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NOME DA MENOR, menor impúbere, nascida em 00/00/0000, neste ato representada por sua
genitora NOME DA GENITORA, nacionalidade, estado civil, profissão, endereço eletrônico:
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nomedagenitora@gmail.com, portadora do Registro Geral de nº 0000000 órgão expedidor/UF e
titular do CPF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, residente e domiciliada no endereço completo e CEP,
com o respeito e acatamento perante Vossa Excelência, por intermédio de sua procuradora,
instrumento procuratório acostado (doc. 01), com fundamento nos artigo 693, parágrafo único
do Código de Processo Civil e Lei 5.478/1968, e nos demais dispositivos aplicáveis, propor
Em desfavor de:
NOME DO GENITOR, nacionalidade, estado civil desconhecido, profissão, filho de (Nome do pai e
mãe), portador do documento de identidade com registro geral sob o nº desconhecido e inscrito
no CPF/MF sob o nº XXX.XXX.XXX-XX, podendo ser encontrado na (endereço completo), pelos
fatos e fundamentos de direito adiante aduzidos.
- DOS FATOS
A Requerente é filha do Requerido, conforme faz prova da certidão de nascimento acostada. Da
relação de convivência do ex-casal sobreveio apenas essa filha, NOME COMPLETO, menor
impúbere, nascido em 23/06/2011, contando com 08 anos completos.
O Requerido nunca contribuiu com nada para a criação da filha, sendo de sua obrigação
contribuir para manutenção do mínimo necessário a qualidade de vida dentro de padrões
aceitáveis, sendo que a mãe vem suportando esse encargo, sozinha, não podendo mais, motivo
pelo qual, ingressa com o presente, a fim de solucioná-lo.
Parágrafo 2º - A parte que não estiver em condições de pagar às custas do processo, sem
prejuízo do sustento próprio ou de sua família, gozará do benefício da gratuidade, por
simples afirmativa dessas condições perante o juiz, sob pena de pagamento até o
décuplo das custas judiciais.
Parágrafo 3º - Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição,
nos termos desta lei.
Desta forma, requer desde já sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita em favor da
Requerente, diante das provas demonstradas.
Artigo 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade.
Por sua vez, confere a quem necessita de alimentos, o direito de pleiteá-los de seus parentes, em
especial entre pais e filhos, nos termos dos artigos 1.694 e 1.696, ambos do Código Civil:
Artigo 1.694 - Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social,
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inclusive para atender às necessidades de sua educação [...].
Ainda, este dever de sustento, criação e educação também é previsto no Estatuto da Criança e
do Adolescente (Lei 8.069/90), em seu artigo 22, que leciona:
Artigo 22 - Aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos
menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir as
determinações judiciais.
- DO BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE
Ocorre que, o pai tem se abstido de fornecer o amparo basilar de sobrevivência em favor da
filha, afinal, a obrigação alimentar, é também do pai, e esse está em déficit com a obrigação
financeira desde sempre, sendo que, impossível permitir que continue assim, afinal, o encargo
tem crescido a cada dia, não podendo mais suportar, vez que, o pai tem condição e obrigação
para tanto de custear alimentos naturais e civis.
Há que se esclarecer que os alimentos, quanto à sua natureza, são classificados em naturais e
civis. Naturais são os necessários à sobrevivência propriamente dita, compreendendo a
alimentação, moradia, saúde, higiene etc. Já os alimentos civis abrangem além dos naturais, os
que são compatíveis com a condição social do alimentante, diretamente relacionados com o que
comumente chamamos padrão de vida. O parágrafo 2º da Lei 5.478/1968 aduz sobre os
requisitos para a propositura da ação de alimentos e outras providências, que segue rito especial
(artigo 1º, caput, Lei. 5.478/1968):
São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem
pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam,
pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Assim, uma vez constatado o grau de parentesco e a necessidade, provado está o dever do pai de
prestar alimentos, portanto, requer a título de alimentos definitivos o importe de 50%
(cinquenta por cento) do salário mínimo vigente, ou seja, o valor de R$ 522,50 (quinhentos e
vinte e dois reais e cinquenta centavos), para ser homologado por Sentença, vez que o
Requerido é estudante de medicina, reside no exterior, pressupondo ter condições de arcar com
o encargo tranquilamente.
No caso, resta translúcida a necessidade de fixação de tal provisão legal, face à dificuldade
financeira enfrentada pela Requerente, requer seja deferido a título de alimentos provisórios o
importe de 30% (trinta por cento) do salário mínimo nacional vigente, ou seja, R$ 313,50
(trezentos e treze reais e cinquenta centavos), a serem confirmados pelo instituto da tutela
antecipada, por Vossa Excelência, com o objetivo de suprir de imediato às necessidades da
mesma, devido ao seu caráter urgente.
a) Sejam deferidos os benefícios da justiça gratuita, nos termos da Lei 1.060/1950, devido às
provas de hipossuficiência jungidas;
b) O recebimento da presente ação e, ato contínuo, o deferimento a título de alimentos
provisórios o importe de 30% (trinta por cento) do salário mínimo nacional vigente, ou
seja, R$ 313,50 (trezentos e treze reais e cinquenta centavos), repassados até o dia 10
(dez) de cada mês, a serem depositado na conta da genitora, nos termoS do artigo 4º da
Lei 5.478/1968;
d) Seja explicitado que, almeja a Requerente o importe de 50% (cinquenta por cento) do
salário mínimo vigente, ou seja, o valor de R$ 522,50 (quinhentos e vinte e dois reais e
cinquenta centavos), para ser homologado por Sentença;
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f) Informa ainda, em atenção ao artigo 77, V, do Código de Processo Civil, que todas as
intimações deverão ser feitas em nome da procuradora da Requerente Dra. Sanmatta
Raryne Souza, devidamente inscrita na OAB/GO de nº 42.261;
(Assinado digitalmente)
Sanmatta Raryne Souza
Advogada - OAB/GO 42.261