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22 de Dezembro de 2023

Cabe Ação Rescisória no Juizado


Especial? STF diz que sim!
Descubra se cabe ação rescisória nos Juizados
Especiais (de acordo com o Tema 100 do STF) e como
isso pode impactar as demandas previdenciárias.
Publicado por Alessandra Strazzi há 3 dias

Resumo do artigo
Até pouco tempo atrás, não era possível entrar com a ação rescisória nos JECs e JEFs,
mas, recentemente, a situação mudou (ao menos em relação aos processos que
chegaram ao fim com decisões baseadas em norma ou interpretação de lei declarada
inconstitucional pelo STF). Neste artigo, comentamos a fundamentação legal envolvida
no assunto, explicamos qual era o entendimento anterior, o que foi decidido no Tema
100/STF, qual o limite temporal fixado na tese, como isso pode impactar as ações
previdenciárias e se cabe ação rescisória no Juizado Especial.
Descubra se cabe ação rescisória nos Juizados Especiais (de
acordo com o Tema 100 do STF) e como isso pode impactar as
demandas previdenciárias.

E se você gostar desse artigo, que tal me seguir aqui no Jus-

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nhas publicações

Sumário
1) Ação Rescisória no Juizado Especial: Mudança de
Entendimento

2) Tema 100 STF

2.1) Qual era a discussão?

2.2) Como o STF se posicionou?

2.3) Mas e a segurança jurídica?

3) Não é exatamente uma Ação Rescisória que cabe no Juizado


Especial...
4) Cabe Ação Rescisória no Juizado Especial?

4.1) Cabe Ação Rescisória no Juizado Especial Federal?

4.2) Cabe Ação Rescisória no Juizado Especial Cível?

5) Conclusão

Fontes

1) Ação Rescisória no Juizado Espe‐


cial: Mudança de Entendimento
❌ Até muito recentemente, não era possível entrar com a ação
rescisória no Juizado Especial, o que era um problema em
muitas situações, inclusive para o Direito Previdenciário. Afinal,
muitas causas dessa natureza são propostas no JEF.

Acontece que o STF acabou de julgar o Tema n. 100 e alterou


profundamente o entendimento sobre esse assunto, o que abre
muitas possibilidades.

Já temos um artigo completo sobre a ação rescisória previden-


ciária aqui no blog (aliás, se você ainda não viu, vale a pena
conferir).

🤓 Mas, como a decisão do Supremo Tribunal Federal pode im-


pactar bastante nossas causas (incluindo ações de Revisão da
Vida Toda), pensei que seria interessante escrever um outro
conteúdo exclusivo sobre o assunto!

Primeiro, quero mostrar o que ficou decidido no Tema n. 100


do STF e quais as consequências para a área previdenciária.
Depois, vou explicar porque isso não se trata exatamente de
uma ação rescisória, mas de algo bem parecido.

Na sequência, quero trazer respostas bem objetivas, com base


no julgamento do Tema 100 do STF, para duas perguntas: se

👩🏻‍⚖️👨🏻‍⚖️
cabe ação rescisória no Juizado Especial Federal e se
isso é possível também no Juizado Especial Cível.

Mas não adianta dominar o conteúdo jurídico se a gente não


conseguir traçar boas estratégias de marketing para prospectar
clientes, não é mesmo?

Só que com diferentes redes sociais, dificuldade de se expor,


falta de engajamento, normas da OAB…

O Marketing Jurídico ainda é um desafio para muitos


advogados.

Então, será que existe uma fórmula garantida para atrair clien-
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2) Tema 100 STF


⚖️ No dia 09/11/2023, o Supremo Tribunal Federal, julgou o
Tema n. 100 (RExt n. 586.068/PR) de relatoria da Ministra
Rosa Weber.

Confira a tese fixada:

“1) é possível aplicar o artigo 741, parágrafo único, do


CPC/73, atual art. 535, § 5º, do CPC/2015, aos feitos sub-
metidos ao procedimento sumaríssimo, desde que o trân-
sito em julgado da fase de conhecimento seja posterior a
27.8.2001;

2) é admissível a invocação como fundamento da inexigibi-


lidade de ser o título judicial fundado em ‘aplicação ou in-
terpretação tida como incompatível com a Constituição’
quando houver pronunciamento jurisdicional, contrário
ao decidido pelo Plenário do Supremo Tribunal Fede-
ral, seja no controle difuso, seja no controle concen-
trado de constitucionalidade;

3) o art. 59 da Lei 9.099/1995 não impede a desconsti-


tuição da coisa julgada quando o título executivo judi-
cial se amparar em contrariedade à interpretação ou
sentido da norma conferida pela Suprema Corte, ante-
rior ou posterior ao trânsito em julgado, admitindo, respec-
tivamente, o manejo (i) de impugnação ao cumprimento
de sentença ou (ii) de simples petição, a ser apresentada
em prazo equivalente ao da ação rescisória” (g.n.)

Na prática, essa decisão do STF pôs fim a uma discussão signifi-


cativa quanto ao cabimento da Ação Rescisória nos Juizados, in-
cluindo uma mudança de posicionamento que merece aten-
ção especial dos advogados.

🤗
Vou explicar em detalhes os principais pontos agora, de forma
separada, para facilitar o entendimento do assunto, ok?

2.1) Qual era a discussão?


A ação rescisória está prevista no no art. 966 e seguintes do
CPC, como uma forma de anular ou modificar uma decisão defi-
nitiva (já transitada em julgada), por uma série de motivos elen-
cados na norma.

Olha só:

“Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado,


pode ser rescindida quando:

I - se verificar que foi proferida por força de prevarica-


ção, concussão ou corrupção do juiz;
II - for proferida por juiz impedido ou por juízo absoluta-
mente incompetente;

III - resultar de dolo ou coação da parte vencedora em


detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou co-
lusão entre as partes, a fim de fraudar a lei;

IV - ofender a coisa julgada;

V - violar manifestamente norma jurídica;

VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apu-


rada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na
própria ação rescisória;

VII - obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em


julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não
pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronuncia-
mento favorável;

VIII - for fundada em erro de fato verificável do exame


dos autos.” (g.n.)

🧐 Acontece que nem a Lei dos Juizados Especiais Estaduais e


nem a dos Federais (Lei n. 9.099/1995 e Lei n. 10.259/2001)
têm uma determinação semelhante.

Para piorar um pouco a situação, o art. 59 da Lei n.


9.099/1995 proíbe expressamente a ação rescisória em
causas sujeitas ao procedimento dos Juizados…

Então, com base nisso, o entendimento anterior era o de que


não seria possível a rescisória no rito sumaríssimo em ne-


nhuma hipótese, o que fazia as ações nos JEFs e JECs se estabi-
lizarem definitivamente com a coisa julgada.
Mas muitos defendiam que era sim possível anular decisões de-
finitivas nos Juizados em algumas situações. Inclusive quando a
posição fosse contrária ao entendimento de norma ou interpre-
tação constitucional pelo Supremo Tribunal Federal.

📜 É que o art. 966, inciso V do CPC, diz que cabe a ação


rescisória quando a decisão violar manifestamente a norma jurí-
dica. E o art. 535, § 5º do mesmo código diz que:

“Art. 535 § 5º Para efeito do disposto no inciso III do caput


deste artigo, considera-se também inexigível a obrigação
reconhecida em título executivo judicial fundado em lei
ou ato normativo considerado inconstitucional pelo
Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou
interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Su-
premo Tribunal Federal como incompatível com a
Constituição Federal, em controle de constitucionalidade
concentrado ou difuso.” (g.n.)

A redação do art. 741, parágrafo único, do CPC de 1973 era


muito parecida, o que também garantia a consideração de inexi-
gibilidade de uma decisão judicial fundamentada em lei ou ato
normativo declarado inconstitucional pelo STF. Ou contrário a
sua interpretação.

👩🏻‍⚖️👨🏻‍⚖️
Portanto, existia significativa discussão sobre a possibili-
dade ou não de anulação de decisão definitiva no âmbito dos
Juizados. Isso chegou até os Tribunais Superiores e levou ao jul-
gamento no Tema n. 100 do STF.

2.2) Como o STF se posicionou?


Se antes a posição que prevalecia era a de que não seria possível
anular decisão que transitou em julgado no JEF/JEC, agora a si-
tuação mudou!
Isso ao menos em relação a processos que chegaram ao final em
decisões com base em norma ou interpretação de lei declarada
inconstitucional pelo STF.

Afinal, para o Supremo Tribunal Federal, é aplicável também


aos Juizados o art. 535, § 5º do CPC (antigo art. 741, parágrafo
único do CPC-1973), o que permite a rescisão.

Mas, existe um limite temporal para isso: só causas em que o


trânsito em julgado da fase de conhecimento tenha sido de-
pois de 27/08/2001 podem aplicar as teses do tema n. 100
STF.

Além disso, o plenário do Supremo entendeu que, mesmo com a


redação do art. 59 da Lei n. 9.099/1995 (que veda a ação
rescisória nos Juizados), é possível uma das partes envolvidas
buscar a anulação com base na declaração de
inconstitucionalidade.

👉🏻 Aliás, o Tema n. 100 ainda trouxe mais de um caminho


para a rescisão nesses casos de título executivo contrário à in-
terpretação do STF, que pode ser feita:

I) Por meio de impugnação ao cumprimento de sentença;

II) Por petição simples, desde que apresentada no prazo da


ação rescisória, de 2 anos após o trânsito em julgado.

Outro detalhe interessante é que as teses fixadas permitem essa


anulação nos casos de decisão de inconstitucionalidade do Su-
premo anterior ou posterior ao trânsito em julgado do processo
que se busca rescindir.
2.3) Mas e a segurança jurídica?
Apesar de alguns poderem pensar que a possibilidade de anular
decisão definitiva ofende a segurança jurídica, não foi esse o en-
tendimento do STF.

🧐 Aliás, o Ministro Relator do acórdão, Gilmar Mendes, cons-


tou no voto que, apesar das decisões judiciais transitadas em
julgado terem proteção da Constituição, elas não podem consti-
tuir um direito absoluto.

Isso levou ao entendimento de que, se a decisão definitiva for


conflitante com a aplicação ou interpretação de norma que con-
flita em relação à posição de constitucionalidade do STF, é pos-
sível a rescisão!

Nesses casos, entendeu o Supremo que o princípio da coisa jul-


gada é afastado em nome da correta aplicação da norma/ato
com base na Constituição Federal.

🤔 “Alê, essa decisão ajuda alguma coisa no Direito


Previdenciário?”

Muito! São vários processos que envolvem os benefícios dos se-


gurados correndo nos Juizados. Desde auxílios e aposentadorias
por incapacidade, até pensões por morte são decididos por esse
procedimento.

🤗
Mas, principalmente, muitas aposentadorias e revisões são
julgadas nos JEFs!

Isso poderia ser um grande problema, até para a aplicação da


Revisão da Vida Toda em situações que demandam a
anulação/rescisão de uma decisão já transitada em julgado nos
Juizados.
Agora, com a tese fixada no Tema n. 100 do STF, isso fica mais
tranquilo de ser feito e livra a gente de várias dores de cabeça.

E por falar em facilitar a rotina dos advogados, vou aproveitar


para passar uma dica de artigo que publiquei recentemente so-
bre a prospecção de clientes na advocacia!

Nele, compartilhei 5 passos para você fazer isso de forma ética,


além de dar sugestões de plataformas virtuais para marcar

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presença e expandir os pontos de contato com potenciais clien-
tes.

Como muitos advogados têm dúvidas sobre o que é permitido


ou não pela OAB, quais caminhos podem ser interessantes na
prospecção na internet, entre outras questões, fiz questão de co-
mentar os principais pontos sobre o tema.

Não deixe de conferir depois, porque o artigo está bem completo


e pode lhe ajudar bastante nessa tarefa!

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tigo publicado.

3) Não é exatamente uma Ação Resci‐


sória que cabe no Juizado Especial...
Por mais que as teses do Tema n. 100 do STF permitam anu-
lar uma decisão definitiva baseada em interpretação ou norma
declarada inconstitucional pelo Supremo, isso não significa
que a ação rescisória cabe no Juizado Especial.

“Ué Alê, como assim?”


🤓 É que a decisão do Supremo não permitiu exatamente a
ação rescisória no Juizado Especial. O que o Tema n. 100
fez foi permitir a desconstituição da coisa julgada nos
JEFs/JECs, por meio de impugnação ao cumprimento de
sentença ou simples petição.

Acontece que além da ideia ser a mesma, o prazo também foi


“emprestado” da rescisória, conforme a parte final do ponto 3 da
tese de repercussão geral fixada:

“3) O artigo 59 da Lei 9.099/1995 não impede a des-


constituição da coisa julgada quando o título executivo ju-
dicial se amparar em contrariedade à interpretação ou
sentido da norma conferida pela Suprema Corte, ante-
rior ou posterior ao trânsito em julgado, admitindo, respecti-
vamente, o manejo (i) de impugnação ao cumprimento de
sentença ou (ii) de simples petição, a ser apresentada
em prazo equivalente ao da ação rescisória.” (g.n.)

Apesar de não ser uma rescisória, isso significa que o resultado


final não deixa de ser idêntico ao dela, ou seja: a desconstituição
ou anulação de uma decisão com trânsito em julgado. Mas o ca-
minho para isso é um tanto quanto diferente.

Então, por mais que, na prática, o resultado seja o mesmo, não

🧐
dá para dizer que o Tema n. 100 do STJ permite exatamente
uma ação rescisória no Juizado Especial.

Se trata de alcançar o mesmo objetivo com outras ferramentas,


que podem ser uma impugnação ao cumprimento de sentença
ou petição simples.
4) Cabe Ação Rescisória no Juizado
Especial?
Como o julgamento do Tema n. 100 do STF é essencialmente
uma matéria de processo civil e o assunto de fato é um tanto
quanto complexo, é interessante voltar na pergunta: será que,
no final das contas, cabe ação rescisória no Juizado
Especial?

Para reforçar e facilitar a fixação do que foi decidido pelo Su-


premo, além de destacar as suas possíveis consequências, vou
responder rapidinho aqui embaixo duas perguntas-chave.

4.1) Cabe Ação Rescisória no Juizado Espe‐


cial Federal?
Com base no Tema n. 100 do STF é importante dizer que é pos-
sível desconstituir a coisa julgada nos Juizados. Por isso, em te-
oria, cabe ação rescisória no Juizado Especial Federal
em relação ao objetivo de anular/questionar decisão com trân-
sito em julgado!

⚠️ Mas isso não é alcançado por meio da rescisória “tradicio-


nal” prevista no art. 966 do CPC….

“Ué, Alê, como assim?”

🤓 Na verdade, como eu disse no tópico 3, o que o Supremo de-


cidiu no Tema n. 100 permite às partes envolvidas em ações que
tramitaram no âmbito dos Juizados desconstituir a coisa
julgada.

Acontece que o meio utilizado para que isso aconteça não é


exatamente a ação rescisória.
Você pode usar tanto uma impugnação ao cumprimento de
sentença (se essa medida ainda for possível) ou uma simples
petição. Desde que respeitado, é claro, o prazo de 2 anos fixa-
dos no art. 975 do CPC:

“Art. 975. O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos


contados do trânsito em julgado da última decisão
proferida no processo.” (g.n.)

É relevante também reforçar que apesar da decisão do STF não


mencionar especificamente o Juizado Especial Federal, ela fala

😉
em “feitos submetidos ao procedimento sumaríssimo”. Então
vale para o JEC também, ok?

4.2) Cabe Ação Rescisória no Juizado Espe‐


cial Cível?
Esclarecida a aplicação da tese no JEF, será que também cabe
ação rescisória no Juizado Especial Cível (a nível esta-
dual)? A resposta é basicamente a mesma da pergunta no tópico
anterior.

📜 Aliás, o STF citou nominalmente na tese que o art. 59 da


Lei n. 9.099/1995, justamente a lei do JEC/JECRIM, não
impede a rescisão da decisão definitiva se o título execu-
tivo for contrário à interpretação ou sentido da norma, con-
forme a posição do Supremo.

O terceiro ponto das teses fixadas, que você pode conferir na ín-
tegra nos tópicos 2 e 3, traz essa determinação!

👩🏻‍⚖️👨🏻‍⚖️ Então, também no Juizado Especial Cível, cabe o questio-


namento e a anulação da coisa julgada se ela for fundamentada
em posição contrária ao que já julgou o STF.
Nunca é demais lembrar que isso não significa que essa
anulação/desconstituição da decisão definitiva é feita exata-
mente por meio da ação rescisória.

São outras medidas (impugnação ao cumprimento de sentença


ou petição simples), com o mesmo objetivo e as mesmas con-

🗓️
sequências da rescisória, além de também ser necessário respei-
tar o prazo de 2 anos.

Além disso, o art. 59 da Lei n. 9.099/1995 continua em vigor


e expressamente diz que não se admitirá ação rescisória nas
causas sujeitas ao procedimento dos Juizados.

Portanto, se for feita uma análise seguindo apenas o que está


nessa norma, não é possível esse caminho nos JEFs/JECs.

Mas, como o Tema n. 100 do STF decidiu no sentido contrário,

🧐
podemos dizer que cabe atingir o objetivo da ação rescisória no
Juizado Especial. Isso, ainda que seja feito por outros meios.

Ah! Antes de concluir, quero deixar para você mais uma dica
muito valiosa, principalmente para quem tem muitos clientes
que estavam quase se aposentando quando veio a EC n.
103/2019.

A Reforma da Previdência acabou deixando muita gente mais


longe da sonhada aposentadoria, porque nem todos cumpriam
os requisitos e tinham o direito adquirido.

⚖️ Buscando evitar deixar esses segurados desamparados, exis-


tem as chamadas regras de transição, com exigências para
quem estava próximo de cumprir as exigências.
Acontece que são muitas previsões e requisitos nesses casos, o
que acaba trazendo uma complicação maior em relação a esse
assunto.

Então, para lhe ajudar, acabei de publicar um artigo completo


explicando em detalhes como calcular o pedágio para apo-
sentadoria e compartilhando uma calculadora previden-
ciária gratuita, para você usar no seu escritório.

Depois dá uma conferida e me conta o que achou nos comentá-

🤗
rios, ok? Aposto que vai lhe ajudar nas suas análises previden-
ciárias!

5) Conclusão
A questão da possibilidade de entrar com Ação Rescisória no
Juizado Especial sempre foi bastante discutida e causava muita
divergência. Como a Lei n. 9.099/1995 veda expressamente a
medida, o entendimento anterior era de que isso não seria
possível.

🤓 Mas, no artigo de hoje, expliquei para você que o STF julgou


no Tema n. 100 no sentido de que decisões de Juizados que
conflitem com o entendimento do Supremo podem ser
anuladas.

Na prática, significa que é possível a desconstituição da coisa


julgada no rito sumaríssimo.

Também mostrei que isso não é exatamente uma ação res-


cisória, já que a forma de pedir a anulação de decisão definitiva
no JEF/JEC é diferente. Pode ser por meio de uma impugna-
ção ao cumprimento de sentença ou de simples petição.
🧐 Ainda contei que, com essa decisão do Supremo e as teses fi-
xadas, cabe a ação rescisória no Juizado Especial Federal ou
Cível. Isso, ao menos em relação aos objetivos e as consequên-
cias, que é, em última instância, desconstituir a coisa
julgada.

Afinal, como comentei ao longo do artigo, apesar da maneira de


alcançar esse resultado ser diferente, o objetivo final é o mesmo.

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Fontes
Veja as fontes utilizadas na elaboração deste artigo na publica-
ção original no blog: Ação Rescisória no Juizado Especial: A
Surpreendente Alteração de Entendimento no STF

Disponível em: https://www.jusbrasil.com.br/artigos/cabe-acao-rescisoria-no-juizado-especial-


stf-diz-que-sim/2106219690

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