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REGISTRO DE IMÓVEIS
PARTE I
Autoria
Prof. Alison Cleber Francisco
Revisão
Prof. Jeferson Alexandre Gramasco
SUMÁRIO
Apresentação da disciplina......................................................................................
•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••• 4
Tema 01 .....................................................................................................................5
Histórico, noções iniciais e princípios da atividade de registro de imóveis
Tema 02 ...................................................................................................................38
Da escrituração no registro de imóveis e aquisição de imóveis rurais por es-
trangeiro
Tema 03 ...................................................................................................................57
Relação do registro de imóveis com a proteção do meio ambiente
TEMA 04 ...................................................................................................................79
Direitos de uso, gozo e fruição, e sua relação com o registro de imóveis
Objetivos
Bom estudo!
1
DINIZ, Maria Helena. Sistemas de registros de imóveis. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. p.25.
2
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: Teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Método, 2013. p.267/271.
3
DINIZ, Maria Helena. Sistemas de registros de imóveis. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. p.493.
4
DINIZ, Maria Helena. Sistemas de registros de imóveis. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2000. p.493.
5
CARVALHO, Afranio de. Registro de Imóveis. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998. p.1
6
CARVALHO, Afranio de. Registro de Imóveis. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998. p.2
7
CARVALHO, Afranio de. Registro de Imóveis. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998. p.3
8
CARVALHO, Afranio de. Registro de Imóveis. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998. p.3
9
CARVALHO, Afranio de. Registro de Imóveis. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998. p.4
O livro Talão serve para cópia resumida de todos os atos feitos nos
Livros números 2, 3, 4, 5, 8 e Auxiliar, existindo ainda um livro Talão
específico para as cédulas pignoratícias, independente do lançamento
da inscrição do penhor agrícola ou industrial feito no livro n. 4 e sua
cópia no livro Talão correspondente (art. 199 do Decreto n. 4.857/39).
No item acima, você estudou que um dos aspectos da publicidade é dar co-
nhecimento a qualquer pessoa acerca do conteúdo do registro. Veremos
agora sobre publicidade registral, segundo SERRA (2018, p. 28-29).
É o art. 167 da Lei n. 6.015/73 que elenca, taxativamente, os atos que po-
dem ingressar na matrícula.
Entretanto, é preciso mencionar que a regra geral não é absoluta, eis que,
por determinação legal, outros atos também podem ter acesso ao regis-
tro. O art. 177, da Lei n. 6.015/73, abre a possibilidade de registros que
excepcionam a regra geral, determinando que o registro seja lançado no
Livro 3 – Registro Auxiliar:
Art. 177–O Livro nº 3–Registro Auxiliar–será destinado ao registro dos atos
que, sendo atribuídos ao Registro de Imóveis por disposição legal, não di-
gam respeito diretamente a imóvel matriculado
A regra é complementada pelo art. 178 da mesma Lei, que também elenca,
taxativamente, os atos que podem ingressar no Livro 3 – Registro Auxiliar
do Registro de Imóveis:
17
PONTES, Valmir. Registro de imóveis: comentários aos arts. 167 a 288 da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de
1973. São Paulo: Saraiva, 1982.
18
Art. 172 da Lei nº 6.015/73.
19
Art. 197 do Decreto n. 4.8357/39: o livro Auxiliar será escriturado como livro de notas dos tabeliães, havendo,
porém, entre os registros um espaço formado por duas linhas horizontais, para nele se escreverem o número
de ordem e do registro e a referência aos números de ordem e às páginas dos demais livros, além da margem
para as averbações.Esse registro só se fará em casos expressos em lei ou a requerimento da parte e às suas
expensas, independentemente do que couber em outros livros.
Sob tal ótica é justificável que para esse livro inexista um critério se-
letivo material (uma vez que nele são assentados atos de diversas na-
turezas, ora reais como o penhor; ora pessoais, como as convenções
antenupciais e de condomínio), nem critério residual (está incorreto
afirmar que os registros vedados no livro 2 são permitidos no livro 3,
por exclusão), subsistindo apenas e tão somente um critério seletivo
puramente legal (é a lei que indica o que poderá ser registrado).
7.1 Publicidade
20
SERRA, Márcio Guerra; SERRA, Monete Hipólito. Registro de Imóveis I: parte geral. 3. ed. São Paulo: Saraiva,
2018. (Coleção Cartórios). Coordenador Christiano Cassettari.
Por esse motivo, o ato registral gera presunção absoluta de que todas as
pessoas têm conhecimento de sua existência (ficção de conhecimento),
garantindo a oponibilidade erga omnes (contra todos) dos direitos inscri-
tos, sendo essa, inclusive, uma característica dos direitos reais (oponíveis
a qualquer pessoa).
7.3 Prioridade
Esse princípio se faz importante, uma vez que afasta a contradição entre tí-
tulos prenotados no mesmo dia e referentes ao mesmo imóvel.22 Exemplo
para melhor entender: no mesmo dia são apresentados o registro de uma
escritura de compra e venda e uma ordem de indisponibilidade, que im-
pede que o vendedor da mencionada escritura efetue a transmissão do
imóvel referente ao mesmo imóvel. Se a escritura for apresentada antes
da ordem de indisponibilidade, receberá protocolo menor, gozando de
prioridade, ou seja, deverá ser registrada em primeiro lugar. Nesse caso,
o registro da venda poderá ser lançado na matrícula e a ordem de indis-
ponibilidade será inócua. No entanto, se a ordem de indisponibilidade for
protocolada primeiro, gozará de prioridade devendo ser averbada primei-
ro e a venda não poderá ser registrada, pois existe uma ordem de indis-
ponibilidade na matrícula, que impede a venda23. A inversão dessa ordem
acarretará responsabilidade ao registrador.
21
Artigos 182 e 183 da Lei nº 6.015/73.
22
Art. 186 da Lei nº 6.015/73.
23
art. 191 da Lei nº 6.015/73.
7.4 Qualificação
7.5 Territorialidade
26
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: Teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Método, 2013.
7.7 Especialidade
27
arts. 195 a 197, 222, 225, 228, 229, 236 e 237 da LRP.
7.8 Inscrição
Esse princípio também pode ser visto nos arts. 167, incisos I e II, 168, 169
e 172 da LRP.
28
art. 176, §1º, II, 3, c/c art. 222 e 225, todos da Lei nº 6.015/73.
29
art. 176, §1º, II, 4, da Lei nº 6.015/73.
30
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: Teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Método, 2013.
31
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: Teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Método, 2013. p.295.
“Pode ser definido como aquele pelo qual se impõe que os documentos
submetidos ao Registro devem reunir os requisitos exigidos pelas nor-
mas legais para que possam aceder à publicidade registral”. (LOUREIRO,
2013, p. 301)32
O ideal é que o registro deva exprimir a verdade de fato, ser fiel a ela, e
caso isso não ocorra (o registro expresse uma inverdade), poderá ser reti-
ficado via administrativa ou judicial, ou ainda anulado por via judicial.
32
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: Teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Método, 2013.
33
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: Teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Método, 2013.
A exceção fica por conta do Registro Torrens, que tem presunção de va-
lidade e eficácia juris et de jure (absoluta), impossibilitando que o registro
seja atacado34.
7.11 Concentração
O princípio se materializa por meio do art. 167, II, item 5, e art. 246, todos
da Lei n. 6.015/73, que expressamente admitem o ingresso na matrícu-
la, por via de averbação, de fatos que alterem o direito mencionado no
registro, tais como a notícia do casamento do proprietário, cujo regime
de bens adotado pode influenciar a titularidade do direito real inscrito,
alteração de nome, subrogações de credor, substituição de devedor, in-
disponibilidade do referido bem, existência de ação de execução contra
o proprietário do imóvel, assegurando o exequente de eventual fraude à
execução e, ao mesmo tempo, prevenindo o futuro adquirente acerca do
comprometimento do imóvel ao pagamento da dívida etc.
7.12 Cindibilidade
Um título que contenha mais de um ato a ser inscrito poderá ser objeto de
inscrição parcial, desde que um não dependa do outro, como, por exem-
plo, formal de partilha que contenha mais de um imóvel e o interessado
deseje o registro somente de um ou alguns deles.
Essa cisão pode ocorrer tanto em títulos judiciais (como o formal de par-
tilha) ou extrajudiciais (escritura de compra e venda de mais de um imó-
vel, ou de doação), mas sempre a pedido da parte interessada, jamais
de ofício.
7.13 Unitariedade
Previsto no art. 176, §1º, inciso I, da LRP, significa que para cada imóvel só
deve haver uma única matrícula e, a cada matrícula, só corresponde um
único imóvel, vedados, portanto, a duplicidade de matrículas e a duplici-
dade de imóveis numa mesma matrícula (não se admite que uma matrí-
cula sirva para dois ou mais imóveis, bem como é inadmissível que duas
matrículas diversas se refiram a um mesmo imóvel).
Os referidos artigos estabelecem o rol dos atos que podem ser lança-
dos nos livros do registro de imóveis. O entendimento doutrinário é de
que o rol apresentado é taxativo, logo, os atos que tem acesso ao regis-
tro de imóveis são numerus clausus: o que não contiver com previsão
legal, não é passível de assentamento nos livros imobiliários.
BONATTO, Derlise Cristina. O registro de Imóveis e a atividade registral na prática. Disponível em: <https://
36
3738
37
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: Teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Método, 2013. p.302.
38
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: Teoria e prática. 4. ed. São Paulo: Método, 2013. p.302
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 1
1. TJ-MG – Cartórios–EJEF – 2008 – adaptada). Indique a al-
ternativa correta quanto ao princípio da continuidade
dos registros públicos:
a) É princípio de ordem pública que admite flexibiliza-
ção e, como tal, cede diante da lei civil na tutela do
terceiro de boa fé.
b) Trata-se de princípio de ordem pública e nature-
za cogente, que impõe um perfeito encadeamento
entre os dados constantes nos registros anteriores
e o título apresentado a registro.
39
SERRA, Márcio Guerra; SERRA, Monete Hipólito. Registro de Imóveis I: parte geral. 3. ed. São Paulo: Saraiva,
2018. (Coleção Cartórios). Coordenador Christiano Cassettari.
CARVALHO, Afrânio de. Registro de Imóveis. 4. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense, 1998..
CHAVES, Carlos Fernando Brasil; REZENDE, Afonso Celso F.. Tabelionato de notas: e o
notário perfeito. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
DEBS, Martha El. Legislação notarial e de registros públicos comentadas. 3. ed.
Bahia: Juspodivm, 2018.
DINIZ, Maria Helena. Sistemas de registros de imóveis. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
DIP, Ricardo et al (Org.). Introdução ao direito notarial e registral. Porto Alegre:
Sérgio Antonio Fabris Editor, 2004.
ERPEN, Décio Antônio; PAIVA, João Pedro Lamana, DIP, Ricardo et al (Org.). Introdução
ao direito notarial e registral. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris Editor, 2004.
LOUREIRO, Luiz Guilherme. Registros Públicos: Teoria e prática. 4. ed. São Paulo:
Método, 2013.
PONTES, Valmir. Registro de imóveis: comentários aos arts. 167 a 288 da Lei nº 6.015,
de 31 de dezembro de 1973. São Paulo: Saraiva, 1982.
SERRA, Márcio Guerra; SERRA, Monete Hipólito. Registro de Imóveis I: parte geral.
3. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 239 p. (Coleção Cartórios). Coordenador Christiano
Cassettari.
Gabarito - Tema 1
Questão 1
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Objetivos
Por esse motivo, você deve conhecer as normativas de seu Estado, visto
que não estão disponíveis as normativas de todos os Estados nesse livro.
b) Livros de registro:
São requisitos da matrícula do imóvel (art. 176, §1º, inciso II, da LRP):
2. A data.
V. As convenções antenupciais.
43
Art. 177, da Lei nº 6.015/73.
c) Livros indicadores
44
Art. 179 da Lei nº 6.015/73.
45
Art. 180 da Lei nº 6.015/73.
46
SERRA, Márcio Guerra; SERRA, Monete Hipólito. Registro de Imóveis I: parte geral. 3. ed. São Paulo: Saraiva,
2018. (Coleção Cartórios). Coordenador Christiano Cassettari.
47
“Art. 171. São consideradas:
I
- empresa brasileira a constituída sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País”.
48
BRASIL. INCRA. Perguntas e Respostas sobre a Aquisição e o Arrendamento de Terras por Estrangeiros. Dis-
ponível em: <http://www.incra.gov.br/sites/default/files/uploads/estrutura-fundiaria/regularizacao-fundiaria/
aquisicao-e-arrendamento-de-terras-por-estrangeiro/perguntas_e_respostas_-_agosto_2018.pdf>. Acesso em:
06 set. 2018.
LINK
Arrendamento de imóvel rural por estrangeiro. Disponível
em: <http://tozzinifreire.com.br/boletins/aquisicoes-e-arren-
damentos-de-imoveis-rurais-por-estrangeiros>. Acesso em:
18 dez. 2018.
49
DEBS, Martha El. Legislação notarial e de registros públicos comentadas. 3. ed. Bahia: Juspodivm, 2018.
50
Art. 215. A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento dotado de fé pública, fazendo prova
plena.
§
1o Salvo quando exigidos por lei outros requisitos, a escritura pública deve conter:
(...)
IV
- manifestação clara da vontade das partes e dos intervenientes;
3. Considerações finais
Glossário
51
BRASIL. INCRA. 1114 MODULO DE EXPLORACAO INDEFINIDA MEI. Disponível em: <http://www.incra.gov.
br/estrutura-fundiaria/regularizacao-fundiaria/aquisicao-e-arrendamento-de-terras-por-estrangeiro/file/
1114-modulo-de-exploracao-indefinida-mei>. Acesso em: 06 set. 2018.
Gabarito - Tema 2
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 5
Objetivos
Para os fins desse texto, importa atentar que o registro de imóveis é uma
instituição de direito privado que garante o direito à propriedade e que
desempenha, além disso, funções acessórias, abrangendo a publicidade
ambiental.
a) Competências legislativas
(...)
(...)
XXV–Registros públicos.
O Código Civil, de 1916, não fazia qualquer menção à ideia de função so-
cial da propriedade. A promulgação da Constituição Federal de 1988, e a
edição do Código Civil de 2002, efetivaram mudanças no sentido e alcan-
ce do direito de propriedade. A adoção da função social da proprieda-
de, carreada à condição de cláusula pétrea – art. 5º, XXIII (‘A propriedade
atenderá a sua função social’) – gerou como consequência a necessidade
de se adaptar o instituto da propriedade aos mandamentos constitucio-
nais, harmonizando-a com a nova ordem econômica, agrícola e fundiária
Com o advento do Novo Código Florestal, a área de reserva legal passou a ser
especializada e registrada no CAR (Cadastro Ambiental Rural), diretamente
no órgão ambiental competente, recebendo uma numeração desse regis-
tro. Esse número de registro no CAR é averbado na matrícula do imóvel, por
requerimento do proprietário, sendo gratuito o ato de averbação. Assim, a
matrícula não contém mais a descrição da área de reserva legal, mas apenas
a informação de seu registro no CAR, que deverá ser consultado para esta-
belecer sua localização.
53
THOMÉ, Romeu. Manual de direito ambiental. 5º ed. Bahia: Editora JusPodvm, 2015.
54
THOMÉ, Romeu. Manual de direito ambiental. 5º ed. Bahia: Editora JusPodvm, 2015.
Esse título poderá ser negociado com outros proprietários, cujas proprie-
dades não alcancem o percentual mínimo de reserva legal exigido pela lei,
bastando assinaturas do titular do CRA e seu adquirente
55
THOMÉ, Romeu. Manual de direito ambiental. 5º ed. Bahia: Editora JusPodvm, 2015.
d) Florestas públicas
56
ALMEIDA, Ingrid Noetzold de. O registro de Imóveis como instrumento de proteção socioambiental. Disponí-
vel em: <http://www.ambito-juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=16257>. Acesso em:
15 ago. 2018.
57
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Direito Ambiental Brasileiro. 21ª ed. São Paulo: Malheiros Editores Ltda.,
2013.
Dessa forma, ficou a cargo dos Estados da Federação, por meio de le-
gislação estadual, e das Corregedorias Gerais de Justiça dos Estados,
por meio de normas administrativas de serviço, determinarem a aver-
bação de informações ambientais que não contém com previsão legal
federal, a exemplo da Corregedoria do Estado de São Paulo, que previu
as a averbações na matrícula do imóvel de: (1) informação de classifi-
cação da área, pela CETESB, como Área Contaminada sob Investigação
(ACI); (2) informação de classificação da área, pela CETESB, como Área
Contaminada com Risco Confirmado (ACRi); (3) informação de clas-
sificação da área, pela CETESB, como Área Reabilitada para o Uso
Declarado (AR); (4) restrições próprias dos imóveis reconhecidos como
integrantes do patrimônio cultural, por forma diversa do tombamento,
em decorrência de ato administrativo ou legislativo ou decisão judicial
específicos; (5) restrições próprias dos imóveis situados na vizinhança
dos bens tombados ou reconhecidos como integrantes do patrimônio
cultural59. Assim também as Corregedorias do Estado do Rio Grande do
Sul60, Mato Grosso61, e Bahia62.
58
MELO, Marcelo Augusto Santana de. Meio Ambiente e Registro de Imóveis (estudo). Disponível em: <https://
marcelommmelo.com/obra-meio-ambiente-e-registro-de-imveis-2/#_Toc510694064>. Acesso em: 14 ago.
2018.
59
Capítulo XX, item 11, ‘‘b’’, das NSCGJ/SP.
60
Art. 424 da Consolidação Normativa Notarial e Registral.
61
Art. 1.600 da Consolidação das Normas Gerais da Corregedoria Geral da Justiça.
62
Art. 1.263 do Código de Normas e Procedimentos dos Serviços Notarias e de Registro.
LINK
O que são unidades de conservação? Disponível em: <https://
www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/27099-o-que-sao-u-
nidades-de-conservacao/>. Acesso em: 18 dez. 2018.
4. Considerações finais
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 3
1. (2015 – CONSULPLAN–TJ-MG–Titular de Serviços de Notas e
de Registro). Quanto aos atos de tombamento de bens imó-
veis, requerido pelo órgão competente, federal, estadual ou
municipal, do serviço de proteção ao patrimônio histórico e
artístico, é correto afirmar:
65
MEDAUAR. Odete. Direito administrativo moderno. 21ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2018.
66
O que é um Ecossistema e um Bioma. Dicionário Ambiental. ((o))eco, Rio de Janeiro, jul. 2014. Disponível em:
<http://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28516-o-que-e-um-ecossistema-e-um-bioma/>. Acesso em: 07
set. 2018.
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas III.
Referências bibliográficas
Questão 1
Resposta: alternativa c).
Resolução: serão registrados, em seu inteiro teor, no livro n. 3 do cartó-
rio de registro de imóveis da respectiva circunscrição imobiliária, além
de averbada a circunstância à margem das transcrições ou nas matrí-
culas respectivas, sempre com as devidas remissões (tópico 3.1 dessa
aula).
Questão 2
Resposta: alternativa c).
Resolução: somente a alternativa III é correta (tópico 3.1 dessa aula).
Questão 3
Questão 4
Questão 5
Objetivos
Os direitos reais são aqueles que tratam do poder dos homens sobre as coi-
sas apropriáveis, como bens da vida, que são coisas que podem ser objeto
de propriedade. Em princípio, todos os bens da vida que possuem valor eco-
nômico podem ser objeto de propriedade, mas obviamente, excluem-se os
bens sem valoração econômica (água do mar, o ar etc.).
1. Direitos reais
67
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil: direitos reais. Vol IV. 26ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
68
TARTUCE. Flávio. Manual de direito civil - volume único. 8ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método,
2018.
- Direito de superfície.
- Usufruto.
- Uso.
- Habitação.
- Servidão.
- Laje.
- Penhor.
- Anticrese.
- Propriedade fiduciária.
Previsto no art. 1.369 e seguintes do CC, trata-se de instituto pela qual o pro-
prietário de determinado imóvel constitui, em favor do superficiário, o direito
de construir ou plantar no solo nú, gratuita ou onerosamente, e durante cer-
to tempo, mantendo para si a propriedade do solo, desmembrando a pro-
priedade sobre a coisa em: (1) propriedade sobre o imóvel, titularizada pelo
proprietário do solo; (2) propriedade superficiária, titularizada pelo superfi-
ciário. Segundo PEREIRA (2018, p. 216) 69, também pode ser convencionado
sobre a superfície já construída ou já plantada, separadamente do solo.
69
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil: direitos reais. Vol IV. 26ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
O direito de superfície pode ser transmitido pelo superficiário, por ato inter
vivos ou causa mortis. Ao proprietário é vedado exigir qualquer compensa-
ção pela alienação. Contudo, existe direito de preferência do proprietário
do solo em face do superficiário, e desse em face do proprietário na hipó-
tese de alienação do terreno, desde que oferecidas as mesmas condições
do terceiro adquirente.
2.3 Usufruto
O usufruto é direito real transitório que concede a seu titular o poder de
usar e gozar durante certo tempo, sob certa condição ou vitaliciamente
(mesmo que esse período seja vitalício, ou indeterminado, é limitado no
tempo), de imóvel pertencentes a outra pessoa.
Sua instituição pode ser gratuita ou onerosa, sendo nesse último caso
constituído mediante uma contraprestação, mas que não configura com-
pra e venda, uma vez que esse instituto implica na transferência da pro-
priedade plena do bem.
75
Art. 1.393, do CC.
76
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil: direitos reais. Vol IV. 26ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
77
REsp 1179259/MG, j. em 14.05.2013, DJe 24.05.2013.
Também pode surgir de usucapião, nos termos do art. 1.379 do CC78, cuja
sentença deverá ser levada a registro. Nesse caso, a constituição se dará
por força da própria sentença, sendo o registro meramente declaratório.
Por fim, necessário apontar que a servidão predial não se confunde com
as servidões legais, nem com a servidão administrativa, que recai sobre
imóveis particulares em benefício do interesse público, como, por exem-
plo, servidão administrativa para torres e passagem de fios de alta ten-
são. Aquelas servidões legais (servidão de passagem de água, canal ou
aqueduto; servidão de passagem para acesso do imóvel encravado à via
pública etc.) são previstas nos artigos 1.227 a 1.313 do CC, como limites
estabelecidos no direito de vizinhança. A constituição da servidão legal e
administrativa decorre da lei, ato administrativo ou sentença, sendo que
seu registro no Cartório de imóveis é meramente declaratório.
PEREIRA (2018, p. 95)81 lembra que a lei permite que o particular, nessas
condições, possa exigir que o poder público lhe conceda o direito real re-
solúvel de uso do referido terreno público. Por tratar-se de atividade vin-
culada, preenchidos os requisitos, o Poder Público não tem como negar a
concessão.
81
PEREIRA, Caio Mário da Silva. Instituições de direito civil: direitos reais. Vol IV. 26ª ed. Rio de Janeiro: Forense, 2018.
Como direito real que é, admite seja transmitido por ato inter vivos ou
causa mortis, ou seja, objeto de garantia real de hipoteca82 ou alienação
fiduciária83.
Pelo art. 7º, o contrato está adstrito a atender uma das seguintes fi-
nalidades específicas, todas de cunho social: regularização fundiária
de interesse social; urbanização; industrialização; edificação; cultivo da
82
Art. 1.473, VIII, do CC.
83
Art. 22, §1ª, II, da Lei nº 9.514/97.
84
MEDAUAR. Odete. Direito administrativo moderno. 21ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2018. p. 254.
85
MEDAUAR. Odete. Direito administrativo moderno. 21ª ed. Belo Horizonte: Fórum, 2018. p. 253/254.
86
Art. 1.473, IX do CC.
87
Art. 22, §1ª, III, da Lei nº 9.514/97.
I–O registro:
(...)
(...)
LINK
O direito de superfície e enfiteuse no direito romano.
Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/58506/o-direito-
-de-superficie>. Acesso em: 18 dez. 2018.
88
QUESTÃO PARA REFLEXÃO
TARTUCE (2018, p. 981)88 anota a existência de debate que diz respei-
to sobre o rol do art. 1.225 do CC ser taxativo ou exemplificativo.
88
TARTUCE. Flávio. Manual de direito civil - volume único. 8ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2018.
89
4. Considerações finais
89
TARTUCE. Flávio. Manual de direito civil – volume único. 8ª ed. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método,
2018.
Glossário
VERIFICAÇÃO DE LEITURA
TEMA 4
1. (2014 – IESES–TJ-PB–Titular de Serviços de Notas e de
Registros–adaptada). Leia:
II. O usufruto em imóvel pode ser instituído apenas no
momento em que se realiza uma doação.
92
Art. 121 do CC.
►- Referências bibliográficas
Gabarito - Tema 4
Questão 1
Questão 2
Questão 3
Questão 4