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ADMINISTRATIVO
Autor(a): Bruno Nunes
Assunto: Princípios Administrativos
Os princípios são peças fundamentais na estrutura do direito administrativo, são eles que
norteiam a atuação e fornecem diretrizes de desenvolvimento de todo o sistema. A atividade do
agente público, muitas vezes, depende de cada circunstância, e é o princípio que consagra a
liberdade de atuação, funcionando como instrumento normativo.
Nas relações entre o Estado e os administrados, deve prevalecer o interesse público sobre o
particular, desde que não haja ofensa aos direitos fundamentais do indivíduo. Isso porque o
Estado defende o interesse de toda a coletividade (povo), isto é, o interesse público.
A indisponibilidade do interesse público assevera que o gestor não possui autorização para
renunciar aos poderes a ele conferidos por lei para desempenhar suas funções e administrar a
coisa pública, pois isto significaria deixar de atender ao interesse público
O que está indisponível ninguém pode mexer sem permissão. É igual mulher/homem casado (a).
Administração somente pode atuar quando houver lei que autorize ou determine sua atuação, e
nos limites estipulados por essa lei. Dessa forma, enquanto os particulares atuam conforme a
autonomia da vontade, os agentes administrativos devem agir segundo a “vontade” da lei.
➢ Legalidade
➢ Impessoalidade
➢ Moralidade
➢ Publicidade
➢ Eficiência
5. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Portanto, a Administração só poderá agir quando houver previsão legal. Por esse
motivo, ele costuma ser chamado de princípio da estrita legalidade.
Exemplificando, podemos analisar o caso da remoção de servidor público, que tem como
finalidade específica adequar o número de servidores nas diversas unidades administrativas de um
órgão. Caso seja aplicada com o intuito de punir um servidor que desempenha mal suas funções,
o ato atendeu apenas ao sentido amplo, pois punir um servidor que trabalhe mal tem interesse
público. Contudo, o ato é nulo, por desvio de finalidade, uma vez que a lei não estabelece esta
finalidade para a transferência.
Nesse ponto, devemos lembrar que a Constituição Federal estabelece que todos são iguais
perante a lei (art. 5º, caput), sendo que eventuais tratamentos diferenciados só podem ocorrer
quando houver previsão legal. Exemplo: Concurso Público e Licitação.
vedação de promoção pessoal: os agentes públicos atuam em nome do Estado. Dessa forma,
não poderá ocorrer a promoção pessoal do agente público pelos atos realizados.
7. PRINCÍPIO DA MORALIDADE
O art. 37, §4º, que dispõe que os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário; o art. 14, §9º, com a redação da Emenda Constitucional de Revisão nº
4/1994, que dispõe que os casos de inelegibilidade devem proteger, entre outras coisas, a
probidade administrativa e a moralidade para exercício de mandato; e o art. 85, V, que considera
crime de responsabilidade os atos do Presidente da República contra a probidade administrativa.
Com efeito, o art. 5º, LXXIII, dispõe que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo à moralidade administrativa.
Com base nos princípios previstos no caput do art. 37, o Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento sobre a vedação do nepotismo na Administração Pública, sendo que o fundamento
decorre diretamente da Constituição, não havendo necessidade de lei específica para disciplinar a
vedação.
Atualmente, todavia, o entendimento é de que a vedação deve ser analisada caso a caso,
de tal forma que a nomeação para cargo de natureza política não afasta a aplicação da Súmula
Vinculante 13. Assim, somente estará caracterizado nepotismo, nos cargos de natureza política, se
8. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE
Não se trata, portanto, de requisito de validade do ato, mas tão somente da produção de
seus efeitos. Assim, um ato administrativo pode ser válido (competência, finalidade, forma, motivo
e objetivo), mas não eficaz, pois se encontra pendente de publicação oficial. Nem todo ato
administrativo precisa ser publicado para fins de eficácia, mas tão somente os que tenham efeitos
gerais (têm destinatários indeterminados) e de efeitos externos (alcançam os administrados),
a exemplo dos editais de licitação ou de concurso. Esses atos irão se aplicar a um número
indeterminado de administrados, não se sabe quantos. Outra situação decorre dos atos que
impliquem ou tenham o potencial de implicar em ônus ao patrimônio público, como a assinatura
de contratos ou a homologação de um concurso público.
9. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Outros princípios podem ser encontrados na Lei 9.784/99, art. 2º na Lei 8.666/93.
CHÁ IM PARIS
• C = Continuidade
• H = Hierarquia
• A = Autoexecutoriedade
• I = Isonomia
• M = Motivação
• P = Presunção de legitimidade
• A = Autotutela
• R = Razoabilidade
• I = Indisponibilidade do interesse público
• S = Supremacia do interesse público
A falta do contraditório e da ampla defesa torna nulos os processos administrativos nos quais esta
ausência se afigura.
SÚMULA VINCULANTE Nº 3
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla
defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma e pensão.
É um princípio implícito, decorrente do regime de direito público a que eles estão sujeitos. A
prestação do serviço público deve ser adequada, por isso, não pode sofrer interrupções. A
paralização de um serviço público prejudica toda a coletividade, que dele depende para satisfação
de seus interesses e necessidades.
O STF já chegou a afirmar que determinadas categorias seriam privadas do direito de greve,
como as que exercem atividades relacionadas com a manutenção da ordem pública e a
segurança pública, a administração da Justiça, as carreiras de Estado, cujos membros
exercem atividades indelegáveis, inclusive as de exação tributária, e a saúde pública. Contudo,
esse tema ainda não foi discutido de forma mais aprofundada no STF. Em relação aos policiais
civis, o STF já considerou em alguns julgados que tais policiais equiparam-se aos policiais militares,
“em relação aos quais a Constituição expressamente proíbe a greve”.
15. ESPECIALIDADE
Nessa linha, vale dizer que a Constituição Federal exige edição de lei específica para a criação
ou autorização de criação das entidades da Administração Indireta (art. 37, XIX). Nesse caso, a
lei deverá apresentar as finalidades específicas da entidade, vendando, por conseguinte, o
exercício de atividades diversas daquelas previstas em lei, sob pena de nulidade do ato e punição
dos responsáveis.
16. AUTOTUTELA
17. MOTIVAÇÃO
A motivação aliunde é aquela que ocorre quando a motivação é realizada com fundamentos de
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante
do ato. Além de possuir previsão legal (Lei 9.784/1999, art. 50, §1º), a motivação aliunde já foi
aceita pelo STF, conforme consta no MS 25.518/DF.
• PRINCESA
Os Princípios elencados no artigo 37 da Constituição Federal não esgotam o acervo
principiológico do regime jurídico-administrativo. Diante disso, há outros princípios
expressos em artigos distintos bem como há, também, princípios implícitos.
MACETE...
PRIMCESA
P = Presunção de Legitimidade
R = Razoabilidade
I = Indisponibilidade do Interesse Público
M = Motivação
C = Continuidade do Serviço Público
E = Especialidade
S = Supremacia do Interesse Público
A = Autotutela