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EXCELENTÍSSIMO (A)

SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO


DA VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES DO FORO
REGIONAL DO JABAGUARA – COMARCA DE
SÃO PAULO – ESTADO DE SÃO PAULO

LUIS HELDER ALVES


ALBUQUERQUE brasileiro, união estável, portador da (a)
Cédula de Identidade nº 39.586765/ SP e inscrito no (a)
CPF sob o nº 111.432.378.03, residente e domiciliado na
rua Rafael Ficando, n° 480 BCC2, Bairro Vila Brasília, Cep:
04163.050, Cidade São Paulo - SP, por sua procuradora
que esta subscreve (procuração anexa), vem, mui
respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com
fulcro no artigo 24, da Lei nº 5.478/68, propor a presente
Em prol de BRIAN
NASCIMENTO ALBUQUEEQUE, brasileiro, menor
impúbere representado (a) por seu/sua genitor (a),
VANESSA ENVAGELISTA NASCIMENTO, brasileira,
união estável, profissão xxx, portador (a) da Cédula de
Identidade nº XXX e inscrito (a) no CPF/ sob o nº XXX,
ambos (as) residentes e domiciliados (as) à (endereço da
parte alimentada), pelos motivos de fato e de direito a
seguir delineados.

DOS FATOS

Conforme faz prova a certidão de


nascimento em anexo, o Requerente é filho legítimo do
Requerido. Ocorre que, desde a separação dos genitores, o
menor, que está aos cuidados de (nome da represente
legal), não vem recebendo o devido auxílio de seu pai.

Atualmente, (descrever os detalhes


como: emprego da mãe, gastos que a mãe tem com o menor –
escola, roupas, alimentos).
Por isso, sendo notório que a
criança deve ter auxílio de ambos os pais em sua criação, as
responsabilidades devem ser divididas. No caso, cumpre
mencionar que o Requerido está empregado, laborando como
AJUDANTE DE PEDREIRO.

Diante dos fatos aqui expostos,


exsurgiu a necessidade de se ingressar com a presente Ação de
Alimentos para fixação do valor da pensão alimentícia, haja vista
a situação financeira da mãe e a necessidade de se
compartilhar as responsabilidades quanto a criação do filho.

1. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIO E DO PEDIDO DE


CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA
GRATUITA.

Como de notório conhecimento


deste MM. Juízo a lei de alimentos permite a fixação
desses no ato do despacho inaugural do Magistrado
condutor do feito, sendo importante destacar que o (a)
demandante/alimentante vem desembolsando
mensalmente elevada quantia para sua realidade para com
o (a) credor (a), conforme se extrai dos documentos anexos
à presente petição inicial.

A importância desembolsada
mensalmente pelo (a) demandante/alimentante encontra-se
fixada na exigência do (a) genitor (a) do (a) menor pelo
recebimento de produtos que somem R$ 360,00 (quantia)
para despesas ordinárias (custos arcados diretamente pelo
(a) alimentante/demandante como, por exemplo, remédios,
alimentação, vestuário etc.

Evidentemente que o (a)


demandante/alimentante deseja o melhor para seu/sua filho
(a), no entanto encontra-se com dificuldades de sustentar a
criança e suas obrigações pessoais, vindo a contar com a
ajuda dos avós paternos/maternos do (a) alimentado (a)
para que possa arcar com todos os seus débitos mensais.
Note, Nobre Magistrado, que o valor de R$ 500,00
(somatório das despesas da criança) diz respeito a 30% do
salário líquido do (a) alimentante.

Neste sentido, o (a)


demandante/alimentante requer liminarmente que sejam
fixados a título de alimentos provisórios a relativo a 30%
(porcentagem desejada do salário efetivamente recebido)
do seu salário fixo, isto, é R$ 360,00 (quantia relativa ao
percentual, por costume se arbitra entre 20% a 30%, mas
varia de caso para caso), caracterizando-se como uma
medida salutar e que visa o bem-estar das partes, devendo
o (a) representante do (a) menor informar conta bancária
para o depósito mensal da referida quantia, sendo tal valor
descontado em folha de pagamento da empresa na qual o
(a) demandante/alimentante exerce atividade profissional.

Ademais, Nobre Julgador, extrai-


se da situação supra a completa inviabilidade do (a)
demandante/alimentante arcar com os custos do
presente processo, razão pela qual requer a concessão
dos benefícios da gratuidade da justiça nos termos dos
artigos 98 e 99 do Código de Processo Civil de 2015.

2. DA SÍNTESE DOS FATOS E DO DIREITO DO (A)


ALIMENTANTE.
Persegue o (a)
demandante/alimentante com a presente ação fixar uma
obrigação mensal para auxílio na criação de sua filha, para
tanto, o (a) mesmo (a) tenta há meses entrar em um
consenso com o (a) genitor (a) da criança de uma quantia
justa e adequada, no entanto não vem logrando êxito, não
restando outra opção senão o ingresso em Juízo para tal
resolução.

Excelência, o (a)
demandante/alimentante manteve relacionamento afetivo
com o (a) Sr (a). VANESSA ENVAGELISTA DO
NASCIMENTO, sendo concebida desta relação o (a) menor
BRYAN NASCIMENTO ALBUQUERQUE, nascido (a) em
23/11/2012, sendo devidamente registrado (a) por seus
genitores, conforme se extrai da certidão de nascimento
anexa.

Com o fito de auxiliar na


manutenção da saúde, educação e subsistência do (a)
alimentado (a), e a título de pensão alimentícia, o (a)
alimentante/demandante tem contribuindo desde o
rompimento do relacionamento com o somatório mensal de
R$ 500,00 (quantia), relativo (alimentação, remédios,
matérias escolares etc... e os custos que não foram
calculados).
Ocorre que o (a)
demandante/alimentante vem contando com a ajuda de
seus genitores, avós paternos/maternos do (a) alimentado.

ALIMENTAÇAO

ESCOLA

LAZER

ROUPAS

ALUGUEL

ÁGUA E ENERGIA
REFORÇO ESCOLAR

Extrai-se da planilha acima que


o (a) demandante/alimentante possui um gasto fixo mensal
de R$ 600,00 (quantia), ou seja, subtraindo do salário
efetivamente recebido pela parte autora resta um subsídio
de R$ XXX (diferença dos gastos com o salário recebido).

Sendo assim, Excelência, o


auxílio prestado hoje (R$ 0,00) encontra-se desassociado
do binômio necessidade/possibilidade uma vez que trata-se
de uma criança de apenas XX anos no qual o custo com
plano de saúde/escola é compreensível, no entanto não se
faz prudente que o (a) demandante/alimentante arque
mensalmente com a quantia de R$ 360,00 a título de
despesas ordinárias, razão pela qual busca guarida neste
MM. Juízo para a fixação de uma obrigação que seja
condizente com sua possibilidade e necessidade da criança.

Como bom/boa pai/mãe, está


mantendo o auxílio para a subsistência de seu/sua filho (a)
embora o (a) genitor (a) também possua condições de
arcar com os custos da criança, vindo a exigir o
desembolso de altíssima quantia para a manutenção do (a)
menor quando observado o salário líquido do (a)
demandante/alimentante, existindo nítido acinte ao binômio
da necessidade/possibilidade.

Constitui dever de ambos os


pais o provimento de alimentos aos filhos, no entanto não
pode o (a) demandante/alimentante se encontrar na
situação atual, sob pena de que em algum momento não
venha a ter condições de arcar com suas próprias
despesas, haja vista o desequilíbrio do binômio
supramencionado.

Neste sentido, veja-se a


posição do TJSC e TJRS acerca da obrigação mútua dos
pais de sustento da prole: (recomendo a pesquisa por
jurisprudência do seu estado)

APELAÇÃO CÍVEL. [...] FILHOS MENORES DO CASAL


RESIDENTES NO IMÓVEL. DEVER DE PROPORCIONAR
MORADIA À PROLE QUE RECAI SOBRE AMBOS OS
GENITORES. AUTORA QUE NÃO CONTRIBUI PARA A
MANTENÇA DOS FILHOS. IMPOSSIBILIDADE DE
ARBITRAMENTO DE ALUGUERES EM SEU FAVOR.
DECISÃO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO.
Em que pese a possibilidade de obrigar-se o condômino a
indenizar proporcionalmente o coproprietário pelo uso
exclusivo de imóvel em condomínio, o caso concreto
guarda a particularidade de o coproprietário (e ex-
companheiro da Demandante) ter abrigado no bem os
filhos menores do casal durante o período em que lá residiu,
bem como suportado sozinho as despesas advindas do
sustento da prole. Nessa toada, o acolhimento da
pretensão da Autora implicaria impor, exclusivamente,
ao Réu, dever que recai a ambos os pais, pois estaria
ele arcando sozinho com as despesas de moradia e
sustento dos filhos, o que não se admite.
[...]
(TJSC, Apelação Cível n. XXXXX-65.2012.8.24.0159, de
Armazém, rel. Des. Joel Figueira Júnior, j. 06-07-2017)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. [...] DEVER DE
SUSTENTO DA PROLE QUE DEVE SER SUPORTADO
POR AMBOS OS PAIS. OBSERVÂNCIA DO BINÔMIO
NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. VERBA ALIMENTAR
MANTIDA NO PATAMAR ORIGINALMENTE FIXADO.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.
A fixação dos alimentos, ainda que provisórios, implica
observância do critério previsto no artigo 1.694 do Código
Civil, que determina a proporcionalidade entre as
necessidades de quem reclama a verba alimentar e as
possibilidades de quem os supre.
[...]
Destarte, considerando-se que a responsabilidade pela
manutenção e assistência da prole é dever de ambos
os pais [...]
(TJSC, Agravo de Instrumento n. XXXXX-
32.2016.8.24.0000, de Brusque, rel. Des. Joel Figueira
Júnior, j. 06-04-2017).
Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. ALIMENTOS AVOENGOS.
NATUREZA SUBSIDIÁRIA E COMPLEMENTAR. DEVER
DE SOLIDARIEDADE. ART. 1.696 DO CÓDIGO CIVIL.
CONCLUSÃO Nº 44 DO CENTRO DE ESTUDOS DESTA
CORTE.
1. A obrigação alimentar dos avós é de caráter subsidiário
e complementar, só podendo ser afirmada quando
comprovado que ambos os genitores não têm condições de
prover o sustento da prole.
2. No caso, está demonstrado que o pai exerce
atividade remunerada, possuindo condições de prestar
auxílio financeiro aos alimentados, e que a genitora,
que trabalha, também tem capacidade para contribuir
ao sustento dos filhos, como coobrigada de mesmo
grau.
3. Ausência de justificativa à afirmação da obrigação
avoenga, que tem natureza subsidiária e complementar.
Manutenção da sentença.
APELAÇÃO DESPROVIDA.
(Apelação Cível Nº 70070895883, Oitava Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Ricardo Moreira Lins
Pastl, Julgado em 24/11/2016, Publicação: Diário da
Justiça do dia 29/11/2016)

Assim, o artigo 24 da Lei 5.478/68 permite a proposição da


referida ação para oferecimento de alimentos, in verbis:

Lei 5.478/68
Art. 24. A parte responsável pelo sustento da família, e que
deixar a residência comum por motivo, que não necessitará
declarar, poderá tomar a iniciativa de comunicar ao juízo os
rendimentos de que dispõe e de pedir a citação do credor,
para comparecer à audiência de conciliação e julgamento
destinada à fixação dos alimentos a que está obrigado.

Para tanto, informa o (a)


demandante/alimentante que pretende colaborar com 30%
do seu salário, haja vista que atualmente exerce a função
de Ajudante de pedreiro na empresa XXX, inscrita no
CNPJ/MF sob o nº XXX, percebendo remuneração mensal
bruta de R$ 1.200, cuja parte líquida perfaz a monta de
R$ 1.100, consoante se extrai do contracheque ora
anexado.

Portanto, o (a)
demandante/alimentante requer a fixação de pensão
alimentícia no percentual de 30% do seu salário bruto, isto
é, o valor atual de R$ 1.200, tendo em vista o binômio da
necessidade/possibilidade e a obrigação mútua dos pais
em garantir o sustento da sua prole.

4. DOS PEDIDOS.

Diante do exposto, requer o (a) demandante/alimentante:

a) A concessão dos benefícios da


justiça gratuita nos termos dos arts. 98 e 99 do CPC/15,
haja vista a demonstração da parte autora da condição de
pobreza na forma da lei;

b) A fixação, mediante liminar, de


alimentos provisórios mensais no percentual de 30%
do salário bruto do (a) autor (a), sendo determinado
que o (a) genitor (a) do (a) alimentado (a) forneça conta
bancária para a efetuação do depósito mensal de tal
quantia;

c) Sejam todos os pagamentos


recolhidos mediante desconto em folha de pagamento, com
a consequente expedição de ofício ao setor de Recursos
Humanos da empresa XXX, situada à (endereço),
constando a advertência de que eventual
descumprimento configurará crime, tipificado no artigo
22 da Lei nº 5.478/68;

d) A citação do (a) alimentado (a) na


pessoa de sua representante legal supra indicada, para
que compareça em audiência de conciliação, instrução e
julgamento, a ser designada por Vossa Excelência,
contestando o feito, se desejar, ou aceitando a oferta de
alimentos definitivos aqui esposada, sendo descontado do
(a) autor (a) o percentual de 30% do seu salário bruto, isto
é, atualmente R$ 360,00.
e) A intimação de representante do
Ministério Público para acompanhamento do feito,
conforme preconiza o artigo 9º, da Lei nº 5.478/68 C/C
artigo 178, inciso II, do CPC/15;

f) O pagamento de honorários
advocatícios de sucumbência pela demandada no
percentual de 30% (vinte por cento) sobre o valor de uma
anuidade da pensão estipulada por esse MM. Juízo e a
condenação da mesma ao pagamento das despesas
oriundas do presente processo;

g) Por fim, que sejam todas as


intimações realizadas em nome do (a) representante legal
(nome do (a) advogado (a)), inscrito na OAB/UF sob o nº
XX, sob pena de nulidade nos termos do Código de
Processo Civil de 2015.

Protesta provar o alegado por todos os


meios em direito admitidos, em especial pela prova
documental e oitiva da genitora e testemunhas indicadas
ao final deste petitório.

Atribui-se à causa o valor de R$ 2.000


(quantia, a soma de doze prestações mensais requeridas),
nos termos do art. 292, inc. III, do Código de Processo Civil
de 2015.
Nesses termos,

Pede deferimento.

Cidade/UF, XX de XXXX de 20XX.

Advogado xxxx

OAB/UF XXX

Rol de documentos:

Doc. 01 - Procuração;

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