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EXMO. SR. DR.

JUIZ DE DIREITO DA VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE

GURUPI, ESTADO DO TOCANTINS.

CLARA CAMARGO AZEVEDO,

brasileira, menor impúbere, nascido em 13/06/2010, neste ato representado por sua
genitora MARTA CAMARGO, também autora, brasileira, divorciada, telefonista,
portadora do CIRG n.º 100.233.322-7 e do CPF/MF n.º 082.951.113-02, residente e
domiciliada na Rua 13, nº 14, Waldir Lins, da Cidade e Comarca de Gurupi, Estado do
Tocantins, por intermédio de seu procurador, com escritório profissional sito à Rua 113,
n° 09, Residencial Jardim dos Buritis, da Cidade e Comarca de Gurupi, Estado do
Tocantins, onde recebe notificações e intimações, vem mui respeitosamente à presença de
Vossa Excelência propor:

AÇÃO DE ALIMENTOS

em face de AUGUSTO AZEVEDO, brasileiro, divorciado, empresário do ramo


alimentício, portador do CIRG nº 100.655.910-7 e do CPF/MF nº 007.509.311-02, residente
e domiciliado na Rua 03, nº 29, Bairro Jardim Tropical, Cidade de Gurupi, Estado do
Tocantins, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos.

DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Cumpre inicialmente destacar que a requerente não possui condições de

arcar com os custos do processo sem prejuízo da do seu sustento e de sua família,

conforme declaração de hipossuficiência, razão pela qual requer os benefícios da

justiça gratuita, na forma do art. 98 e seguintes do Código de Processo Civil (CPC) e

do inciso LXXIV do artigo 5º da Constituição Federal (CF).

DOS FATOS

A autora foi casada com o réu, desde a data de outubro de 2008, de cujo
matrimônio nasceu a seguinte filha:

 CLARA CAMARGO AZEVEDO


O réu, em data de alguns meses, abandonou a filha, não lhes prestando
qualquer ajuda material ou sustento, deixando sofrer privações.

O réu é proprietário de uma Panificadora (Panificadora Aurora) CNPJ -


n°12.311.082/0001-1, sita na Rua 78, n°31 na comarca de Gurupi, perfazendo uma receita
mensal de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).

DOS FATOS

É dever dos pais prestar assistência necessária ao desenvolvimento e sobrevivência


dos filhos, tal obrigação está prevista na Constituição Federal (CF), art. 229, in verbis:

Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos
maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou
enfermidade.

Como já exposto anteriormente, o requerente vive com sua genitora, entretanto esta
não pode e nem deve arcar sozinha com as subsistência da filha menor, de modo que
faz-se necessário que o requerido auxilie financeiramente através de prestação
alimentícia.
O direito a alimentos está previsto no artigo 1694 e seguintes do Código Civil (CC).
Em razão da menoridade, e da obrigação parental em prover a subsistência dos
filhos, torna-se clara a imprescindibilidade da referida prestação. Para fixação dos
alimentos, o art. 1694, §1º, Código Civil (CC) aduz que:

“Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição
social, inclusive para atender às necessidades de sua educação
§ 1 o Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e
dos recursos da pessoa obrigada.”

O requerido trabalha e aufere renda mensal de aproximadamente R$ 4.000.00 razão


pela qual pode arcar com a pensão alimentícia de 30% em favor da requerente sem
que prejudique seu próprio sustento.
A prestação deverá ser depositada mensalmente na conta em nome da genitora
nº234.90004-6, agência 4691, Banco do Brasil.

DOS PEDIDOS

Diante do exposto requer -se de Vossa Excelência:


a) A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita que declara não ter
medo de pagar as despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou da
família;
b) A fixação, de plano, de alimentos provisionais a serem pagos pelo réu, no valor
correspondente a 30% dos vencimentos líquidos e vantagens, inclusive 13º
(décimo terceiro) salário.
c) A fixação de alimentos provisórios no valor de 30% em favor do requerente, a ser
depositada mensalmente na conta em nome da genitora nº…, agência…, banco… e
posteriormente a conversão destes em alimentos definitivos
d) A condenação do requerido ao pagamento das verbas sucumbenciais, custos
processuais e honorários advocatícios previstos em lei.
e) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova e de direito admitidas em
lei.

Além dos documentos anexados, requer, como prova do alegado seja


tomado o depoimento pessoal do réu, pena de confissão, e de testemunhas que serão
arroladas oportunamente.

Requer, outrossim, a intimação do Representante do Ministério Público,


para intervir no feito.

Termos em que, dando à causa para efeitos fiscais o valor de R$ 1.200,00


(Hum mil e duzentos reais).

Nesses termos,

Pede Deferimento.

Gurupi/TO, 14 de julho de 2017.

ÂNGELA VEIGA SALES


OAB/TO 00549

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