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Exmo. Sr. Dr.

Juiz de Direito da Vara de Família da Comarca de Campos dos


Goytacazes – RJ.

JOAQUIM DA SILVA BARBOSA, brasileiro, casado, porteiro, portador


da Carteira de Identidade nº 10.000.000-0, expedida pela IFP/RJ, inscrito no
CPF/MF sob o n.º 030.000.000-00, residente e domiciliado na Avenida 28 de
Março, 1000, Parque São Caetano, Campos dos Goytacazes/RJ, CEP 28.100-
000 (não possui endereço eletrônico), por seu advogado in fine assinado, com
endereço para notificação na Avenida Alberto Torres, 311, sala 301, Centro,
Campos dos Goytacazes/RJ, CEP 28.035-581, vem a Vossa Excelência,
propor

AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE ALIMENTO

em face do seu filho JOSÉ MARTINS BARBOSA, brasileiro, solteiro,


residente e domiciliado na Avenida 28 de Março, 1000, fundos, Parque São
Caetano, Campos dos Goytacazes/RJ, CEP 28.025-486, portador da Carteira
de Identidade nº 30.000.000-0, expedida pelo DETRAN/RJ, inscrita no CPF/MF
sob o n.º 176.000.000-00, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

INICIALMENTE DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Por tratar-se de pessoa juridicamente pobre, não possuindo, pois, meios


de arcar com as custas e honorários de advogado sem prejuízo do sustento
próprio ou de sua família, tendo como fulcro o art. 98 e seguintes, do NCPC c/c
o artigo 5º, inciso LXIV da CRFB/1988, haja vista que esta última é verdadeira
garantia constitucional complementar do acesso à justiça, requer desde já a
concessão do benefício da GRATUIDADE DE JUSTIÇA.

DOS FATOS

O Requerente em um acordo de divórcio em 2008 estabeleceu que


pagaria a título alimentício para o sue filho o percentual de 25% (vinte cinco
por cento) dos seus rendimentos líquidos, que equivale a quantia de R$500,00(
quinhentos reais), nunca sendo inferior, a 30% ( trinta por cento) do salário
mínimo nacional vigente, além de ajudar em outras despesas do infante, como
medicamentos, vestuário, alimentação e tudo que puder contribuir, conforme
prova documento em anexo. E desde então, vem cumprindo rigorosamente
com sua obrigação.

Ocorre que, o Requerido completou a maioridade civil no dia 10 de


Fevereiro de 2021. Salienta-se, que o mesmo trabalha desde os 16 anos de
idade, tendo renda própria (doc. anexo). Ele não tem interesse em prosseguir
com os estudos, pois é um microempreendedor do ramo alimentício e já deu
entrada nos papéis de habilitação para se casar.

O Requerente já conversou com o Requerido sobre a exoneração e


ele concordar por saber que é justo.

Por esse motivo, o Requerido recorre ao judiciário para que haja a


exoneração.

DO MÉRITO

No sentido da exoneração da obrigação alimentar, reza a jurisprudência


do TJSP:

“Alimentos. Exoneração. Filho que atingiu a maioridade e não


freqüenta curso universitário, vivendo em companhia da mãe e tendo
atividade remunerada. Cabimento. Cessação do dever de sustento.
Dever de toda pessoa maior, capaz e saudável de prover ao
necessário à própria subsistência, segundo suas aptidões. Ausência
de necessidade especial por parte do alimentando a justificar a
preservação do encargo. Sentença de procedência confirmada.
Apelação do réu desprovida.” (0202470-90.2009.8.26.0006 –
Apelação/Exoneração – Rel. Des. Fabio Tabosa, Comarca de São
Paulo, 2ª Câmara de Direito Privado, j. em 19/10/2010).
DO PEDIDO DE TUTELA URGÊNCIA

Os documentos acostados à exordial, sem embargos de demais provas


que venham corroborar tais afirmações, levam a inegável conclusão de que o
Autor NÃO POSSUI obrigação para continuar efetuando o pagamento a título
de alimentos para seu filho, no valor equivalente a 25% (vinte cinco por cento)
de seus rendimentos líquidos.

Em vista do exposto, requer o deferimento da TUTELA DE URGÊNCIA,


para que seja o Autor exonerado da obrigação alimentar, para cessar os
pagamentos.

DOS PEDIDOS

Pelo exposto, a luz das razões acima esboçadas e dos documentos


juntados, requer a Vossa Excelência:

1 – a concessão do benefício da gratuidade de justiça, visto que o Autor é


pessoa necessitada pobre na acepção jurídica do termo, não tendo condições
de arcar com o pagamento das custas processuais e os honorários
advocatícios;

2 – seja deferida a TUTELA DE URGÊNCIA para que seja o Autor exonerado


da obrigação alimentar;

3 – seja o Autor exonerado da obrigação alimentar, para a cessar os


pagamentos, confirmando, assim, o pedido de tutela de urgência;

4 – a intimação do Ministério Público;

5 – A citação da Ré, para responder aos termos da presente, sob pena de


revelia e confissão quanto à matéria de fato, sendo ao final julgado procedente
o pedido de exoneração da obrigação alimentar, oficiando-se o Estado do Rio
de Janeiro, para cessar os descontos a título de pensão alimentícia;

Provará o alegado por todos os meios de prova admitidos em Direito,


especialmente: documental superveniente, testemunhal, pericial, e depoimento
pessoal do Réu.

Dá-se à causa o valor de R$ 6.000,00 (seis mil reais).

Nesses termos, pede deferimento.

Campos dos Goytacazes, 31 de março de 2020.

Alessandro Neves França

OAB/RJ XXXX

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