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AO JUÍZO DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE GOIANA-PE

NÚMERO DO PROCESSO: 00000123-00.2024.8.17.1234

Jose da Silva, brasileiro, solteiro, cortador de cana, inscrito no CPF sob o


nº123.456.789-00, Portador da cédula de identidade RG nº 0.000.007 SDS/PE, residente
e domiciliado narua direita, Nº 10, centro, Goiana/PE, CEP 55900-000, Tel. (81) 9
1234-5678, vem, por meio por seus advogados e bastante procuradores, que subscrevem
(instrumento de mandato incluso), vem, a presença de Vossa Excelência, propor a
presente:

AÇÃO DE EXONERAÇÃO DE
ALIMENTOS

Observa-se o procedimento comum, com pedido liminar (art. 300, CPC/18), em face
de Antônio da Silva, brasileiro, solteiro, residente e domiciliado na rua Direita, nº
00, centro, Goiana/PE, CEP: 55900-00, Tel.(81) 9 1234-4321 e, Francisco da Silva,
brasileiro, solteiro, residente e domiciliando na rua direita, nº 00, centro, Goiana/PE,
CEP: 55900-000, Tel. (81) 9 1234-4321, vem pelos motivos de fato e de direito que
a seguir expõe:

I. DA GRATUIDADEDA JUSTIÇA

Inicialmente, requer os benefícios da Gratuidade da Justiça, na sua integralidade,


nos termos dos arts.98 e 99 do CPC, por não possuir condições financeiras para arcar
com o pagamento das custas judiciais e honorários advocatícios, sempre juízo do
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próprio sustento e de sua família, conforme declarações de hipossuficiência em anexo.

II. DA INEXISTÊNCIA DE E-MAIL

O Autor não possui endereço eletrônico, de modo que não há infringência ao


inciso II do §3º do art.319, do CPC.

III. DOS FATOS

O requerido, Antônio da Silva, nascido em 04 de Abril de 2003 e,

Francisco da Silva, nascido em 01 de Setembro de 2001, segundo constam as


Certidões de Nascimento em anexo, os mesmo são filhos do Requerente. Ressalta-se,
por oportuno que os requeridos já possuem estabilidade financeira pois estão
trabalhando e, que além de legalmente capaz, os réus não se encontram matriculados
em nenhum curso técnico ou superior, sendo assim não havendo necessidade de
seram mantido pelo pai.
Nos autos da ação de alimentos transitada em julgado da 2ª Vara da Comarca
de Goiana, ficou determinado que fossem realizados descontos de 23% (vinte e três
por cento) dos rendimentos brutos e em caso de desemprego, 23% (vinte e três por
cento) do salário mínimo mensal do Sr. JOSE DA SILVA, devendo incidir ainda
sobre as verbas relativas as férias, 13° salário e verbasrescisórias; o valor ora fixado
deverá ser depositado na conta corrente de titularidade da genitora dos menor, onde
ficou acordado que, caso até a data do pagamento não fosse informado a conta
bancária, seria através de recibo como comprovante de pagamento.

A obrigação alimentícia, feita pelo requerente, foi fixada com base na menoridade
civil dos demandados, entretanto, estes alcançaram a sua plena capacidade civil
conforme demonstram os documentos em anexo. Considerando que a obrigação
alimentícia teve como fundamento exclusivo o poder familiar, que se extinguiu com a
maioridade dos réus , dessa forma, o alimentante necessita da tutela judicial, afim
dever declarado o fim de sua obrigação.

IV. DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA


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É cediço que os alimentos se destinam à manutenção do menor, ante a sua
necessidade e ausência da possibilidade de prover o seu próprio sustento.

Entretanto, não é o que está ocorrendo no caso em apreço, vez que os Promovidos já
atingiram a maioridade e não se encontram matriculados em nenhum curso superior
ou técnico.

Faz-se necessário a imediata exoneração dos alimentos fixados naquele termo, tendo
em vista que a inexistência do dever de alimentar do promovente é válida, uma vez,
que foi demonstrada a desnecessidade da sua continuidade, bem como a insuficiência
do promovente de continuar mantendo este valor.

Nesse sentido, tem-se os seguintes precedentes do TJ/SP:

“ALIMENTOS. Exoneração Alimentos devidos pelo apelado à filha apelante, que


atingiu a maioridade. A obrigação a alimentação cessa automaticamente com a
maioridade civil, podendo subsistir em face da condição pessoal do alimentando e
das suas necessidades específicas. Contudo, a apelante conta 21 anos de idade e, ao
tempo datramitação da ação, não estava matriculada em curso superior ou técnico,
além de ser pessoa apta para o trabalho a época da prolação da sentença, manifestara
apenas “interesse” de voltar a estudar, apresentando posteriormente, junto com as
razões do apelo, comprovante de matrícula em curso técnico não especificado quanto
à matéria educação. Nítido subterfúgio para a permanência da pensão alimentícia,
que não é de ser acolhido. A apelante não faz mais jus à verba alimentar, pois é
capaz de prover o próprio sustento Pedido de exoneração de alimentos procedente
Sentença mantida Recurso improvido”. (4000099-96.2013.8.26.0566 – Apelação –
Rel. Des. Paulo Eduardo Razuk, 1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça
de São Paulo, julgado em 25/02/2014)

“ALIMENTOS.Exoneração. Filho que atingiu a maior idade e não frequenta curso


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universitário, vivendo em companhia da mãe e tendo atividade remunerada.
Cabimento. Cessação do dever de sustento. Dever de toda pessoa maior, capaz e
saudável de proverão necessário à própria subsistência, segundo suas aptidões.
Ausência de necessidadeespecial por parte do alimentando a justificar a preservação
do encargo. Sentença deprocedência confirmada. Apelação do réu desprovida”.
(0202470-90.2009.8.26.0006 –Apelação/Exoneração– Rel.Des.FabioTabosa,2ª
CâmaradeDireitoPrivadodoEstadodeSãoPaulo,julgadoem19/10/2010)

Outrossim, dispõeoart.1.699 do CC/02, inverbis:

Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os


supre,ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamara o juiz, conforme as
circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.

A obrigação alimentar, com fundamento do dever de sustento, ENCERRA-SE COM


O ADVENTO DA MAIORIDADE.

Não obstante, esse encerramento não é automático, devendo ser requerido


judicialmente pelo devedor.

Consoante a Súmula 358 do STJ, que diz:

O cancelamento de pensão alimentícia de filho que atingiu a maioridade está sujeito


à decisão judicial, mediante contraditório, ainda que nos próprios autos.

Imperioso a procedência da presente ação para exonerar o Promovente do pagamento


da pensão alimentícia em tela considerando a presença do requisito necessário à
cessação do dever do Requerente de pagar alimentos ao filho, que já atingiu a
maioridade e não se encontra matriculado em curso superior ou técnico.

Logo, alternativa não resta senão vir a Juízo pleitear a exoneração da obrigação de
pagar pensão de alimentos.

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V. DO PEDIDO
Ante o exposto, requer a este Juízo que:

a) Os benefícios da gratuidade da justiça, em conformidade com


os arts. 98 e 99 do CPC, já que não possui condições financeiras
para arcar como pagamento das custas judiciais e honorários
advocatícios ,sem prejuízo do próprio sustento e de sua família,
conforme Declaração em anexo.

b) A citação dos Réus por OFICIAL DE JUSTIÇA, no


endereço declinado para, querendo, apresentar contestação, sob as
penas da legislação processual vigente;

c) A intimação pessoal da parte Autora para todos os atos


processuais, consoanteoart.186,§2º, do CPC.

d) Requer a este Juízo, EXONERAR O PROMOVENTE de


pagar, em favor dos Promovidos o percentual correspondente da
obrigação alimentícia, visto que o mesmo já atingiu a maioridade,
se encontra trabalhando e não está matriculado em curso superior
ou técnico, tudo na forma e para os fins de Direito;

e) A intimação do digno representante do Ministério Público.

f) Por fim, requer que seja os Réus condenado ao pagamento das


custas porcessuais e honorários advocatícios, equivalente a
20% (vinte porcento) sobre o valor da causa.

g) Protesta provar o alegado por todos os meios de provas em


direito admissíveis, notadamente a oitiva de testemunhas,
depoimento pessoal dos Réus e juntada de documentos.

Dá-se à causa o valor de R$ 3.345,12 (três mil trezentos e


quarenta e cinco reais e doze centavos)
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Pede Deferimento.

Goiana, 19 de março 2024.

ALINE MARIANE FLORO DE OLIVEIRA


OAB/PE 01.123

EDINALDO DOS SANTOS GUEDES FILHO


OAB/PE 01.231

MARIA ÂNGELA DE ARAÚJO PEREIRA


OAB/PE 01.456

MARCOS ANTONIO EMILIANO ALVES JUNIOR


OAB/PE 01.789

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