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AO JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL DA CMARCA DE TIMÓTEO

JULIA MARTINHO RANGEL, menor impúbere, inscrita no CPF


sob o n° 193.126.516-09, nesse ato representado por sua genitora e
também requerente na presente ação, POLIANE ARAUJO
MARTINHO LÚCIO, brasileira, casada, diarista, portadora do
documento de identidade n° MG-18.020.052 e CPF n° 108.756.816-
86, ambas residentes e domiciliadas na Rua Travessa São João
Batista, n° 12, Cachoeira do Vale, Timóteo-MG, CEP 35.184-028,
por meio da sua advogada DATIVA, Dra. DÉBORA MARA
SILVA, brasileira, inscrita na OAB/MG sob o nº 209.042, que esta
subscreve, vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência,
requerer,

AÇÃO DE ALIMENTOS

COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS E


ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

Em face de ATILA RANGEL LUCIO, brasileiro, casado,


autônomo, portador do documento de identidade (desconhecido),
CPF n° 061.695.196-57, (31) 9 8691-0188, pelos seguintes
fundamentos fáticos e jurídicos que passa a expor:
1) DOS FATOS

A requerente contraiu matrimônio com requerido no dia 20 de maio de


2005, sob regime de comunhão parcial de bens, conforme certidão de casamento
anexa.

Desta união adveio o nascimento da menor JULIA MARTINHO


RANGEL, conforme doc. anexo.

Atualmente o casal encontra-se separado de fato há três meses.

Desde a separação, o requerido NÃO CONTRIBUÍ DE FORMA


REGULAR para o sustento da menor. Em verdade, desafiou a requerente a procurar a
justiça caso quisesse receber a pensão alimentícia, entretanto, contribui irregularmente
para o sustento.

Por estas razões não resta ao Requerente outro caminho, senão o do


Judiciário, para pleitear o pedido de alimentos.

2) DO DIREITO

A Lei 5.478 /68 dispõe sobre a prestação de alimentos, regulando


esta. O Art. 1696 do diploma civil diz que:

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre


pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais
próximos em grau, uns em falta de outros.
O Requerente encontra amparo legal no art. 1695 do Código
Civil que diz:

Art. 1695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não


tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria
mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem
desfalque do necessário ao seu sustento.

É dever inescusável dos pais em proporcionar os recursos


necessários e indispensáveis à manutenção dos filhos previstos na Constituição
Federal, Código Civil e Legislação Especial, constituindo sua omissão em crime
de abandono material, disposto no art. 244 do Código Penal. É o que ensina a
ilustre professora Maria Helena Diniz em sua obra Código Civil anotado:

“Será dever de ambos sustentar, guardar e educar os filhos,


preparando-os para a vida de acordo com as suas possibilidades
(CF/88 arts. 227 e229; Lei 8.069, arts. 19 e 22: RT, 423:85, 181:191
e 184:652). A violação dessa obrigação, relativamente ao que
concerne aos filhos menores e não emancipados, acarreta a
suspensão ou destituição do pátrio poder, remediando-se o mal pela
ação de alimentos, podendo, ainda, configurar crime de abandono
material e moral da família (CP, arts. 244 a 247).”

Constitui-se obrigação dos pais, de acordo com a proporção de


seus rendimentos, de assistir e criar os filhos, sem qualquer discriminação de
tratamento entre estes, sento que tal assistência deve ser completa, especialmente
e com absoluta prioridade no tocante a efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária ( artigos 227 e § 6° e,
229, da Constituição Federal, e artigo 4° do Estatuto da Criança e do adolescente,
e art. 1634, inciso I, art. 1694 e seu § 1°, e, por analogia artigo 1.703, estes últimos
todos do Código Civil vigente).

A legislação pátria subordina os alimentos à possibilidade de


serem ministrados sem o prejuízo de quem são reclamados e também a necessidade
daqueles que os pleiteiam, jungidos formam o binômio possibilidade/necessidade,
afim de saciar ambos.

Em compasso a tais dispositivos legais e o caso em tela,


comprovada a condição econômica e financeira do Requerido, quantifica-se a
pensão alimentícia ao Requerente, em uma porcentagem de 30% sobre os
rendimentos líquidos mensais a serem pagos a título de alimentos a menor, ora
autora.

Assim sendo, requer-se na forma da lei e em especial do artigo


1.694 e sei § 1° do Código Civil, seja o demandado condenado ao pagamento de
pensão alimentícia ao demandante.

3) DOS ALIMENTOS

O dever alimentar dos pais está expressamente previsto na


CRFB/1988, em seu art. 229, bem como no art. 22 do Estatuto da Criança e do
Adolescente, o qual destaca-se que “aos pais, incumbe o dever de sustento, guarda
e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a
obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais”.
O Código Civil confere, a quem necessita de alimentos, o direito
de pleiteá-los de seus parentes, em especial, entre pais e filhos, nos termos do art.
1.694 e 1.696.

Sendo assim, há comprovação da relação de parentesco entre as


partes, pai e filha, surge a necessidade de os genitores proverem o sustento da
criança/adolescente, por imperativo, em razão do poder familiar

Não restando dúvidas quanto à paternidade do requerido, requer


seja fixado em favor do menor ALIMENTOS PROVISÓRIOS no percentual de
30% (trinta por cento) dos rendimentos líquidos do genitor, descontados
diretamente de sua folha depagamento em caso de vínculo empregatício ou 30%
do salário mínimo em caso de desemprego, a serem depositados na conta da
genitora POLIANE ARAUJO MARTINHO LÚCIO,cujos dados da conta bancária
são: Caixa Econômica Federal, agência 2296, conta poupança 00058734-4

Por todo o exposto, REQUER:

A) O recebimento e o deferimento da presente peça inaugural;

B) A CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA, haja vista


que a Requerente não possui recursos para arcar com os custos e despesas do
processo, ora lhe foi nomeado advogada dativa;
C) Seja citado o Requerido, no endereço acima indicado, para, querendo,
responderem os termos da presente ação, sob pena de caracterização da revelia e
presunção de veracidade dos fatos afirmados na petição inicial; Caso não seja
encontrado requer a citação por telefone e whatsapp, qual seja, o número do
requerente: (31) 9 8691-0188.

D) Em caso de estar trabalhando com vínculo empregatício ou 30% do salário


mínimo em caso de desemprego a serem depositados na conta da genitora
POLIANE ARAUJO MARTINHO LÚCIO, cujos dados da conta bancária são:
Banco Caixa Econômica Federal, agência 2296, conta poupança 00058734-4

E) Seja julgada procedente a presente ação, confirmando-se a obrigação de prestar


ALIMENTOS DEFINITIVOS, observado o binômio possibilidade-necessidade;

F) A intimação do Representante do Ministério Público para que apresente as


manifestações que julgar pertinente, nos termos do art. 178, II, do CPC; 9. Seja
designada audiência de conciliação, e não havendo êxito, seja designada audiência
de Instrução e Julgamento para a oitiva das partes e testemunhas;

G) A produção de todas as provas admitidas em direito;

H) Requer que as intimações ocorram EXCLUSIVAMENTE em nome do


Advogado DÉBORA MARA SILVA OAB/MG 209.042.
I) Por fim, requer que sejam fixados honorários advocatícios, a serem suportados
pelo Estado, no valor em conformidade com a Tabela de Honorários da Advocacia
Dativa.

Pede deferimento.

Débora Mara Silva

OAB/MG 209.042

14/12/2022

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