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EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA E

SUCESSÕES DA COMARCA DE SALVADOR-BA

Valdelice, brasileira, menor absolutamente incapaz, com cinco anos de idade, neste auto
representada por sua genitora, a Sra. Alice, brasileira, solteira, operadora de telemarketing,
inscrita na identidade de nº. xxxx, cujo CPF é xxx, ambas residentes e domiciliadas na Rua xxx,
nº xxx, no bairro xxx, na cidade de Salvador/BA, com CEP xxx, e-mail xxx, vem,
respeitosamente, por seu advogado que este subscreve, perante Vossa Excelência propor:

AÇÃO DE ALIMENTOS c/c ALIMENTOS PROVISÓRIOS

em face de Valter, brasileiro, divorciado, empresário, inscrito na identidade de nº. xxxx, cujo
CPF é xxx, residente e domiciliado em Rua xxx, nº. xxx, bairro xxx, na cidade de Ilhéus/BA, CEP
xxx, pelos fatos e motivos que se passa a expor.

DOS FATOS

i. Valter e Alice tiveram um relacionamento amoroso do qual resultou Valdelice, que


atualmente possui cinco anos de idade;
ii. Valter, quando do nascimento da menina, a reconheceu como filha;
iii. Valdelice, atualmente, reside com a mãe, em Salvador/BA; enquanto o genitor
reside em Ilhéus/BA;
iv. A genitora, Sra. Alice, é operadora de telemarketing e percebe, mensalmente,
renda de R$ 1.200,00 (hum mil e duzentos reais);
v. A genitora é quem cuida diariamente da menina e, por esta razão, em função de
sua renda mensal, passa por dificuldades para criar a menina;
vi. Valter, genitor, é empresário, divorciado e sem filhos, e percebe mensalmente
(aproximadamente) R$ 20.000,00 (vinte mil reais);
vii. Valter auxilia financeiramente de forma esporádica, com quantias de R$ 200,00
(duzentos reais) e R$ 300,00 (trezentos reais);
viii. As despesas com moradia, alimentação, transporte, escola, saúde e lazer da
criança, perfazem o montante de R$ 2.360,00 (dois mil, trezentos e sessenta reais)
por mês.

DA OBRIGAÇÃO DE ALIMENTAR

Nos termos do artigo 1.964, do Código Civil, é dever dos parentes prestar alimentos,
de modo a arcar e satisfazer as necessidades dos demais. Constata-se que Valter é pai de
Valdelice (conforme reconhecimento do nascimento) e, portanto, recai a ele o dever,
conjuntamente, de prestar alimentos à filha (artigo 1.634, I, do Código Civil).

Importante, outrora, reafirmar, que conforme aludido pelo artigo 1.964, CC, a
prestação de alimentos deve ser fixada à luz do binômio necessidade/possibilidade. Vê-se, do
caso, que o genitor, ora requerido, vem pagando, de forma esporádica, quantias que não
respeitam a normativa legal, o que muito a prejudica.

DA NECESSIDADE DA ALIMENTADA

As necessidades da autora, Valdelice, são claras no que tange à moradia, alimentação,


transporte, escola, saúde e lazer; itens básicos e fundamentais à uma vida digna, conforme
preconiza a Constituição Federal. Retira-se dos autos, por contrário, que as necessidades acima
expostas foram claramente cerceadas, quando da não contribuição real e contínua do genitor,
Sr. Valter.

É, neste sentido, que se é necessário o recebimento de pensão alimentícia compatível


às necessidades da criança, para um crescimento bom e saudável.

DA FIXAÇÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Nos termos do artigo 4º, da Lei 5.478/68, ao realizar o pedido ao juízo competente, o
juiz fixará, desde logo, alimentos provisórios a serem pagos pelo requerido, salvo se,
expressamente o credor (autor) declarar deles não necessitar.

Do caso em tela, é evidente a necessidade de assim fixar, tendo em vista o valor


mensal recebido pela genitora e os cuidados que a mesma concebe à sua criança sozinha.

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:

i. Sejam deferidos os benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, vez que a


requerente não possui condições de arcar com os custos processuais, nos termos
dos artigos 98 e 99 do CPC;
ii. A citação do réu para, querendo, apresentar resposta à presente ação;
iii. A produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a testemunhal
mediante designação de audiência;
iv. A fixação de alimentos provisórios, no montante de R$ 2.360,00 (dois mil,
trezentos e sessenta reais), nos termos do artigo 4º, da Lei 5.478/68;
v. A intimação do Ministério Público, nos termos do artigo 698, do CPC;
vi. A condenação do réu ao pagamento dos honorários advocatícios, conforme
preconiza o artigo 85, §2º, do CPC;
vii. Designação de audiência de mediação e conciliação;
viii. A fixação de pensão mensal alimentícia, no valor de dois salários mínimos mensais,
que deverá ser depositado na conta da genitora da menor;
ix. A condenação do réu ao apagamento dos valores devidos, atualizados, até a
presente data, calculados em R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

Atribui-se à causa o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais).

Nestes termos,

Pede deferimento.

Salvador-BA, 13 de setembro de 2023

Advogado
OAB/BA xxx

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