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DIREITO

ADMINISTRATIVO
Autor(a): Bruno Nunes
Assunto: Princípios Administrativos

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SUMÁRIO
PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS ......................................................................................... 3
SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO ........................................................................... 3
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO ....................................... 3
PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO NA CF/88 ..................................................... 3
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE................................................................................................ 4
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE ....................................................................................... 5
PRINCÍPIO DA MORALIDADE............................................................................................... 6
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE .............................................................................................. 7
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA................................................................................................... 7
OUTROS PRINCÍPIOS ........................................................................................................... 8
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE............................................. 8
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA (ART. 5º, LV, CF)........................... 9
SEGURANÇA JURÍDICA ..................................................................................................... 10
CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO .......................................................................... 10
ESPECIALIDADE ................................................................................................................. 10
AUTOTUTELA ...................................................................................................................... 10
MOTIVAÇÃO ........................................................................................................................ 11
PRÍNCIPIOS IMPLÍCITOS .................................................................................................... 11

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1. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS

Os princípios são peças fundamentais na estrutura do direito administrativo, são eles que
norteiam a atuação e fornecem diretrizes de desenvolvimento de todo o sistema. A atividade do
agente público, muitas vezes, depende de cada circunstância, e é o princípio que consagra a
liberdade de atuação, funcionando como instrumento normativo.

2. SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO

A supremacia do interesse público é o principal fundamento não só do Direito Administrativo,


mas de todo o Direito Público.

Nas relações entre o Estado e os administrados, deve prevalecer o interesse público sobre o
particular, desde que não haja ofensa aos direitos fundamentais do indivíduo. Isso porque o
Estado defende o interesse de toda a coletividade (povo), isto é, o interesse público.

Regra dos 3 “P”. Prevalecer +Público+ Povo

3. PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO

A indisponibilidade do interesse público assevera que o gestor não possui autorização para
renunciar aos poderes a ele conferidos por lei para desempenhar suas funções e administrar a
coisa pública, pois isto significaria deixar de atender ao interesse público

O que está indisponível ninguém pode mexer sem permissão. É igual mulher/homem casado (a).
Administração somente pode atuar quando houver lei que autorize ou determine sua atuação, e
nos limites estipulados por essa lei. Dessa forma, enquanto os particulares atuam conforme a
autonomia da vontade, os agentes administrativos devem agir segundo a “vontade” da lei.

Um exemplo é a doação de recursos brasileiros a um país destruído por um terremoto ou uma


guerra, ou às suas vítimas, que só pode ser feita mediante autorização legal.

4. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO NA CF/88

Os princípios previstos expressamente no art. 37 da CF/88 aplicam-se indistintamente às


administrações direta e indireta, de todos os Poderes e de todas as esferas. Ou seja, os princípios
da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência que formam o famoso
mnemônico: LIMPE orientam a atuação administrativa dos órgãos de todos os Poderes. Devemos
incluir aqui o Ministério Público e o Tribunal de Contas; das entidades administrativas que integram

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a administração indireta independentemente se são de direito público ou de direito privado ; e de
todos os níveis de governo União, estados, DF e municípios.

DICA: Memorize (LIMPE).

➢ Legalidade
➢ Impessoalidade
➢ Moralidade
➢ Publicidade
➢ Eficiência

5. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE

LEGALIDADE •SUBORDINAÇÃO À LEI. O ADMINISTRADOR SÓ PODE


FAZER O QUE A LEI AUTORIZA OU DETERMINA.

A legalidade apresenta dois significados distintos. O primeiro aplica-se aos administrados,


isto é, às pessoas e às organizações em geral. Conforme dispõe o inciso II do artigo 5º da CF/88,
ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei. Dessa
forma, para os administrados tudo o que não for proibido será permitido.

O segundo sentido do princípio da legalidade é aplicável à Administração e decorre


diretamente do artigo 37, caput, da CF/88, impondo a atuação administrativa somente quando
houver previsão legal.

Portanto, a Administração só poderá agir quando houver previsão legal. Por esse
motivo, ele costuma ser chamado de princípio da estrita legalidade.

A doutrina apresenta como exceção ao princípio da legalidade a:


1. edição de medidas provisórias (CF, art. 62);
2. decretação do estado de defesa (CF, art. 136) e
3. decretação do estado de sítio (CF, arts. 137 a 139).

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6. PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE

IMPESSOALIDADE •O ADMINISTRADOR SÓ BUSCA OS INTERESSES DA


COLETIVIDADE.

O princípio da impessoalidade representa a busca pela finalidade pública, o tratamento


isonômico aos administrados, a vedação de promoção pessoal e a necessidade de declarar o
impedimento ou suspeição de autoridade que não possua condições de julgar de forma
igualitária.

Apresenta quatro sentidos:


O primeiro significado do princípio da impessoalidade, decorre um princípio implícito: o
princípio da finalidade. Dessa forma, todo ato da Administração deve ser praticado visando à
satisfação do interesse público (sentido amplo) e da finalidade para ele especificamente prevista
em lei (sentido estrito). Se não for assim, o ato será inválido.

Exemplificando, podemos analisar o caso da remoção de servidor público, que tem como
finalidade específica adequar o número de servidores nas diversas unidades administrativas de um
órgão. Caso seja aplicada com o intuito de punir um servidor que desempenha mal suas funções,
o ato atendeu apenas ao sentido amplo, pois punir um servidor que trabalhe mal tem interesse
público. Contudo, o ato é nulo, por desvio de finalidade, uma vez que a lei não estabelece esta
finalidade para a transferência.

Segundo: o princípio da impessoalidade se traduz na ideia de isonomia, pois a


Administração deve atender a todos os administrados sem discriminações. Não se pode favorecer
pessoas ou se utilizar de perseguições indevidas, consagrando assim o princípio da igualdade ou
isonomia.

Nesse ponto, devemos lembrar que a Constituição Federal estabelece que todos são iguais
perante a lei (art. 5º, caput), sendo que eventuais tratamentos diferenciados só podem ocorrer
quando houver previsão legal. Exemplo: Concurso Público e Licitação.
vedação de promoção pessoal: os agentes públicos atuam em nome do Estado. Dessa forma,
não poderá ocorrer a promoção pessoal do agente público pelos atos realizados.

Esse significado decorre diretamente da disposição do §1º do Art. 37 da CF/88:


§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá
ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,

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símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores
públicos.

Impedimento e Suspeição: esses institutos possuem o objetivo de afastar de processos


administrativos ou judiciais as pessoas que não possuem condições de aplicar a lei de forma
imparcial, em função de parentesco, amizade ou inimizade com pessoas que participam do
processo.

7. PRINCÍPIO DA MORALIDADE

MORALIDADE •HONESTIDADE, LEALDADE, BOA FÉ, DE CONDUTA,


ÉTICA, DECORO, PROBIDADE.

O art. 37, §4º, que dispõe que os atos de improbidade administrativa importarão a
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o
ressarcimento ao erário; o art. 14, §9º, com a redação da Emenda Constitucional de Revisão nº
4/1994, que dispõe que os casos de inelegibilidade devem proteger, entre outras coisas, a
probidade administrativa e a moralidade para exercício de mandato; e o art. 85, V, que considera
crime de responsabilidade os atos do Presidente da República contra a probidade administrativa.

Com efeito, o art. 5º, LXXIII, dispõe que qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo à moralidade administrativa.

Com base nos princípios previstos no caput do art. 37, o Supremo Tribunal Federal firmou
entendimento sobre a vedação do nepotismo na Administração Pública, sendo que o fundamento
decorre diretamente da Constituição, não havendo necessidade de lei específica para disciplinar a
vedação.

Entretanto, há uma pequena restrição em relação aos cargos de natureza política.


Inicialmente, o STF possuía o entendimento de que a Súmula Vinculante 13 não seria aplicada aos
cargos de natureza política, como ministros e secretários de estado (RE 579.951, julgado em
20/8/2008).

Atualmente, todavia, o entendimento é de que a vedação deve ser analisada caso a caso,
de tal forma que a nomeação para cargo de natureza política não afasta a aplicação da Súmula
Vinculante 13. Assim, somente estará caracterizado nepotismo, nos cargos de natureza política, se

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o nomeado não possuir capacidade técnica para o cargo ou ficar demonstrada a troca de favores
ou outra forma de fraudar a legislação (RCL 7.590/PR; RCL 17.102/SP).

8. PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE

PUBLICIDADE •PUBLICIDADE DOS ATOS, EXIGÊNCIA DE


TRANSPARÊNCIA DA ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA.

1º) exigência de publicação em órgãos oficiais como requisito de eficácia: os atos


administrativos gerais que produzirão efeitos externos ou os atos que impliquem ônus para o
patrimônio público devem ser publicados em órgãos oficiais, a exemplo do Diário Oficial da
União ou dos estados, para terem eficácia (produção de efeitos jurídicos).

Não se trata, portanto, de requisito de validade do ato, mas tão somente da produção de
seus efeitos. Assim, um ato administrativo pode ser válido (competência, finalidade, forma, motivo
e objetivo), mas não eficaz, pois se encontra pendente de publicação oficial. Nem todo ato
administrativo precisa ser publicado para fins de eficácia, mas tão somente os que tenham efeitos
gerais (têm destinatários indeterminados) e de efeitos externos (alcançam os administrados),
a exemplo dos editais de licitação ou de concurso. Esses atos irão se aplicar a um número
indeterminado de administrados, não se sabe quantos. Outra situação decorre dos atos que
impliquem ou tenham o potencial de implicar em ônus ao patrimônio público, como a assinatura
de contratos ou a homologação de um concurso público.

2º) exigência de transparência da atuação administrativa: o princípio da transparência deriva


do princípio da indisponibilidade do interesse público, constituindo um requisito indispensável para
o efetivo controle da Administração Pública por parte dos administrados.

9. PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA

EFICIÊNCIA •CELERIDADE, ECONOMIA, PRODUTIVIDADE,


SATISFAÇÃO DA COLETIVIDADE.

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• PELO AMOR DE DEUS, NÃO CONFUDA EFICIÊNCIA COM EFICÁCIA! ESSA
PEGADINHA É MAIS VELHA QUE O PLANETA TERRA

a) em relação ao modo de atuação do agente público: espera-se a melhor atuação possível, a


fim de obter os melhores resultados. Como consequência desse primeiro sentido, foram
introduzidas pela EC 19/1998 a exigência de avaliação especial de desempenho para aquisição
de estabilidade e a possibilidade de perda de cargo público (flexibilização da estabilidade) em
decorrência da avaliação periódica de desempenho.

b) quanto ao modo de organizar, estruturar e disciplinar a administração pública: exige-se


que seja a mais racional possível, permitindo que se alcancem os melhores resultados na prestação
dos serviços públicos. A transparência administrativa, o foco no cidadão, a descentralização e
desconcentração, os contratos de gestão, as agências autônomas, as organizações sociais, a
ampla participação da sociedade no controle e no fornecimento de serviços são todos conceitos
relacionados com este segundo aspecto da eficiência.

10. OUTROS PRINCÍPIOS

Outros princípios podem ser encontrados na Lei 9.784/99, art. 2º na Lei 8.666/93.

CHÁ IM PARIS
• C = Continuidade
• H = Hierarquia
• A = Autoexecutoriedade
• I = Isonomia
• M = Motivação
• P = Presunção de legitimidade
• A = Autotutela
• R = Razoabilidade
• I = Indisponibilidade do interesse público
• S = Supremacia do interesse público

11. PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE

No Direito Administrativo, estes dois princípios são aplicados especialmente no controle de


atos administrativos discricionários que restrinja os direitos dos administrados ou que imponha
sanções administrativas.

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Ressalte, desde logo, que estes princípios atuam no campo do controle da legalidade e
legitimidade (a validade do ato), nunca no controle do mérito.
Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade podem ser entendidos como a adequação
entre os meios e os fins da administração pública, a proibição do excesso no desempenho da
função pública.

Objetivam aferir a adequação entre os meios e os fins da atividade administrativa, de modo


a evitar restrições desnecessárias ou abusivas aos direitos fundamentais.

IPP! SÃO PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS NA CONSTITUIÇÃO.

A razoabilidade impõe que, ao atuar dentro da discrição administrativa, o agente


público deve obedecer a critérios aceitáveis do ponto de vista racional, em sintonia com o
senso normal de pessoas equilibradas.
A proporcionalidade, por outro lado, exige o equilíbrio entre os meios que a Administração
utiliza e os fins que ela deseja alcançar, segundo os padrões comuns da sociedade,
analisando cada caso concreto.

Considera, portanto, que as competências administrativas só podem ser exercidas validamente


na extensão e intensidade do que seja realmente necessário para alcançar a finalidade de
interesse público ao qual se destina. Em outras palavras, o princípio da proporcionalidade tem por
objeto o controle do excesso de poder, pois nenhum cidadão pode sofrer restrições de sua
liberdade além do que seja indispensável para o alcance do interesse público.

12. PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA (ART. 5º, LV, CF)

A falta do contraditório e da ampla defesa torna nulos os processos administrativos nos quais esta
ausência se afigura.

OBS: Súmula vinculante nº 5: “A FALTA DE DEFESA TÉCNICA POR ADVOGADO NO


PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR NÃO OFENDE A CONSTITUIÇÃO”.

SÚMULA VINCULANTE Nº 3
Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla
defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de
aposentadoria, reforma e pensão.

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13. SEGURANÇA JURÍDICA

Art. 54 da Lei n. 9.784/99

“O direito da administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis


para os destinatários decai em 5 (cinco) anos, contados da data em que foram praticados, salvo
comprovada má-fé.”

14. CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO

É um princípio implícito, decorrente do regime de direito público a que eles estão sujeitos. A
prestação do serviço público deve ser adequada, por isso, não pode sofrer interrupções. A
paralização de um serviço público prejudica toda a coletividade, que dele depende para satisfação
de seus interesses e necessidades.

O STF já chegou a afirmar que determinadas categorias seriam privadas do direito de greve,
como as que exercem atividades relacionadas com a manutenção da ordem pública e a
segurança pública, a administração da Justiça, as carreiras de Estado, cujos membros
exercem atividades indelegáveis, inclusive as de exação tributária, e a saúde pública. Contudo,
esse tema ainda não foi discutido de forma mais aprofundada no STF. Em relação aos policiais
civis, o STF já considerou em alguns julgados que tais policiais equiparam-se aos policiais militares,
“em relação aos quais a Constituição expressamente proíbe a greve”.

15. ESPECIALIDADE

O princípio da especialidade reflete a ideia de descentralização administrativa, em que se


criam entidades para o desempenho de finalidades específicas. Decorre, ademais, dos princípios
da legalidade e da indisponibilidade do interesse público.

Nessa linha, vale dizer que a Constituição Federal exige edição de lei específica para a criação
ou autorização de criação das entidades da Administração Indireta (art. 37, XIX). Nesse caso, a
lei deverá apresentar as finalidades específicas da entidade, vendando, por conseguinte, o
exercício de atividades diversas daquelas previstas em lei, sob pena de nulidade do ato e punição
dos responsáveis.

16. AUTOTUTELA

É um princípio implícito, estabelece que a Administração Pública possui o poder de controlar os


seus próprios atos, anulando-os (legalidade) quando ilegais ou revogando-os (mérito do ato

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adm) quando inconvenientes ou inoportunos. Assim, a Administração não precisa recorrer ao Poder
Judiciário para corrigir os seus atos, podendo fazê-lo diretamente.
Este princípio decorre possui previsão em duas súmulas do STF, a 346 e 473.

17. MOTIVAÇÃO

É um princípio implícito, representa que o administrador deve indicar os fundamentos de fato


e de direito que o levam a adotar qualquer decisão no âmbito da Administração Pública,
demonstrando a correlação lógica entre a situação ocorrida e as providências adotadas. Dessa
forma, a motivação serve de fundamento para examinar a finalidade, a legalidade e a moralidade
da conduta administrativa. Todos os atos administrativos devem ser motivados, sejam eles
discricionários ou vinculados, com uma única exceção, que é a exoneração de ocupante de
cargo em comissão, conhecida como exoneração ad nutum, uma vez que possui tratamento
constitucional próprio.

A motivação aliunde é aquela que ocorre quando a motivação é realizada com fundamentos de
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante
do ato. Além de possuir previsão legal (Lei 9.784/1999, art. 50, §1º), a motivação aliunde já foi
aceita pelo STF, conforme consta no MS 25.518/DF.

18. PRÍNCIPIOS IMPLÍCITOS

• PRINCESA
Os Princípios elencados no artigo 37 da Constituição Federal não esgotam o acervo
principiológico do regime jurídico-administrativo. Diante disso, há outros princípios
expressos em artigos distintos bem como há, também, princípios implícitos.

MACETE...

PRIMCESA

P = Presunção de Legitimidade
R = Razoabilidade
I = Indisponibilidade do Interesse Público
M = Motivação
C = Continuidade do Serviço Público
E = Especialidade
S = Supremacia do Interesse Público
A = Autotutela

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