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AO JUÍZO xxª VARA DE FAMÍLIA, ÓRFÃOS E SUCESSÕES DE xxxxxx/xx

REF. Proc. nº xxxxxxxxxxxxxx (Ação de Alimentos)


xxxxxxxx, brasileiro, uniã o está vel, autô nomo, RG Nº xxxxx, CPF Nº xxxxxx, residente e
domiciliado xxxxxx, vem, por seu advogado que esta subscreve (procuraçã o anexa),
respeitosamente à presença de Vossa Excelência propor a presente
AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS C/C PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA
em desfavor de xxxxx, menor impú bere, representada pela genitora xxxxx, brasileira,
estado civil desconhecido, RG Nº xxxxx, CPF Nº xxxxxx, residente e domiciliado xxxxxx,
pelos motivos de fato e direito a seguir expostos.
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
O requerente requisita os benefícios da Justiça Gratuita por estar desempregado, como
demonstrado em CTPS juntada em anexo, nã o possuindo quantia suficiente a fim de
encarregar-se das taxas, emolumentos, depó sitos judiciais, custas, honorá rios ou demais
valores a serem cobrados dessa natureza sem prejuízo de sua pró pria subsistência e/ou de
sua família, em conformidade com a Lei nº 1.060/50, acrescida das alteraçõ es estabelecidas
pela Lei nº 7.115/83, estando em concordâ ncia com o artigo 5º, inciso LXXIV, da
Constituiçã o Federal de 1988, concomitantemente com o artigo 98 e 99, do Có digo de
Processo Civil.
DOS FATOS
Do acordo na ação alimentos
A alimentada, representada por sua genitora, promoveu perante esse d. juízo açã o de
alimentos com regulamentaçã o de guarda, processo n. xxxxxxxx.
Na ocasiã o da audiência de conciliaçã o, foi ajustado que o autor-alimentante pagaria à filha-
alimentada pensã o alimentícia mensal no valor correspondente a xxxx% do salá rio mínimo
vigente, na época equivalente a R$ xxxx (xxx reais).
Tal acordo foi homologado por sentença, conforme termo em anexo.
Da modificação da situação financeira do alimentante
O autor assumiu em 2018 o pagamento do valor da pensã o alimentícia de xx% do salá rio
mínimo vigente, visto que naquela época tinha um rendimento mensal está vel.
Contudo, houve total alteraçã o da situaçã o financeira do Autor, prejudicada pela pandemia
do COVID-19, uma vez que é autô nomo e trabalha com fabricaçã o de estofados (fotos em
anexo) junto com sua atual companheira, onde tem mês que trabalha, e mês que nã o tem
labor.
Em funçã o disso, atualmente o autor nã o pode honrar mais do que 20% do salá rio mínimo
sem prejuízo pró prio e de sua família, visto que vive numa casa modesta, alugada
(comprovantes em anexo), e com uma situaçã o financeira instá vel, além disso, se encontra
com problemas de saú de, aumentando seus gastos com médicos e medicamentos.
Salienta-se que o autor contraiu novo relacionamento com a Sra. xxxxxx em 2018, com a
qual espera um filho para nascer (laudo médico em anexo), restando notó rio ser impossível
criar 02 filhos com seu atual rendimento.
Assim, para que fique melhor especificado, vejamos a tabela a seguir:
Pensão alimentícia da filha xxx
R$xxx,00
Aluguel da casa
R$xxx,00
Alimentação (média mensal)
R$xxx,00
Combustível (média mensal)
R$xxx,00
Despesas médicas
R$xxx,90
VALOR TOTAL:
R$xxx,00
Dessa forma, resta comprovado que o Autor/Alimentante encontra-se impossibilitado de
prover a manutençã o da pensã o alimentícia nos termos acordados com a Requerida
anteriormente.
Conforme se demonstra por comprovantes de transferência (anexo), o autor nunca se
negou e jamais se negará a pagar pensã o alimentícia a sua filha, entretanto, quer realizar o
pagamento dentro da sua condiçã o financeira de trabalhador autô nomo que recebe um
salá rio mínimo diante tamanha a precarizaçã o de seu labor em plena pandemia do COVID-
19.
Desta forma, nã o há possibilidade de manutençã o da pensã o nos moldes acordados, razã o
pela qual necessá ria a revisã o do percentual de alimentos.
DO DIREITO
Da impossibilidade da manutenção da pensão alimentícia
Inicialmente, importante mencionar que a Constituiçã o Federal de 1988, em seu artigo 227
dispõ e:
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e
opressão.
Necessá rio destacar ainda que o Autor também possui obrigaçã o junto a outro dependente
(laudo médico anexo), o que inviabiliza a manutençã o da prestaçã o alimentar da forma
como está .
Dessa forma, para se permitir a manutençã o da subsistência do Autor/Alimentante e dos
demais dependentes, necessá ria que haja a adequaçã o da prestaçã o alimentar à Requerida.
A respeito da possibilidade de reduçã o do encargo imposto ao Alimentante, o Art. 1.699 do
Có digo Civil estabelece o seguinte:
Art. 1699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de
quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz,
conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.
Desta feita, há de se considerar que houve uma clara mudança na situaçã o financeira do
Autor, uma vez que este tem que arcar com as despesas de pré-natal e com os gastos
decorrentes de alimentaçã o e aluguel do imó vel que reside, conforme documentaçã o anexa.
Nesse sentido, os Egrégios Tribunais pacificamente têm entendido o seguinte:
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS.
REDUÇÃO. ÔNUS DA PROVA DO ALIMENTANTE. REDUÇÃO DA CAPACIDADE
COMPROVADA. ADEQUAÇÃO DO QUANTUM. CABIMENTO. Conforme dispõe o artigo
1.699 do Código Civil, a revisão de alimentos pode ser postulada sempre que houver
alteração na situação financeira do alimentante ou do alimentando. Tratando-se de
ações que visem à redução ou exoneração do valor de alimentos, o ônus da prova de
incapacidade de prestação é de quem alega, sobretudo, quando subsiste a
necessidade do alimentando. O alimentante comprovou um agravamento
significativo na sua fonte de renda, cabível, assim, a adequação do quantum
alimentar à situação atual. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO APELO. UNÂNIME.
(Apelação Cível Nº 70069971927, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Alexandre Kreutz, Julgado em 13/07/2017) (TJ-RS - AC: 70069971927 RS,
Relator: Alexandre Kreutz, Data de Julgamento: 13/07/2017, Oitava Câmara Cível,
Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 19/07/2017)
Logo, nos termos do disposto nas normas supramencionadas, corroborando com a prova
carreada aos autos, resta demonstrada a impossibilidade do Autor em manter o atual
percentual da prestaçã o alimentícia, devendo ser ela revisada.
Do Trinômio Necessidade/Possibilidade/Proporcionalidade
O Có digo Civil em seu art. 1.703 estatui o seguinte sobre a prestaçã o dos alimentos:
Art. 1.703. Para a manutenção dos filhos, os cônjuges separados judicialmente
contribuirão na proporção de seus recursos.
Nos termos do artigo acima transcrito, tem-se que os companheiros separados contribuirã o
para a manutençã o dos filhos na proporçã o de seus recursos.
Consoante já destacado, bem como demonstram os documentos comprobató rios anexados,
resta comprovado que a atual prestaçã o de alimentos concedidos à Alimentada nã o é
proporcional aos recursos do Alimentante, em razã o da significativa alteraçã o em sua
situaçã o financeira, considerando ter constituído novo relacionamento, bem como tendo
em vista a iminência do nascimento do filho havido na constâ ncia do relacionamento, e as
despesas realizadas tanto com o tratamento pré-natal quanto com as despesas médicas
pessoais.
Eis o entendimento jurisprudencial acerca da proporcionalidade da prestaçã o:
APELAÇÃO. REVISIONAL DE ALIMENTOS. NOVO FILHO DO ALIMENTANTE. REDUÇÃO
DO ENCARGO. O pai/alimentante que tem novo filho, fruto do seu atual
relacionamento, não pode seguir pagando valor equivalente a mais de 30% dos seus
rendimentos, mas apenas a título de alimentos para o filho anterior. Lições
doutrinárias. Precedentes jurisprudenciais deste TJRS e do STJ. Hipótese de redução
do encargo, inclusive alterando indexação para percentual sobre rendimentos, para
fixação em 20% sobre os rendimentos do alimentante. DERAM PARCIAL
PROVIMENTO. (TJ-RS - AC: 70062807862 RS, Relator: José Pedro de Oliveira Eckert,
Data de Julgamento: 12/02/2015, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação:
23/02/2015) (grifo nosso)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. REVISÃO DE ALIMENTOS. TUTELA DE URGÊNCIA. NOVOS
FILHOS DO ALIMENTANTE. O deferimento de pedido de antecipação de tutela em
ação revisional de alimentos depende de prova inequívoca da alteração no equilíbrio
do binômio necessidade-possibilidade desde a data em que foi fixada a verba, nos
termos do art. 1.699 do CCB c/c art. 300 do CPC. Comprovada inequivocamente a
alteração da capacidade financeira do alimentante, em face do nascimento de outros
quatro filhos após a fixação do encargo alimentar, impõe-se sua redução, não
obstante o aumento da necessidade do beneficiário, pelo incremento etário. DERAM
PROVIMENTO. UNÂNIME. (Agravo de Instrumento Nº 70079161691, Oitava Câmara
Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Julgado em
22/11/2018). (TJ-RS - AI: 70079161691 RS, Relator: Luiz Felipe Brasil Santos, Data
de Julgamento: 22/11/2018, Oitava Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da
Justiça do dia 27/11/2018) (grifo nosso)
AGRAVO DE INSTRUMENTO. REVISIONAL DE ALIMENTOS. NASCIMENTO DE NOVO
FILHO DO ALIMENTANTE. REDUÇÃO NO QUANTUM. ADEQUAÇÃO. Nos casos em que o
alimentante não é pessoa de largas possibilidades, o nascimento de novo filho dele,
por si só, dá verossimilhança à alegação de redução nas possibilidades. Precedentes
jurisprudenciais. NEGADO SEGUIMENTO. EM MONOCRÁTICA. (TJ-RS - AI:
70024873648 RS, Relator: Rui Portanova, Data de Julgamento: 17/06/2008, Oitava
Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 30/06/2008) (grifo nosso)
Assim, atendendo ao Trinô mio Necessidade/Possibilidade/Proporcionalidade, percebe-se
facilmente, que a alteraçã o na condiçã o financeira do Requerente autoriza a revisã o de
alimentos ora pleiteada.
Veja-se o entendimento dos Tribunais Pá trios a respeito desse assunto:
APELAÇÃO CÍVEL. ALIMENTOS. BINÔMIO NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. PRINCÍPIO
DA ISONOMIA ENTRE OS FILHOS E DA PROPORCIONALIDADE. READEQUAÇÃO DA
OBRIGAÇÃO. 1. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada, visando à satisfação das necessidades
básicas dos filhos sem onerar, excessivamente, os genitores. (...) 3. Demonstrando o
demandado que possui outros filhos, pertinente a readequação do encargo
alimentar, em atenção aos princípios da isonomia entre os filhos e da
proporcionalidade. Recurso parcialmente provido. (TJRS. Apelação Cível n.
70073981680, Sétima Câmara Cível. Relator Sandra Brisolara Medeiros., Julgado em
30/08/2017). (grifo nosso)
Percebe-se das ementas acima transcritas que deve haver readequaçã o do percentual
fixado a título de alimentos quando o alimentante possui outros filhos e ainda quando há
reduçã o da capacidade financeira do alimentante.
Eis exatamente a situaçã o dos autos. O Autor/Alimentante encontra-se impossibilitado de
manter o percentual da atual prestaçã o alimentícia, razã o pela qual deve ser esta prestada
na proporçã o dos ganhos mensais do Alimentante.
Desta forma, é clarividente a aplicaçã o do Trinô mio
Necessidade/Possibilidade/Proporcionalidade no presente caso concreto.
Da legalidade da redução da pensão alimentícia
Acerca da possibilidade de se modificar a pensã o fixada, diante da alteraçã o do Trinô mio
necessidade-possibilidade-proporcionalidade, veja-se as disposiçõ es contidas nos Artigos
13 e 15 da Lei nº 5.478, de 25 de julho de 1968 (Lei de Alimentos):
Art. 13. O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações ordinárias
de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em
pedidos de alimentos e respectivas execuções.
§ 1º Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer
tempo, se houver modificação na situação financeira das partes, mas o pedido será
sempre processado em apartado. (...)
Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a qualquer
tempo ser revista, em face da modificação da situação financeira dos interessados.
A lei permite a revisã o dos alimentos a qualquer tempo, uma vez que a sentença que
determina a prestaçã o dos alimentos nã o transita em julgado.
Corroborando esse entendimento, o artigo 505 do Có digo de Processo Civil vigente assim
dispõ e:
Art. 505. Nenhum juiz decidirá novamente as questões já decididas relativas à
mesma lide, salvo:
I - se, tratando-se de relação jurídica de trato continuado, sobreveio modificação no
estado de fato ou de direito, caso em que poderá a parte pedir a revisão do que foi
estatuído na sentença;
As provas carreadas a presente petiçã o, bem como a realidade fá tica aqui exposta,
evidenciam que o promovente nã o pode suportar por mais tempo a permanência da pensã o
alimentícia em tela sem colocar em risco a pró pria sobrevivência, posto que a obrigaçã o
alimentar imposta na açã o que tramitou sob o n. xxx, tornou-se excessiva, nã o mais
podendo permanecer considerando que a realidade dos termos do pacto anteriormente
firmado foi totalmente alterada.
Assim, legal e imperiosa é procedência da presente açã o revisional, eis que o
Autor/Alimentante teve significativa alteraçã o em sua situaçã o financeira, nã o tendo
condiçõ es de manter o atual percentual referente à prestaçã o alimentícia, sem que isso
prejudique sua subsistência e a dos demais filhos.
DA LIMINAR
A antecipaçã o da tutela de urgência é o meio processual adequado para adiantar o mérito
da açã o quando estã o presentes os requisitos legais: a existência de prova inequívoca que
demonstre a verossimilhança da alegação e o fundado receio de dano irreparável ou
de difícil reparação.
Assim estabelece o art. 300 do Có digo de Processo Civil:
“Art. 300: A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que
evidenciem a probabilidade do direito e o perigo do dano ou risco ao resultado útil
do processo (...)
§ 2º A tutela de Urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação
prévia.”
A verossimilhança da alegação, relativa à questã o posta em juízo é evidente, dadas as
circunstâ ncias narradas e comprovadas por farta documentaçã o. As regras legais, a
doutrina e a jurisprudência citadas sã o pacíficas em torno de uma soluçã o final favorá vel ao
Autor.
O periculum in mora é evidentemente caracterizado, já que o Alimentante se encontra
num contexto de problemas financeiros, conforme o que já fora relatado anteriormente.
Eventual demora no provimento jurisdicional causará ao Autor/Alimentante e aos demais
dependentes seus deficiência na pró pria subsistência.
Tendo em vista que a verba tratada tem natureza alimentar torna-se premente preservá -la
de medidas arbitrá rias, que desabonam os dispositivos legais aplicá veis.
Tal urgência se justifica também pelo fato de nã o ser possível, em prestaçõ es desta
natureza, a reparaçã o tardia, eis que os prejuízos ocorrem de maneira irrecuperá vel, já que
sã o experimentados mês a mês.
Assim, é fundamental a concessã o de TUTELA PROVISÓ RIA DE URGÊ NCIA ANTECIPADA
deferindo-se a MINORAÇÃ O PROVISÓ RIA dos alimentos anteriormente fixados para o
percentual de 20% (vinte por cento) sobre o salá rio mínimo vigente até o curso final da
açã o.
DO PEDIDO
Pelo exposto, requer:
1. A concessão da Tutela de Urgência Antecipada, para que, desde logo, seja reduzido,
provisoriamente, o percentual da pensã o alimentícia para 20%, sobre o valor do salá rio
mínimo vigente;
2. A citação da Requerida para, querendo, contestar a presente açã o, sob pena de serem
reputados como verdadeiros os fatos ora alegados, consoante determinaçã o do art. 319 do
có digo de Processo Civil.
3. No mérito, requer que seja ratificada a liminar concedida, para fins de julgar totalmente
procedente a açã o para reduzir o encargo alimentar para 20% (vinte por cento) sobre o
valor do salá rio mínimo vigente;
4. O deferimento da gratuidade judiciária integral para todos os atos processuais (cf. art.
98 caput e § 1º, § 5º do CPC/).
Protesta provar o alegado por todas as provas em direito admitidas, em especial o
depoimento pessoal das partes e os documentos juntados, sem exceçã o de quaisquer
outras que venham a ser produzidas até a instruçã o do processo.
Atribui à causa o valor de R$xxx (12 vezes o valor dos alimentos).
Termos em que,
Pede deferimento.
xxx/xx, xx de xxx de 20xx.
ADVOGADO/OAB

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