Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
I – DAS PRELIMINARES
A) DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
O Requerente não possui condições de arcar com as custas e despesas processuais sem
prejuízo próprio ou de sua família, conforme a declaração de hipossuficiência anexa, com
fundamento no art. 5º, LXXIV da Constituição Federal e art. 98 e seguintes do Código de Processo
Civil. Assim, faz jus à gratuidade da justiça.
II – DOS FATOS
III – DO DIREITO
O Código Civil garante aos parentes a pretensão de alimentos necessários à sua subsistência,
devendo estes serem fixados observando o binômio necessidade x possibilidade (art. 1694, § 1º,
CC).
Mais recentemente, a doutrina também entendeu haver mais um elemento a ser considerado
na fixação dos alimentos: a proporcionalidade.
Além disso, a capacidade de fornecer os alimentos também é considerada pelo art. 1.695 do
Código Civil:
“Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de
quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque no necessário ao seu
sustento.”
Não à toa, a própria Lei de Alimentos traz a possibilidade de revisão da decisão judicial em
caso de modificação na situação financeira dos envolvidos:
“Art. 15. A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado e pode a
qualquer tempo ser revista, em face da modificação da situação financeira dos
interessados.”
Isto posto, é imperativo reconhecer que a manutenção do atual valor da pensão alimentícia,
sem considerar as mudanças substanciais em sua situação financeira e nos gastos fixos, resultaria em
um desequilíbrio financeiro insustentável para os alimentandos, prejudicando seu próprio sustento
e o acesso a bens e direitos essenciais à sua dignidade.
Reitera-se que não está buscando se eximir de sua obrigação, mas tornou-se inviável cumpri-
la nos termos acordados. Como considera a balizada doutrina:
“A lei não quer o perecimento do alimentado, mas também não deseja o sacrifício
do alimentante”. (Washington de Barros Monteiro, Curso de Direito Civil, Direito
de Família, p. 293).
Deste modo, para continuar honrando seus compromissos para com os alimentandos, mas
possibilitando seu mínimo existencial, faz-se necessária a revisão proposta.
c) Do valor proposto
Apesar das sérias dificuldades financeiras, o requerente não pretende deixar de prestar o
auxílio material necessário ao sustento dos alimentandos.
Dessa forma, propõe a revisão do valor devido a título de alimentos para R$500,00, o que
corresponde a um valor médio de R$250,00 para cada um dos alimentandos, ou seja, 35% (trinta e
cinco por cento) do salário mínimo nacional no total, valor este que julga capaz de suprir tanto as
necessidades dos alimentandos, quanto às suas capacidades financeiras.
IV – DA TUTELA DE URGÊNCIA
Diante de todo o exposto, faz-se necessária a tutela de urgência para reduzir, de imediato, o
valor dos alimentos fixados para o valor proposto de R R$500,00, o que corresponde a um valor
médio de R$250,00 para cada um dos alimentandos, ou seja, 35% (trinta e cinco por cento) do salário
mínimo nacional no total
Nos termos do art. 300 do Código de Processo Civil, a tutela de urgência deve ser concedida
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano.
V – DOS PEDIDOS
Thaísa Melo
OAB/RJ 153.313