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GRÉCIA ANTIGA

A Grécia Antiga, como é conhecida, abrange não um domínio, modelo governamental e


povo específico, mas um conjunto de comunidades que se espalhavam nas proximidades do
Mar Mediterrâneo, sendo uma civilização que se estendia muito além do país hoje existente.
Apesar de dispersos geograficamente, estes vários povos uniam-se através de uma cultura
comum, com mesmos costumes, mesmas crenças e uma mesma língua. Por tal semelhança,
esses povos reconheciam-se como helenos, chamando de bárbaros os estrangeiros que não
dividiam a mesma cultura, sendo esta a palavra-chave para entender a clássica civilização
grega.

A educação na Grécia Antiga


Era muito importante para a civilização que a cultura e o saber fossem difundidos
amplamente, não sendo por acaso que a filosofia e as ciências ganharam destaque na Grécia
Antiga. Grande parte da sociedade se mostrava educada, os meninos eram ensinados desde
cedo a pensar e questionar os mistérios do mundo e meninas que, apesar de não terem os
mesmos direitos dos homens, ainda eram ensinadas pelas mães a serem cidadãs cultas. O
saber era tão importante que mesmo soldados eram criados para usar não apenas o físico,
mas também a mente, e alguns conhecimentos chegavam a se estender até mesmo a alguns
escravos.

Religião, arte e economia


Religião: As crenças eram de extrema importância para o povo grego, que possuíam uma das
mitologias mais ricas da antiguidade, com heróis e monstros guiados pela bondade ou pela
fúria de seus deuses. A religião politeísta era um grande núcleo da sociedade, uma vez que
toda atividade era uma forma de honrar os deuses, de cuidar do solo para ser semeado a
caçar nas florestas e até mesmo ir guerrear. Apesar de muitas culturas do passado
apresentarem múltiplas divindades, o panteão grego se destaca pelo fato de seus deuses
serem tão falhos quanto os próprios homens, agindo de acordo com o humor e podendo
abençoar aqueles que os adoravam ou lançar uma terrível vingança sobre os que os
desafiavam. Portanto, irritá-los não era uma opção.
Arte: Era uma das formas que os gregos tinham para agradar os deuses e honrar seus
ancestrais. Principalmente através da literatura e do teatro, histórias de grandes heróis,
humanos e divinos, eram propagadas e divertiam e educavam o povo. As esculturas
mostraram-se uma forma de agradar os deuses e imortalizar os semideuses, e neste ponto
nota-se o cuidado que havia com a estética, pois os gregos acreditavam que um belo corpo
era a representação exterior de uma boa alma. Como, mais uma vez, a religião era um ponto
central da sociedade, a construção de templos era cuidadosa, e a bela arquitetura influenciou
e continua a influenciar até hoje.
Economia: Cada cidade-estado grega demonstrava autonomia econômica, mas ao mesmo
tempo, a troca de serviços e produtos era uma forma de desenvolver o comércio e as
amizades entre os povos. O aumento das redes comerciais entre os povos também gerou
aumento do trabalho escravo, desenvolvimento marítimo e o uso das moedas.

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ESPARTA E ATENAS

Esparta
Até o século VIII, a atividade econômica e o governo de Esparta precisavam igualar-se aos
das demais cidades. Esparta era formada por comerciantes, artesãos e artistas, mas as difíceis
guerras da Messênia submeteram-na a complexas transformações. No fim do século VII a
cidade já apresentava uma organização social e política capaz de sustentar o fruto de suas
conquistas.

Os habitantes eram divididos em duas classes diferentes: os cidadãos aplicados a profissão


das armas ocupavam a classe privilegiadas, os demais eram subdivididos em duas outras
classes, os periecos e os hilotas.

Os cidadãos viviam subordinados ao serviço e controle do Estado. A criança só tinha


permissão para viver depois que um conselho de velhos a qualificasse adequada, caso
contrário, ela era jogada em um desfiladeiro. A partir dos sete anos de idade, o filho era
retirado da mão e vivia até os 20 anos meninos da sua idade, sob controle de monitores, que
pretendiam desenvolver o corpo e formar caráter.

Aos 20 anos iam para o exército após uma ultima prova, a criptia, uma espécie de retiro onde
se escondiam no campo, roubando comida e matando os hilotas que atacavam durante a
noite.

Os periecos eram homens livres que viviam em aldeias. Eram agricultoras, artesãos ou
comerciantes. Governavam a si próprios, mas em Esparta era exigido o pagamento de
impostos e a servir na guerra sem qualquer intervenção política na cidade.

Esparta tinha uma forma de governo bem diferentes das demais cidades gregas. À frente
estavam dois reis com diferentes identidades: eram de famílias rivais. As honras eram
prestadas a eles, mas não possuíam muita autoridade, eram ministros da cidade e
comandavam o exército juntos. O regime de Esparta era uma oligarquia, ou seja, era um
governo exercito por um pequeno numero de pessoas.

Existia um conselho principal denominado Gerusia. Esse conselho reunia os dois reis e 28
cidadãos escolhidos por eleição. Tinha como objetivo preparar as leis, governar a política
exterior e formar um tribunal de justiça.

Ao fim do século VI, Esparta ficou conhecida como a primeira potência militar grega que,
posteriormente, veio ser um exemplo de nacionalismo.
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Atenas

Diferentemente de Esparta, Atenas retrata a história evolutiva dos costumes das cidades
gregas.O território ateniense estava localizado na cidade de Ática.

A princípio era governado por reis, mas, rapidamente, o poder foi transferido para os nobres,
donos das melhores terras da planície. Entre eles estavam os magistrados anuais, os arcontes
e os membros do Aerópago, conselho político. Apenas esses conheciam as leis, pois não
havia registro delas.

O regime aristocrático exercido por Atenas era rigoroso para aqueles que não pertenciam à
nobreza e se viam exilados para as classes sociais inferiores. Entre eles os proprietários dos
campos menos férteis, os artesãos, os pescadores, os pequenos comerciantes e negociantes
marítimos.

A constituição foi reformulada e todos os cidadãos começaram a ter acesso à assembléia


popular e ao tribunal popular de justiça, denominado de Tribunal do Helieu. Após isso,
houve a criação Bulé, um conselho de 400 membros que reduziu o poder aristocrático de
Areópago.

Criou-se o método do ostracismo, onde um político que não estava sendo bem aceito pela
sociedade podia ser exilado em um período de 10 anos, por voto em assembléia.

O poder militar de Atenas não podia ser comparado ao de Esparta, porém foram as Guerras
Medo-Persas que alavancaram Atenas para o primeiro lugar entre as cidades gregas.

Semelhanças e Diferenças entre Esparta e Atenas


– Ambas as cidades se preocupavam com a educação dos seus jovens, porém tinham formas
de realização diferentes. Os atenienses se preocupavam com o equilíbrio entre o corpo e a
mente, enquanto os espartanos optavam pelo corpo em seus treinamentos militares.

– A economia das cidades era influencia pela localização. Esparta realizava a agricultura e o
comércio restrito, e Atenas por estar localizada em uma região pouco fértil, acabou
desenvolvendo o comércio como forma econômica.

– a política era o ponto mais diferente entre as duas cidades. Atenas possuía um governo
com caráter democrático, já Esparta prevalecia o regime aristocrático.
– as mulheres tinham tratamentos opostos. Em Atenas elas eram ensinadas a serem
domésticas e servir aos seus pais e maridos. Em Esparta, o respeito às mulheres era maior já
que elas geravam os seus descendentes e permitiam que elas adquirissem educação e o
direito de participar das assembléias. Possuíam direitos iguais aos dos homens.

Essas duas cidades foram as mais importantes da Grécia Antiga e brigavam por essa posição.
Após muitas batalhas, Esparta vence coincidindo com a decadência de Atenas. Apesar disso,
Atenas deixou um marco cultural, a filosofia.

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