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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A)

JUIZ (A) DE DIREITO DA _____VARA DE FAMÍLIA


DA COMARCA DE xxxxx, ESTADO DO xxxxx, A QUE
ESTA COUBER POR DISTRIBUIÇÃO.

xxxxxxxxxxxxxxxx, brasileira, solteira, estudante, portadora


do RG xxxxxx emitido pela xxxxx e xxxxxxxxxxx, residente e
domiciliada na xxxxxxxxxxxx, por sua procuradora infra-
assinado, constituída pelo incluso documento de mandato em
anexo, regularmente inscrita na OAB/xxxxx nº xxxx, com
escritório profissional no endereço infra impresso, onde recebe
intimações, notificações e demais correspondências, vem, com
o devido respeito e acatamento à presença de Vossa Excelência,
com fulcro no artigo 1.696 do Código Civil, bem como demais
dispositivos legais aplicáveis à espécie, REQUERER:
AÇÃO DE ALIMENTOS PARA MAIOR DE 18 ANOS,
COM PEDIDO LIMINAR INAUDITA ALTERA PARTE
em face dxxxxxxxxxxx, qualificação, residente e domiciliado
na Rua xxxxxx, mediante razões de fato e de direito adiante
expendidas.
I – JUSTIÇA GRATUITA:
A Autora requer desde logo a concessão dos benefícios da
Justiça Gratuita, em consonância ao Princípio do Pleno Acesso
a Justiça nos termos do artigo 5º,
incisos XXXV e LXXIV da Constituição Federal Brasileira de
1988, por ser a Autora pobre no sentido jurídico do termo, com
esteio no artigo 4º da Lei 1.060/50 e 1º, da Lei nº. 7.115/83,
por não gozar de meios financeiros suficientes à patrocinar a
presente demanda, fazendo juntada de declaração de pobreza.
II – DOS FATOS:
A Autora nasceu no dia xxxxxxxxxx, fruto de um breve
relacionamento entre o pai xxxxxxxxxxxx e sua mãe xxxxxxx,
enquanto ainda eram muito jovens. Por este motivo, foi
mantida da casa da avó materna, xxxxxxxx, que zelou pela sua
educação e cuidados, Seus avós assumiram a função de pais,
nunca deixando a autora desamparada enquanto menor de
idade. Sua mãe, há muitos anos já constituiu nova família, mas
com outros filhos pequenos e uma condição financeira inferior,
pouco pode ajudar.

O Pai, sempre manteve um relacionamento estável com a


autora, um pouco distante no ponto de vista afetivo. No sentido
financeiro, o pai nunca auxiliou a filha com verbas alimentares
(apenas custeia o pagamento de seu plano de saúde.

Diante do falecimento da avó materna, a autora teve o seu


pedido de auxilio financeiro negado pelo pai.

A autora, que hoje possui 18 anos, sempre foi orientada pela


família, inclusive pelo pai, a dedicar tempo integral na sua
formação, DEDICAR-SE APENAS AOS ESTUDOS. E
agora, no 7º Semestre letivo do curso superior de Direito, e é
estagiária na xxxxxxxx, sabemos paga-se muito pouco, apenas 1
salário mínimo mensal (comprovante anexo).
Apenas a mensalidade do seu Curso de graduação representa o
valor de R$ 1.255,60 (um mil, duzentos e cinquenta e cinco
reais e sessenta centavos) na somatória de suas despesas
mensais (conforme cópia do contrato de renovação de
matrícula anexa, pois a Faculdade é desorganizada e não
entregou a tempo uma Declaração de Matrícula, tampouco
enviou os boletos bancários do ano de 2016 aos alunos).

Para economizar, a autora utiliza-se de transporte público e


leva uma rotina muito mais limitada da que levava quando sua
avó estava viva, mesmo assim a autora não deixa de manter-se
dedicada, sempre obtendo boas notas. É um motivo de orgulho
para toda a família.

Por sua vez, o pai xxxxx é privilegiado por ter uma vida muito
estável e confortável desde que nasceu. É funcionário da xxxxx
percebendo uma remuneração mensal aproximada de R$
xxxxxxxxx (conforme últimos comprovantes de pagamento
anexo, em arquivos PDF, retirado de página oficial do Governo
do Estado xxxxx, de acordo com a Lei da Transparência.)
O pai reside em apartamento próprio com sua mãe, utiliza-se
de veículo de marca xxxxx próprio, não tendo nenhuma
despesa de moradia, haja vista que sempre teve a família uma
ótima condição financeira. Ademais, nunca constituiu
família, nem possui outros filhos.
O requerido, ao contrário da autora, desfruta de seu
maravilhoso salário mensal com lazer e constantes viagens
nacionais e internacionais, ignorando absolutamente as
necessidades da filha. Como pai, deveria sentir prazer em
proporcionar a ela um pouco que fosse da vida maravilhosa
que ostenta em seu perfil público de Facebook. Aliás, foi de
lá que retiramos e anexamos ao processo algumas fotos de seus
inúmeros passeios pelo xxxxxxxxxxxxxxx entre outros diversos
ambientes caros por onde circula. Dessa forma, é evidente
a possibilidade do pagamento de verba alimentícia pra sua
filha.
A jovem vive agora aflita; Para a sua manutenção mais básica,
o dinheiro tornou-se motivo de preocupação e a ajuda do pai,
mais do que nunca tornou-se necessária.
Precisamos salientar, Excelência, que o que busca a autora
neste momento tão delicado de sua jovem vida, é um apoio, é
uma mão amiga daquele que a pôs no mundo, pois ainda lhe
restam 3 semestres letivos para sua tão sonhada formatura em
Direito.

III - DOS ALIMENTOS


III – a) Alimentos Provisionais:
Da leitura do artigo 227 da Constituição Federal, podemos
depreender os deveres da família, da sociedade e do Estado em
assegurar à criança e o adolescente, com absoluta prioridade, o
direito à vida, à saúde, a alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito (...).
Neste mesmo sentido dispõe o artigo 229 do mesmo Corpo
Constitucional, que no caso em tela podem ser usados em
analogia.

O Código Civil, por sua vez, confere a quem necessita de


alimentos, o direito de pleiteá-los de seus parentes, em especial
entre pais e filhos, nos termos do art. 1.694:
“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou
companheiros pedir uns aos outros os alimentos de
que necessitem para viver de modo compatível com a
sua condição social, inclusive para atender as
necessidades de sua educação.”
Os alimentos não compreendem somente o necessário para
atender ao físico, mas também tudo o que envolve o
desenvolvimento psíquico e social, ou seja, engloba também as
despesas provenientes de moradia, locomoção, estudo,
vestuário, lazer, dentre outras despesas que decorram de
atividades ou necessidades lícitas, que atendam à moral e aos
bons costumes.

Assim, a fixação judicial dos alimentos, atenderá as


necessidades básicas da filha, porquanto, cabe ao requerido,
esta obrigação que decorre da Lei e da moral, nos termos do
artigo 1.695 do Código Civil:
“Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os
pretende não tem bens suficientes, nem pode prover,
pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque
do necessário ao seu sustento.”
O citado artigo também esclarece que a obrigação de alimentos
depende da necessidade do credor em receber alimentos e
da possibilidade do devedor em fornecê-los.
Sobre o tema preleciona Sílvio de Salvo Venosa:

(...) com relação ao direito de os filhos maiores


pedirem alimentos aos pais, não é o pátrio poder que
o determina, mas a relação de parentesco, que
predomina e acarreta a responsabilidade
alimentícia. Com relação aos filhos que atingem a
maioridade, a ideia que deve preponderar é que os
alimentos cessam com ela. Entende-se, porém, que a
pensão poderá distender-se por mais algum tempo,
até que o filho complete os estudos superiores ou
profissionalizantes, com idade razoável, e possa
prover a própria subsistência. (Direito Civil - Ed.
Atlas: 2006 - p. 390).
Neste sentido, nosso Tribunal Pátrio já decidiu:
EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE
ALIMENTOS. ESTUDANTE. MAIORIDADE. VÍNCULO
DE PARENTESCO - OBRIGAÇÃO DO PAI DE PRESTAR
ALIMENTOS - ATENÇÃO AO BINÔMIO
NECESSIDADE-MANUTENÇÃO DA LIMINAR. 1- A
maioridade civil implica emancipação tornando a
pessoa apta para todos os atos da vida civil. Todavia,
esse fato, por si só, não desobriga os pais de prestar
auxílio aos filhos necessitados, já que a obrigação de
prestar alimentos decorre não só do pátrio poder,
mas do vínculo de parentesco. 2- In casu, resta
comprovado a necessidade do agravado, estudante,
em perceber o pensionamento alimentício e a
possibilidade do pai, arcar com o valor de 2 (dois)
salários mínimos fixados. 3- A fixação de alimentos
deve atender ao binômio possibilidade-necessidade,
devidamente aferido na prova dos autos. 4- Recurso
conhecido e desprovido. (2015.02620545-33, 148.792,
Rel. CELIA REGINA DE LIMA PINHEIRO, Órgão
Julgador 2ª CÂMARA CÍVEL ISOLADA, Julgado em
06.07.2015, Publicado em 22.07.2015)
PROCESSUAL CIVIL. CIVIL. RECURSO ESPECIAL.
AÇÃO DE ALIMENTOS. CURSO SUPERIOR
CONCLUÍDO. NECESSIDADE. REALIZAÇÃO DE PÓS-
GRADUAÇÃO. POSSIBILIDADE. 1. O advento da
maioridade não extingue, de forma automática, o
direito à percepção de alimentos, mas esses deixam
de ser devidos em face do Poder Familiar e passam a
ter fundamento nas relações de parentesco, em que se
exige a prova da necessidade do alimentado. 2. É
presumível, no entanto, - presunção iuris tantum -, a
necessidade dos filhos de continuarem a receber
alimentos após a maioridade, quando frequentam
curso universitário ou técnico, por força do
entendimento de que a obrigação parental de cuidar
dos filhos inclui a outorga de adequada formação
profissional. 3. Porém, o estímulo à qualificação
profissional dos filhos não pode ser imposto aos pais
de forma perene, sob pena de subverter o instituto da
obrigação alimentar oriunda das relações de
parentesco, que tem por objetivo, tão só, preservar as
condições mínimas de sobrevida do alimentado. 4.
Em rigor, a formação profissional se completa com a
graduação, que, de regra, permite ao bacharel o
exercício da profissão para a qual se graduou,
independentemente de posterior especialização,
podendo assim, em tese, prover o próprio sustento,
circunstância que afasta, por si só, a presunção iuris
tantum de necessidade do filho estudante. 5.
Persistem, a partir de então, as relações de
parentesco, que ainda possibilitam a percepção de
alimentos, tanto de descendentes quanto de
ascendentes, porém desde que haja prova de efetiva
necessidade do alimentado. 6. Recurso especial
provido. (REsp 1218510/SP, Relatora a Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
27/09/2011, DJe 03/10/2011)
No caso em tela, estando a autora cursando faculdade e sendo
esta atividade contínua e onerosa, torna-se necessário o
cumprimento do disposto na Lei 5.478/68 em seu artigo 13, §
1º e § 3º, que versa sobre os alimentos provisórios, tendo em
vista a impossibilidade da filha aguardar para receber os
alimentos definitivos no trânsito final da presente lide:
“Art. 13. Omissis.
§ 1º Os alimentos provisórios fixados na inicial
poderão ser revistos a qualquer tempo, se houver
modificação na situação financeira das partes, mas o
pedido será sempre processado em apartado.
§ 3º Os alimentos provisórios serão devidos até a decisão final,
inclusive o julgamento do recurso extraordinário.”

Diante da atual situação da autora e das condições financeiras


do genitor, o qual xxxxxxxxxxxx e recebe um confortável
salário mensal, Justo que Vossa Excelência fixe a título de
alimentos provisórios o valor correspondente a 33% (trinta e
três por cento) sobre a base cálculo utilizada para desconto
previdenciário do requerido, observadas as possíveis alterações
salariais e a inclusão no 1/3 de férias, nas horas extraordinárias
e no 13º (décimo terceiro) salário, conforme entendimento
pacificado:
APELAÇÃO. ALIMENTOS. FIXAÇÃO. ADEQUAÇÃO
DO QUANTUM. PEDIDO DE ASSISTÊNCIA
JUDICIÁRIA GRATUITA...4. A pensão de alimentos
deve incidir sobre todos os ganhos salariais do
alimentante, incluindo-se as horas extras, as
eventuais gratificações e todas as verbas de caráter
não indenizatório, devendo incidir também sobre o
13º salário e o terço de férias, consoante
entendimento jurisprudencial prevalente. [...]
(Apelação Cível n. 70031829039, Sétima Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator Des. Sérgio
Fernando de Vasconcellos Chaves, julgado em
28/04/2010).
AGRAVO DE INSTRUMENTO. FAMÍLIA. AÇÃO DE
INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM
ALIMENTOS. [...] INCIDÊNCIA SOBRE HORAS
EXTRAS E TERÇO DE FÉRIAS. CABIMENTO.
INCIDÊNCIA SOBRE AUXILIO REFEIÇÃO E VALE
TRANSPORTE. DESCABIMENTO. [...] No que toca à
verba alimentar, é possível a incidência de percentual
sobre as horas extras e o terço de férias, porquanto
verbas de natureza alimentar... AGRAVO PROVIDO,
EM PARTE. (Agravo de Instrumento n. 70034286518,
Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator Des. José Conrado de Souza Júnior, julgado
em 28/04/2010).
“A Seção, ao julgar o recurso sob o regime do art. 543-
C do CPC e da Res. N. 8/2008-STJ, entendeu que
integra a base de cálculo da pensão alimentar fixada
sobre o percentual de salário do alimentante a
gratificação correspondente ao terço constitucional de
férias e o décimo terceiro salário, conhecidos,
respectivamente, como gratificação de férias e
gratificação /5/1999. REsp 1.106.654-RJ, Rel. Min.
Paulo Furtado (Desembargador convocado do TJ-BA),
julgado em 25/11/2009.
O décimo terceiro salário deve integrar a base de
cálculo da pensão alimentícia, mesmo quando os
alimentos foram estabelecidos em valor mensal fixo.
Recurso especial conhecido e provido."(RESP nº
622.800/RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, DJ de
01/07/2005).
Alimentos. Alimentante empregado. Incidência da pensão
sobre o 13º salário. Cabimento. Cabível o desconto da pensão
alimentícia sobre o 13º salário quando a pensão alimentícia é
vinculada a receita do alimentante. Isso ocorre, de forma muito
clara, quando o alimentante é assalariado e os alimentos são
fixados em percentuais. O fato, porém, de os alimentos não
estarem estabelecidos em percentuais, não afasta tal
vinculação, já que são descontados na folha de pagamento, se o
alimentante é beneficiado por uma décima-terceira folha de
pagamento, igual vantagem deve ser estendida ao alimentando.
Recurso provido. (Agravo de instrumento nº 70000741231,
Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Des.
SÉRGIO FERNANDO DE VASCONCELLOS CHAVES, julgado
em 29/03/00).”

Reforça, que referido desconto deverá ter como base de cálculo


a base utilizada para desconto previdenciário do Requerido,
tendo em vista que se o requerido contrair dívidas
consignadas, não haverá afetação do desconto a título de
alimentos à autora.

III – b) Do Pedido Liminar Inaudita Altera Parte


Pedimos que a prestação alimentícia
seja liminarmente deferida por Vossa Excelência, em
decisão inaudita altera parte nos termos dos parágrafos
anteriores, por tratar-se de verba alimentar indispensável para
a filha, que teve sua rotina drasticamente alterada em face ao
falecimento da avó e a atitude negativa do pai, que mesmo
tendo possibilidade financeira de dar continuidade ao custeio
alimentar da autora, negou sua responsabilidade moral,
passando a autora a sentir-se desamparada em seu sustento.
Os requisitos permissivos da medida liminar – fumus boni
iuris e periculum in mora – estão caracterizados pelos
argumentos acima, havendo prova inequívoca e
verossimilhança nas alegações, tudo se legitimando aos
documentos ora anexados, visto que a sua atividade principal –
a graduação – tal como sua própria subsistência, são de caráter
contínuo e oneroso.
Excelência, não é justo que a jovem filha única, que sempre foi
orientada pela família, inclusive seu pai, a dedicar tempo
integral aos estudos, seja privada de receber apoio financeiro
deste, que é pessoa legítima, bem sucedido e sem outros filhos,
portanto plenamente apto a prover-lhe alimentos.

É pertinente e louvável a conduta da autora, que apenas está


pedindo o suficiente para sua melhor qualificação profissional,
necessária para alcançar sustento próprio em um futuro
próximo.

Ante a isso, justo que seja determinado o pagamento de


alimentos, o qual deverá ser confirmado em sentença,
tornando o percentual (33%) ora lançado a título de alimentos
provisionais, em alimentos definitivos. Que seja ofíciado a
fonte pagadora do genitor para que efetue os descontos dos
alimentos provisionais ora fixados, no valor correspondente a
33% (trinta e três por cento) da sua remuneração líquida,
excluídos apenas os descontos de impostos obrigatórios,
incidindo o referido percentual também sob 13º salário, horas
extraordinárias e 1/3 de Férias, a ser descontado em folha de
pagamento e depositado, até o quinto dia útil de cada mês.

No caso de ser este pedido confirmado por Vossa Excelência, e


o Alimentante mudar de empregador, que a cópia da Sentença
seja apresentada à nova fonte pagadora por qualquer das
partes para os fins de continuidade do desconto em folha e
depósito da verba alimentícia.

Ademais, a autora pede seja mantido pelo requerido o


pagamento do plano se saúde que atualmente já é custeado
pelo mesmo.

A autora compromete-se em zelar pela boa administração do


valor pensionado, prosseguindo com boas notas e frequência
ao curso superior de Direito. Investindo ainda mais na sua
formação profissional.
Por todos os motivos destacados, justo o pensionamento da
forma como exposta.

IV – PEDIDO
Ante o exposto requer de Vossa Excelência:
a) Seja concedido o benefício da Justiça gratuita em
consonância ao Princípio do Pleno Acesso a Justiça nos termos
do artigo 5º, incisos XXXV e LXXIV da CF, por ser a Autora
pobre no sentido jurídico do termo, com esteio no artigo 4º da
Lei 1.060/50 e 1 º, da Lei n. 7.115/83. (Declaração anexa);
b) deferimento Liminar dos Alimentos Provisórios, em
decisãoinaudita altera parte, pelo caráter alimentar de
referida verba, sendo necessário, para tanto, expedir ofício a
fonte pagadora do genitor que é xxxxxxxxxxxx, para que efetue
os descontos dos alimentos provisionais ora fixados, no valor
correspondente a 33% (trinta e três por cento) da sua
remuneração, excluídos apenas os descontos de impostos
obrigatórios, incidindo o referido percentual também sob 13º
salário, horas extraordinárias e 1/3 de Férias, a ser descontado
em folha de pagamento e depositado, até o quinto dia útil de
cada mês, na conta corrente: Banco xxxxxxxxx;
c) A citação do Requerido, por carta com aviso de
recebimento para, querendo, apresentar resposta, sob pena de
confissão e revelia;
d) No mérito, requer a conversão dos alimentos provisionais
em definitivos, por ser questão da mais pura e lídima Justiça;

e) Após Sentença, requer seja a pensão alimentícia descontada


diretamente da folha de pagamento do genitor, que é xxxxxxxx,
sendo necessário, para tanto, expedir ofício a fonte pagadora:
xxxxxxxx, para que efetue os descontos dos alimentos ora
fixados, no valor correspondente a 33% (trinta e três por cento)
da sua remuneração líquida, excluídos apenas os descontos de
impostos obrigatórios, incidindo o referido percentual também
sob 13º salário, horas extraordinárias e 1/3 de Férias, a ser
descontado em folha de pagamento e depositado, até o quinto
dia útil de cada mês, na conta corrente Banco xxxxx;
f) No caso de ser este pedido confirmado por Vossa Excelência,
e o Alimentante mudar de empregador, que a cópia da
Sentença seja apresentada à nova fonte pagadora por qualquer
das partes para os fins de continuidade do desconto em folha e
depósito da verba alimentícia;

g) Seja mantido pelo requerido o pagamento do plano se saúde


que atualmente já é custeado pelo mesmo;

h) Seja, ainda, condenado o requerido ao pagamento das


despesas processuais, custas e os honorários advocatícios no
percentual de 20% do valor da causa.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em


direito admitidos, em especial, prova documental anexo, sem
prejuízo de outras provas eventualmente cabíveis para o
perfeito deslinde do feito;

Atribui-se à causa o valor de R$ xxxxxxxx

Nestes Termos,

Pede deferimento.

Local, data

Advogado, oab...

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