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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ DE DIREITO DA 28° VARA

CÍVEL DA COMARCA DE ARACAJU, SERGIPE

ALEXYA KAROLLAYNE SILVA SANTOS, menor impúbere, MARLYSSON


ALEX SILVA SANTOS, menor impúbere, neste ato representados por sua
genitora, MARCIA SANTOS SILVA, brasileira, solteira, desempregada, portadora da cédula
de identidade R.G. sob n. 3.147.577-9 SSP/SE, devidamente inscrita no C.P.F. sob n.
055.206.235-97, residente e domiciliada na rua B 23, n. 43, Conjunto Valadares, Bairro Santa
Maria, na cidade de Aracaju/SE, CEP n. 49044-328, sem endereço de e-mail, telefone e
WhatsApp: (79) 99856-3229, neste ato representado por seu procurador signatário que junta
instrumento de procuração com endereço profissional completo, vem respeitosamente à
presença de Vossa Excelência, propor

AÇÃO DE ALIMENTOS

em face de ALEX SOUZA DOS SANTOS, brasileiro, solteiro, pedreiro, portador do


C.P.F sob o n° 841.846.205-15, residente e domiciliado na Rua 26, n° 79, Conjunto Invasão,
Bairro Santa Maria, na cidade de Aracaju/SE, CEP n° 49043-766, sem endereço de e-mail,
telefone e WhatsApp: (79) 99687-3528, com fundamento no art. 1.694, do Código Civil, e na
Lei n. 5.478/68, pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos.

1 – DOS FATOS

1.1. A representante dos Alimentandos teve um relacionamento amoroso com o


Alimentante, sendo que desta ligação afetiva resultou na concepção dos Requerentes, conforme
consta na filiação das cédulas de identidades R.G em anexo.

1.2. Atualmente o casal encontra-se separado de fato, sendo que a genitora está
desempregada, sem condições em arcar com todas as despesas da prole comum do casal.

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1.3. Diante da dificuldade financeira em manter os filhos, a genitora dos Requerentes
externou as circunstâncias ao Requerido, solicitando um aumento no valor da ajuda financeira,
para o sustento dos filhos.

2 – DAS CONDIÇÕES ECONÔMICAS DAS PARTES

2.1. A representante dos Alimentandos encontra-se desempregada, percebe


mensalmente cerca de R$ 500,00 (quinhentos reais) referente ao valor depositado pelo seu ex-
companheiro como ajuda para o sustento dos infantes, não sendo o suficiente para arcar com as
despesas inerentes à alimentação, educação, saúde, medicamentos e lazer dos filhos.

2.2. Já o Alimentante, percebe, atualmente, em torno de R$ 1500,00 (mil e quinhentos


reais) por mês, exercendo a profissão de pedreiro, por empreitada.

2.3. Sendo assim, está claro que o Alimentante tem condições financeiras e o dever legal
de arcar com as despesas provenientes do sustento dos filhos.

3 – DO VALOR DA PENSÃO NECESSÁRIA

3.1. A representante dos Alimentandos necessita para o sustento destes, principalmente


para o pagamento das despesas atuais de medicamentos (R$100,00), educação (R$150,00),
alimentação (R$250,00), lazer (R$94,00) e demais encargos de manutenção dos seus filhos,
uma pensão alimentícia equivalente a (45% do salário mínimo), totalizando atualmente o
importe de R$ 594,00 (quinhentos e noventa e quatro reais).

3.2. Em virtude de que o Alimentante percebe atualmente o equivalente a R$ 1500,00


(mil e quinhentos reais) por mês do seu emprego, possui plenas condições de contribuir para o
sustento do Alimentando.

4 – DO DIREITO

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4.1. O dever de prestar alimentos encontra arrimo, primeiramente, nos dispositivos
da Constituição Federal nos art. 227 e 229, os quais preceituam que é dever dos pais cuidar,
assistir e educar filhos menores, assim como os maiores têm dever de sustento para com seus
pais.

4.2. No mesmo prisma, no Subtítulo III – Dos Alimentos, insculpido no art. 1.694 e
seguintes, do Código Civil brasileiro, revela que podem os parentes exigir uns dos outros os
alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social,
inclusive para atender às necessidades de sua educação, realçando o § 1º, deste mesmo
dispositivo legal, que os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do
reclamante e dos recursos da pessoa obrigada, ou seja, o binômio necessidade/possibilidade.

4.3. Destarte, diante da irrefragável condição de necessidade do Alimentando de receber


alimentos, vestuário, educação e saúde, que são presumíveis por se tratar de um menor
impúbere, e das possibilidades do Alimentante, que desenvolve atividade remunerada, podendo
plenamente auxiliar no sustento do filho, resta evidente as condições da ação imposto pelo § 1º,
do art. 1.694, do Código Civil, e na forma da Lei n. 5.478/68, baseada na premissa de que
incumbe reciprocamente aos genitores sustentar o filho.

5 – DOS PEDIDOS

5.1. Pelo exposto, requer:

a) Seja determinada a CITAÇÃO do Alimentante, no endereço retro mencionado, com


os benefícios do artigo 172, § 2º, do CPC, para que o mesmo apresente defesa dos fatos e
direitos alegados na ação, caso queira, sob pena de sofrer os efeitos da revelia;

b) O benefício da gratuidade da justiça seja deferido à parte autora nos termos dos
art. 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal e art. 98 e seguintes do CPC/15, por ser a
autora pobre na concepção da lei;

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c) Requer a procedência da ação para que sejam arbitrados os alimentos provisórios
no importe de 45% da tabela, correspondente a R$ 594,00 (quinhentos e noventa e quatro
reais), os quais satisfaçam as necessidades dos filhos;

d) a intimação do I. representante do Ministério Público, para que se manifeste e


acompanhe o feito até o seu final, sob pena de nulidade, nos termos dos arts. 178, inciso II, e
279, ambos do Código de Processo Civil;

e) Pugna-se pela condenação do Alimentante ao pagamento das custas e despesas


processuais, bem como demais cominações legais, além dos honorários advocatícios na ordem
de 20% (vinte por cento), nos termos do 85, § 2º, do Código de Processo Civil;

f) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitidos legalmente


conforme art. 369 do CPC, principalmente a quebra de sigilo fiscal e bancário para sabermos
os rendimentos exatos do genitor;

Dá-se a causa o valor de R$ 7128,00 (sete mil cento e vinte e oito reais), para efeitos
de alçada, sem prejuízo do mais que vier a ser apurado no curso da ação.

Nesses Termos,

Pede e Espera Deferimento.

Aracaju, 11 de novembro de 2022.

(Nome e assinatura do advogado)

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