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AO JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ARARUANA ESTADO DE SÃO PAULO

(10 linhas)

Leonardo, nascido em, neste ato representado por Luciene Carvalho,


nacionalidade, estado civil, auxiliar administrativo, RG nº, CPF nº, endereço eletrônico, domicílio
e residência, vem, respeitosamente, perante esse Juízo, por intermédio do advogado infra-
assinado, com endereço profissional, onde recebe intimações (procuração anexa), com fulcro
nos artigos 227 e 229 da Constituição Federal, na Lei 5478/68, artigos 1566, inciso IV, 1694 §1e
1695, caput do Código civil de 2002 e 319 do Código de Processo Civil, AJUIZAR

AÇÃO DE ALIMENTOS c/c ALIMENTOS PROVISÓRIOS

em oposição à João Augusto, nacionalidade, estado civil, empresário no ramo da construção


civil, RG nº, CPF nº, endereço eletrônico, domicílio e residência, pelas razões de fato e de direito
que passa a expor.

DA JUSTIÇA GRATUITA

O alimentando declara para todos os fins de direito e sob as penas da lei, que não
tem condições de arcar com as despesas inerentes ao presente processo, sem prejuízo do seu
sustento e de sua família, necessitando portando da Gratuidade da Justiça, nos termos do
artigo 98 do Código de Processo civil.

FATOS

Durante 8 anos o alimentante, João Augusto, esteve casado com Luciene


Carvalho e desse relacionamento nasceu Leonardo, único filho do casal, atualmente com
seis anos de idade. Entretanto, devido os constantes desentendimentos do casal eles se
separaram e o alimentante saiu da casa que o casal aluga em um bairro nobre no
município de Goytacaz/SP na comarca Araruana/SP. Assim, o alimentando ficou sob os
cuidados apenas da mãe, Luciene, sem ter nenhum tipo de ajuda do alimentante.
Além do mais, Luciene é auxiliar administrativa e recebe um salário
mensal de 1034,00 reais, por conseguinte, torna impossível manter o aluguel da casa
em que o alimentando mora. Além disso, existem outras despesas como escola,
alimentação, transporte, vestuário, saúde, lazer etc.
Por outro lado, o alimentante é um empresário que se destaca na região,
ele atua no ramo da construção civil e tem total condição de arcar com sua obrigação
de pagar alimentos para o alimentando. Ainda assim, o alimentante, passados 3 meses
da separação não ajudou a genitora com absolutamente nada.
Portanto, em vista do binômio necessidade X possibilidade, demonstrado
acima, requer que o alimentante seja compelido a pagar a título de verba alimentar a
quantia de 25 salários-mínimos a ser depositado na conta nº, agência, operação, banco.
ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Depois do que se apresentou nos fatos, mostra-se necessário a fixação de


alimentos provisórios em favor do alimentando, ante a sua necessidade urgente de obtenção de
recursos financeiros para manter sua moradia, educação dentre outros recursos para ter uma
qualidade de vida compatível com a que ele tinha enquanto seus pais eram casados.

Outro sim, a legislação brasileira protege aquele que necessita de alimentos.


No caso em tela, foi demonstrado a relação de parentesco, bem como, o binômio necessidade
X possibilidade de pagamento do valor pleiteado entre o alimentando e o alimentante.

Assim, faz-se imperiosa a fixação de alimentos provisórios em favor do


alimentando de acordo com o artigo 4º da lei 5478 de 1968 que diz: ao despachar o pedido o
juiz fixará desde logo os alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor.

DO DIREITO

No caso concreto fica evidente a relação de parentesco entre o alimentando e


o alimentante que, por conseguinte obriga o pai, que tem condições, a arcar com a criação do
filho, menor e incapaz de sobreviver sem tais cuidados. Além disso, a Constituição Federal em
seu artigo 227 diz que é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao
adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à
convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Também na CF/88 em seu artigo
229 diz que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores.

Não só na Constituição Federal, mas também no código civil de 2002 encontra-


se base legal para que o alimentante cumpra com o seu dever de pai. Por exemplo, no artigo
1566, inciso IV, do Código Civil de 2002 está claro que é dever de ambos os cônjuges sustentar,
guardar e educar os filhos. No entanto, apenas a mãe está cumprindo esse papel atualmente.

Finalmente, o Código Civil de 2002 traz em seus artigos:


1694 §1º. Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa
obrigada;

1695 Caput. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo
seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário
ao seu sustento.

Como já foi demonstrado anteriormente, o alimentante, um grande


empresário da construção civil, tem plenas condições de pagar os valores pleiteados pelo
alimentando que é incapaz e tem o direito de ser sustentado, guardado e educado pelos seus
genitores.

PEDIDOS

Ante o exposto, requer ao Juízo:


a) a concessão dos benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 98 e seguintes do Código
de Processo Civil;

b) a citação do requerido para comparecer à audiência de conciliação e mediação;

c) a fixação de alimentos PROVISÓRIOS, no percentual de 25 salários-mínimos atual, nos termos


do art.4º da lei 5.478/68;

d) a procedência do pedido para condenar o requerido ao pagamento de alimentos definitivos,


no percentual de 25 salários-mínimos atual;

e) a intervenção do representante do Ministério Público, nos termos do art.178, II, do CPC;

f) a condenação do requerido ao pagamento das custas e honorários sucumbenciais;

g) provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito;

h) que todas as intimações sejam realizadas em nome do (a) advogado(a), OAB, sob pena de
nulidade.

Atribui-se à causa o valor de R$ 25 salários-mínimos x 12

Termos em que pede deferimento.

Local/Data

Advogado/OAB

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