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JUIZO DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE ALFA.

Luísa dos Santos Bastos, brasileira, menor impúrbere, nascida em 01/01/2010, neste ato
representado por sua genitora, Maria dos Santos, brasileira, auxiliar de serviços gerais,
divorciada, CPF inscrito sob o nº 123 333 650-40 RG nº777 59 3215, residente e
domiciliado na Rua dos Pinheiros, número 120, CEP 95630-000, bairro Mundo Novo,
Alfa- RS, endereço eletrônico mariadossantos@gmail.com, vem respeitosamente à
presença de vossa excelência, através de seu advogado infra-assinado, procuração em
anexo, com endereço eletrônico xxxx, endereço profissional na rua dos Milagres, número
397, bairro Alvorada, Gravataí-RS, onde receberá intimações de costume, com
fundamento na Lei 5.478, de 25 de julho de 1968, artigos 1,694 e 1,696 do Código Civil
( CC), bem como o artigo 229 da Constituição federal (CF), propor:

AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGOS C/C TUTELA DE URGÊNCIA

com pedido de tutela provisória de urgência antecipada incidental inaudita


altera pars em face de, Alice Bastos, brasileira, aposentada, viúva, CPF
inscrito sob o nº. 985 381 960-61, RG nº 3665 862 6335, residente e
domiciliado na Rua Afonso Pena, número 1185, CEP 95600-000, bairro
Esperança, Delta- RS, endereço eletrônico alicebastos@gmail.com em razão
dos fatos e fundamentos a seguir expostos:

I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Cumpre inicialmente destacar que a requerente não possui condições de arcar com os
custos do processo sem prejuízo da do seu sustento e de sua família, conforme declaração
de hipossuficiência, razão pela qual requer os benefícios da justiça gratuita, na forma do
art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC) e do inciso LXXIV do artigo 5º da
Constituição Federal (CF).
II - DOS FATOS

A senhora Maria dos Santos, representante do autor neste ato, manteve matrimonio com
o Sr. Paulo Bastos, relação que culminou no nascimento de Luísa dos Santos Bastos,
nascida em 01 de janeiro de 2010, mas no dia 04 de julho de 2015 vieram a se divorciar.

No momento do divórcio ficou acordado que o Sr. Paulo Bastos pagaria pensão
alimentícia à Luísa, fixadas no valor de R$ 2.000,00, (dois mil reais), o que fez até o dia
de sua morte, em 25/08/2018.

Ocorre que o pai da autora não era detentor de bens ao qual pudessem ser herdados por
sua família. Atualmente a criança vive exclusivamente com a mãe, que tem assumido
total e absoluta responsabilidade com o custeio e manutenção de sua filha. Encontra-se
sem condições de arcar sozinha com despesas de manutenção e educação da menor, já
que percebe pecúnia mínima salarial, valor insuficiente para arcar com todas as despesas
da autora.

A avó paterna, Alice Bastos, goza de confortável situação patrimonial, sendo a única avó
da menor ainda com vida, portanto a promovido é pessoa que goza de possibilidades
financeiras de auxiliar sua neta, sendo assim a autora da demanda pleiteia a concessão de
alimentos avoengos em face de sua avó paterna, diante da impossibilidade de oferecer o
que a menor necessita para viver com o mínimo de dignidade.

III - DO DIREITO

DA TUTELA DE URGÊNCIA

A requerente postula em juízo a concessão de tutela provisória de urgência incidental em


caráter liminar e inaudita altera pars para a fixação dos alimentos provisórios no
montante de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), mediante depósito na conta
bancária da genitora da autora, todo dia 15 de cada mês, ou mediante desconto na folha
de pagamento da ré e consequente depósito na conta bancária da genitora em face da
responsabilidade avoenga.

DA RESPONSABILIDAADE AVOENGA
A obrigação dos avós em prestar alimentos encontra fundamento nos artigos 1.696 e
1.698 do Código Civil Brasileiro (CC).

Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo
a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta
de outros.

Portanto havendo demonstração da incapacidade do genitor em adimplir com integral


sustento de sua filha, os ascendentes devem responder com os alimentos necessários a
criança, sendo assim uma modalidade de intervenção de terceiro já fixado entendimento
legal favorável, jurisprudencial e doutrinário.

DO BINOMIO NECESSIDADE – POSSIBILIDADE

Já é sábio que para a fixação de alimentos deve se levar em consideração os requisitos


necessidade versos possibilidade, onde é levado em consideração a real necessidade da
autora em relação aos alimentos e a possibilidade máxima do alimentante, como aduz o
art. 1.694, do Código Civil Brasileiro.

Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos


outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.

§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do


reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.

§ 2o Os alimentos serão apenas os indispensáveis à subsistência, quando a


situação de necessidade resultar de culpa de quem os pleiteia.

DA FIXAÇÃO DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS

Pleiteia- se alimentos provisórios em caráter de urgência, durante a pendencia da lide,


pois a mesma não pode esperar até que haja uma sentença em definitivo, levando em
conta a morosidade em que o sistema judiciário brasileiro se encontra, tal dispositivo
possui previsão legal no art. 4º da Lei 5.478/68, lei esta que trata da ação de alimentos.

IV - DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:

a) Concessão de alimentos provisórios no valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos


reais) a serem depositados na conta nº010198578, agência 1208, banco do Brasil;
b) O acolhimento da tutela de urgência suscitada;
c) O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na forma lei, não
podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento e de
sua família;
d) Que a demando seja declarada procedente em sua totalidade;
e) A fixação dos alimentos em caráter provisório;
f) Designação de audiência prévia de conciliação, nos termos do art. 319, VII,
do CPC;
g) A citação do requerido, para que compareça em audiência de auto composição a
ser designada por Vossa Excelência, sob pena de confissão quanto a matéria de fato,
podendo contestar dentro do prazo legal sob pena de sujeitar-se aos efeitos da revelia,
conforme artigo 344 do CPC.
h) A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito, em
conformidade com o artigo 178, II do CPC;

V - DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova, em especial a testemunhal,


documental, bem como todas aquelas necessárias à obtenção da justiça.

Dá-se a causa o valor de R$18.000,00 (dezoito mil reais) para efeitos fiscais.

Nestes termos,

P. deferimento.

Gravataí 15 de agosto de 2020

ADVOGADO

OAB/RS XXXXXX
JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE
GRAVATAÍ.

PROCESSO Nº: XXXXXX

OBJETO: CONTESTAÇÃO

Equinócio Azambuja, inscrito no CNPJ/MF sob nº 12.836.999/0001-92, com


endereço na Rodovia RS-118, nº 6.811, Bairro Boa Vista, CEP 93.230-390, Gravataí/RS
- endereço eletrônico de seu representante legal: xxx@xxx.com por um de seus
procuradores firmatários, forte nos arts. 335 e 343 do CPC/2015, em face da Ação de
Alimentos movida contra si por Sodileuza Cardoso, representada por sua genitora,
Eleutéria Cardoso, inscrita no CNPJ/MF sob nº 05.537.083/0001-76, com endereço na
Rua Antônio de Albuquerque, nº 156, 12º e 14º andares, Bairro Funcionários, CEP
30.112-010, Gravataí/RS, endereço eletrônico de seu representante legal: xxxx@xxx.com
vem, respeitosamente, à presença de V. Exa., apresentar suas razões de

CONTESTAÇÃO

I. DOS FATOS

O Réu viveu em união estável com a representante da menor por cerca de 2 anos,
não tendo filhos com a mesma e tendo se afastado do lar pelo fato de estar sendo traído
pela companheira.

Não reconhece ser o pai da menor, além do que, quando de sua saída do lar,
sequer a genitora estaria grávida.

A parte autora pretende à título de alimentos a quantia de três salários mínimos


mensais.
O Requerido foi demitido de seu emprego recentemente, encontrando-se
desempregado. O valor que recebe a título de seguro desemprego é insuficiente para
suprir suas necessidades básicas, tais como alimentação, medicamentos, aluguel e demais
contas, fazendo com que ele não possa arcar com o valor pretendido pela Requerente na
inicial.

Ademais, logo que se separou da genitora da menor, o Réu contraiu núpcias, da


qual lhe adveio um filho, de nome Solstício Azambuja, conforme comprova pela certidão
de nascimento apresentada.

Sua atual esposa também se encontra desempregada, sendo que o único sustento
da família é o seguro desemprego do Réu, o qual, inclusive, está com os dias contados.

Esclarece que a genitora da Requerente está empregada, percebendo um salário


mensal no montante de R$ 1.200,00, sendo este mais do que suficiente para seu próprio
sustento e para sustendo da criança.

O Réu lhe apresenta a citação para contestar o feito, recebida com data de 20 de
agosto de 2020, com despacho deferindo alimentos provisórios no montante de UM
SALÁRIO MÍNIMO.

II. DO DIREITO

O Código Civil, em seu artigo 1.694 e § 1º, dispõe que "podem os parentes, os
cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver
de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de
sua educação" e " os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada".

O mesmo dispositivo legal, em seu artigo 1.695, prevê que "são devidos os
alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu
trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem
desfalque do necessário ao seu sustento".

Por fim, o artigo 1.703, também do Código Civil, diz que "para manutenção dos
filhos, os cônjuges separados judicialmente contribuirão na proporção de seus recursos".

Assim, tendo em vista que, antigamente, quando a genitora do Requerente estava


desempregada e impossibilitada de prestar alimentos a este, o Requerido o fez,
atualmente, esta que deve contribuir, pelo menos até que a situação financeira do Réu se
restabeleça.

Não nega o Requerido ter tido um relacionamento com a mãe da Requerente,


porém, cabe ressaltar que durante esse período teria se afastado do lar pelo fato de estar
sendo traído.
Tendo notícias de que a genitora da Requerente possuía relacionamento
simultâneo com outro homem, e nunca ter sido procurado pela mãe da genitora, estava o
Requerido convencido de que não era o pai da criança.

Destarte, mostra-se totalmente incerta a paternidade, fazendo-se mister prova


cabal do fato articulado, na espécie do exame de DNA, instrumento hábil para
confirmação da origem biológica, conforme entendimento deste tribunal, veja-se:

INVESTIGAÇÃO DE PATERNIDADE CUMULADA COM PEDIDO DE


ALIMENTOS - INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ - EXAME DE DNA -
NECESSIDADE DE REALIZAÇÃO - CASSAÇÃO DO DECISUM. - Na investigação
de paternidade, o magistrado deve se valer da inic0iativa probatória, com o objetivo de
apurar a verdade dos fatos postos à sua apreciação, evitando-se, assim, o prolongamento
indefinido da discussão em torno do vínculo familiar. (TJ-MG 107010512921860011 MG
1.0701.05.129218-6/001 (1), Relator: SILAS VIEIRA, Data de Julgamento: 10/04/2008,
Data de Publicação: 31/05/2008)

III. DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer de Vossa Excelência:

a) seja julgada improcedente o presente pedido, devido a condição financeira do


Contestante;

b) seja concedido o benefício da gratuidade processual, nos termos do art. 98 do


CPC, por ser o Requerido pobre na forma da lei;

c) seja remetido os autos para manifestação do representante do Ministério


Público;

d) a oportunidade de, servindo-se de todos os instrumentos probatórios em


direito admitidos, em especial exame de DNA, produzir prova quanto ao fato apontado;

e) provando-se que o Requerido não é o pai da Requerente seja julgado


totalmente improcedente o pedido feito na inicial, sendo condenada a Requerente ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatícios;

Protesta comprovar as alegações por meio dos documentos juntados à presente


e oitiva das testemunhas abaixo arroladas.

Nestes termos,

P. deferimento.

Gravataí, 20 de agosto de 2020.

ADVOGADO

OAB/RS XXXXXX
JUÍZO DE DIREITO DA Xª VARA DA FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DA
COMARCA DE XXXX

Processo nº xxxxxxxxxx / xxxx

Fase de Cumprimento de Sentença

ALIVINO CARVALHO, menor impúbere, neste ato representado por sua


genitora senhora XXXX, brasileira, solteira, professora, portadora da Cédula de
Identidade/RG nº XXXX- SSP/XX, inscrito no CPF/MF sob o nº XXXXXXX,
telefone (XX) XXXX, e e-mail XXXX @ gmail.com, residente e domiciliada à
RUA XXX, Nº XXX, Jardim XXX, no município de XXX, estado de XXXX, CEP:
XXX, através de seu advogado e procurador infra-assinado (procuração anexa),
vem a honrosa presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 528, § 3º e §
7º, do Código de Processo Civil, requerer o

CUMPRIMENTO DE TÍTULO JUDICIAL


DE ALIMENTOS PELO RITO DA COERÇÃO PESSOAL

em face de PORTENTOSO CARVALHO, brasileiro, solteiro, bancário, portador


da Cédula de Identidade/RG nº XXXX- SSP/XX, inscrito no CPF/MF sob o nº
XXXXXXX, telefone (XX) XXXX, e e-mail XXXX @ gmail.com, residente e
domiciliada à RUA XXX, Nº XXX, Jardim XXX, no município de XXX, estado
de XXXX, CEP: XXX, nos termos que passa a expor e ao final requerer:

I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA:

Inicialmente, requer a concessão dos benefícios da Gratuidade da Justiça,


nos termos do artigo 98 e seguintes, da Lei nº 13.105/ 2.015, artigo 5º,
inciso LXXIV, da Constituição Federal e artigo 4º, da Lei nº 1.060/ 50, por não
possuírem condições financeiras para arcar com as despesas e custas processuais,
sem prejuízo do próprio sustento e de seus familiares (declaração anexa).

II - DA SENTENÇA A SER CUMPRIDA:

1.- Por força da r. Sentença exarada nos autos em epígrafe, restou o ora executado
condenado ao pagamento de pensão alimentícia ao exequente, seu filho (certidão
de nascimento anexa), no valor mensal correspondente a 20% (vinte por cento) do
salário mínimo vigente, com vencimento para o dia 10 (dez) de cada mês (cópia
anexa).

2.- Referida Decisão, há muito, transitou em julgado. No entanto, o executado não


tem honrado com sua obrigação alimentar desde o mês de abril de 2020.
Em consequência desse abandono material por parte do executado/ genitor,
o exequente vem passando por gravíssimas privações, razão pela qual se viu
obrigado a se socorrer do Judiciário.

Trata-se, portanto, de execução que depende exclusivamente de cálculos


aritméticos para determinar o valor do crédito, ex-vi do § 2º, do artigo 509,
do NCPC.

Esclarece o exequente que está cobrando nestes autos as parcelas vencidas e


não pagas referentes ao lapso de abril/2020 a agosto de 2020, mais as que se
vencerem no curso do processo, informando que as mais remotas estão sendo
cobradas em ação própria, pelo rito da coerção patrimonial.

III- DA MEMÓRIA DISCRIMINADA DE CÁLCULO:

Conforme o DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO ANEXO, o total do


débito, atualizado até a presente data, é de R$9.500,00 (nove mil e quinhentos
reais).
Cumpre informar que no cálculo a correção monetária foi efetuada utilizando-
se a Tabela Prática do E. TJRS, mais taxa de juros simples de 1% (um por cento)
ao mês, aplicados sobre a obrigação mensal, que corresponde a 20% do salário
mínimo, na data dos seus respectivos vencimentos, desde abril/..... até agosto/.

IV - DOS REQUERIMENTOS

Ante o exposto, respeitosamente REQUER a Vossa Excelência se digne em:

a) Seja deferido o pedido de Gratuidade da Justiça, nos termos do artigo 98 e


seguintes, da Lei nº 13.105/ 2.015, artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição
Federal, por não possuírem condições financeiras para arcar com as despesas e
custas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e de seus familiares;

b) seja determinada a intimação pessoal do executado, para, em 03 (três) dias,


pagar o débito vencido e o que se vencer no curso do processo, provar que o fez
ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo, sob pena de decretação de sua prisão
civil, nos termos dos § 3º e § 7º, do artigo 528, do NCPC;

c) a intimação do i. representante do Ministério Público, para que acompanhe o


feito, conforme determina o artigo 178, do NCPC;
d) a condenação do executado ao pagamento das custas e despesas processuais,
além de honorários advocatícios, no importe de 20% (vinte por cento) sobre o
valor atualizado do débito, nos termos do § 1º, do artigo 85, do NCPC;

e) seja expedido ofício ao INSS- Instituto Nacional do Seguro Social, no sentido


de requerer informações acerca da existência de vínculo empregatício em nome
do executado. Em caso positivo, seja oficiado ao empregador no sentido de que
seja descontado diretamente da folha de pagamento do devedor o valor devido à
título de pensão alimentícia, tanto os vincendos quanto os vencidos, conforme
autoriza e nos limites do § 3º, do artigo 529, do NCPC;

f) por derradeiro, se constatada conduta procrastinatória por parte do executado,


requer, se digne Vossa Excelência em oficiar ao Ministério Público no sentido de
se verificar a prática do crime de abandono material, previsto no artigo 244,
do Código Penal, conforme autoriza o artigo 532, do Código de Processo Civil.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidas,


requerendo, desde já, a juntada da documentação anexa.

Atribui-se à causa o valor de R$ 5.050,00 (cinco mil e cinquenta reais).

Termos em que, pede e espera peferimento.

Gravataí 02 de setembro de 2020

ADVOGADO

OAB/RS XXXXX
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA Xª VARA DA
FAMÍLIA E DAS SUCESSÕES DA COMARCA DE GRAVATAÍ
Processo nº xxxxxxxxxx / xxxx
Fase de Cumprimento de Sentença

EUDÁLIO CUNHA DA SILVEIRA, menor impúbere, neste ato representado por sua
genitora senhora ELEUTÉRIA DA CUNHA, brasileira, solteira, doméstica, RG nº
5019329888, inscrito no CPF sob o nº 090799700-00, telefone (51) 99887.7666, e e-mail
eleuteria.cunha@gmail.com, residente na Rua Aracuã, 67, Gravataí/RS, CEP 94.050-090,
através de seu advogado e procurador infra-assinado (procuração anexa), vem a honrosa
presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 523, § 1º e 831, do Código de
Processo Civil, requerer o
CUMPRIMENTO DE TÍTULO JUDICIAL
PELO RITO DA PENHORA
em face de EPITÁFIO DA SILVEIRA, brasileiro, solteiro, motorista, sob o RG
nº 2354761277, telefone (51) 99005.8995, e e-mail epitafiodasil@gmail.com, residente
na Rua Salgado Filho, 245, Cachoeirinha/RS, CEP 94.950-140, nos termos que passa a
expor e ao final requerer:
I – DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
Inicialmente, requer a concessão dos benefícios da Gratuidade da Justiça, nos termos do
artigo 98 e seguintes, da Lei nº 13.105/ 2.015, artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição
Federal e artigo 4º, da Lei nº 1.060/ 50, por não possuírem condições financeiras para
arcar com as despesas e custas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e de seus
familiares (declaração anexa).
II - DA SENTENÇA A SER CUMPRIDA:
01.- Por força da r. Sentença exarada nos autos em epígrafe, restou o ora executado
condenado ao pagamento de pensão alimentícia ao exequente, seu filho (certidão de
nascimento anexa), no valor mensal correspondente a R$ 500,00.
02.- Referida Decisão, há muito, transitou em julgado. No entanto, o executado não tem
honrado com sua obrigação alimentar desde o mês de janeiro de 2020.
Em consequência desse abandono material por parte do executado/ genitor, o exequente
vem passando por gravíssimas privações, razão pela qual se viu obrigado a se socorrer do
Judiciário. Trata-se, portanto, de execução que depende exclusivamente de cálculos
aritméticos para determinar o valor do crédito, ex-vi do § 2º, do artigo 509, do NCPC.
III- DA MEMÓRIA DISCRIMINADA DE CÁLCULO:
03.- Conforme o DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO ANEXO (CPC-509-§ 2º), o total
do débito, atualizado até a presente data, é de R$ 2355,00 (dois mil trezentos e cinquenta
e cinco reais).
MÊS EM VALOR VALOR VALOR DEVIDO
ORIGINÁRIO PAGO
REFERÊNCIA ACRESCIDO DE JUROS

JANEIRO/2020 R$500,00 R$250,00 R$300,00

FEVEREIRO/2020 R$500,00 R$250,00 R$300,00

MARÇO/2020 R$500,00 R$250,00 R$300,00

ABRIL/2020 R$500,00 R$250,00 R$295,00

MAIO/2020 R$500,00 R$250,00 R$295,00

JUNHO/2020 R$500,00 R$250,00 R$295,00

JULHO/2020 R$500,00 R$250,00 R$290,00

AGOSTO/2020 R$500,00 R$250,00 R$290,00

SOMA: R$2355,00

Cumpre informar que no cálculo a correção monetária foi efetuada utilizando-se a Tabela
Prática do E. TJSP (DJe, TJSP, Administrativo, 10/02/2018, p.2), mais taxa de juros
simples de 1% (um por cento) ao mês, aplicados sobre a obrigação mensal, que
corresponde a 60% do salário mínimo, na data dos seus respectivos vencimentos, desde
junho/2017 até novembro/2017, visto que os alimentos recentes serão cobrados pelo rito
da coerção pessoal (NCPC-528-§ 3º e § 7º e 911).

IV - DOS REQUERIMENTOS
Ante o exposto, respeitosamente REQUER a Vossa Excelência se digne em:
a) Seja deferido o pedido de Gratuidade da Justiça, nos termos do artigo 98 e seguintes,
da Lei nº 13.105/ 2.015, artigo 5º, inciso LXXIV, da Constituição Federal e artigo 4º, da
Lei nº 1.060/ 50, por não possuírem condições financeiras para arcar com as despesas e
custas processuais, sem prejuízo do próprio sustento e de seus familiares;
b) nos termos do NCPC 523, § 1º, seja determinada a intimação do executado, NA
PESSOA DE SEU I. ADVOGADO, para pagar o total do débito, conforme tabela de
cálculo anexa, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de incidir multa de 10% (dez por
cento) e honorários advocatícios no mesmo percentual de 10% (dez por cento), além de
sujeitar-se a penhora de bens (NCPC-831);
c) a intimação do i. representante do Ministério Público, para que acompanhe o feito,
conforme determina o artigo 178, do NCPC;
d) a condenação do executado ao pagamento das custas e despesas processuais, além de
honorários advocatícios, no importe de 10% (dez por cento) sobre o valor atualizado do
débito, nos termos do § 1º, do artigo 523, do NCPC;
e) seja expedido ofício ao INSS- Instituto Nacional do Seguro Social, no sentido de
requerer informações acerca da existência de vínculo empregatício em nome do
executado. Em caso positivo, seja oficiado ao empregador no sentido de que seja
descontado diretamente da folha de pagamento do devedor o valor devido à título de
pensão alimentícia, tanto os vincendos quanto os vencidos, conforme autoriza e nos
limites do § 3º, do artigo 529, do NCPC;
f) na eventualidade de inadimplemento após o decurso do prazo, requer, desde já, o
prosseguimento da execução, determinando a pesquisa, bloqueio e penhora de valores e
bens, através dos sistemas: f-1) BACENJUD; f-2) INFOJUD (especialmente IRPJ e
DOI); f-3) ARISP; f-4) RENAJUD; f-5) expedição de ofício à CAIXA Econômica
Federal, gestora das contas do FGTS, PIS, e ABONO salarial, para que informe acerca
de saldos mantidos naquela instituição em nome do executado; f-6) expedição de ofício
a Delegacia da RECEITA FEDERAL, para que forneça cópia das últimas declarações de
imposto de renda do executado; f-7) se frustrados todos os pleitos supra, a inscrição do
nome do devedor nos cadastros restritivos de créditos (SPC e SERASA), conforme
autoriza o inciso IV, do artigo 139, do NCPC;
g) requer se digne determinar o desarquivamento do feito em epígrafe; e
h) por derradeiro, se constatada conduta procrastinatória por parte do executado, requer,
se digne Vossa Excelência em oficiar ao Ministério Público no sentido de se verificar a
prática do crime de abandono material, previsto no artigo 244, do Código Penal, conforme
autoriza o artigo 532, do Código de Processo Civil.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito admitidas, requerendo,
desde já, a juntada da documentação anexa.
Atribui-se à causa o valor de R$ 3.592,93 (três mil quinhentos e noventa e dois reais e
noventa e três centavos).
Termos em que, pede e espera deferimento.
Gravataí / RS, 02 de outubro de 2020

ADVOGADO
OAB/RS XXX.XXX
EXCELENTÍSSIMO JUIZO DE DIREITO DA X ª VARA DE FAMÍLIA
DA COMARCA DE GRAVATAÍ/RS

João da Silva, brasileiro, divorciado, vendedor, RG 2934003345 -SSP-RS,


inscrito sob CPF Nº 000.234.445-33, residente e domiciliado na Rua Charrua, Nº 223,
Bairro Guaranás, Gravataí, CEP 94.223-230, endereço eletrônico
jsilva666@yahoo.com.br, vem, respeitosamente, perante V. Exa., ingressar com a
presente

AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS

em face de João Costa da Silva, brasileiro, estagiário, solteiro, RG Nº


3487456788 SSP- RS, CPF Nº 987.678.550-09, endereço eletrônico
jcs2002@hotmail.com, residente e domiciliado na Rua Mutuca , Nº 777, Bairro Insetos,
Gravataí, CEP 92.665-123, pelos fundamentos fáticos e jurídicos que serão a seguir
apresentados:

JUSTIÇA GRATUITA

O Requerente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, com fundamento


no art. 98 caput e § 1º, § 5º do CPC/15, tendo em vista não poder arcar com as despesas
processuais. Para tanto, faz juntada do documento necessário - declaração de
hipossuficiência.

DOS FATOS

O requerente, já divorciado da requerida, onde fora acordado pensão alimentícia


no valor total de R$ 800,00 mensais em favor de seu filho João, conforme autos do
processo em anexo Nº 123.456.55 no ano de 2006, onde tal acordo se encontra transitado
em julgado.

Contudo, o requerido fora demitido de seu antigo emprego, passando por


dificuldades para se manter assim como para pagar o valor dos alimentos. Atualmente o
requerido se encontra empregado, contudo, percebe valor mensal de R$ 800,00 reais
mensais, conforme comprovante em anexo, sendo recebido mensalmente valor menor que
o da pensão alimentícia.

Não sendo possível continuar pagando o valor acordado anteriormente, o


requerente afirma poder pagar o valor de R$ 250,00 mensais, para que assim não
prejudique seu próprio sustento.

DO DIREITO

É cediço que o valor da pensão alimentícia deve ser fixado com esteio no
binômio necessidade-possibilidade, sendo este primeiro atinente à pessoa que vai receber
os alimentos e o último àquele que os deve prover.
Percebe-se, diante dos fatos acima narrados, devidamente comprovados através
da documentação acostada à inicial, que o valor da pensão alimentícia estipulado no
processo nº 123.456.55 está em excesso quando comparado à atual possibilidade de
pagamento do requerente.

Diante da necessidade de mudança do valor da pensão alimentícia, o Diploma


Civil brasileiro prevê medidas para que uma nova deliberação judicial venha a adequar o
valor da obrigação às reais condições de pagamento do alimentante. Neste sentido
preceitua o artigo 1.699 do Código Civil:

“Art. 1.699 Se fixados os alimentos, SOBREVIER MUDANÇA NA FORTUNA


DE QUEM OS SUPRE, OU NA DE QUEM OS RECEBE, PODERÁ O
INTERESSADO RECLAMAR DO JUIZ, conforme as circunstâncias, exoneração,
redução ou majoração do encargo. ”
A Lei nº 5.478/68 (Lei de Alimentos), em seu artigo 15, prevê a revisão da ação
de alimentos, a qualquer momento, desde que, conforme já antecipado no Código de
Processo Civil e no Código Civil Brasileiros, ocorra modificação no contexto financeiro
do Alimentando ou do Alimentante, como se transcreve, in verbis:

“Art. 15. A DECISÃO JUDICIAL SOBRE ALIMENTOS NÃO TRANSITA


EM JULGADO, PODE A QUALQUER TEMPO SER REVISTA EM FACE DA
MODIFICAÇÃO DA SITUAÇÃO FINANCEIRA DOS INTERESSADOS. ”
Foi exaustivamente provado, na parte dos argumentos fáticos desta peça, que o
promovente não pode suportar por mais tempo a permanência da pensão alimentícia em
tela sem colocar em risco a própria sobrevivência, posto que os valores fixados se
tornaram excessivos, não mais correspondendo à realidade dos termos do pacto
anteriormente firmado.

A locução legal encontra forte ressonância na jurisprudência, conforme se vê na


leitura do acórdão abaixo citado:

AÇÃO DE ALIMENTOS. REVELIA. FIXAÇÃO DOS ALIMENTOS.


ADEQUAÇÃO DO QUANTUM. BINÔMIO POSSIBILIDADE E NECESSIDADE. (...)
2. Cabe a ambos os genitores a obrigação de prover o sustento dos filhos menores,
devendo cada qual concorrer na medida da própria disponibilidade, e, enquanto a mãe,
que é guardiã presta o sustento in natura, cabe ao pai, não guardião, prestar alimentos in
pecunia. 3. O valor dos alimentos deve ser suficiente para atender o sustento dos
filhos, mas dentro das condições econômicas do genitor, não merecendo reparo a
fixação posta na sentença que se mostra bastante razoável e afeiçoada ao binômio
possibilidade e necessidade. (...) (Apelação Cível Nº 70065392771, Sétima Câmara Cível,
Tribunal de Justiça do RS, Relator: Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado
em 29/07/2015).
A professora Maria Helena Diniz, em anotação ao atual tema, diz com extrema
propriedade, in verbis:

“MUTABILIDADE DO “QUANTUM” DA PENSÃO ALIMENTÍCIA. O


VALOR DA PENSÃO ALIMENTÍCIA PODE SOFRER VARIAÇÕES
QUANTITATIVAS OU QUALITATIVAS, uma vez que é fixada após a verificação
das necessidades do alimentando e DAS CONDIÇÕES FINANCEIRAS DO
ALIMENTANTE; assim, SE SOBREVIER MUDANÇA NA FORTUNA DE QUEM
A PAGA OU NA DE QUEM A RECEBE, PODERÁ O INTERESSADO
RECLAMAR DO MAGISTRADO, PROVANDO OS MOTIVOS DE SEU
PEDIDO, CONFORME AS CIRCUNSTÂNCIAS, exoneração, REDUÇÃO ou
agravação do encargo. ” (Adcoas, n. 87.808, 1982, TJMG, 72.073, 1980, e 91.331, 1983,
TJRJ; RT, 526: 195, 620: 166, 530: 241; Ciência Jurídica, 39: 173 e 18: 92; JB, 167: 292)
Nelson Nery Júnior analisa, admiravelmente, o artigo 15, da Lei nº 5.478/68,
prelecionando, in verbis:

“PROPOSITURA DE NOVA AÇÃO. NOVA CAUSA DE PEDIR.


MODIFICADAS AS CIRCUNSTÂNCIAS DE FATO OU DE DIREITO SOB AS
QUAIS FOI PROFERIDA A SENTENÇA DE ALIMENTOS JÁ TRANSITADA
EM JULGADO, PODE SER AJUIZADA OUTRA AÇÃO, VISANDO A
DIMINUIÇÃO, a elevação ou a exoneração da pensão alimentícia. TRATA-SE DE
OUTRA AÇÃO, COMPLETAMENTE DIFERENTE DA PRIMEIRA, PORQUE
FUNDADA EM OUTRA CAUSA DE PEDIR REMOTA. ALTERADO UM DOS
ELEMENTOS DA AÇÃO (CAUSA DE PEDIR) E PROVAVELMENTE OUTRO
ELEMENTO (PEDIDO), JÁ NÃO SE PODE FALAR EM AÇÕES
IDÊNTICAS (CPC 301, §§ 1º e 3º). A COISA JULGADA PROFERIDA NA
PRIMEIRA AÇÃO FOI TOTALMENTE RESPEITADA E CONTINUA
APARELHANDO A SENTENÇA COM O ATRIBUTO DA IMUTABILIDADE.
OUTRA AÇÃO FOI MOVIDA, COM OUTRO FUNDAMENTO E OUTRO
PEDIDO. ”
O festejado jurista, citado no item anterior, ao abordar o artigo 28, da Lei
nº 6.515/77, afirma, in verbis:

“ALTERAÇÃO DA SENTENÇA DE ALIMENTOS. A AÇÃO ADEQUADA


PARA ESSA PROVIDÊNCIA É A REVISIONAL DE ALIMENTOS. PELA
PRÓPRIA NATUREZA DO DIREITO A ALIMENTOS, A SENTENÇA
PROFERIDA NA AÇÃO DE ALIMENTOS OU REVISIONAL DE ALIMENTOS
CONTÉM ÍNSITA A CLÁUSULA REBUS SIC STANTIBUS: enquanto
permanecerem as circunstâncias de fato e de direito da forma como afirmadas na
sentença, esta permanece com sua eficácia inalterável, MODIFICADAS AS
CIRCUNSTÂNCIAS SOB AS QUAIS FOI PROFERIDA A SENTENÇA, É
POSSÍVEL O AJUIZAMENTO DE NOVA AÇÃO DE ALIMENTOS
(REVISÃO ou exoneração). ”
O professor Basílio de Oliveira também alerta para a questão da fixação e
modificação dos alimentos, conforme cita-se, in verbis:

“Doutrinariamente, A FIXAÇÃO DOS ALIMENTOS, TANTO OS


ARBITRADOS JUDICIALMENTE COMO OS LIVRE CONVENCIONADOS,
TRAZ ÍNSITA A CLÁUSULA REBUS SIC STANTIBUS, SIGNIFICANDO A
PERMANÊNCIA DOS PRESSUPOSTOS DA POSSIBILIDADE DE QUEM OS
MINISTRA E A NECESSIDADE DE QUEM OS RECEBE, ENQUANTO
INOCORRERAM CAUSAS DE MUTAÇÃO DO STATUS.”
Logo, o princípio da cláusula “rebus sic stantibus” é fundamento vital na
fixação dos alimentos e na sua permanência dentro das fronteiras estipuladas pelas partes.
Sobrevindo, então, DEPAUPERAMENTO DO NÍVEL FINANCEIRO DO
ALIMENTANTE e/ou ACRÉSCIMO DA FORTUNA DO
ALIMENTANDO, poderá e deverá haver modificação daquilo judicial ou
contratualmente homologado, haja vista que, somente subsistirão os parâmetros
acordados, enquanto as condições econômicas daquela época existirem.

A análise do caso em apreço revela a existência da probabilidade do direito, que


está demonstrada pela descrição da situação do autor.

DO PEDIDO

Assim, com fundamento no artigo 229 caput da CF/88, artigo 22 do ECA;


artigos 1694 § 1º e 1.696 do CC/02; artigo 15º da Lei nº 5.478/68 e artigo 693 e
seguintes do CPC/15, requer a Vossa Excelência:

1) A DISTRIBUIÇÃO POR DEPENDÊNCIA do presente feito ao


processo nºXXXXXXXXX, que também tramitou perante este Insigne Juízo e que
contém a estipulação dos alimentos definitivos devidos pelo requerente;

3) O processamento da presente ação sob segredo de justiça (cf. art. 189, inciso
II do CPC/15);

4) O deferimento da gratuidade judiciária integral para todos os atos


processuais (cf. art. 98 caput e § 1º, § 5º do CPC/);

5) O deferimento do pedido, autorizando a revisão da pensão alimentícia de


XX%, do salário mínimo vigente, acordada em 2017, para o valor mensal de R$ XXX, o
que corresponde a ..% (trinta por cento) do salário que está recebendo atualmente. Os
valores resultantes do percentual acima descrito deverão ser pagos em espécie mediante
recibo, até o dia 10 de cada mês;

6) A citação da ré para comparecer à audiência de conciliação/mediação (cf.


artigo 695, § 1º do CPC/) e apresentação de contestação no prazo de 15
dias subsequentes à sua realização ou protocolo do pedido de cancelamento pelo (a)
promovido (a) (cf. art. 335, incisos I e II do CPC/15);

7) A intimação do Ministério Público para intervir como fiscal da ordem


jurídica (cf. art. 178, incisos I e II do CPC/15 c\c artigo 698 do CPC/15);

8) Ao final, proferir sentença de resolução de mérito acolhendo o pedido


de Minoração da pensão alimentícia e;

9) Condenação do promovido ao pagamento de honorários advocatícios a serem


fixados entre 10% e 20% sobre o valor da condenação/proveito
econômico obtido OU, sendo este valor irrisório, arbitramento de valor por apreciação
equitativa (cf. artigo 85, § 2º e § 8º do CPC/15);
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito,
notadamente depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas e juntada posterior de
documentos.

Dá-se à causa o valor de R$ XXXXX para os efeitos de lei.

Nestes Termos,

Pede Deferimento.

Gravataí 09 de outubro de 2020

ADVOGADO

OAB/RS
EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) DESEMBARGADOR (A) RELATOR (A) DO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE XXX/XX.

PROCESSO NA ORIGEM N.º XXXX

Rafaela, menor impúbere, representada por sua genitora Melina, ambas


já qualificadas nos autos da Ação em epígrafe que move em face
de Emerson, também já qualificado, vem respeitosamente perante Vossa
Excelência, por sua procuradora signatária, interpor o presente AGRAVO
DE INSTRUMENTO com fundamento no Artigo 1.015, I do Código de
Processo Civil, conforme razões anexas:

Requer ainda, a juntada da cópia integral do processo para o cumprimento do


disposto no Artigo 1.017 do Código de Processo Civil, bem como a juntada da guia de
preparo, devidamente recolhida conforme o Artigo 1.016 do Código de Processo Civil,
informando-se assim o nome e endereço do advogado da Agravante, ora Recorrente:
Nome e endereço do patrono do Agravante: Advogado; OAB; endereço XXXX,
Cidade/UF e;

1 - DA SÍNTESE

1º) Trata-se de Ação de Alimentos interposto por Rafaela, ora Recorrente, em face
de Emerson, ora Recorrido e, apesar do nome não constar na Certidão de Nascimento da
Recorrente, seu pai Emerson realizou o exame de DNA em 2019, voluntariamente e
extrajudicialmente a pedido de sua ex-esposa, na qual foi apontada a existência de
paternidade em relação a Rafaela.

2º) Segundo consta na Petição Inicial, a Recorrente informou ao Juízo que sua
genitora encontrava-se desempregada e que seu pai Emerson não exercia emprego formal
com carteira assinada, porém, vivia de “bicos” e serviços prestados de forma autônoma,
razão pela qual pediu a fixação de pensão alimentícia no valor de 30% (trinta por cento) sob
o salário mínimo.

3º) Por fim, o juiz de primeiro grau da 1ª Vara de Família da Comarca da Capital do
Estado Y INDEFERIU o pedido de tutela antecipada inaudita altera parte, rejeitando o
pedido de fixação dos alimentos provisórios com base nos seguintes fundamentos:

a) Inexistência de verossimilhança da paternidade, uma vez que o nome de Emerson


não constava na Certidão de Nascimento e que o exame de DNA juntado era uma prova
extrajudicial, colhida sem o devido processo legal, sendo, portanto, inservível; e

b) Inexistência de possibilidade por parte do réu, que não tinha como pagar pensão
alimentícia pelo fato de não exercer emprego formal, como confessado pela própria autora.
2 - DAS RAZÕES

1º) Apesar do pedido indeferido na ação em epígrafe, na qual foi explanado a


inexistência de verossimilhança da paternidade e de que o nome do Recorrido não constava
na Certidão de Nascimento da Recorrente, em 2019 foi realizado o exame de DNA, ainda
que feito extrajudicialmente, foi possível comprovar através do mesmo, a paternidade do
Recorrido em relação à sua filha Rafaela:

2º) E, no que diz respeito à pensão alimentícia também indeferida pelo juízo de
primeiro grau, tendo em vista a falta de emprego formal e a forma de sobreviver através de
“bicos” por parte do Recorrido, cabe ressaltar que o Recorrido presta serviços de forma
autônoma possibilitando-o em adquirir através dos diversos trabalhos, quaisquer tipo de
renda, inclusive os de valores altos podendo ultrapassar um salário mínino por mês,
portanto, conforme o § 1º do Artigo 1.694 do Código Civil em relação do binômio
necessidade do alimentado, diz que:

§ 1o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante


e dos recursos da pessoa obrigada.

E, em relação a possibilidade do alimentante, vale ressaltar o Artigo 1.695 do Código


Civil que diz:
Art. 1695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, a própria mantença, e aquele, de quem se
reclamam, podem fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
Sendo assim, conforme afirma o doutrinador Washington de Barros Monteiro, “se o
alimentando se acha em situação de penúria, tem certamente direito de impetrar alimentos,
ainda que possa ser responsabilizado pela própria situação de miséria”. (MONTEIRO, 2001,
p. 304).

O alimentante, por sua vez, tem o dever de cumprir com a pensão alimentícia, desde
que o montante a se pagar não prejudique seu próprio sustento.
Portanto, é necessário que haja uma proporcionalidade entre a necessidade de quem
tem o direito de receber os alimentos, com a possibilidade de quem tem o dever de pagá-
los.
Conforme cita Maria Helena Diniz:

“Imprescindível será que haja proporcionalidade na fixação dos alimentos


entre as necessidades do alimentando e os recursos econômicos financeiros
do alimentante, sendo que a equação desses dois fatores deverá ser feita, em
cada caso concreto, levando-se em conta que a pensão alimentícia será
concedida sempre ad necessitatem.” (DINIZ, 1997, p. 358).

3º) Ainda se tratando dos deveres do alimentante e de direitos do alimentado, já se


decidiu que:
CIVIL E PROCESSO. REVISÃO DE ALIMENTOS. DESEMPREGO. BINÔMIO
NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. ART. 1694, § 1º, DO CÓDIGO CIVIL. VALOR.
ADEQUAÇÃO.
1. A fixação dos alimentos civis deve ser orientada pelo § 1º do
artigo 1.694 do Código Civil, que preconiza a comprovação da necessidade de
quem a recebe e a situação financeira de quem paga, a fim de que seja
garantida a sua compatibilidade com a condição social das partes.
2. O valor da pensão alimentícia não pode ser consideravelmente reduzido
em função do desemprego de um dos genitores, pois, além de ser temporário,
as necessidades do alimentado continuam iguais e a percepção de seguro
desemprego não modifica drasticamente a situação financeira do
alimentante.
3. Constatado que o valor arbitrado a título de alimentos civis pelo juiz
sentenciante não se mostra razoável e proporcional em relação às
necessidades do alimentando e à capacidade do alimentante, deve ser dado
parcial provimento ao recurso do menor e modificado o quantum fixado na r.
sentença.
4. Recurso parcialmente provido.

3 – DO EFEITO SUSPENSIVO ATIVO

Considerando o pedido de tutela antecipada para a fixação de alimentos provisórios


em que foi negado, a não concessão do efeito pretendido por temor do Artigo 1.019, I
do Código de Processo Civil, acarretará prejuízos à alimentada, ora Recorrente, sem contar
em longa batalha judicial sendo que, o feito pode ser devidamente de pronto julgado, com
resolução de mérito.

4 – DO PEDIDO

Diante do exposto, requer seja recebido e processado o presente Recurso de Agravo


de Instrumento para que, no mérito, lhe seja dado provimento, oficiando-se à instância
originária, tal qual, reformando-se a decisão de primeira instância proferida pelo juízo “a
quo”.
Outrossim, requer seja o presente recurso recebido e processado em seu regular efeito
devolutivo e com o efeito suspensivo conforme o artigo 1.019, I do Código de Processo Civil,
intimando-se a parte contrária para querendo apresentar contraminuta no prazo legal.
Por fim, as despesas processuais e demais encargos podem ser evitados no caso,
respeitando-se, pois, o princípio da celeridade.

Nestes Termos, Pede Deferimento.


Local, data.

Advogado/OAB
AO JUÍZO DE DIREITO DA X VARA CÍVEL DA COMARCA DE X

Autos nº: XXX


Embargante: Supermercado Barriga Cheia

SUPERMERCADO BARRIGA CHEIA, já devidamente qualificada


nos autos do processo de número em epígrafe, cuja parte adversa é o
senhor CAPADÓCIO PEDERNEIRAS, também todos devidamente
qualificado, vem, respeitosamente, por seu advogado infra assinado, à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no art. 1.022 do
Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015), opor os presentes

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

em face da decisão de fl... Dos autos, pelas razões de fato e de direito


a seguir aduzidas.

1. ESCLARECIMENTO INICIAIS

1.1 DO CABIMENTO

Os embargos de declaração, ainda que detestados por alguns dos julgadores, são
cabíveis quando ocorre no julgado contradição, obscuridade, omissão ou com fim de
corrigir erro material.

Conforme palavras do Min. Marco Aurélio do E. STF, verbis:

"Os embargos declaratórios não consubstanciam crítica ao ofício judicante, mas


servem-lhe ao aprimoramento. Ao apreciá-los, o órgão deve fazê-lo com espírito de
compreensão, atentando para o fato de consubstanciarem verdadeira contribuição da
parte em prol do devido processo legal." (STF-2ª Turma, A. I. 163.047-5-PR-AGRG-
EDCL, j. 18.12.95, v. U., DJU 8.3.96, p. 6.223. In Theotônio Negrão. Código de
Processo Civil e Legislação em vigor, 35ª ed., São Paulo: Saraiva, p. 592, 2003.)

No caso em apreço, necessário ressaltar a existência de contradição e erro


material, motivo pelo qual cabível a oposição do presente embargo.

1.2 DA TEMPESTIVIDADE

Dispõe o Art. 1.023 do CPC que os embargos serão opostos no prazo de 05 dias,
em petição dirigida ao juiz, com indicação do erro, obscuridade, contradição ou
omissão.

Pois bem, a decisão de fl. X Dos autos foi publicada em XX/XX/XXX,


conforme certidão de publicação de fl.X.

Portanto, tempestivo o presente embargo.


2. DA SÍNTESE PROCESSUAL

A Embargante é ré em Ação Indenizatória com finalidade de receber valores


referentes a possível dano moral que alega a parte autora.

Conforme consta da decisão de fls. X dos autos, foi julgada improcedente a


presente ação, pois bem, diante dos fatos Vossa Excelência determinou a fixação de
multa no valor de dez salários mínimos, pagamento de custas, bem como honorários
sucumbenciais no valor de 10% do valor da causa que importam em R$ 10.000,00.

É a síntese.

3. DA DECISÃO EMBARGADA

O MM. Juiz proferiu decisão no seguinte teor: “Isto posto, julgo improcedente a
presente ação, nos parâmetros estabelecidos na fundamentação precedente, que é parte
integrante deste dispositivo, para todos os efeitos legais. Custas pela ré.

Honorários sucumbenciais pela mesma em 10% do valor da causa,

que importam no valor de R$10.000,00. Intimem-se as partes. NADA

MAIS.”

Contudo, data máxima vênia, houve erro material e por via de consequência
contradição na referida sentença, haja vista que Vossa Excelência arbitrou condenação a
parte ré aos referidos pagamentos sendo que a ação foi julgada improcedente, acabando
por não observar corretamente os atos processuais, devendo, portanto, ser corrigido o
erro material (decisão de fl. X Datado em XX/XX/XXX) e eliminada a contradição
decorrente.

4. DO ERRO MATERIAL - DA CONTRADIÇÃO

A decisão judicial deve seguir um raciocínio coerente conforme os atos do


processo de maneira que os seus preceitos trilhem uma seqüência lógica e ordenada que
culmine com a decorrente conclusão, sem conter nenhum tipo de contradição.

DOS PEDIDOS:

Diante de todo o exposto, requer seja acolhido e provido o presente embargo de


declaração para corrigir o erro material existente e por consequência sanar a contradição
apontada, no tocante à decisão prolatada.

Nesses termos, pede deferimento.

Local ..., data ...

Advogado...

OAB
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA XXª
VARA CÍVEL DA COMARCA DE XX/UF.
Processo nº: XXXXXXXXXXXXX

ANTÔNIO AUGUSTO, já devidamente qualificados nos autos da ação que


move em face de MAX TV S.A e Loja de Eletrodomésticos S.A, por
intermédio de seu advogado e bastante procurador signatário, vem respeitosa
e tempestivamente ante Vossa Excelência apresentar, nos termos do art. 1.009
e seguintes do Código de Processo Civil, o seu RECURSO DE APELAÇÃO
visando a modificação da respeitável sentença proferida nestes autos,
conforme razões de fato e de direito expostas avante. Por fim, requer à Vossa
Excelência seja o recurso devidamente recebido em seu duplo efeito (se for o
caso) e devidamente processado, eis que tempestivo e devidamente
preparado, conforme comprovante em anexo, encaminhando-se ao Egrégio
Tribunal de Justiça deste Estado. Termos em que, Pede Deferimento. Local,
data e ano. Advogado. OAB/ UF nº XXXXXX RAZÕES DA APELAÇÃO
Apelante: Antônio Augusto Apelado(s): Max TV S.A. Loja de
Eletrodomésticos Ltda. JUÍZO DE ORIGEM: XXª VARA CÍVEL DA
COMARCA DE XX/UF. PROCESSO ORIGINÁRIO Nº:
XXXXXXXXXXXXXX Egrégio Tribunal de Justiça; Colenda Câmara;
Nobres Desembargadores.

I – SÍNTESE DOS FATOS


O apelante adquiriu, em 20/10/2015, diversos eletrodomésticos de última geração,
dentre os quais uma TV de LED com sessenta polegadas, acesso à Internet e outras
facilidades, pelo preço de R$ 5.000,00 (cinco mil reais).
Depois de funcionar perfeitamente por trinta dias, a TV apresentou
superaquecimento que levou à explosão da fonte de energia do equipamento, provocando
danos irreparáveis a todos os aparelhos eletrônicos que estavam conectados ao televisor.
Não obstante a reclamação que lhes foi apresentada em 25/11/2015, tanto o
fabricante (MaxTV S.A.) quanto o comerciante de quem o produto fora adquirido (Lojas
de Eletrodomésticos Ltda.) permaneceram inertes, deixando de oferecer qualquer
solução.
Diante disso, em 10/03/2016, Antônio Augusto propôs ação perante Vara Cível
em face tanto da fábrica do aparelho quanto da loja em que o adquiriu.
O juiz, porém, acolheu preliminar de ilegitimidade passiva arguida, em
contestação, pela loja que havia alienado a televisão ao autor, excluindo-a do polo
passivo, com fundamento nos artigos 12 e 13 do Código de Defesa do Consumidor.
Além disso, reconheceu a decadência do direito do autor, alegada em contestação
pela fabricante do produto, com fundamento no Art. 26, inciso II, do CDC, considerando
que decorreram mais de noventa dias entre a data do surgimento do defeito e a do
ajuizamento da ação.

II – DOS FUNDAMENTOS
Ao contrário do que apontou na sentença, há solidariedade entre o varejista, que
efetuou a venda do produto, e o fabricante em admitir a propositura da ação em face de
ambos, na qualidade de litisconsortes passivos, conforme a conveniência do autor.
A responsabilidade solidária entre as Lojas de Eletrodomésticos Ltda. e a Max
TV S.A. encontra fundamento nos Art. 7º, parágrafo único, no Art. 25, § 1º e no art. 18,
todos do Código de Defesa do Consumidor, sendo que assevera este último: “Art. 18 Os
fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por
aqueles decorrentes da disparidade, com as indicações constantes do recipiente, da
embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de
sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas.” Pretende-
se pedir o afastamento da decadência.
No que concerne ao primeiro pedido, referente à substituição do produto, existe
reclamação referente à substituição do produto conforme art. 26, § 2º, inciso I do Código
de Defesa do Consumidor, configurando causa obstativa da contagem do prazo
decadencial. Assim, temos:
“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil
constatação caduca em: § 2° Obstam a decadência: I - a reclamação
comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser
transmitida de forma inequívoca;”
Além disso, no tocante aos demais pedidos, trata-se de responsabilidade civil por
fato do produto, não por vício, haja vista os danos sofridos pelo autor da ação, a atrair a
incidência dos artigos 12 e 27 do CDC, de modo que a pretensão autoral não se submete
à decadência, mas ao prazo prescricional de cinco anos, estipulado no último dos
dispositivos ora mencionados, em cuja tempestividade é inequívoca, dada a previsão
constante no artigo 27, do CDC, o qual assevera:
“Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento
do dano e de sua autoria.”

III – DOS PEDIDOS RECURSAIS


Por todo o exposto, à Vossa(s) Excelência(s) requer seja:
1 - Reformada a sentença anterior, para julgar procedentes os pedidos produzidos na peça
vestibular, na hipótese de a causa encontrar-se madura para o julgamento, segundo o Art.
515, § 3º, do CPC,
2 - Incluso o nome do comerciante no polo passivo, após o reconhecimento de sua
legitimidade passiva;
3 - Afastado o acolhimento de decadência, por se tratar de responsabilidade pelo fato do
produto;
4 - Intimados os apelados para apresentar contrarrazões;
5 - Determinado o retorno dos autos ao juízo de primeira instância, para prosseguimento
do feito.
Termos em que, pede deferimento.
Local, data e ano.

ADVOGADO
OAB/RS XXXXXX
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA X VARA CÍVEL DA COMARCA DE
GRAVATAÍ

PROCESSO Nº xxxxxxxxxxxxxxx

IPE SAÚDE, vem respeitosamente perante V. Exa., por intermédio de seus


advogados que a esta subscrevem, apresentar CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO, com
fundamento no artigo 1.010, §1º do Código de Processo Civil, para o devido processamento
na forma da Lei, junto ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

Nestes termos pede deferimento.

Porto Alegre, 20 de novembro de 2020.

ADVOGADO

OAB/RS
Exmo. Sr. Dr. Desembargador Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio
Grande do Sul

PROCESSO Nº: XXXXXXXXXXX

VARA: X

APELANTE: MALCINADO DOS SANTOS

APELADO: IPE SAÙDE

CONTRARRAZÕES DE APELAÇÃO

Egrégio Tribunal,

A Sentença de fls. XXX decidiu bem a matéria versada nos autos, não merecendo
revisão por parte deste Tribunal, de modo que a irresignação do Recorrente não merece
melhor sorte, pois, não trouxe aos autos argumentos sérios capazes de abalar os sólidos
fundamentos da decisão combatida.

I – SÍNTESE DOS FATOS

O apelante ingressou com a AÇÃO COMINATÓRIA DE OBRIGAÇÃO DE


FAZER, COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA em face do Réu, em xx/xx/xx,
requerendo a obrigação de fazer consubstanciada no fornecimento do medicamento
Quimioterático Plus a Mais conforme receitas médicas. Tendo sido julgada improcedente a
demanda em 15/01/2020 asseverando que o medicamento Quimioterápico era alternativo e
não constava na lista de referências de medicações ofertadas.

II– DA ALEGAÇÃO: “ DO PRINCÍPIO DA EVENTUALIDADE. DA


IMPOSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE MULTA.”

O magistrado na direção do processo pode determinar todas as medidas indutivas, coercitivas,


mandamentais ou sub-rogatórias necessárias para assegurar suas decisões inclusive nas ações
que tenham por objeto prestação pecuniária, conforme artigo 139, IV do CPC.

É inegável o desrespeito manifestado pelo Apelante ao Douto Juízo a quo, descumprindo suas
decisões, faltando com o seu dever, violando o disposto no artigo 77, IV do CPC, constituindo
em ATO ATENTATÓRIO A DIGNIDADE DA JUSTIÇA, devendo ser punido nos
termos do §2º do artigo supracitado, o que desde já se requer.

O Código de Processo Civil determina que o comportamento de todos os sujeitos processuais,


deve estar pautado na boa-fé, princípio que norteará a atuação dos sujeitos processuais,
incluindo juízes, trazendo deveres inerentes.

Art. 5º. Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo
com a boa-fé.

A boa-fé e a lealdade processual são deveres daqueles que participam no processo.

Quanto à litigância de má-fé, esta caracterizada em rol do artigo 80 do CPC, prevendo o artigo
81 e seguintes as sanções previstas, sendo o litigante responsável pelos prejuízos que causar,
além de despesas e honorários, aplicando cumulativamente multa superior a 01% e inferior a
10% do valor corrigido da causa, e quando irrisório, podendo chegar até 10 vezes o salário
mínimo.

Art. 80. Considera-se litigante de má-fé aquele que:

I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso;

II - alterar a verdade dos fatos;

III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal;

IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo;

V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo;

VI - provocar incidente manifestamente infundado;


VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório.

Art. 81. De ofício ou a requerimento, o juiz condenará o litigante de má-fé a pagar multa,
que deverá ser superior a um por cento e inferior a dez por cento do valor corrigido da causa,
a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários
advocatícios e com todas as despesas que efetuou.

§ 1o Quando forem 2 (dois) ou mais os litigantes de má-fé, o juiz condenará cada um na


proporção de seu respectivo interesse na causa ou solidariamente aqueles que se coligaram
para lesar a parte contrária.

§ 2o Quando o valor da causa for irrisório ou inestimável, a multa poderá ser fixada em até 10
(dez) vezes o valor do salário-mínimo.

§ 3o O valor da indenização será fixado pelo juiz ou, caso não seja possível mensurá-lo,
liquidado por arbitramento ou pelo procedimento comum, nos próprios autos.

V – DOS PEDIDOS

Diante do exposto, requer a esta Egrégia Turma:

1) Sejam apreciadas as Contrarrazões do Recurso de Apelação, inclusive a preliminar


suscitada, não conhecendo da presente Apelação. Não sendo este o entendimento, no mérito,
requer seja negado provimento ao recurso para confirmar na íntegra a r. sentença proferida
pelo juízo a quo;

2) Seja condenado o Apelante na conduta tipificada como Ato Atentatório à Dignidade


da Justiça, sendo aplicada a multa de até 20% do valor da causa nos termos do artigo 77, §2º
do CPC;

3) Seja o Apelante considerado Litigante de Má-Fé e condenado ao pagamento de multa


superior a 1% e inferior a 10% do valor corrigido da causa e, sendo o valor da causa irrisório
ou inestimável, seja fixada multa de até 10 (dez) vezes o valor do salário mínimo, nos termos
do artigo 81 e seguintes do CPC, indenizando o Autor pelos prejuízos que sofreu;

4) Sejam os honorários advocatícios majorados, cumulados com as multas e outras


sanções processuais, nos termos do artigo 85, §§ 11º e 12º do CPC.

Nestes termos pede deferimento.

Porto Alegre, 20 de novembro de 2020.

ADVOGADO

OAB/RS
Recurso Inominado
(assunto: Ação de Obrigação de Fazer Cumulada Com Dano Moral e
Pedido de Tutela Antecipada)

......................................................................................................................

JUÌZO DE DIREITO DA VARA DO 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA


COMARCA GRAVATAÍ/RS.

PROCESSO Nº: xxx


JUSTIÇA GRATUITA
RECORRENTE: MARTA BRAVO
RECORRIDA: GRANA ALTA S/A ADMINISTRADORA DE CARTÃO
DE CRÉDITO.

MARTA BRAVO , já qualificado nos autos em epígrafe, por


seus advogados subscritos, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência,
tempestivamente, nos termos dos Artigos 41 e seguintes da Lei 9.099/95, interpor o
presente RECURSO INOMINADO, em face da douta Sentença de 1º grau que julgou
parcialmente procedente a presente Ação de Obrigação de Fazer Cumulada Com Dano
Moral e Pedido de Tutela Antecipada, com as razões anexas, Requerendo que as mesmas
sejam remetidas à TURMA RECURSAL ÚNICA, em 30/11/2020.

O pedido de Assistência Judiciária Gratuita foi deferido, razão que


deixa de recolher custas recursais, documento juntado ao movimento xxxx do PROJUDI.

Nestes termos,

Pede deferimento.

local, data

ADVOGADO

OAB/RS
EGRÉGIA TURMA RECURSAL ÚNICA DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS
DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

AÇÃO: Ação de Obrigação de Fazer Cumulada Com Dano Moral e Pedido de Tutela Antecipada.
PROCESSO Nº: xxxx
ORIGEM: VARA DO 2º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE xxxxx.
RECORRENTE: MARTA BRAVO
RECORRIDA: GRANA ALTA S/A ADMINISTRADORA DE CARTÃO DE CRÉDITO

RAZÕES DO RECURSO INOMINADO

EGRÉGIA TURMA RECURSAL

I – DOS FATOS

Trata-se de Recurso Inominado, interposto pela recorrente


inconformada com a R. sentença de fls..., que julgou improcedente o pedido de
indenização por danos morais, nos termos do art. 41 da Lei 9.099/95,

Art. 41. Da sentença, excetuada a homologatória de conciliação ou laudo arbitral, caberá recurso
para o próprio Juizado.
§ 1º O recurso será julgado por uma turma composta por três Juízes togados, em exercício no
primeiro grau de jurisdição, reunidos na sede do Juizado.
§ 2º No recurso, as partes serão obrigatoriamente representadas por advogado.

A indenização pretendida pela autora é pelo fato de que a


requerente quitou as parcelas que estavam em atraso vencidas e não pagas, em
05/03/2019, conforme comprovante anexado aos autos, para que pudesse assinar o
contrato de financiamento habitacional, mas até a data da distribuição da demanda a
requerida não havia retirado o nome da requerente do SPC, o que a levou a perder o
contrato para aquisição de sua casa própria

Com efeito, em que pese o saber jurídico inquestionável do


eminente Julgador da Instância Singular, não primou à decisão atacada pela justa
aplicação do dano moral cabível na situação fática.

II - RAZÕES PARA REFORMA DA DECISÃO


II.I – DO QUANTUM DO DANO MORAL

As ações por danos morais movidas por indivíduos com suas


tentativas frustradas de compra de imóveis por terem seu nome no SPC indevidamente
vem sendo recorrente. Nesse tipo de caso, a vítima alega ter passado por sofrimento, dor,
angústia, nervosismo ou preocupação.

O que de fato ocorreu, na presente ação, pois a autora pagou as


referidas contas vencidas, quitando quaisquer valores que ficaram para trás, contudo não
foi retirado seu nome do SPC, como fora solicitado pela mesma várias vezes.

A devida resposta foi que iria ser retirado, dentro de uma data, a
qual era sempre a mesma, que seria o mais breve possível, porém, ao final, a Recorrente
perdeu seu financiamento por conta disto, mesmo tendo pago os valores, ora anexado os
comprovantes.

Por hora, o magistrado indeferiu o pedido de danos morais, sendo


que este não atende o sofrimento e angustia da autora, que infelizmente teve que implorar
pessoalmente, telefonando e que nada foi resolvido.

A jurisprudência nesse caso, o Tribunal de Justiça do Rio


Grande do Sul já decidiu:

RECURSOS INOMINADOS. CONSUMIDOR. AÇÃO DE


DESCONSTITUIÇÃO DE DÉBITO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.
INSCRIÇÃO EM ÓRGÃO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO. PAGAMENTO REALIZADO APÓS
PROPOSTA DE ACORDO. MANUTENÇÃO INDEVIDA DA INSCRIÇÃO LEVADA A EFEITO PELA
RÉ. DANOS MORAIS CONFIGURADOS IN RE IPSA. QUANTUM REDUZIDO. 1- Trata-se de caso
onde a parte autora teve seu nome levado a registro em órgão de proteção ao crédito (fls. 20/21) em razão
de débito com a empresa ré, que ofereceu acordo para o pagamento (fl. 87), que foi aceito e efetivado pela
autora (fl. 18), mantendo a anotação negativa após o prazo de 5 dias úteis do pagamento, pelo que requer a
desconstituição do débito e indenização por danos morais. 2- Em contestação, a demandada não demonstra
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito postulado, ônus que lhe competia, a teor do disposto
no artigo 373, inciso II, do CPC, aliado à inversão do ônus da prova, por se tratar de relação consumerista.
3- Gize-se que as telas sistêmicas acostadas pela demandada, não são suficientes para comprovar o débito
alegado, na medida de sua flagrante unilateralidade, além de passíveis de adulteração. 4- Alegação recursal,
de que a autora contratou dois cartões da loja que não se encontra minimamente demonstrada nos autos,
sequer tal argumento constou da peça de defesa, pelo que não merece conhecimento. 5- Sentença de
procedência, que desconstituiu o débito de R$ 1.593,12 (fl. 20), e condenou a demandada ao pagamento de
indenização por danos morais, que merece ser mantida, por seus fundamentos. 6- No que toca ao quantum
indenizatório, merece redução para R$ 3.000,00 (três mil reais), pois se trata de manutenção indevida do
registro negativo e não inscrição indevida por ausência de débito, situações diversas. Valor que melhor
atende aos princípios de proporcionalidade e razoabilidade, e aos parâmetros atualmente adotados por esta
Turma Recursal, em casos análogos.RECURSO DA RÉ PARCIALMENTE PROVIDO E RECURSO DA
AUTORA DESPROVIDO. UNÂNIME.

(TJ-RS - Recurso Cível: 71009290057 RS, Relator: Elaine Maria Canto da


Fonseca, Data de Julgamento: 30/09/2020, Segunda Turma Recursal Cível, Data de Publicação:
08/10/2020)
O dano moral é entendido como privação ou diminuição daqueles bens que têm
valor precípuo na vida do homem e que são a paz, tranquilidade de espírito, a liberdade
individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos.

Também se observa a concordância jurisprudencial quanto ao conhecimento de


valores a título de danos morais.

No âmbito do direito privado, o ordenamento jurídico pátrio adota a tese da


responsabilidade civil subjetiva, disciplinada no art. 186 do CC de 2002, in verbis:

“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou


imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente moral, comete ato ilícito.”

O dano por sua vez, pode ser patrimonial ou moral, este igualmente indenizável,
nos termos do art. 5º, V, da Lei ápice atual.

Segundo José de Aguiar Dias:

“Para caracterizar o dano moral, basta compreendê-lo em relação ao seu


conteúdo, que ''não é o dinheiro nem coisa comercialmente reduzida
dinheiro, mas a dor, o espanto, a emoção, a vergonha, a injúria física
ou moral, em geral uma dolorosa sensação experimentada pela
pessoa, atribuída à palavra dor o mais largo significado. ''

Contudo, apesar da clareza do conceito, a dificuldade está na avaliação da


existência do referido dano no caso concreto.

O que se requer, é entender que a parte sofreu muito com isso, pois perdeu a
oportunidade de possuir seu primeiro imóvel, saindo do aluguel, o que é uma grande
conquista do individuo e, acima deste, garantido pela Constituição federal.

Outrora, observa-se também que o caso em questão trata-se de relação de


consumo, regida pelo CDC - o art. 6º do referido diploma legal preceitua que são direitos
básicos do consumidor a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais,
individuais, coletivos e difusos

Aplica-se ao caso concreto as disposições do microssistema consumerista, que a


responsabilidade do fornecedor é objetiva (artigos. 18 e 26 do Código de Defesa do
Consumidor), de tal sorte que a ele incumbe demonstrar e especificar as condições reais
do produto comercializado, provando a sua perfeita aptidão ao fim destinado.

A saber, regula os artigos:

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de


culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos
relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou
inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor
dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes,
entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
§ 3º O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
§ 4º A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante
a verificação de culpa.

Art. 6º do CDC, como citado anteriormente – São direitos básicos do


consumidor; VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção
ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos,
assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus
da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil
a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de
experiências;

É nítida a frustração da autora que, tendo em vista estar com todos os requisitos
legais para adquirir o imóvel e perde-lo por conta do descaso da parte contrária. Sendo
que o responsável legal deixou de prestar amparo ao consumidor, ficando assim, a
este atribuído a retirada do nome da Recorrente do SPC e tendo que propor a presente
ação para reaver seus valores bem como ser indenizado pelo descaso, desgosto,
humilhação que sofreu. Tal atitude da parte Ré vai de encontro com um dos fundamentos
da República Federativa do Brasil, que é a dignidade da pessoa humana (art. 1º, III, da
CF e Art. 4º do CDC).

No presente caso deve ser conhecida a obrigação de pagamento de indenização


por danos morais, visto que o autor foi extremamente prejudicado pela parte ré. Pois, o
consumidor, além de cumprir com suas obrigações legais e contratuais, teve de
desembolsar o montante de R$ xxxxxx para fins de documentação do imóvel, o qual não
conseguiu comprar por conta da irresponsabilidade da parte Ré.Lamentavelmente a
autora da ação, sofreu grande desgosto, humilhação, sentiu-se desamparado, foi
extremamente prejudicado, conforme já demonstrado acima. Nesse sentido, é merecedor
de indenização por danos morais, situação explicada pela doutrina, que segue abaixo:

MARIA HELENA DINIZ, dano moral “é a dor, angústia, o desgosto,


a aflição espiritual,a humilhação, o complexo que sofre a vítima de
evento danoso, pois estes estados de espírito constituem o conteúdo, ou
melhor, a consequência do dano”. Mais adiante: “o direito não repara
qualquer padecimento, dor ou aflição, mas aqueles que forem
decorrentes da privação de um bem jurídico sobre o qual a vítima teria
interesse reconhecido juridicamente” (Curso de Direito Civil –
Reponsabilidade Civil, Ed. Saraiva, 18ª ed., 7ºv., c.3.1, p.92).

“A reparação do dano moral é hoje admitida em quase todos os países


civilizados. A seu favor e com o prestígio de sua autoridade
pronunciaram-se os irmãos Mazeaund, afirmando que não é possível,
em sociedade avançada como a nossa, tolerar a contra-senso de
mandar reparar o menor dano patrimonial e deixar sem reparação o
dano moral”. (Aguiar Dias, In “A Reparação Civil”, tomo II, pág. 737).

Em outro entendimento, importante levar em consideração a ansiedade da Autora


a estar comprando seu primeiro imóvel, e crente que, pagando suas parcelas vencidas
como as fez, teria seu nome retirado do SPC. Todavia, conforme já demonstrado, é
inegável a responsabilidade da Administradora, assim, os danos morais vêm também a
ser aplicado como forma coercitiva, ou melhor, de modo a reprimir a conduta praticada
pela parte ré, que de fato prejudicou o autor da ação.

Para fixar o valor indenizatório do dano moral, deve o juiz observar às funções
ressarcitórias e putativas da indenização, bem como a repercussão do dano, a
possibilidade econômica do ofensor e o princípio de que o dano não pode servir de fonte
de lucro.

Nesse sentido, esclarece Sérgio Cavalieri Filho que:

“(...) o juiz, ao valor do dano moral, deve arbitrar uma quantia que, de
acordo com seu prudente arbítrio, seja compatível com a
reprovabilidade da conduta ilícita, a intensidade e duração do
sofrimento experimentado pela vítima, a capacidade econômica do
causador do dano, as condições sociais do ofendido, e outras
circunstâncias mais que se fizerem presentes”.

A jurisprudência fornece elucidativos precedentes sobra à utilização dos citados


critérios de mensuração do valor reparatório:

“A indenização do dano moral deve ser fixado em termos razoáveis,


não se justificando que a reparação venha a constituir-se em
enriquecimento sem causa, com manifestos abusos e exageros, devendo
o arbitramento operar-se com moderação, proporcionalmente ao grau
de culpa e ao porte econômico das partes, orientando-se o juiz pelos
critérios sugeridos pela doutrina e pela jurisprudência, com
razoabilidade, valendo-se de sua experiência, e do bom-senso, atendo
á realidade da vida e às peculiaridades de cada caso. Ademais, deve
ela contribuir para desestimular o ofensor repetir o ato, inibindo sua
conduta antijurídica (RSTJ 137/486 e STJ-RT 775/211).”

O Egrégio Tribunal Regional Federal da 5ª Região já julgou casos parecidos como


o presente, decidindo da seguinte forma:

(1) “No caso em exame, fixa-se a verba indenizatória na importância


de R$ 15.000,00, que se coaduna com precedentes análogos deste
Egrégio Tribunal de Justiça, não chega a trazer enriquecimento à
autora e serve como advertência à ré.”

CIVIL. DANOS MORAIS. CAIXA ECONÔMICA


FEDERAL. PEDIDO DE NULIDADE DE CONTRATO DE
FINANCIAMENTO FALSIFICADO, CUJA AUTORIA FOI IMPUTADA AO
GERENTE DA CEF. INSCRIÇÃO DO AUTOR NO SPC.
RESPOSABILIDADE DA CEF. DEVER DE INDENIZAR. VALOR DA
INDENIZAÇÃO. - A inclusão indevida no SPC acarreta transtornos
configuradores do dano moral, cuja indenização, consoante à doutrina e
jurisprudência, tem dupla função: reparatória e punitiva. - Nos termos do art.
14 da Lei nº 8078/90, a responsabilidade contratual do banco é objetiva,
cabendo ao mesmo indenizar seus clientes. - A indenização não pode ser tão
alta que cause enriquecimento, nem tão baixa que seja inócua a seus fins
punitivos. No presente caso, o valor de R$ 15.000,00 (quinze mil reais),
arbitrado pelo MM. Juiz a quo deve ser mantido. - Apelação improvida. (TRF-
5 - AC: 372879 RN 2004.84.00.007055-1, Relator: Desembargador Federal
Paulo Gadelha, Data de Julgamento: 14/12/2006, Terceira Turma, Data de
Publicação: Fonte: Diário da Justiça - Data: 08/02/2007 - Página: 635 - Nº:
28 - Ano: 2007)

O montante de R$ 15.000,00 (cinco mil reais) equivale a uma justa indenização


por danos morais no presente caso. Tendo em vista que, não enriquece a parte autora e
adverte a parte ré.

III - DOS PEDIDOS

Diante do exposto acima requer:

1. O Recebimento, Conhecimento e Processamento do presente RECURSO inominado,


em razão de ser próprio e tempestivo.

2. No mérito, seja o presente recurso acolhido e provido para modificar in totum a


sentença de primeira instância, julgando improcedentes os pedidos da Requerida.

3. Condenação da parte ré a pagar os danos morais no montante justo de R$ 15.000,00


(quinze mil reais);

4. A fixação do honorário advocatício em 30% do valor da sentença, bem como as


despesas processuais que se antecipou

Termos em que,

Pede deferimento.

Local, data,

ADVOGADO
OAB/RS

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