Você está na página 1de 7

EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA XXX VARA DA

COMARCA DE XXXXXXXXXXXXXXXXX

(NOME COMPLETO DO AUTOR), (nacionalidade), (estado civil),


(profissão), portador do RG n°…, inscrito no CPF n°…, menor impúbere,
residente e domiciliado à ______ (endereço completo do
autor), representado neste ato por sua genitora com (NOME COMPLETO DA
GENITORA/REPRESENTANTE LEGAL), (nacionalidade), (estado civil),
(profissão), portador do RG n°…, inscrito no CPF n°…, residente e domiciliado
à ______ (endereço completo),vem, por intermédio de seu advogado (nome
completo do advogado), inscrito na OAB n°…, endereço profissional
_______ (endereço completo do escritório do advogado), onde recebe
notificações e intimações, endereço eletrônico _____ (e-mail do
advogado), conforme procuração em anexo, perante Vossa Excelência,
propor (preencha as lacunas com os dados do menor (se o requerente for
menor, mas pode ser também, idoso, mulher, homem – quem precisar de
pensão alimentícia) do representante legal e do advogado)

AÇÃO DE ALIMENTOS

Em face de (NOME COMPLETO DO REQUERIDO), (nacionalidade), (estado


civil), (profissão), portador do RG n°…, inscrito no CPF n°…, residente e
domiciliado à ______ (endereço completo do autor), pelos motivos de fato e
de direito a seguir elencados no presente petitório inicial.

1.Realidade fática:
(Nesse tópico você discorre a realidade fática, conte os fatos
detalhadamente e elenque provas que evidenciem a responsabilidade
alimentícia).

Durante o período de … anos a parte que representa o autor da demanda teve


matrimônio com a parte que configura o polo passivo, onde desse
relacionamento nasceu o (nome completo do menor) que é filho legítimo do
requerido, conforme demonstra a certidão de nascimento anexado a
exordial. (preencha informando o período que o casal manteve
matrimonio).

Ocorre que com o passar dos anos e com o desgaste do relacionamento os


genitores optaram pela separação e desde este acontecimento, o(a) menor tem
sido criada e recebe todo cuidado e proteção da parte autora ______ (NOME
COMPLETO DA REPRESENTANTE LEGAL)
A genitora durante todo esse período, pós separação não recebeu nenhum tipo
de auxílio do pai do menor, e assim tem feito o possível para manter o
sustento e todos os cuidados necessários para que o filho não passe por
nenhuma situação precária.

Atualmente a mãe da criança trabalha com bicos, nos horários em que


consegue alguém para cuidar do menor, pois como o filho ainda é muito
pequeno não tem condições de ter um trabalho fixo, e ainda não encontrou
nenhum que pudesse ser compatível com a atual situação vivida.

Sabe-se que o pai do(a) menor é empregado da empresa ____ (nome da


empresa), que fica localizada no endereço _______ (endereço completo da
empresa) , e não tem nenhum outro filho. O réu tem casa própria, carro do ano
e uma situação financeira estável, com um faturamento mensal que dá para
manter o excelente padrão de vida, conforme fotos de prints anexadas abaixo:

(nessa parte anexe fotos mostrando os bens do réu, como fotos de redes
sociais que demonstrem os bens, extratos bancários ou de cartão de
crédito se você tiver acesso).

No entanto, nunca ajudou com nenhum valor ou mesmo com a presença na


vida do(a) menor, após a separação.

Abaixo demonstramos os gastos mensais do menor: (nessa parte você pode


fazer uma planilha demonstrando os gastos do menor).

Alimentos: R$ ….

Mensalidade escolar: R$ ….

Medicamentos: R$ ….

Vestuário: R$ ….
Lazer: R$ ….

Laudo médico ( se houver doença ou limitações) :R$ ….

Curso de computação: R$ ….

Curso de inglês: R$ ….

Natação: R$ ….

Várias já foram as tentativas de contato com o genitor da criança, contudo


nenhuma delas tiveram êxito, muitas vezes atendem o telefone, mas dizem que
ele não se encontra.

Diante da realidade fática exposta na presente situação, surgiu a necessidade


de ajuizar a presente exordial para que o réu possa arcar com a sua
responsabilidade alimentícia, tendo em vista que a genitora não tem condições
de criar o menor sem a ajuda do genitor.

2. Dos fundamentos jurídicos:


(nesse tópico você elenca todos os fundamentos jurídicos para pleitear
os alimentos).

2.1 Da Justiça Gratuita:


(coloque esse subtópico se a parte autora fizer jus a justiça gratuita).

Como já demonstrado pelos documentos que constam em anexo, a parte


demandante não tem rendimentos suficientes para custear as despesas
decorrentes do processo, como também, os honorários advocatícios.

Pois, ao custear tais despesas isso afetaria diretamente o seu sustento e o


sustento da sua família, fazendo assim jus ao benefício da justiça gratuita.

No art. 4º da Lei n.º 1.060/50, discorre sobre a justiça gratuita elencando a


possibilidade de justiça gratuita para aquele que não tem condições, e ainda
acrescenta que o pedido pode ser feito a qualquer momento, “in verbis”:

“Art. 4º A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante


simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de
pagar às custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo
próprio ou de sua família.

§ 1º Presume-se pobre, até prova em contrário, quem afirmar essa condição


nos termos da lei, sob pena de pagamento até o décuplo das custas judiciais.”

A Carta Magna, ampara em seu artigo 5º, XXXV, sobre impossibilidade de


impedir o direito de acesso às pessoas consideradas mais humildes, pois todos
tem direito, independente do poder aquisitivo, do contrário estaria sendo ferido
um direito do cidadão.

A seguir jurisprudências favoráveis a justiça gratuita:

“ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – REQUISITOS PARA A OBTENÇÃO – ” A


assistência judiciária (Lei 1060/50, na redação da Lei 7510/86) – Para que a
parte obtenha o benefício da assistência judiciária, basta a simples afirmação
de sua pobreza, até prova em contrário. (art.4º. e §1º.). Compete à parte
contrária a oposição à concessão.(STJ-REsp.1009/SP, Min. Nilson Naves,
3ª.T., j: 24.10.89, DJU 13.11.89, p.17026).”

Ainda se observa que há a possibilidade que tal direito seja pleiteado pelos
advogados particulares, sem nenhum tipo de prejuízo ou algo que cause
danos, conforme a previsão do art. 99,§ 5º do Código de Processo Civil:
“Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição
inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no processo ou em
recurso.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida


exclusivamente por pessoa natural.”

Vejamos entendimentos do relator Cesar Loyola, da 2º Tuma Civil, referente ao


processo nº 07124783220208070000 – (0712478-32.2020.8.07.0000 – Res. 65
CNJ):
“PROCESSO CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REPARAÇÃO
POR DANO MATERIAL. PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA.
CONCESSÃO. REQUISITOS DEMONSTRADOS. 1. Agravo de Instrumento
contra a decisão que indeferiu a gratuidade de justiça pleiteada pelo agravante.
2. No caso dos autos, o agravante colacionou documentação apta a verificar
sua insuficiência de recursos para o custeio do processo e cópia do
contracheque, demonstrando que os descontos referentes a empréstimos
bancários consomem a boa parte de seu salário. 3. O Código de Processo
Civil, em seu artigo 99, § 4º dispõe expressamente que ?a assistência do
requerente por advogado particular não impede a concessão de
gratuidade de justiça?. 4. Em tais circunstâncias deve prevalecer a presunção
de pobreza decorrente da declaração de hipossuficiência firmada pela parte
requerente. 5. Agravo de instrumento conhecido e provido.”

Ainda corroborou com tal afirmação o Relator Getúlio de Morais Oliveira, da 7º


Turma Cível, na decisão sobre gratuidade de justiça, vejamos:

“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. ASSISTÊNCIA


JUDICIÁRIA GRATUITA. AFIRMAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA.
DEFERIMENTO. AGRAVO INTERNO. NÃO PROVIDO. 1. Segundo o art. 99,
§ 3º, do CPC, para que a parte obtenha o benefício, basta a simples afirmação
da sua pobreza, que em se tratando de pessoa natural, tem presunção de
veracidade. 2. O fato de a parte estar patrocinada por advogado
particular, por si só, não é suficiente para elidir a presunção de
hipossuficiência da parte, conforme inteligência do art. 99, §4º, do
CPC. 3. Agravo de instrumento conhecido e provido. Benefício deferido. 4.
Agravo interno não provido.”

Assim, conforme a previsão da Lei n.º 1.060/50, como já mencionado, requer


que seja concedida a parte autora o benefício da justiça gratuita, já que se faz
de forma justa e acertada.

2.2 Da fixação do valor dos alimentos:


(coloque nesse subtópico informações acerca da solicitação de
alimentos).
O art. 227 c/c com o art. 229 da Carta Magna, assegura a criança vários
direitos e deveres que devem ser garantidos pela família, sendo reciproca entre
os genitores tal responsabilidade.

A parte autora ao requerer o pedido de alimentos não quer nada além que o
seu filho tenha uma condição de vida descente, com todos os direitos sendo
assistidos, situação que não pode acontecer, por não ter como arcar com todas
as despesas da criação de seu filho.

Sabe-se que os pais devem assistir seus filhos conforme os seus rendimentos,
sem qualquer discriminação, assim o que se requere é que haja a prestação de
alimentos conforme a possibilidade do genitor e a necessidade do menor.

O que observamos analisando o presente caso é que a genitora não tem


condições ou bens suficientes para prover pelo seu trabalho a sua própria
mantença, as despesas e responsabilidades da criação do filho sozinha.

O artigo 1695 do Código Civil prevê que há a necessidade de ajuda em caso


de impossibilidade da genitora arcar com as despesas, in verbis:

“Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens
suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele,
de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu
sustento. “

O artigo 1.696 do Código Civil prevê que a prestação de alimentos deve ser de
mutua responsabilidade dos pais, vejamos o disposto no diploma:

“Art. 1.696. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e


extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em
grau, uns em falta de outros.”

Ou seja, ao não prestar ajuda com os recursos necessários para a manutenção


do menor, conforme a previsão nos dispositivos mencionados acima e nas
legislações especiais, o que percebemos é que ocorre uma omissão, figurando
uma situação típica prevista no art. 244 do Código Penal.

Destarte, o genitor deve realizar a prestação de alimentos de maneira que


atenda necessidades consideradas básicas a vida do menor, como a
alimentação, a moradia, educação, saúde e toda e qualquer maneira que sirva
para preservar a dignidade humana da criança.

A seguir entendimentos jurisprudenciais sobre o tema:

“APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. FIXAÇÃO DE VERBA


ALIMENTÍCIA. OBSERVÂNCIA DO BINÔMIO
NECESSIDADE/POSSIBILIDADE. VALOR FIXADO QUE SE REVELOU
ADEQUADO. PLEITO DE REDUÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. ALIMENTOS
DESTINADOS AO SUSTENTO DE FILHA MENOR IMPÚBERE, CUJA
NECESSIDADE SE PRESUME. AUSÊNCIA DE PROVA DE MODIFICAÇÃO
NA SITUAÇÃO ECONÔMICA DO ALIMENTANTE. PARECER DA
PROCURADORIA PELO E IMPROVIMENTO. MANUTENÇÃO DA SENTENÇA
1. Os alimentos devem ser fixados de acordo com a possibilidade de quem os
deve e a necessidade daquele que os pede, conforme art. 1.694, § 1º, do
Código Civil, cabendo ao juiz apreciar cada caso e dar-lhe melhor solução,
considerando o princípio da proporcionalidade. 2. O dever de prestar alimentos
se impõe quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode
prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam,
pode fornecê-lo, sem desfalque do necessário ao seu sustento. 3. Não se
desincumbiu o recorrido de provar a sua incapacidade financeira de prover os
alimentos de sua filha menor no percentual fixado pelo juízo a quo (30% sobre
o salário minimo). 4. APELO CONHECIDO E IMPROVIDO.(TJ-BA-APL:
05463363120168050001, Relator: ROBERTO MAYNARD FRANK, QUARTA
CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 26/11/2019)”

Assim, requer que seja fixado a pensão alimentícia no valor correspondente a


… % do valor do salário mínimo, visto a menor ser a única filha do genitor que
ocupa o polo passivo da demanda. (preencha informando o valor de forma
numérica e por extenso da porcentagem que deseja requerer que seja
cobrada como pensão alimentícia).

2.3 Da situação financeira do réu:


(nesse subtópico você pode discorrer sobre a situação financeira do
réu).

A ex-cônjuge do réu tem conhecimento de alguns bens que o mesmo tinha na


época do divorcio, a seguir uma lista com os bens do réu:
— Casa de veraneio localizado no endereço…
— Conta bancária…
— Automóveis…

— Investimentos…

(preencha com os bens que tiver conhecimento e possa comprovar serem


do réu)

O que se observa analisando os documentos acostados na exordial, é que o


réu tem condições de ajudar no custeio das necessidades do filho menor, sem
causar nenhum dano ou prejuízo a sua necessidade de vivência, visto a
obrigação mutua de cuidados com os filhos não se desfazer com a separação.

Ainda, solicita que se possível, a Receita Federal encaminhe uma cópia das
três ultimas prestações de contas do _____ (nome do réu).

Solicita, também , ao BACEN (Banco Central do Brasil), por meio do BACEN


JUD, que sejam encaminhados para serem anexados a presente exordial,
todos os extratos jurídicos com os dados das contas correntes, informações
sobre as movimentações e investimentos, e qualquer outro que for importante
anexar a este processo.

3. Dos pedidos:
Ante o exposto requer:

A) Que seja concedido o benefício da Justiça Gratuita.

B) A citação e intimação da parte ré, no endereço fornecido, para que


desejando, apresente a contestação, obedecendo ao prazo, sob pena de
revelia.

C) A fixação do valor de …% do salário mínimo como forma de pensão


alimentícia mensal.

D)Que seja dada vista ao ilustríssimo Ministério Público, conforme a previsão


do Código Civil no art. 178, II.

E) Que a parte ré seja condenada ao pagamento de …% sobre o valor da


causa, relacionada as custas processuais e honorários advocatícios, conforme
o artigo 546 do CPC. (informe a porcentagem em forma numérica e por
extenso).

F) Que sejam admitidos todos os meios de provas existentes, sejam eles


documentais, testemunhais ou periciais.

Dá-se a causa o valor… (preencha informando o valor da causa).

Termos em que, pede deferimento,

____________ (cidade), ___ de ________________ de 2022.

_________________

Assinatura do (a) Advogado (a)

Oab nº____/ UF

Você também pode gostar