Você está na página 1de 11

Princípios

Teoria Geral do Processo


Prof. Ms. Ana Luiza Quirino
Princípio da Adequação

Dispõe que as normas processuais devem ser adequadas.


Adequação objetiva: O processo precisa ser adequado aos direitos
por ele tutelados  O HC precisa ter um rito diferenciado em razão
da urgência da garantia por ele tutelada. Outros exemplos: as
tutelas de urgência, ações de alimentos, etc.
Adequação subjetiva  Aplicação prática do principio da igualdade
processual.
Adequação Teleológica  As normas processuais precisam se
adequar à sua finalidade. Um processo de execução de sentença não
comporta discussão de direito, apenas cumprimento da sentença.
Princípio da Fundamentação

CPC – “Art. 11 - Todos os julgamentos dos órgãos do Poder


Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as decisões, sob
pena de nulidade”
Princípio do Respeito aos
Precedentes

Art. 489.
(...).
§ 1o Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial,
seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
(...)
VI deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência
de distinção no caso em julgamento ou a superação do
entendimento.
Precedentes obrigatórios
Art. 927.
Os juízes e os tribunais observarão:
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de
constitucionalidade;
II - os enunciados de súmula vinculante;
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução
de demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e
especial repetitivos;
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria
constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em matéria
infraconstitucional;
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem
vinculados.
§ 1º Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e
no art. 489, § 1º, quando decidirem com fundamento neste
artigo.
§ 2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de
súmula ou em julgamento de casos repetitivos poderá ser
precedida de audiências públicas e da participação de pessoas,
órgãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da
tese.
§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do
Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela
oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver
modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da
segurança jurídica.
§ 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência
pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos
repetitivos observará a necessidade de fundamentação
adequada e específica, considerando os princípios da segurança
jurídica, da proteção da confiança e da isonomia.
§ 5º Os tribunais darão publicidade a seus precedentes,
organizando-os por questão jurídica decidida e divulgando-os,
preferencialmente, na rede mundial de computadores
Princípio da Cooperação

CPC - Art. 6º - Todos os sujeitos do processo devem cooperar


entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de
mérito justa e efetiva.

Não se aplica exclusivamente às partes-juiz;


Envolve todas as instâncias judiciais;
Prima pela colaboração entre as partes para que se alcance a
verdade dos fatos;
Depende diretamente da boa-fé objetiva para se concretizar.
Princípio da Efetividade

Baseado na Razoável Duração do Processo, podemos conceituar


como a necessidade de que o processo seja breve, mas que se
respeite o devido processo legal.

Nos dizeres de Humberto Theodoro Jr.: “não basta que a lide seja
solucionada em prazo razoável, a efetividade somente é
alcançada se, aliada à brevidade, se outorga aos litigantes a plena
tutela jurisdicional. O processo justo e efetivo, portanto, deve
viabilizar uma solução rápida para a disputa apresentada ao juiz,
mas sem deixar de observar e respeitar os direitos e as garantias
fundamentais das partes.
Princípio do Respeito ao
Autorregramento da vontade das partes

A valorização da vontade das partes foi privilegiada no Código de


2015  Exemplo mais patente: estímulo a autocomposição.

Outro exemplo:
Art. 191 - De comum acordo, o juiz e as partes podem fixar
calendário para a prática dos atos processuais, quando for o caso.
§ 1º O calendário vincula as partes e o juiz, e os prazos nele
previstos somente serão modificados em casos excepcionais,
devidamente justificados.
§ 2º Dispensa-se a intimação das partes para a prática de ato
processual ou a realização de audiência cujas datas tiverem sido
designadas no calendário.
Principio da Segurança Jurídica

Art. 5º, XXXVI, da CF/88: “a lei não


prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
perfeito e a coisa julgada”

Você também pode gostar