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JANEIRO
Desta forma, fica evidente que se trata de uma pessoa com poucos recursos financeiros e
que vem sendo coagida com cobranças abusivas relativas à presente lide.
4- SÍNTESE DA INICIAL:
O autor, através de seu representante legal, propô s açã o de alimentos, buscando o
pensionamento de seu genitor.
É sabido que o mesmo vinha ajudando a criança e, inclusive, pegava o mesmo para passar
finais de semana, tendo uma convivência “pacífica”. Além disso, o réu encontra-se
DESEMPREGADO, conforme documento anexo de baixa do Exército, especificamente à pag.
Nº 3137 do documento.
Em decisã o à fl.18/19 ficou determinado que o réu deve pagar, a títulos de alimentos
provisó rios, o valor de “20% de seus ganhos líquidos, deduzidos apenas os descontos
obrigató rios, incidindo o percentual, inclusive, sobre 13º salá rio, férias, horas extras,
eventuais verbas resilitó rias, se houver, mediante desconto em folha de pagamento” e em
caso de “trabalhar” “SEM vínculo empregatício, o pensionamento será de 50% do salá rio
mínimo nacional, valor este a ser depositado, até o dia 10 (dez) de cada mês, em conta a ser
aberta conforme determinaçã o abaixo”.
Mesmo apó s a distribuiçã o, o demandado, sem saber, continuou tendo acesso a criança,
porém, quando o genitor passou a cobrar recibos pelos valores que dava a representante
legal, a mesma fez alienaçã o parental com o menor que hoje sequer pode olhar no rosto do
pai sem chorar.
Inclusive, cabe destacar, a parte requerida informa que no dia da audiência, a mã e o proibiu
de falar com o menor, demonstrando, assim, a alienaçã o parental e o comportamento da
genitora, ou seja, intolerante e absolutamente agressiva.
Este tipo de documento busca mostrar ao juízo a boa-fé por parte do requerido, bem como
ajudar o nobre julgador na prolaçã o da decisã o de alimentos provisó rios, o que nã o foi feito
e, por este motivo, fica impossível para a parte ré adimplir com um valor de 50% de um
salá rio mínimo, tendo em vista que encontra-se desempregado.
A r. decisã o à fl.17, impõ e ao réu uma obrigaçã o demasiadamente excessiva, tendo em vista
que caso tenha vínculo, ganhando um salá rio mínimo, deveria pagar com 20%.
b) DO DIREITO DO REQUERIDO
Com fulcro no art. 1.695, do Có digo Civil Brasileiro, os alimentos quando fixados deverã o
sempre obedecer ao binô mio necessidade – possibilidade, nã o devendo desfalcar o
necessá rio ao sustento do Devedor, devendo ser, como amplo entendimento
jurisprudencial e doutriná rio, fixados de acordo com percentual dos rendimentos do
Requerido, neste sentido:
TJ-RS - Agravo de Instrumento AI XXXXX RS (TJ-RS) Data de publicação: 27/04/2015 Ementa: AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ALIMENTOS. FIXAÇÃO EM PERCENTUALDO SALÁRIO MÍNIMO. Os alimentos devem ser fixados de
acordo com opercentual dos rendimentos do agravante porque, assim, melhor atendem ao binômio necessidade-
possibilidade. DERAM PARCIAL PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. (Agravo de Instrumento Nº
70062800537, Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em
23/04/2015).
TJ-RS - Apelação Cível AC XXXXX RS (TJ-RS) Data de publicação: 01/12/2015 Ementa: APELAÇÃO. REVISIONAL DE
ALIMENTOS. PERCENTUAL SOBRE RENDIMENTOS EM CASO DE ALIMENTANTE COM EMPREGO FIXO.PERCENTUAL
SOBRE SALÁRIO-MÍNIMO EM CASO DE DESEMPREGO. A fixação em 30% sobre os rendimentos do pai/alimentante,
para o caso dele ter emprego fixo e formal, considerando que são alimentos destinados para 02 filhas menores,
está em consonância com o que este colegiado tem fixado em casos análogos. Precedentes. A fixação para o caso
do alimentante não ter emprego fixou ou estar desempregado deve se dar em 30% do salário-mínimo, pois esse foi
o valor pedido pelas alimentadas; e esse foi o valor ofertado pelo próprio alimentante em audiência, com
concordância expressa das alimentadas. DERAM PARCIAL PROVIMENTO. (Apelação Cível Nº 70067045476, Oitava
Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: José Pedro de Oliveira Eckert, Julgado em 26/11/2015).
Sendo assim, levando em consideraçã o que a douta decisã o à s fls.18/19, buscou determinar
o valor de, aproximadamente, R$ 500,00 (quinhentos reais) em dias atuais, ignorou o fato
de a representante legal do requerente usar de artifícios sem provas para convencer o
douto Juízo.
Conforme amplamente demonstrado, o réu encontra-se desempregado e o que
impossibilita de efetuar a quantia determinada pelo nobre julgador.
7- CONCLUSÃO
Ante o exposto, ora se requer a total improcedência da presente demanda, já que:
1. Seja acolhido o pedido de Justiça Gratuita concedendo-se ao Requerente os benefícios do
art. 98 e ss. Do Có digo de Processo Civil;
2. Acolha-se primariamente o pedido de revisã o e arbitre-se a reduçã o dos alimentos
provisó rios;
3. Seja declarada parcialmente a improcedência dos pedidos deduzidos pela Requerente e
ao final condenado o Requerido ao pagamento de pensã o alimentícia no valor de 20% em
caso de nã o vínculo empregatício, tendo em vista que o mesmo possui mais dois filhos e
encontra-se desempregado, diferentemente das alegaçõ es autorais, conforme fatos e
fundamentos expostos,, nos termos do Art. 13, § 1º da Lei 5.478/68.
4. Subsidiariamente, em caso de procedência do pedido principal, o que se admite apenas
em atençã o ao princípio da eventualidade, seja diminuído o valor da pensã o requerida; e
5. Que seja proferida a sentença para que o requerido tenha a obrigaçã o de adimplir com a
pensã o de alimentos referente a 20% de seus rendimentos líquidos, em caso de vínculo
empregatício e 20% de um salá rio mínimo em caso de nã o vínculo empregatício.
Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, sem exceçã o,
requerendo, desde logo, a oitiva de testemunhas, cujo rol será apresentado no momento
oportuno, e a juntada de novos documentos, sem prejuízo da produçã o de outras provas
que se mostrem necessá rias durante a instruçã o processual.
Nestes Termos,
Pede juntada e Deferimento.
Rio de Janeiro, 28 de agosto de 2019.
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GUILHERME VALENTE ALMEIDA CARDOSO GUIMARÃES
OAB-RJ 197.115