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AO DOUTO JUÍZO DE DIREITO DA COMARCA DE

___________________ /UF.

Nome, qualificação, CPF, RG, profissão, endereço do MENOR), neste ato


devidamente representado por sua genitora (o) (Nome, qualificação, CPF, RG,
profissão, endereço DA GENITORA), vem, respeitosamente, perante Vossa
Excelência, por intermédio de sua advogada adiante assinada (procuração em
anexo), propor a presente:

AÇÃO REVISIONAL DE PENSÃO ALIMENTICIA COM


TUTELA DE URGÊNCIA

em face de (Nome, qualificação, CPF, RG, profissão, endereço DO REQUERIDO) ,


pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:

I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
Preliminarmente, requer a parte que lhe seja concedido o benefício da
justiça gratuita, em razão do fato de não possuir recursos suficientes para
custear o processo, sem que comprometa o sustento próprio, visto que não
possui condições de arcar com as custas judiciais, sem que isso lhe prejudique a
sua subsistência mínima.

De efeito, o pedido ora posto encontra respaldo nas cláusulas pétreas


esculpidas nos incisos XXXIV e LXXIV, ambos do Artigo 5º da Carta Magna e
no Artigo 98 do Código de Processo Civil, que garantem o acesso gratuito ao
Poder Judiciário, que dispõe, respectivamente:
“à parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante
simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em
condições de pagar as custas do processo e os honorários de
advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família”.

“A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com


insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios têm direito à gratuidade da
justiça, na forma da lei.”

II. DOS FATOS: (ESTE É UM EXEMPLO)

A genitora não está conseguindo arcar com as despesas de XXX, isto


porque, o genitor, conforme o processo anterior arcava com a mensalidade
escolar da menor e ajudava com as despesas mensais no valor de R$ XXX a R$
XXXX reais mensais.
Por algum motivo, o genitor parou de arcar com este valor mensal,
apenas pagando a mensalidade escolar da menor.
Vale pontuar que já neste ano de XXX, o genitor não quis arcar com os
módulos da menor, visto que, a genitora já realizou o pagamento de todos os
itens escolares, conforme se comprova em anexo.
Isto posto, o valor de R$XXX (valor por extenso) não se mostra mais
suficiente para custear uma vida digna a menor impúbere. Convém relatar que,
o pai não está pagando a pensão do menor conforme fora acordado em juízo,
pagando somente a escola da menor, e, ameaçando retirar a criança da escola.

Destarte, por não encontrar alternativa, a requerente não vislumbrou


maneiras para dirimir o seu conflito, senão ajuizar a presente demanda no
intuito da majoração da prestação alimentícia, bem com o arbitramento de
valores correspondentes para educação e saúde da Requerente.

III. DO DIREITO:

01- DA MAJORAÇÃO DOS ALIMENTOS


O art. 1.694 do Código Civil, em seu primeiro parágrafo, preceitua que os
alimentos devem observar o binômio necessidade/possibilidade, em seu
primeiro parágrafo:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir
uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo
compatível com a sua condição social, inclusive para atender às
necessidades de sua educação. § 1o Os alimentos devem ser fixados
na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da
pessoa obrigada.

Corroborando com o mesmo entendimento do dispositivo supracitado, o


art. 1.699 do Diploma Civil também afirma que: se, fixados os alimentos,
sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os
recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias,
exoneração, redução ou majoração do encargo.
Isto posto, a representante do requerente requer que este juízo aumente a
pensão alimentícia da menor para XX%¨do salário-mínimo, que corresponde ao
equivalente de R$ XXXX (valor por extenso).

Importante salientar que, o genitor ganha muito mais do que um salário-


mínimo tendo em vista que ele é do XXXXX, e trabalha nesta empresa como
XXXX.

Por sua vez, o art. 15 da Lei 5478/68 prescreve que:

“A decisão judicial sobre alimentos não transita em julgado


e pode a qualquer tempo ser revista, em face da modificação da
situação financeira dos interessados”.

Ou seja, conforme exposto, o pedido deduzido pela genitora é


juridicamente possível, e encontra-se amplamente amparado em lei e
jurisprudência, conforme verifica-se abaixo:

AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. AÇÃO MOVIDA PELO


FILHO CONTRA O PAI. RECURSO INTERPOSTO PELO AUTOR,
MENOR DE IDADE, EM FACE DE SENTENÇA DE PARCIAL
PROCEDÊNCIA, QUE MAJOROU OS ALIMENTOS DE 28%
PARA 35% DO SALÁRIO MÍNIMO, PARA O CASO DE
DESEMPREGO. ACOLHIMENTO. (…). FOTOGRAFIAS DO RÉU
EM REDE SOCIAL, QUE INDICAM SINAIS EXTERIORES DE
RIQUEZA. NECESSIDADE DE MAJORAÇÃO DOS ALIMENTOS
PARA 50% DO SALÁRIO MÍNIMO. SENTENÇA REFORMADA.
HONORÁRIOS MAJORADOS. RECURSO PROVIDO.” (V.32446).
(TJSP; APELAÇÃO CÍVEL 1006143-06.2019.8.26.0007; RELATOR (A):
VIVIANI NICOLAU; ÓRGÃO JULGADOR: 3ª CÂMARA DE
DIREITO PRIVADO; FORO REGIONAL VII – ITAQUERA – 2ª
VARA DA FAMÍLIA E SUCESSÕES; DATA DO JULGAMENTO:
24/01/2020; DATA DE REGISTRO: 24/01/2020)

Destarte, requer a representante legal da menor que o genitor seja


condenado a pagar a título de pensão alimentícia, o valor de R$XXX (valor em
extenso) que corresponde a XX% do salário-mínimo vigente.

02- DA NECESSIDADE QUE A PENSÃO SEJA PAGA EM DESCONTO


EM FOLHA

O genitor não está pagando a pensão da menor no dia definido, muito


menos o valor estabelecido em juízo, alegando a autora que estava com
dificuldades para pagar a pensão, o que não se justifica, já que, o genitor por ser
concursado não parou de receber seu salário ou fora demitido.

Assim, entendo que esta medida se propõe eficaz para evitar que o
genitor continue não pagando os alimentos da menor.

Portanto, requer que a pensão alimentícia de XXX seja descontada em


folha de pagamento do genitor.

03- DA TUTELA ANTECIPADA


Destarte, a antecipação da tutela, encontra-se prevista no art. 300 do
Código de Processo Civil, permite ao julgador convencido da verossimilhança
da alegação da parte, munida de prova inequívoca, antecipar, total ou
parcialmente, os efeitos da tutela pretendida.
In casu, é imprescindível a antecipação da tutela, haja vista a
verossimilhança dos fatos, de que o genitor pode arcar com as despesas do
menor, que tem aumentado cada dia mais, pois, a criança está crescendo.
De outro lado, a determinação de que a pensão seja descontada em folha
de pagamento, necessita com urgência a sua antecipação, haja vista o genitor
não está pagando o que fora acordado entre as partes, tanto no valor quanto na
data estabelecida.
Ademais, a situação financeira da representante do menor, demonstra a
sua necessidade, vez que, até o presente momento, a genitora, sempre se esforça
para arcar com os gastos da sua filha, visando suprir a esquiva do pai em
prestar os alimentos de acordo com a realidade fática.
Neste sentido, assinala a jurisprudência:
AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS. SENTENÇA QUE
MAJORA O VALOR DO ENCARGO DEVIDO PELO RÉU PARA
MEIO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL. INCONFORMISMO DA
PARTE AUTORA. DEMONSTRAÇÃO DE FATOS
SUPERVENIENTES AO ACORDO CELEBRADO ENTRE AS
PARTES. MODIFICAÇÃO DO BINÔMIO NECESSIDADE-
POSSIBILIDADE COMPROVADA. ARTIGO 1.699 DO CC.
NECESSIDADE DO ALIMENTANDO. (…) SINAIS EXTERIORES
DE RIQUEZA DO ALIMENTANTE EVIDENTES. ENUNCIADO
Nº 576 DO CONSELHO DA JUSTIÇA FEDERAL. MAJORAÇÃO
DO ENCARGO PARA UM SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL.
SENTENÇA REFORMADA. RECURSO PROVIDO EM PARTE.
(TJSP; APELAÇÃO CÍVEL 1012289-56.2016.8.26.0302; RELATOR (A):
ROGÉRIO MURILLO PEREIRA CIMINO; ÓRGÃO JULGADOR:
9ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO; FORO DE JAÚ – 2ª VARA
CÍVEL; DATA DO JULGAMENTO: 27/02/2020; DATA DE
REGISTRO: 27/02/2020)
Assim, levando em consideração que o genitor não está pagando
corretamente as despesas da menor e que estas aumentaram
consideravelmente, deve-se majorar os alimentos daquela que os necessita,
visando manter a sua subsistência, e que a pensão seja descontada em folha de
pagamento.
IV. DOS PEDIDOS

Diante de todo exposto, requer se digne Vossa Excelência:

a) a concessão do benefício da justiça gratuidade, por não ter condições de


arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo
próprio;
b) que este juízo se considere competente, de ofício, para julgar esta ação de
revisional de alimentos, conforme preceitua o art. 147 do ECA e a súmula
vinculante do STJ;
c) a título de tutela provisória de urgência (CPC, arts. 294, 297 e 300) a
majoração da pensão alimentícia para XX% do salário minímo vigente que
corresponde a R$XXX (valor em extenso), em razão da possibilidade do
genitor, face a necessidade da menor, atendendo ao binômio previsto em lei,
com o devido desconto em folha, visando o cumprimento dos princípios da
efetividade;
d) a citação do pai da menor, para, querendo, apresentar resposta à presente
no prazo do art. 335 do Código de Processo Civil, sob pena de revelia;
e) Ao final, seja confirmada a tutela provisória de urgência, condenando o
genitor, a prestar alimentos no importe de R$ R$ (Valor em extenso).
f) a intimação do Ministério Público (art. 698 do CPC) para que se manifeste
no presente feito em razão do interesse de incapaz;

g) a condenação do requerido em custas e honorários que Vossa Excelência


fixar nos termos do art. 85 e seguintes do Código de Processo Civil.

Dá-se à presente o valor de R$ xxxxx (valor em extenso).


Nestes Termos
Pede Deferimento
CIDADE-UF, DATA, MÊS, ANO.
OAB/UF

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