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URGENTE
PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO
IDOSO – LEI N° 12.008/09
Urge asseverar que o autor é idoso, na forma da Lei, visto que se encontra com 72 anos
de idade, conforme o documento comprobatório anexo (Doc1). Assim, faz jus à
prioridade na tramitação do presente processo, o que de logo assim o requer, nos termos
do art. 1.048, I do CPC e art. 71 do Estatuto do Idoso.
II – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Considerando que o autor demonstra insuficiência de recursos suficientes para arcar
com as despesas processuais e honorário advocatícios, requer os benefícios da justiça
gratuita, com fundamento na Lei n° 1.060/50. Além disso, a Lei de alimentos, no seu
artigo 1°, § 2º também garante esse benefício à parte que não estiver em condições de
pagar as custas do processo.
Importante ressaltar que, ainda que o art. 99, § 3° do CPC determine que a mera
declaração de hipossuficiência por parte do requerente é suficiente para a concessão do
benefício, a parte autora optou por, desde já, instruir a petição inicial com os
documentos necessários, em anexo, para a comprovação de sua situação financeira
(Doc2).
Assim, pugna-se pelo deferimento da assistência judiciária gratuita à parte autora, nos
termos da lei.
Após o falecimento da esposa, Antônio Pedro foi acometido de uma grande tristeza,
natural a quem perde um vínculo fraternal duradouro como família de forma tão
devastadora. Devido a esse sofrimento, o autor não teve forças para voltar a trabalhar,
nem mesmo para prover sua própria subsistência.
Apesar de ter conseguido se aposentar (aposentadoria por idade) nesse ano corrente, o
autor tem muitas dívidas advindas dos empréstimos provenientes do período de
tratamento da sua falecida esposa. Agora, quase todo seu benefício se esgota apenas na
tentativa de quitação dos empréstimos. Assim, sua subsistência conta com a ajuda de
vizinhos e parentes.
O seu único filho, que, aliás, é dono de uma rede de hotelaria, se recusa a ajudar
financeiramente o pai nesse momento de dificuldade alegando seu distanciamento do
senhor Antônio Pedro após o falecimento da sua mãe.
IV – DO DIREITO
IV.i – DA ADMISSIBILIDADE DA AÇÃO DE ALIMENTOS
A obrigação alimentar pretendida torna-se indispensável para subsistência da parte
autora, já que a mesma não possui condições para garantir o seu próprio sustento e,
conforme os documentos comprobatórios, há um vínculo de parentesco entre as partes
sendo elas pai e filho, na qual há a possibilidade econômica do réu e o estado de
necessidade do autor.
Tal direito está assegurado nos termos arts. 1.694 e 1.695 do Código Civil que dispõem
o seguinte:
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele,
de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu
sustento.
Destarte, conforme previsto em lei, entende-se que a parte autora possui direito em
relação à concessão de alimentos, uma vez que o requerido goza de uma situação
econômica estável e, como a parte autora encontra-se em estado de necessidade, deve
arcar com as despesas básicas dela. Além disso, faz-se necessário trazer à coleção a
redação do artigo 229, da Constituição Federal:
Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e
os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência
ou enfermidade.
Veja-se que, o dispositivo assegura que os pais, assim como os filhos, tenham direito a
uma assistência na terceira idade, o que torna dever dos filhos garantir auxílio e amparo
para os pais, seja na velhice, carência ou na enfermidade.
A fim de assegurar o sustento da parte autora e evitar maiores prejuízos aos direitos do
alimentando, conforme o disposto no art. 4° da Lei n° 5.478/68, além de proteger
judicialmente o seu sustento no curso dessa ação de alimentos, solicita-se a concessão
de alimentos provisórios.
V – DOS PEDIDOS
c) Citação do réu;
V - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor da causa de R$ 4.363,20 (quatro mil, trezentos e sessenta e três reais e
vinte centavos).
Data ...
OAB n° 2.500/AP
ANEXOS