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EXCELENTÍSSIMA SENHORA DOUTORA JUIZA DE DIREITO DA 3ª VARA DA COMARCA DE CAMPO

MAIOR, ESTADO DO PIAUÍ.

PROCESSO Nº: 0807495-40.2022.8.18.0026


CLASSE: ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68 (69)
ASSUNTO: [Alimentos, Oferta]
AUTOR: PATRICK ABREU DE OLIVEIRA
REU: MARIA BEATRIZ PEREIRA DE OLIVEIRA

PATRICK ABREU DE OLIVEIRA, já qualificado, por seu advogado e procurador bastante, infra
assinado, nos autos da AÇÃO DE OFERTA DE ALIMENTOS em epígrafe, que move em relação à
MONALISA PEREIRA ABREU, menor impúbere, representado por sua genitora MARIA BEATRIZ
PEREIRA DE OLIVEIRA, também devidamente qualificadas, em trâmite perante este D. Juízo e
Cartório respectivo, vem, respeitosamente, a presença de V.Exa., em cumprimento ao r. despacho
de id. 45748789 - Intimação, apresentar sua RÉPLICA à contestação id. 44881539 - CONTESTAÇÃO,
o que faz pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:

Alega, em síntese, a requerida que os fatos narrados pelo Requerente carecem de


verdade e, no longo arrazoado apresentado, tenta induzir este D. Juízo a erro, colocando-se na
posição de vítima e em consequência o Requerente como algoz, apontando assim uma série de
inverdades.

Data máxima vênia, nenhuma razão assiste a Requerida, visto que, as assertivas
trazidas não condizem com a realidade fática, se encontrando totalmente invertidas e
manipuladas, à vista dos documentos acostados pelo Requerente, consoante restará provado não
só com a presente réplica, mas, se necessário for no decorrer da regular instrução da presente
demanda, re-ratificando os termos do pedido inicial, devendo a presente demanda ser julgada
procedente, com a consequente condenação da Requerida nos consectários legais.

Senão vejamos.

Aduziu a Requerida ab initio que a mesma vive com os pais e não possui condições de
arcar sozinha com todos os custos que uma criança necessita, enquanto cria uma situação diversa
da realidade onde põe o Requerente como desfrutador de uma vida isenta de obrigações legais e
consequentemente sem contribuir satisfatoriamente com o sustento de sua filha, o que não se
traduz em verdade e a principal prova é a demanda processual em questão que foi ofertada pelo
mesmo mostrando o claro interesse em contribuir de forma mais do que satisfatória com a vida de
sua filha, no entanto sem pôr em risco seu sustento e de sua atual família, tendo em vista, e
conforme já previa, a Requerida iria criar uma realidade distorcida para atingir o Requerente
usando sua própria filha para tal fim.

De qualquer modo, quando da estipulação da prestação de alimentos, a observância


do binômio necessidade/possibilidade se impõe, devendo os mesmos serem fixados de forma
equilibrada. Assim, na mesma oportunidade em que se busca responder às necessidades daquela
que os reclama, deve-se atentar aos limites das possibilidades daquele que se encontra na
condição de responsável pela prestação alimentícia, não se admitindo que esta se torne um fardo
impossível de ser carregado, bem por isso, a busca da proporção, é fundamental.

Assim, MM. Juíza, o Requerente vem contestar ponto a ponto as alegações em sede
de Contestação.

Quanto a alegação de não ter condições de arcar com o sustento da filha se traduz em
inverdade, tendo em vista que a Requerida é pessoa jovem, possui emprego fixo, ou seja, trabalho
remunerado, pois trabalha na Escola Municipal do Município de Sigefredo Pacheco (foto a seguir) e
é Graduada em Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade Integrada do Brasil, com especialização
em Metodologia do ensina da História (DOC. 1), portanto apta a prover o sustento de sua filha na
parte que lhe cabe, não devendo tal dever recair integralmente sobre o Requerente.

Ademais, a Requerida junta uma tabela com valores sem qualquer comprovação de
fato, alegando que o Requerente deve arcar com tais despesas em favor da criança, ocorre
Excelência, que tal obrigação é DOS PAIS por igual, devendo a Requeria também contribuir com sua
cota parte.

Dessa feita, é dever dos pais assistir, educar e criar os filhos menores, conforme
dispõe o art. 229 da CF/88, regulamentado pelo Código Civil, que impõe a ambos os genitores o
dever de sustentar, guardar e educar os filhos menores.

Outrossim, o artigo 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente, no mesmo sentido,


estabelece que, aos pais, compete o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores,
cabendo-lhes, ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações
judiciais.

Ainda, MM. Juíza, sempre respeitosamente, ad argumentandum, conforme menciona-


se que no mesmo compasso da nossa Constituição Federal, o novo Diploma Civil reafirmou a
igualdade de direitos e deveres entre homens e mulheres, extinguindo a expressão ''pátrio poder''
e trazendo o chamado ''poder familiar'', dessa forma, os pais separados judicialmente ou de fato,
bem como os divorciados têm obrigação de alimentar seus filhos na proporção de seus recursos,
ou seja, ambos têm o dever de alimentar porém sempre respeitando as condições financeiras de
cada um. Os alimentos são devidos guardando-se as proporções dos rendimentos do alimentante e
as necessidades do alimentado, aplicando-se, como já manifestado o binômio
necessidade/possibilidade, mantendo-se sempre o equilíbrio de uma e outra.

Quanto as demais alegações trazidas pela requerida na tentativa de denegrir a


imagem do Requerente, se tratam de um ius sperniandi, sem nenhuma valia, a vista da completa
falta de provas, vislumbrando-se o fito meramente emulativo, para procrastinar a solução da
presente demanda.

Os documentos acostados pela requerida em sua peça contestatória na Num.


44882050 - Pág. 3, onde afirma que o Requerente aufere renda lecionando no Centro Educacional
Profissional CEEP - José Pacífico de Moura Neto, o “print” anexado refere-se apenas a participação
em projeto de extensão vinculado à UFPI, Projeto Alvorada que por sua vez visava a reinserção de
detentos na comunidade através de cursos técnicos, no qual o Requerente foi tutor do curso de
Mecânica de Motos, tendo duração de apenas 06 meses finalizando em abril/2023, conforme
https://ufpi.br/ultimas-noticias-ctf/50891-ufpi-promoveu-certificacao-de-estudantes-do-
curso-de-mecanica-de-motocicletas exercendo uma função prevista nas atribuições do seu
cargo, onde na ocasião recebeu apenas uma bolsa em caráter indenizatório, restando mais uma
vez sua peça defensiva manipulada e muito contraditória.
''DA IMPUGNAÇÃO AO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA DOS AUTORES''

Ainda na preliminar, a defesa censura a concessão das benesses da assistência


judiciária gratuita AO AUTOR, não sabendo quais AUTORES a Requerida faz referência. Assevera
que o representante legal apresentou pedido de Gratuidade de Justiça, alegando ser pessoa
hipossuficiente, incapaz de arcar com as custas processuais.

Assevera que o Requerente é servidor público, exercendo profissão remunerada como


Técnico Mecânico da Universidade Federal do Piauí-UFPI, possuindo ainda um negócio informal de
venda de facas, além de ministrar aulas. Pugnando, portanto, pela revogação do benefício da
Assistência Judiciária Gratuita concedida aos autores.

Insta consignar que, na letra do art. 98 do Código de Processo Civil, o benefício em


comento não depende de estado de miserabilidade extrema, sendo suficiente a “insuficiência de
recursos para pagar as custas, despesas processuais e honorários advocatícios”. Nesse diapasão, é
o disciplinado pela doutrina:

“(...) Não se exige miserabilidade, nem estado de necessidade, nem


tampouco se fala em renda familiar ou faturamento máximos. É possível
que uma pessoa natural, mesmo com boa renda mensal, seja
merecedora do benefício, e que também seja aquele sujeito que é
proprietário de bens imóveis, mas não dispõe de liquidez. A gratuidade
judiciária é um dos mecanismos de viabilização do acesso à justiça; não
se pode exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito tenha que
comprometer significativamente sua renda, ou tenha que se desfazer de
seus bens, liquidando-os para angariar recursos e custear o processo.
(DIDIER JR. Fredie. OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da Justiça
Gratuita. 6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p. 60).(...)”.

“(...) Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é necessário que a parte


seja pobre ou necessitada para que possa beneficiar-se da gratuidade da
justiça. Basta que não tenha recursos suficientes para pagar as custas, as
despesas e os honorários do processo. Mesmo que a pessoa tenha
patrimônio suficiente, se estes bens não têm liquidez para adimplir com
essas despesas, há direito à gratuidade. (MARINONI, Luiz Guilherme.
ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo Código de Processo
Civil comentado. 3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook. Art. 98).
(...)”.

A situação de renda e todos os gastos que o Requerente adianta será provado. Nos
termos dos arts. 98 e 99 do Diploma Processualista, e art. 1º da lei de alimentos 5.478/68 § 2º e
3º, a gratuidade da justiça é direito personalíssimo. Portanto, requer-se que seja conservado o
benefício de gratuidade da justiça concedido, com fulcro no art. 5º, inc. LXXIV da Constituição
Federal, e nos termos do art. 99, § 2º, 3º e § 6º do Código de Processo Civil Brasileiro.

Ademais, o Requerente possui gastos fixos mensais essenciais para seu sustento e não
podem e nem devem ser deixados de levar em conta, com valores aproximados detalhados na
tabela abaixo. Vale destacar que ele é diabético, faz uso de medicação constante e não possui
plano de saúde.

DESPESAS MENSAIS VALOR


FINANCIAMENTO – CASA R$ 2.100,00
ALIMENTAÇÃO R$ 800,00
ENERGIA + ÁGUA E ESGOTO R$ 350,00
MEDICAMENTOS R$ 200,00
TOTAL R$ 3.450,00

Nota-se que os gastos essenciais do Requerente representam grande parte dos seus
ganhos líquidos, para detalhar seus ganhos e contrapor aos gastos, o Requerente junta de livre e
espontânea vontade seus extratos bancários dos últimos 3 meses e se fizer necessária junta
quantos forem necessários e não se opõe a quebra de sigilo Bancário tendo em vista já está o
fazendo por conta própria. Ademais junta também seu extrato do Serasa, onde é declarada 3
dívidas em seu nome, que somam R$ 5.071,98 (cinco mil setenta e um reais e noventa e oito
centavos).
Outrossim, a Requerida também requer, além da quebra de sigilo bancário dos
últimos 03 anos que por sinal, esse tempo prolongado não possue qualquer relação com a
presente demanda, que seja oficiado órgãos como o Detran-PI para que seja indicado a existência
de veículo de propriedade do Requerente.

Ora Excelência, creio que a Requerida perdeu a noção e o objetivo da presente


demanda. Em que pese o Requerente não ter nada contra tais pedidos, não há qualquer relação
com a presente Ação de Alimentos os últimos 03 (três) anos de extrato de movimentação bancária
do Requerente bem como se possui ou não veículos em seu nome, sendo que o mesmo possui
apenas uma Moto em seu nome que é seu veículo de uso pessoal, portanto fica claro que a
Requerida está usando a presente demanda para obter informações extras do Requerente com
intuitos que fogem do objeto proposto, qual seja, os alimentos propostos. Portanto pugna pelo
indeferimento de tais pedidos tendo em vista não serem objeto demandando.

Decidir de forma diversa estaria ferindo o Princípio da Congruência que nos leciona
que o pedido é o norte vislumbrado pelo magistrado e a ele deve o mesmo ficar adstrito, sob pena
de concessão de tutela diversa da natureza, do objeto e da quantia, causando, assim, a nulidade da
sentença.

Ademais, os pedidos da Requerida vão de encontra ao § 1º do artigo 278 do Código


de Processo Civil, in verbis:

“É lícito ao réu, NA CONTESTAÇÃO, formular pedido em seu favor, desde


que fundado nos mesmos fatos referidos na inicial”.

Portanto, não há que se falar em quebra de sigilo dos últimos 03 anos e Oficiar
Detran-PI, pois além de não ter fundamentado tal pedido, bem como sua necessidade, foge do
objetivo da demanda. Se o objetivo de tal quebra de sigilo bancário for, hipoteticamente, para
descobrir a capacidade contributiva do Requerente não há que se falar em 03 anos (2023, 2022 e
2021) pois não possuem qualquer interesse presente a ser provado com isso, no entanto os
últimos 03 (três) meses de seus extratos bancário o próprio Requerente já junta em anexo DOC. 4 e
5.
Desta forma, restando assim clara a condição financeira do Requerente e como foi
declarada anteriormente, portanto não apresenta má-fé, não possui renda extra e claramente não
possui condição financeira para arcar com as custas do processo e nem que ocorra majoração da
Pensão.

Além disto, diferentemente do indicado pela Requerida em sede de Contestação, o


Requerente não realiza viagens desnecessárias e muito menos exibe “vida de ostentação”. Suas
únicas viagens durante todo este tempo de separação foram para a cidade de Jatobá do Piauí, com
o propósito de visitar sua filha, residente na comunidade Olhos d’Água, em Sigefredo Pacheco.

Outrossim a Requerida alega que o Requerente possui um negócio informal de facas


artesanais, em pleno funcionamento há cerca de 03 anos, supondo assim que há rendimentos
maiores do que o alegado. Ora Excelência, a Requerida junta apenas uma foto de uma faca com
um comentário de preço embaixo restando assim impossível provar aquilo que alega.

Noutra diapasão o Requerente junta aos autos prova concreta daquilo que alega,
conforme demonstrado em anexo, onde comprova que tal negócio se trata apenas de um
passatempo, ou seja, uma atividade que é praticada por prazer nos tempos livres e não aufere
lucro, ao contrário, muitas vezes tem prejuízos de diversas formas. Ademais, tais facas muitas vezes
são presentes para amigos e familiares bem como outras feitas apenas para uso pessoal e coleção,
sendo uma minoria apenas para venda quando aparece alguém interessado quando posta em seu
Instagram pessoal.

Junta aos autos prova total dos gastos das facas e todas as que foram vendidas.
Resumidamente temos que o Requerente produziu em pouco mais de 03 anos cerca de 42 facas
neste período (apenas 26 foram vendidas), arrecadando um valor bruto de aproximadamente R$
11.540,00 (onze mil quinhentos e quarenta reais). Os custos envolvidos na produção, referentes a
materiais, ferramentas e equipamentos utilizados, detalhados em anexo, foram cerca de R$
12.500,00 (doze mil e quinhentos reais).
Desta forma, fica claro ser apenas um passatempo não retornando lucro e não que
muito menos chega a compor sua renda, sendo algo que muitas vezes se verte em prejuízo tendo
em vista que sequer consegue retornar o tempo gasto de mão de obra, gastos de energia e tantos
outros que envolvem tal ofício de cuteleiro.

A grosso modo se tudo que tivesse vendido fosse sem qualquer custo/gasto, os R$
12.500,00 divido por 36 meses (3 anos) conforme alega a Requerida, seria pouco mais de R$
347,22 (trezentos e quarenta e sete reais e vinte de dois centavos). Ora Excelência resta
comprovado em anexo todos os custos para a produção das facas sento portanto nem desse valor
médio, possível falar.

Diante disso tudo ora alegado e comprovado, não há qualquer possibilidade de se


falar em revisão da medida liminar, com escopo de fixar os alimentos provisórios em 50% do
salário mínimo vigente. Tendo em vista que tal decisão colocaria em risco as proporções dos
rendimentos do Requerente e as necessidades do alimentado, pois acabaria por dever os
alimentos, devendo ser aplicando, como já manifestado o binômio necessidade/possibilidade,
mantendo-se sempre o equilíbrio de uma e outra.

''O REAL MOTIVO DESTA AÇÃO DE OFERTA DE ALIMENTOS''

Quanto a tal alegação por parte da Requerida, onde afirma que a presente ação de
oferta de alimentos é uma manobra ardilosa feita pelo devedor de alimentos, afirmando ser o caso
em questão, não merece prosperar.

Como a própria defesa junta em sede de Contestação, uma afirmação de ROLF


Madoleno:

''... a oferta de alimentos pode ser uma opção para evitar qualquer
alegação de abandono material em razão da mera separação fática do
casal e dos filhos comuns, ou para não ser surpreendido com uma
cobrança de soma alimentar elevada e abusiva, evitando os riscos de
precisar provar o abuso do valor alimentar reclamado e sua redução
incidental, especialmente quando os alimentos são irrepetíveis.''

Ora Excelência, não há qualquer problema, a ação é prevista no ordenamento jurídico


inclusive pra evitar abusos no exercício da ação de alimentos, quanto a pedidos de alimentos onde
se pede muito mais do que é preciso e devido, o que provavelmente ocorreria no caso em questão.
A Requerida, a título de hipótese, iria somente juntar um comprovante dos rendimentos do
Requerente sem qualquer menção aos gastos que possui e iria requerer 30% ou mais de seus
rendimentos, sendo os alimentos irrepetíveis iria pagar muito mais do que pode por meses até ser
demonstrado a real situação do mesmo, conforme também corrobora os ensinamentos de Rolf
Madalo, senão vejamos:

''Logo, o abuso do exercício da ação de alimentos ou de oferta deles


pode se dar em qualquer uma das direções, tanto em relação àquele que
ingressa com a ação de alimentos e pede muito mais do que precisa,
como daquele que ajuíza uma ação de oferta de alimentos e oferece
muito menos do que o alimentando carece, em comparação às reais
necessidades do credor e os efetivos ingressos financeiros do
alimentante.'' grifou-se

O Requerente não ingressa com a presente ação com intuito ofertar muito menos do
que o alimentante carece, em relação aos efetivos ingressos financeiros da alimentante, conforme
restou provado por tudo exposto.

Quanto ao auxílio creche é descabido o repasse do auxílio creche sem o desconto do


pensionamento anteriormente estipulado, porquanto não estipulada obrigação de pagamento da
mensalidade escolar e na referida quantia já foram contemplados os gastos com alimentação,
educação e vestuário e tal estipulação deste repasse fere o binômio necessidade-possibilidade, já
que seus rendimentos restariam muito diminuídos. Portanto excelência o repasse do auxílio-creche
é feito junto dos alimentos que são sacrificantemente pagos todos os meses e o Requerente deixa
claro que se pudesse pagaria muito mais para o bem de sua filha, no entanto não tem condições. A
alimentada tem 05 anos e 06 meses sendo a previsão legal de receber o auxílio-creche previsto em
lei até os 06 anos, sendo a última parcela paga no mês que a criança completa 05 anos e 11 meses,
conforme Decreto 997/2023. Portanto, temerário que seja obrigado a pagar tal valor onerando
muito o valor inicial arbitrado a título de alimentos provisórios baseado em um benefício que será
extinto em menos de 05 meses.

Do suso exposto, com o devido acatamento, face toda fundamentação legal esposada e
provada, é imperativo concluir-se que as assertivas trazidas na peça contestatória não condizem
com a realidade fática, bem por isso, reitera o Requerente o seu pedido inicial, requerendo seja
julgada procedente a presente ação conforme os pedidos iniciais, e manter a decretação da pensão
alimentícia provisória até o fim da instrução processual, qual seja, no valor de 30% do Salário
mínimo, bem como a condenação da Requerida nas custas, honorários advocatícios e demais
consectários legais.

Termos em que,

Pede e Espera Deferimento.

Assinado digitalmente

Francisco Alberto Portela Duarte Júnior

Advogado OAB-PI 8083

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