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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADM. PÚBLICA
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Princípios:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
estados, do Distrito Federal e dos municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
Legalidade
• Legalidade para o agente público ou administrador público – somente pode fazer o que a
lei autoriza e determina; é chamado de critério de subordinação à lei;
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• Legalidade para o particular – pode fazer tudo o que a lei não proíbe. É o critério da não
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contradição à lei.
• princípio da reserva de lei – determinada matéria somente poderá ser disciplinada por meio
de determinada espécie normativa.
IMPORTANTE:
Contudo, existem situações previstas na Constituição que podem resultar em algum tipo de
restrição ao princípio da legalidade:
Impessoalidade
O administrador não poderá buscar interesses pessoais, mas sim o interesse público, ou
coletivo, devendo agir de forma abstrata e impessoal: ou seja, com ausência de
subjetividade.
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• a administração não pode atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas
determinadas, uma vez que é sempre o interesse público que tem que nortear seu
comportamento. Temos como exemplo os precatórios (artigo 100 da Constituição Federal).
Moralidade
Este princípio está relacionado à ideia de honestidade, de boa conduta, de obediência aos
princípios éticos e normas morais, à correção de atitude e à boa-fé.
Publicidade
Embora a transparência seja a regra, o texto constitucional prevê algumas situações em que
o princípio da publicidade poderá ser restringido, sejam elas:
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todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado.
Alguns atos para ter eficácia devem ser publicados. Logo a publicidade é um ato que da
eficácia a certos atos.
Eficiência:
Somente com o advento da Emenda Constitucional n. 19/1998 –Emenda da Reforma
Administrativa –o princípio da eficiência passou a ser expressamente previsto no caput do
art. 37.
o princípio da eficiência exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza,
perfeição e rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa, que
já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados
positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da
comunidade e de seus membros.
VIMOS OS MAIS IMPORTANTES, AGORA VAMOS PARA ALGUNS QUE CAEM TAMBÉM EM
CONCURSOS, ESSES NÃO ESTÃO EXPLICITOS NA CONSTITUIÇAO:
Razoabilidade e Proporcionalidade
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Já o princípio da proporcionalidade se destina a conter o excesso de poder, isto é, os atos de
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agentes públicos que ultrapassem os limites adequados ao fim a ser atingido.
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou
oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a
apreciação judicial.
A prestação de serviços públicos é a forma pela qual o Estado desempenha funções essenciais
ou necessárias à coletividade. Pelo princípio da continuidade do serviço público, tal atividade
prestativa não pode sofrer solução de continuidade, ou seja, não pode parar.
Sindicabilidade
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
CENTRALIZAÇÃO: a pessoa política desempenha suas tarefas diretamente por meio de seus
órgãos. Nesse caso, a própria pessoa estatal (União, Estados, DF e Municípios) realiza
diretamente a atividade administrativa, sem a interferência de qualquer outra entidade.
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CONCEITO DE ORGÃO PÚBLICO: Os órgãos são centros de competência, sem personalidade
jurídica própria, instituídos para o desempenho de funções estatais, por meio de seus
agentes, cuja atuação é imputada à pessoa
a que pertencem. Assim, todos os atos praticados pelos órgãos são atribuídos à pessoa
jurídica da qual fazem parte.
DICA!
DESCONCENTRAÇÃO CRIAÇÃO DE ÓRGÃOS
DESCENTRALIZAÇÃO CRIAÇÃO DE ENTIDADES
A descentralização pode ser por outorga, isto é, o Estado cria, por lei, uma pessoa jurídica
(entidade administrativa) que integra a Administração indireta (autarquias, fundações,
empresas públicas e sociedades de economia mista).
A descentralização: também pode ocorrer por delegação e, nesse caso, o Estado transfere,
por contrato de concessão ou permissão de serviços públicos, ou ato administrativo de
autorização, a execução de um serviço, para que um particular o preste por sua conta e risco.
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ESQUEMATIZANDO:
Por outorga / técnica / por serviço: a Administração Direta descentraliza para a
Administração Indireta (por lei), podendo transferir a titularidade e a execução dos
serviços públicos.
A transferência da execução do serviço público pode ser feita por OUTORGA ou por
DELEGAÇÃO. Entretanto, há diferenças relevantes entre os institutos. A outorga só pode
ser realizada por lei, enquanto a delegação pode ser por lei, por contrato ou por ato
administrativo.
O controle finalístico visa evitar que a entidade descentralizada atue fora (além) das
finalidades que resultaram na sua criação.
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Na descentralização administrativa, surgem novas pessoas, dotadas de personalidade
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jurídica própria, ou seja, com capacidade para responder por seus próprios atos e exercer
suas atividades com autonomia.
IMPORTANTE:
As Organizações Sociais – OSs, e as Organizações Sociais Civis de Interesse Público – OSCIPs.
Essas entidades NÃO FAZEM PARTE da estrutura da Administração Pública.
São exemplos:
• Corporações legislativas (Congresso Nacional, Câmara dos Deputados e Senado Federal,
Assembleias legislativas, Câmara de Vereadores);
• Chefias do Executivo (Presidência da República, Governadorias dos Estados,
• do DF e Prefeituras);
São exemplos:
• Ministérios, Secretarias de Estado e Município;
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• Advocacia-Geral da União.
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Subalternos: são todos aqueles que se acham subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder decisório e predominância de atribuições de execução. Destinam-se à
realização de serviços de rotina, tarefas de formalização de atos administrativos,
cumprimento de decisões etc.
Quanto à estrutura:
• Simples: são constituídos por um só centro de competência. Não foram divididos em outros
órgãos menores;
• Compostos: reúnem, na sua estrutura, outros órgãos menores, com função principal idêntica
(atividade-fim, realizada de maneira desconcentrada) ou com funções auxiliares diversificadas
(atividades-meio atribuídas a vários órgãos menores).
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Importantíssimo: Os órgãos classificados como independentes e os autônomos têm
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capacidade processual para defesa de suas prerrogativas institucionais.
prevalece a teoria do órgão/imputação, formulada pelo alemão Otto Gierke, segundo a qual
as pessoas jurídicas expressam sua vontade por meio de seus próprios órgãos, titularizados
por seus agentes. Essa teoria é utilizada para justificar a validade dos atos praticados por
funcionário de fato. Considera-se que o ato do funcionário é ato do órgão e, portanto,
imputável à Administração.
ADMINISTRAÇÃO DESCENTRALIZADA
O art. 37, XIX, da CF/1988, apresenta a forma de criação das entidades da Administração
indireta, estabelecendo que somente por lei específica poderá ser criada autarquia e
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação,
reservando- se à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de atuação.
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Para as autarquias, a lei específica cria a entidade, ou seja: com a lei, a entidade já tem
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existência no mundo jurídico, adquirindo personalidade jurídica, sem depender de outros
atos secundários para que esteja totalmente constituída. Como consequência da criação
decorrente da lei, não é necessário registrar a autarquia em qualquer órgão.
AUTARQUIAS:
Autarquia é a pessoa jurídica de direito público, criada por lei específica para o desempenho
de atividades típicas de Estado, como fiscalização, regulação, assistência social, seguridade
social, poder de polícia.
Art. 5º, I – o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e
receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram,
para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
Existem autarquias atuando em diversas áreas: Incra, INSS, UFRJ, UnB, Inmetro, Banco
Central, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep)
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Responsabilidade objetiva, na forma do art. 37, § 6º, da CF/1988: a autarquia responde,
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independentemente de dolo ou culpa de seus agentes, pelos danos causados a terceiros na
realização de sua atividade. Tal responsabilidade encontra fundamento no art. 37, § 6º, da
CF/1988:
FUNDAÇÕES:
Atividade: presta atividades de interesse social, como saúde, educação, atividade cultural,
pesquisa científica, entre outras.
Regime de pessoal: ao regime de pessoal das fundações de direito público aplica-se o mesmo
regime dos servidores das autarquias (servidores estatutários, com garantia da estabilidade).
Já o regime de pessoal das fundações de direito privado deve sujeitar-se ao regime da
Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT,
Apesar da personalidade de direito privado, o regime jurídico é híbrido (ou misto), porque o
direito privado é parcialmente afastado pelas normas de direito público.
Tanto a empresa pública quanto a sociedade de economia mista podem desempenhar as duas
atividades: EXPLORAÇÃO DE ATIVIDADE ECONÔMICA e PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
PÚBLICOS.
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Exemplos de empresa pública: BNDES; Terracap – DF; Caesb – DF; EBCT – Empresa Brasileira
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de Correios e Telégrafos; Serpro
A empresa pública pode apresentar qualquer forma admitida em direito, inclusive, pode ser
uma Sociedade Anônima.
COMPOSIÇÃO DO CAPITAL:
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA é formada por capital público e privado. Na composição
do capital, pode haver recursos de pessoas de direito público ou de outras pessoas
administrativas vinculadas ao Estado (Administração indireta). Entretanto, a maioria do
capital com direito a voto (maioria das ações com direito a voto) deve estar sob controle do
Estado ou de sua entidade da Administração indireta.
DICA!
Empresa PÚBLICA capital PÚBLICO
EMPRESA PÚBLICA é formada por capital totalmente público, podendo haver participação de
entes federativos diversos. É admissível, também, que participem do capital, pessoas
administrativas, seja qual for seu nível federativo ou sua natureza jurídica (pública ou
privada).
AGÊNCIAS EXECUTIVAS
É uma qualificação dada à autarquia ou fundação que, por meio do contrato de gestão com o
órgão da Administração direta a que esteja vinculada, amplia sua autonomia para a melhoria
da eficiência e redução de custos
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Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou
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fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
AGÊNCIAS REGULADORAS
Muita coisa sobre agências reguladoras nós já sabemos, pois foram criadas no Brasil como
autarquias, mas são autarquias em regime especial. Assim, tudo que foi dito sobre as
autarquias se aplicam a elas.
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
Setores:
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1º estado
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2º Mercado
3º Paraestatais
O Terceiro Setor pode ser definido como aquele composto por entidades privadas da
sociedade civil, que prestam atividade de interesse público, por iniciativa privada, sem fins
lucrativos. O Terceiro Setor coexiste com o Primeiro Setor, que é o próprio Estado, e com o
Segundo Setor, que é o mercado.
Entidades que compõe o 3º setor de acordo com Di Pietro:
1. Serviços socias autônomos (Sistema S) – Lei 9.637/98;
2. Entidades de apoio;
3. Organizações sociais;
4. Organizações da sociedade civil de interesse público – Lei 9.790/99;5.
5. Organizações da sociedade civil – Lei 13.019/14;
DICA!
A administração INDIRETA é composta pela FASE:
F - Fundação Pública
A - Autarquia
S - Sociedade de economia mista
E - Empresa pública
M - Municípios
E - Estados
D - DF
U – União
Lembre-se da frase: NÃO FIQUE COM MEDU, É SÓ UMA FASE!
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ÓRGÃOS PÚBLICOS
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Nas palavras de Celso Antônio Bandeira de Mello, "os órgãos nada mais significam que
círculos de atribuições, os feixes individuais de poderes funcionais repartidos no interior da
personalidade estatal e expressados através dos agentes neles providos".
A principal característica dos órgãos públicos é a ausência de personalidade jurídica. Não
possuem vontade própria e estão ligados e submetidos a pessoa jurídica a que pertence.
DESCENTRALIZAÇÃO X DESCONCENTRAÇÃO
Ambas são divisão do trabalho estatal.
Assim, se determinada atribuição administrativa for outorgada a órgão público por meio de
uma composição hierárquica da mesma pessoa jurídica, em uma relação de coordenação e
subordinação entre uns e outros, esse fato corresponderá a uma desconcentração, pois essa
modalidade de divisão do trabalho estatal liga-se à hierarquia.
Por outro lado, a concentração administrativa é a situação em que o Poder Público extingue
os órgãos públicos que fazem parte de sua estrutura interna.
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Tanto a criação como a extinção de órgãos dependem de lei e, nesse sentido,
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a Constituição incluiu a exigência na relação das denominadas “reservas legais”, matérias
cuja disciplina é reservada à lei (art. 48, XI). Anteriormente era exigida lei para a criação,
estruturação e atribuições dos órgãos, todavia, com a nova redação dada ao dispositivo pela
EC nº 32, de 11.9.2001, a exigência passou a alcançar apenas a criação e a extinção dos
órgãos. Quanto a estruturação e as atribuições, podem ser processadas por decreto do
Chefe do Executivo, conforme consta no art. 84, inc. VI, alínea a, da CF/88.
“A regra geral é de que só os entes personalizados, com capacidade jurídica, têm capacidade
de estar em juízo, na defesa dos seus direitos. O entendimento doutrinário foi acolhido pela
jurisprudência no sentido de admitir que órgãos sem personalidade jurídica possam em
juízo defender interesses e direitos próprios, excepcionalmente, para manutenção,
preservação, autonomia e independência das atividades do órgão em face de outro Poder.
Isto é, o órgão público, em regra, não pode ter capacidade processual, esse foi o
entendimento do STF, acórdão proferido na Pet. 3.674-QO/DF, em que não conheceu uma
ação popular ajuizada em desfavor do Conselho Nacional do Ministério Público, por
entender que se trata de órgão e não de pessoa jurídica, como o exige a lei processual
(Informativo STF nº 443/2006).
Nesse sentido, os órgãos públicos só podem titularizar a chamada personalidade
(capacidade) judiciária, o que os permite atuar em juízo diretamente e não representado
pela pessoa jurídica instituidora. Esta característica é verificada nos órgãos públicos que
estejam, cumulativamente, situados na cúpula da hierarquia administrativa e atuem em
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juízo na defesa de suas prerrogativas institucionais, tais como as Assembleias Legislativas e
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Câmaras Municipais.”
A teoria do órgão foi elaborada na Alemanha, por Otto Gierke, adotada, até então, pelo
direito brasileiro e pela doutrina nacional. Conforme essa teoria, as pessoas jurídicas se
configuram uma ficção do direito e, por isso, não têm existência fática, a sua manifestação
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de vontade somente pode ser concretizada pela intenção de pessoas físicas. Dessa forma,
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a manifestação de vontade da pessoa jurídica se dá por meio da atuação da pessoa física e
essas vontades se confundem, ou seja, a vontade do Estado se exterioriza pela manifestação
de seu agente.
A primeira teoria é a subjetiva, em que os órgãos públicos são os próprios agentes públicos.
Tal pensamento não se coaduna com a realidade administrativa, tendo em vista que faz
desaparecer o agente público que, por via de consequência, deixará de existir o órgão.
Temos ainda a teoria objetiva (defendida pela doutrina italiana), que prevê no órgão
apenas um conjunto de atribuições, seriam unidades funcionais da organização
administrativa. A crítica à teoria objetiva também tem procedência: é que, prendendo-se
apenas à unidade funcional em si, repudia-se o agente, que é o verdadeiro instrumento
através do qual as pessoas jurídicas recebem a oportunidade de querer e agir. Assim, ela
não merece prosperar, já que despercebe o agente e, não estabelece o órgão com vontade
própria, da mesma forma que o Estado, não exemplifica a vontade e/ou finalidade, que seria
a mesma do Estado.
Por fim, temos a teoria eclética, em que o órgão é formado por dois elementos, o agente e
o complexo de atribuições a ele inerentes. O pensamento moderno reside em caracterizar-
se o órgão público como um círculo efetivo de poder que, para tornar efetiva a vontade do
Estado, precisa estar integrado pelos agentes. Ou seja, os dois elementos se reclamam entre
si, mas não constituem uma só unidade, no desaparecimento de um dos elementos,
também desaparecerá o outro, pois são necessários para existência do órgão.
A doutrina majoritária entende que prevalece no direito brasileiro o órgão com apenas um
feixe de atribuições, uma unidade inconfundível com os agentes.
Segundo Hely Lopes Meirelles, "cada órgão, como centro de competência governamental
ou administrativa, tem necessariamente funções, cargos e agente, mas é distinto desses
elementos, que podem ser modificados, substituídos ou retirados sem supressão da unidade
orgânica. Isto explica por que a alteração de funções, ou vacância dos cargos, ou a mudança
de seus titulares não acarreta a extinção do órgão".
Os agentes políticos são aqueles que executam as diretrizes traçadas pelo Poder Público,
além de desenharem os destinos fundamentais do Estado e que criam as estratégias
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políticas por eles consideradas necessárias e convenientes para que o Estado alcance seus
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fins.
O Ministério Público, embora não seja um poder, para fins de organização hierárquica, é
elevado ao status de Poder do Estado e, portanto, caracterizam-se como órgãos
independentes. Atualmente, a Lei 8.112/90, coloca o Ministério Público como poder
separado e independente, quando, por exemplo, estabelece, em seu art. 141, inc. I a
competência para aplicação de penalidade de demissão.
a) Singular – É um órgão de único titular; aquele que atua pela manifestação de vontade de
um único agente que é o seu chefe e representante. Nesse caso, a manifestação deste
agente se confunde com a manifestação de vontade do órgão.
Exemplo: Presidência da República, na Chefia do Executivo Federal.
b) Colegiado – órgãos integrados por vários agentes, atuam e decidem pela manifestação
da vontade de seus membros, funcionando por um colegiado de agentes, em observância
ao seu estatuto ou regimento interno.
Exemplo: Assembleia Legislativa. Os órgãos coletivos são compostos por vários agentes.
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QUANTO À ESTRUTURA DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS
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a) órgãos simples – são chamados de órgãos unitários e possuem uma estrutura formada
por única unidade orgânica, possuem um só centro de competência. Com efeito, não
existem outros órgãos agregados a sua estrutura para garantir uma maior desconcentração
das suas atividades. Importante ressaltar que não é relevante saber a quantidade de
agentes públicos que integram seus quadros, mas sim a inexistência de outros órgãos
compondo sua estrutura organizacional.
Exemplo: Presidência da República, Assembleia Legislativa (Estado).
b) órgãos compostos – reúnem outros órgãos ligados a sua estrutura, ensejando uma
desconcentração e divisão de atividades.
Exemplo: Congresso Nacional - é formado pelo Senado Federal e pela Câmara dos
Deputados.
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c) de controle – são órgãos que atuam na atividade de controle dos demais órgãos e agentes
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públicos, seja esse controle exercido internamente, no âmbito de um mesmo Poder do
Estado ou externamente, quando se manifesta entre Poderes estatais diversos.
Exemplo: Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União e etc.
QUANTO À ATUAÇÃO
a) central – são aqueles que possuem atribuição em todo território nacional, estadual,
municipal. Enfim, têm competência em toda a área da pessoa jurídica que integram. Ex.:
Ministérios e Secretaria de Segurança Pública
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AGENTES PÚBLICOS
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AGENTES POLÍTICOS: são os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, para o
exercício de atribuições constitucionais. Atuam com plena liberdade funcional,
desempenham suas atribuições com prerrogativas e responsabilidades próprias,
estabelecidas na CF e em leis esparsas.
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Função pública significa o exercício de atividades de competência da Administração, em
nome desta e de acordo com as suas finalidades, ou seja, para atender ao interesse público. 32
IMPORTANTE:
O ato administrativo que atribui a uma pessoa exercício inicial de um cargo é a NOMEAÇÃO.
O art. 37, II, da CF, exige o concurso público somente para a investidura em cargo ou
emprego. Nos casos de função, a exigência não existe, porque podem exercê-la os
CONTRATADOS TEMPORARIAMENTE PARA ATENDER ÀS NECESSIDADES EMERGENTES DA
ADMINISTRAÇÃO OU OS OCUPANTES DE FUNÇÕES DE CONFIANÇA, para as quais não se
exige a realização do certame.
CARGOS VITALICIOS: São os cargos que garantem a maior permanência a seus ocupantes. A
única hipótese de perda é por meio de processo judicial com decisão transitada em julgado.
A perda do cargo só poderá ocorrer, depois de adquirida a estabilidade, nos seguintes casos:
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Segundo o art. 37, XV, da CF, o subsídio e os vencimentos do servidor são irredutíveis.
Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos BRASILEIROS que preenchamos
requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei.
Portanto, estrangeiro pode ocupar cargo público nas situações em que a lei permitir.
Nacionalidade brasileira;
O gozo dos direitos políticos;
Quitação com as obrigações militares e eleitorais;
Nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
Idade mínima de dezoito anos;
Aptidão física e mental.
Concurso Público:
Nos termos do art. 37, II, da CF, a nomeação para CARGOS EFETIVOS (isolados ou de carreira)
deve ser necessariamente precedida de concurso público de provas ou de provas e títulos.
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QUESTÃO RECORRENTE DE PROVA
O prazo de validade do concurso público (CF, art. 37, III) é de ATÉ dois anos, prorrogável uma
vez por igual período.
Concurso pode ter 1 ano prorrogável por + 1, 6 messes etc. Porém, o máximo é 2 anos
prorrogáveis por mais 2
VAI CAIR:
Aposentadoria:
• Aposentadoria;
• Disponibilidade; e
• Licenças e afastamentos; as duas primeiras são sempre remuneradas. Provento é o valor
pago ao servidor aposentado (substitui a remuneração). Assim, servidor aposentado não
recebe vencimentos, subsídios nem remuneração, mas, sim, proventos.
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Aposentadoria é o benefício consistente em obrigação de pagar que assegura ao servidor o
recebimento de proventos durante a inatividade.
Regime Próprio da Previdência Social – RPPS, art. 40, CF – é um regime de caráter contributivo
(somente participa quem efetivamente contribuir) e solidário (em que a contribuição de uns
serve também aos outros).
O custeio do Regime Próprio da Previdência Social – RPPS dá-se por fonte tríplice: a entidade
pública (União, estado, DF ou município), servidores ativos e inativos/pensionistas.
Modalidades de Aposentadoria:
− Incapacidade permanente; ou
− Adimplemento de idade limite (aposentadoria compulsória);
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Redação da CF com a EC n. 88/2015: os servidores de cargos efetivos serão aposentados
compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 anos de
idade, ou aos 75 anos de idade, na forma de lei complementar.
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ATOS ADMINISTRATIVOS
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IMPORTANTE: O ato tem que ser praticado sempre visando ao interesse público, pois não se
admite que o ato seja destinado para uma pretensão pessoal.
O ato tem que produzir esse efeito para ser um ato administrativo.
CONTROLE DO ATO:
O Poder Judiciário, se provocado, poderá realizar o controle dos atos administrativos. Esse
controle recai sobre os atos vinculados e discricionários.
CAÍ MUITO EM CONCURSO: No ato vinculado o controle é mais amplo já que o ato é regido
inteiramente pela lei. No ato discricionário, que é aquele que comporta análise de
conveniência e oportunidade (mérito administrativo), o Judiciário poderá analisar o mérito
administrativo para o controle de sua legalidade, não podendo verificar apenas a questão da
conveniência e oportunidade da decisão.
Os atos de direito privado praticados pela Administração Pública, também, não são atos
administrativos.
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FATOS ADMINISTRATIVOS:
CAI DEMAIS EM CONCURSO ENTÃO NÃO ESQUEÇAM ISSO: O silêncio, como regra, não é um
ato, não é uma forma de manifestar a vontade. Ele é um fato administrativo porque
provocará efeitos no Direito Administrativo.
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O silêncio só será manifestação de vontade (ato administrativo) quando a lei assim fixar.
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COMPETÊNCIA
FINALIDADE
FORMA
MOTIVO
OBJETO
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Competência ou Sujeito:
Características:
Irrenunciável: Significa que o agente público não pode “recusar” a competência que a lei lhe
conferiu.
Improrrogável: Um agente que praticou um ato que não era de sua atribuição não se torna
competente pelo decurso do tempo.
Imprescritível: Significa que não se perde a competência pelo decurso do tempo. Só a lei dá
a competência, só a lei pode retirar.
Inderrogável: Significa que a competência não se transfere por acordo ou vontade das partes.
Vícios na Competência:
Vamos ver algumas situações em que o ato será praticado, mas com vício no requisito da
competência, uma vez que o agente não recebeu atribuição pela lei, seja porque ele atuou
fora dos seus limites, seja porque exerceu função púbica de modo irregular, ou porque dela
se apropriou indevidamente.
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Excesso de poder:
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O excesso de poder ocorre quando o agente público, embora inicialmente competente para
prática do ato, se excede no exercício de suas atribuições.
Ele vai além de suas atribuições legais
Finalidade:
Finalidade em regra é vinculada, mas, quando se fala em finalidade específica, a lei poderá
estabelecer se a finalidade será X ou Y, sendo assim, também uma exceção à regra de
vinculação absoluta. Assim, em alguns casos, a finalidade pode ser discricionária, quando a
lei assim o permita.
Forma:
Convalidação: é a correção do ato, sem precisar anula-lo, desde que não cause prejuízo a
administração pública.
Motivo:
Motivo é a situação de direito ou de fato que autoriza a prática do ato administrativo.
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O motivo pode ser uma situação fática ou pode estar previsto em lei.
Motivo de direito é aquele que já está na lei. A lei já descreve a situação e quando ela ocorre
o ato é prática.
Exemplo é a aposentadoria compulsória. Diz a lei que o servidor será aposentado quando
fizer 75 anos (LC n. 152/2015). A lei já previu toda a situação.
.
Mas…cuidado…. Motivo não se confunde com motivação…
A motivação é a justificação, a explicação das razões (motivos) que levaram o agente público
a praticar o ato administrativo.
teoria dos motivos determinantes. Por essa teoria, quando o ato for motivado, ele só será
válido se os motivos apresentados forem verdadeiros, caso contrário, o ato será ilegal e
passível de anulação.
Objeto:
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Sem os pressupostos de existência faltará o indispensável para a produção jurídica daquele
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objeto constituído pelos elementos, isto é, para o surgimento de um ato jurídico qualquer
(administrativo ou não, válido ou inválido), ou, então, faltará o requerido para a qualificação
de como ato administrativo (válido ou inválido).
Discricionariedade e Vinculação:
Atos vinculados: são aqueles em que todos os requisitos ou elementos são definidos pela lei,
não havendo liberdade para o agente público. Como exemplo clássico desse tipo de ato temos
a aposentadoria compulsória aos 75 anos, pois o sujeito que recebeu atribuição da lei para
fazer a aposentação de servidor que completou a idade limite não tem liberdade para decidir
se irá aposentar ou não o servidor, uma vez que ele deve determinar a aposentadoria.
Os atos discricionários: são aqueles em que a lei permite ao agente público realizar um juízo
de conveniência e oportunidade (mérito), decidindo o melhor ato a ser praticado. Nesses
atos, a lei confere ao administrador certa margem de liberdade para a escolha do ato mais
adequado ao caso concreto. A prorrogação de concurso público é ato discricionário, uma vez
que o sujeito
competente tem liberdade para analisar e decidir se irá prorrogar, ou não, o certame.
IMPORTANTE: Nos atos discricionários existe o MÉRITO administrativo, que é a valoração dos
motivos e do objeto (resultado final) do ato. O mérito é o exercício da discricionariedade.
Poder Judiciário NÃO PODE FAZER CONTROLE DE MÉRITO, porém pode anular atos
discricionários.
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ATRIBUTOS DO ATO ADM:
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Presunção de Legitimidade:
O ato administrativo nasce com a presunção de que está de acordo com a lei e que os fatos
apresentados são verdadeiros.
Imperatividade:
BASICAMENTE: Se o Estado vai aplicar uma multa de trânsito não tem que perguntar para o
cidadão se ele vai gostar, ou não, se vai aceitar, ou não.
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IMPORTANTE: Esse atributo não está presente em todos os atos!
Em alguns deles, como, por exemplo, certidões, atestados e pareceres (atos enunciativos),
bem como concessão de licença e autorização (atos negociais), não há essa necessidade.
Autoexecutoriedade:
Imagine só… se todo ato administrativo que fosse praticado a Administração Pública tivesse
que propor primeiro uma ação judicial para um juiz analisar a legalidade previamente e dar
uma ordem judicial autorizando a execução.
Nem a Administração Pública, nem o Poder Judiciário iriam funcionar se fosse assim…
Administração Pública pode usar meios indiretos de coerção, para induzir ao cumprimento.
Isso é o que ele chama de exigibilidade.
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Executoriedade são meios diretos de execução sobre o particular.
Tipicidade:
De acordo com esse atributo, todo ato deve ter uma finalidade prévia e, precisamente,
definida em lei, ou seja, quando a lei cria determinado ato administrativo, já deve definir qual
será a sua finalidade.
ATOS GERAIS: são aqueles que não possuem destinatário determinado, mas alcança todos
que estão em idêntica situação.
Quanto ao Alcance:
ATOS INTERNOS: são atos destinados a produzir efeitos, como regra, dentro das repartições
administrativas, e que, por isso mesmo, incidem, normalmente, sobre os órgãos e agentes da
Administração que os expediram.
ATOS EXTERNOS: destinados a produzir efeitos, como regra, fora da Administração. São todos
aqueles que alcançam os administrados, os contratantes e, em certos casos, os próprios
servidores, provendo sobre seus direitos, obrigações, negócios ou conduta perante a
Administração Pública.
Quanto ao Objeto:
ATOS DE IMPÉRIO: são todos aqueles que a administração pratica usando de sua supremacia
sobre o administrado ou o servidor e lhes impõe obrigatório atendimento.
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ATOS DE GESTÃO: são os que a Administração pratica sem usar de sua supremacia sobre os
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administrados. Tais atos, desde que praticados regularmente, geram direitos subjetivos e
permanecem imodificáveis pela Administração, salvo quando precários por sua própria
natureza.
ATOS DE EXPEDIENTE: são todos aqueles que se destinam a dar andamento aos processos e
papéis que tramitam pelas repartições públicas, preparando-os para a decisão de mérito final,
a ser proferida pela autoridade competente.
Quanto à Formação:
ATO COMPOSTO: é o que resulta da vontade única de um órgão ou agente, mas depende da
aprovação, ratificação ou confirmação por parte de outro para produzir seus efeitos.
Maria Sylvia entende que a nomeação do Procurador Geral da República é ato composto,
ATO COMPLEXO: é aquele que se forma pela conjugação de vontades de mais de um órgão
(dois ou mais órgãos) ou agentes. O ato complexo somente estará formado quando todas as
vontades exigidas forem declaradas.
Marque conforme o exemplo do autor. Se disser que a nomeação do PGR é ato composto,
marque que está correto. Se disser que a investidura de Ministro do STF é ato complexo,
marque que está correto.
O registro de aposentadoria pelo TCU é exemplo de ato complexo, de acordo com o STF.
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Quanto à Eficácia:
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NULO: é o com vício insanável (finalidade, motivo e objeto). Não admite a convalidação, pois
apresenta defeito tão grave que não é possível a correção.
PERFEITO: é aquele que já completou o seu ciclo necessário de formação, já percorreu todas
as fases necessárias para sua produção.
IMPERFEITO: é o que se apresenta incompleto na sua formação. Ato que não completou o
seu ciclo ou as suas fases necessárias de formação.
PENDENTE: é aquele que, embora perfeito, por reunir todos os elementos de sua formação,
não produz efeitos, por não ter sido verificado o termo ou condição de que depende sua
produção de efeitos.
Ato perfeito é aquele que já completou o seu ciclo necessário de formação, já percorreu
todas as fases necessárias para sua constituição.
Ato válido é aquele que está conforme a lei, não viola o ordenamento jurídico. Do contrário,
será ato inválido.
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Ato eficaz é o que produz ou tem condição de produzir efeitos. É o ato que se encontra apto
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para produção de efeitos.
ATO CONSTITUTIVO: é aquele por meio do qual a Administração cria, modifica ou extingue
um direito ou situação do administrado.
SÃO EXEMPLOS:
• a revogação = extingue um direito anterior;
• a autorização = cria um direito para o particular;
IMPORTANTE: Revogação e autorização são atos constitutivos. Anulação e licença são atos
declaratórios.
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ATO ENUNCIATIVO: é aquele em que a Administração certifica, atesta uma situação ou
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profere opinião quando for consultada como, por exemplo, o atestado, a certidão e o parecer.
Atos normativos: São aqueles que contêm um comando geral, visando à correta aplicação da
lei. O objetivo imediato de tais atos é explicitar a norma legal a ser observada pela
administração.
Atos ordinatórios:
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CIRCULARES: são ordens escritas, de caráter uniforme, expedidas a determinados
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funcionários ou agentes administrativos, incumbidos de certo serviço ou do desempenho de
certas atribuições, em circunstâncias especiais.
PORTARIAS: são atos internos pelos quais os chefes de órgãos, repartições ou serviços
expedem determinações gerais ou especiais a seus subordinados, ou designam servidores
para funções e cargos secundários. Também dão início a sindicâncias e a processos
administrativos.
AVISOS: são atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos referentes aos
respectivos ministérios.
ORDENS DE SERVIÇO: são determinações especiais dirigidas aos responsáveis por obras ou
serviços públicos autorizando seu início, ou contendo imposições de caráter administrativo
ou especificações técnicas sobre o modo de sua realização.
OFÍCIOS: são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e
superiores e entre a Administração e particulares, em caráter oficial.
São atos praticados contendo uma declaração de vontade do Poder Público, coincidente com
a pretensão particular.
LICENÇA: é o ato administrativo vinculado e definitivo, por meio do qual o Poder Público,
verificando que o interessado atendeu a todas as exigências legais, possibilita o desempenho
de determinada atividade.
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É discricionária porque depende da análise de conveniência e oportunidade da Administração
Pública. E é precária porque caberá a revogação a qualquer momento, sem, em regra, gerar
direito à indenização.
APROVAÇÃO: é o ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e o mérito
de outro ato ou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras
entidades ou de particulares, dependentes de seu controle, e consente na sua execução ou
manutenção.
ADMISSÃO: é ato administrativo vinculado, por meio do qual o Poder Público, verificando a
satisfação de todos os requisitos legais pelo particular, defere-lhe determinada situação
jurídica de seu exclusivo ou predominante interesse, como ocorre no ingresso aos
estabelecimentos de ensino mediante concurso de habilitação.
Atos enunciativos
MNMÔNICO: CAPA
ATESTADOS: são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que
tenha conhecimento por seus órgãos competentes.
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PARECERES: são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
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consideração. Tem caráter meramente opinativo, salvo quando tiver caráter vinculante, nos
casos previstos em lei.
APOSTILAS: são atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei.
Equivale à averbação.
Atos punitivos:
Constituem uma sanção imposta pela administração em relação àquele que infringe as
disposições legais.
a) Revogação:
É a extinção de um ato porque ele deixou de ser conveniente de ser mantido.
A revogação recai em um ato legal não é mais conveniente e oportuno. O agente que revoga
o ato pode ser tanto aquele que produziu o ato quanto a autoridade superior no exercício do
poder hierárquico.
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A revogação somente é feita pela Administração Pública.
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V – Vinculados;
C – Consumados;
PO - Procedimento administrativo;
DE - Declaratório/Enunciativos (não posso revogar aquilo declarado e anunciado);
DA - Direitos Adquiridos.
OBS: Atos vinculados NÃO podem ser revogados porque NÃO POSSUEM MÉRITO, que é
o juízo de conveniência e oportunidade relacionado à prática do ato. Entretanto, podem
ser ANULADOS por vício de legalidade.
Anulação/invalidação:
Caducidade:
Ato administrativo não caduca por causa de prazo.
A caducidade ocorre quando uma nova norma jurídica/lei torna inadmissível a situação antes
permitida.
Cassação:
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Convalidação:
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ESPÉCIES DE CONVALIDAÇÃO:
Reforma retira a parte ilegal e mantém a legal (tiro a parte ruim só).
Conversão retira a inválida e acrescenta uma outra válida.
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PODERES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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Consequências da hierarquia:
• PODER DE FISCALIZAÇÃO E REVISÃO;
• PODER DE DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO; E
• PODER DE PUNIR.
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PODER NORMATIVO: é o poder da Administração de editar atos normativos para a execução
das leis, não apenas por meio de decretos, mas também por outros de conteúdo
regulamentar, por exemplo, resoluções, sendo mais abrangente do que poder regulamentar.
PODER VINCULADO: significa a prática de atos estritamente definidos em lei. Por exemplo, a
aposentadoria compulsória.
CICLOS DE POLÍCIA:
ORDEM DE POLÍCIA - Se refere à norma legal que estabelece a obrigação de fazer ou deixar
de fazer algum comportamento em razão do interesse público.
CONSENTIMENTO DE POLÍCIA - É o ato administrativo de anuência do Poder Público, que
possibilita a utilização da propriedade particular ou o exercício de alguma atividade privada,
em conformidade com a ordem de polícia.
FISCALIZAÇÃO DE POLÍCIA - Consiste em verificar se estão sendo cumpridas as normas
relativas aos bens e atividades que receberam o consentimento.
SANÇÃO DE POLÍCIA - Tem o objetivo de repreender o infrator que infringe as ordens de
polícia, com o fim de restabelecer o atendimento do interesse público.
FISCALIZAÇÃO - são delegáveis, pois aqueles referentes à legislação e à sanção derivam do
poder de coerção do Poder Público.
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Obs: Segundo Matheus Carvalho, capitães de navios e aeronaves; entidades da Administração
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Indireta; agências reguladoras; concessionários, permissionários, delegatórios, também
possuem poder de polícia, mas de forma mais restrita.
Poder de polícia em sentido amplo compreende tanto os atos do Poder Legislativo quanto
do Executivo. Poder de polícia em sentido estrito compreende intervenções, gerais ou
abstratas, como os regulamentos, ou concretas e específicas, como autorizações e licenças
do Poder Executivo.
A prescrição para o exercício do poder de polícia ocorre em CINCO ANOS, contados da data
da prática do ato ou, em se tratando de infração permanente ou continuada, do dia em que
tiver cessado.
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