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AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE _____________________

JUSTIÇA GRATUITA

NOME DO REQUERENTE, nacionalidade, estado civil, profissã o, portador da Cédula de


Identidade ...................., inscrito no CPF sob o nº .................., residente e domiciliado na
Rua ....................., nº ...., Bairro ......................, Cidade ................., CEP: ................., telefone: ................., e-
mail: .......................... (telefone e e-mail sã o opcionais), devidamente representado por seu
advogado nomeado, Dr. ............................., inscrito na OAB/UF sob o nº ..........., com escritó rio
profissional situado na R Rua ....................., nº ...., Bairro ......................, Cidade .................,
CEP: ................., telefone: ................., e-mail: .......................... , vem respeitosamente perante Vossa
Excelência, com fundamento na Lei 5.478/68; art. 1.583, 1.589 e 1.694 e ss., do Có digo Civil,
bem como no art. 229, da Constituiçã o Federal, propor a presente:
AÇÃO DE GUARDA COMPARTILHADA C/C REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS E OFERTA
DE ALIMENTOS COM PEDIDO LIMINAR
do menor .................................. (nome do filho menor), em face de NOME DA REQUERIDA
(genitora do menor), nacionalidade, estado civil, profissã o, portadora da Cédula de
Identidade nº .........................., inscrita no CPF sob o nº ......................., residente e domiciliada na
Rua ....................., nº ...., Bairro ......................, Cidade ................., CEP: ................., pelos motivos de
fato e de direito a segui expostos.

I. DOS FATOS
O Requerente e a Requerida mantiveram relacionamento amoroso por aproximadamente X
anos, tendo chegado a morar juntos por certo período de tempo, sendo que, desse
relacionamento houve o nascimento do menor ..............................( nome do menor), hoje
com ................... de idade.
O Requerente e a Requerida nã o residem mais juntos, ao passo que o Autor pretende obter
a guarda compartilhada do menor bem como ofertar alimentos ao infante, cumprindo seu
dever de pai, mas também podendo exercer seu direito de visitas, ou seja, o direito de
poder conviver com seu filho.
O ajuizamento da presente açã o se faz necessá rio pelo fato de que a Requerida vem criando
obstá culos ao direito de visitas do Requerente, nã o deixando este visitar seu filho,
impedindo-o de exercer de pai, bem como impedindo o filho de conviver com seu genitor.
A Requerida está impedindo o Requerente de ver o filho porque deseja receber um valor
alto de pensã o, maior do que as possibilidades do Requerente. Inclusive o Requerente
ofertou um valor para a Requerida, a título de pensã o alimentícia para o filho, mas esta nã o
aceitou a quantia ofertada, alegando que nã o precisa de migalhas, que se nã o for um valor
maior nã o precisa ser nada, como se o direito aos alimentos fosse dela e nã o do filho.
A Requerida ainda afirmou que em caso de ajuizamento de açã o judicial por parte do Autor
continuará nã o deixando ele visitar o filho, o que demonstra que a Requerida possui a
intençã o de prejudicar os interesses tanto do Requerente quanto do filho.
Vale ressaltar que ainda que a Requerida nã o tenha aceitado um valor mensal a título de
pensã o, o Requerente paga todos os meses o plano de saú de do menor .......................................
(nome do menor), no valor de R$ .................., bem como ajuda nas despesas do infante,
como roupas e medicamentos. No entanto, ajuíza a presente açã o para que seja arbitrado
um valor judicial a título de pensã o alimentícia, bem como para que seja garantido o direito
de visitas do Autor, para que possa conviver com seu filho, participar de seu crescimento,
criar laços afetivos, etc.
Quanto ao plano de saú de, o Autor vai entrar em contato com o RH de sua empresa
empregadora para que possa incluir o menor no plano de saú de da empresa, de forma a dar
ainda mais garantia para o infante.
Em nenhum momento o Autor quis fugir de suas responsabilidades de pai, tanto que
extrajudicialmente ofertou pensã o alimentícia, o que foi recusado pela Requerida, mas
também quer exercer seus direitos.
Assim, ajuíza a presente açã o para que, ao final, Vossa Excelência reconheça como correto o
valor ofertado pelo Autor a título de pensã o alimentícia, bem como defina a guarda
compartilhada do menor entre as partes, para que fique regulamentado, ainda, o direito de
visitas.

II. DO DIREITO
II.I - DA JUSTIÇA GRATUITA
O Requerente nã o possui no momento condiçõ es para arcar com o pagamento das custas e
despesas processuais sem prejuízo do pró prio sustento e do sustento de sua família.
É bem verdade que o patrono desta açã o é advogado particular, porém isso não
desconfigura sua insuficiência de recursos, conforme preceitua o art. 99, § 4º, do CPC.
Pelo exposto, junta declaraçã o de hipouficiência econô mica para fins judiciais e pleiteiam o
deferimento dos benefícios da justiça gratuita assegurados pelo Art. 5º, LXXIV, CRFB/88, e
pelo Art. 98 e ssss., do CPC, uma vez que, se indeferido o pedido, restará prejudicado o
acesso ao Poder Judiciá rio, ferindo as disposiçõ es contidas na alínea a, do inciso XXXIV, do
Art. 5º, da Constituiçã o da Republica Federativa do Brasil.

II.II - DA GUARDA COMPARTILHADA E DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS


Desde que o Requerente deixou de morar sob o mesmo teto com a Requerida, há
aproximadamente ..................... meses a guarda de fato vem sido exercida unilateralmente por
ela, mas o Autor deseja obter a guarda compartilhada do menor para que possa exercer
todos os seus direitos bem como cumprir com seus deveres advindos desse mister.
O instituto da guarda é regulamentado pelo Có digo Civil, que assim dispõ e em seu artigo
1.583, verbis:
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.
§ 1º Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art.
1.584, § 5o) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e
da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns.
§ 2º Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a
mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos:
§ 3º Na guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor atender
aos interesses dos filhos.

Conforme descriçã o dos artigos acima, há possibilidade de a guarda dos filhos ser
compartilhada entre ambos os genitores, de forma que o tempo de convívio com os filhos
deva ser dividido de forma equilibrada entre ambos.
O Autor tem plena ciência das obrigaçõ es que a guarda compartilhada lhe traz e tem plenas
condiçõ es de exercer o encargo, de poder passar mais tempo com seu filho, de acompanhar
seu crescimento, participar de sua educaçã o, etc.
Nã o pode a Requerida, sem justo motivo, impedir que o Requerente exerça seu direito de
guarda do filho, de visita-lo e de estar com ele. Esse é um direito tanto do Requerente, na
condiçã o de pai do menor, quanto do menor, na condiçã o de filho.
Acerca do dever dos pais para com relaçã o aos filhos cumpre ainda mencionar que, de
acordo com o art. 229, 1ª parte, da Constituiçã o Federal dispõ e que “os pais têm o dever de
assistir, criar e educar os filhos menores”. No mesmo sentido sã o as disposiçõ es da Lei
8.069/90, em seu art. 22, que assevera que “aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e
educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir
e fazer cumprir as determinações judiciais”. Frisa-se que é justamente isso que o Requerente
deseja, participar de todo o processo de criaçã o e educaçã o de seu filho.
O Requerente possui direito de estar com seu filho tal como o filho possui direito de estar
com seu genitor, vez que isso é importante para a criaçã o de laços afetivos entre pai e filho.
O fato de a criança estar ainda com poucos meses de vida nã o é justificativa há bil para que
a Requerida impeça o Autor de visitar seu filho ou de passar alguns dias com ele. Da mesma
forma que a Requerida cuida da criança o Requerente também irá cuidar. Inclusive quando
ainda moravam juntos o Requerente sempre ajudou a cuidar do menor.
Da mesma forma que o Requerente cumpre seus deveres que poder exercer seus direitos,
conviver com o filho, dar amor, carinho e educaçã o. É um direito que nã o lhe deve ser
tirado sem justificativa plausível.
Urge salientar que nã o mais se pode aceitar o conceito atrasado e generalizado de que “o
pai paga pensã o e a mã e cuida”. De fato, há inú meros pais que sequer pagam pensã o
alimentícia, quem dirá querer visitar os filhos. Mas esse tipo de pai nã o representa o Autor.
Este, além de já pagar o plano de saú de do menor e de ajudar nas demais despesas, vem
ofertar alimentos, porque sabe que é seu dever contribuir para o sustento do menor, e
também quer o direito de convivência com seu filho.
Vejamos o entendimento de alguns tribunais sobre a guarda compartilhada:
RECURSO ESPECIAL. DIREITO DE FAMÍLIA. GUARDA COMPARTILHADA. REGRA DO SISTEMA. ART. 1.584, § 2º, DO
CÓDIGO CIVIL. CONSENSO DOS GENITORES. DESNECESSIDADE. ALTERNÂNCIA DE RESIDÊNCIA DA CRIANÇA.
POSSIBILIDADE. MELHOR INTERESSE DO MENOR. 1. A instituição da guarda compartilhada de filho não se sujeita à
transigência dos genitores ou à existência de naturais desavenças entre cônjuges separados. 2. A guarda
compartilhada é a regra no ordenamento jurídico brasileiro, conforme disposto no art. 1.584 do Código Civil, em
face da redação estabelecida pelas Leis nºs 11.698/2008 e 13.058/2014, ressalvadas eventuais peculiariedades do
caso concreto aptas a inviabilizar a sua implementação, porquanto às partes é concedida a possibilidade de
demonstrar a existência de impedimento insuperável ao seu exercício, o que não ocorreu na hipótese dos autos. 3.
Recurso especial provido. (STJ - REsp: 1591161 SE 2015/0048966-7, Relator: Ministro RICARDO VILLAS BÔAS
CUEVA, Data de Julgamento: 21/02/2017, T3 - TERCEIRA TURMA, Data de Publicação: DJe 24/02/2017) – grifos
acrescidos.
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO DE FAMÍLIA. GUARDA. SENTENÇA QUE ESTABELECEU A GUARDA EM FAVOR DO
GENITOR. INSURGÊNCIA DA AUTORA. FIXAÇÃO DA GUARDA NA FORMA COMPARTILHADA. RESIDÊNCIA DO PAI
ESTABELECIDA COMO MORADIA PRINCIPAL DO FILHO. ESTUDO SOCIAL COMPATÍVEL COM O EXERCÍCIO DA
GUARDA POR AMBOS OS GENITORES RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. A guarda compartilhada
tornou-se uma alternativa jurídica para minimizar o sofrimento dos filhos em decorrência da separação dos pais.
Visa-se preservar o convívio sadio e menos beligerante possível para os menores em relação aos genitores,
objetivando que os tumultos conjugais não interfiram na relação pais-filhos-família. E mais, que o
comprometimento parental permaneça intocável preservando também o núcleo familiar que não se desfaz pela
separação do casal, visto que desta forma traz muito menos malefícios à prole do que quando regulada
minuciosamente as visitas. (TJ-SC - AC: 00126829120128240011 Brusque 0012682-91.2012.8.24.0011, Relator:
Sebastião César Evangelista, Data de Julgamento: 10/08/2017, Segunda Câmara de Direito Civil) – grifos acrescidos.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE GUARDA. DEFINIDA A GUARDA
COMPARTILHADA POR SER A REGRA ATUAL. NÃO COMPROVADA A INAPTIDÃO DO GENITOR. SENTENÇA
MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. 1. A redação atual do artigo 1.584, § 2º Código Civil (introduzido pela Lei
13.058/14) dispõe que a guarda compartilhada é a regra e há ser aplicada, mesmo em caso de dissenso entre o
casal, somente não se aplicando na hipótese de inaptidão por um dos genitores ao exercício do poder familiar
ou quando algum dos pais expressamente declarar o desinteresse em exercer a guarda. 2. A chamada guarda
compartilhada não consiste em transformar o filho em objeto, que fica à disposição de cada genitor por um
determinado período, mas uma forma harmônica ajustada pelos genitores, que permita à criança desfrutar tanto
da companhia paterna como da materna, num regime de visitação bastante amplo e flexível, mas sem que ele
perca seus referenciais de moradia. 3. Nos termos do voto do relator, recurso conhecido e desprovido. (TJ-PA -
APL: 00359433320138140301 BELÉM, Relator: LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Data de Julgamento:
26/06/2017, 1ª TURMA DE DIREITO PRIVADO, Data de Publicação: 30/06/2017) – grifos acrescidos.

Conforme disposiçõ es acima, o entendimento dos tribunais reforça as disposiçõ es legais já


mencionadas no sentido de que a guarda compartilhada é a regra, de forma que melhor
preserva os interesses do menor.
Pelo fato de o menor nã o possuir ainda nem ...........anos de idade (idade do menor), o
Requerente nã o se opõ e que seja fixado o domicílio do infante na residência da Requerida.
No entanto, pleiteia o direito de visitar o filho na forma determinada por Vossa Excelência,
bem como o direito de passar finais de semanas alternados com o menor.
O Autor destaca que nã o quer ser aquele pai que vê o filho apenas de 15 em 15 dias. Ser pai
vai além disso. Ser pai é estar presente na vida do filho independente dos dias em que
houver autorizaçã o para que o genitor pegue a criança e leve para a sua casa.
Os tribunais vêm entendendo que o direito de visitas nã o deve ser limitado a apenas uma
vez por semana ou de 15 em 15 dias, senã o vejamos:
DIREITO CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. APELAÇÃO CÍVEL. GUARDA COMPARTILHADA. DIREITO DE VISITA UMA VEZ
POR SEMANA. APELO PROVIDO. 1) A guarda compartilhada consiste na responsabilização conjunta e o exercício
de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, razão pela qual não há motivos para
que se estabeleça ao pai o direito de visita somente uma vez na semana; 2) Apelo provido para estabelecer o
exercício do direito de visitas ao pai aos finais de semana alternados, com pernoite; 3) Recurso provido. (TJ-AP -
APL: 00053244820168030002 AP, Relator: Juíza Convocada STELLA SIMONNE RAMOS, Data de Julgamento:
24/08/2017, Tribunal) – grifos acrescidos.
APELAÇÃO. GUARDA COMPARTILHADA. Sentença de procedência. Estabelecida a residência da menor no lar
materno e deferida a guarda compartilhada, com ampliação do regime de visitas do genitor. Inconformismo da
requerida. Alegado fator prejudicial ao desempenho escolar da criança a mudança abrupta na rotina, considerando
a distância entre a cidade do pai e a escola. Afastamento. Cidades próximas. Não demonstrado motivo justo para
o impedimento da ampliação das visitas. Pequeno ajuste no regime anteriormente fixado, com ampliação do
direito de visitas do genitor. Convivência equilibrada entre a infante e o genitor deve ser estimulada. Princípio do
melhor interesse do menor. Sentença mantida. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJ-SP - AC: 10058423720158260577 SP
1005842-37.2015.8.26.0577, Relator: Silvia Maria Facchina Esposito Martinez, Data de Julgamento: 08/10/2019,
10ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 14/10/2019) – grifos acrescidos.

Nos termos da jurisprudência pode o genitor ter seu direito de visitas ampliados se isso
nã o prejudicar o melhor interesse do filho menor. No caso destes autos, nã o há nada que
possa impedir que o Requerente passe mais tempo com seu filho. Esse convívio por um
período maior é primordial para a criaçã o de laços afetivos na relaçã o de pai e filho.
Dessa forma, requer que, além dos dias estabelecidos para que o Requerente possa levar
seu filho para sua casa (finais de semana alternados), que possa ter o direito de visitar o
filho na casa da Requerida ou que possa pegá -lo mais vezes durante o mês.
De igual maneira, quando o Requerente estiver de férias de seu emprego, deseja passar
mais tempo com o filho em sua residência, bem como nos dias de feriado em que nã o
estiver trabalhando.
Requer, ainda, o direito de estar com seu filho no dia dos pais e no dia de seu aniversá rio,
além de estar com o filho no natal ou ano novo, de maneira revezada ao longo dos anos, o
que espera seja deferido por Vossa Excelência.

II.III - DA OFERTA DE ALIMENTOS


Conforme já mencionado o Requerente sempre procurou ser responsá vel com as
obrigaçõ es que a paternidade lhe trouxe. Mesmo nã o havendo uma cobrança judicial por
parte da genitora do filho menor o Requerente voluntariamente ajuda em suas despesas
bá sicas bem como paga seu plano de saú de no valor de R$ .........................
O Requerente sabe que lhe cabe a obrigaçã o de sustento de seu filho (art. 1.566, IV, e art.
1.695, CC), de modo que vem ofertar alimentos ao menor, para que seja homologada por
decisã o judicial a referida oferta e descontado o valor diretamente de sua folha de
pagamento.
O art. 24 da Lei 5.478/68 dispõ e acerca da possibilidade de oferta de alimentos pelo
devedor, podendo este tomar a iniciativa de comunicar ao juízo os rendimentos de que
dispõ e e a fim de demonstrar sua possibilidade em pagar os alimentos.
O oferecimento de valor de pensã o alimentícia por parte do Autor demonstra sua
responsabilidade e amor para com o filho. Em nenhum momento sequer o Autor cogitou
ser negligente com suas responsabilidades paternas. Ama o filho incondicionalmente e
quer fazer de tudo para que o filho possa crescer bem e saudá vel.
Para tanto, o Requerente informa que pretende colaborar com o percentual de 20% (vinte
por cento) de seus rendimentos, isto é, com um valor aproximado de R$ ...........................
(valor da pensão), haja vista que atualmente exerce a funçã o de ..................... (profissão do
Requerente) na empresa .......................................... (nome da empresa) percebendo a
remuneraçã o mensal bruta aproximada de R$ .................. (valor da remuneração), cuja
parte líquida perfaz a monta de aproximadamente R$ ............. (valor líquido), conforme
demonstrativos de pagamento em anexo.
Em caso de desemprego, requer sejam fixados os alimentos no mesmo percentual (20%),
mas sobre o valor do salá rio-mínimo, como forma de nã o onerar sobremaneira o
Requerente, que também precisa garantir sua mantença.
Frisa salientar que para fixaçã o dos alimentos deve ser observado o binô mio “possibilidade
x necessidade”, ou seja, devem ser fixados de forma proporcional à s necessidades do credor
e à s possibilidades do devedor (art. 1.694,§ 1º, CC), de maneira que ambas as partes tenha
o suficiente para uma vida digna. Vejamos:
CIVIL. FAMÍLIA. OFERTA. ALIMENTOS. BINÔMIO NECESSIDADE-POSSIBILIDADE. VALOR. ARBITRADO.
RAZOABILIDADE. 1. A fixação dos alimentos deve ser orientada pelo caput e § 1º do artigo 1.694 do Código Civil,
que preconiza a comprovação da necessidade de quem a recebe, a situação financeira de quem paga, a fim de que
seja garantida a sua compatibilidade com a condição social das partes. 2. Constatado que o valor arbitrado a título
de alimentos se mostra razoável e proporcional em relação às necessidades do alimentando e à capacidade do
alimentante, tem-se por inviabilizada a pretensão recursal de modificação do quantum fixado. 3. Recurso do réu
conhecido e desprovido 4. Recurso adesivo do autor conhecido e desprovido. (TJ-DF 20160111027236 - Segredo de
Justiça 0014332-93.2016.8.07.0016, Relator: MARIA DE LOURDES ABREU, Data de Julgamento: 08/05/2019, 3ª
TURMA CÍVEL, Data de Publicação: Publicado no DJE: 17/05/2019. Pág.: 8367/8370) – grifos acrescidos.
APELAÇÃO CIVEL. FAMÍLA. AÇÃO DE OFERTA DE ALIMENTOS. FILHOS MENORES. ANÁLISE DO BINÔMIO
ALIMENTAR POSSIBILIDADE NECESSIDADE. MAJORAÇÃO. DESCABIMENTO. Os alimentos devem ser fixados de
forma a atender as necessidades dos filhos, mas dentro das possibilidades do genitor, nos termos do art. 1.694, §
1º, do CC. No caso, diante das possibilidades do alimentante, inviável a majoração da verba alimentar. RECURSO
DESPROVIDO. (Apelação Cível Nº 70080425721, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena
Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 27/02/2019). (TJ-RS - AC: 70080425721 RS, Relator: Liselena Schifino Robles
Ribeiro, Data de Julgamento: 27/02/2019, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
06/03/2019) – grifos acrescidos.

Há de se considerar, ainda, que o dever de sustento dos filhos é de ambos os genitores, ou


seja, o valor ofertado pelo Autor somado à parte que a genitora deve também contribuir é
suficiente para resguardar os interesses do filho menor.
Além do mais, o fato de arcar com um valor mensal a título de alimentos nã o significa que o
Autor está abrindo mã o de ajudar o filho em demais despesas como roupas, tratamento de
saú de, etc., o que se pretende é que tenha um valor mensal fixado a título de alimentos,
como forma de cumprir sua obrigaçã o legal de sustento do filho.
O Requerente salienta, ainda, que continuará arcando com o pagamento do plano de saú de
do menor, da maneira como já está fazendo, até que consiga incluir o filho no plano de
saú de da empresa da qual é empregado, ou seja, o filho nã o irá ficar desamparado nesse
sentido.
Por todo exposto, o Requerente requer seja julgado procedente o pedido autoral para
reconhecer como correto o pagamento de pensã o alimentícia no percentual ofertado, qual
seja, 20% dos rendimentos do Autor, que deverã o ser descontados diretamente de sua
folha de pagamento e depositados em conta informada pela genitora do menor ou em conta
aberta por determinaçã o de Vossa Excelência para esse fim.

III. DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA


III.I - DO DIREITO DE VISITAS
O objetivo da presente açã o é de obter a guarda compartilhada do filho
menor................................ (nome do filho), bem como ofertar alimentos a ele. No entanto, até
que se finde o processo, requer seja determinado por Vossa Excelência o direito de visitas
do Requerente ao seu filho menor, uma vez que, conforme já dito, a Requerida está
dificultando o direito do Autor de estar com seu filho.
Dessa forma, ao aguardar o provimento jurisdicional final, o que pode demorar em razã o da
morosidade da justiça, o Requerente será prejudicado e privado de conviver com seu filho,
o que vai contra o objetivo da lei ao regulamentar os direitos e obrigaçõ es dos genitores
para com os filhos.
Acerca do direito à visitaçã o, assim dispõ e a doutrina de Maria Berenice Dias[1]:
A visitação não é somente um direito assegurado ao pai ou à mãe, é direito do próprio filho de com eles conviver,
o que reforça os vínculos paterno e materno-filial. (...) Consagrado o princípio proteção integral, em vez de
regulamentar as visitas, é necessário estabelecer formas de convivência, pois não há proteção possível com a
exclusão do outro genitor. (grifos acrescidos)

Pelas disposiçõ es supra, no momento em que o genitor, ora Requerente, é privado de poder
visitar seu filho e de com ele estar, o mais prejudicado é o menor, que está tendo ferido seu
direito de convivência com seu genitor, direito este que, por mais que a criança possua
poucos meses, é de suma importâ ncia para a criaçã o de laços afetivos entre pai e filho.
Vale mencionar ainda que o art. 1.589 do Có digo Civil dispõ e que o pai ou a mã e que nã o
esteja com a guarda dos filhos poderá visita-los e tê-los em sua companhia, bem como
fiscalizar sua manutençã o e educaçã o, ou seja, considerando que a guarda de fato encontra-
se com a Requerida, possui o Requerente o direito de estar com seu filho conforme Vossa
Excelência determinar.
Acerca da tutela de urgência pleiteada, o art. 300, do CPC, dispõ e que, “a tutela de urgência
será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o
perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo”, bem como quando nã o houver
perigo de irreversibilidade da decisã o (art. 300, § 3º, CPC).
No caso destes autos a probabilidade do direito do Autor vem demonstrada pela certidã o
de nascimento em anexo que comprova que o menor ........................... (nome do filho) é seu
filho, de modo que este fato, por si só , garante o direito de visitaçã o e convívio com o
menor, vez que nã o há nenhuma justificativa plausível para que a Requerida possa impedir
ou dificultar o exercício desse direito.
Quanto ao perigo de dano este ocorre dia apó s dia, pois a cada dia que o genitor é privado
de estar com seu filho os laços de afinidade vã o diminuindo. Nã o pode o Requerente
aguardar o julgamento da presente açã o para só entã o poder exercer seu direito previsto
em lei, pois a depender da demora do julgamento seu filho pode nem o reconhecer mais,
passando a estranhar sua companhia, o que irá dificultar na convivência entre pai e filho.
Por todo o exposto, requer seja deferido liminarmente o direito de visitaçã o do Autor, em
finais de semana alternados, podendo o Autor pegar seu filho para com ele passar o final de
semana e, ainda, que possa visita-lo na casa da Requerida em outros dias da semana, ainda
que por poucos minutos, pois o convívio de pai e filho é muito importante para o bom
desenvolvimento do menor.

III.II - DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS


O art. 4º da Lei 5.748/68 dispõ e que “As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo
alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar
que deles não necessita”.
No caso destes autos o pró prio Requerente está ofertando um valor a título de alimentos,
pelo que requer, de Vossa Excelência, a fixaçã o de alimentos provisionais no percentual
oferecido pelo Autor, qual seja, 20% de seus rendimentos, devendo ser sua empregadora
oficiada para proceder o desconto diretamente na folha de pagamento do Requerente, o
que demonstra total responsabilidade deste no cumprimento de suas obrigaçõ es de pai.
Conforme requerido anteriormente, que seja a Requerida citada e posteriormente intimada
para apresentar conta bancá ria na qual deverá ser depositada a pensã o alimentícia ou, caso
entenda Vossa Excelência, que seja aberta conta judicial para depó sito do valor estipulado a
título de alimentos.

IV. DOS PEDIDOS


Por todo o exposto, requer a Vossa Excelência:
a) A citaçã o da Requerida para responder aos termos da presente, sob pena de sofrer os
efeitos da revelia e serem reputados como verdadeiros os fatos alegados nesta inicial;
b) O deferimento da tutela de urgência em cará ter liminar para:
b.1) Deferir o direito de visitas do Autor em finais de semanas alternados, podendo levar o
filho para sua residência para passar o final de semana, bem como garantir o direito de
visitar o menor na casa da Requerida, devendo ser determinado que esta nã o dificulte nem
impeça o exercício desse direito pelo Autor, sob pena
b.2) Fixar alimentos provisó rios no importe de 20% dos rendimentos do Requerente, nos
moldes pleiteados, por ser esse um valor que atende à s necessidades do alimentado e está
dentro das possibilidades do alimentante, expedindo-se ofício à empresa .............................
(nome da empresa) para proceder o desconto em folha de pagamento;
c) O julgamento totalmente procedente dos pedidos autorais para, ao final, determinar
a guarda compartilhada do menor e regulamentar o direito de visitas do Requerente, nos
moldes pleiteados, bem como para confirmar a tutela de urgência e fixar alimentos
definitivos no percentual de 20% dos rendimentos do Autor, conforme ofertado nessa
exordial, ou sobre o salá rio mínimo no caso de desemprego, por resguardar os interesses
do menor e de seu genitor;
d) A designaçã o de audiência de conciliaçã o, nos termos do art. 695, do CPC;
e) A intimaçã o do Ministério Pú blico para intervir no presente feito, nos termos do art. 178,
II, e art. 698, ambos do CPC, haja vista a existência de interesse de incapaz;
f) A concessã o dos benefícios da Justiça Gratuita, nos moldes do art. 98, do CPC;
f) A condenaçã o da Requerida ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como
em honorá rios de sucumbência no importe de 20% (vinte por cento) sobre valor da causa.
V. DAS PROVAS
Por fim, protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em
especial depoimento pessoal da Requerida, oitiva de testemunhas, provas documentais,
dentre outras legalmente permitidas e que desde já se requer.

VI. DO VALOR DA CAUSA


Dá -se à causa do valor de R$ ........................ , nos termos do art. 292, III e VI, do CPC.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.

Cidade/UF, data
______________________________________
ADVOGADO
OAB/UF: .........

[1] DIAS Maria Berenice. Manual de Direito das Famílias, 2011, p. 447.

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