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Juridicando

com Lau

Resumo de direito
administrativo para a
OAB

@juridicandocomlau
Por: Laura Medeiros
Primeiro, deixa eu me apresentar: eu me chamo Laura, sou a idealizadora do
@juridicandocomlau, um insta que sempre dou dicas sobre a faculdade e sobre
provas. E, resolvi fazer este resumo de direito administrativo para a OAB.

Este resumo é voltado para os estudos da OAB, aqui eu trago macetes para
facilitar nos estudos (pois é tanta coisa pra estudar, que uma dica sempre é
bem vinda rsrsrs), como o assunto pode ser cobrado em sua prova, quadros
sinóticos e muito amor.

Espero te ajudar nessa caminhada árdua para a OAB, se lembre sempre que
você não é e nunca será apenas uma prova, você é capaz e vai vencer essa!!!

Qualquer dúvida sobre o resumo ou até mesmo sobre a OAB, estou a


disposição pra te ajudar, é apenas entrar no meu instagram
@juridicandocomlau ou usando o QRcode que você entra logo no meu perfil.
Me chama no direct que eu vou amar te conhecer e te ajudar!!

Foco na vermelhinha que agora ELA VEMMMM!!!!

Lembre-se de sempre fazer o estudo acompanhado de LEI SECA e de resolução de


QUESTÕES!!!
Instituições Administrativa:
Leitura do resumo Leitura de lei seca Questões Revisão

(marque com um “ok” se realizou as metas)

1- Centralizadas (administração direta): União, Estados-membros, municípios,


distrito federal.
2- Descentralizadas (administração indireta): Autarquias (UFPE, INSS, DETRAN) -
agências reguladoras, fundações públicas ( HEMOPE, UPE); Empresas públicas
(compesa e Caixa Econômica Federal) e sociedades de economia mista (Banco do
Brasil, Petrobras)

descentralização e centralização é diferente de desconcentralização e concentralização

DesCEntralização = distribuição de competência para OUTRA pessoa jurídica,


havendo vinculação. É uma distribuição EXTERNA
*Cria Entidades

DesCOncentralização= divisão de competências dentro do órgão, para a MESMA


pessoa jurídica, havendo hierarquia. É um distribuição INTERNA de competência.
*Cria Órgão
Concentralização= junção de atribuições

Princípios constitucionais da administração

pública:
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Princípios possuem aplicação imediata, caráter abstrato, em que se aplicam tanto


para pessoas jurídicas de direito público, como também para pessoas jurídicas de
direito privado. Enquanto o direito privado encontra-se fixado na autonomia da
vontade, o direito público prevalece a supremacia do interesse público ( há normas
com vantagens para o Estado, como por exemplo que os bens públicos são
impenhoráveis, possuem imunidade de tributos e os prazos processuais são maiores)
e a indisponibilidade do interesse público.
1. Legalidade: O Estado só faz o que a lei determinar, diferente do particular, em que
“pode ser feito tudo o que a lei não proibir”, quando o Estado faz isto, ele torna o ato
nulo de pleno direito. Os atos administrativos têm a presunção da legalidade, ou
seja, são lícitos até que se provem o contrário (relativo), possuem uma subordinação
à lei e uma reserva legal, tendo como exceção o estado de defesa, de sítio e a
medida provisória. O conteúdo da norma em sentido estrito pode ser a vinculação (há
apenas uma solução juridicamente válida) ou discricionariedade ( há duas ou mais
opções). O princípio da legalidade é a base para o do Estado Democrático de Direito
e garante que todos os conflitos sejam resolvidos pela lei.
2. Moralidade: O agente precisa atuar de forma ética, com base na honestidade e
buscando o interesse público/coletivo. Formas de defesa da moralidade: ação civil
pública, ação popular, controle externo do TC e atuação de CPI´s
3. Impessoalidade: O agente não pode atuar de forma contra o interesse público, em
prol do seu próprio interesse ou de terceiros, pois o agir da administração pública não
pode prejudicar ou beneficiar o cidadão individualmente considerando, buscando
assim uma vedação ao Nepotismo.
4. Publicidade: É o dever de divulgar atos e contratos pelo diário oficial para haver
efetividade/ser válido (exceto: assuntos de segurança nacional, investigações
policiais e interesse superior da administração pública)
5. Eficiência: Acrescentado à CF através da EC n 19/98, o princípio fala que a
administração pública deve atuar de forma mais eficaz
e com o melhor custo-benefício

LIMPE

Princípios infraconstitucionais da administração

pública:

1. Proporcionalidade e razoabilidade: Estão previstos na lei n. 9784/99. Os dois


princípios se aplicam na limitação do poder discricionário conferido à administração
pública. A razoabilidade impõe critérios ao agente público conforme a aceitação
social, fugindo dessas aceitabilidades o ato do agente público é ilegítimo. A
proporcionalidade tem por objeto o controle do excesso de poder, pois nenhum
cidadão pode sofrer restrições de sua liberdade além do que seja indispensável para
o alcance do interesse público.
2. Indisponibilidade do interesse público: O interesse público deve prevalecer
sobre o interesse individual
3. Motivação: Exige que a administração pública indique os fundamentos de fato e
de direito para as suas decisões, indique o porquê de tomar aquela decisão.
4. Continuidade do serviço público: Pelo princípio da continuidade, os serviços
públicos devem ser prestados de maneira contínua, ou seja, sem parar. Isso porque é
justamente pelos serviços públicos que o Estado desempenha suas funções
essenciais ou necessárias à coletividade. Esse princípio não é absoluto, visto que não
se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua interrupção em situação de
emergência ou, após prévio aviso, quando: (a) motivada por razões de ordem técnica
ou de segurança das instalações; (b) por inadimplemento do usuário, considerado o
interesse da coletividade (art. 6, §3º). Dessa forma, é plenamente possível a
suspensão de serviço por falta de pagamento de fatura, mas que deverá ser
restabelecido tão logo o débito seja quitado.
5. Especialidade: Reflete a idéia de descentralização da administração pública, com
base na busca de administração autônoma e descentralizada que o princípio norteia a
descentralização por imputação legal ou por serviços no âmbito de todas as
entidades federativas no Brasil.

6. Segurança Jurídica/confiança legítima: Ele tem por objetivo assegurar a


estabilidade das relações já consolidadas, frente à inevitável evolução do Direito,
tanto em nível legislativo quanto jurisprudencial, para assim assegurar a segurança
jurídica

7. Autotutela: A Administração pode exercer um controle sobre seus atos, podendo


renúncia-los, revogá-los, impedi-los. Assim, a Administração não precisa recorrer ao
Poder Judiciário para corrigir os seus atos, podendo fazê-lo diretamente. Porém,
ainda há presente o princípio da inafastabilidade jurisdicional, em que a autotutela
não afasta a competência do Poder Judiciário de controlar a legalidade dos atos
manifestados pelo Poder Público. A Administração pode agir de ofício, enquanto o
Poder Judiciário só atuará mediante provocação.

PRIMCESA

Organização Administrativa:
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Divide-se em duas espécies: órgãos e entidades


Órgão: Desprovido de personalidade jurídica, não tem capacidade processual, são
criados e extintos por leis. Em regra, está inserido na estrutura de uma entidade
pública, sendo assim o resultado de uma desconcentração. Ex: gabinete da
secretaria.

OBSERVAÇÃO: o órgão não tem capacidade processual (não pode ser autor ou réu
de um processo), mas ele pode estar em juízo APENAS para defender seus
interesses institucionais

Isso já foi questão de prova

Entidade: Possui personalidade jurídica, em que divide-se em administração direta:


União, DF, Estados-membros, municípios; administração indireta: autarquias,
agências reguladoras, empresas públicas, agências executivas, fundações públicas,
sociedade de economia mista, consórcios públicos.
MACETE entidade da administração indireta: CAFES
C- Consórcios Públicos
A- Autarquia, agência reguladora, agência executivas
F- Fundação Pública
E- Empresas Públicas
S- Sociedade de economia mista

1. Autarquias: São pessoas jurídicas de direito público, criadas e extintas por leis
específicas(a autoridade começa com a vigência da lei), com autonomia
administrativa e financeira, sendo descentralizada; os dirigentes são indicados, não
sendo necessário um concurso público, exceto os servidores públicos. As autarquias
por possuírem bens públicos, eles são inalienável, imprescritível e impenhorável, sem
contar que possui imunidade tributária nos impostos. Possuem algumas vantagens,
como: prazo em dobro para as manifestações, isenção de custas processuais, duplo
grau de jurisdição. A autarquia se vincula a um órgão, em que uma vez no ano é
encaminhado um relatório de atividade finalístico. Exemplos de autarquias: APAC,
JUCEPE, DETRAN.
2. Autarquias especiais: Apresentam regime jurídico com particularidades (autonomia
majorada) em relação ao regime jurídico comum. Diferentemente das autarquias
comuns, as autarquias especiais possuem bens próprios, não tendo um patrimônio de
repasse. Ex: universidades federais, agências executivas, banco central…

A OAB foi criada como uma autarquia, mas hoje ela não é considerada uma.
3. Agências reguladoras: São autarquias submetidas a regime jurídico especial, em
que a função de regular a matéria do setor privado, o regime jurídico de cada agência
decorre de uma norma instituidora, em que estas exigem o típico poder de polícia.
Fiscaliza atividades do setor privado, aplica sanções, possui o poder normativo
(possibilidade de uma entidade cria regulamentos, normas para uma situação que
não possui norma). Diferentemente das autarquias comuns, os dirigentes possuem
mandato fixo. Ex: ANAC, ANATEL, ANEEL, ANVISA.
Quarentena: Necessidades dos dirigentes cumprir um prazo de quarentena, em que a
lei determina que um dirigente depois de ter cumprido o seu mandato não poderá
atuar naquele setor durante um certo prazo previsto em lei.
4. Agências executivas: É apenas no âmbito federal, em que são entidades
preexistentes (autarquias ou fundação governamental federal), que preenchendo os
requisitos legais (ter contrato de gestão com o respectivo ministério, ter plano
estratégico já incluído ou em andamento, em que caso o plano não seja cumprido,
perde-se a qualificação de agência executiva), recebem qualificação de agência
executiva.
5. Consórcios públicos: Contrato assinado por diferentes entes federativos (união,
município, estado-membro) com um interesse em comum, em que a natureza jurídica
pode ser pública (associações públicas) ou privada (associação civil). Se for de direito
público, a simples publicação já torna vigente o consórcio, mas se for de direito
privado, é necessário que haja registro. No consórcio, há o contrato de programa:
define as obrigações, as atividades dos entes consorciados; contrato de rateio: define
o compromisso dos entes consorciados, em que cada um passa verbas públicas para
a associação.
6. Fundações Públicas: O instituidor é uma pessoa política, os bens são públicos,
possui uma finalidade específica, interesse social e sem fins lucrativos. EX: FUNAI,
IBGE. Fundação pública de direito público: criadas por leis; fundações autárquicas;
enquanto a autarquia é a personificação de um serviço público, a fundação é a
personificação de um bem público(ex: FUNAI). Fundação pública de direito privado:
regime jurídico com regras públicas e privadas, possui uma criação idêntica às
empresas públicas e sociedade de economia mista(ex: fundação padre anchieta)
7. Empresas públicas: São pessoas jurídicas de direito privado, mas o capital é
totalmente público; são autorizadas por lei, ou seja, sua personalidade jurídica só
será adquirida após o registro. Possui assim como as sociedades mistas a finalidade
de: prestar serviços públicos (imune a impostos, responsabilidade objetiva, não
podem falir, tem necessidade de licitação e há concurso público) e de explorar
atividades econômicas (não é imune a imposto, responsabilidade subjetiva, podem
falir, tem necessidade de licitação e há concurso público).
8. Sociedade de economia mista: Como o próprio nome já diz, a sociedade de
economia mista são pessoas jurídicas de direito privado, mas o seu capital é
majoritariamente público e não totalmente, pois é uma junção do capital do Estado
com o do particular. Elas são autorizadas por lei. Só pode ser sociedade anônima.

IMPORTANTE lembrar que as sociedade de economia mista estão sujeitas ao regime


jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações
civis, comerciais e trabalhistas. Entretanto, as regras do setor privado não podem ser
aplicadas na totalidade, sendo aplicável um sistema hibrido, pois para a contratação
de pessoal deve ser realizado CONCURSO PÚBLICO.

Criadas por lei ≠ autorizadas por lei

Criadas por lei = entra em vigor com a vigência da lei


Autorizada por lei = entra em vigor após o registro

Para facilitar: APENAS as autarquias e as fundações públicas de DIREITO


PÚBLICO são CRIADAS por lei específicas, todas as outras são AUTORIZADAS por
lei específica.

Como isso pode cair na sua prova?

A OAB pode colocar a definição correta de uma empresa pública, por exemplo, mas
colocar no meio da definição que ela é administração direta ou uma pessoa jurídica
de direito público.

- Você PRECISA se lembrar que a ÚNICA administração indireta que é pessoa


jurídica de direito público são as autarquias e as fundações públicas que tem
personalidade jurídica de direito público, as demais são pessoa jurídica de direito
PRIVADO AUTORIZADAS por leis específicas. A prova da OAB costuma colocar a
definição correta, mas colocar no meio uma característica errada de propósito, no
intuito de te fazer errar pela pressa ou cansaço. Você precisa se apegar aos
DETALHES.

Serviço Público:
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Serviço público é toda e qualquer atividade material que a lei atribui ao Estado para
que exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer
as necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público.
O serviço público pode ser executado pelo poder público (forma direta) ou pelo
particular (forma indireta) através de uma delegação (concessão ou permissão)
 Execução direta ou centralizada: realizada pela própria administração pública
 Execução descentralizada: realizada por particulares através de concessão ou
permissão
 Execução indireta ou descentralizada por pessoas integrantes da administração:
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedade de economia mista.

A descentralização é a transferência da execução do serviço para pessoas


localizadas dentro (execução indireta) ou fora da administração, podendo ser:
outorgada (por meio de lei transfere-se a titularidade e a execução para pessoa
Jurídica de direito público ou privado, com caráter definitivo) ou por delegação (por
meio de contratos ou atos administrativos, em que transfere-se a atividade para
Pessoa Jurídica de direito privado e não a titularidade, com caráter temporário. Esse
é o caso do serviço público!!). Não há hierarquia ou subordinação entre os
serviços públicos!!

MACETE: concessÃO é a delegaçÃO da execução de um serviço público.


Modalidade de licitação de Concessão: Concorrência ou diálogo Competitivo

Concessão Permissão

 Tem prazo certo  Não tem prazo certo, pois é


 sempre através de licitação da precário (provisório), mas poderá
modalidade de concorrência ou ser revogado a qualquer momento
diálogo Competitivo (novidade da e sem obrigação de indenizar
nova lei de licitações!!)  Sempre através de licitação e em
 A descentralização é realizada por qualquer modalidade
contrato  A descentralização é realizada
 Preponderância do interesse por atos administrativos
público  Formalizado por contrato de
 Apenas para Pessoa Jurídica ou adesão
consórcio de empresas  Apenas para pessoa física ou
 Necessita de autorização de lei pessoa jurídica
 Necessita de autorização de lei

DICA: Concessão com “C” de Contrato


Como isso pode cair na sua prova? A
OAB pode colocar que a Concessão é realizada APENAS por modalidade licitatória
concorrência ou pode fazer uma pergunta em que na alternativa tem toda a definição
correta de concessão, mas coloca que há a transferência de titularidade
(lembre-se que a titularidade do serviço público é conferida expressamente ao poder
público, na concessão estamos falando da transferência da ATIVIDADE do serviço
público)

Questão CESPE: O conceito de serviços públicos compreende as atividades


exercidas diretamente pelo Estado, excluídas as que são prestados por meio de
seus delegados, com o objetivo de satisfazer às necessidades coletivas, sob regime
de direito público.
- Comentário da Lau: a afirmativa está incorreta, pois as atividades exercidas por
meio de seus delegados também são consideradas serviço público. Como vimos
anteriormente, o serviço público pode ser prestado de forma direta (através da
administração pública) ou de forma indireta (através dos seus delegados).

Princípios:
1. COntinuidade: É a impossibilidade da interrupção do serviço público, não podendo
ser suspenso ou interrompido, exceto em situações de emergência ou com aviso
prévio por motivos de ordem técnica ou inadimplemento do usuário considerando o
interesse da coletividade tem relação direta com o princípio da eficiência
2. COrtesia: Deve haver um bom tratamento para o público, o prestador deve ser
educado com o usuário é uma dimensão do princípio da eficiência
3. Regularidade: O serviço público tem que ter um padrão de qualidade, ele deve ser
prestado no horário e no local que a prestadora se comprometeu em realizar ( ≠
princípio da continuidade, pois neste o serviço não pode ser parado!)
4. Atualidade: Também chamado de adaptabilidade ou atualização, esse princípio diz
que o serviço público deve ser atualizado e modernizado, dentro das possibilidades
econômicas do poder público, para haver um melhoramento
5. Generalidade: O serviço público deve ser indistintamente aberto à generalidade do
público, ele deve ser oferecido para todos Tem como vertente o princípio da
igualdade dos usuários. Exceção: passagem de ônibus para estudante e aluno de
rede pública.
6. Eficiência: O serviço público deve ser prestado de forma célere, ágil, de forma
adequada, utilizando o mínimo de recursos e obtendo o máximo de resultados.
Serviço ineficiente, por exemplo, é aquele prestado por empresas que não prezam
pela qualidade de suas atividades, podendo prejudicar o usuário.
7. Modicidade: As tarifas devem ser razoáveis, justas, acessíveis, as mais baixas
possíveis para que todos possam desfrutar do serviço
8. Segurança: O serviço público não pode colocar as pessoas em risco ou
causar-lhe prejuízos. Implica, por exemplo, na manutenção de
equipamentos.
2 CORAGEMS

Outros princípios:

1. Mutabilidade: É autorizado mudanças no regime do serviço público para ele se


adaptar ao interesse público
2. Transparência: O usuário deve ter conhecimento de tudo que concerne ao serviço
público e à sua prestação
3. Motivação: É o dever de fundamentar com clareza todas as decisões atinentes ao
serviço

Modalidades de serviço público:


 Quanto a determinação do usuário:
a. individuais ou específicos (uti singuli): O usuários podem ser determinados e
geram direitos subjetivos, devendo ser remunerado por taxa ou tarifa. Eles são
serviços divisíveis e usufruídos diretamente pelo indivíduo. Ex: energia
elétrica da SUA casa, telefonia
b. coletivos (uti universi): O usuário não pode ser determinado, pois são
serviços prestados a toda comunidade e são indivisíveis, pois os usuários
usufruem de forma indireta, não gerando direitos subjetivos. Devem ser
mantidos por impostos. Ex: iluminação pública

Quanto à essencialidade:
a. Serviços públicos propriamente ditos ou essenciais ou próprios: a administração
presta diretamente a comunidade o serviço, eles não admitem corte, pois são
essenciais. Não admitem delegação. Ex: segurança, saúde pública
b. Serviço de utilidade pública ou não essenciais ou impróprios: São aqueles que
podem ser realizados por outros sem ser só a administração, pois eles não são
essenciais para a comunidade, mas são convenientes. Admitem delegação. Ex:
Telefone, energia elétrica
 Quanto à execução:
a. próprio: são aqueles que atendendo a necessidade coletiva, o Estado assume
como seus e executa diretamente (por meio de seus agente) ou indiretamente
(através de concessão ou permissão). Ex: SUS
b. impróprio: São atividades de natureza social executada por particulares sem
delegação, sendo serviços privados. Ex: escola particular, clínica particular,
dentista particular com consultório.

IMPORTANTE: serviço público impróprio não se confunde com delegação, pois


enquanto o serviço impróprio são os praticados pelos particulares SEM
DELEGAÇÃO alguma, os delegados possuem delegação da administração pública.

 Quanto a remuneração:
a. serviço tarifado: é facultativo e é usado quando é possível identificar os usuários e
a medida do seu uso. Por exemplo: água encanada, eletricidade
b. serviço taxado: são obrigatórios, pois o particular não pode optar pelo uso. Ex:
emissão de passaporte
c. serviço “gratuito”: são os remunerados pelo imposto. Ex: iluminação pública
 Quanto ser delegáveis ou não:
a. Delegáveis: são aqueles serviços que podem ser prestados pelo Estado ou ter sua
prestação delegada a particulares, mediante contrato de concessão ou permissão de
serviço. Não são exclusivo do Estado. Ex: serviço de telefonia
b. indelegáveis: são os serviços que só podem ser prestados pelo Estado, havendo
poder de império. Ex: garantia de defesa social, segurança interna, fiscalização
de atividades
administração pública direta e indireta e delegados
Delegáveis

Serviços Públicos
Indelegáveis
Administração pública direta e indireta

 Quanto ao objeto:
a. Serviços administrativos: são os que a administração pública executa para atender
às suas necessidades internas
b. Serviços comerciais ou industriais: são os que a administração pública executa
direta ou indiretamente, para atender as necessidades coletivas, mas com forte
potencial econômico. Ex: fornecimento de energia elétrica, telefonia
c. Serviços sociais: são aqueles que atendem a necessidade coletiva em que a
atuação do Estado é essencial, mas que convivem com a iniciativa privada, pois não
é de exclusividade pública, tal como ocorre com os serviços de saúde (SUS e
clínicas), educação (escola pública e particular), entre outros.
Todos temos o direito de exigir do Estado serviço público adequado, pois o Estado deve
garantir-los!
Cabe ao poder público na forma de lei, a concessão ou permissão, SEMPRE através de
licitação, a prestação de serviço!!
A titularidade dos serviços públicos é sempre da união, nunca será transferida/delegada
a titularidade.
Os particulares não podem prestar serviços públicos por sua livre iniciativa (sem
delegação)

ATENÇÃO JÁ CAIU NA OAB:

São deveres dos usuários:


- levar ao conhecimento do poder público e das concessionárias as irregularidades
que tenham conhecimento
- comunicar atos ilícitos praticados pela concessionária ao poder público
- contribuir para as boas condições do bem público
Conforme o STJ, é legítimo o corte de fornecimento de serviço público
essencial quando o poder concedente encontra-se inadimplente, DESDE
QUE seja precedido de notificação e que o corte não atinja unidades
prestadoras de serviços essenciais (ex: hospital)

Extinção da concessão:
É quando retornam ao poder concedente os bens reversíveis, a extinção geralmente
ocorre por conta da falência ou da extinção da empresa, mas há casos excepcionais
em que pode ocorrer por:
1. Anulação: É a invalidação do contrato por ilegalidade na concessão, produzindo
efeitos ex tunc
2. Encampação: É a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da
concessão, por razões de interesse público, mediante lei específica, após o prévio
pagamento da indenização
3. Caducidade: É a inexecução total ou parcial do serviço, mas antes de extinta deverá
ser comunicado a concessionária os motivos da inadimplência, dando-lhe um prazo
para corrigir. Será declarada por decreto, independemente do pagamento prévio da
indenização
4. Rescisão: A concessionária entra com uma ação judicial para extinguir a concessão,
porque o poder concedente descumpriu o contrato somente ocorrerá mediante
ação judicial e os serviços só poderão ser extintos ou paralisados, após decisão
judicial transitada em julgado
Anulação  Ilegalidade na concessão
 efeito ex tunc

Encampação ou  É durante o prazo da concessão


resgate  Razões de interesse público
 mediante lei autorizativa específica
 após pagamento da indenização

Caducidade ou  É por motivo de inadimplência da


decadência concessionária
 Será declarado por decreto
 Independe de pagamento da indenização para
ocorrer a caducidade

Rescisão  O poder concedente é o inadimplente


 Ocorre mediante ação judicial

OBSERVAÇÃO: A OAB não entende que REVERSÃO seja uma modalidade de


extinção, mas sim que é a conseqüência da extinção, em que há a transferência dos
bens do concessionário afetado ao serviço público para o poder concedente, pois
busca a continuidade do serviço público, DESDE QUE esteja previsto expressamente
no edital de licitação/contrato administrativo. Ou seja, só há REVERSÃO se houver
EXTINÇÃO.

Improbidade administrativa:
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São atos que ferem a administração pública, mas nem sempre acarretam um prejuízo.

 Atos de improbidade administrativa:


 Enriquecimento ilícito: Receber dinheiro para liberar um alvará, sem
autorização da administração pública. Exige-se dolo.
 Prejuízo ao erário: São aqueles atos que causam prejuízo ao patrimônio
público, como por exemplo: fraude em processo de licitação para compra de
um bem por valor superior ao de mercado, havendo um preço
superfaturado. Exige dolo ou culpa.

IMPORTANTE: Conforme o STF, é prescritível a ação de ressarcimento ao erário, exceto se


ocorreu com dolo, como foi julgado pelo RE 636886-2018.
 Atos contra os princípios da administração pública: ex: um prefeito contrata
uma empresa que a sua filha é dona, para assumir uma obra, ferindo o
princípio da impessoalidade ( ex: REsp 1245765 MG 2011/0040108-7). Exige
dolo.
 Concessão/ aplicação indevida de benefício financeiro ou tributário: quando um
município coloca uma alíquota do INSS abaixo de 2%, para atrair empresários
para o município. Exige dolo.

MACETE: PErCA
P- Prejuízo ao erário
E- Enriquecimento ilícito
r
C- Concessão indevida de benefício
A- Ator contra os princípios da administração pública

 Sujeitos:
Sujeito ativo da improbidade administrativa: É quem causa a lesão, são os agentes
públicos (tanto servidores públicos, como quem tem contrato temporário com a
administração pública, ex: estagiário voluntário) e terceiros.
Sujeito passivo: É a administração pública, pois é ela quem é lesada com a
improbidade

 Das penas (art. 12, lei n° 8.429/92 e art. 37, parágrafo 4 da Constituição Federal): importam
a:
-Perda da função pública;
-A suspensão dos direitos políticos;
-Ressarcimento ao erário;
- Ressarcimento do dano sofrido;
- Multa de até três vezes o valor acrescido, etc.
(São aplicadas isoladas ou cumulativamente, de acordo com a gravidade do fato)

CABE AÇÃO PENAL, POIS NÃO ATINGE APENAS A ESFERA ADMINISTRATIVA, MAS
TAMBÉM A ESFERA PENAL. Ou seja, não há do que se falar em bis in idem

O STJ decidiu que particulares não podem responder sozinhos em ações com base na
Lei de improbidade, sendo necessário a presença de um agente público, para haver a
responsabilização da improbidade administrativa. Dessa forma, ele responde apenas
como participante do ato.

Observação já caiu MUITO na OAB: a conduta por si só já faz com que o


agente seja responsabilizado, independentemente se houve resultado alcançado. Exceto no
caso de ressarcimento ao erário, pois é necessário que o agente tenha causado efetivo
prejuízo ao patrimônio público.

Como isso pode cair na sua prova? Pode


ser feito uma pergunta no seguinte contexto: um agente realiza dois atos de
improbidade administrativa e na alternativa coloca as sanções que podem ser
aplicadas. Veja, neste caso pode ser aplicada as sanções cumulativamente,
caso contrário aplica-se a sanção mais grave, conforme o princípio da
subsunção.
Não há foro privilegiado na ação de improbidade administrativa em ações que
se encontram na justiça comum no rito ordinário. Lembrando que
AUTORIDADES não respondem por ato de improbidade administrativa, mas
sim por crime de responsabilidade.

Observação: A ação de improbidade prescreve em 5 anos contados do


término do mandato, cargo ou função comissionada (cuidado: a prescrição
começa a correr com o término e não quando o ato foi realizado ou
conhecido). Exceto a ação de ressarcimento ao erário, que em caso de ato
doloso, é imprescritível.

IMPORTANTE: Segundo o STJ, a decretação de indisponibilidade de


bens para que seja garantido as conseqüências financeiras, em
decorrência de improbidade administrativa alcança aqueles adquiridos
ANTES da prática do ato. MUITO CUIDADO, pois a OAB pode colocar
“depois” na alternativa para confundir

Prejuízo Enriquecimento Concessão ou Afronta aos


ao erário ilícito aplicação princípios
indevida de administrativos
benefício
financeiro ou
tributário
Perda da sim Sim sim Sim
função
pública
Dolo ou Exige Exige dolo Exige dolo Exige dolo
culpa? culpa ou
dolo
Suspensão 5 a 8 anos 8 a 10 anos 5 a 8 anos 3 a 5 anos
dos direitos
políticos

Intervenção do Estado na Propriedade:


A intervenção configura o exercício de poder de polícia, ela é a supremacia do
interesse público sobre o particular, afeta o caráter absoluto ou exclusivo. Ela pode
ser:
I- Supressiva: é quando o estado transfere para si a propriedade de terceiro
(desapropriação)
II- Restritiva: é quando o Estado impõe restrições ao uso da propriedade pelo
terceiro, mas não retira seu direito à propriedade.
Tipos de intervenção do Estado na propriedade:

A- Limitação administrativa: Tem caráter geral, impondo obrigações positivas,


negativas ou permissivas. Afeta o caráter absoluto, não gerando indenização,
possuindo um efeito ex nunc (não retroage). Por exemplo: limitação de andares em
prédios perto da praia
B- Servidão administrativa: Recai apenas sob imóveis, é um ônus real imposto para
assegurar a realização de obras, serviços públicos ou utilidade pública, possui caráter
perpétuo. Exemplo: instalação de um poste em sua propriedade.
C- Requisição administrativa: É em caso de iminente perigo público, a autoridade
pode usar propriedade particular. Caso o bem seja infungível, é caso de
desapropriação. Exemplo: quando o Estado requisitou as máscaras em lojas, na
época do COVID-19.
D- Ocupação temporária: É a utilização temporária de forma gratuita gratuita ou
remunerada de imóvel para fins de interesse público. Exemplo: uso de bem privado
para campanha de vacinação.
E- Tombamento: São bens de interesse histórico, artísticos e/ou cultural. É uma
propriedade privada. Bens móveis, imóveis e monumentos naturais.
Não é possível, sem prévia autorização, fazer construção que impeça/reduza a
visibilidade do bem tombado. Não gera dever de indenizar, em regra geral.
Cabe ao particular o dever de conservação do bem tombado. O tombamento pode ser:

 I. PROVISÓRIO: é por medida cautelar; as obrigações impostas ao proprietário


se equipara ao tombamento definitivo.
 II. DEFINITIVO: É realizado com a inscrição no livro de tombos

 I. VOLUNTÁRIO: Quando o particular procura a administração no interesse do


tombamento ou quando concorda com o tombamento do bem.
 II. COMPULSÓRIO: Quando o particular se recusa;

 I. TOTAL: Recai sobre o bem todo


 II. PARCIAL: Recai sobre parte do bem.

 I. GERAL: Recai sobre uma quantidade indeterminada de bens. Exemplo: uma


rua, bairro…
 II. INDIVIDUAL: Recai sobre um bem específico.

F- Desapropriação: É o exercício de poder de polícia, em que afeta o caráter


perpétuo da propriedade, de modo que o Estado transfere para si propriedade que era
de terceiro. É um ato discricionário, em regra geral é um ato administrativo.Trata de
supressão de propriedade e resulta em aquisição originária, ou seja, há uma liberação
da propriedade de qualquer ônus anterior, é como se não tivesse nenhum proprietário
prévio.

O que pode ser desapropriado? TODO E QUALQUER BEM, seja ele público ou
privado.
No caso de bem público, há de ser respeitado uma hierarquia federativa:
UNIÃO
ESTADOS
MUNICÍPIOS

Há três tipos de competência:


 Legislativa (união): É exatamente que é que vai elaborar a lei para
que a desapropriação seja possível, visto que a administração só age
em virtude de lei.
 Declaratória (união, estados, df e municípios): É quem vai
efetivamente expedir a ordem de polícia
 Executiva: É quem vai chegar na propriedade e efetivamente
estabelecer a desapropriação. Pode ser qualquer pessoa que tenha um
vínculo que a administração possa fazer essa delegação, por
exemplo,um contratado,

Os bens dos Municípios podem ser expropriados pela União e pelos Estados.

 Modalidades de desapropriação:
 Comum: É como ocorre na maioria das vezes, é quando há um
interesse público, quando por exemplo o Estado precisa que certo
terreno seja desapropriado para a construção de uma avenida. Essa
forma de desapropriação gera indenização ao antigo proprietário, em
que parte dessa indenização irá quitar as dívidas da propriedade (caso
exista) e o restante será dado ao proprietário.
 Confisco: Não tem indenização. É quando na área rural ou urbana é
localizada culturas ilegais de plantas psicotrópicas ou exploração de
trabalho escravo. É afastada quando o proprietário não tem culpa.
 Sancionatória: Quando o proprietário não realiza a função social da
propriedade, a administração notifica-o e dá 1 ano para ser apresentado
um projeto e ser aprovado, havendo 2 anos para ser iniciado as obras,
após isso a administração aumentar o valor do IPTU da propriedade e
se passado 5 anos, a propriedade ainda não está com a função social,
há a desapropriação.
I- URBANA: É resultado possível de um processo administrativo, pois
não estava sendo realizada a função social da propriedade. Não há
indenização, mas sim um pagamento em dívida pública, em que seu
resgate se dá em até 10 anos, com parcelas anuais, iguais e
sucessivas.
II- RURAL: Desapropriar interesse social, para fins de reforma agrária.
A súmula 354 do STJ diz que: “A invasão do imóvel é causa de
suspensão do processo expropriatório para fins de reforma agrária.”
Não há indenização, mas sim um pagamento em dívida pública, em que
seu resgate se dá em até 20 anos, com parcelas anuais, iguais e
sucessivas. A administração tem um prazo de 3 anos a partir da
desapropriação, para de fato realizar a reforma agrária, sob pena de
estar atuando em ilegalidade.

 Fases da desapropriação:
 Fase declaratória: Sai o decreto declarando o interesse público, a
finalidade/destinação da desapropriação. É métodos discricionários, é
um mérito da administração, aqui não cabe controle, cabendo apenas o
controle de legalidade. É juízo de oportunismo e conveniência.
 Efeitos a partir da fase declaratória: Logo após a declaração do
decreto, inicia-se a fase de efeitos, em que o Estado pode ter acesso ao
bem. A partir deste momento, o proprietário pode fazer benfeitorias
supérfluas, mas não entra no valor da indenização, entretanto se for
uma benfeitoria necessária ou útil que foi aprovada pela administração,
há indenização. Começa a corre o prazo de caducidade.
 Fase executória: Pode ocorrer por via administrativa, em que há um
acordo (em relação ao quantum indenizatório e não sobre a
desapropriação) entre a administração e o particular; ou por via judicial,
em que é quando não já acordo ou a administração não sabe quem é o
proprietário.

O decreto caduca em 5 anos, e apenas após 1 ano pode haver novo decreto. Ex:
Decreto em 2011, caducou em 2016, completa-se 1 ano em 2017

 Imissão provisória da posse: Caso haja urgência depósito da quantia


arbitrada, a lei permite que o poder público exerça a posse provisória sobre o
bem. É necessário, cumulativamente, a urgência e o depósito.
A imissão de posse torna o ente público em proprietário de fato, visto que o
antigo não poderá exercer os poderes naturais sobre o bem. Entende o STJ,
que, o IPTU pe de responsabilidade da administração pública.
A imissão provisória independe de citação do réu.

A administração tem 120 para de fato exercer posse, sendo improrrogável, pois a
alegação de urgência não pode ser renovada
 Sobre a indenização: não incide imposto de renda; abrange o valor
real do bem, danos emergentes e lucros cessantes. A divisão pode ser
feita por imissão provisória e parcela complementar (através de RPV ou
precatório).

 Desapropriação indireta: Há a apropriação de fato, mas não há de direito. Há


algum vício de legalidade, havendo direito de indenização. Entretanto, caso o
bem esteja afetado, resolve-se a demanda m perdas e danos, não podendo
reivindicar o bem. A ação cabível é : ação de indenização por desapropriação,
tento prescrição de 10 anos.

O direito de extensão diz que o expropriado pode exigir que a desapropriação e a


indenização alcancem todo o bem. Pode ser por via administrativa ou judicial.

 Desapropriação por zona: Permite que a administração utilize os lotes da


propriedade necessários para a obra, mas também permite que os demais
lotes sofram uma valorização extraordinária em consequência da realização da
obra, sendo destinado a revenda.
Então, será desapropriado todo o terreno, sendo que apenas uma parte será
de utilização pública, em que o restante será supervalorizado e vendido.
É como se a administração adquirisse de forma barata e originária, e vendesse
caro.
A obra poderá ser realizada por meio de PPP ou concessão.
 Tredestinação: É quando há uma mudança de destino, ela pode ser lícita ou
ilícita.
Ela é lícita quando a lei permite, em que há um desvio da finalidade específica,
mas há uma manutenção da finalidade genérica (manutenção do interesse
público). Ex: desapropriar um terreno para construir uma escola, mas a
finalidade muda e acaba sendo construído um hospital.
Ela é ilícita quando a desapropriação deixa de ter uma finalidade de realização
do interesse público, há um desvio de finalidade genérica.
Hipóteses em que a tredestinação não é possível a alteração da destinação
específica, pois a própria lei determina a destinação:
 Desapropriação rural
 Desapropriação confisco
 Desapropriação comum fundamentada

 Retrocessão: Se dá de uma tredestinação ilícita, em que nos casos que a


coisa que foi desapropriada no intuito de finalidade ou interesse público/social,
não tiver o destino pelo qual se desapropriou ou não foi feita obras de serviços
públicos, caberá ao expropriado o direito de preferência pelo preço atual da
coisa (importante: o preço atual não se confunde com o valor indenizatório.
Exemplo: você pode adquirir uma indenização no valor de cem mil, mas o
terreno estar valendo atualmente trezentos mil). Em outras palavras, a
retrocessão é o retorno do bem inicial desapropriado ao expropriado, seu
antigo dono.
Não há a devolução da indenização.
Nos casos do bem ser incorporado a administração pública, o máximo que
pode acontecer é o expropriado receber indenização perdas e ganhos, ou seja
receber um valor pelo dano que a administração o causou.

 Desistência: A administração pode desistir da desapropriação a qualquer


tempo, visto que é um poder de polícia, desde que não tenha sido pago o valor
integral do preço e o imóvel possa ser devolvido sem alteração.
No caso da desapropriação ter ocorrido por utilidade pública ou interesse
social, e o imóvel se mostrar indispensável para isso, em regra pode haver a
desistência, mas no caso do patrimônio tiver sido incorporado ao patrimônio da
administração, estando afetado a função pública, neste caso só cabe perdas e
danos.

 Juros compensatórios: São fixados com o objetivo de compensar o


proprietário em relação à ocorrência de imissão provisória na posse. É
justamente a intenção de compensar o período em que o particular foi dono,
mas quem exerceu posse foi a administração pública. Só paga juros
compensatórios, se o que está sendo discutido no bem tinha utilização,
exploração econômica, quando o particular de fato exercer atividade
econômica em sua propriedade.

 Juros moratórios: Se dão pela demora no cumprimento da decisão judicial


Juros compensatórios Juros moratórios

É a compensação do período de imissão de posse, no caso do Decorre da


particular exercer atividade econômica na propriedade (quando o demora da decisão
particular é dono, mas quem exerce a posse é a administração judicial
pública)

Agentes Públicos:
Agente público é aquele que exerce ainda que transitoriamente, com ou sem
remuneração, não se restringindo apena são vinculo profissional. O agente
público é uma pessoa física, que presta um serviço para a administração direta ou
indireta, possuindo um vínculo estatutário ou empregatício. Existem três tipos de
agentes públicos: Agente políticos (são os chefes do poder executivo, seus
auxiliares, membros do poder legislativo, magistrados e ministério público),
servidor público ou particular em colaboração com o Estado.
O ingresso do agente público ao serviço público ocorre de duas formas:
1- Através de concurso público, sendo sempre definido através de
uma lei
2- Através de cargo de comissão, em que é livre a nomeação e
exoneração do agente público.

GREVE: atenção, como não há nenhuma lei específica para o direito de greve dos
servidores públicos, o STF passou a aplicar a lei n° 7783/89 que dispõe sobre o
direito de greve na iniciativa privada

Atividades que o servidor não pode exercer:


- participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou
não, exceto nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades
que a União detenha direta ou indiretamente a participação no capital social, ou
em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros
- ser comerciante, exceto se for na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário, ou seja ele não pode ser sócio administrador, mas sócio cotista sim.
- não pode receber propina, presente ou vantagem de qualquer espécie
Como isso pode cair na sua prova? A OAB
pode colocar que o servidor público não pode ser sócio administrador e cotista,
quando na verdade ele ode sim ser sócio cotista.

Vitaliciedade ≠ Estabilidade
Assegura a permanência no cargo Garantia de permanecer no cargo
em caráter perpétua Garante o direito de disponibili-
APENAS para juízes, promotores e dade, reintegração e
Membros do TCU aproveitamento
DICA: o “V” tem dois traços, então DICA: o “E” tem três traços,
associe que é assegurado após dois anos então, associe que é assegu-
de efetivo exercício rado após três anos de efetivo
exercício

Parceria Público Privada (PPP):

A concessão ela pode ser concessão comum ou concessão especial (também chamada
de PPP, parceria público - privada)

A PPP é o contrato administrativo de concessão, nas modalidades patrocinadas ou


administrativas, tendo a licitação por concorrência, onde a contrapartida do estado será
realizada num todo (administrativa) ou em partes (patrocinadas)
 Patrocinada: Os usuários pagam uma tarifa e o parceiro público da uma
contraprestação pecuniária ao parceiro privado
 Administrativa: O Estado será usuário de forma direta ou indireta e a contraprestação
para execução do Estado é totalmente da administração pública, não havendo
tarifação. Por exemplo: Construção de presídio
Requisitos para realizar uma PPP:
O contrato não pode ser exclusivo de obra, de fornecimento de obra ou de
fornecimento de bens
O investimento deve ser no mínimo de 10 milhões
O prazo não pode ser menor que 5 anos e não pode ser superior à 35 anos
Antes de realizar a licitação deve-se observar as razões da PPP, fazer uma
elaboração de estimativa do impacto orçamentário financeiro em todos os exercícios
que a PPP irá vigorar
A PPP possui um nivelamento entre o parceiro público e o parceiro privado, em que
ambos terão uma repartição dos riscos entre as partes, inclusive na hipótese de
imprevisão.
A contraprestação da administração pública não é exclusivamente de dinheiro, pode
ser por título, cessão de créditos, etc..
O processo licitatório deflagra a criação de uma outra Pessoa Jurídica, chamada de SPE
(sociedade de capital aberto), que é o gestor da PPP, em que o serviço será executado
diretamente pela parceira privada, pois esta possui o maior capital. Agora, caso a
administração pública compre as ações e se torne a cotista majoritária da Pessoa
Jurídica, ela se tornará então em Sociedade de Economia Mista

Terceiro Setor:
O terceiro setor, também chamado de paraestatais, são entidades que caminham
paralelamente ao Estado, prestando atividade de interesse social, de interesse
público, porém não fazem da administração pública e nem possuem fins lucrativos,
sendo então entidades privadas (Pessoa Jurídica de Direito Privado), que recebem
fomento (incentivo do Estado).
As entidades paraestatais podem ser:
 Serviços sociais autônomos (sistema “S”): É uma atividade social na prestação de
um serviço na utilidade pública em benefício de determinado grupo social ou
profissional. O financiamento vem de contribuições sociais (parafiscais) e doações
orçamentárias do poder público, por isso estão obrigados a prestar contas ao Tribunal
de Contas da União. Eles não estão sujeitos a licitação, mas estão sujeitos a
regulamentos próprios. Por exemplo: SESC, SENAC, SENAI, SESI.

 Organizações sociais (OS): Foi criada com a intenção que atividades não exclusivas
do Estado fossem absorvidas pelas Organizações Sociais, como é o caso do ensino,
pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, cultura, saúde, proteção e
preservação do meio ambiente. Uma OS primeiro surge como uma fundação privada,
para logo em seguida ela solicitar uma habilitação ao poder público (ao ministério
competente), o poder público possui a discricionariedade de conceder a essa
fundação a qualificação de Organização social, caso a fundação se encaixe nos
requisitos, o poder público irá celebrar um contrato de gestão (caso o contrato seja
descumprido, há a figura da desqualificação, não sendo mais a fundação considerada
uma OS, causando a reversão dos bens e dos valores dados, formalizando o vínculo
entre o ministério e a OS, em que a OS receberá fomento (dinheiro, bens públicos
necessários e também pode receber servidor público).
A licitação na OS é obrigatória apenas no caso de receber recursos públicos!!
Recebe a gestão do serviço público!!

 Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP): Para ser uma


OSCIP, é necessário que a Pessoa Jurídica esteja em funcionamento por no mínimo
3 anos e seja sem fins lucrativos, em que ela irá pedir um requerimento ao Ministério
da Justiça, sendo então um ato vinculado, pois caso a PJ exerça as funções
impostas, o Ministério da Justiça está obrigado a qualificar a OSCIP. Para a OSCIP
receber o fomento (apenas em forma de dinheiro), ela terá que celebrar um termo de
parceria. Exerce atividade de natureza privada com ajuda do Estado

 Instituições Comunitárias de Ensino Superior (ICES): É uma associação ou


fundação que entra com um requerimento perante o Ministério da Educação, em que
caso os documentos estejam de acordo com as regras, o Ministério é obrigado (ato
vinculativo) a fornecer a habilitação e então a instituição recebe o certificado, mas só
recebe fomento (dinheiro se celebrar um termo de parceria).Não possuem licitação e
seus empregados não precisam fazer concurso público!! Ex: PUC

 Entidades de Apoio: São fundações ou associações criadas por servidores públicos,


que criam um convênio (vínculo que estabelece entre a fundação e administração
pública), que a partir desse convênio a entidade recebe o fomento, em forma de
dinheiro, bens e servidores públicos. Possuem o objetivo de prestar em caráter
privado serviços não exclusivos do Estado. Não possuem licitação e seus
empregados não precisam fazer concurso público!! Ex: Fundação de Apoio à USP
(FUSP)

OS *Não tem tempo mínimo de funcionamento


*Pede requerimento ao Ministério competente
*Ato discricionário
*Fomento em forma de dinheiro, bens e servidor
*Contrato de gestão

OSCIP *Precisa estar em funcionamento por no mínimo 3


anos
*Pede requerimento ao Ministério da justiça
*Ato vinculado
*Fomento apenas em forma de dinheiro
*Termo de parceria

ICES *Pede requerimento ao Ministério da Educação


*Ato vinculado
*Recebe fomento apenas em forma de dinheiro

ENTIDADES DE *Fundação formada por servidores


APOIO *Recebe fomento em forma de dinheiro, bens e
servidores
*Convênio

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