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DE ________/XX
É justamente esse o caso dos autos, pois o Requerente nã o logrou êxito em comprovar a
mudança na sua situaçã o financeira, com a indicaçã o dos gastos extras, o impacto no
orçamento doméstico, requisitos necessá rios para a propositura da demanda, ô nus que lhe
incumbia.
Em suas razõ es iniciais, o Requerente sustenta, tã o e somente, que o conhecimento de novo
filho, teoricamente, o impende de honrar com a pensã o alimentícia do Requerido nos
moldes firmados anteriormente, nã o comprovando suas alegaçõ es.
Importante destacar que, no reconhecimento da nova prole, o Requerente já estava
obrigado a pagar a pensã o alimentícia discutida nestes autos.
O Princípio da Paternidade Responsá vel, nos termos do artigo 227, da Constituiçã o Federal,
estabelece que os genitores sã o os detentores de obrigaçõ es e deveres, assegurando a
proteçã o aos filhos, a qual se estenderá até que seja necessá rio e justificá vel.
Desse modo, em atençã o ao mencionado princípio, a aquisiçã o de novas responsabilidades
pelo genitor nã o poderá ser repassada em prejuízo ao seu filho.
A lei quando prevê que o alimentando deve receber pensã o alimentícia na proporçã o de
sua necessidade e da possibilidade do alimentante, ela nã o trata os alimentos apenas como
a questã o alimentar em si, abrangendo todas as demais necessidades decorrentes da vida,
tais como vestuá rio, transporte, saú de, segurança, locomoçã o dentre outros.
Analisando a petiçã o de acordo de alimentos acostada aos autos, é possível verificar que a
outra filha do Requerente receberá a quantia de R$ XX (valor por extenso) de pensã o
alimentícia.
Ocorre que, na petiçã o inicial, o Requerente requer a diminuiçã o da prestaçã o alimentar de
30% (trinta por cento) para 8% (oito por cento), pois supostamente a nova filha onera
demasiadamente seu orçamento familiar.
Nobre Julgador, é de causar consternaçã o as alegaçõ es do Requerente.
O Requerente requer a diminuiçã o em mais da metade, sem, contudo, demonstrar sua
insuficiência de recursos para a manutençã o da pensã o alimentícia.
Excelência, o Requerente deverá pagar para a outra filha menos de R$ XXX (valor por
extenso) mensais, um valor tã o ínfimo que sequer será sentido em seu orçamento
doméstico.
Compulsando os autos, constata-se que o Requerente nã o paga aluguel, pois possui casa
pró pria, nã o teve diminuiçã o de salá rio, recebendo mais que o salá rio-mínimo nacional,
cesta bá sica, vale refeiçã o, seguro saú de entre outros, ou seja, além de sua verba salarial,
possui diversos benefícios salariais compondo a sua renda.
Além disto, o Requerente casou-se novamente, ou seja, nã o arca com a manutençã o de sua
residência sozinho.
Isto é, notó rio que nã o há capacidade reduzida.
No entanto, as condiçõ es de necessidade do alimentante nã o diminuíram, pelo contrá rio, a
necessidade de alimentos do menor aumentou.
Nesse ponto, importante destacar que, o Requerido teve que mudar de escola, pois antes as
suas necessidades médicas, alimentares e vestimentas, nã o sobrou dinheiro para pagar
uma van escolar para ele.
Conforme é possível verificar nos documentos anexos, o Requerido está fazendo
tratamento dentá rio, sendo dispendida a quantia de R$ XXX (valor por extenso) reais
mensais, aproximadamente.
Ainda, no documento médico anexo, se constata que o Requerido está com problemas de
saú de, visto o colesterol e triglicérides alterados para sua faixa etá ria, sendo orientaçã o
médica, além de alimentaçã o controlada, exercícios físicos, como por exemplo, escolinha de
futebol, ou seja, há outro valor que deverá ser dispendido.
O Requerido está em fase de desenvolvimento infanto-juvenil, sendo assim, necessita de
alimentaçã o adequada, a fim de evitar prejuízos em seu desenvolvimento, sendo gasto um
valor elevado para alimentaçã o.
Ora Excelência, isto porque sequer adentramos ao mérito da questã o do lazer do menor,
requisito essencial para o desenvolvimento infanto-juvenil e garantia da qualidade de vida.
Isto posto, a reduçã o da pensã o alimentícia de 30% (trinta por cento) para 8% (oito por
cento) do salá rio líquido do Requerente, nã o é nem de perto suficiente para atender as
necessidades bá sicas do Requerido.
Na verdade real dos fatos, a diminuiçã o no pagamento da pensã o alimentícia, por menor
que seja, comprometeria drasticamente o sustento do menor.
Com isso, nã o há possibilidade de concordâ ncia com a drá stica mudança pleiteada,
reduzindo os alimentos ofertados ao Requerido, visto as suas necessidades.
Impende destacar que, está devidamente comprovado nos autos, nã o houve alteraçã o na
situaçã o financeira do Requerido apto a permitir a reduçã o da pensã o alimentícia, uma vez
que o menor ainda é totalmente dependente dos pais para ter seu sustento.
Por todo o exposto, as alegaçõ es do Requerente nã o devem prosperar, uma vez que este
nã o logrou êxito em comprovar que a diminuiçã o na sua capacidade para honrar com o
pagamento da pensã o alimentícia, devendo a presente demanda ser julgada totalmente
improcedente, com a manutençã o da porcentagem dos alimentos pagos.
IV - Da Situação Financeira Do Alimentante
Ad argumentandum tantum, de acordo com as recentes jurisprudências colacionadas acima,
somente o advento de outro filho, nã o é justificativa plausível para diminuiçã o do encargo
alimentar.
Compulsando os autos, tem-se que a mudança com impacto negativo da capacidade
financeira daquele que pleiteia a revisã o dos alimentos é o cerne da demanda.
Todavia, o Requerente nã o logrou êxito em demonstrar a diminuiçã o da sua capacidade de
prover alimentos ao seu filho, ora Requerido, nã o havendo razã o para a revisã o da pensã o
alimentícia.
O Requerente nã o experimentou diminuiçã o salarial, na verdade a sua situaçã o é bem
favorá vel, pois nã o paga aluguel, visto que possui casa pró pria, recebe verba salarial acima
do salá rio-mínimo nacional, tem adicional noturno e periculosidade, cesta bá sica, vale
refeiçã o, plano de saú de etc., ou seja, além do seu salá rio possui diversos benefícios
compondo sua renda mensal, bem como, é casado, portanto, nã o arca com a manutençã o de
sua residência sozinho.
O Requerente, analisando a documentaçã o dos autos, deverá pagar para sua outra filha
menos de R$ XXX (valor por extenso) mensais, um valor tã o ínfimo que sequer será sentido
em seu orçamento doméstico.
Desta forma, analisando os autos, constata-se que o Requerente tenta, na verdade, a
equiparaçã o das pensõ es alimentícias, sem se atentar, contudo, que o valor pretendido é
tã o baixo que nã o é capaz de manter uma criança.
Ora Excelência, entende-se que nã o se deve haver diferenciaçã o entre os filhos, nã o sendo
um preferível ao outro, sendo assim, se realmente deseja a equiparaçã o, o Requerente
deveria procurar meios para ofertar alimentos aptos a suprir a necessidade dos seus filhos
e nã o buscar a diminuiçã o, prejudicando a subsistências dos menores.
Dessa forma, uma vez que nã o há a capacidade reduzida para arcar com a pensã o
alimentícia do Requerido, de rigor o indeferimento da diminuiçã o pleiteada, sendo a
demanda julgada totalmente improcedente.
VI - Da Revogação Da Tutela
Compulsando os autos, se constata que fora concedida a tutela antecipada, autorizando a
reduçã o da pensã o alimentícia paga ao alimentante para 18% (dezoito por cento) dos
rendimentos do Requerente.
No entanto, a mencionada tutela deverá ser revogada, uma vez que, conforme
extensamente suscitado e comprovado nos autos, o Requerente nã o logrou êxito em
comprovar a diminuiçã o drá stica das suas condiçõ es financeiras, ô nus que lhe incumbia.
A jurisprudência pá tria é unâ nime ao decidir que o advento de outro filho, por si só , nã o é
requisito suficiente para pleitear a diminuiçã o da pensã o alimentícia. Dessa forma, é
indispensá vel a demonstraçã o da diminuiçã o da capacidade do alimentante afetando,
consequentemente, o equilíbrio do binô mio necessidade e possibilidade.
Entretanto, constam nos autos que desde o acordo para pagamento da pensã o alimentícia,
as condiçõ es das partes nã o se alteraram, uma vez que, o Requerente manteve seu emprego
e benefícios empregatícios, recebendo mais que o salá rio-mínimo, nã o paga aluguel, casou-
se novamente, sendo assim, tem ajuda com as despesas de sua nova residência, possuindo
boa situaçã o econô mico-financeira.
À vista disso, é incontestá vel que o Requerente tentou transparecer por suas alegaçõ es,
induzindo este juízo ao erro, situaçã o que nã o condiz com a realidade dos fatos.
Por todo o exposto, posto que nã o está comprovado nos autos a modificaçã o drá stica da
situaçã o financeira das partes envolvimento, sendo utilizada a simples alegaçã o de novo
filho, de rigor a imediata revogaçã o da tutela concedida.
VIII – Dos Pedidos
a) A concessã o do benefício da gratuidade da justiça, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV,
da Constituiçã o Federal, dos artigos 98, caput, e 99, § 4º, do Có digo de Processo Civil, e da
Lei nº 1.060/50;
b) A revogaçã o da tutela antecipada concedida ao Requerente para pagamento de apenas
18% (dezoito por cento) dos rendimentos à título de pensã o alimentícia;
c) Seja a demanda julgada totalmente improcedente, pois o Requerente nã o logrou êxito
em comprovar que houve mudança em sua situaçã o financeira, ô nus que lhe incumbia, ou
seja, inocorrência de alteraçã o do binô mio possibilidade-necessidade autorizador da
revisional do encargo alimentar, mas o Requerido logrou êxito em comprovar a sua
necessidade alimentar e, portanto, de rigor a manutençã o da pensã o alimentícia nos termos
devidamente acordados anteriormente;
d) Por fim, requer a condenaçã o do requerente ao pagamento das custas e honorá rios
advocatícios e demais consectá rias cominaçõ es da sucumbência;
Protesta-se provar as alegaçõ es suscitadas por todos os meios admitidos em direito, em
especial testemunhal, documental e pericial.
Por derradeiro, requer-se que todas as intimaçõ es e publicaçõ es lanças em Diá rio Oficial
sejam enviadas ú nica e exclusivamente em nome da advogada XXX devidamente inscrita na
OAB/SP sob o nº XXX, sob pena de nulidade.
Termos em que,
Pede deferimento.
Local/Data.
Advogado/OAB
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Um grande abraço.