os direitos sociais,
econômicos e culturais (direitos de segunda geração ou dimensão).
Preconiza deveres (daí se dizer passivo), tendo em vista a existência de
STATUS PASSIVO
subordinação do particular frente ao Estado.
Consiste no conjunto de prerrogativas e faculdades que o indivíduo pos-
STATUS ATIVO sui para participar da formação da vontade do Estado, refletindo no
exercício de direitos políticos.

UNIVERSALISMO E RELATIVISMO CULTURAL

Em resumo, segundo Bernardo Gonçalves (2017, p. 387), temos as seguintes diferenças.

UNIVERSALISMO RELATIVISMO CULTURAL


Primazia do individualismo: os indivíduos são o Primado no coletivismo: o indivíduo é percebido
foco, razão pela qual devem ter seus direitos e li- como parte integrante (viva) de sua sociedade,
berdades garantidos universalmente. razão pela qual a moral da coletividade na qual
está inserido deve prevalecer.
Ênfase na proteção do indivíduo, reconhecido Ênfase na proteção da cultura e, portanto, da
como sujeito de direito internacional própria sociedade e de suas particularidades
Principal crítica: seria um instrumento de domi- Principal crítica: forneceria um importante argu-
nação cultural ocidental, não respeitando, por- mento justificador de graves violações de direitos
tanto, as particularidades existentes nas socieda- humanos, que seriam escondidas sob a égide da
des diversidade cultural.

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O QUE É UNIVERSALISMO FRACO, FORTE E RADICAL?

UNIVERSALISMO UNIVERSALISMO DE CHEGADA OU DE


DE PARTIDA CONFLUÊNCIA
Deve-se entender que os direitos humanos são Trabalhado por Joaquín Herrera Flores, defende
universais e pronto, custe o que custar. Nenhuma uma concepção parecida com a defendida por
cultura pode contrariar isso. Ponto final. É uma Boaventura, em que se buscaria uma concepção
teoria imperativa e sem diálogo. universalista por meio da convivência e diálogos
culturais, proporcionando cruzamentos e mistu-
Para gravar: o universalismo de partida serve ras entre os indivíduos sem a pretensão de ex-
para se PARTIR de um ponto de vista pré-estabe- cluir nenhum ser humano da luta por sua digni-
lecido (que a dita universalidade dos direitos hu- dade.
manos; só que como se parte desse ponto de
vista, não há diálogo). Para gravar: o universalismo de chegada serve
para se CHEGAR a um diálogo construtivo.

HERMENÊUTICA DIATÓPICA E MULTICULTURALISMO

HERMENÊUTICA DIATÓPICA MULTICULTURALISMO


É um método que foi difundido por Boaventura “O multiculturalismo, por meio da sua perspec-
de Sousa Santos, e defende uma concepção mul- tiva hermenêutica, permitiria um real diálogo in-
ticultural dos direitos humanos, pautada no diá- tercultural acerca da dignidade da pessoa hu-
logo entre as culturas, com o objetivo de alcançar mana que poderia potencialmente levar "a uma
uma universalidade construída por diversas con- concepção mestiça de direitos humanos, uma
cepções culturais, sem impor valores ocidentais concepção que, em vez de recorrer a falsos uni-
às culturas orientais e vice-versa, atingindo, com versalismos, se organiza como uma constelação
isso, um ideal cosmopolita. de sentidos locais, mutuamente inteligíveis, e se
constitui em redes de referências normativas ca-
pacitantes”. (Bernardo Gonçalves, 2017, p. 391).

TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

QUAIS CRIMES SÃO DE COMPETÊNCIA DO TPI?

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DIFUSOS E COLETIVOS

INTERESSE PRIMÁRIO E SECUNDÁRIO

INTERESSE PRIMÁRIO INTERESSE SECUNDÁRIO


Os interesses públicos primários são os Já os interesses públicos secundários são os
interesses diretos do povo, os interesses gerais interesses imediatos do Estado na qualidade de
imediatos. pessoa jurídica, titular de direitos e obrigações.

DIFERENCIE DIREITOS DIFUSOS, COLETIVOS E INDIVIDUAIS HOMOGÊNEOS.

O QUE É DANO SOCIAL? É SINÔNIMO DE DANO MORAL COLETIVO?

Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes
de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais ocorridos durante o regime mi-
litar. (Aprovada em 2021).

DANOS CLÁSSICOS (TRADICIONAIS) DANOS CONTEMPORÂNEOS (NOVOS)


Danos estéticos, danos morais coletivos, danos
Danos morais e materiais
sociais e danos por perda de uma chance, etc.

DANOS POSITIVOS DANOS NEGATIVOS


Danos emergentes Lucros cessantes

DANO MORAL PRÓPRIO DANO MORAL IMPRÓPRIO


Constitui aquilo que a pessoa sente (dano moral Qualquer lesão aos direitos da personalidade,
in natura), causando na pessoa dor, tristeza, ve- não necessitando da prova do sofrimento em si
xame, humilhação, amargura, sofrimento, angús- para a sua caracterização.
tia e depressão.

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DISSERTE BREVEMENTE SOBRE A TEORIA DO DESVIO PRODUTIVO.

TERMO DE AJUSTAMENTO DE CONDUTA

O termo de ajustamento de conduta, também chamado de compromisso de ajustamento de conduta, é


o instrumento, com natureza de negócio jurídico, que constitui título executivo extrajudicial.

Cleber Masson e Ernani Vilhena Jr (2019, p. 335/3367) apontam as seguintes características para o TAC:

“Extrajudicial: a assinatura de um TAC decorre da atuação administrativa do Ministério Público (e


também da Defensoria Pública. É possível a assinatura de um TAC havendo ação judicial em curso. Em
tal situação, ou o TAC é submetido à homologação judicial, o que afastaria sua natureza de título
extrajudicial, assumindo a natureza de um simples acordo entre as partes; ou a validade do TAC ficaria
condicionada à desistência da ação, sob pena de se correr o risco de o Judiciário decidir de maneira
diversa ao que foi avençado.

Procedimental: o TAC deve ser firmado no seio de um procedimento, que pode ser um inquérito civil ou
mesmo um procedimento administrativo.

Objeto e limites: o objeto do termo de ajustamento de conduta é a composição para adequação de


determinada situação à lei, sem renúncia ao direito sobre o qual se transaciona. Não havendo
possibilidade de renúncia, as cláusulas de um TAC deverão tratar apenas da interpretação da norma em
relação ao caso concreto; especificando-se as obrigações assumidas em relação ao modo, tempo e lugar
de cumprimento. Não havendo possibilidade de reparação do dano, o TAC deverá versar sobre a
compensação e a indenização respectivas.

Abrangências: o objeto do TAC pode ser parcial, ou seja, apenas uma parte da situação em
discussão/investigação pode ser solucionada no TAC, enquanto o inquérito civil continua em curso para
a solução da questão não abrangida pelo TAC. É possível, igualmente que seja objeto do TAC uma
composição provisória. Uma ou mais etapas podem ser pactuadas antes de se alcançar a solução
definitiva. Em todos os casos, o TAC será submetido à homologação do órgão de controle, sendo o objeto
do inquérito civil arquivado total ou parcialmente, dependendo da abrangência da solução tratada no
TAC.

Astreintes: o TAC deverá prever, obrigatoriamente, a incidência de multa diária em caso de


descumprimento de qualquer das obrigações assumidas pelo compromitente.

7 Prática Penal, civil e tutela coletiva: Ministério Público. Cleber Masson, Ernani de Menezes Velhena Jr. 4, Ed. Rio de Janeiro.

Forense. São Paulo. Método, 2019.

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Destinações de indenizações e multas: as indenizações compensatórias, em caso de direitos difusos ou


coletivos cuja reparação não for possível, e o valor arrecadado pela execução de multas deverão ser
destinados a fundos como o previsto no art. 13 da Lei da Ação Civil Pública. É possível também que tais
recursos sejam destinados a projetos de reparação ou prevenção de danos a bens jurídicos da mesa
natureza.”

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DIREITO DO CONSUMIDOR

QUAIS SÃO AS ESPÉCIES DE PERICULOSIDADE?

QUE É RECALL?

QUEM RESPONDE PELO VÍCIO DO PRODUTO/SERVIÇO? E PELO FATO DO PRODUTO/SER-


VIÇO?

QUAIS SÃO AS CAUSAS QUE OBSTAM A DECADÊNCIA NO CDC?

ESCREVA SOBRE A DESCONSIDERAÇÃO EXPANSIVA, INDIRETA E INVERSA DA PERSONALDIADE


JURÍDICA

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CRIMINOLOGIA
MOVIMENTO LEI E ORDEM E TOLERÂNCIA ZERO

MOVIMENTO LEI E ORDEM


POLÍTICA DA TOLERÂNCIA ZERO
(LAW AND ORDER)
O movimento Lei e Ordem é pautado na criação A Política da Tolerância Zero surge paralelamente
de leis mais rigorosas, pois só assim a criminali- ao movimento Lei e Ordem, sob a afirmação de
dade seria reduzida (o que é, sem dúvidas, um que se deve punir os pequenos delitos, para evitar
enorme erro). que delitos mais graves ocorram.
É nessa pegada de Lei e Ordem e Tolerância Zero que surge a “teoria das janelas quebradas” e a
“Three strikes and you are out”, que significava “três faltas e você está fora”. Vejam no próximo qua-
dro as diferenças entre elas:

“THREE STRIKES AND YOU ARE OUT” TEORIA DAS JANELAS QUEBRADAS
Influenciada pela Escola de Chicago, crimes Para a teoria das janelas quebradas, se não forem
mais graves (homicídio, roubo, sequestro, trá- reprimidos, os pequenos delitos ou contravenções,
fico de drogas entre outros) devem ser etique- conduzem inevitavelmente a condutas criminosas
tados como verdadeiros strikes. mais graves, em vista do descaso estatal em punir
os responsáveis pelos crimes menos graves.
Caso o agente viesse a praticar o 3º “strike”, no
caso, o terceiro crime grave, seria punido de O nome “teoria das janelas quebradas” é em razão
maneira tão grave, que não teria direito a usu- do estudo feito em Chicago, em que dois pesquisa-
fruir qualquer benefício da execução penal. dores observaram que se uma janela estiver que-
brada, tal fato gera uma sensação de desordem,
fomentando o crime.

Isso porque, segundo esse estudo, a janela que-


brada transmitiria a sensação de abandono do
imóvel, razão pela qual em pouco tempo ele possi-
velmente seria ocupado irregularmente ou saque-
ado (justamente por haver uma aparência de que
não possuiria proprietário definido).

O mesmo aconteceria com os crimes mais simples


e as contravenções; se estes não fossem reprimi-
dos de maneira adequada, haveria um fomento na
sociedade para a prática delitiva.

O QUE É O DIREITO PENAL SUBTERRÂNEO?

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CRIANÇA E ADOLESCENTE

FASES DA VIDA
Primeira infância 6 anos completos
Criança Até 12 anos incompletos
Adolescente Entre 12 e 18 anos
Jovem Entre 15 e 29 anos

O QUE É VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA?

O QUE SÃO TOQUES DE RECOLHER NO ÂMBITO DA INFÂNCIA E JUVENTUDE? SUA EXISTÊN-


CIA POR INTERMÉDIO DE PORTARIAS É CONSTITUCIONAL? POR QUÊ?

DIFERENCIE CASTIGO FÍSICO DE TRATAMENTO DEGRADANTE NO ECA

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ACOLHIMENTO FAMILIAR E INSTITUCIONAL

O acolhimento institucional e o acolhimento familiar são medidas provisórias e excepcionais, utilizáveis


como forma de transição para reintegração familiar ou, não sendo esta possível, para colocação em
família substituta, não implicando privação de liberdade. A competência para sua determinação é do
juiz da infância e da juventude.

HÁ ALGUM CASO NO ECA EM QUE PODE HAVER O ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL SEM DE-
CISÃO JUDICIAL? ANALISE À LUZ DO ART. 93 DO ECA.

APADRINHAMENTO

Art. 19-B. A criança e o adolescente em programa de acolhimento institucional ou familiar poderão


participar de programa de apadrinhamento. (Incluído pela Lei nº 13.509, de 2017)

PESSOA JURÍDICA PODE APADRINHAR?

FAMÍLIA NATURAL

Art. 25. Entende-se por família natural a comunidade formada pelos pais ou qualquer deles e seus des-
cendentes.

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RESUMA AQUI O QUE SE ENTENDE POR FAMÍLIA EXTENSA OU AMPLIADA

FORMAS DE COLOCAÇÃO EM FAMÍLIA SUBSTITUTA

Art. 28. A colocação em família substituta far-se-á mediante GUARDA, TUTELA ou ADOÇÃO, indepen-
dentemente da situação jurídica da criança ou adolescente, nos termos desta Lei.

Há três formas de colocação em família substituta, pessoal: tutela, guarda e adoção.

DISSERTE, RESUMIDAMENTE, SOBRE A GUARDA, A TUTELA E A ADOÇÃO NO ECA.

CONSELHO TUTELAR E CONSELHO DE DIREITOS

CONSELHO TUTELAR CONSELHO DE DIREITOS


Existe apenas na esfera municipal. Existem nas esferas nacional, estadual e munici-
pal.
É um órgão permanente e autônomo, não juris-
dicional, encarregado pela sociedade de zelar São órgãos deliberativos e controladores das
pelo cumprimento dos direitos da criança e do ações em todos os níveis, assegurada a participa-
adolescente. ção popular paritária por meio de organizações
representativas, segundo leis federais, estaduais
e municipais.

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Não obstante ser autônomo, está atrelado à Ad-


ministração Pública Municipal. Mas, por favor, fi-
xem que Conselho Tutelar é AUTÔNOMO.
O exercício efetivo da função de conselheiro Na União, nos Estados, no Distrito Federal e nos
constituirá serviço público relevante e estabele-
Municípios haverá um único Conselho dos Direi-
cerá presunção de idoneidade moral. tos da Criança e do Adolescente.
Em cada cidade haverá pelo menos 1 (um) con- A função de membro do Conselho dos Direitos da
selho tutelar e a atividade do conselheiro será re-
Criança e do Adolescente é considerada de inte-
munerada. resse público relevante e não será remunerada
em qualquer hipótese.
O Conselho de Direitos é composto paritaria-
mente de representantes do governo e da socie-
dade civil organizada, garantindo-se a participa-
ção popular no processo de discussão, delibera-
ção e controle da política de atendimento inte-
Composto por cinco membros.
gral dos direitos da criança e ao adolescente, que
compreende as políticas sociais básicas e demais
políticas necessárias à execução das medidas
protetivas e socioeducativas dispostas nos arts.
87, 101 e 112, da Lei nº 8.069/90.
Mandato de 4 (quatro) anos, permitida mais de Segundo a Resolução 116/2006 do Conanda não
uma recondução. Cuidado. Antes da Lei nº deverão compor o Conselho dos Direitos da Cri-
13.824/2019 só era permitido UMA única recon- ança e do Adolescente, a autoridade judiciária,
dução. legislativa e o representante do Ministério Pú-
blico e da Defensoria Pública, com atuação no
âmbito do Estatuto da Criança e do Adolescente,
ou em exercício na Comarca, no foro regional,
Distrital ou Federal.

O QUE É O CONANDA?

MEDIDAS APLICÁVEIS AOS DIRIGENTES DAS ENTIDADES

PENALIDADES APLICADAS (ART. 97, ECA)


ENTIDADE ENTIDADE
GOVERNAMENTAL NÃO GOVERNAMENTAL
a) advertência; a) advertência;
b) afastamento provisório de seus dirigentes; b) suspensão total ou parcial do repasse de ver-
c) afastamento definitivo de seus dirigentes; bas públicas;
d) fechamento de unidade ou interdição de pro- c) interdição de unidades ou suspensão de pro-
grama. grama;
d) cassação do registro.

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DO QUE SE TRATA O HOMESCHOOLING? É PERMITIDO O NO BRASIL? POR QUÊ?

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