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Sumário

NOTA ............................................................................................................................................ 4

1. DIREITO CONSTITUCIONAL ......................................................................................... 5

2. DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 14

3. DIREITO PENAL .............................................................................................................. 20

4. DIREITO PROCESSUAL PENAL .................................................................................. 32

5. DIREITOS HUMANOS ..................................................................................................... 37

6. INFORMÁTICA ................................................................................................................. 40

7. LÍNGUA PORTUGUESA ................................................................................................. 46

8. TRÂNSITO ......................................................................................................................... 48

9. GEOPOLÍTICA .................................................................................................................. 48

10. LÍNGUA ESTRANGEIRA .............................................................................................. 48

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11. LEGISLAÇÃO ESPECIAL............................................................................................. 48

12. TEMAS DE REDAÇÃO PROVÁVEIS PARA A PROVA DA PRF ........................... 48

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NOTA
Para elaborar o presente material, foram investidas algumas semanas analisando provas
anteriores do CESPE, buscando tendências da banca e estilo de cobrança do conteúdo.

Além da análise de provas anteriores, para a confecção do Resumão, também levamos em


consideração a pertinência temática, ou seja, aquilo que tem maior relevância para o cargo de
agente da PRF. Conforme informado pelo Diretor Executivo da PRF em entrevista à equipe do
QB, todo processo seletivo da PRF irá buscar aquele candidato com o perfil mais próximo do que
se espera para ser policial. Por isso, a pertinência temática é particularmente importante. Com
este material, você conseguirá elevar substancialmente a sua pontuação na prova. Obviamente,
quanto menos conhecimento você tiver, mais o Resumão irá te ajudar.

Importante frisar que não se trata de uma revisão, mas de um estudo estratégico focando na
melhor forma de “ataque” com um método que apelidamos de: Estudo de Guerrilha – ideal para
estudar quando falta muito pouco tempo para a prova. A estratégia é de que você consiga
acertar a questão mesmo que não domine o conteúdo.

Por isso, aconselhamos que estude o material da seguinte forma:

Leia, releia, sublinhe, faça anotações. Memorize sem entender mesmo. Quanto mais
palavras-chaves dos conteúdos você memorizar, melhor será seu desempenho. Para
algumas matérias, já há baralhos de perguntas e respostas feito pelo QB. Consulte a
área de membros dos alunos.
Não trave diante de um conteúdo. Não há tempo para entender tudo que está no
Resumão! Memorize de qualquer maneira.

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Cada matéria no Resumão foi tratada de acordo com suas peculiaridades: algumas matérias
verificamos que a prova foca mais em conhecimento do tipo “letra de lei”, como Legislação. Em
outras, verificamos que as questões são mais doutrinárias, como Direito Penal.

Outra análise que fizemos foi de “custo x benefício”. Há conteúdos que simplesmente não são
possíveis de aprender em pouco tempo. Em tais casos, preferimos focar nossa energia em
conteúdos mais fáceis de assimilar, num curto espaço de tempo.

O que você vai encontrar nas próximas páginas pode ajudar FORTEMENTE na sua aprovação.
Não são meras “apostas” do que acreditamos que vai cair, mas o resultado de um grande esforço
de análise.

Esta é a primeira versão do Resumão. A segunda versão, completa, será lançada alguns dias após
o edital. Se vc tiver alguma observação/sugestão para a versão 2.0, deixe aqui seu comentário:
https://forms.gle/z9ZrDdmn3VNBnnGY8
Bons estudos!

Equipe QB

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1.DIREITO CONSTITUCIONAL

1. DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS


As normas definidoras dos direitos fundamentais têm aplicação imediata.

Direito à vida:
Nenhum direito fundamental é absoluto, nem mesmo a vida. Em caso de guerra
declarada, admite-se pena de morte (portanto, até o direito à vida é relativo).
Veja questão considerada correta pelo CEBRASPE em prova de 2014: “O direito à
vida, assim como todos os demais direitos fundamentais, é protegido pela CF de
forma não absoluta”.
Aspecto biológico do direito à vida: direito à integridade física e psíquica (direito de
continuar vivo).
Aspecto amplo do direito à vida: direito a condições materiais e espirituais mínimas
necessárias a uma vida digna (entendimento do CEBRASPE).
** Atenção: assunto cobrado no concurso de Agente de Segurança Penitenciária de Pernambuco e também no INSS,
em provas do CESPE.

Inviolabilidade domiciliar:
A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, como regra.
A inviolabilidade poderá ser quebrada no caso de flagrante delito ou desastre, ou
para prestar socorro, seja de dia ou de noite.

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A inviolabilidade também poderá ser quebrada para cumprimento por
determinação judicial, durante o dia.
Segundo o STF, entende-se que em veículos automotores é possível realizar buscas
livremente, quando houver fundada suspeita (art. 240, § 2º, do CPP), o que dispensa
a exigência de mandado de busca e apreensão, salvo quando se tratar de veículo
destinado à habitação do indivíduo, como trailers, cabines de caminhão, barcos,
dentre outros.
Na prova de 2019 da PRF, o tema foi abordado. Contudo, a questão foi anulada com
a seguinte justificativa: “Não é assente o entendimento da matéria abordada na
assertiva”. Veja a questão:

A boleia de um caminhão, utilizada pelo motorista, ainda que provisoriamente, como dormitório e
local de guarda de seus objetos pessoais em longas viagens, não poderá ser objeto de busca e
apreensão sem a competente ordem judicial na hipótese de fiscalização policial com a finalidade de
revista específica àquele veículo.

Anonimato:
A CF veda o anonimato, embora nossa jurisprudência aceite a denúncia anônima, a
qual não poderá dar origem a um inquérito policial, mas poderá ensejar diligências
preliminares.
Diz a CF: “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”.

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Inviolabilidade das comunicações:
É inviolável o sigilo:
Correspondência (nem ordem judicial pode violar);
Das comunicações telegráficas (nem ordem judicial podem violar);
De dados e das comunicações telefônicas, exceto por determinação judicial
para fins de investigação criminal ou instrução processual penal.
Atenção:
Durante o Estado de Sítio e de Defesa, haverá restrição de direito ao sigilo da correspondência,
das comunicações telegráficas e das comunicações telefônicas.

E o sigilo bancário? Também é inviolável. Contudo, entende o STF que a


Administração Tributária pode requisitar às instituições financeiras acesso às
movimentações bancárias mesmo sem autorização judicial, desde que exista um
processo administrativo instaurado ou um procedimento fiscal em curso e essas
informações sejam indispensáveis. Para o STF, não implica em violação do sigilo, pois
o sigilo teria sido apenas “transferido” da instituição financeira para o fisco,
permanecendo os dados ao abrigo do sigilo.
Acesso ao whatsapp de aparelho celular coletado em busca e apreensão: não há
óbice para que a autoridade policial acesse o conteúdo armazenado no aparelho,
inclusive as conversas do whatsapp (STJ. 5ª Turma. RHC 77.232/SC, Rel. Min. Felix
Fischer, julgado em 03/10/2017). Fora dos casos de autorização judicial, acessar o
celular poderá configurar abuso de autoridade.

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Direito à liberdade:
Segundo o STF, a marcha da maconha, em defesa da legalização das drogas, está
dentro da liberdade de expressão, não configurando o crime de apologia (incitar o
uso de drogas).

Extradição de estrangeiro:
Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.
**O assunto foi cobrado pela PRF em prova de 2013.

Direito de reunião:
Não há necessidade de autorização do Poder Público.
Exige-se apenas aviso prévio.
Deve ser para fins pacífico e não pode frustrar reunião anteriormente agendada para
o mesmo local.

Sobre o preso:

A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados


imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada.

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O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu
interrogatório policial.
O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas
hipóteses previstas em lei.
Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade
provisória, com ou sem fiança.
Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel.
Atenção:
A CF prevê a prisão civil do depositário infiel e do devedor de pensão alimentícia. Contudo, for
força do Pacto de São José da Costa Rica, o ordenamento jurídico brasileiro permite apenas a
prisão civil por dívida de pensão alimentícia.

Direito à igualdade:
Igualdade formal: é a igualdade jurídica, na qual todos devem ser tratados de
maneira igual, sem quaisquer distinções.
Igualdade material: é a igualdade real. Para ser alcançada, pode implicar em
tratamento desigual. Exemplo: cotas raciais para acesso às universidades públicas.
O STF firmou entendimento no sentido de que não viola o princípio da isonomia a
utilização de critérios diferenciados para a promoção de militares do sexo feminino
e masculino da Aeronáutica. (AI 443.315-AgR/RJ, Rel.Min. Cármen Lúcia, Primeira
Turma).
Este assunto foi cobrado em 2014 pelo CESPE, o qual considerou errada a seguinte
afirmação: “A utilização de critérios distintos para a promoção de integrantes do
sexo feminino e do masculino de corpo militar viola o princípio constitucional da

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isonomia.”

Tortura, tráfico ilícito, terrorismo e hediondos:


A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática
da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os
definidos como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, os
executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem.
Para memorizar os crimes mencionados no dispositivo acima, lembre-se de 3TH:
Tortura, Tráfico, Terrorismo e Hediondos.
Ação de grupos aramados contra a ordem constitucional e o Estado Democrático:
Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.

Prisão em flagrante x apresentação espontânea:


Não poderá ser preso aquele que se apresenta espontaneamente à autoridade
policial, depois de ter cometido um delito (ou seja, já não está mais em flagrante
delito). Nesse sentido, assim afirma a CF:

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“Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão
militar ou crime propriamente militar”.

Fora dos casos de transgressão militar e crime propriamente militar, uma pessoa só
pode ser presa em flagrante ou por ordem do juiz.

Propriedade:
Em caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano.
**O Assunto acima foi cobrado em prova da PRF, em 2013.
A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade
pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro,
ressalvados os casos previstos nesta Constituição.

Atenção:
Iminente perigo: autoridade usa a propriedade e indeniza depois se houver dano.
Desapropriação: primeiro indeniza, depois desapropria.

Direito de Petição x Certidão:


São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra
ilegalidade ou abuso de poder;
a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal.

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**Assunto já cobrado pela PRF, em prova de 2013.

Tratados Internacionais:
Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos
dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.
Se o tratado não versar sobre direitos humanos, terá força de lei.
Tribunal Penal Internacional:
O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha
manifestado adesão.

Garantias (principais):
HC: conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder.
Ação popular: qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise
a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe,
à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural,
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência.

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MS: conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não
amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
de atribuições do Poder Público.

2. DIREITOS SOCIAIS, NACIONALIDADE, CIDADANIA E


DIREITOS POLÍTICOS

Direitos sociais:
São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o
transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.

Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da


categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.

3. DIREITOS SOCIAIS, NACIONALIDADE, CIDADANIA E


DIREITOS POLÍTICOS

Nacionalidade:
O brasileiro nato não poderá perder a nacionalidade, salvo se adquirir outra

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nacionalidade fora dos casos abaixo:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente
em estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para
o exercício de direitos civis;
O naturalizado poderá ter sua naturalização cancelada não só por esse motivo
(adquirir outra nacionalidade), como também por conta de atividade nociva ao
interesse nacional.
Perda de nacionalidade e reaquisição: se perde a nacionalidade como nato,
readquire como nato; se perde como naturalizado, readquire como naturalizado.
** Assunto cobrado pela PRF, em 2013.

Direitos políticos:
É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos
casos de:
cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;
incapacidade civil absoluta;
condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus
efeitos;
recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos
termos do art. 5º, VIII;

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improbidade administrativa.

4. PODER EXECUTIVO

Poder Executivo:
Sobre o Brasil
Forma de governo adotada: República.
Sistema de governo adotado: Presidencialismo.
O Presidente da República acumula as funções de chefe de Estado e de chefe
de Governo, talkei?

Cabe ao Presidente, mediante decreto, dispor sobre:


Organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos.
Essas atribuições poderão ser delegadas aos Ministros de Estado, ao
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
São crimes de responsabilidade os atos do Presidente que atentem contra a CF e,
especialmente, contra:
a existência da União;
o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério
Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
a segurança interna do País;

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a probidade na administração;
a lei orçamentária;
o cumprimento das leis e das decisões judiciais.

Acusação contra o presidente: admitida a acusação contra o Presidente da


República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou
perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade. O presidente possui
imunidade formal (não possui imunidade material).
CESPE considerou cprreta a seguinte assertiva, cobrada em prova para Auditor da
Receita Estadual de AL, em 2020: “Tanto em caso de infrações penais comuns
quanto de crimes de responsabilidade, compete à Câmara dos Deputados o juízo de
admissibilidade da acusação apresentada contra o presidente da República”.

O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser


responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.
Compete privativamente ao Presidente da República (principais competências):
exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da
administração federal;
sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
regulamentos para sua fiel execução;

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vetar projetos de lei, total ou parcialmente;
celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do
Congresso Nacional;
decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
decretar e executar a intervenção federal;
remeter mensagem e plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião
da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias;
conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos
instituídos em lei;
• O Presidente poderá delegar a função acima aos Ministros de Estado, ao
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que
observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
• Esse tópico foi cobrado em 2013 na prova da PRF.
exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes
da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e
nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;
nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo
Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios,
o Procurador-Geral da República, o presidente e os diretores do banco
central e outros servidores, quando determinado em lei;
nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII, da
CF;
convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa
Nacional;
declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso

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Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões
legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional;
celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
conferir condecorações e distinções honoríficas;
permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras
transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a
abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;
prover (prover é função delegável) e extinguir os cargos públicos federais,
na forma da lei;
editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do art. 62 da CF.

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5. SEGURANÇA PÚBLICA
Segurança Pública:

Componentes da segurança pública: PF, PRF, PFF (ferroviária), Polícias Civis, Polícias
Militares, Corpos de Bombeiros Militares e Polícias Penais (federais, estaduais e
distritais).
*Atenção às policiais penais, pois se trata de novidade.
Compete à PRF, na forma da lei, o patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
*Note que a CF não atribuiu à PRF a função do combater ao tráfico de drogas. Contudo, tratando-se de flagrante,
qualquer deverá atuar.
A PRF é órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em
carreira.
Compete à PF:
apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento
de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e
empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha
repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme,
segundo se dispuser em lei;
prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros
órgãos públicos nas respectivas áreas de competência;
exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União.
Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada

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a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares.
Às polícias penais, vinculadas ao órgão administrador do sistema penal da unidade
federativa a que pertencem, cabe a segurança dos estabelecimentos penais.
As polícias militares e os corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva
do Exército subordinam-se, juntamente com as polícias civis e as polícias penais
estaduais e distrital, aos Governadores dos Estados, do Distrito Federal e dos
Territórios.
Os Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus
bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei.
Direito de greve e carreiras de segurança pública: o exercício do direito de greve,
sob qualquer forma ou modalidade, é vedado aos policiais civis e a todos os
servidores públicos que atuem diretamente na área de segurança pública
(entendimento do STF).
Segurança viária – a segurança viária, exercida para a preservação da ordem pública
e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas:

compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de


outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à
mobilidade urbana eficiente;

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compete, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, aos
respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira, na forma da lei.

6. MEIO AMBIENTE

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.


O meio ambiente é bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida.
Incumbe ao Poder Público:
preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas;
preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético;
definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus
componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que
comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de
impacto ambiental, a que se dará publicidade;
controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos

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e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio
ambiente;
promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a
conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem
em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais a crueldade.
As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente,
na forma da lei.

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2.DIREITO ADMINISTRATIVO
1. ORGANZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Na Administração Pública Direta, temos a atividade administrativa centralizada em
seus próprios órgãos. A PRF está dentro da Administração direta. Já na
Administração Pública Indireta, os serviços são descentralizados, sendo exercidos
pelas Autarquias, Empresas Públicas, Sociedades de Economia Mista, Fundações
Públicas, etc.
No ano de 2018, em prova da PC-ES, o CESPE considerou correta a afirmação a
seguir: “A centralização consiste na execução de tarefas administrativas pelo próprio
Estado, por meio de órgãos internos e integrantes da administração pública direta”.
Em 2017, o CESPE considerou correta a seguinte afirmação: “Administração direta
remete à ideia de administração centralizada, ao passo que administração indireta
se relaciona à noção de administração descentralizada”.
Já em 2016, considerou correta a seguinte assertiva: “A centralização consiste na
execução das tarefas administrativas pelo próprio Estado, por meio de órgãos
internos integrantes da administração direta”.
Descentralização: a descentralização administrativa é efetivada por meio de outorga
quando o Estado cria uma entidade e a ela transfere, por lei, determinado serviço
público.
Concentração e centralização: estão relacionadas à ideia geral de distribuição de
atribuições de tarefas da periferia para o centro.
Desconcentração e descentralização: estão relacionadas à ideia geral de distribuição
de atribuições do centro para a periferia. A desconcentração administrativa ocorre

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exclusivamente dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica, para
distribuição interna de competências, entre seus próprios órgãos ou departamentos,
que podem ser criados.
Autarquias: têm por característica a necessidade de serem criadas por lei, terem
personalidade jurídica de direito público, terem patrimônio próprio, terem
capacidade de autoadministração, submeterem-se a controle do poder público e
desempenharem funções tipicamente públicas. Fazem parte da Administração
Pública Indireta, sendo o INSS e o IBAMA exemplos. Não há relação de subordinação
entre as autarquias e a Administração Direta. O controle é finalístico.

2. ATO ADMINISTRATIVO
São os requisitos ou elementos do ato administrativo (COFIFO-M-O):
Competência
Finalidade
Forma
Motivo
Objeto
Competência: é o poder atribuído ao agente administrativo para que o mesmo
desempenhe suas funções, advindo da lei ou do decreto autônomo (emitido pelo
Presidente da República). A competência é o conjunto de atribuições conferidas aos
ocupantes de um cargo, emprego ou função pública. Trata-se de elemento vinculado
do ato administrativo, mesmo que esse ato seja discricionário. A competência é

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intransferível e irrenunciável, mas a execução do ato pode ser delegada, para
agentes ou órgãos de mesma ou de inferior hierarquia, ou mesmo avocada, para
agentes ou órgãos subordinados.
Finalidade: a finalidade do ato administrativo é satisfazer o interesse público e
atender ao escopo previsto na lei. Trata-se de elemento vinculado. Trata-se de
elemento vinculado do ato administrativo.
Forma: é o modo de exteriorização do ato, tal como o edital de um concurso público.
Trata-se de elemento vinculado do ato administrativo.
Motivo: segundo Di Pietro, motivo é definido como pressuposto de fato e de direito
que serve de fundamento ao ato administrativo. Pressuposto de direito é o
dispositivo legal em que se baseia o ato. Pressuposto de fato, como o próprio nome
indica, corresponde ao conjunto de circunstâncias, de acontecimentos, de situações
que levam a Administração a praticar o ato. Na última prova da PRF, sobre motivo,
a seguinte afirmativa foi considerada correta: “Tanto a inexistência da matéria de
fato quanto a sua inadequação jurídica pode configurar o vício de motivo de um ato
administrativo”.
Objeto: É o fim imediato do ato, representando o resultado prático do ato
administrativo. Pode ser vinculado ou discricionário.
Convalidação e ratificação do ato administrativo: o ato praticado por agente
incompetente pode ser convalidado por aquele que tem a competência, “sanando a
incompetência”. Nesse caso, a convalidação é chamada de ratificação. Quando
estivermos diante de um caso de competência exclusiva (indelegável), não será
possível a ratificação. A ratificação é ato administrativo discricionário da autoridade
competente.
São atributos do Ato Administrativo: PAI
Presunção de legitimidade e veracidade;

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Autoexecutoriedade;
Imperatividade.
** Para alguns autores, a tipicidade e a exigibilidade também seriam
atributos. Em prova de 2019, o CEBRASPE considerou correta a seguinte
questão: “De acordo com a doutrina administrativista clássica e majoritária,
são atributos dos atos administrativos a presunção de legitimidade, a
imperatividade e a autoexecutoriedade”.
Presunção de legitimidade e veracidade: é o atributo ou característica do ato
administrativo que assegura que o ato é verdadeiro, mesmo que eivado de vícios ou
defeitos, até que se prove o contrário. A pessoa que alega que o ato tem vício é que
deve comprovar.
Autoexecutoriedade: como característica ou atributo do ato administrativo, tem
como elementos a exigibilidade e a executoriedade, as quais garantem o
cumprimento das decisões administrativas sem que seja necessária a intervenção
do Poder Judiciário.
Imperatividade: os atos administrativos podem ser impostos a terceiros
independentemente da concordância destes. Todavia, não são todos os atos que
gozam desse atributo.
Tipicidade: é o atributo conforme o qual o ato administrativo deve corresponder a
uma figura definida previamente pela lei como apta a produzir determinados
resultados.

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Ato administrativo discricionário/vinculado: sendo o ato administrativo
discricionário, órgão público ou agente público tem liberdade para praticá-lo,
respeitados os limites da lei e dos princípios administrativos; sendo o ato vinculado,
o administrador vincula-se às determinações da lei (temos menos liberdade de
escolha.
Licença, admissão, homologação são exemplos de atos vinculados.
Permissão, autorização, aprovação e renúncia são exemplos de atos
discricionários (quando tem “R”, normalmente é discricionário).
Espécies de ato administrativo:
Trata-se de circular o ato administrativo pelo qual as autoridades superiores
transmitem ordens uniformes a funcionários subordinados. Veicula regras de
caráter concreto.
Trata-se de portaria o ato administrativo pelo qual as autoridades de nível
inferior ao Chefe do Poder Executivo expedem orientações gerais ou especiais
aos respectivos subordinados ou designam servidores para o desempenho de
certas funções ou determinam a abertura de sindicância e processo
administrativo.
Licença é o ato pelo qual a administração pública faculta, de forma unilateral e
vinculada, a um cidadão exercer determinada atividade para a qual preencha os
requisitos legais.
Autorização é o ato segundo o qual o Poder Pública aprecia, discricionariamente,
a pretensão do particular em face do interesse público. Como exemplo, podemos
citar a concessão de autorização para porte de arma, que consiste em ato
discricionário e precário, podendo ser revogada a qualquer momento.
A homologação é ato administrativo unilateral e vinculado, praticado a
posteriori, pelo qual a administração pública reconhece a legalidade de um ato

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jurídico, tal como ocorre na homologação de procedimento licitatório.
Permissão é ato administrativo unilateral, discricionário e precário, através do
qual a Administração Pública faculta ao particular interessado a utilização de
bem público ou a prestação de serviço público.

3. PODERES ADMINISTRATIVOS
Poder regulamentar: é a prerrogativa conferida à Administração Pública de aditar
atos gerais para complementar as leis e possibilitar sua efetiva aplicação. Ao passo
que as leis constituem atos de natureza originária, o poder regulamentar é de
natureza derivada (ou secundária).
**CEBRASPE considerou correta a seguinte afirmativa: “No exercício do poder regulamentar, a administração
pública não poderá contrariar a lei.” De outro lado, essa afirmativa foi considerada incorreta: “Configura abuso
do poder regulamentar a edição de regulamento por chefe do Poder Executivo dispondo obrigações diversas das
contidas em lei regulamentada, ainda que sejam obrigações derivadas.” Quando falamos em obrigações
principais, somente a lei pode instituir. Quando falamos em obrigações derivadas, o poder regulamentar da
Administração Pública pode instituir. Não configura abuso do poder regulamentar editar regulamento criando
obrigação derivada.
Poder hierárquico: consiste nas atribuições de comando, chefia e direção dentro
da estrutura administrativa. Trata-se de poder vinculado, com vistas à auto
organização da Administração Pública.
**Veja questão do CEBRASPE considerada correta: “No exercício do poder hierárquico, os agentes públicos têm
competência para dar ordens, rever atos, avocar atribuições, delegar competência e fiscalizar”.

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As hipóteses de transferência do exercício de competência são geralmente
chamadas de delegação e avocação. A avocação transfere o exercício da
competência do órgão inferior para o órgão superior na cadeia hierárquica,
enquanto a delegação transfere o exercício de competência do órgão
superior para o inferior.
Não pode ser objeto de delegação: a edição de atos de caráter normativo, a
decisão de recursos administrativos, as matérias de competência exclusiva
do órgão ou autoridade.
**Em complemento, a seguinte questão foi considerada correta pelo CEBRASPE: “O ato de delegação
de competência, revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante, decorre do poder
administrativo hierárquico”.
Poder disciplinar: é aquele que confere à Administração a capacidade de apurar
infrações administrativas de servidores públicos e das demais pessoas que estejam
sob o regime jurídico da Administração Pública. Exemplo disso são os procedimentos
administrativo disciplinares.
**A seguinte assertiva foi considerada incorreta pelo CEBRASPE: “A aplicação de multa ao estabelecimento
comercial decorre do poder disciplinar da administração pública”. Não se trata de poder disciplinar, pois o poder
disciplinar está relacionado ao controle interno da própria administração. A questão fez confusão com o poder
de polícia. Em complemento, em prova para agente da PF, a seguinte afirmativa foi considerada correta: “A
aplicação de sanção administrativa contra concessionária de serviço público decorre do exercício do poder
disciplinar”.
Poder de polícia: em face do poder de polícia, poderá a Administração Pública
condicionar ou restringir os direitos de terceiros, em prol do interesse da
coletividade. Constitui exemplo do poder de polícia a interdição de restaurante pela
autoridade de vigilância sanitária e aplicação de multas.
Em 2020, por maioria, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que é
constitucional a delegação da atividade de policiamento de trânsito, inclusive
quanto à aplicação de multas, para empresas públicas e sociedades de economia

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mista.
**O relator da decisão do STF destacou que, no julgamento do RE 658570, o STF decidiu que o poder de polícia
não se confunde com segurança pública. Assim, seu exercício não é prerrogativa exclusiva das entidades
policiais. Segundo ele, a fiscalização do trânsito com aplicação de sanções administrativas constitui mero
exercício de poder de polícia. "Verifica-se que, em relação às estatais prestadoras de serviço público de atuação
própria do Estado e em regime de monopólio, não há razão para o afastamento do atributo da coercibilidade
inerente ao exercício do poder de polícia, sob pena de esvaziamento da finalidade para a qual aquelas entidades
foram criadas", concluiu.

4. RESPONSABILIDADE ADMINISTRATIVA
Quando alguém é responsável por fazer determinado serviço, ela é responsável pelo
serviço e pelas consequências dele advindas. Se um dano for causado, aquele que
prestou o serviço poderá ser responsabilizado. Falamos que a responsabilidade será
objetiva quando não for necessária a demonstração de que houve dolo ou culpa.
Falamos em responsabilização subjetiva quando for necessária a demonstração de
dolo ou culpa.
A responsabilidade em relação à Administração Pública é, como regra, objetiva,
independe de comprovação de dolo ou culpa. Já em relação ao servidor público
causador do dano, a responsabilidade é subjetiva, devendo ele ter causado o dano
por dolo ou culpa.
Quando a administração atua gerando um dano (ato comissivo), não há dúvidas de
que a responsabilidade é objetiva. E quando há omissão? A responsabilidade da

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administração pública decorrente de omissão resulta de seu dever de agir e da
capacidade de essa ação evitar o dano – sem isso, não há falar em responsabilização.
Excetuados os casos de dever específico de proteção, a responsabilidade civil do
Estado por condutas omissivas é subjetiva, devendo ser comprovados a negligência
na atuação estatal, o dano e o nexo de causalidade.

5. LICITAÇÕES
Principais modalidades cobradas em prova:
Na modalidade concurso, a administração poderá contratar o projeto ou
serviço técnico especializado desde que o autor ceda os direitos
patrimoniais a ele relativos.
**CEBRASPE considerou correta a seguinte afirmação: “Concurso é a modalidade de licitação para
escolha de trabalho técnico, artístico ou científico. Em se tratando de seleção de projeto de cunho
intelectual, deverá o autor ceder à administração os direitos patrimoniais a ele reativos para
pagamento do prêmio ou remuneração”.
O convite é a única modalidade de licitação em que a lei não exige a
publicação de edital.
A modalidade de licitação utilizada para a venda de produtos legalmente
apreendidos ou penhorados é denominada leilão.
Licitação inexigível x dispensável x dispensada:
Quando inexiste competitividade, estamos diante de uma hipótese de
licitação inexigível. Quando houver competitividade, ou seja, há adversários,
mas licitar é facultável, estamos diante de uma licitação dispensável. Por
outro lado, é vedada a licitação, mesmo existindo competitividade, no caso
de licitação dispensada.
Em prova do CEBRASPE de 2020, as seguintes afirmativas foram consideradas

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corretas: “É hipótese de inexigibilidade de licitação a contratação de
profissional ou empresa de notória especialização para fiscalização,
supervisão ou gerenciamento de obras, de natureza singular, quando houver
inviabilidade de competição”.
A existência de fornecedor exclusivo de determinado produto é hipótese
de inexigibilidade de licitação.
**Dica para memorizar os casos de inexigibilidade:
- Fornecedor exclusivo;
- Profissional artístico;
- Profissional de notória especialização, vedado para publicidade.

6. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


O controle judicial dos atos administrativos é restrito a aspectos de legalidade,
sendo vedada a análise do mérito administrativo pelo Poder Judiciário.
*** O CEBRASPE considerou correta a seguinte afirmativa: “Embora exerça controle de atos administrativos ao
avaliar os limites da discricionariedade sob os aspectos da legalidade, é vedado ao Poder Judiciário exercer o
controle de mérito de atos administrativos, pois este é privativo da administração pública”. A seguinte afirmativa
também foi considerada correta: “O Poder Judiciário só tem competência para revogar os atos administrativos
por ele mesmo produzidos”.
A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os
tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de
conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em
todos os casos, a apreciação judicial (Súmula 473 do STF).

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Cabe ao Poder Legislativo o poder-dever de controle financeiro das atividades do
Poder Executivo, o que implica a competência daquele para apreciar o mérito do ato
administrativo sob o aspecto da economicidade.
O princípio da supremacia do interesse público sobre o privado é princípio implícito.
Tal princípio fundamenta a requisição administrativa, a qual está assim definida na
CF/88: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano.

7. PRINCÍPIOS
Os princípios da Administração Pública que estão expressos na CF são o LIMPE:
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
Como princípio implícito, temos a supremacia do interesse público sobre o privado:
Tal princípio fundamenta a requisição administrativa, a qual está assim definida na
CF/88: no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver
dano.

8. AGENTES PÚBLICOS
Independe de aprovação em concurso público a investidura nos cargos em
comissão, sendo de livre nomeação e exoneração.
** Para os demais cargos públicos, a investidura acontece por meio de prévia aprovação em concurso público de provas ou
de provas e títulos.
**Obs.: exoneração não é punição. Se uma pessoa for exonerada do cargo em comissão a pretexto de ser punida, pela teoria
dos motivos determinantes, a exoneração será anulada. O modo correto de punir, retirando a pessoa do cargo, é
pela destituição de cargo em comissão, devendo ser aberto procedimento administrativo disciplinar.
As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se,

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sendo independentes entre si.
A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.
Principais penas previstas na lei 8.112:
A pena para abandono de cargo é de demissão. Configura abandono de cargo a
ausência intencional do servidor ao serviço por mais de 30 dias consecutivos.
A pena para inassauidade habitual é de demissão. Entende-se por
inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por 60 dias,
interpoladamente, durante o período de 12 meses.
A pena para crime contra a administração pública, corrupção e improbidade
administrativa é de demissão.
A pena para conduta escandalosa, na repartição, é a de demissão.
A pena para insubordinação grave em serviço é a de demissão.
A pena para ofensa física, em serviço, a servidor ou particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem, é a demissão.
A pena para aquele que revelar segredo do qual se apropriou em razão do cargo
é demissão.
A pena para aquele que lesar os cofres públicos é demissão.
A pena para quem acumular, ilegalmente, cargos empregos ou funções públicas,
é a de demissão.

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Será punido com suspensão de até 15 dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade
competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.
As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados,
após o decurso de 3 e 5 anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor
não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

3.DIREITO PENAL
1. PRINCÍPIOS BÁSICOS
Princípio da retroatividade penal benéfica:
Em regra, aplicam-se ao fato as leis vigentes na época do fato.
Contudo, lei posterior benéfica poderá retroagir para beneficiar o réu.
Súmula 711 do STF – A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao
crime permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da
permanência.
Veja a questão abaixo:
Situação hipotética: João cometeu crime permanente que teve início em fevereiro de 2011 e
fim em dezembro desse mesmo ano. Em novembro de 2011, houve alteração legislativa que
agravou a pena do crime por ele cometido.

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Assertiva: Nessa situação, deve ser aplicada a lei que prevê pena mais benéfica em atenção
ao princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa.
Resposta: ERRADO, pois trata-se de crime permanente, devendo ser aplicada a lei mais
grave, conforme S. 711 do STF.

Princípio da insignificância:
Se a conduta do agente lesar ou expuser a perigo de lesão de forma insignificantes
os bens jurídicos, cabe a aplicação do princípio da insignificância.
O princípio da insignificância atua como causa de exclusão da tipicidade penal
(tipicidade material).
Para o STF, temos os seguintes requisitos para aplicação do princípio da
insignificância (MARI):
Mínima ofensividade da conduta;
Ausência de periculosidade social da ação;
Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento;
Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
Insignificância no descaminho – tanto para o STF como o STJ: 20 mil reais o valor
limite para que o fato seja considerado insignificante.
O princípio da insignificância é também conhecido como o princípio da bagatela
própria.
Diferença entre bagatela própria x imprópria:

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A bagatela imprópria não afasta o crime, mas sim a aplicação da pena. Já a bagatela
própria afasta o próprio crime (é como se o crime não tivesse existido), ao excluir a
tipicidade material do fato.
Princípio da continuidade típico normativa:
Ocorre apenas um redirecionamento de um tipo para outro, não havendo sua
descriminalização.
Difere da abolicio criminis, a qual trata da hipótese em que uma lei nova destipifica,
em parte ou totalmente, um fato que era anteriormente definido como crime.
Exemplo: de continuidade típico-normativa – atentado violento ao pudor (art. 214
do antigo Código Penal), que foi revogado pela lei 12.015/09. Podemos dizer que tal
conduta não deixou de ser considerada crime, mas sim que ela apenas “migrou” para
o tipo penal do crime de estupro, disciplinado pelo artigo 213 do atual Código Penal.

Princípio da subsidiariedade:
O princípio da subsidiariedade é aquele segundo o qual o direito penal só deve atuar
quando os demais ramos do direito forem insuficientes para proteção do bem
jurídico tutelado.
Princípio da fragmentariedade:
Princípio segundo o qual o Direito Penal deve tipificar apenas um pequeno número
de condutas, especialmente aquelas que forem mais graves e praticadas contra bens
jurídicos mais relevantes. Esse princípio atua conjuntamente com o da intervenção
mínima.

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Princípio da legalidade:
Não há crime sem lei anterior que o defina. Portanto, medida provisória ou decreto
não podem criar crime, apenas lei emanada do Congresso Nacional.
É o princípio segundo o qual as leis devem obedecer às formas e aos procedimentos
exigidos na criação da lei penal, bem como na elaboração de seu conteúdo
normativo.
**Medida provisória não pode criar crime, pois viola o princípio da reserva legal. Apenas a lei pode criar crime.
Contudo, admite-se que medida provisória seja criada para beneficiar o infrator em matéria penal.

Princípio da taxatividade:
O princípio da taxatividade é um dos corolários do princípio da legalidade, pregando
que a lei penal deve ser clara, precisa e determinada, não cabendo incriminações
vagas ou genéricas.
Princípio da adequação legal:
Não há crime sem lei anterior que o defina. Portanto, medida provisória ou decreto
não podem criar crime, apenas lei emanada do Congresso Nacional.
O princípio da adequação social preconiza que não se pode reputar criminosa uma
conduta tolerada pela sociedade, ainda que se enquadre em uma descrição
típica (ou seja, em um crime previsto em lei). Trata-se de condutas que, embora
formalmente típicas, porquanto descritas num tipo penal, são materialmente

21
atípicas porque socialmente adequadas, isto é, estão em consonância com a ordem
social.
Em outras palavras, o princípio da adequação social busca afastar a tipificação de
condutas consideradas socialmente adequadas. Por meio da interpretação, ele
limita a aplicação do tipo penal. O princípio em questão também se dirige para o
legislador, servindo como norte na criação de leis.
**Exemplo: mãe que fura orelha da filha para colocação de brinco – pelo princípio da adequação social, não irá
responder criminalmente pelo crime de lesão:
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano.
A conduta da mãe é formalmente típica, foi de fato ofendeu a integridade corporal de outrem. Contudo, pelo
princípio da adequação social, não é materialmente típica, ou seja.
Para existir o crime, a conduta deve ser formalmente típica e materialmente típica.

Princípio da alteridade:
Segundo o princípio da alteridade, para haver crime, a conduta humana deve
colocar em risco ou lesar bens de terceiros. É proibida a incriminação de atitudes
que não excedam o âmbito do próprio autor. Você não pode ser vítima de si próprio.
Exemplo: não é crime se matar.
**Indo além: a criminalização do uso da droga não viola o princípio da alteridade? Afinal, o usuário estaria
causando mal a si próprio. Conforme doutrina, o uso de drogas, além de causar mal para o próprio usuário, causa
mal à saúde pública como um todo.

2. APLICAÇÃO DA LEI PENAL


Aplicação da lei penal (luta):

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Lugar: teoria da Ubiquidade
Considera-se como lugar do crime tanto o da ação ou omissão quanto o daquele
em que se verificar o resultado.

Tempo: teoria da Atividade


Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o momento do resultado.

Leis excepcionais temporárias: no que diz respeito à eficácia temporal da lei penal,
o término da vigência das leis denominadas temporárias e excepcionais não
depende de revogação por lei posterior. Consumado o lapso da lei temporária ou
cessadas as circunstâncias determinadoras das excepcionais, cessa, então, a vigência
dessas leis.
Atenção:
Ultratividade diz-se de uma lei quando ela é aplicada posteriormente ao fim de sua vigência
(revogação). É o caso das leis excepcionais e temporárias, pois estas são ultrativas.
As leis excepcionais e temporárias também são intermitentes (são revogadas em curto período,
de forma “automática”).

22
Súmula 711 do STF:

A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime permanente, se a


sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da permanência.
Exemplo de aplicação da Súmula 711 do STF: imagine que João sequestre Maria no
dia hoje e que o sequestro perdure por 30 dias. Se antes do fim do sequestro vier
uma nova lei, agravando a pena para o crime de sequestro, deverá ela ser aplicada?
O sequestro se encaixa no chamado “crime permanente”. Crime permanente é
aquele cujo momento consumativo se prolonga no tempo de acordo com a vontade
do criminoso, de modo que o agente tem o domínio sobre o momento de
consumação do crime, tal como acontece no crime de sequestro, previsto no artigo
148 do Código Penal, que se consuma com a retirada da liberdade da vítima, mas o
delito continua consumando-se enquanto a vítima permanecer em poder do agente.
Desse modo, de acordo com a S. 711 do STF, a pena mais grave será aplicada a João,
pois ela começou a vigorar antes do fim da consumação do crime de sequestro.
Situação hipotética: João cometeu crime permanente que teve início em fevereiro
de 2011 e fim em dezembro desse mesmo ano. Em novembro de 2011, houve
alteração legislativa que agravou a pena do crime por ele cometido.
Assertiva: Nessa situação, deve ser aplicada a lei que prevê pena mais
benéfica em atenção ao princípio da irretroatividade da lei penal mais
gravosa. Isso está correto ou errado?
• Resposta: ERRADO, pois trata-se de crime permanente,
devendo ser aplicada a lei mais grave, conforme S. 711 do STF.

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3. O FATO TÍPICO E SEUS ELEMENTOS
Erro de tipo:
O erro sobre o elemento do tipo exclui o dolo, mas admite a punição por crime
culposo, se previsto em lei.
Exemplo: você sai para caçar e dispara contra um suposto animal. Mais tarde,
verifica que não era um animal, mas uma pessoa fantasiada de urso. Nesse caso, não
houve o dolo no sentido de matar uma pessoa. Trata-se de erro de tipo, o qual exclui
o dolo.

Atos preparatórios x crime tentado:


Nos atos preparatórios, a execução do crime não foi iniciada ainda, pois o indivíduo
não está praticando ainda os atos de execução (exemplo: indivíduo compra corda
para realizar um sequestro). Na tentativa, a execução do crime foi iniciada. O crime
será tentado quando, iniciada a execução, não se consuma o crime por
circunstâncias alheias à vontade do agente (exemplo: polícia chega e impede que o
bandido fuga com o bem furtado).
Ato preparatório: em regra, não é punível. Esses atos somente são puníveis quando
constituírem, por si só, infração penal. Um exemplo de ato preparatório punível é o
delito de petrechos para falsificação de moeda (art. 291 do Código Penal), que seria
um ato preparatório do crime de moeda falsa.

23
Crime tentado: salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

Tipos de tentativa:
Branca/Incruenta: O agente não conseguiu nem mesmo atingir o objeto pretendido.
Ex.: Ao atirar, os projéteis desviaram da vítima.
Vermelha/Cruenta: O agente conseguiu atingir o objeto, mas não conseguiu
consumar o delito. Ex.: O projétil somente perfurou o braço da vítima.
Perfeita/Acabada: O agente utilizou todos os meios que estavam ao seu alcance, e
mesmo assim não consumou o crime. Ex.: O agente lesionou a vítima com socos e
disparou 4 tiros na mesma, mas foi preso em flagrante antes que a vítima pudesse
vir a falecer.
Imperfeita/Inacabada: O agente não consegue utilizar todos os seus meios de
execução para a prática delituosa. Ex.: O agente tem a possibilidade objetiva desferir
cinco disparos, mas só consegue efetuar um disparo, pois é preso em flagrante
antes.

Crimes que não admitem a forma tentada:


CCHOUPA:
Contravenções;
Culposos;
Habituais;
Omissivos próprios,
Unissubsitentes,
Preterdolosos; e

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Atentado (crimes de atentada).
Teoricamente, seria possível existir a tentativa de uma contravenção penal.
Contudo, por disposição legal, estabeleceu-se que:
Art. 4º Não é punível a tentativa de contravenção (Lei das Contravenções).
Assim sendo, teoricamente, a tentativa existe nas contravenções, ela apenas não é
considerada (não sendo punível).

O conceito analítico de crime:


Para o nosso ordenamento jurídico, crime é o fato
típico, ilícito e culpável.
Só podemos falar que ocorreu o crime se o tripé
todo estiver completo. Faltando um desses
elementos, não há crime.

Fato típico:

Conduta: sem a conduta, não há falar em crime. A conduta pode ser dolosa (quando
há intenção de cometer o crime) ou culposa (não há intenção). Quando falamos que

24
alguém agiu sem dolo ou sem culpa, não há conduta. Não havendo conduta, não há
crime.
Resultado: todo crime tem resultado jurídico (ou normativo), pois sempre há lesão
ao bem jurídico tutelado ou perigo de lesão, quando um crime é cometido. Todavia,
nem todo crime resultado naturalístico (modificação física do mundo exterior),
como acontece no crime de homicídio (alguém morre). Quando estudamos
resultado do crime, é importante saber sobre os crimes formais, materiais e de mera
conduta.
Crimes materiais: o resultado naturalístico descrito no tipo é indispensável
para a consumação. Exemplo: homicídio – “Art. 121 - Matar alguém”.
Crimes formais: o resultado naturalístico descrito no tipo é dispensável. A
consumação acontece com a prática da conduta em si (por isso, também se
chama de delito de consumação antecipada). Ex.: “Extorsão – Art. 158 -
Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito
de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer,
tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa”. O mero “constranger”
com o intuito de obter vantagem já faz o crime se consumar, ainda que
nenhuma vantagem venha a ser obtida com o crime.
Crimes de mera conduta: não há resultado naturalístico no tipo (crime de
mera atividade). Exemplo: porte ilegal de armas, pois o mero ato de portar a
arma em si não gera nenhuma consequência no mundo, mas já consuma o
crime.
Nexo causal: é o elo que une a conduta praticado pelo autor ao resultado. É o elo
causal que possibilita a atribuição de responsabilidade penal.
Tipicidade (formal ou material).
Tipicidade formal: é a conformidade do fato ao tipo penal, ou seja, a

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adequação do ato praticado pelo agente àquilo que está previsto
abstratamente na norma. Exemplo: homicídio – “fulano matou ciclano”.
Nesse caso, a tipicidade formal se encaixa no delito de homicídio.
Tipicidade material: é a valoração da conduta e do resultado. O bem jurídico
deve ser efetivamente lesado. Aqui entra o princípio da insignificância, pois
o delito foi praticado, mas não houve lesão ao bem jurídico de forma
significativa.

Ilicitude:

A melhor forma de estudar a ilicitude, é estudando o que a afasta, pois é isso que irá
cair na prova da PRF. Existindo qualquer uma das causas que excluem a ilicitude, não
há crime.
Além das causas previstas acima, há uma supralegal (ou seja, não está nas leis): seria
o consentimento do ofendido. Para que o consentimento da vítima exclua o crime,
alguns requisitos devem estar presentes:

25
a disponibilidade do bem jurídico tutelado pela norma,
a validade do consentimento,
a necessidade de este último ser manifestado de forma livre e por pessoa
capaz,
a anterioridade ou simultaneidade entre o crime e o consentimento.
Estado de necessidade é: “Considera-se em Estado de necessidade quem pratica o
fato para salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de
outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não
era razoável exigir-se”.
Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de
enfrentar o perigo.
Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena
poderá ser reduzida de um a dois terços.
Legítima defesa é: “Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente
dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou
de outrem” (é também conhecida como legítima defesa real).
Muito importante: observados os requisitos acima, também se considera em
legítima defesa o agente de segurança pública que repele agressão ou risco
de agressão a vítima mantida refém durante a prática de crime. Lembre-se
do caso do “sniper”, no RJ.
Atenção: a justificativa para um PRF que mata uma pessoa em serviço,
obedecendo aos requisitos legais, é legítima defesa (não há estrito
cumprimento do dever legal de matar ou exercício regular de direito).
Legítima defesa putativa:
Trata-se de uma hipótese que imaginária. É aquela que o agente, por erro,
acredita existir uma agressão injusta, atual ou iminente, a direito seu ou de

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outrem.
Ex: A foi jurado de morte por B. Em determinada noite, em uma rua escura,
encontram-se. B coloca a mão no bolso, e A, acreditando que ele iria pegar
uma arma, mata-o. Posteriormente, descobre-se que B iria lhe oferecer uma
Bíblia, pois havia se convertido.
A legítima defesa putativa não exclui a ilicitude da conduta, mas pode isentar
de pena, se o erro for inevitável. Se for evitável, pode responder por crime
culposo.
Legítima defesa sucessiva: havendo excesso, permite-se a defesa legítima do
agressor inicial. O agressor inicial, contra o qual se realiza a legítima defesa, tem o
direito de defender-se do excesso, uma vez que o agredido, pelo excesso,
transforma-se em agressor injusto. Ocorre uma troca de papel entre agressor e
agredido, em razão do excesso de defesa da vítima inicial.
Estrito cumprimento de dever legal: toda obrigação que for extraída direta ou
indiretamente de LEI. Podem agir em estrito cumprimento de dever legal os PRF’s,
por exemplo, ao efetuarem uma prisão de alguém com mandado de prisão expedido
pelo juiz competente.
Exercício regular do direito: são aquelas situações relacionadas à pessoa comum, em
que essas exercem todos os seus direitos que a lei franqueia.

26
Culpa consciente x culpa inconsciente x dolo eventual:
Na culpa consciente, o agente prevê o resultado, mas acredita que ele não irá
ocorrer (lembre-se do atirador de facas).
Na culpa inconsciente, o agente não prevê o resultado, mas ele ocorre por
imprudência, negligência ou imperícia.
No dolo eventual, o agente prevê a possibilidade de ocorrência do resultado, mas
pouco se importa se vai ocorrer ou não.

Crime consumado x crime tentado:


Consumado: quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal.
Tentado: quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
O nosso Código adotou, como regra, a teoria OBJETIVA, punindo-se a
tentativa com a mesma pena do crime consumado, reduzida de 1/3 a 2/3.
Desistência voluntária e arrependimento eficaz: o agente que, voluntariamente,
desiste de prosseguir na execução (desistência voluntária) ou impede que o
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados (arrependimento eficaz).
Nesses casos, não responde pela tentativa, mas pelo que praticou.
Arrependimento posterior: nos crimes cometidos sem violência ou grave ameaça à
pessoa, reparado o dano ou restituída a coisa, até o recebimento da denúncia ou da
queixa, por ato voluntário do agente, a pena será reduzida de um a dois terços.

Crime impossível:
O crime é dito impossível quando não há, em razão da ineficácia do meio

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empregado, violação, tampouco perigo de violação, do bem jurídico tutelado pelo
tipo penal (entendimento do CESPE).
O que diz o CP: “Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do
meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime”.
Exemplo de ineficácia absoluta do meio: tentar matar por meio de disparo de arma
de fogo utilizando uma arma de brinquedo (por desconhecimento).
Exemplo de absoluta impropriedade do objeto: tentar matar uma pessoa que já está
morta.
Omissão:

Omissão própria: a omissão vem descrita na própria lei. Não admite tentativa.
Exemplo: omissão de socorro (art. 135 do CP).
Omissão imprópria: o agente tem o dever de agir para evitar o resultado. Não o
fazendo, responderá pela sua omissão (art. 13, parágrafo segundo, do CP). O dever
de agir advém das seguintes situações:
Quando tenha por lei a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
Quando, de outras formas, assumiu a responsabilidade de impedir o
resultado (garantidor – exemplo: enfermeira);
Quando, com seu comportamento anterior, criou o risco da ocorrência do
resultado.

27
4. CRIMES CONTRA A PESSOA
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação (art. 122):

Tipo penal: induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou


prestar-lhe auxílio material para que o faça.
A pena é duplicada nos seguintes casos:
se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil;
se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de
resistência.
A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de
computadores, de rede social ou transmitida em tempo real.
Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de
rede virtual.
Se o crime for cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, e
resulta lesão corporal de natureza gravíssima, o agente irá responder como se a
vítima tivesse morrido (opção da lei de agravar a penalidade protegendo mais aos
vulneráveis).
Se o crime for cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por
enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a
prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência, e
resulta morte, o agente irá responder como se tivesse praticado homicídio.

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Feminicídio (qualificadora do homicídio – maior gravidade da pena):

É crime a prática de homicídio contra mulher por razões de sua condição de sexo
feminino.

É necessário que envolva: violência doméstica e familiar ou fato motivado por


menosprezo ou discriminação à condição de mulher.

Homicídio contra autoridades (qualificadora do homicídio – maior gravidade da pena):

É crime a prática de homicídio contra autoridade ou agente das forças armadas, das
polícias, dos bombeiros militares, dos do sistema prisional e da Força Nacional de
Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu
cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa
condição.

28
5. CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Roubo (art. 157):

6. Tipo penal: subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave
ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido
à impossibilidade de resistência.
7. Importante saber: se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma de
fogo, a pena aumenta-se de dois terços. Segundo a jurisprudência, não é
necessário que a arma seja apreendida e periciada, desde que o seu uso no
roubo seja provado por outros meios de prova, tais como a palavra da vítima e
testemunhas.

Extorsão (art. 158):

Tipo penal: constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o


intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer,
tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa.
No crime de roubo e no crime de extorsão, o agente pode-se utilizar dos mesmos
modos de execução, consistentes na violência ou grave ameaça. A diferença
fundamental existente entre os dois delitos consiste em que, no crime de extorsão,
pretende-se um comportamento da vítima, restando um mínimo de liberdade de
escolha, enquanto, no crime de roubo, o comportamento não é essencial.
Exemplo: o agente, empregando uma arma de fogo, constrangendo a vítima a
efetuar uma transferência de dinheiro para a sua conta digitando a senha no caixa
eletrônico.

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Estelionato (art. 171):

Tipo penal: obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio,
induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro
meio fraudulento.
O crime não depende de representação nos casos em que a vítima for:
Administração Pública, direta ou indireta;
Criança ou adolescente;
Pessoa com deficiência mental;
Maior de 70 (setenta) anos de idade ou incapaz.
Aplica-se a pena em dobro se o crime é cometido contra idoso.

29
6. CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
Não se aplica o princípio da insignificância aos crimes contra a fé pública.
Moeda falsa (principais aspectos):
Responde pelo crime (pena de reclusão) de moeda falsa quem falsificar, fabricando-
a ou alterando-a, moeda metálica ou papel-moeda de curso legal no país ou no
estrangeiro.
Nas mesmas penas incorre quem: por conta própria ou alheia, importa ou exporta,
adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda
falsa.
Importante: quem, tendo recebido de boa-fé, como verdadeira, moeda falsa ou
alterada, a restitui à circulação, depois de conhecer a falsidade, é punido com
detenção.

Falsidades (principais aspectos):


Caracteriza o crime da falsidade ideológica omitir que está empregado ao
preencher cadastro público para obtenção de benefício social. O crime de omitir
declaração em documento (público ou particular) que dele devia constar,
configura o crime de falsidade ideológica se com o fim de prejudicar direito, criar
obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante.
As condutas da falsidade ideológica são: omitir, inserir e fazer inserir.
Utilizar a CNH do irmão para dirigir não comete o crime de falsidade
ideológica, mas de falsa identidade.
Trocar a foto do documento de identificação por outra, própria, mais recente:
não é crime, mas fato atípico.
Na CNH, alterar por conta própria o nome que lá consta: é crime de falsificação

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de documento público.
Falsificação de documento público: “falsificar, no todo ou em parte, documento
público, ou alterar documento público verdadeiro”. Nas mesmas penas incorre
quem insere ou faz inserir:
I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja
destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua
a qualidade de segurado obrigatório;
II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em
documento que deva produzir efeito perante a previdência social,
declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;
III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado
com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa
ou diversa da que deveria ter constado.
** Esse assunto foi abordado em prova do CEBRASPE para agente da PCDF, em prova de
2013. A afirmativa a seguir foi considerada ERRADA: “O empresário que inserir na carteira
de trabalho e previdência social de seu empregado declaração diversa da que deveria ter
escrito cometerá o crime de falsidade ideológica”.

Adulteração de sinal identificador do veículo automotor:


Trata-se de crime combatido pela PRF (você terá aulas específicas contra fraude
veicular no curso de formação).
O crime consiste em adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal
identificador do veículo automotor, de seu componente ou equipamento.

30
A pena é aumentada em 1/3 se o crime for cometido por servidor no exercício da
função pública ou em razão.
Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento
ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo indevidamente
material ou informação oficial.
Segundo o STJ, colocar fita adesiva para alterar a placa do veículo, é crime
enquadrado neste delito.

7. CRIMES CONTRA A ADMINIOSTRAÇÃO PÚBLICA


Peculato (art. 312):

Tipo penal: apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro


bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-
lo, em proveito próprio ou alheio.
Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de
funcionário.
Peculato culposo: ocorre quando funcionário concorre culposamente para o crime
de outrem.
No peculato culposo, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível,
extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta.

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Concussão (art. 316):
Tipo penal: exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora
da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida.

Advocacia administrativa (art. 321):


Tipo Penal: patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a
administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário.
Se o interesse é ilegítimo, a pena é maior.
Ainda que o interesse seja legítimo, há crime; ainda que use uma pessoa interposta
para realizar a advocacia, há crime.
Veja como o CESPE já cobrou (assertiva correta): Funcionário público que utilizar o
cargo para exercer defesa de interesse privado lícito e alheio perante a
administração pública, ainda que se valendo de pessoa interposta, cometerá o crime
de advocacia administrativa.
Corrupção (art. 333 e 317):
A corrupção ativa é crime comum (particular contra a administração), podendo
qualquer pessoa praticar.
Corrupção passiva é crime próprio, praticado por funcionário público (em sentido
amplo), contra a administração.
Corrupção passiva:

31
Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem
indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois)
a 12 (doze) anos, e multa.
A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou
promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício
ou o pratica infringindo dever funcional.
Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com
infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: Pena
- detenção, de três meses a um ano, ou multa.
Corrupção ativa:
Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para
determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Pena – reclusão, de
2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.
A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o
funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever
funcional.

Prevaricação (art. 319):


Fato típico: retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-
lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.
Condescendência criminosa (art. 320):
Fato típico: deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado

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que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe falte competência, não
levar o fato ao conhecimento da autoridade competente.

4.DIREITO PROCESSUAL PENAL


Disposições preliminares:

A lei processual penal aplicar-se-á desde logo (para prejuízo ou benefício do réu -
indiferente), sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei
anterior.
A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais de direito.

Inquérito policial:
Inquérito policial é um procedimento administrativo informativo, destinado a apurar
a existência de infração penal e sua autoria, a fim de que o titular da ação penal
disponha de elementos suficientes para promovê-la.
O valor probatório do inquérito policial, como regra, é considerado relativo,
entretanto, nada obsta que o juiz absolva o réu por decisão fundamentada
exclusivamente em elementos informativos colhidos na investigação.

32
Prazos:
o CPP: 10 dias preso - 30 dias solto (o prazo de 30 dias pode ser prorrogado).
o Justiça Federal: 15 dias preso - 30 dias solto (ambos podem ser prorrogados
1x)
o Lei de drogas: 30 dias preso - 90 dias solto (ambos prazos podem ser
duplicados)
Tem natureza administrativa e é inquisitivo (sem contraditório e ampla defesa).
O inquérito policial é meramente informativo, podendo ser DISPENSÁVEL.
Características:
o Inquisitivo: no âmbito do inquérito policial, cuja natureza é inquisitiva, não
se faz necessária a aplicação plena do princípio do contraditório, conforme a
jurisprudência dominante.
o Obrigatoriedade: se a polícia tiver ciência de algum crime, ela é obrigada a
instaurar um IP;
o Escrito: O IP deve ser escrito e assinado pela autoridade policial;
o Discricionariedade na condução: investigação pode ser conduzida da
maneira que autoridade policial entender mais frutífera.

Atenção: o inquérito policial é discricionário e obrigatório.

o Sigiloso: O juiz e o MP podem ter acesso aos autos do inquérito, mas a defesa
do acusado e o acusado só terão acesso àquilo que já esteja documentado
nos autos do inquérito, pois aquilo que ainda estiver em diligências ele não
terá acesso.
o Indisponibilidade: o inquérito policial não pode ser arquivado pelo Delegado.
Para o STF e STJ: a instauração do inquérito policial baseada tão somente em

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denúncia anônima (apócrifa) não é possível, mas é possível que a autoridade policial
faça diligências e, a partir delas, caso encontre algum elemento que justifique,
poderá instaurar o inquérito policial.
Súmula Vinculante n. 14: É direito do defensor, no interesse do representado, ter
acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento
investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
Embora dispensável, se o inquérito servir de base para a denúncia, deverá
acompanhar a inicial da ação penal.
Em caso de Auto de Prisão em Flagrante, conforme entendimento da doutrina, a
atribuição é da autoridade do lugar em que ocorreu a prisão (arts. 290 e 308 CPP), e
os atos seguintes serão praticados pela autoridade do local em que o crime se
consumou (Capez, 2007).
Notitia Criminis: é quando a autoridade policial toma conhecimento de fato
criminoso, independentemente do meio.
o direta, imediata, espontânea ou inqualificada: a polícia toma conhecimento
da infração espontaneamente (informal). Ela fica sabendo por meio de
atividades rotineiras. Exemplo: Notícias de jornal ou qualquer meio de
comunicação ou a descoberta ocasional de um vestígio do crime.

33
o indireta, mediata, provocada ou qualificada: a autoridade é formalmente
comunicada da infração. Exemplos: Requerimento da vítima ou Requisição
do MP.
o obrigatória ou coercitiva: para os casos de flagrante delito.
Delatio Criminis Postulatória é o meio pelo qual a vítima de delito ou o seu
representante legal manifesta sua vontade a respeito da instauração do inquérito
policial e do posterior oferecimento de denúncia, nas hipóteses de ação penal
pública condicionada.
o Recusa da autoridade policial à instauração do inquérito quando oferecido
requerimento do ofendido: cabe recurso ao Chefe de Polícia, que,
atualmente, considera-se o Delegado-Geral de Polícia, superior máximo
exclusivo da Polícia Judiciária
Em caso de atipicidade da conduta, é possível o trancamento do inquérito policial
via habeas corpus.
Por meio de HC é possível, apenas, o trancamento do inquérito policial e não o seu
arquivamento.
A autoridade policial poderá se recusar a atender à requisição de instauração de IP
na hipótese de ordem manifestamente ilegal. Mas a ausência de dado ou
elemento para se dar abertura de IP não é motivo para a negativa de instauração
desse IP por parte do Delegado diante de uma requisição do Juiz ou MP.

Indiciamento do inquérito:

O indiciamento do suspeito de prática de crime é ato privativo do delegado de


polícia, mediante ato fundamentado do qual constarão a análise técnico-jurídica do
fato criminoso e suas circunstâncias e a indicação da materialidade e da autoria.

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O indiciamento é adotado na fase inquisitorial.
O indiciamento após o oferecimento da denúncia é ilegal e desnecessário,
importando constrangimento ilegal. (STJ HC 165600 e HC 179.951-SP).
Nos atestados de antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não
poderá mencionar quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra
os requerentes.

Defensor aos policiais:

Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da


Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos
policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a
investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício
profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no
art. 23 do CP (legítima defesa, estado de necessidade, estrito cumprimento do dever
legal e exercício regular de direito), o indiciado poderá constituir defensor.
O investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório,
podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do
recebimento da citação.
Passado o prazo acima com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a
autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava

34
vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de
48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado.

Arquivamento do inquérito policial:

O arquivamento implícito é rechaçado pela Jurisprudência dos Tribunais Superiores.


Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos
informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima,
ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de
revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei.
Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do
inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da
comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão
ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica.
Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e
Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada
pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.
Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e
circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e
com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor
acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação
e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e
alternativamente:
reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de
fazê-lo;

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renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério
Público como instrumentos, produto ou proveito do crime;
prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período
correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois
terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal);
pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do
Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade
pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que
tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou
semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou
cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério
Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal
imputada.
O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo
membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.
Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência
na qual o juiz deverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado
na presença do seu defensor, e sua legalidade.
Se o IP for arquivado pelo juiz, a requerimento do promotor de justiça, sob o
argumento de que o fato é atípico, a decisão que determinar o arquivamento do IP

35
impedirá a instauração de processo penal pelo mesmo fato, ainda que tenha sido
tomada por juiz absolutamente incompetente.

Atenção!

Após o arquivamento, não poderá ser reaberta a investigação quando


houver:

o Arquivamento por atipicidade do fato, mesmo se o juiz for incompetente;


o Arquivamento em razão de exclusão de ilicitude ou culpabilidade;
o Arquivamento por extinção de punibilidade;

Obs: se o reconhecimento da extinção de punibilidade se deu pela morte do


agente, mediante representação de certidão de óbito falsa (o agente não
estava morto) é possível reabrir as investigações.

Conclusão do inquérito policial:

O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso em


flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a
partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando
estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e enviará autos ao
juiz competente.

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No relatório poderá a autoridade indicar testemunhas que não tiverem sido
inquiridas, mencionando o lugar onde possam ser encontradas.
A conclusão do inquérito policial é precedida de relatório final, no qual é descrito
todo o procedimento adotado no curso da investigação para esclarecer a autoria e
a materialidade. A ausência desse relatório e de indiciamento formal do investigado
não resulta em prejuízos para persecução penal, não podendo o juiz ou órgão do
Ministério Público determinar o retorno da investigação à autoridade para
concretizá-los, já que constitui mera irregularidade funcional a ser apurada na esfera
disciplinar.
Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade
poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão
realizadas no prazo marcado pelo juiz.

Obs.: está disciplina será atualizada na versão 2.0, com alguns incrementos.

36
5.DIREITOS HUMANOS
Memorize cada uma das assertivas abaixo. Leia com bastante atenção:

Dentre outras características, os direitos humanos são imprescritíveis, inalienáveis,


indisponíveis, universais e indivisíveis.
Os direitos fundamentais são os direitos humanos reconhecidos por um Estado e
positivados em uma Constituição (ordem interna de um Estado).
O fundamento jusnaturalista: há um direito preexistente às normas produzidas pelo
homem.
O fundamento positivista: o direito é posto. Para haver respeito à uma regra, ela
deve estar na lei, na Constituição.
Consensualmente considerada um prolongamento natural da Carta da Organização
das Nações Unidas (ONU, 1945), a Declaração Universal dos Direitos Humanos
(DUDH) foi aprovada pela Assembleia-geral da ONU em 1948. O documento reflete
o desejo de paz, justiça, desenvolvimento e cooperação internacional que tomou
conta de quase todo o mundo após duas grandes guerras no espaço de apenas duas
décadas.”
No campo do Direito Internacional, consagrou-se a adoção das sanções coercitivas,
abandonando-se as punitivas. Quando o um Estado viola normas internacionais, há
um conjunto de medidas unilaterais que buscam forcar o Estado violador a cumprir
com suas obrigações.
A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para, dentre

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outras hipóteses, assegurar a observância do princípio constitucional dos direitos da
pessoa humana.
Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da
República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes
de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá́
suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou
processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
Direitos fundamentais de primeira dimensão:
o Foco na liberdade do indivíduo em relação ao Estado (direitos de resistência
frente ao Estado). Direitos Civis, políticos e liberdades.
Direitos fundamentais de segunda dimensão:
o Foco nos direitos sociais. Exige-se um “fazer” do Estado, uma prestação. Ideia
de Igualdade, e de: direitos econômicos, sociais e culturais.
Direitos fundamentais de terceira dimensão:
o São direitos transindividuais destinados à proteção do gênero humano.
Ideias de: fraternidade, direito ao ambiente, progresso, paz,
autodeterminação dos povos e demais direitos difusos.
Direitos fundamentais de quarta dimensão:
o Tem a ver com a globalização política. Compreendem os direitos à
democracia, informação e pluralismo.

37
Tratados e convenções sobre DH aprovados conforme o art. 5º, §3º, da CF, não
equivalem a normas constitucionais originárias, mas a emendas constitucionais, ou
seja, normas constitucionais derivadas.
o Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem
aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três
quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas
constitucionais.
Pacto de São José da Costa Rica: não foi aprovado de acordo com a regra acima. Por
isso, reconhece o STF que possui status supralegal: acima das leis, mas abaixo da
Constituição.
O princípio da dignidade humana pode ser considerado um superprincípio: ele rege
os direitos humanos no âmbito tanto do direito internacional, quanto do direito
interno, com positivação dos direitos humanos em cada nação.
A concepção contemporânea de Direitos Humanos surgiu após a segunda Guerra
Mundial.
A Constituição Mexicana de 1917 e a Constituição de Weimar de 1919 são marcos
da afirmação dos direitos humanos de segunda geração. Surgimento da ideia de
bem-estar social. Criaram diversos direitos sociais.
A ONU nasceu com diversos objetivos, como a manutenção da paz e segurança
internacionais, assim, a proteção internacional dos direitos humanos estava incluída
entre eles.
Os direitos fundamentais podem ser modificados na Constituição (alterados por
emendas), mas não podem ser abolidos.

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A historicidade, como característica dos direitos fundamentais, proclama que seu
conteúdo se modifica e se desenvolve de acordo com o lugar e o tempo. Por isso, os
direitos fundamentais podem surgir e se transformar.
O catálogo de direitos fundamentais na CF inclui, além dos direitos e garantias
expressos em seu texto, outros que decorrem do regime e dos princípios por ela
adotados, ou de tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja
parte.
Princípio da alteridade: colocar-se na posição do outro para entendê-lo. Ideia de
empatia.
A Constituição Federal traz um rol não-exaustivo de direitos fundamentais, ou seja,
há outros direitos nela não previstos decorrentes dos princípios e tratados.
O Tratado de Marraqueche, para facilitar o acesso a obras publicadas às pessoas
cegas, com deficiência visual ou com outras dificuldades para ter acesso ao texto
impresso, firmado em Marraqueche, em 27 de junho de 2013, tem status de norma
constitucional no Direito Brasileiro.
Está na CF: “não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo
inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário
infiel”.
o Atenção: o Pacto de São José da Costa Rica, embora esteja abaixo da CF, não
permite a prisão do depositário infiel. Na prática, significa que a CF permite.

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Contudo, as leis que executariam a prisão do depositário infiel, por estarem
abaixo do Pacto de São José, não podem ser executadas. Logo, podemos
dizer que no Direito brasileiro não é possível a prisão do depositário infiel.
Vedação ao retrocesso: os direitos fundamentais devem ser ampliados, mas não
reduzidos (“efeito cliquet”).
Os direitos fundamentais não são absolutos, nem mesmo o direito à vida.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), que delineia os direitos
humanos básicos, foi adotada pela Organização das Nações Unidas em 10 de
dezembro de 1948. Foi esboçada principalmente pelo canadense John Peters
Humphrey, contando, também, com a ajuda de várias pessoas de todo o mundo.
DUDH:
o Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no
momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou
internacional. Também não será imposta pena mais forte do que aquela que,
no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.
o Toda pessoa, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar
asilo em outros países. Este direito não pode ser invocado em caso de
perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou
por atos contrários aos objetivos e princípios das Nações Unidas.
o Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e
a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário,
habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito
à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez, velhice

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ou outros casos de perda dos meios de subsistência fora de seu controle.

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6.INFORMÁTICA
Internet e intranet:

As intranets utilizam tecnologias da Internet para viabilizar a comunicação entre os


empregados de uma empresa, permitindo-lhes compartilhar informações e
trabalhar de forma colaborativa.
Uma intranet é uma aplicação do conjunto de transportes e de aplicação do
protocolo TCP/IP em uma rede privada.
A intranet utiliza os mesmos mecanismos da Internet, mas com acesso restrito a uma
organização.
Embora a Internet seja amplamente utilizada por milhões de usuários, ela não é
constituída, unicamente, por redes públicas.
Intranet: transmitido em rede privativa - pode ser por LANS e WANS.

Wan: Alcance mundial - porque um computador ligado a internet pode acessar a


intranet de qualquer lugar.

Lan: é rede local - até 100m.

TELNET: o protocolo Telnet é um protocolo standard de In-ternet que permite a


interface de terminais e de aplicações através da Internet. Este protocolo fornece as
regras básicas para permitir ligar um cliente (sistema composto de uma afixação e

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um teclado) a um intérprete de comando (do lado do servidor).O protocolo baseia-
se numa conexão TCP para enviar dados em for-mato ASCII codificado em 8 bits
entre os quais se intercalam sequências de controle para o Telnet. Fornece assim um
sistema orientado para a comunicação, bidireccional (half-duplex), codificado em 8
bits fácil de aplicar. Com essa conexão é possível o acesso remoto para qualquer
máquina ou equipamento que esteja sendo executado em modo servidor. O
protocolo Telnet é um protocolo de transferência de dados não seguro, o que quer
dizer que os dados que veicula circulam às claras na rede (de maneira não
codificada).

SSH: em informática o SSH (Secure Shell) é, ao mesmo tempo, um programa de


computador e um protocolo de rede que permitem a conexão com outro
computador na rede de forma a permitir execução de comandos de uma unidade
remota. Ele possui as mesmas funcionalidades do TELNET, com a vantagem da
criptografada na conexão entre o cliente e o servidor.

Extranet: é a parte de uma intranet que pode ser acessada pela Internet, ou seja, a
extranet fica disponível na Internet para interação com clientes e fornecedores de
uma organização, mas com acesso autorizado, controlado e restrito. Uma extranet
pode sim ser acessada por meio de smartphones.

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Proxy:
o Um servidor proxy é um "computador" que atua como intermediário entre
uma rede local e a Internet.
o Exemplo de uso: uma empresa que tenha um link internet em apenas um
computador, pode instalar um servidor proxy neste computador, e todos os
outros podem acessar a Internet através do proxy.
o É o termo utilizado para definir os intermediários entre o usuário e seu
servidor. E por isso desempenha a função de conexão do computador (local)
à rede externa (Internet).
o Os servidores proxy ajudam a melhorar o desempenho na Web armazenando
uma cópia das páginas da Web utilizadas com mais frequência. Quando um
navegador solicita uma página que está armazenada na coleção do servidor
proxy (o cache), ela é disponibilizada pelo servidor proxy, o que é mais rápido
do que acessar a Web.
o Os servidores proxy também ajudam a melhorar a segurança porque filtram
alguns tipos de conteúdo da Web e softwares mal-intencionados, mas não é
antivírus!

VPN:
VPN - É uma rede privada construída dentro da infraestrutura de uma rede pública,
como a internet, utilizando recursos de criptografia para garantir a integridade e a
confidencialidade dos dados trafegados.
Os principais objetivos na implantação de um VPN são:

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Disponibilizar acesso por meio de redes públicas, internet, a baixo custo;
Isolar uma rede distribuída contra interferência externa;
Proteger a privacidade e a integridade de mensagens atravessando redes não
confiáveis (públicas);
Manipular toda faixa de protocolos da internet correntemente em uso de
forma transparente.
As principais aplicações de VPNs são:
Acesso remoto a rede corporativa via internet;
Conexão de LANs via internet;
Criação de VPNs e dentro de uma intranet.
HTTP e HTTPS:
HTTP é a sigla em língua inglesa de HyperText Transfer Protocol (Protocolo de
Transferência de Hipertexto), um protocolo de Aplicação do Modelo OSI utilizado
para transferência de dados na rede mundial de computadores, a World Wide Web.
Também transfere dados de hiper-mídia (imagens, sons e textos).
HTTPS (HyperText Transfer Protocol Secure), é uma implementação do protocolo
HTTP sobre uma camada SSL ou do TLS, essa camada adicional permite que os dados
sejam transmitidos através de uma conexão criptografada e que se verifique a
autenticidade do servidor e do cliente através de certificados digitais.

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HTTPS – associar à Segurança

Segurança:
Rootkit:
o É um tipo de cavalo de troia.
o Rootkit é um software malicioso que permite o acesso a um computador
enquanto oculta a sua atividade. Originalmente o rootkit era uma coleção de
ferramentas que habilitavam acesso a nível de administrador para um
computador ou uma rede.
o Caso o antivírus detecte um rootkit, o malware pode tentar desativar a
proteção e deletar alguns componentes delicados da solução.
o A habilidade de se esconder permite que este tipo de malware permaneça
no sistema da vítima por meses ou até anos, possibilitando que hackers usem
o sistema para o que bem entender.
o O sistema operacional Linux/Unix tem relação com o início desse software.

Scareware:
o Scareware é um software malicioso que faz com que os usuários de
computadores acessem sites infestados por malware. Também conhecido
como software de engano, software de verificação desonesto ou fraudware,
o scareware pode vir na forma de caixas suspensas.
Spyware:
o É um tipo de malware. Consiste em um programa automático de computador

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que recolhe informações sobre o usuário, sobre os seus costumes na internet
e transmite essa informação a uma entidade externa na Internet, sem o
conhecimento e consentimento do usuário.

Koobface:
o O Koobface pode entrar no computador disfarçado de algo chamativo em
que o usuário deseja clicar. Por exemplo, ele pode publicar uma mensagem
oculta no mural do Facebook, como "Você foi visto na nossa câmera secreta",
para incentivar você a clicar em um link que baixa e instala o worm no
computador.
o Outra tática do Koobface é usar anúncios do tipo pay-per-click (pague por
clique) para gerar receita enquanto redireciona o tráfego para sites
falsificados, incluindo alguns que oferecem proteção antivírus falsa. Algumas
variações levam você ao YouTube ou a um site semelhante e dizem que, para
continuar, você precisa instalar uma nova versão do Adobe Flash ou de um
plug-in.
o Uma vez instalado no computador, o worm Koobface percorre o sistema
coletando informações pessoais, como dados de login ou bancários,
garimpando sua lista de contatos para conseguir mais alvos e criando
publicações falsas em seu nome. Depois disso, o worm transmite os dados

42
para um centro de comando e controle (C&C). À medida que mais
computadores são infectados, eles formam uma rede robô, conhecida como
botnet, que se reconecta ao mestre para obter atualizações de malware que
ajudam o vírus a contaminar outros sistemas.
Worm Warhol:
o É um worm de computador capaz de se replicar rapidamente e infectar um
grande número de computadores na Internet em apenas 15 minutos.
Adware:
o Adware é o nome que se dá a programas criados para exibir anúncios no
computador, redirecionar suas pesquisas para sites de anunciantes e coletar
seus dados para fins de marketing. Por exemplo, eles rastreiam o tipo de sites
que você costuma acessar para exibir anúncios personalizados.
Cavalo de troia:
o Cavalo de Troia é um tipo de malware que, frequentemente, está disfarçado
de software legítimo. Eles podem ser empregados por criminosos virtuais e
hackers para tentar obter acesso aos sistemas dos usuários. Em geral, os
usuários são enganados por alguma forma de engenharia social para carregar
e executar cavalos de Troia em seus sistemas. Uma vez ativados, os cavalos
de Troia permitem que os criminosos o espionem, roubem seus dados
confidenciais e obtenham acesso ao seu sistema pela porta de fundo. Essas
ações podem incluir:
Excluir dados
Bloquear dados
Modificar dados

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Copiar dados
Atrapalhar o desempenho de computadores e redes de
computadores
o Diferentemente dos vírus e worms, os cavalos de Troia não conseguem se
autorreplicar.
o Cavalo de troia backdoro: com um cavalo de Troia backdoor, usuários
maliciosos controlam remotamente o computador infectado. Com ele, o
autor consegue fazer o que quiser no computador infectado, como enviar,
receber, iniciar e excluir arquivos, exibir dados e reiniciar o computador. Os
cavalos de Troia backdoor costumam ser usados para reunir um conjunto de
computadores e formar uma botnet ou rede zumbi, que pode ser usada para
fins criminosos.
Phishing:
o Phishing é uma maneira desonesta que cibercriminosos usam para enganar
você a revelar informações pessoais, como senhas ou cartão de crédito, CPF
e número de contas bancárias. Eles fazem isso enviando e-mails falsos ou
direcionando você a websites falsos.
o Normalmente, o phishing ocorre por meio de spam (e-mails indesejados).
Antivírus – gerações:
o Primeira Geração: escaneadores simples;

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Os antivirus de primeira geração utilizam os recursos de verificação
com base em assinatura, ou seja, é como se fosse uma marca ou
impressão digital. Caso o código malicioso ou programa possuísse a
marca, o antivirus então barra o código. Entretanto, isso depende de
atualização constante e veloz dos antivirus para serem capazes de
capturarem os diversos códigos que surgem diariamente.
o Segunda Geração (vem sendo cobrado pelo CESPE): escaneadores
heurísticos;
Os antivírus modernos têm o princípio da heurística. A detecção
heurística permite ao antivírus identificar vírus que não constem do
seu banco de dados, através da análise do comportamento de um
arquivo ou programa (aplicativos que fazem uma varredura na
memória RAM, por exemplo, podem ser considerados suspeitos).
O banco de dados de proteção do seu antivírus é atualizado com
novas “assinaturas” ou código de vírus toda vez que você se conecta
a Internet. Porém, quando o antivírus “não conhece o vírus” (não
possui sua “assinatura”) ele parte para a análise do comportamento
do arquivo ou programa suspeito (verificação heurística) o que
aumenta a geração de Falsos Positivos.
o Terceira Geração: armadilhas de atividade;
o Quarta Geração: proteção total.
Firewall
o O firewall é um filtro de conexões que bloqueia ou libera o acesso pelas
portas TCP do computador. Os worms se propagam pelas conexões de rede

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usando portas desativadas ou abandonadas. Assim, o firewall impede a sua
propagação, sendo uma ferramenta preventiva.
o O firewall não é antispyware. Portanto, apesar de bloquear a propagação,
ele não elimina o worm. Para eliminar, deve-se usar um antispyware, como
o Windows Defender.
Computação na núvem:
O conceito de computação em nuvem (em inglês, cloud computing) refere-se à
utilização da memória e da capacidade de armazenamento e cálculo de
computadores e servidores Hospedados em Datacenter e interligados por meio da
Internet, seguindo o princípio da computação em grade.
No Cloud Computing, quem realiza as tarefas de armazenamento, atualização e
backup é o servidor (ou DATACENTER) e não o usuário.
Com a cloud computing, não há mais necessidade de instalar ou armazenar
aplicativos, arquivos e outros dados afins no computador ou em um servidor
próximo, dada a disponibilidade desse conteúdo na Internet.

Sistemas de buscas:
O Google é um metabuscador que utiliza palavras-chave para encontrar resultados
em todas as bases de dados disponíveis na Internet.

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Refinar as pesquisas:
o A Pesquisa Google geralmente ignora pontuações que não façam parte de
um operador de pesquisa.
o Não coloque espaços entre o termo de pesquisa e o símbolo ou palavra. Uma
pesquisa por site:globo.com funcionará, mas por site: globo.com não.
o Pesquisar em redes sociais @: Coloque antes de uma palavra para pesquisar
em redes sociais. Exemplo: @instagram.
o Pesquisar um preço $: Coloque o símbolo antes de um número. Exemplo:
celular $1200.
o Se quiser fazer a pesquisa dentro de um intervalo, utilize dois pontos (um ao
lado do outro ..). Exemplo: câmera $50..$200.
o Excluir palavras da pesquisa – : coloque o símbolo de menos antes da palavra
que deve ser excluída da pesquisa. Exemplo: velocidade do jaguar -carro.
o Pesquisar uma correspondência exata “ “: o que tiver dentro das aspas será
pesquisado junto. Exemplo: “planeta terra” – o sistema irá procurar a
expressão toda. O resultado da busca sem as aspas é diferente. Faça o teste
para entender.
o Combinar Pesquisa or: combina as pesquisas de dois termos. Exemplo: prf or
pf.
o Com este sinal * você procura palavras em uma mesma busca, porém não
necessariamente juntas (uma do lado da outra). Exemplo: planeta*terra.
o Para pesquisar em site específico: coloque “site” antes de um site ou
domínio. Exemplo: site:.gov.

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o Se quiser pesquisar por sites relacionados, use o termo “related:” antes do
endereço modelo. Exemplo: realated:quebrandoasbancas.com.
o Para ver a versão em cache do Google de um site, coloque “cache:” antes do
site.
o Para ver detalhes de um site, use “info:” antes do endereço do site.
Metadados:

Metadados ou Metainformação, são dados sobre outros dados. Um item de um


metadado pode dizer do que se trata aquele dado, geralmente uma informação
inteligível por um computador.
Os metadados facilitam o entendimento dos relacionamentos e a utilidade das
informações dos dados.
Protocolo OAI-PMH: é um mecanismo para transferência de dados entre bibliotecas
digitais. É uma interface que um servidor de rede pode empregar para que os
metadados de objetos residentes no servidor estejam disponíveis para aplicações
externas que desejem coletar esses dados.

Demais tópicos de informática serão inseridos na versão 2.0, após o edital.

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7.LÍNGUA PORTUGUESA
Emprego facultativo de vírgula:
o Quando a expressão adverbial for de curta extensão e vier no início da
frase, pode-se ou não a isolar com a vírgula: “Na PRF, trabalhamos de
forma intensa”.
o Com orações adverbiais: “irei a praia amanhã, se não chover”. Com
vírgula ou sem a oração estaria certa. Contudo, o uso da vírgula dá mais
ênfase.
o Depois de algumas conjunções: “Ele estudou muito para a prova da PRF
durante a madrugada. Conjunções: entretanto, portanto, todavia, por
isso.
Emprego facultativo de crase:
o Diante de nomes próprios femininos: entreguei a chave da viatura a
Paula.
o Diante de pronome possessivo feminino: cedi o fuzil a minha colega.
o Depois da preposição até: fui até a sede da PRF.
Haver:
o Haver com o sentido de existir ou ocorrer: verbo fica no singular. Ex.:
Havia dez candidatos.
o Quando “haver” admitir sujeito: eles haverão de entender isso em algum
dia
Onde: Indica lugar em que algo ou alguém está (localização), deve ser utilizado

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somente para substituir vocábulo que expressa a ideia de lugar. Ex.: Não sei onde
fica a sede da PRF.
Aonde: Expressa a ideia de destino, movimento, conforme exemplos a seguir:
Aonde você irá depois da formatura do curso de formação da PRF?
Esse: use “esse” e suas variações (nesse, nessa, essa) para retomar um tempo
que já foi mencionado. Exemplo: Turquinho foi o primeiro policial rodoviário
federal. Esse policial...
Conjunções coordenativas (extraídas do site: soportugues.com.br):
o Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de adição. São
elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também,
bem como, não só... mas ainda. Por exemplo: A sua pesquisa é clara e
objetiva. Ela não só dirigiu a pesquisa como também escreveu o relatório.
o Adversativas: ligam duas orações ou palavras, expressando ideia de
contraste ou compensação. São elas: mas, porém, contudo, todavia,
entretanto, no entanto, não obstante. Por exemplo: Tentei chegar mais
cedo, porém não consegui.
o Alternativas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância
ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. São elas: ou,
ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. Por
exemplo: Ou escolho agora, ou fico sem presente de aniversário.

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o Conclusivas: ligam a oração anterior a uma oração que expressa ideia de
conclusão ou consequência. São elas: logo, pois (depois do verbo),
portanto, por conseguinte, por isso, assim. Por exemplo: Marta estava
bem preparada para o teste, portanto não ficou nervosa.
o Explicativas: ligam a oração anterior a uma oração que a explica, que
justifica a ideia nela contida. São elas: que, porque, pois (antes do verbo),
porquanto. Por exemplo: Não demore, que o filme já vai começar.
o Atenção – CESPE gosta de cobrar em suas provas:
“e” pode ter sentido adversativo: Carlos fala, e não faz.
Senão é conjunção adversativa quando equivale a “mas assim”:
“Conseguimos vencer não por protecionismo, senão por
capacidade”.
Das conjunções adversativas, "mas" deve ser empregada sempre
no início da oração: as outras (porém, todavia, contudo, etc.)
podem vir no início ou no meio. Por exemplo:
• Ninguém respondeu a pergunta, mas os alunos sabiam a
resposta.
• Ninguém respondeu a pergunta; os alunos, porém, sabiam
a resposta.
A palavra "pois", quando é conjunção conclusiva, vem geralmente
após um ou mais termos da oração a que pertence. Por exemplo:
Você o provocou com essas palavras; não se queixe, pois, de seus
ataques.
o Quando é conjunção explicativa, "pois" vem, geralmente, após um verbo

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no imperativo e sempre no início da oração a que pertence. Por exemplo:
Não tenha receio, pois eu a protegerei.
Uso do travessão:
o Pode ser usado para indicar a fala de um personagem.
o Separar expressões ou frases explicativas.
o Para substituir o uso de parênteses, vírgulas e dois-pontos.

De encontro a x ao encontro de:


o De encontro a: tem significado de “contra”, “em oposição a”, “para
chocar-se com”. Ideia de discordância.
o Ao encontro de: é uma expressão usada para indicar concordância.
O “porque” junto é uma conjunção que indica causa, motivo, justificativa ou
explicação. Um exemplo: "Eu não fui porque estava estudando para a PRF".
Por quê: deve ser empregado somente no fim da oração, tendo o mesmo
significado de “por que”.

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8.TRÂNSITO
Será inserido após o edital.

9.GEOPOLÍTICA
Será inserido após o edital.

10. LÍNGUA ESTRANGEIRA


Será inserido após o edital.

11. LEGISLAÇÃO ESPECIAL


Será inserido após o edital.

12. TEMAS DE REDAÇÃO PROVÁVEIS PARA


A PROVA DA PRF
Será inserido após o edital.

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