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DOUTO JUÍZO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DE BARBALHA-

CE.

Processo nº 0006162-73.2019.8.06.0043

Requerente: DEBORA HELLOYSE SAMPAIO MONTEIRO menor,


devidamente representada por sua genitora PAULA KAMILLA DA SILVA
SAMPAIO

Requerido: DIEGO DE SOUZA MONTEIRO

DEBORA HELLOYSE SAMPAIO MONTEIRO menor, devidamente


representada por sua genitora PAULA KAMILLA DA SILVA SAMPAIO,
ambas, já qualificadas nos autos da AÇÃO REVISIONAL DE
ALIMENTOS (MINORAÇÃO), do processo em epígrafe, que lhe move
DIEGO DE SOUZA MONTEIRO, também já qualificado nos autos, vem, por
via de seu procurador que esta subscreve, não se conformando com a sentença
proferida às fls. 139-143, interpor o presente

RECURSO DE APELAÇÃO

Com base nos arts. 1.009 a 1.014, ambos do CPC/15, requerendo, na


oportunidade, que o recorrido seja intimado para, querendo, ofereça as
contrarrazões e, ato contínuo, sejam os autos, com as razões anexas, remetidos
ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará para os fins de mister.

Termos em que,
Pede o deferimento.
Barbalha-CE, 21/02/2024
TERESA LUÍSA SAMPAIO FERNANDES TÁVORA
OAB/CE 50.914
RAZÕES RECURSAIS

Apelante: DEBORA HELLOYSE SAMPAIO MONTEIRO menor,


devidamente representada por sua genitora PAULA KAMILLA DA SILVA
SAMPAIO

Apelado: DIEGO DE SOUZA MONTEIRO

Origem: Processo nº 0006162-73.2019.8.06.0043, 1º Vara Cível da


Comarca de Barbalha- Estado do Ceará

EGRÉGIO TRIBUNAL,

COLENDA CÃMARA.

Eméritos Desembargadores,

I – BREVE SÍNTESE DO PROCESSO

Em apertada síntese, trata-se de ação revisional de alimentos (minoração),


proposta em 25 de julho do ano de 2019, por Diego de Sousa Monteiro, onde o
mesmo pede a minoração da pensão alimentícia do valor de 26, 55% (vinte e seis
virgula cinquenta e cinco porcento), do salário mínimo, referente a R$ 246,97
reais (duzentos e quarenta e seis reais e noventa e sete centavos), para o
percentual de 15% (quinze porcento) do salário mínimo, o que equivale a 149, 70
(cento e quarenta e nove reais e setenta centavos).

Em sede de contestação, a requerida, ora apelada, não alegou nada e foi


decretada a revelia, contudo é válido ressaltara que a requerida estava sendo
acompanhada pela Defensoria Pública, que não apresentou sua defesa.

Realizada a audiência de instrução, foi realizada a colheita do depoimento


pessoal do promovido (página 118).
A parte promovente apresentou alegações finais (páginas 119-124). E o
Ministério Público requereu a expedição de ofícios ao INSS e Receita Federal,
para que apresentem informações acerca da possibilidade econômica do
promovente (páginas 137-138).

Sem êxito a tentativa de acordo, passou-se a instrução e, findos os debates orais,


o nobre magistrado prolatou a sentença, julgando parcialmente procedente os
pedidos formulados pelo requerente, sentenciando a pensão em 18% do salário
mínimo vigente.

No entanto, como será demonstrado a seguir, a sentença não merece mantida


pois, cumpre destacar que se trata de mãe solo, que acorda todos os dias cedo,
para cumprir com as obrigações diárias para com sua filha, já que o pai apenas
cumpre com o financeiro, além do fator de atrasar os pagamentos das parcelas
conforme a foto em anexo e de não atualizar o valor da pensão conforme o
salário mínimo vigente.
Ressalta-se, Excelência que a Requerida trabalha como Auxiliar de RH, que não
possui CTPS assinada, mas que tem como lucro mensal 1.412,00 reais (mil
quatrocentos e doze reais), ou seja 01 salário mínimo.
É de suma importância relembrar que apesar de a Requerida não ter outros
filhos, são inúmeros os gastos inerentes com a adolescente, visto que a mesma
estuda em escola particular (COLEGIO SANTO ANTÔNIO), que reside no sítio e
é gasto também o deslocamento com gasolina para ir deixar na escola e ir
buscar, assim como lanche escolar diariamente, vestimentas, necessidades
pessoais, medicamentos de uso esporádicos e demais necessidades que possam
eventualmente acontecer.
Outro fator importante de ressaltar é que a Requerida só não tem problemas
financeiros porque recebe ajuda de seus pais, visto que percebem a situação
vivenciada por ela e ajudam a custear as despesas da neta.
De fato, Excelência não se pode deixar de prestar auxílio a um filho em
detrimento de outro, contudo é visível a desvantagem vivenciada pela
adolescente Debora Helloyse, visto que não é procurada pelo pai, não tem
contato com seus familiares e não tem o convívio afetivo com o genitor, e além
de tudo isso ainda foi requerido que seja diminuída o valor de sua pensão
alimentícia, valor este que nem chega a suprir de fato com as necessidades da
adolescente, conforme os recibos anexados.

II – RAZÕES DA REFORMA (OU DA CASSAÇÃO)

A r. Sentença proferida pelo juiz a quo na AÇÃO REVISIONAL DE


ALIMENTOS (MINORAÇÃO), proposta pelo apelado em face da apelante,
julgando o seu pedido parcialmente procedente, deve ser modificada in totum,
uma vez que a importância reivindicada na inicial se traduz em um direito à
prestação de alimentos, e é recíproco entre pais e filhos, além de extensivo a
todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns
em falta de outros, conforme 1.696 do diploma Civil.

III – REQUERIMENTO
Seja totalmente PROVIDO para anular a sentença recorrida, com o consequente
retorno dos autos ao juízo a quo para que haja uma nova audiência, com
apresentação de novas provas, por ser da mais lídima justiça.

Termos em que,
Pede deferimento.

Barbalha-CE, 21/02/2024.

TERESA LUÍSA SAMPAIO FERNANDES TÁVORA


OAB/CE 50.914

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