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VALDELICE, brasileira, menor impúbere, vem, neste ato devidamente representada por sua
genitora ALICE, brasileira, solteira, operadora de telemarketing, inscrita sobre o RG de nº… e CPF
de nº…, residente e domiciliada à rua x, nº…, bairro y, Salvador/BA, com fulcro na lei 5.478/68,
apresentar perante Vossa Excelência a seguinte
AÇÃO DE ALIMENTOS
1) PRELIMINARMENTE
Requer a requerente, a concessão dos benefícios da justiça gratuita, com fulcro no disposto
da Lei 1.060/50, uma vez que esta já encontra-se em dificuldade financeira. Desse modo, em
virtude de ser pessoa pobre na acepção jurídica da palavra e sem condições de arcar com os
encargos decorrentes do processo, sem prejuízo de seu próprio sustento e de sua família, conforme
declaração (anexo 1).
2) DOS FATOS
3) DO DIREITO
O dever da família de assegurar à criança, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde,
à educação e ao lazer, vem esculpido no art. 227, da Constituição Federal. Deveres esses que devem
ser garantidos pela família, sendo recíproco entre os pais, não importando a relação que estes
possuam, cujo dever é de assistir, criar e educar seus filhos menores, conforme o artigo 229 da
Constituição brasileira.
O pedido da parte Autora encontra fundamento no art. 1696, do Código Civil, o qual prevê
que o direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos:
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes,
nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam,
pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a
todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de
outros.
Outrossim, nos moldes do art. 1695, do referido diploma processual, resta demonstrada a
necessidade, vez que a genitora realiza as despesas concernentes à moradia, alimentação, transporte,
escola, saúde e lazer, totalizando em torno de R$ 1360,00 (mil trezentos e sessenta reais) e sem
ajuda do pai da criança para arcar com as despesas do filho. No mais, até onde a parte Requerente
tem ciência sobre os percebimentos do Requerido, o mesmo tem possibilidade em prestar a
assistência devida, visto que, aufere, enquanto empresário, a média de R$ 10000,00 (dez mil reais)
mensais e não possui outros filhos
Mediante o exposto, urge salientar que a cada dia, diante das responsabilidades suscitada
pela criação de VALDELICE, a genitora encontra-se endividada, uma vez que, conforme já
demonstrado, os gastos necessários para manutenção de todos os cuidados com a criança, superam o
valor recebido pela requerente. Diante de tais condições observa-se comprovado os dois requisitos
imprescindíveis à concessão de liminar: periculum in mora e fumus bonne iuris.
Tal instituto encontra-se comprovado na Lei 5478/86, senão vejamos: “Art. 4º As despachar
o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o
credor expressamente declarar que deles não necessita.” Desse modo, requer-se a fixação dos
alimentos provisórios no valor de 20% dos rendimentos, uma vez que mostra-se valor razoável
para adimplementos das obrigações de VALDELICE e não gera risco ou prejuízo à Valter.
5) DO PEDIDO
a) a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, nos termos do art. 98 e seguintes, do Código de
Processo Civil e art. 1º, § 2º, da Lei nº 5.478/68;
b) a fixação de alimentos provisórios, no percentual de 20% com base no art. 4º, da Lei nº 5.478/68;
c) não sendo concedido o percentual requerido, que sejam concedidos alimentos provisórios em
percentual que o presente Juízo achar adequado;
e) a intervenção do representante do Ministério Público, nos termos do art. 178, inciso II, do CPC;
Nestes Termos,
Advogado OAB nº