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I. DO PEDIDO DE PUBLICAÇÕES
7. A autora, que hoje possui 18 anos, sempre foi orientada pela família,
inclusive pelo pai, a dedicar-se integralmente a sua formação, e foi o que fez, dedicar-se
apenas aos estudos. E agora, no 7º Semestre letivo do curso superior de Direito, é estagiária
na ..., o que se sabe, paga-se muito pouco, apenas 1 salário-mínimo mensal (comprovante
anexo).
13. A jovem vive agora aflita; posto que para a sua manutenção mais básica, o
dinheiro tornou-se motivo de preocupação e a ajuda do pai, mais do que nunca se
tornou necessária.
14. Precisamos salientar, Excelência, que o que busca a autora neste momento
tão delicado de sua jovem vida, é um apoio, é uma mão amiga daquele que a pôs no mundo,
pois ainda lhe restam 3 semestres letivos para sua tão sonhada formatura em Direito.
A. ALIMENTOS PROVISIONAIS
17. O Código Civil, por sua vez, confere a quem necessita de alimentos, o direito
de pleiteá-los de seus parentes, em especial entre pais e filhos, nos termos do art. 1.694:
“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros
os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição
social, inclusive para atender as necessidades de sua educação”.
“Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.”
[...] com relação ao direito de os filhos maiores pedirem alimentos aos pais, não é o
pátrio poder que o determina, mas a relação de parentesco, que predomina e
acarreta a responsabilidade alimentícia. Com relação aos filhos que atingem a
maioridade, a ideia que deve preponderar é que os alimentos cessam com ela.
Entende-se, porém, que a pensão poderá distender-se por mais algum tempo, até que
o filho complete os estudos superiores ou profissionalizantes, com idade razoável, e
possa prover a própria subsistência. (Direito Civil - Ed. Atlas: 2006 - p. 390).
23. No caso em tela, estando a autora cursando faculdade e sendo esta atividade
contínua e onerosa, torna-se necessário o cumprimento do disposto na Lei 5.478/68 em seu
art. 13, que versa sobre os alimentos provisórios, tendo em vista a impossibilidade de a filha
aguardar para receber os alimentos definitivos no trânsito final da presente lide:
Art. 13 O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações ordinárias
de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em
pedidos de alimentos e respectivas execuções.
§ 1º. Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer
tempo, se houver modificação na situação financeira das partes, mas o pedido será
sempre processado em apartado.
§ 2º. Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à data da citação.
§ 3º. Os alimentos provisórios serão devidos até a decisão final, inclusive o
julgamento do recurso extraordinário.
25. Pede-se que a prestação alimentícia seja liminarmente deferida por Vossa
Excelência, em decisão inaudita altera pars nos termos dos parágrafos anteriores, por tratar-se
de verba alimentar indispensável para a filha, que teve sua rotina drasticamente alterada em
face ao falecimento da avó e a atitude negativa do pai, que mesmo tendo possibilidade
financeira de dar continuidade ao custeio alimentar da autora, negou sua responsabilidade
material, passando a autora a sentir-se desamparada em seu sustento.
27. Excelência, não é justo que a jovem filha única, que sempre foi orientada pela
família, inclusive seu pai, a dedicar tempo integral aos estudos, seja privada de receber apoio
financeiro deste, que é pessoa legítima, bem-sucedido e sem outros filhos, portanto
plenamente apto a prover-lhe alimentos.
29. Ante a isso, justo que seja determinado o pagamento de alimentos, o qual
deverá ser confirmado em sentença, tornando o percentual (33%) ora lançado a título de
alimentos provisionais, em alimentos definitivos. Que seja oficiada a fonte pagadora do
genitor para que efetue os descontos dos alimentos provisionais ora fixados, no valor
correspondente a 33% (trinta e três por cento) da sua remuneração líquida, excluídos apenas
os descontos de impostos obrigatórios, incidindo o referido percentual também sob 13º
salário, horas extraordinárias e 1/3 de Férias, a ser descontado em folha de pagamento e
depositado, até o quinto dia útil de cada mês.
30. No caso de ser este pedido confirmado por Vossa Excelência, e o Alimentante
mudar de empregador, que a cópia da Sentença seja apresentada à nova fonte pagadora por
qualquer das partes para os fins de continuidade do desconto em folha e depósito da verba
alimentícia.
34. Diante de toda situação fática acima aduzida, assim como de acordo com os
fundamentos jurídicos apresentados, vem a Autora requerer:
Nesses termos,
Pede e espera deferimento.
Local e Data.
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF Nº YYY