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SÍNDICO
INICIANTE
ÍNDICE
1 • Introdução
2 • Virei Síndico e Agora?
3 • Legislação
4 • Deveres do Síndico
5 • Conclusão
5 • Dicas de livros
INTRODUÇÃO
Apesar de não exigir uma formação específica, esse cargo é complexo. Para
te ajudar no começo do mandato como Síndico Iniciante, criamos este Guia
Completo.
Você vai entender passo a passo as principais ferramentas que devem ser
usadas para o exercício da sua função e, quem sabe, ao fim da leitura e de
colocar os exercícios em prática, você não evolui para um Síndico Eficaz?
VIREI SÍNDICO E AGORA?
Inteligência Emocional
Para lidar com crises e resolver conflitos com o lado racional predominante,
visando seguir as regras impostas na convenção e não se deixar levar por
emoções no calor do momento.
Conhecimento Aplicado
Ter conhecimentos em áreas de gestão como administração, contabilidade,
finanças, recursos humanos, direito trabalhista e demais questões jurídicas,
se fará útil em algum momento na rotina do condomínio.
Boa Comunicação
Cultivar o bom relacionamento com condôminos e funcionários é
extremamente necessário. Se tudo for compreendido, haverá maior confiança
das pessoas na sua gestão.
Organização
O erro do síndico pode prejudicar diversas famílias, então se faz imprescindível
ter boa organização para gerir o condomínio.
Quem pode ser síndico?
De acordo com o Código Civil (Art. 1.347), o síndico deve ser eleito em
Assembleia, podendo ou não ser condômino. A mesma cláusula também
define que o mandato não pode superar dois anos, ainda que a reeleição seja
possível conforme desejo dos moradores e por número de vezes indetermina-
do.
O Código Civil define de forma bastante abrangente quem pode atuar como
síndico. Porém, apesar de não funcionar como regra definitiva, a maioria dos
advogados especializados afirma que existe uma espécie de proibição rela-
cionada à inadimplência.
O primeiro é o Art. 1.335 do Código Civil, que destaca o fato dos moradores
inadimplentes não poderem participar ativamente de assembleias. O síndico
é quem gerencia a reunião, então seria confuso que a pessoa fosse proibida
de direcionar as discussões.
Antes de mais nada, conheça o Código Civil, uma das peças mais importantes
para o trabalho do síndico e da vida condominial. Esse conjunto de normas
destaca os direitos e deveres dos brasileiros, incluindo seus bens e relações
no âmbito privado, sempre pautado na Constituição Nacional.
• Assembleias;
• Áreas Comuns e Vagas;
• Aprovação de Obras;
• Convenção de Condomínio;
• Definição e Registro de Condomínios;
• Direitos e Deveres do Síndico;
• Direitos e Deveres dos Condôminos;
• Dívidas e Aplicação de Multas;
• Eleição e Destituição do Síndico e do Conselho.
• Seguro do Empreendimento.
Os 9 Deveres do Síndico
• Convocação de Assembleia;
• Respeitar e fazer cumprir a Convenção e Regimento Interno;
• Conservação das partes comuns;
• Representação do condomínio;
• Comunicação imediata;
• Gestão de inadimplência;
• Previsão orçamentária;
• Contratação do seguro;
• Prestação de contas.
Convocação de Assembleias
COMPORTAMENTO
Conforme a assembleia acontece, os ânimos das pessoas podem se exaltar.
Para não perder o foco, nem piorar a situação, é conveniente que o síndico
mantenha-se com postura neutra e profissional. Os problemas devem ser
resolvidos de acordo com o que disciplina o regimento interno e de maneira
justa. Para evitar distrações, siga um roteiro sobre os assuntos discutidos,
estipulando limites de tempo para tomar decisões. Assim, o encontro fica
mais organizado e produtivo.
Os 3 tipos de Assembleia
Para a convocação de uma assembléia geral (AGI, AGO ou AGE) deve ser
feito edital constando data, horário, local da reunião, ordem do dia e um
resumo da matéria a ser deliberada. O prazo para convocação é o previsto na
Convenção do Condomínio.
PERIODICIDADE
Depende do tipo de assembleia. AGO deve ser realizada anualmente para
aprovar contas e orçamentos e lidar com assuntos menos urgentes; AGE
pode ser realizada de acordo com a necessidade, pois acontece para resolver
questões pontuais.
ATA
É o documento de registro sobre o que aconteceu na reunião, como as
decisões tomadas, os problemas e novas regras levantadas. Cada condômino,
estando ou não presente, deve receber uma cópia em até 8 dias da realização
da assembleia. Alguns elementos essenciais da ata são:
COMPORTAMENTO
Conforme a assembleia acontece, os ânimos das pessoas podem se exaltar.
Para não perder o foco, nem piorar a situação, é conveniente que o síndico
mantenha-se com postura neutra e profissional. Os problemas devem ser
resolvidos de acordo com o que disciplina o regimento interno e de maneira
justa. Para evitar distrações, siga um roteiro sobre os assuntos discutidos,
estipulando limites de tempo para tomar decisões. Assim, o encontro fica
mais organizado e produtivo.
Os 3 tipos de Assembleia
Para a convocação de uma assembléia geral (AGI, AGO ou AGE) deve ser
feito edital constando data, horário, local da reunião, ordem do dia e um
resumo da matéria a ser deliberada. O prazo para convocação é o previsto na
Convenção do Condomínio.
O Código Civil obriga a realização, pelo menos uma vez por ano, da
Assembléia Geral Ordinária, na qual deve ser objeto de deliberação:
ÁREAS DE LAZER
Determina-se como as partes comuns de lazer devem ser utilizadas. Ex.: no
caso do salão de festas, vale estabelecer o processo de reserva.
HORÁRIO DE SILÊNCIO
Como não existe lei federal que determine horário de silêncio, o ideal é
estabelecer regras conforme os momentos em que moradores devem ter
mais cuidado com barulho. É possível limitar o horário de festas ruidosas,
assim como a audição de músicas em elevado volume. O mais comum é
definir horários muito cedo (antes das 8h da manhã) e muito tarde da noite
(depois das 22h).
MUDANÇAS E OBRAS
Devem seguir regras específicas, pois transformam a rotina do condomínio.
O regimento define em quais dias da semana podem acontecer, horários mais
adequados etc. Quanto às obras, são estabelecidos os pontos que não podem
ser modificados — como fachada —, quais necessitam de aprovação e os
horários em que os trabalhadores podem atuar.
PRESENÇA DE ANIMAIS
Delimitam-se as regras de circulação e convívio para animais, de modo que
aqueles que escolheram não ter também possam ser respeitados.
MULTAS
São necessárias para garantir que haja o cumprimento do regimento, que
define quais os valores para cada conduta indesejável. O ideal é que seja pro-
porcional a cada descumprimento estabelecido e que sejam temerosas o bas-
tante para que auxiliem a inibir comportamentos nocivos à vizinhança e ao
condomínio.
ATUALIZAÇÃO DA CONVENÇÃO: COMO MUDAR AS REGRAS?
Com o passar do tempo, as normas ficam obsoletas. Por isso, é essencial
que a Convenção do Condomínio fique sempre atualizada. A fim de solicitar a
alteração do conjunto de regras, é preciso que o síndico faça convocação de
Assembleia, onde é oficializada.
A mudança deve ser aceita por dois terços dos condôminos com votação
realizada em quórum qualificado. Então, a Convenção Condominial deve ser
revisada e registrada. Esse trabalho deve liderado pelo síndico e contar com o
auxílio da administradora,
Comunicação imediata
Gestão de inadimplência
É proibido afixar listas dos devedores em áreas comuns, pois além de dificultar
a negociação do débito pode acarretar ações judiciais contra o síndico.
ELABORAÇÃO E APROVAÇÃO
• Use como base as despesas reais de meses anteriores;
• Atualize os valores conforme a inflação;
• Troque informações com síndicos de prédios vizinhos, preferencialmente
de mesmo porte;
• Se a proposta for elaborada pela administradora, peça-a cinco dias antes da
Assembléia para examiná-la atentamente;
• Apresente e discuta a proposta previamente com os conselheiros;
• Provisione uma verba entre 5% e 10% para despesas diversas e imprevistas;
• Preveja uma margem de segurança suficiente para que o caixa não fique
negativo em virtude de pequenas flutuações na economia e arrecadação;
• Se possível, faça planilhas comparativas, ou seja, coleta de três orça-
mentos, de diferentes empresas, para a realização de determinada obra ou
serviço;
• Inclua o percentual de inadimplência, afinal não é possível contar com o
pagamento total;
• Como decorrência da gestão dos valores previstos no orçamento, o síndico
assume o dever de prestar contas à assembléia, anualmente e quando exigi-
das;
Contratação do seguro
SEGUROS
O síndico é responsável pela contratação de seguro contra incêndio e outros
sinistros, abrangendo todas as unidades, partes e objetos comuns. O prazo
para contratação é de 120 dias após o “habite-se”. Caso contrário, o condomínio
ficará sujeito à multa mensal equivalente a 1/12 do imposto predial cobrado
pela Prefeitura.
O seguro é feito com base em valores reais, em função dos custos de recons-
trução e nunca do preço comercial do edifício. Se o seguro for com valor infe-
rior ao real, o síndico poderá ser responsabilizado civil e criminalmente pela
contratação.
• Assalto e sequestro;
• Danos elétricos;
• Desmoronamento;
• Incêndio de bens de moradores;
• Impacto de veículos terrestres;
• Incêndio, raio e explosão;
• Morte e invalidez de empregados;
• Portões eletrônicos;
• Projétil perdido.
• Quebra de vidros e espelhos;
• Responsabilidade civil do condomínio;
• Responsabilidade civil por guarda de veículo;
• Roubo de bens de moradores;
• Roubo de bens do condomínio;
• Tumultos e greves;
• Vendaval;
Prestação de contas
COMPREENDENDO OS GASTOS
Antes de pensar em formas de redução de taxas, o gestor necessita ter um
amplo conhecimento a respeito dos gastos do condomínio. Os custos fixos
costumam ser divididos da seguinte maneira:
DEFINA METAS
Para conseguir ver os seus resultados é preciso que as metas sejam bem
definidas. Isso vai ajudar a você e os moradores saberem qual é o ideal do
condomínio. Também fica mais fácil com que as pessoas tenham paciência
para aguardar a hora certa de ter um problema resolvido. Afinal, saberão que
a resolução do problema vai acontecer e não terão mais dúvidas ou desconfianças.
ACOMPANHE OS RESULTADOS
Acompanhe os resultados das suas ações. Isso ajuda você a ver como as
coisas melhoraram e a não desanimar das atividades como síndico. Procure
meios de sempre mostrar aos condôminos os resultados obtidos, o que ajuda
as pessoas a verem como estão sendo gastos os recursos do condomínio e
a colaborarem durante a sua gestão.
Conclusão
Chegamos até aqui. Você já se sente mais preparado para atuar como síndico?
Assumir esse papel é um grande desafio, pelo número de responsabilidades.
Gestão de Condomínio: Direto ao assunto (Mário Tabosa Filho & Mayra Tabosa),
Editora Senac.
Sinopse: Livro destinado a síndicos, condôminos, inquilinos, administradores, acadê-
micos e curiosos que desejam um caminho eficiente para a melhoria da qualidade de
vida e social de um condomínio. A atuação do autor, como administrador de condomí-
nios, evidenciou a necessidade de tornar mais claras, objetivas e acessíveis às infor-
mações para uma boa gestão condominial, sintetizando as informações e tornando-
-as práticas e aplicáveis.
Quero conhecer!