Você está na página 1de 30

DPC III

 Aulas híbridas: síncronas e assíncronas


 Atividades semanais, saber se acessamos os materiais
 Matéria: Procedimento nos tribunais - Recursos
 Súmula: resumo da jurisprudência daquele tribunal, é um entendimento sobre
determinado assunto
 Precedente: uma decisão é utilizada para fundamentar outra.
 Jurisprudência: conjunto de decisões judiciais de matérias no mesmo sentido.
 RE e RESP repetitivos são vinculantes- STJ (repercussão geral-antes de 2004
não havia esse requisito, na prática passou a ser exigida somente em 2007, mas
ainda temos RE sem repercussão geral)
 Padrão decisório: expressão contida no art. 966, § 5. Alexandre Câmara
defende o uso da expressão padrão decisório para as hipóteses do art. 927, pois
nem todas as hipóteses ali contidas são precedentes. Súmula não é precedente,
mas é padrão decisório contemplado no art. 927; portanto, súmula é padrão
decisório vinculante. Não seria adequado afirmar que as súmulas do STJ são
precedentes vinculantes, melhor falar que as súmulas do STJ são padrões
decisórios vinculantes.
 Precedente qualificado: expressão prevista no art. 121-A do RISTJ, referente
às hipóteses do art. 927. Expressão que se identifica com precedente vinculante
ou obrigatório.
 Ratio decidendi (chamada de holding nos EUA): fundamento determinante
para o estabelecimento do precedente, que faz parte do núcleo da
fundamentação do precedente. Previsão no art. 489, § 1, V, como fundamentos
determinantes.
 Obiter dictum (plural: obiter dicta): fundamento lateral, secundário, para o
estabelecimento do precedente, não faz parte do núcleo da fundamentação do
precedente.
 Stare decisis: expressão resumida de "stare decisis et non quieta movere", ou
seja, respeitar as coisas estabelecidas e não mexer no que está decidido. No
common law, a doutrina do stare decisis revela a força vinculante dos
precedentes.
 Binding precedent: precedente vinculante ou obrigatório. Os precedentes do
art. 927 são vinculantes.
 Persuasive precedent: precedente persuasivo. A orientação do órgão especial
do TJRJ (art. 927, V) é precedente vinculante para o TJRJ e para os juízes
estaduais do estado. Para o TJSP ou para os juízes estaduais de SP, a orientação
do órgão especial do TJRJ não é precedente vinculante, mas meramente
persuasivo.
 Distinguishing: método que permite afastar-se a aplicação de precedente
vinculante por meio da demonstração de distinção entre a hipótese prevista no
precedente e o caso concreto. Previsão no art. 489, § 1, VI.
 Overruling: método que permite afastar-se a aplicação do precedente
vinculante por meio de demonstração de superação do precedente. A superação
pode ocorrer por alteração legislativa ou mudança social. Previsão no art. 489,
§ 1, VI.
 Overriding: método pelo qual reduz-se o campo de aplicação do precedente,
uma espécie de revogação parcial, ao contrário do overruling, que significa
revogação total do precedente.
 Reversal: overruling efetuado por corte superior em relação a precedente
firmado por corte inferior.
 Signaling: tribunal sinaliza em determinado julgamento que poderá no futuro
superar (total ou parcialmente) seu precedente.
 Antecipatory overruling: tribunais inferiores ou juízes antecipam uma
provável revogação do precedente pelo tribunal que o estabeleceu. O STF, por
exemplo, pode ter sinalizado em determinado julgamento que revogará certo
precedente vinculante. O TJRJ, assim, poderá num caso concreto deixar de
aplicar o precedente do STF, em antecipação à sua provável revogação. Na
hipótese de lei posterior que conflita com o precedente, nada impede que os
juízes e tribunais inferiores não apliquem o precedente do STF por superação.
No caso de superação advinda de mudança social caberá ao STF assim
estabelecer, e não aos juízes e tribunais inferiores. Contudo, se o STF sinalizar
que o precedente perdeu o sentido por meio de evolução social, caberia aos
juízos inferiores aplicar o antecipatory overruling.
 Transformation: nada mais é do que uma superação do precedente, mas o
tribunal não afirma expressamente que o precedente foi superado. O precedente
continua em vigor mas no caso concreto deixou de ser aplicado. Deve-se evitar
a transformation e no seu lugar simplesmente aplicar o overruling.

DISPOSIÇÕES LEGAIS: Artigos 936/927 CPC

926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-la


estável, íntegra e coerente.

§ 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no


regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula
correspondentes a sua jurisprudência dominante.

§ 2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às


circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.
(STARE DECISIS HORIZONTAL: O respeito que as próprias cortes
devem ter em relação a seus precedentes)

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:

I - As decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado


de constitucionalidade;

II - Os enunciados de súmula vinculante;

III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de


resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos
extraordinário e especial repetitivos;

IV - Os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em


matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria
infraconstitucional;

V - A orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem


vinculados.

§ 1º Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e no art.


489, § 1º, quando decidirem com fundamento neste artigo.

§ 2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de súmula ou


em julgamento de casos repetitivos poderá ser precedida de audiências
públicas e da participação de pessoas, órgãos ou entidades que
possam contribuir para a rediscussão da tese.

§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do Supremo


Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela oriunda de
julgamento de casos repetitivos, pode haver modulação dos efeitos da
alteração no interesse social e no da segurança jurídica.

§ 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência


pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos repetitivos
observará a necessidade de fundamentação adequada e específica,
considerando os princípios da segurança jurídica, da proteção da
confiança e da isonomia.

§ 5º Os tribunais darão publicidade a seus precedentes, organizando-os


por questão jurídica decidida e divulgando-os, preferencialmente, na
rede mundial de computadores.

(STARE DECISIS VERTICAL: necessidade que o poder judiciário seja


visto como uma unidade (respeito aos precedentes e a jurisprudência
vinculantes das Cortes e que se encontram submetidos os órgãos
jurisdicionais)

 Todo precedente judicial é formado pelas circunstancias dos fatos e da


tese jurídica (Ratio decidente = é o precedente, propriamente dito)

Conteúdo do precedente – duas normas

 Norma de caráter geral: o magistrado interpreta e compreende os fatos da


causa e sua conformidade com o Direito
 Norma de caráter individual: decisão a situação específica posta para
análise
 Exemplo:
- Ação monitória baseada em cheque prescrito; Art. 700, CPC e Súmula
299, STJ; (É ADMISSÍVEL A AÇÃO MONITÓRIA FUNDADA EM CHEQUE
PRESCRITO.)
- Ratio decidendi: cheque prescrito se enquadra no conceito de “prova
escrita”;
- É com base nessa fundamentação que o juiz concluíra a questão posta;

TEORIA GERAL DOS RECURSOS

FINALIDADE: Reformar decisões judiciais, corrigindo vícios, invalidar


decisões judiciais, esclarecer determinados pontos de uma decisão judicial, e
integrar a decisão judicial.

Interposição: dois juízos serão feitos na interposição na análise dos recursos:

- Prévio de admissibilidade
- Final de mérito
1) O juízo primeiramente analisa se o recurso é cabível ou não de acordo com a
legislação.

2)Vai analisar se a parte recorrente possui interesse e legitimidade para recorrer,


A PARTE DEVE TER SIDO SUCUMBENTE (ao todo ou em parte)

3) Tempestividade, analisar se o recurso foi interposto no prazo previsto na


legislação

4) Analisar se existe ou não existe fato impeditivo do direito de recorrer (parte


cumpriu com a sentença)

5) Se houve o preparo do recurso, se foram pagas as custas judiciais para aquele


recurso.

 Se o recurso foi recebido, a parte passou pelo juízo prévio e depois passa-
se ao juízo de mérito

O que pode ser questionado no juízo de mérito?

- ERROS INJUDICIANDO: o juiz decidiu mal uma determinada


questão, há um vício no CONTEÚDO. A forma da decisão está perfeita,
há a reforma da decisão;
- ERROS IMPROCEDENDO: há um vício formal na decisão, na decisão
há requisitos formais. Se ele for admitido, vai levar a invalidação da
decisão judicial.

PRINCÍPIOS QUE REGEM OS RECURSOS:

PRINCIPIO DA CORRESPONDENCIA: deve haver uma correspondência


entre o recurso que quero recorrer, para cada tipo de decisão há um tipo de
recursos.

PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE: os recursos vão ser fixados na legislação


federal

PRINCÍPIO DA UNIDADE: vai caber um recurso de cada vez para cada


decisão judicial.

PRINCIPIO DA FUNGIBILIDADE: possibilidade de ate embora seja


admitida um recurso pode ser admitido outro recurso. Temos duas regras: não
pode haver má-fé da parte, não pode haver um erro grosseiro, tem que ser
desculpável

PRINCÍPIO DA PROIBIÇÃO DA ROFORMATIO IMPEGIO: não posso


reformar uma decisão em desfavor do recorrente, não posso prejudicar aquele
que recorreu

PRINCÍPIO DO DUPLO GRAU DE JURISIDIÇÃO: a pessoa tem sempre o


direito de buscar um segundo grau para análise daquela questão.

EFEITOS DAS PROPROSITURAS DOS RECURSOS:

TRES EFEITOS:

OBSTAR A PRECLUSÃO DA COISA JULGADA: a interposição de


qualquer recurso obsta a preclusão temporal e o trânsito em julgado
da decisão, sendo este somente verificado com o julgamento
definitivo do recurso. Então, conclui-se que, durante o
processamento até o julgamento definitivo do recurso, não há que
se falar em preclusão temporal, sendo por consequência afastado o
trânsito em julgado e a coisa julgada material, extraindo assim o
chamado efeito obstativo do recurso.

EFEITOS SUSPENSIVOS: Consiste na paralisação da produção de


efeitos da decisão recorrida na pendência do recurso. Tem o efeito
de congelar, paralisar a decisão de 1° grau quanto aos seus efeitos. É
como se aquela decisão nem mesmo tivesse sido proferida. Isto
significa que, se o recurso não for recebido no efeito suspensivo, a
decisão terá aptidão para produzir efeitos desde logo, desde que o
vencedor requeira a chamada "Execução Provisória"/"Cumprimento
Provisório de Sentença", que consiste numa execução antecipada
(antes do trânsito em julgado), uma vez que a provisoriedade se
funda não na execução, mas sim, no título (sentença) que ainda é
provisório, uma vez que o a sentença só será definitiva após o
trânsito em julgado da decisão. Ou seja, somente caberá a Execução
Provisória se não houver o efeito suspensivo.

LITISPENDÊNCIA RECURSAL: Efeito presente em todos os


recursos e também é simples: interposto um recurso, a lide
(pretensão recursal, isto é, a matéria impugnada e de ordem
pública) continuará pendente de julgamento em grau recursal.

ARTIGO 998 - POSSIBILIDADE DE DISTENCIA RECURSAL:

Art. 998. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do


recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.

Parágrafo único. A desistência do recurso não impede a análise de


questão cuja repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquele
objeto de julgamento de recursos extraordinários ou especiais
repetitivos. (ato posterior ao recurso)

ARTIGO 999, TRATA DA RENÚNCIA DO RECURSO

Art. 999. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da


outra parte. (ato anterior ao recurso)

ARTIGO 1.000,

Art. 1.000. A parte que aceitar expressa ou tacitamente a decisão não


poderá recorrer.

Parágrafo único. Considera-se aceitação tácita a prática, sem nenhuma


reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer.

APELAÇÃO

Artigo 1009

Art. 1.009. Da sentença cabe apelação.

§ 1º As questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a


seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas
pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação,
eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões.
§ 2º Se as questões referidas no § 1º forem suscitadas em
contrarrazões, o recorrente será intimado para, em 15 (quinze) dias,
manifestar-se a respeito delas. (contrarrazões das contrarrazões)

§ 3º O disposto no caput deste artigo aplica-se mesmo quando as


questões mencionadas no art. 1.015 integrarem capítulo da sentença.

Finalidade: impugnar todas as questões que não caberem no agravo de


instrumento. É buscar a reforma ou anulação da sentença de primeira
instancia.

 Os despachos são irrecorríveis, somente dão andamento ao processo.


 Durante processo possuem decisões interlocutórios e sentenças (põe fim
no processo)

Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro
prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da
ordem jurídica.

Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a


decisão sobre a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir
direito de que se afirme titular ou que possa discutir em juízo como
substituto processual.

 Qualquer sentença cabe APELAÇÃO.


 A apelação combate SENTENÇA e DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
NÃO AGRAVÁVEL (é tudo o que não é sentença, mas tem conteúdo
decisório)

Finalidade: é impugnar todas as questões que que foram decididas ao longo do


procedimento que não cabe agravo de instrumento.

Legitimidade: é uma das questões são analisados no juízo de admissibilidade.


Quem tem legitimidade:

Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo
terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou
como fiscal da ordem jurídica.
Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a
possibilidade de a decisão sobre a relação jurídica submetida à
apreciação judicial atingir direito de que se afirme titular ou que
possa discutir em juízo como substituto processual. (aquele
que for de alguma forma sucumbente naquela relação)

Qual conteúdo pode ser impugnado?

Com relação à modificação da sentença recorrida, existem duas


possibilidades: (i) reforma da sentença quando se percebe a
existência de erro do magistrado na análise da lide (“error in
iudicando”) ou (ii) anulação da sentença quando notada a existência
de erro na estrutura da decisão (“error in procedendo”).

Apelação adesiva:

 A parte não queria recorrer, mas ao saber que a outra parte resolveu
apelar, faz a apelação adesiva
 Quando se tem a apelação adesiva ela fica subordinada pela apelação
principal.

§ 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso


independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste
quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no
tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o
seguinte:

I - Será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente


fora interposto, no prazo de que a parte dispõe para responder;

II - Será admissível na apelação, no recurso extraordinário e no


recurso especial;

III - não será conhecido, se houver desistência do recurso


principal ou se for ele considerado inadmissível.
Impedição:

 Observar os prazos processuais


 O prazo da apelação é de 15 dias contados da data da ciência da sentença,
que é partir da publicação no diário oficial.
 A partir da interposição da APELAÇÃO com as razões a outra parte é
intimada a apresentar as suas CONTRARAZÕES, o apelado tem 15 dias
para apresentar as contrarrazões.

A apelação vai de remessa mediante sorteio para um desembargador, ele poderá


proferir uma DECISÃO MONOCRÁTICA (ele pode decidir sozinho sem
submeter aos demias desembargadores)

 O JUIZ da primeira instancia pode se retratar da SENTENÇA

§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5


(cinco) dias.

 Enquanto houver recurso interposto sendo analisado não haverá coisa


julgada não haverá precluso
 Efeito suspensivo:

Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.

§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a


produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a
sentença que: (exceções)

I - homologa divisão ou demarcação de terras;

II - condena a pagar alimentos;

III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes


os embargos do executado;

IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;


V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;

VI - decreta a interdição.

§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido


de cumprimento provisório depois de publicada a sentença.

§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas


hipóteses do § 1º poderá ser formulado por requerimento
dirigido ao:

I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da


apelação e sua distribuição, ficando o relator designado para
seu exame prevento para julgá-la; (quem é o julgador
competente)

II - relator, se já distribuída a apelação.

§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser


suspensa pelo relator se o apelante demonstrar a
probabilidade de provimento do recurso ou se, sendo relevante
a fundamentação, houver risco de dano grave ou de difícil
reparação.

EFEITO DEVOLUTIVO:

Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da


matéria impugnada.

EFEITO TRANSLATIVO:

§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo


tribunal todas as questões suscitadas e discutidas no
processo, ainda que não tenham sido solucionadas, desde que
relativas ao capítulo impugnado.

§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um


fundamento e o juiz acolher apenas um deles, a apelação
devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais. (existencia
de mais de um fundamento)

JULGAMENTO IMEDIATO DO MÉRITO:

§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato


julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:

I - Reformar sentença fundada no art. 485;

II - Decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente


com os limites do pedido ou da causa de pedir;

III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos,


hipótese em que poderá julgá-lo;

IV - Decretar a nulidade de sentença por falta de


fundamentação.

§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência


ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito,
examinando as demais questões, sem determinar o retorno do
processo ao juízo de primeiro grau.

§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a


tutela provisória é impugnável na apelação.

CASOS ONDE VAI TRAZER UM FATO NOVO PARA O


PROCESSO:
Art. 1.014. As questões de fato não propostas no juízo inferior
poderão ser suscitadas na apelação, se a parte provar que
deixou de fazê-lo por motivo de força maior. (Via de regra tem
que ser trago no processo, essa é a exceção)

AGRAVO DE INSTRUMENTO
ARTIGO 1.015 HIPÓTESES DE CABIMENTO:

Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões


interlocutórias que versarem sobre:

I - Tutelas provisórias; (levar imediatamente a discussão)

II - Mérito do processo; (decisões que envolvam o mérito do


processo, nos casos em que o juiz verifica a possibilidade de
decisão parcial do mérito)

III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem;

IV - Incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

V - Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento


do pedido de sua revogação;

VI - Exibição ou posse de documento ou coisa;

VII - exclusão de litisconsorte;

VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio;

IX - Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros;

X - Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo


aos embargos à execução;
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, §
1º;

XII - (VETADO);

XIII - outros casos expressamente referidos em lei.

Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento


contra decisões interlocutórias proferidas na fase de
liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no
processo de execução e no processo de inventário.

Prazo: mesmo da apelação (15 dias)

Art. 1.016. O agravo de instrumento será dirigido diretamente


ao tribunal competente, por meio de petição com os seguintes
requisitos:

I - Os nomes das partes;

II - A exposição do fato e do direito;

III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da


decisão e o próprio pedido;

IV - O nome e o endereço completo dos advogados constantes


do processo.

 O Agravo de Instrumento será remetido ao tribunal de 2° grau que é


o competente para análise desse recurso. (Vai direto, pois é mais
urgente)

É necessário que a parte forme um instrumento com os documentos mais


importantes do processo para o tribunal analisar aquela questão na segunda
instância.
Art. 1.017. A petição de agravo de instrumento será instruída:

I - obrigatoriamente, com cópias da petição inicial, da


contestação, da petição que ensejou a decisão agravada, da
própria decisão agravada, da certidão da respectiva intimação
ou outro documento oficial que comprove a tempestividade e
das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do
agravado (para intimação da outra parte para ela apresentar as
contrarrazões);

II - Com declaração de inexistência de qualquer dos


documentos referidos no inciso I, feita pelo advogado do
agravante, sob pena de sua responsabilidade pessoal; (exige
que afirme verdadeiramente nos autos do processo, se faltar
algum desses documentos obrigatórios precisa declarar que
esse documento não existe)

III - facultativamente, com outras peças que o agravante


reputar úteis. (essas não são obrigatórias)

§ 1º Acompanhará a petição o comprovante do pagamento


das respectivas custas e do porte de retorno, quando devidos,
conforme tabela publicada pelos tribunais. (se não for
beneficiado da Justiça Gratuita, cada tribunal tem o valor para
recurso)

§ 2º No prazo do recurso, o agravo será interposto por:

I - protocolo realizado diretamente no tribunal competente para


julgá-lo; (que local vou protocolar meu recurso)

II - protocolo realizado na própria comarca, seção ou subseção


judiciárias; (tribunais prevejam o protocolo integrado)
III - postagem, sob registro, com aviso de recebimento;

IV - transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei;


(não há outros meios de se enviar recursos ao tribunal)

V - outra forma prevista em lei. (lei específica)

§ 3º Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum


outro vício que comprometa a admissibilidade do agravo de
instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932,
parágrafo único. (estabelece a necessidade de o relator abrir
prazo para a parte agravante corrigir aquele vício, no prazo de
5 dias)

§ 4º Se o recurso for interposto por sistema de transmissão de


dados tipo fac-símile ou similar, as peças devem ser juntadas
no momento de protocolo da petição original.

§ 5º Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as


peças referidas nos incisos I e II do caput, facultando-se ao
agravante anexar outros documentos que entender úteis para a
compreensão da controvérsia. (o tribunal tem acesso ao seu
conteúdo)

O PROCEDIMENTO:

Art. 1.018. O agravante poderá requerer a juntada, aos autos


do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento, do
comprovante de sua interposição e da relação dos
documentos que instruíram o recurso. (aos autos da 1º
instancia)
§ 1º Se o juiz comunicar que reformou inteiramente a decisão,
o relator considerará prejudicado o agravo de instrumento. (se
o juiz tomou conhecimento do teor do agravo e decidiu que sua
decisão merece ser corrigida ele poderá reformar inteiramente
a sua decisão)

§ 2º Não sendo eletrônicos os autos, o agravante tomará a


providência prevista no caput, no prazo de 3 (três) dias a contar
da interposição do agravo de instrumento. (ônus ao agravante
no caso que ele interpor um recurso nos autos do processo
físico, ele precisa juntar cópia das peças do agravo do
instrumento nos autos da 1º instancia)

§ 3º O descumprimento da exigência de que trata o § 2º, desde


que arguido e provado pelo agravado, importa
inadmissibilidade do agravo de instrumento. (fica a cargo do
agravado)

TRAMITAÇÃO NA 2º INSTANCIA:

Art. 1.019. Recebido o agravo de instrumento no tribunal e


distribuído imediatamente, se não for o caso de aplicação do
art. 932, incisos III e IV, o relator, no prazo de 5 (cinco) dias:

I - poderá atribuir efeito suspensivo ao recurso ou deferir, em


antecipação de tutela, total ou parcialmente, a pretensão
recursal, comunicando ao juiz sua decisão;

II - ordenará a intimação do agravado pessoalmente, por carta


com aviso de recebimento, quando não tiver procurador
constituído, ou pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de
recebimento dirigida ao seu advogado, para que responda no
prazo de 15 (quinze) dias, facultando-lhe juntar a
documentação que entender necessária ao julgamento do
recurso; (para que seja apresentada as contrarrazões coma
documentação que entender necessária, caso o agravo junte a
documentação o agravante será intimado a se manifestar
durante um prazo sobre a documentação juntada)

III - determinará a intimação do Ministério Público,


preferencialmente por meio eletrônico, quando for o caso de
sua intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze)
dias.

Art. 932. III - não conhecer de recurso inadmissível,


prejudicado ou que não tenha impugnado especificamente os
fundamentos da decisão recorrida; (requisitos formais)

IV - Negar provimento a recurso que for contrário a: (questões


de mérito)

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal


de Justiça ou do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo


Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de


demandas repetitivas ou de assunção de competência;

Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o


relator concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para
que seja sanado vício ou complementada a documentação
exigível.
Art. 995. Os recursos não impedem a eficácia da decisão,
salvo disposição legal ou decisão judicial em sentido diverso.

Parágrafo único. A eficácia da decisão recorrida poderá ser


suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de
seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil ou
impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de
provimento do recurso.

AGRAVO INTERNO

Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo


interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto
ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal.

 O AGRAVO INTERNO SERVE JUSTAMENTE PARA ATACAR A


DECISÃO MONOCRÁTICA, QUE VAI SERJULGADA PELO
COLEGIADO QUE ELE COMPÕE.

1º Na petição de agravo interno, o recorrente impugnará


especificadamente os fundamentos da decisão agravada.
(deve atacar os fundamentos da decisão)

2º O agravo será dirigido ao relator, que intimará o agravado


para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 (quinze)
dias, ao final do qual, não havendo retratação, o relator levá-lo-á
a julgamento pelo órgão colegiado, com inclusão em pauta. (eu
vou interpor e dirigir ao relator, e intima a parte agravada, e
depois submete à apreciação do colegiado) (regra dos 15 dias)

3º É vedado ao relator limitar-se à reprodução dos


fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o
agravo interno. (relator não pode usar os mesmos argumentos,
que ele havia utilizado para julgar improcedente o agravo
interno, ele deve produzir uma fundamentação analítica
diferente)

4º Quando o agravo interno for declarado manifestamente


inadmissível ou improcedente em votação unânime, o órgão
colegiado, em decisão fundamentada, condenará o agravante a
pagar ao agravado multa fixada entre um e cinco por cento do
valor atualizado da causa. (evitar os recursos meramente
protelatórios)

5º A interposição de qualquer outro recurso está condicionada


ao depósito prévio do valor da multa prevista no § 4o, à
exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da
justiça, que farão o pagamento ao final.

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer


decisão judicial para: (Hipóteses de cabimento:)

I - Esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; (cabe


quando não conseguiu se entender o que o julgador quis dizer,
se não for clara a decisão) (haverá contradição quando houver
proposições dentro da decisão que sejam contraditórias)

II - Suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se


pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento; (haverá omissão
quando um dos pedidos não for apreciado, e quando os
fundamentos não forem apreciados)

III - corrigir erro material. (é um erro é perceptível por qualquer


homem médio e é evidente/perceptível, não muda o sentido da
decisão)
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:

I - Deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de


casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência
aplicável ao caso sob julgamento; (precedentes e
jurisprudência devem ser respeitados)

II - Incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, §


1º. (exigência de fundamentação analítica)

 Revela o verdadeiro sentido da decisão. Esclarecendo, corrigindo,


sanando...
 Havendo contradição ao adaptar ou eliminar as proposições já anova
decisão altera a anterior
 O juiz ao suprir uma omissão acaba modificando a decisão judicial e há o
efeito infringente.

Prazo de 5 dias para os Embargos de Declaração

Não há custas previstas para o Recurso de Embargos de Declaração.

Intima-se a parte contraria (embargada) para que ela se


manifeste no prazo de 5 dias e depois vai para a apreciação do
julgador

Art. 1024. O juiz julgará os embargos em 5 (cinco) dias.

§ 1º Nos tribunais, o relator apresentará os embargos em mesa na


sessão subsequente, proferindo voto, e, não havendo julgamento nessa
sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente. (o relator
deve apresentar para próxima sessão a apreciação dos embargos de
declaração)

§ 2º Quando os embargos de declaração forem opostos contra decisão


de relator ou outra decisão unipessoal proferida em tribunal, o órgão
prolator da decisão embargada decidi-los-á monocraticamente.
§ 3º O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como
agravo interno se entender ser este o recurso cabível, desde que
determine previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5
(cinco) dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às
exigências do Art. 1.021, § 1º. (é possível converter os embargos de
declaração em agravo interno, mas tem que intimar o embargado)

§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique


modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto
outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar
ou alterar suas razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de
15 (quinze) dias, contado da intimação da decisão dos embargos de
declaração.

§ 5º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a


conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte
antes da publicação do julgamento dos embargos de declaração será
processado e julgado independentemente de ratificação.

Art. 1025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o


embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o
tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade. (para fins de pré-questionamento, basta que a parte
oponha os embargos de declaração, mesmo que o tribunal não tenha
apreciado os embargos de declaração)

Art. 1026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo


e interrompem o prazo para a interposição de recurso. (REGRA)

§ 1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser


suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade
de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se
houver risco de dano grave ou de difícil reparação. (EXCEÇÃO)
§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração,
o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante
a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o
valor atualizado da causa. (haverá pagamento de multa ao embargante
com intuito protelatório)

§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente


protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor
atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará
condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da
Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a
recolherão ao final.

§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois)


anteriores houverem sido considerados protelatórios.

RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

Modalidade que permite ao STF e STJ, analisar fatos e provas, ele é


previsto em alguns casos específicos.

 A previsão desse recurso está na CF.

Art. 102 CF, inciso II – STF – quais casos o supremo deve julgar
(ligados a legislação constitucional)

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a


guarda da Constituição, cabendo-lhe:

II - Julgar, em recurso ordinário:

a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o


mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais
Superiores, se denegatória a decisão; (não são recursos, são ações
constitucionais) (é a segunda instância dessas ações constitucionais)

b) o crime político;
ART. 105, inciso II – STJ – quais os casos o STJ deve julgar
(ligados a legislação federal infraconstitucional)

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

II - Julgar, em recurso ordinário:

a) os habeas corpus decididos em única ou última instância pelos


Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória; (o STJ vai
analisar os fatos e provas daquela habeas corpus, única ou última
instancia)

b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos


Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito
Federal e Territórios, quando denegatória a decisão; (mandado de
segurança decidido em única instancia)

c) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo


internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País; (competência da Justiça Federal e contra as
decisões proferidas nessa justiça cabe RO)

Art. 1.027. Serão julgados em recurso ordinário: (repete o que está na


CF)

I - Pelo Supremo Tribunal Federal, os mandados de segurança, os


habeas data e os mandados de injunção decididos em única instância
pelos tribunais superiores, quando denegatória a decisão;

II - Pelo Superior Tribunal de Justiça:

a) os mandados de segurança decididos em única instância pelos


tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e
do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;
b) os processos em que forem partes, de um lado, Estado estrangeiro ou
organismo internacional e, de outro, Município ou pessoa residente ou
domiciliada no País.

§ 1º Nos processos referidos no inciso II, alínea “b”, contra as decisões


interlocutórias caberá agravo de instrumento dirigido ao Superior
Tribunal de Justiça, nas hipóteses do art. 1.015.

§ 2º Aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos arts. 1.013,

§ 3º, e 1.029, § 5º. (divergencia doutrinária quanto a aplicação)

Art. 1.028. Ao recurso mencionado no art. 1.027, inciso II, alínea “b”,
aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao
procedimento, as disposições relativas à apelação e o Regimento
Interno do Superior Tribunal de Justiça. (parte organismo internacional)

§ 1º Na hipótese do art. 1.027, § 1º, aplicam-se as disposições relativas


ao agravo de instrumento e o Regimento Interno do Superior Tribunal de
Justiça.

§ 2º O recurso previsto no art. 1.027, incisos I e II, alínea “a”, deve ser
interposto perante o tribunal de origem, cabendo ao seu presidente ou
vice-presidente determinar a intimação do recorrido para, em 15
(quinze) dias, apresentar as contrarrazões.

§ 3º Findo o prazo referido no § 2º, os autos serão remetidos ao


respectivo tribunal superior, independentemente de juízo de
admissibilidade.

 A decisão deve ser denegatória, seja analisando o mérito ou extinguindo o


processo sem resolução do mérito.

RECURSO ESPECIAL E EXTRAORDINÁRIO

- REQUISITOS COMUNS:
1. Esgotamento dos recursos ordinários
2. Eles não revisam matéria de fato
3. Os fundamentos dos recursos estão dispostos na CF
4. Não possuem, via de regra, efeito suspensivo

RECURSO ESPECIAL

Cabimento:
III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou
última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos
tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a
decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes


vigência;

b) julgar válido ato de governo local contestado em face


de lei federal;

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe


haja atribuído outro tribunal.

 Serve para dar uniformização do entendimento da lei infraconstitucional


federal

RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Cabimento:
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal,
precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas


decididas em única ou última instância, quando a decisão
recorrida:
a) contrariar dispositivo desta Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face


desta Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.


(Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a


repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos
termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso,
somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus
membros. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não


conhecerá do recurso extraordinário quando a questão constitucional
nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.

§ 1º Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou


não de questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social
ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos do processo.

§ 2º O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral


para apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal.

§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão


que:

I - Contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal


Federal;

II - Tenha sido proferido em julgamento de casos repetitivos;

II – (Revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)


III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei
federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal.

§ 4º O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a


manifestação de terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos
termos do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.

§ 5º Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal


Federal determinará a suspensão do processamento de todos os
processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem sobre a
questão e tramitem no território nacional.

§ 8º Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do


tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários
sobrestados na origem que versem sobre matéria idêntica.

Da petição do recurso especial e extraordinário

Art. 1.029. O recurso extraordinário e o recurso especial, nos casos


previstos na Constituição Federal, serão interpostos perante o
presidente ou o vice-presidente do tribunal recorrido, em petições
distintas que conterão:

I - A exposição do fato e do direito;

II - A demonstração do cabimento do recurso interposto;

III - as razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão


recorrida.

§ 1º Quando o recurso fundar-se em dissídio jurisprudencial, o


recorrente fará a prova da divergência com a certidão, cópia ou citação
do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em
mídia eletrônica, em que houver sido publicado o acórdão divergente, ou
ainda com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de
computadores, com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em
qualquer caso, mencionar as circunstâncias que identifiquem ou
assemelhem os casos confrontados. (casos de recursos especiais em
caso de divergência de entendimento, deve-se demonstrar essa
divergência)

 Por meio de Ato ordinatório a secretária vai citar a parte contraria para
apresentar as suas contrarrazões e somente depois que vai ocorrer o juízo
de admissibilidade.

Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o


recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15
(quinze) dias, findo o qual os autos serão conclusos ao presidente ou ao
vice-presidente do tribunal recorrido, que deverá:

I – Negar seguimento:

a) a recurso extraordinário que discuta questão constitucional à qual o


Supremo Tribunal Federal não tenha reconhecido a existência de
repercussão geral ou a recurso extraordinário interposto contra acórdão
que esteja em conformidade com entendimento do Supremo Tribunal
Federal exarado no regime de repercussão geral;

b) a recurso extraordinário ou a recurso especial interposto contra


acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça, respectivamente,
exarado no regime de julgamento de recursos repetitivos;

II – encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo


de retratação, se o acórdão recorrido divergir do entendimento do
Supremo Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça exarado,
conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos
repetitivos;

AGRAVO EM RE e REsp

- Cabe agravo na decisão que inadmitir RE ou REsp.


 Salvo, quando for baseada em precedente sobre regime de
repercussão geral ou recurso repetitivo, não cabe o Agravo.
- Vou dirigir a petição ao presidente ou vice presidente do
tribunal, NÃO HÁ PAGAMENTO DE CUSTAS.
- Estabelece a dinâmica da repercussão geral ou recurso
repetitivo, pode ficar suspenso aguardando julgamento.
- Também cabe retratação da decisão que inadmitiu o RE ou
REsp.
- 15 dias para contrarrazões

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

- Uniformizar a jurisprudência do mesmo tribunal sobre a mesmo mérito.


- O Objetivo será sempre um Acórdão fracionado (por uma turma ou
sessão)
- É cabível quando um Acórdão diverge de outro Acórdão do mesmo
tribunal, sobre o mesmo mérito.
Exigência de admissibilidade:
- Comprovar o Acórdão divergente paradigma e deve comprovar a
similitude das questões.

Você também pode gostar