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Ao Douto Juízo da Vara de Família, Órfãos, Sucessões, Interditos e Ausentes

da Comarca de Vitória Da Conquista-Bahia.

PROCESSO Nº 8000621-91.2023.8.05.0274

PATRÍCIA , brasileira, autônoma, convivente em União


Estável, nascida em xxxxx, filha de xxxxxxxxx inscrita no CPF nº xxxxxxx e
RG nº xxxxxxxxxx residente e domiciliada na xxxxxxxxxxx (ambos com
WhatsApp), endereço eletrônico: xxxxxxxxxx vem, respeitosamente, por
intermédio de seu procurador que ao final assina, com fulcro no artigo 335 do
Código de Processo Civil apresentar sua CONTESTAÇÃO em face da AÇÃO
DE DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL C/C GUARDA, CONVIVÊNCIA E
ALIMENTOS COM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA proposta por JAQUELINE
CARDOSO DOS SANTOS e YASMIM DE BARROS CARDOSO, já qualificadas
nos autos em epígrafe, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:

I- PRELIMINARES

a) DA TEMPESTIVIDADE DA CONTESTAÇÃO

Tem-se que a audiência de conciliação realizou-se


em 17 de agosto de 2023, considerando os termos do art. 335, I do CPC, o
termo inicial do prazo da contestação se dá na data posterior da audiência
de conciliação. E considerando que a contagem dos prazos, nos termos do
art. 219 do CPC, ocorrerá somente nos dias úteis, tem-se plenamente
tempestiva a presente contestação.
b) DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Inicialmente, por ser a demandada, pessoa carente


na acepção jurídica do termo, não tendo condições de arcar com o
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo
de seu próprio fim, conforme declaração anexa e com fulcro no artigo 98 e
seguintes do Código de Processo Civil, se requer a concessão de justiça
gratuita.

Em face do que foi anteriormente relatado, faz-se


relevante respaldar o pedido nos diplomas legais, sendo os mesmos, a
Constituição Federal, que em seu artigo 5º, inciso LXXIV, garante o acesso à
justiça gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos.

Menciona-se que no momento, a demandada aufere


para sua sobrevivência o valor de R$1.350,00 (um mil, seiscentos e
cinquenta reais) por mês, através de um imóvel alugado e encontra-se
desempregada.

c) DA SUSPENSÃO DA LIMINAR- DA SITUAÇÃO


FINANCEIRA DA DEMANDADA

Com efeito, muito distante do alegado na inicial, a


contestante aufere R$1.350,00 (um mil, trezentos e cinquenta reais) por
mês. Ocorre que com esta exígua renda tem de suportar suas despesas
básicas, como alimentação, água, luz, telefonia, internet e assistência
médica, além do valor destinado à sua filha e nos seus cuidados.

Com o advento da concessão dos Alimentos


provisórios à Menor no valor de 50% do salário-mínimo, ou seja, R$660,00
(seiscentos e sessenta reais), a requerida vem enfrentando dificuldade em
honrar seus compromissos, precisando recorrer a ajuda de familiares.

O código civil informa a possibilidade de a tutela ser


modificada a qualquer tempo, vejamos:
Art. 296. A tutela provisória conserva sua eficácia
na pendência do processo, mas pode, a qualquer
tempo, ser revogada ou modificada.

A requerida, reconhece a obrigação de prestar


alimentos à sua filha, nas condições que lhe forem possíveis, mas não tem
condições de suportar o valor fixado provisoriamente. Deste modo, requer
que seja reconhecida sua necessidade financeira no valor a ser fixado a
título de alimentos.

Os alimentos provisórios, consoante determina a Lei


5.478/68, são aqueles fixados liminarmente pelo juízo, sem ouvir a parte
contrária, para que não haja prejuízo ao Alimentando na pendência do
julgamento definitivo da Ação de Alimentos.

Para tanto, baseia-se o juízo na prova inequívoca de


parentesco entre aquele que requer os alimentos e aquele que irá prestar-lhe
referida obrigação.

O artigo 4º da supramencionada Lei assim afirma:

Art. 4º Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo


alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor,
salvo se o credor expressamente declarar que deles
não necessita.

Há, no entanto, análise prévia da necessidade do


alimentando e da possibilidade do alimentante, estabelecendo-se, então, a
fixação do valor dos alimentos a serem prestados.

Vem-se compreendendo que a necessidade do


alimentando é, em geral, presumível, consistindo na sua alimentação,
vestuário, lazer e tudo o mais que se fizer necessário para uma existência
digna, não se excedendo os limites do razoável.
Contudo, a prova da possibilidade do alimentante
deve ser inequívoca, inviabilizando-se a fixação prévia estipulada sem
qualquer amparo legal, quando ausentes os requisitos que permitam o
conhecimento, de plano, do juízo de verossimilhança, necessários à
admissibilidade do pedido de antecipação da tutela.

O dever de alimentos decorre do poder familiar ou da


relação de parentesco, devendo sempre atender ao binômio necessidade do
alimentando e possibilidade do alimentante.

É certo, também, que a obrigação alimentar em


relação aos filhos pertence a ambos os genitores, na proporção de suas
possibilidades financeiras, conforme dispõe o artigo 1.568 do Código Civil:

“Os cônjuges são obrigados a concorrer, na


proporção de seus bens e rendimentos do
trabalho, para o sustento da família e a educação
dos filhos, qualquer que seja o regime
patrimonial”.

Assim, para a fixação dos alimentos provisórios, é


imprescindível a existência de prova inequívoca, qual seja, aquela que não
admite dúvida razoável da necessidade de quem os pleiteia e da
possibilidade da parte contrária, conforme disposição do artigo 1.694, § 1º,
do Código Civil.

E, mais, tratando-se de valor incapaz de ser


suportado pelo Alimentante, e deixando este de satisfazer a obrigação,
estará sujeito à pena do artigo 733, § 1º do Código de Processo Civil.

Tratando-se de momento de cognição sumária, é


imperioso que o pedido de alimentos provisórios esteja lastreado de provas
inequívocas da capacidade do Alimentante, não podendo ser relegado este
ônus para a fase instrutória.

Nesse sentido:
TJ-MG - Agravo de Instrumento Cv AI
10572130032665001 MG (TJ-MG)- Data de
publicação: 26/02/2014- Ementa: DIREITO DE
FAMÍLIA - DIREITO PROCESSUAL CIVIL - AGRAVO
DE INSTRUMENTO - AÇÃO DE ALIMENTOS -
ALIMENTOS PROVISÓRIOS - BINÔMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE - AUSÊNCIA DE
PROVA DE CAPACIDADE - RECURSO PROVIDO. - À
míngua de prova, a cargo dos autores, de maior
capacidade financeira do réu, mostra-se prudente a
adoção do valor sugerido pelo próprio obrigado, para
fixação dos alimentos provisórios, em favor dos filhos
menores do casal.

Sendo fixados alimentos provisórios sem


fundamentação na capacidade do Alimentante ou em valor superior à sua
possibilidade de prestá-los, o Juiz poderá a qualquer tempo revogar ou
modificar a tutela provisória.

II- DOS VERDADEIROS FATOS

III-DO MÉRITO

a) DA DISSOLUÇÃO DA UNIÃO ESTÁVEL

A Proponente e a Requerida possuíam relacionamento


reconhecido através de um contrato de união estável firmado no dia 23 de
dezembro de 2020, devidamente registrado no Cartório do 2º Tabelionato de
Notas, no Ato: 2751, às folhas: 82, do Livro: 30-ED, com Protocolo: 16.371,
em Vitória da Conquista-Bahia. (documento anexo), do enlace matrimonial
foi concebido 01 (uma) filha, quer seja, a menor Yasmin Barros Cardoso,
vide certidão de nascimento anexa; sem bens a partilhar; estando separados
de fato desde meados de novembro de 2022.
Tendo sido a Requerida quem desde o início pôs fim ao
relacionamento, ela assim mantém seu desejo. A dissolução da união estável
é a forma legal para encerrar o vínculo entre as companheiras, sendo assim,
como qualquer outra relação amorosa, a união estável pode também ter o
seu término final.

b) DA GUARDA

Estando findada a união estável entre as genitoras


da menor, sem chances de retorno, faz-se necessário a regulamentação da
guarda, a fim de garantir a consonância do convívio da criança com ambas
as genitoras. É de completo desejo de Patrícia, como mãe, a guarda
compartilhada a fim de participar conjuntamente do processo de criação,
educação e desenvolvimento total da filha, efetuando a verificação do
desempenho escolar, garantindo a participação da infante em eventos e
reuniões familiares, escolares e sociais, bem como garantindo um saudável
desenvolvimento psicossocial da criança, dentre outras.

Atesta o Código Civil em seu artigo 1584, I o seguinte:

Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada,


poderá ser: (Redação dada pela Lei nº 11.698, de 2008).

I – requerida, por consenso, pelo pai e pela mãe, ou por


qualquer deles, em ação autônoma de separação, de
divórcio, de dissolução de união estável ou em medida
cautelar; (Incluído pela Lei nº 11.698, de 2008).

No mesmo sentido, atesta o artigo 19 da Lei nº 8.069/90


bem como o artigo 227 da CF/88:]

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e


educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em
família substituta, assegurada a convivência familiar e
comunitária, em ambiente que garanta seu
desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº
13.257, de 2016).

Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado


assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a
salvo de toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação
dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)

Dessa forma, pleiteia-se mútua responsabilidade do


exercício do poder familiar (guarda compartilhada), possibilitando que a
requerida possa conviver com Yasmim com a mesma qualidade de tempo da
outra genitora, exercendo seu direito e obrigação de poder também criar
vínculo de mãe e filha, participando de todas as fases de crescimento e
desenvolvimento de sua filha.

O caput do artigo 227 da Constituição Federal é claro


quando assegura à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade:

“Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos


menores”.

Adicionalmente, dispõe o art. 1.634, II, do Código Civil


Brasileiro, que ter a companhia e a guarda dos filhos é complemento do
dever de educá-los e criá-los, eis que a quem incumbe criar, incumbe
igualmente guardar; e o direito de guardar é indispensável para que possa,
sobre o mesmo, exercer a necessária vigilância, fornecendo- lhes condições
materiais mínimas de sobrevivência, sob pena de responder pelo delito de
abandono material, moral e intelectual.
Ainda, conforme se verifica do artigo 1583 do Código
Civil, § 2º e § 3º, alterado pela lei 13.058/2014, referente a guarda
compartilhada, vejamos:

Art. 1583. A guarda será unilateral ou compartilhada. [...]

§ 2º Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com


os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a
mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições
fáticas e os interesses dos filhos:

Caracterizados atos típicos de alienação parental ou


qualquer conduta que dificulte a convivência de criança ou adolescente com
genitor, em ação autônoma ou incidental, o juiz poderá, cumulativamente
ou não, sem prejuízo da decorrente responsabilidade civil ou criminal e da
ampla utilização de instrumentos processuais aptos a inibir ou atenuar seus
efeitos, segundo gravidade do caso:

I - declarar a ocorrência de alienação parental e advertir


o alienador;

1. ampliar o regime de convivência familiar em favor do


genitor alienado;

2. estipular multa ao alienador;

3. determinar acompanhamento psicológico e/ou


biopsicossocial;

4. determinar a alteração da guarda para guarda


compartilhada ou sua inversão;

5. determinar a fixação cautelar do domicílio da criança


ou adolescente;

6. declarar a suspensão da autoridade parental

Parágrafo único; “Caracterizado mudança abusiva de


endereço, inviabilização ou obstrução à convivência
familiar, o juiz também poderá inverter a obrigação de
levar para ou retirar a criança ou adolescente da
residência do genitor, por ocasião das alternâncias dos
períodos de convivência familiar.

Também, neste sentido os Tribunais de Justiça de


Minas Gerais e do Rio Grande do Sul, senão vejamos:

DIREITO DE FAMÍLIA. MODIFICAÇÃO DE GUARDA.


REQUISITOS LEGAIS PARA DETERMINAÇÃO.
PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA. - O
instituto da guarda foi criado com o objetivo de proteger
o menor, salvaguardando seus interesses em relação
aos pais que disputam o direito de acompanhar de
forma mais efetiva e próxima seu desenvolvimento, ou
mesmo no caso de não haver interessados em
desempenhar esse munus. - O princípio constitucional
do melhor interesse da criança surgiu com a primazia
da dignidade humana perante todos os institutos
jurídicos e em face da valorização da pessoa humana
em seus mais diversos ambientes, inclusive no núcleo
familiar. (TJ-MG - AC: XXXXX10426635001 MG,
Relator: Dárcio Lopardi Mendes, Data de Julgamento:
04/04/2013, Câmaras Cíveis / 4ª CÂMARA CÍVEL,
Data de Publicação: 10/04/2013).

Por fim, em razão da narrativa fática que envolve o


presente caso, com amparo nos dispositivos legais preambularmente
invocados, requer seja deferida a regularização da guarda da menor para a
modalidade COMPARTILHADA, expedindo-se assim o respectivo termo.

c) DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS
É direito fundamental da criança e do adolescente ter
consigo a presença dos pais, o cuidado e o amor, e não se pode negar que é
direito do Requerida como mãe poder desfrutar da convivência com a menor.

Maria Berenice Dias (Manual de Direito das Família,


2011, p. 447) esclarece que:

“ (...) Consagrado o princípio proteção integral, em vez


de regulamentar as visitas, é necessário estabelecer
formas de convivência, pois não há proteção possível
com a exclusão do outro genitor.”

De acordo com o acatado e no melhor interesse da


menor, a requerida entende e requer que seja regulamentada a visita da
seguinte forma:

A requerida buscará a filha todas as semanas, ao final


das tardes das quintas-feiras e levando de volta para a outra genitora no
final das tardes dos domingos. Os dias poderão ser alterados em eventuais
trocas por dias de semana, à conveniência/necessidade de ambas, desde
que justificadas e previamente combinadas entre elas.

 Ferias: Requer que o tempo/período das férias


de meio de ano e entre um ano letivo e outro seja
dividido de forma igualitária entre as genitoras
(50% do período com cada uma), resguardada a
outra o direito de contato por meio eletrônico
(aplicativos de conversa, redes sociais,
aplicativos de vídeo chamadas, etc.) e visitação
pessoal previamente ajustada;
 Feriados: Pede-se que sejam alternados entre as
genitoras, a exemplo: Carnaval, Semana Santa,
Festejos Juninos, Natal, Réveillon, Feriados
prolongados e outros durante o ano, devem ser
ajustados com antecedência, respeitando a
alternância da convivência de um feriado para o
outro e alternado também entre um ano e outro;
 Aniversário da filha: Propõe que ocorra de forma
alternada (anos pares com a Patrícia, anos
ímpares com Jaqueline ou vice versa) e
previamente ajustada entre as genitoras;
 Aniversário de Jaqueline: Passará com
Jaqueline;
 Aniversário de Patrícia – Passará com Patrícia.

d) DOS ALIMENTOS TRANSITÓRIOS

A Autora alega carecer da assistência da ex-


companheira. Acontece que a autora é autônoma, trabalhando como florista
em organizações de eventos e já voltou a exercer suas atividades
normalmente, além de viver e contar com a ajuda de seus familiares, bem
como recebe o Auxílio Brasil fornecido pelo Governo Federal.

Conforme Jurisprudência do Tribunal de Justiça do


Distrito Federal e dos Territórios:

“2. De acordo com os artigos 1.566, inc. III, e 1694,


caput e §1º, ambos do Código Civil e com base no dever
de mútua assistência, podem ser fixados alimentos em
prol do ex-cônjuge necessitado. Entretanto, a prestação
de alimentos após o rompimento do vínculo conjugal é
medida excepcional e transitória, com duração
suficiente para que o alimentado atinja sua
independência financeira se adaptando a sua nova
realidade. 3. Em regra, a dissolução do matrimônio não
implica necessariamente em extinção da obrigação de
prestar alimentos entre os ex-cônjuges. Saliente-se que
a obrigação de pagar pensão alimentícia ao ex-cônjuge
é condicionada à efetiva comprovação da total
incapacidade do alimentando em prover o próprio
sustento, bem como à ausência de parentes em
condições de arcar com o pagamento dos alimentos, de
acordo com a interpretação analógica do art. 1.704,
parágrafo único, do CC. 4.

Acórdão 1292565, 07087297820198070020, Relator:


CARLOS RODRIGUES, Primeira Turma Cível, data de
julgamento: 21/10/2020, publicado no DJE
27/10/2020.

Além disso, ao contrário do alegado pela autora, a


demandada encontra-se desempregada e não exerce qualquer atividade
laborativa, o seu trabalho como camareira na Espanha, como informado, foi
exercido quando ela morava fora do país, o que não mais é realidade. No
momento a requerida vive da aferição de valores recebidos a título de
aluguel de 1 (um) imóvel que ela possui, que consiste em duas casas
pequenas, uma na frente e outra nos fundos, alugadas no valor de R$:
600,00 (seiscentos reais) e a outra R$ 750,00 (setecentos e cinquenta reais),
totalizando o valor de R$: 1.350,00 (um mil, trezentos e cinquenta reais). É
evidente que a Requerida não possui fundos suficientes para arcar com os
alimentos para a Autora, pois com esse valor precisa prover sua
subsistência, além de destinar o possível para sua filha.

Assim sendo, não merecem prosperar as alegações da


Autora nos termos pleiteados na exordial.

e) DOS ALIMENTOS À MENOR

A autora pleiteia alimentos em favor da menor fixados


alimentos no importe de R$ 1.302,00 (um mil trezentos e dois Reais),
equivalente a 100% (cento por cento) do salário-mínimo vigente. Como
mencionado acima, esse valor não confere com a realidade e possibilidade
da demandada, que aufere o valor de R$: 1.350,00, tendo que prover sua
subsistência e de sua filha no tempo que lhe for destinado de convivência
com a mesma.

O artigo 1696 do diploma Civil diz que:

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é


recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os
ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos
em grau, uns em falta de outros.

À vista disso, requer à V. Excelência a fixação de


alimentos provisórios, no valor mensal de 30% sobre o salário-mínimo
vigente, que correspondem a importância de R$ 396,00 (trezentos e noventa
e seis reais) mensais, de boa-fé, visto que a autora também trabalha e pode
contribuir com as despesas de sua filha em sua residência, considerando
que a requerida pleiteia guarda compartilhada da menor e terá que arcar
também com as despesas da filha nos dias em que estiver com a mesma.

IV- DOS PEDIDOS

Ante o exposto, requer:

a) A concessão dos benefícios da justiça gratuita, com


base no artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil, por se declarar
incapaz de custear as despesas processuais sem prejuízo ao seu sustento e
ao de sua família e pela limitação que se encontra no momento;

b) Que a presente demanda seja julgada


IMPROCEDENTE, absolvendo a requerida dos pedidos pleiteados pela
autora; salvo a dissolução da união estável que deve ser decretada;

c) Que seja deferida a GUARDA COMPARTILHADA


em razão da prevenção dos laços entre mãe e filha que estão ameaçados,
bem como em obediência ao princípio do Melhor Interesse da Criança;
d) A regulamentação do direito de visitas, conforme
Título: Da Regulamentação de Visitas;

e) Requer a modificação da liminar que deferiu


50% (cinquenta por cento) do salário líquido vigente, para 30% (trinta
por cento).

f) Requer que os alimentos sejam fixados no


percentual de 30% (trinta por cento) do salário líquido vigente, no valor
de R$ 396,00 (trezentos e noventa e seis reais), diante de toda realidade,
e do binômio necessidade de quem recebe x capacidade contributiva de
quem paga os alimentos

g) Seja revogada a decisão que fixou o valor de 50%


(cinquenta por cento) do salário-mínimo vigente a título de alimentos
provisórios, pelas razões expostas nesta contestação;

h) A improcedência do pedido de honorários


sucumbenciais; reconhecendo a realidade financeira da requerida e sua
hipossuficiência;

i) A produção de todos os tipos de provas cabíveis, em


especial a prova documental, depoimento pessoal da Autora, oitiva de
testemunhas e todas as outras provas que se fizerem necessárias à busca da
verdade;

Nestes termos, pede deferimento

Vitória da Conquista- Ba, 06 de setembro de 2023

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