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CASO PRÁTICO 01
4. FORO COMPETENTE
Segundo norma do art. 53, II, do CPC, o foro competente para se ajuizar
a ação de alimentos é o do domicílio ou residência do alimentando, id est, aquele que pede o
alimento, o credor. Todavia, o requerente pode, por conveniência, optar pelo foro do domicílio
do réu, regra geral, consoante art. 46 do mesmo diploma, visto que a competência, neste caso, é
relativa.
6. DOCUMENTOS
O interessado deve ser orientado a fornecer ao advogado cópia dos
seguintes documentos, entre outros que o caso em particular estiver a exigir:
•documentos pessoais daquele que pede os alimentos e do seu representante, quando este for
menor (RG, CPF, certidão de nascimento e/ou casamento, comprovante de residência, número
de telefone e endereço eletrônico – e-mail);
•comprovantes de despesas gerais do alimentando (por exemplo: água, luz, internet, telefone,
televisão a cabo, alimentos, aluguel, mensalidade escolar, medicamentos, vestuário, lazer etc.);
•laudo médico, sempre que o alimentando tiver qualquer necessidade especial (é importante que
o laudo indique a doença, as limitações, as necessidades e os medicamentos);
Processo Civil I – 3º Período
Prof.ª: Ana Chrystinne Souza Lima
•documentos tendentes a provar as “possibilidades” de pagamento do alimentante (por exemplo:
cópia da página de rede social que mostre bens e viagens, holerites, certidão de propriedade de
bens; extratos bancários e de cartão de crédito; fotos etc.);
•rol de testemunhas (nome, endereço, telefone, e-mail e profissão de ao menos três pessoas que
possam confirmar as necessidades de quem pede a pensão e as possibilidades de quem está
obrigado a pagar).
7. PROVAS
Na ação de alimentos, a prova deve incidir, basicamente, sobre três itens:
a relação de parentesco entre alimentante e alimentando; as necessidades do autor; as
possibilidades do réu.
A relação de parentesco, de regra, prova-se pela juntada da certidão de
nascimento ou casamento.
Quanto às necessidades do alimentando e às possibilidades do
alimentante, prova-se, habitualmente, pela juntada de documentos, tais como declaração de
escola, receitas médicas, recibo de aluguel, declaração do empregador, carteira de trabalho e
pela oitiva de testemunhas, que, limitadas ao máximo de três pela Lei de Alimentos, devem ser,
de regra, conduzidas à audiência de conciliação, instrução e julgamento pela própria parte
interessada, sendo dispensada a apresentação de rol prévio (art. 8º, Lei nº 5.478/68).
8. VALOR DA CAUSA
Segundo norma do art. 292, III, do CPC, o valor da causa, na ação de alimentos, deve ser o
equivalente à soma de 12 (doze) prestações mensais pedidas pelo autor. No caso de o
alimentando estar pedindo apenas uma porcentagem sobre os rendimentos do alimentante, cujo
total é desconhecido no momento da interposição da ação, deve-se lançar como valor da causa
uma importância meramente estimativa, vez que a toda causa deve necessariamente ser
atribuído um valor (art. 291, CPC).
9. DESPESAS
Não constando da petição inicial requerimento de justiça gratuita2 (art.
99, CPC), o autor, antes de ajuizar a ação, deve proceder ao recolhimento das custas
processuais, que, de regra, envolvem a taxa judiciária, o valor devido pela juntada do mandato
judicial e as despesas com diligência do Oficial de Justiça. Os valores dessas custas variam de
Estado para Estado;