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Kesia dos santos, brasileira, solteira, cpf 713.312.475-00, representada por sua genitora e
curadora, josefina santos, solteira, portadora do RG 941.102 SSP/SE e CPF: 440.562.145-49,
ambas residente a rua oitenta e um, conjunto Eduardo Gomes, bairro Rosa Else na cidade
de Sao cristovao sergipe,por meio de sua advogada que esta subscreve (procuração em
anexo), vem, respeitosamente perante Vossa Excelência, propor
Em fase de carivaldo dos santos, brasileiro, solteiro, residente a Rua Antônio Alves Aragão,
nº 47, bairro jabutiana cep. 49095-030, na cidade de Aracaju no estado de sergipe
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A requerente não possui condições financeiras para arcar com as custas processuais e
honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Por tais razões,
pleiteiam-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo
5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 ( CPC), artigo 98 e seguintes.
II - DOS FATOS
Embora a autora tenha atingido a maior idade o acidente a deixou totalmente incapaz de
exercer quaisquer que seja atividade laborais que venha a prover seu sustento, conforme
mostra atestado por especialista no documento em anexo, e tendo o pedido junto ao INSS
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negado, conforme documento em anexo, sua situacao piorou.
Curatelada por sua genitora e ja idosa, vem passando por grandes dificuldades em manter
sua alimentacao, assim como o uso de fraldas, medicacoes continuos, produtos de higiene,
fisioterapias e translado e cuidados 24 horas com a filha, contas como agua, luz e debitos
que foram gerados durante a perduracao da enfermidade, conforme nota fiscais em anexo,
onde no momento de tanta aflicao a curadora veio a pegar emprestimos conforme
documento em anexo que, serviu apenas como um paliativo para que a filha ao menos
tivesse o que se alimentar e manter as medicacoes, ja que os mesmo chegou a faltar, tendo
prejuizos e regressao na patologia neurologica da filha.
A autora vem requerer o percentual de R$ -------, baseado em gastos e custos que vem
sendo acometidos, tal percentual nao causa quaisquer desfalque financeiro ao requerido e
se mostra compativel com o minimo a sobrevivencia da autora.
Assim sendo, torna-se imprescindivel o ajuizamento da presente acao como unico meio de
satisfazer as necessidades da autora, cujo o sofrimento, de grande monta, nao pode ser
agravados pela ausencia de condicoes financeiras suficiente ao minimo existencial.
III - DO DIREITO
Conforme dispõe o art. 1.694, do Código Civil, in verbis: "Podem os parentes, os cônjuges ou
companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo
compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua
educação".
Ainda, conforme o art. 1.695, do mesmo diploma legal: "São devidos os alimentos quando
quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria
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mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário
ao seu sustento".
Tendo em vista que a Requerente não tem condições financeiras, nem físicas que a
possibilitem exercer atividade laboral, não lhe resta outra alternativa, senão requerer
alimentos de seu pai, que possui condições de arcar com tais despesas.
(...) com relação ao direito de os filhos maiores pedirem alimentos aos pais, não é o pátrio
poder que o determina, mas a relação de parentesco, que predomina e acarreta a
responsabilidade alimentícia. Com relação aos filhos que atingem a maioridade, a ideia que
deve preponderar é que os alimentos cessam com ela. Entende-se, porém, que a pensão
poderá distender-se por mais algum tempo, até que o filho complete os estudos superiores
ou profissionalizantes, com idade razoável, e possa prover a própria subsistência. (Direito
Civil - Ed. Atlas: 2006 - p. 390).
Neste sentido,
Acórdão TJMG
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ADEQUAÇÃO AO TRINÔMIO REGULADOR DA MATERIA - MANUTENÇÃO DA SENTENÇA -
RECURSO DESPROVIDO.
-A maioridade do filho extingue o dever de sustento pelos pais, devendo o beneficiário dos
alimentos comprovar a partir de então, além da possibilidade do alimentante de suportar o
encargo da pensão alimentícia, a sua real necessidade, subsistindo o pensionamento, se
comprovado que o filho não tem condição de prover sua própria subsistência, como é o
caso dos autos.
- Ainda que a filha tenha atingido a maioridade, o fato de ser portadora de doença
incapacitante absoluta e irreversível conforme perícia médica, impõe-se a manutenção da
sentença que julgou improcedente o pleito de exoneração de alimentos e reduziu a verba
alimentar, adequando-a ao trinômio: possibilidade do alimentante, necessidade da
alimentanda e proporcionalidade da prestação alimentícia. (TJMG - Apelação Cível
1.0000.21.028951-8/001, Relator (a): Des.(a) Yeda Athias , 6ª CÂMARA CÍVEL, julgamento
em 10/08/2021, publicação da sumula em 16/ 08/ 2021)
Reforça, que referido desconto deverá ter como base de cálculo a base utilizada para
desconto previdenciário do Requerido, tendo em vista que se o requerido contrair dívidas
consignadas, não haverá afetação do desconto a título de alimentos à autora.
Os requisitos permissivos da medida liminar – fumus boni iuris e periculum in mora – estão
caracterizados pelos argumentos acima, havendo prova inequívoca e verossimilhança nas
alegações, tudo se legitimando aos documentos ora anexados.
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v - Do Pedido
a) deferimento Liminar dos Alimentos Provisórios, em decisão inaudita altera pars, pelo
caráter alimentar de referida verba, sendo necessário, para tanto, expedir ofício a fonte
pagadora do genitor, para que efetue os descontos dos alimentos
CPC/2015;
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas e cabíveis à
espécie, especialmente pelos documentos acostados.
Nestes termos,
Pede deferimento.
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[Local] [data]
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