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PRECEDENTES
1- NOÇÕES GERAIS
TRADIÇÕES (algo mais amplo que o sistema, que está vinculado a formação do
mundo jurídico):
COMMON LAW (sistema muito mais permeável ao sistema costumeiro, mesmo
que não escrito)
O Commow law e precendentes obrigatórios (esse sistema tem a influência dos
precedentes maior, mas não se confundem)
- Doutrina do Stare Decisis ou regra de Rule of Precedent
- O common law inicia-se na Grâ Bretanha no século II e o sistema de precedentes no
século XIX
2- CONCEITO DE PRECEDENTE
O precedente é uma decisão judicial e que esta decisão judicial possua algum grau
de influencia nas decisões futuras ( ter uma eficácia vinculante ou persuasiva).
Será persuasiva quando por força da sua fundamentação ou importância
influenciar em decisões futuras sem obrigatoriamente precisar ser seguida,
poderá ser também vinculativa geral ou parcial
O precedente não é a decisão toda. O precedente é a regra geral de direito extraída
da decisão geral sendo composta pela RATIO DECIDENDI ( razão de decidir- o
elemento mais importante do precedente) + OBTER DICTUM (todas as questões
colaterais resolvidas, mas não importantes pro precedentes- podendo ser de direito
material ou processual)
O precedente é algo a ser reconhecido como precedente por outro juiz.
Eficácia vinculante
- Reclamação
Exemplos:
- DISTINGUISHING (para alguns seria uma forma de superação, mas discorda-se)
- SIGNALING
-TRANFORMATION
- OVERRIGING
-OVERRULING
- ANTECIPATORY OVERRULING
- PROSPECTIVE OVERRRUILG
OVERRULING
É Alteração da tese jurídica adotada nos precedentes obrigatórios
- permite a modução de efeitos
- pode fazer a audiência publica
- exigência da fundamentação adequada e previdência
Artigo 927-
CPC
Lei n 11.417/2006 –
Não, os precedentes judiciais existem nas tradições de Common Law e de Civil Law.
No Common Law o sistema jurídico é mais permeável ao sistema costumeiro e
possui maior influência do precedentes judiciais ( o que caracteriza a tradição é a
formação do direito não prioritamente por textos legislativos, mas piroritamente pela
questão costumeira) (racicionio indutivo, aplica a decisão dos casos concretos e
genereraliza). O Civil Law, por sua vez, é caracterizado pela força da norma jurídica
escrita, mas, também, pela necessidade de seguir as decisões das Cortes
Constitucionais (entendidas precedentes obrigatórios). (racicionio dedutivo-
estabelece normas gerais e pega o caso concreto e aplica- mas há um crescente
infuencia doprocesso indutivo)
Ex: a decisão em uma apelação é um precedente, pois terá uma eficácia persuasiva
(sendo o seu grau de persuasão diferente a depender do agente)
Precedente
- precedente eficácia vinculante ou persuasiva
- dispositovo efeitos egar omnes ou inter partes
( efeito- é consequencia)
( eficácia- é a força cogente)
Quais deveres se extraem do art. 926 do CPC e quais os princípios que estão por
trás destes deveres e das regras que estabelecem a obrigatoriedade de respeito
aos precedentes judiciais.
É possível extrair do artigo 926 deveres para os tribunais no que se refere a
construção e manutenção de um sistema de precedentes, quais sejam o dever de
uniformizar sua jurisprudência, bem como de manter a sua jurisprudência íntegra,
estável e coerente. Por trás de tais deveres, estão os princípios da segurança jurídica e
da isonomia, vez que garante que casos análogos sejam decididos da mesma forma.
Os precedentes judiciais obrigatórios, por sua vez, não correspondem a uma decisão
sobre o caso concreto, mas sim a uma tese jurídica firmada à luz da situação fática
discutida. Estes, portanto, não corresponderão ao dispositivo da sentença, mas sim à
sua fundamentação jurídica. Diante disso, o que terá eficácia vinculante no
precedente judicial obrigatório será a tese jurídica firmada, no âmbito da
fundamentação da decisão, e não o julgamento do caso concreto.
Obs: No distinguish eu não aplico o precedente porque trata-se de questão diferente e
não porque foi superada (overuling)
A norma de caráter geral que pode ser extraída da decisão é que: o julgamento da
inaplicabilidade de um norma federal, no âmbito dos Tribunais, quando for baseado
em previsão constitucional, deverá, obrigatoriamente, atender reserva do Plenário
(conforme prevê o art. 97 da Constituição).
Ementa= é um resumo estruturado das decisões que foram proferidas ( tem a ratio
decidente tem a norma individual
1- NOÇÕES GERIAS
Compreender aquilo que está no âmbito de competência dos tribunais. Os tribunais tem
três tipos de competência:
- Originária (desde o primeiro grau de jurisdição o processo já começa naquele tribunal-
ex: ação rescisória, reclamações) (todos os tribunais tem essa competência)
- Recursal: promove o julgamento em grau de recurso das decisões de primeiro grau (a
decisão vai ser revisada)
- Competência para o reexame necessário: algumas decisões contra Fazenda Pública
para ter eficácia elas se submetem a necessidade de sua confirmação do tribunal
Obs: Os incidentes são instaurados no tribunal em um dos três âmbitos supracitados
3- RELATOR
O processo chegou no tribunal ele vai ser registrado, distribuído e nessa distribuição é
atribuído um órgão monocrático e um órgão colegiado.
O relator é importante, no órgão colegiado você não tem como promover em todos os
atos do processo a reunião de todos os membros. O relator é a pessoa que vai dirigir
monocraticamente o processo, até que o processo esteja apto para ser julgado no órgão
colegiado.
932- CPC
Art. 932. Incumbe ao relator:
4- Procedimento
4.1 Da distribuição até a inclusão na pauta
O processo é registrado
Depois é distribuído ( com indicação do orgão judiciante e do relator)
O relator vai ter 30 dias para elaborar o relatório
Depois encaminha para o órgão competente para que o presidente do órgão
colegiado designe a seção de julgamento ( onde é marcado para que se realize
colegiamdamente a decisão)
Publica-se a pauta de julgamento (no mínimo 5 dias antes) para que as partes
possam participar ( é algo publico) e tem que ta na frente
IV - os demais casos.
I - no recurso de apelação;
II - no recurso ordinário;
IV - no recurso extraordinário;
VII - (VETADO);
Obs: contra uma decisão monocrática de mérito, cabe agravo interno e este
não terá sustentação oral. Mas se o agravo interno for contra uma decisão de
mérito monocrática que extinguiu o processo caberá agravo
4.6 JULGAMENTO
Terminadas as sustenções orais, os advogados não podem mais intervir, somente para
levantar questões de fato.
Ao final do debate será julgada a causa, e quando for julgada a causa lavrará o acordão.
I - for inepta;
II - da remessa necessária;
III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte
especial.
Obs: nem todo acordão gera precedente, poderá haver um acordão que tem um
resultado, mas que este se deu por diversos motivos
Terminado o julgamento, tem que haver lavratura. Como regra o relator já traz lavrado,
mas havendo divergência tem que promover a lavratura. Caso isso não ocorra ( redator e
relator não lavrem) o presidente poderá tomar as normas taquigráficas como se acordão
fosse
Cumpre lembrar que o artigo 93, inciso IX, da nossa Constituição da República,
igualmente, determina, como regra, a publicidade, nos seguintes termos: “Todos os
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade...”.
Bem equacionada a questão, anoto, em primeiro lugar, que, no direito brasileiro, não
há qualquer texto legal impositivo de que a discussão sobre o recurso em julgamento
seja feita em sessão presencial. Veja-se bem: a nossa Constituição impõe,
expressamente, a “publicidade do julgamento” e não dos debates que antecedem o
veredito!
Aula 3-
Como refra de urgência o efeito suspensivo é uma tutela de urgência, mas pode ser
tutela de evidencia
Efeito devolutivo
2- CONCEITO DE RECURSO
- É o poder (direito potestatvivo), exercido pelos legitimados e dentro do prazo legal
(sujeito a preclusão), de provocar voluntariamente o reexame de uma decisão, dentro do
próprio processo em que foi proferida, impedindo o trânsito em julgado e fazendo
prosseguir este, perante a mesma ou outra autoridade judiciária hierarquicamente
superior, visando a anulação ou cassação, reforma, integração ou esclarecimento da
decisão recorrida.
Atos Irrecorríveis
Despachos (art. 203, § 1o c/c art. 1.001)- pronunciamento judicial sem carga
decisória
Atos meramente ordinatórios (art. 203, § 4o) e Auxiliares do Juízo em geral
4- HONORÁRIOS RECURSAIS
-O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em
conta o trabalho adicional realizado em grau recursal (imposição de honorários a cada
etapa que for apresentado um recurso), observando os critériso de dosimetria do CPC
(§§ 2o a 6o do art. 85), respeitado o limite de 20% para cada fase (art. 85, § 11)
-Os honorários recursais são cumuláveis com multas e outras sanções processuais (art.
85, § 12).
- Controvérsias sobre o cabimento
a) O STJ decidiu que seria cabível os honorários : nas decisões recorridas que
tenham sido publicadas a partir de 18.03.2016 + somente cabível a imposição de
honorariso recursais quando o recurso for não conhecido integralmente ou desprovido +
tem que haver a condenação em honorários advocatícios desde a origem no feito em que
imposto recurso (ex: não cabe majoração quando propore agravo antes da sentença)
b) STJ Cabe honorários de sucum bencias recursais ainda que a parte não tenha
apresentado contrarrazões
d) não é possível majorar os honorários na hipótese de interposição de recurso
no mesmo grau de jurisidição (ex: não há nos embargos e agravos internos)
5- PRINCÍPIOS
a) DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (decorrência do devido processo legal)
Expressamente previsto no Pacto de São José da Costa Rica (Decreto no. 678/1992)
Especialmente após a interpretação dada pelo STF ao § 2o do art. 5o da CF, após
Enunciado no. 25 da Súmula Vinculante)
Art. 8o, item 2, alínea h (direito de recorrer a instância superior no Processo
Penal)
Art. 25, itens 1 e 2 alínea b (direito de recorrer).
b) UNICIDADE OU SINGULARIDADE RECURSAL (como regra das decisões
cabe um recurso)
-O princípio era expressamente previsto no art. 809 do CPC de 1939.
- O problema dos embargos de declaração e dos recurso especial e extraordinário.
Obs: caso peculiar dos embargos
d) TAXATIVIDADE
Só existem recursos taxativamente previstos em lei (CPC e leis extravagantes)
e) FUNGIBILIDADE
-A possibilidade do sistema de nos casos de duvidas objetivas sobre qual o recurso
cabível: é possível que o órgão ad quem (superior) aceitar um recurso por outro +
tambem aplicável quando a duvida é trazida pelo judiciário
- Aplicação do princípio geral da instrumentalidade das formas
- Possibilidade de admissibilidade de um recurso (adequado) por outro (incabível)
quando houver dúvida objetiva
Normas gerais: art. 10 e art. 933
Normas específicas: art. 1.024 (transformação de embargos de declaração em
agravo interno); arts. 1.032 e 1.033 (fungibilidade entre os recursos especial e
extraordinário)
EX.: quando a parte é induzida a erro polo órgão julgado (EAREsp 230.380-RN, 2a
Seção. Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino)
f) Dialeticidade
- Exigência de que o recorrente apresente os fundamentos pelos quais está insatisfeito
com a decisão recorrida e não apenas repita os argumentos iniciais
- Art. 932, inciso III
Não se aplica o parágrafo único do art. 932
Informativo de Jurisprudência n.o 829 do STJ
Enunciado Administrativo no. 06 do STJ
Resps no. 2016/0337294-5 e no. 2013/0146307-8, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, respectivamente 2a Turma e Corte Especial
Obs: o recurso que só repete, não pode ensejar a intimação para completar/emendar
g) CONSUMAÇÃO
Aplicação do principio da preclusão, na modalidade preclusão consumativa. Se você já
praticou o ato, não pode modifica-lo
h) VOLUNTARIEDADE
- Não existe o recurso de ofício, o recurso depende da vontade da parte, por ser
poder/ônus processual seu
- Não é princípio (falta o caráter de valor), é uma característica do recurso, elemento do
seu conceito.
i) PERSONALIDADE
- Apenas o recorrente será beneficiado pelo recurso, não auxiliando ou prejudicando
terceiros
Artigos 2o, 117, 492 e 515.
Exceção do litisconsórcio no regime da unilateralidade e da solidariedade
passiva nas defesas comuns previsto no art. 1.005.
6- CLASSIFICAÇÃO
A) Quanto a extensão da matéria impugnada
a. Recurso total: abrange todo o conteúdo impugnável da decisão recorrida
b. Recurso parcial: em virtude da limitação voluntaria da parte recorrente,
não compreende a totalidade do conteúdo impugnável da decisão
RECURSO ADESIVO
Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o
outro, sendo admissível:
- Apelação
- Recurso extraordinário
- Recurso especial
D) QUANTO A FUNDAMENTAÇÃO
Fundamentação livre - Quando não há limitação legal da atividade jurisdicional
cognitiva recursal e qualquer matéria de fato ou de direito pode ser alegada.
▪Ex. Apelação e Agravo de Instrumento
COMPETÊNCIA
- A análise da admissibilidade pode ocorrer tanto no órgão perante o qual se interpôs o
recurso (juízo a quo) quanto no órgão que terá competência para julgar o mérito do
recurso(juízo ad quem), a depender da disposição normativa.
- Em qualquer caso, ainda que haja duplo controle, a última palavra é sempre do órgão
ad quem.
- Em termos de Teoria Geral, o órgão a quo não pode inadmitir recurso se desta decisão
não couber outro recurso, sob pena de supressão de instância e usurpação de
competência.
EFEITOS
No órgão a quo
- Se positivo, acesso ao órgão ad quem, salvo fato superveniente
- Se negativo, trancamento ao órgão ad quem, salvo outro recurso contra tal decisão.
OBJETO
REQUISITOS INTRÍNSECOS – relacionados ao próprio recurso
REQUISITOS EXTRÍNSECOS – relacionados a fatores acessórios
REQUISITOS INTRINSECOS
a) CABIMENTO: o ato, em tese, deve ser suscetível de ataque por meio do recurso e
deve ser usado o recurso cabível (ex. art. 1.001 do CPC).
REQUISITOS EXTRÍNSECOS
a) TEMPESTIVIDADE: todo recurso deve ser interposto no prazo legal (art. 224
c/c art. 1.003 do CPC), que será de 15 (dias), salvo os embargos de declaração
(5 dias) e previsão em lei especial.
c) PREPARO: pagamento prévio das despesas (custas, taxas como porte de remessa e
retorno, etc.) relativas ao processamento do recurso (art. 1.007).
• Não cabe porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
• Alguns recursos dispensam preparo (ex.: agravo interno e embargos de declaração).
• Alguns sujeitos processuais estão dispensados de preparo (ex.: Fazenda Pública,
Ministério Público e parte que goze de assistência judiciária gratuita - § 1o do art.
1.007).
8- JUÍZO DE MÉRITO
Atendido os requisitos de admissibilidade, será avaliado o pleito fundamental do
recurso, julgando pelo provimento ou improvimento do recurso (não corresponde ao
pedido da causa
8.1 CONCEITO
É aquele em que se examina a postulação do recurso, não se confundindo com o mérito
da causa, pois o recurso pode versar exclusivamente sobre matéria processual, como de
regra ocorre com as apelações contra sentenças terminativas.
8.2 COMPETÊNCIA
- Em regra é o do juízo ad quem
- Por exceção, a interposição do recurso pode conceder ao juízo a quo a possibilidade
de retratar-se, prejudicando a análise do recurso pelo juízo ad quem,
ex vi: agravo de instrumento (§ 1o do art. 1.018), agravo interno (§ 2o do art. 1.021) e
apelação contra decisão de indeferimento da inicial (art. 331)
- Nos recursos horizontais, a competência é do próprio juízo recorrido (embargos
infringentes de alçada na ação de execução fiscal e embargos de declaração).
8.3 EFEITOS DO JULGAMENTO DE MÉRITO
- Quando negar provimento ou der provimento para reformar a decisão recorrida: a
decisão do ad quem substitui a do a quo nos limites da impugnação (art. 1.008) = efeito
substitutivo
-Quando dá provimento para anular a decisão recorrida: há cassação da decisão
recorrida para que o a quo prolate nova decisão. (não tem substituição)
8.4 OBJETO DO MÉRITO
- Errores in Procedendo (erros de procedimento)
Vícios formais do procedimento ou da própria decisão (ex. falta de fundamentação da
sentença), independente do acerto ou erro de aplicação do direito. Efeito: anulação da
decisão impugnada ( invalidade da decisão)n
Ex: anulação da decisão por falta de fundamento
9- EFEITOS DO RECURSO
9.1 OBSTAR A PRECLUSÃO
- Todo e qualquer recurso interposto de forma regular impede a preclusão da decisão
recorrida, impedido a formação da coisa julgada material.
-Apesar da não formação da coisa julgada, é possível que alguns dos efeitos da decisão
recorrida sejam aplicáveis (ex.: execução provisória (art. 520 do CPC).
9.2 SUSPENSIVO
O art. 995 dá uma falsa ideia de que, em regra, os recursos não impedem a eficácia da
decisão.
Efeito suspensivo ope legis: apelação (art. 1.012)- mas a maioria não tem esse
efeito
Efeito suspensivo ope iudicis: por decisão do relator em casos de tutela de
urgência (antecipação da tutela recursal)
APELAÇÃO
O RECURSO QUE CABE CONTRA A SENTENÇA (VOCÊ ENCONTRA EM
QUASE TODOS OS PROCEDIMENTOS E EM TODO OS SISTEMAS JURÍDICOS)
1. NOÇÕES GERIAS
Recurso interposto contra a sentença (art 203- caracteriza por ser a decisão de
encerramento da instância e esteja de acordo ou com uma das hipótese do 485 ou do
487- julgam o mérito ou extinguem sem o julgamento do mérito) do juízo de primeiro
grau interposto para o juízo de segundo grau
Cabe contra toda e qualquer sentença seja ela terminativa (485) ou definitiva
(487)
Obs: Antes apenas algumas decisões interlocutórias poderiam se interpor por agravo de
instrumento. A regra geral é agravo retido (que julga com a apelação).
Hoje há uma taxatividade das decisões interlocutórias que podem ser recorridas (art
1.015), extinguindo o agravo retido. O CPC suspendeu a preclusão das decisões que não
são irrecorríveis ou que não são imediatamente recorríveis, e permitiu que estas
decisões sejam impugnadas em preliminar de apelação
Eu tenho decisões interlocutórias que também são impugnáveis por apelação
FUNDAMENTAÇÃO:
ERRORIS EM PROCEDENDO (erros de procedimento concernente aos atos da
própria sentença ou de ato anterior da sentença, levando a improcedência)
2. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
PRAZO: 15 DIAS
REQUISITOS FORMAIS (ART. 1.010):
Nomes e qualificação das partes
Exposição do fato e do direito
Razoes do pedido de reforma ou de decretação de nulidade
Pedido de nova decisão
Forma escrita
Postulação por advogados
LEGITIMIDADE: art 966
INTERESSE: na forma do artigo 1.000
PREPARO: 1.007
3. EFEITOS
SUSPENSIVO
Como regra a apelação tem efeito suspensivo ( os recursos como regra não tem
efeito suspensivo)
Exceções: artigo 1.012, paragrafo primeiro:
- homologa divisão ou demarcação de terras
- Sentença que condena a pagar a alimentos
- extingue sem resolução de mérito
- julgamento improcedentes os embargos de executado
- julga procedente o pedido de instituição de arbitragem
- Decreta interdição
- Confirma, concede ou revoga a tutela provisória
- concessiva de mandato de segurança) artigo 14, parágrafo terceiro 12.016/2009)
- desapropriação, quando o apelante for expropriado
- ação de alimentos
- ação de despejo ( necessidade de caução para execução provisória)
EFEITO DEVOLUTIVO
Artigo 1.013
O efeito devolutivo na sua extensão: será devolvido ao tribunal a matéria que for
apelada. A apelação terá efeito devolutivo quanto aos capítulos da sentença que forem
impugnados
A apelação devolverá ao tribunal os capítulos de sentença que foram objeto do recurso,
o que não foi recorrido transita em julgado (FPPC no. 100)
Efeito devolutivo na sua profundidade: Em relação ao capitulo impugnado o tribunal
tem ampla profundida para rever a matéria
O tribunal apreciará todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não
tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um
deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.
5. PROCEDIMENTO
NO JUIZO A QUO (primeiro grau)
Promove o processamento, e não a admissbilidade
- A Apelação será interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau (art. 1.010)
- O Apelado será intimado, pelo juízo de primeiro grau, para apresentar contrarrazões
no prazo de 15 dias (mesmo prazo da apelação)
-Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar
contrarrazões.
- Após as formalidades de tramitação (§§ 1o e 2º do art. 1.010), os autos serão
remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade
- Remete ao tribunal
NO JUIZO AD QUEM
- Recebido o Recurso de Apelação no tribunal ele será imediatamente distribuído (art.
1.011)- salvo em caso de prevenção
-Relator decidirá monocraticamente nas hipóteses do art. 932, incisos III a V
- Se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do
recurso pelo órgão colegiado
- Prosseguimento do julgamento conforme estudado na Ordem dos Proc essos nos
Tribunais (sustentação oral)
Ação de alimentos e ação de demarcação de terras, cautelar= não tem efeito
suspensivo(tem efeito imediato)
O tribunal pode realizar pequenos atos/ sanar os vícios para que decida sem
desrespeitar a ampla defesa e o contraditório ( obs: não poderia realizar por exemplo
uma perícia, mas poderia intimar as partes para se manifestar sobre)
Obs: Desistencia- não pode ser a qualquer tempo (não pode quando já tem resultado)
e não depende de aquiescência da parte contraria ( não depende de anuência dos
litisconsortes, mesmo que do mesmo lado)
Existe ainda os embargos infringentes previsto como recurso na lei de execução fiscal
(os antigos embargos infringentes foram substituídos pela técnica de ampliação do
recurso: Aumento do órgão colegiado nos casos de não unanimidade nas hipóteses em
que eu julgo embargos de declaração sobre hipóteses não previstas no artigo, e as
previstas no artigo (apelação não unanime, ação reisoria e agravo de instrumento))
AGRAVO DE INSTRUMENTO
1- NOÇÕES GERAIS
Conceito: é o recurso interposto diretamente ao juízo do segundo grau contra algumas
decisões interlocutórias do juízo do primeiro grau, previstas no CPC
Sistema da taxatividade- artigos 1.015
Obs: no procedimento dos juizados especiais e do processo do trabalho não cabe agravo
de instrumento
obs: com o novo CPC não há mais agravo retido, porque eu n]ao preciso mais pontuar
para obstar a preclusão.
2- CABIMENTO
O CPC adotou o sistema da taxatividade das decisões interlocutórias imediatamente
recorríveis, descrevendo as hipóteses no art. 1.015.
Há um entendimento jurisprudencial do STJ de que quando necessário poderá sim
interpor agravo de instrumento, ainda que não previsto no artigo (mitigação da
taxatividade)
g) Exclusão de litisconsorte
-Se ele manteve o litisconsórcio eu não preciso recorrer imediatamente ( o litisconsorte
pode recorrer depois na apelação). Agora se ele for excluído, ele não tem como recorrer
-A decisão que rejeita a exclusão e matem a parte não é recorrível, justamente porque a
parte continuará no processo e poderá recorrer no momento da apelação - REsp
1.724.453-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi
-Decisão que extingue parte da demanda sem apreciar o mérito – art. 354, parágrafo
único (Enunciado FPPC no. 154)
JULGAMENTO CONFORME O
ESTADO DO PROCESSO
-REsp 1798975 / SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma: admitiu nas decisões que
fixa data da separação de fato do casal (parcial de mérito)- seria uma decisão de
mérito que produz serias consequências
- REsp 1.772.839, ministro Antonio Carlos Ferreira, 4ª Turma: admitiu nas decisões
sobre prescrição e decadência (mérito)
-REsp 1.702.725, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma: não admite nas hipóteses de
ENQUADRAMENTO FÁTICO NORMATIVO (CDC ou CC?), salvo se
intereferirem no mérito, como no caso dos autos que afastava a prescrição
(mérito). NO caso em comento, tratava-se de um caso em que se discutia se havia
relação de consumo, para fins de prescrição
-REsp REsp 1.746.337, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma: na AÇÃO DE
PRESTAÇÃO DE CONTAS, caberá quando o julgamento da primeira fase da
ação de exigir contas for de procedência do pedido (decisão parcial de mérito) e
não caberá se o julgamento nessa fase for pela improcedência ou pela extinção do
processo sem resolução do mérito, pois será sentença. Mesma logica da exceção de
pre-executividade e na impugnação ao cumprimento de sentença
A depender do conteúdo da decisão, ela poderá extinguir uma fase do procedimento. Na
ação de restação de contas é bifásica: decide se o reu deve ou não prestar contas e
depois se as contas estão corretas. A decisão que determina a prestação de contas,
determina para seguir de fase, é decisão interlocutória, cabível agravo
- Tema 1.022 (afetou sem suspender ao regime dos recursos repetitivos os REsp
1717213/MT, REsp 1707066/MT e REsp 1712231/MT- mas tá afetado).
"Definir se é cabível agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas
em processos de recuperação judicial e falência em hipóteses não expressamente
previstas na Lei 11.101/2005".
6- REGULARIDADE FORMAL
(arts. 1.016 e 1.017)
Obs: ele perdeu um pouco de importância devido a multiplicidade de acesso
Obs: no agravo o processo continua prosseguindo no primeiro grau ( não tem como
regra efeito suspensivo)
Regressivo ou de retratação
Possui em todos os casos de Agravo de Instrumento
-A juntada da petição no juízo a quo no tríduo legal subsequente a interposição do
Agravo de Instrumento (§§ do art. 1.018) serve para otimizar o exercício do juí\o de
retatação
Se o juiz se retrata e informa ao juízo de segundo grau o agravo perde seu objeto
8- PROCEDIMENTO
Ao contrario da apelação que eu tenho um duplo procedimento, no tribunal a quem e ad
quo, o agravo tem seu procedimento no juízo ad quem ( tribunal)
(1) Protocolo
Regramento que foi muito útil no passado, mas que perde a relevância com o processo
eletrônico
- Multiplicidade de possibilidade de protocolo
Diretamente no tribunal competente para julgá-lo
Na própria comarca, seção ou subseção judiciárias
Postagem, sob registro, com aviso de recebimento
Transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei- As peças (obrigatórias e
facultativas) devem ser juntadas no momento de protocolo da petição -original
Outra forma prevista em lei
(2) Protocolada a petição de agravo, vamos analisar primeiro se é hipótese ou
não de julgamento monocrático e, depois, a Análise se tem pedido de efeito
suspensivo ou de antecipação de tutela
(3) Intima o advogado da outra parte (se não tiver dvogado, intima a parte
por ar) facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao
julgamento do recurso:
Pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador
constituído
Pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu
advogado, se tiver procurador
(5) Ultimado processamento, relator solicitará dia para julgamento em prazo não
superior a 1 mês da intimação do agravado (Art. 1.020)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
1- CONCEITO
É o recurso destinado a pedir ao juízo prolator da decisão que corrija erro material,
esclareça obscuridade, elimine contradição ou supra omissão.
Fundamentação vinculada ( matérias de fato ou de direito que constituam erro
material, obscuridade, contradição ou omissão)
Recurso horizontal ( é um recuso voltado para o próprio juízo prolator da
sentença)
Busca garantir a integridade da sentença proferida
Obs: No passado discutiu-se sua natureza de recurso. Há sistemas processuais
estrangeiros que não reconhecem natureza recursal
2- CABIMENTO
- Cabe de qualquer decisão judicial, em qualquer procedimento e em qualquer grau de
jurisdição (seja decisão interlocutória ou sentença)
- Por ser recurso de fundamentação vinculada, deverá haver alegação de uma das
hipóteses de cabimento (art. 1.022)
Obs:
Eu tenho uma confusão entre os requisitos de admissibilidade e o mérito do recurso- o
recurso sera provido quando for contatada omissão, obscuridade ou erro material.
A diferença aqui está no grau de Análise – o requisito de admissibilidade será a
alegação da presença desses “erros” e no mérito a existencia. Caso haja a alegação, mas
não reste comprovado= deve rejeitar o recurso e não inadmitir
3- FUNDAMENTAÇÃO
Recurso de fundamentação vinculada
Obscuridade:
Falta de clareza ou precisão que gere dúvida ( a obscuridade tem que ser percebida pelo
destinatário da mensagem- é a parte que percebe)
Mesmo que o magistrado entenda que a decisão não é obscura, é importante que ele
esclareça porque é com base na sentença que serão interpostos os demais recursos
Contradição:
Existência de proposições inconciliáveis na própria decisão na fundamentação ou
conclusão. A contradição é interna da decisão, não importa em que parte ( seja na
fundamentação, seja no dispositivo, seja na relação das duas)
Não pode ser contradição externa: contradição com a lei, ou com prova- esses aspectos
estão relacionados a apelação
Erro Material
Reconhecimento de fato não existente
4- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
REQUISITOS INTRÍNSECOS
Cabimento (art. 1. 022) – já tratado
legitimidade: na forma do art. 996
Interesse: na forma do art. 1.000
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo poder de recorrer
REQUISITOS EXTRÍNSECOS
-Prazo
Prazo: 05 dias (art. 1.023)
Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229 (prazo em dobro)- prazo em dobro
para os advogados distintos, de escritos distintos para litisconsortes da mesma parte
( com o processo digital não há prorrogativa de prazo em dobro)
SUSPENSIVO
- Como regra os Embargos de Declaração NÃO tem efeito suspensivo
- Além da regra geral do parágrafo único do art. 995, o § 1o do art. 1.026 deixa clara a
possibilidade de a eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa
pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso
ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil
reparação ( tutela provisória)
INTERRUPTIVO
- Os Embargos de Declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso (art.
1.026, caput)- único recurso que possui efeito interruptivo
Obs: ele é um recurso que serve para integrar a decisão e permitir a recorribilidade
- Cancelamento da Enunciado 418 da Súmula do STJ (É inadmissível o recurso especial
interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior
ratificação) pelos §§ 4o e 5o do art. 1.024
Hoje: efeito interruptivo + O que você tem quando há mortificação da sentença
promovida pelos embargos é o direito de ratificar e não o dever
Obs: a sentença modificada por embargo de declaração é um ato complexo, resultado da
integração das duas decisões, que serão consideradas uma só
6- PROCEDIMENTO
INTERPOSIÇÃO E PROCESSAMENTO
Opostos os embargos (em face do juízo que proferiu a decisão embargada), o juiz
intimará o embargado para contrarrazões no prazo de 5 dias, caso eventual acolhimento
implique a modificação da decisão embargada.
Obs: os embargos que não tem potencial modificativo ou que o juiz entenda que deve
indeferir não precisa intimar a outra parte para apresentar contrarrazoes
EMBARGANTE- quem propõe
EMBARGADA-
JULGAMENTO
- O juiz da decisão embargada julgará os embargos em 5 dias.
Tratando-se de decisão unipessoal (monocrática) proferida em tribunal, o
prolator da decisão embargada decidirá os embargos monocraticamente, sem levar ao
colegiado;
Nos tribunais (quando a decisão foi julgada de forma colegiada), o relator
apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não
havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
Obs: se levar na primeira sessão não precisa publicar pauta- mas na pratica isso não
acontece muito
Obs: não tem sustentação oral
7- EMBARGOS PROTELATÓRIOS]
- Quando o 1 embargos de declaração forem manifestamente protelatórios, o julgador
condenará em multa fixada em até 2% do valor atualizado da causa. ( não precisa ser
unanime e não é requisito de admissibilidade do próximo embargos)
Obs: quando eu embargo uma decisão, tem uma sentença sobre os embargos, eu posso
embargar novamente (agora a nova sentença
- Quando o 2o embargos de declaração forem manifestamente protelatórios, a multa
será elevada a até 10% do valor atualizado da causa.= passa a ser requisito para
interporição de outro recurso
A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio
do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade
da justiça, que farão o pagamento ao final.
- Não serão admitidos o 3o embargos de declaração se os 2 anteriores houverem sido
considerados protelatórios (inadmissibilidade e trânsito em julgado pela ausência do
efeito interruptivo)=
dois embargos anteriores considerados protelatórios, aplicando a multa+ um embargo
protelatório= inadmissibilidade desse terceiro embargo e outro recurso sobre a mesma
decisão e transito em julgado da decisão
Enunciado no. 98 da Súmula do STJ: Embargos de declaração manifestados
com notório propósito de prequestionamento não tem caráter protelatório
AGRAVO INTERNO
1- NOÇÕES GERAIS
Hoje: agravo de instrumento ( contra decisão itnerlocutoria do juízo de primeiro grau)+
agravo interno (contra decisões monocráticas dos tribunais)+ agravo retido + agravo
para trancamento de recurso extraordinário...
Nos tribunais nos temos: decisões colegiadas e decisões monocráticas ( proferidas pelo
relator na condução do processo)
2- CONCEITO
É o recurso que cabe das decisões monocráticas dos relatores nos tribunais ( em
principio de toda e qualquer decisão)
A logica do agravo é buscar a forma colegiada, forma de afetação da decisão para que
seja julgada de forma colegiada.
É a forma de afetar ao plenário respectivo as decisões monocráticas proferidas pelo
relator, como forma de respeitar a colegialidade intrínseca das decisões nos tribunais.
3- CABIMENTO
- Atualmente cabe de qualquer decisão do Relator (art. 1.021) no âmbito dos Tribunais,
independente de a decisão ter sido proferida em incidente, recurso ou ação autônoma.
( não é algo pacificiado, mas a doutrina se inclina a aceitar que seja interposto contra
qualquer decisão) (cabe contra decisão de mérito e de procedimento)
4- FUNDAMENTOS
Recurso de fundamentação livre: questões de fato ou direito ( errores in procedendo ou
errores in judicando)
5- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
Prazo: 15 dias (§ 5o do art. 1.003)1
Cabimento (art. 1. 021) – já tratado
Legitimidade: na forma do art. 996
Interesse: na forma do art. 1.000
Preparo: Remete a matéria ao Regimento Interno de cada tribunal (art. 1.021, caput)
Obs: o CPC não tem uma regra dispensando custas ou afirmando que as mesmas são
devidas= no silencio do regimento do tribunal sobre a matéria não pode ter cobrança de
custas
Regularidade formal
- Petição escrita impugnando especificadamente os fundamentos da decisão agravada
Princípio da dialeticidade (Súmula 182 do STJ: É inviável o agravo do art. 545
do CPC que deixa de atacar especificamente os fundamentos da decisão
agravada)
Razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão
- Dirigida diretamente ao Relator ( para ser decidida pelo pleno)
6- EFEITOS
NÃO TEM SUSPENSIVO
- Como regra o Agravo Interno não tem efeito suspensivo
Na fora do parágrafo único do art. 995, a eficácia da decisão recorrida poderá ser
suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver
risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso
obs; o relator ( que é o mesmo que proferiu a decisão recorrida) poderá, entendendo a
presença do fomus boni juris e periculum in mora, atribuir efeito suspeivo
REGRESSIVO OU DE RETRATAÇÃO
Possui em todos os casos de Agravo Interno
7- PROCEDIMENTO
1
Apenas os embargos de declaração não possui prazo de 15 dia ( são 5 dias)
PERANTE O RELATOR
- Observância das regras do Regimento Interno, respeitando-se as regras gerais de art.
1.021 do CPC
- Recebida a petição o Relator (que proferiu a decisão recorrida) intimará o agravado
para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 dias
- Após o prazo ( com ou sem contrarazões), não havendo retratação, o relator levá-lo-á a
julgamento pelo órgão colegiado
NO ÓRGÃO COLEGIADO
( o órgão responsável pelo julgamento doa gravo interno será o mesmo órgão
responsável para julgar o feito principal do qual emanou a decisão agravada)
Ex: decisão proferida pelo relator da quinta câmera civil sobre a concessão de tutela
provisória no âmbito da apelação; esta decisão quando agravada vai ser julgada pela
quinta câmera civil e por se tratar de apelação, julgado por turma, vai ser a turma da
quinta câmera atrelada ao relator
- Deverá haver inclusão em pauta.
- Como regra NÃO haverá sustentação oral
Excepcionalmente haverá sustentação oral (§ 3o do art. 937) nos processos de
competência originária previstos no inciso VI do art. 937 (ação rescisória,
mandado de segurança e reclamação) quando interposto contra decisão de relator
que o extinga = contra deicsão monocrática que extingue ação de competência
originária
RECURSO ORDINÁRIO
- PREVISTO EM LEGISLAÇÃO CONSTITUCIONAL: PODE SER PARA O STJ OU
PARA O STF
1- CONCEITO
O recurso ordinário, também chamado de Recurso Ordinário Constitucional
(ROC), é o recurso que cabe de algumas decisões proferidas em hipóteses de
competência originária de tribunais e, excepcionalmente, de sentença de juiz
federal de 1o grau (para o stj)
Cabe para o STJ (tribunais de justiça ou tribunais federais) ou para o STF
( STJ, TST, STM)
Previsto na CF, art. 102, II e 105, II, cujas normas foram reproduzidas no art.
1.027 do CPC
2- CABIMENTO
CABIMENTO PARA O STF
- Cabe dos acórdãos proferidos em única instância (competências originárias)
pelos tribunais superiores (STJ, TST e TSE), quando denegatória ( mérito ou
processual) a decisão proferida em mandados de segurança, habeas data e
mandados de injunção
(se fosse decisão monocrática seria agravo interno) ( as decisões desses tribunais sobre
questão não constitucional, não tem recursso)
- Em matéria penal, cabe das decisões de habeas corpus e em crimes políticos.
-Das sentenças (CF, art. 109, II) proferidas em processos em que forem partes, de
um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou
pessoa residente ou domiciliada no País
- Nestes processos, contra as decisões interlocutórias (previstas no art. 1.015) caberá
agravo de instrumento direto ao STJ (§ 1o do art. 1.027).
4- FUNGIBILIDADE
- O ROC no STF deve ser admitido quando interposto recurso extraordinário?
Enunciado n. 272 da Súmula do STF “Não se admite como ordinário recurso
extraordinário de decisão denegatória de mandado de segurança”,
- O ROC deve ser admitido quando interposto Recurso Especial ou Apelação, conforme
o caso?
A jurisprudência do STJ não reconhece fungibilidade
Repensar isso:
Princípio da primazia de julgamento do mérito (arts. 4o e 6o do CPC)?
Fungibilidade entre recurso extraordinário e especial (art. 1.033)?
5- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
INTRÍNSECOS
- Cabimento (CF, art. 103, II e art. 105, II e art. 1.027) – já tratado
- Legitimidade: na forma do art. 996, com atenção aos legitimados passivos que
ensejam competência originária de tribunais ( determinados sujeitos passivos do
mandado de segurança atrai essa competência para os tribunais superiores)
- Interesse: na forma do art. 1.000
- Inexistência de fato impeditivo ou extintivo poder de recorrer
REQUISITOS EXTRÍNSECOS
- Prazo: 15 dias (§ 5o do art. 1.003)
- Regularidade Formal (art. 1.023)
Petição escrita
Dirigido ao juízo a quo, o Presidente do tribunal recorrido, quando interposto de
acórdão, e ao juiz federal quando interposto de sentença
- Preparo: deve haver recolhimento preparo (art. 1.028 e Resoluções STJ e STF)
Salvo nas hipóteses de habeas corpus e habeas data (gratuidade por
determinação
constitucional – CE, art. 5, LXXVII).
6- FUNDAMENTOS
- Recurso de fundamentação livre (quando admitido)
Errores in judicando e Errores in procedendo
Matérias de fato e de direito, inclusive matérias relacionadas a direito local ou direito
infraconstitucional para o STF
Possibilidade de reexame de prova
7- EFEITOS
-NÃO TEM EFEITO REGRESSIVO
- DEVOLUTIVO
Efeito devolutivo amplo, tanto na extensão quanto na profundidade
Por força do § 2o do art. 1.027, aplica-se ao recurso ordinário o disposto no art.
1.013, § 3o relativo a teoria da causa madura
“Art. 1.013 (...) § 3o. Se o processo estiver em condições de
imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o
mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela
congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos,
hipótese em que poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de
fundamentação.
§ 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência
ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito,
examinando as demais questões, sem determinar o retorno do
processo ao juízo de primeiro grau.”
SUSPENSIVO
- Como regra o ROC NÃO tem efeito suspensivo
Por força do § 2o do art. 1.027, aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos art.
1.029, § 5o.
Art. 1.029. (...) § 5o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso
extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento
dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a
publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o
relator designado para seu exame prevento para julgá-lo
(roc: ao STJ nos casos de roc contra sentença de juiz federal, decisão de
tribunal de justiça ou de trf ou STF no caso de mandado de segurança
denegatório do stj)
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
( se o roc já ta no stj ou no stf diretamente ao relator)
▪ III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período
compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de
admissão do recurso, assim como caso de o recurso ter sido sobrestado, nos
termos do art. 1.037.
( vale ressaltar que no roc não há juízo de admissibilidade pelo tribunal
recorrido, o ponto é colhido as contrarrazoes)
8- PROCEDIMENTO
ROC DE ACORDÃO
- Interposto diretamente no processo Tribubal de origem
- Tramita o recurso na Presidência do Tribunal de origem (independente do órgão que
proferiu a decisão), que colhe as contrarrazões e remete ao Tribunal Superior
(independente de juízo de admissibilidade)
- No Tribunal Superior será julgado conforme o respectivo Regimento Interno (ouve o
MP e vai para pauta de julgamento, para ser julgado em turma)
ROC DE SENTENÇA
- Aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as
disposições relativas ao Recurso de Apelação e o Regimento Interno do Superior
Tribunal de Justiça (art. 1.028)
- Interposto perante o Juiz Federal, que colhe as contrarrazões e remete ao STJ,
independente de juízo de admissibilidade
- No STJ será julgado conforme o seu Regimento Interno
- Relembrando que caberá agravo de instrumento das decisões interlocutórias nas
hipóteses do art. 1.015 do CPC
- Possuem:
Regime jurídico comum
Regime jurídico específico
Regime jurídico repetitivo (estudaremos à parte)
2. CONCEITO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO- é o recurso que da ao STf o controle difuso de
constitucionalidade
RECURSO ESPECIAL- é o recurso que da ao STJ o controle da integridade, coerência
e uniformidade a interpretação da legislação federal infraconstitucional
5- FUNDAMENTAÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA
- não pode ser matéria de fato, só de direito (ofensa a norma jurídica)
- Matérias de Direito Federal e Constitucional elencadas, respectivamente, no
art. 102, III, e art. 105, III, da Constituição Federal)
Obs: Cabe esse tipo de recurso em relação aos conceitos jurídicos indeterminados?
Depende, se a matéria precisar de reexame de provas ou de requalificação dos fatos da
causa não cabe; Mas se não mexer nas provas, vai so qualificar ou conceituar o conceito
jurídico indeterminado pode ser
Não cabe:
- Reexame de Prova (mas cabe por ofensa a direito probatório- ex: desrespeito das
regras referentes a pericia
No. 07 da S. STJ: “A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso
especial”
No. 279 da S. STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário”
-Para mera interpretação da cláusula contratual (mas cabe por ofensa a norma que
regula matéria contratual ex: se ao interpretar o contrato desrespeita as normas do
código civil)
No. 05 da S. STJ: “A simples interpretação de clausula contratual não enseja
recurso especial.
No. 454 da S. STF: “Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá
lugar a recurso extraordinário.”
6- FUNGIBILIDADE DOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL
- Recebimento de Recurso Especial como Extraordinário (art. 1.032)
Se o relator, no STJ, entender que o recurso especial versa sobre questão
constitucional, deverá conceder prazo de 15 dias para que o recorrente
demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre aquestão
constitucional e remeter o recurso ao STF, que, em juízo de admissibilidade,
poderá julgar ou devolvê-lo ao STJ
7- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
Pré-questionamento
Construído jurisprudencialmente à partir da interpretação dada a “causas
decididas”= so caberá RESP ou REX se houver decisão sobre a matéria
constitucional ou infraconstitucional que será questionada ( se o tribunal não
falar, não caberá o recurso) ( caso não seja falado você deve interpor embargos d
declaração)
Tipos
(1) Expresso = referência expressa ao dispositivo normativo
(2) Implícito = refere-se à norma ( interpretação ao texto legal), mas não ao
dispositivo normativo
(3) Ficto = Art. 1.025= hipótese que você argui a tese e o tribunal ignora ( ex: o
tribunal julga os embargos sobre a omissão de manifestação do tribunal sobre o
pré-questionamento, mas continua omisso)
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
No. 211 da Súmula do STJ: “Inadmissível recurso especial quanto à questão
que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada
pelo Tribunal a quo.” ( cassava a decisão do tribunal, para que ele se
manifestasse sobre a questão não manifestada)= deveria ser cancelado+ No.
320 da Súmula do STJ: “A questão federal somente ventilada no voto
vencido não atende ao requisito do prequestionamento.” = deve ser
cancelado
Obs: ainda há decisões do stj exigindo que se faça uma preliminar
X
No. 356 da Súmula do STF: “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não
foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”
- Preparo: deve haver recolhimento preparo na forma do art. 1.007 (Lei no. 11.636/2007
para o STJ e Resolução No 662/2020 – Tabela de custas do STF
-Sobrestar o recurso (cabe Agravo Interno ao Pleno ou Órgão Especial) que versar sobre
controvérsia de caráter repetitivo já afetada e ainda não decidida pelo STF ou pelo STJ,
conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional
2
Pequena divergência doutrinária quanto ao cabimento de uma reclamação
▪ Recurso que ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão
geral ou de julgamento de recursos repetitivos
▪ Recurso que tenha sido selecionado como representativo da controvérsia
▪ O tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação e não tenha
realizado a retratação
9- EFEITOS
REGRESSIVO
DEVOLUTIVO
Efeito devolutivo amplo em profundidade, mas limitado na extensão à matéria de
fundamentação vinculada
- Aplica-se o art. 493 e o 933 (não o fato novo, mas o direito superveniente dele
decorrente)
▪ Se a constatação se verifica antes do fim do julgamento na instância ordinária e
a matéria foi pré-questionada, cabe
▪ Se a constatação se dá após o julgamento da instância ordinário a questão se
torna controvertida. (deveria aceitar)
10- PROCEDIMENTO
UM SÓ RECURSO
NO JUIZO A QUO
Interposto diretamente no processo Tribunal de origem
Tramita o recurso na Presidência do Tribunal de origem (independente do órgão que
proferiu a decisão), que colhe as contrarrazões e promove o juízo de admissibilidade na
forma do art. 1.031 (admissibilidade provisória) e remete ao Tribunal Superior
respectivo, se interposto apenas RE ou RESP
NO JUIZO AD QUEM
A tramitação interna e o julgamento em si ocorrerá conforme o Regimento Interno do
STJ ou do STF
REGIME ESPECIFICO
ARTIGO 102
1.2 CABIMENTO
c) Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição
(municipal ou estadual)
- Prevalência no acórdão da lei ou do ato administrativo estadual ou municipal, em
detrimento e em contraste com a Constituição Federal.
d) Julgar válida lei local contestada em face de lei federal (pe uma decisão de
competência legislativa)
- Na essência a questão é constitucional, por invasão das competências legislativas
previstas na Constituição (art. 24 da CF)
-Hipótese incluída pela EC no. 45/2004, antes cabia recurso especial (desdobramento da
antiga redação da alínea “b” do inciso III do art. 105 da CF)
- A decisão sobre a repercussão geral é irrecorrível ( não cabe outro recurso, sem ser
embargos de declaração)
Cabe embargos de declaração
Obs: a resp é julgado pela turma (5 ministros), mas a decisão sobre repercussão geral 4 é
tomada pelo plenário5)
DUAS PRESUNÇÕES:
- Há presunção juris tantum de repercussão geral, pois exige-se quórum qualificado de
2/3 (da integralidade dos ministros do supremo) para recusar a existência de repercussão
geral
-Presunção jure et de jure de existência de repercussão geral nos recursos que
impugnem decisões que ( não afastado pelo plenário):
Contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal
Tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos
termos do art. 97 da Constituição Federal. ( o tribunal inferior tenha reconhecido
a insconstiticonalidade)
Acórdão de IRDR (§ 1o do art. 987)
1.4 JULGAMENTO
4
Também gera precedente obrigatório
5
Primeiro o plnario julga se em repercussão geral ou não e depois vai ser julgado o recurso pelas turmas
-Alterações aprovadas em 01/07/2020 no RISTF e na Resolução 642/2019 (Emenda
Regimental no. 54/2020 e Resolução no. 690/2020):
Só serão computados nas sessões virtuais os votos expressamente manifestados
pelos ministros no prazo do julgamento. (ausência de quórum= ou você aceita a
existência de repercussão geral ou renova para uma nova pauta de repercussão
geral)
Quando houver maioria absoluta sobre a natureza infraconstitucional da matéria,
a decisão terá os mesmos efeitos da ausência de repercussão geral ( aparente
inconstitucionalidade)
Possibilidade de o relator negar a existência de repercussão geral com eficácia
apenas para o caso concreto (se houver recurso, a decisão deverá ser confirmada
por 2/3 dos ministros para prevalecer).
- Prazo de julgamento
O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1
(um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu
preso e os pedidos de habeas corpus
- A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata e valerá como acórdão.
-Hoje há 1.099 teses com repercussão geral conhecida e 1.100 com repercussão geral
negada. (sempre olhar)
Negar seguimento
- sem repercução geral
- acordão em conformidade com o etendimento STF em repercussão geral
- precedente obrigatorio julgamento de casos repetitivos
2. RECURSO ESPECIAL
2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
- Objetivo de promover a integridade da legislação infraconsticional
-Não cabe nos Juizados Especiais (as Turmas Recursais não são Tribunais
No. 203 da Súmula do STJ: “Não cabe recurso especial contra decisão proferida
por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais”.
-Só cabe de acórdão do tribunal de justiça ou de tribunal federal, não cabe de decisões
monocráticas ou sentenças
2.2 CABIMENTO
- Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência ( como regra os tratados são
normas infraconstitucionais) ( tratado sobre direitos fundamentais são recepcionado
como norma consticional, se for assim, o recurso cabível é resp)
Questão federal infraconstitucional
Contrariar significa qualquer forma de ofensa a norma legal ‘ federal.
A admissibilidade consiste em alegar a contrariedade. (a inexistência ou
existencia é matéria de mérito)
Conceito de Lei Federal - lei complementar, lei ordinária, lei delegada, decreto-
lei, medida provisória e decreto autônomo federal
Não cabe de resolução, portaria, normas individuais em geral.
No 399 da Súmula do STF: Não cabe recurso extraordinário, por
violação de lei federal, quando a ofensa alegada for a regimento de
tribunal.
- Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal ( matéria
infraconstitucional)
Prevalência no acórdão do ato administrativo estadual ou municipal, em
detrimento e em contraste com a Lei Federal.
- Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal
(recurso especial por dissidio jurisprudencial)
O cabimento por dissídio jurisprudencial serve para uniformização da
interpretação da legislação federal, trazendo segurança jurídica e isonomia
( função é de uniformização)
Dissídio entre Tribunais Federais, Tribunal Federal e Tribunal de Justiça,
Tribunais de Justiça distintos ou qualquer deles com o STJ. ( se for entre o
mesmo tribunal, cabe o ao mesmo tribunal promover a uniformização)
No 13 da Súmula do STJ: “A divergência entre julgados do mesmo
tribunal não enseja recurso especial”.
Deve haver a demonstração analítica do dissídio pretoriano, mediante confronto
das teses dos acórdãos recorrido e paradigma em confronte. ( não basta
descrever emendas, mas sim mostrar esse cotejo analitivo- situações fáticas
semelhantes com interpretações da lei federal distintas)
-Não cabe:
De divergência for interna de um mesmo Tribunal
De decisão monocrática (a divergência precisa ser de acordão)
A divergência não se referir à mesma norma
A divergência jurisprudencial deve ser atual, não pode ter sido pacificada em
um dos sentidos
No 83 da Súmula do STJ: “Não se conhece do recurso especial pela
divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo
sentido da decisão recorrida”.
No 286 da Súmula do STF: “Não se conhece do recurso extraordinário
fundado em divergência Jurisprudencial, quando a orientação do plenário
do Supremo Tribunal Federal já se firmou no mesmo sentido da decisão
recorrida”.
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
1- CONSIDERAÇÕES GERAIS
E o recurso que objetiva consolidar a uniformidade da jurisprudência interna do STJ e
do STF, cabível contra o julgamento de RE ou RESP por órgão fracionário
2- CABIMENTO
Em RE ou RESP que divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo
tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito ou sendo um
acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha
apreciado a controvérsia
A Contrário senso, não cabe:
o Quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada.
▪ Salvo se a composição tiver sofrido alteração em mais da metade de seus
membros. (§ 3o do art. 1.043 que levou a superação do Enunciado no. 353 da
Súmula do STF)
o De decisão monocrática (primeiro interpõe um agravo interno, que sera julgado
atraves de um acorão, cabendo desse acordão e embargo)
▪ Do acórdão que julgou agravo interno cabe: Enunciado FPPC no. 230
o Contra acórdão proferido em Ação Originária
o Inciso IV do art. 1.043 do CPC, revogado pela Lei no 13.256, de 2016
o Quando proferido por órgão Plenário (ou Corte Especial no caso do STJ)
o Contra acórdão proferido em agravo do art. 1.042 que inadmitiu o recurso especial e
extraordinário
▪ Enunciado no. 315 da Súmula do STJ: “Não cabem embargos de divergência
no âmbito do agravo de instrumento que não admite recurso especial”. (agravo
pra destrancar o re e resp)
- juízo de admissibilidade
- Se a divergência não for atual
▪ Enunciado no. 168 da Súmula do STJ: “Não cabem embargos de divergência,
quando a jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acordão
embargado”.
▪ Enunciado no. 247 da Súmula do STF: “O relator não admitirá os embargos da
Lei 623, de 19-2-1949, nem deles conhecerá o Supremo Tribunal Federal, quando
houver jurisprudência firme do Plenário no mesmo sentido da decisão
embargada”.
▪ Enunciado no. 598 da Súmula do STF: “Nos embargos de divergência não
servem como padrão de discordância os mesmos paradigmas invocados para
demonstrá-la mas repelidos como não dissidentes no julgamento do recurso
extraordinário”.
o Se o órgão que proferiu o acórdão paradigma não mais possuir competência para
julgar a matéria (?)
▪ Enunciado no. 158 da Súmula do STJ: “Não se presta a justificar embargos de
divergência o dissídio com acórdão de turma ou seção que não mais tenha
competência para a matéria neles versada”.
3- FUNDAMENTOS
Fundamentação vinculada: causa de pedir a existência de divergência e o pedido a
pacificação da jurisprudência em meu beneficio
- Confronto das teses jurídicas divergentes
- Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de
ações de competência originária. ( nçao pode ser acordão recorrido)
- A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-
se na aplicação do direito material ou do direito processual.
4- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
INTRÍNSECOS
Cabimento (art. 1. 043) – já tratado
Legitimidade: na forma do art. 996
Interesse: na forma do art. 1.000
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo poder de recorrer
EXTRÍNSECOS
- Prazo: 15 dias (§ 5o do art. 1.003)
- Regularidade Formal (art. 1.029)
o A exposição do fato e do direito em petição escrita dirigida ao Relator do
RE e RESP
o A demonstração do cabimento do recurso interposto
o A prova da divergência na forma do § 4o do art. 1.043
o O cotejo analítico jurisprudencial
4- EFEITOS
NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO
Como regra os Embargos de Divergência NÃO tem efeito suspensivo
o O RISTJ prevê que não tem efeito suspensivo e o RISTF é omisso,
aplicando-se o art. 995. É possível a concessão excepcional de efeito
suspensivo com base na regra geral do parágrafo único do art. 995, se
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante
a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação
INTERRUPTIVO
A interposição de embargos de divergência no STJ interrompe o prazo para
interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes (§§ 1o e 2o do art.
1.044) .
Se os embargos de divergência forem desprovidos ou não alterarem a
conclusão do julgamento anterior, o recurso extraordinário interposto pela
outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de divergência
será processado e julgado independentemente de ratificação.
5- PROCEDIMENTO
NOÇÕES GERAIS
• No recurso de embargos de divergência, será observado o procedimento estabelecido
no regimento interno do respectivo tribunal superior.
o Art. 330 a 336 do RISTF
o Art. 266 e 267 do RISTJ
• Cabe sustentação oral nos embargos de divergência (937, V)
PROCEDIMENTO NO STF
• Interposto perante o Secretaria do tribunal
•Haverá distribuição ao relator que exerce juízo preliminar de admissibilidade
o Se positivo, colhe as contrarrazões no prazo de 15 dias e pauta o recurso
o Se negativo, caberá agravo interno no prazo de 15 dias, apesar do RISTF
falar em prazo de 5 dias (art. 1.070)
PROCEDIMENTO NO STJ
• Interposto perante a Secretaria
• Será sorteado novo relator que exercerá juízo preliminar de admissibilidade
o Se positivo, colhe as contrarrazões no prazo de 15 dias, intima o MP para
manifestação e pauta o recurso
o Se negativo, caberá agravo interno no prazo de 15 dias
7- JULGAMENTO NO STJ
Caberá à Seção
- Se acórdão recorrido e paradigma forem de Turmas distintas da mesma Seção
8- JULGAMENTO DO STF
- Pelo plenário
1- CONCEITO
E o recurso cabível contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal
recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando a
inadmissão seja fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.
2- CABIMENTO
Contra decisão do presidente ou vice presidente do tribunal recorrido que, na
análise do juízo preliminar de admissibilidade do RE e do RESP, inadmitir recurso
na seguintes hipóteses:
- O recurso que ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou
de julgamento de recursos repetitivos
- O Recurso, apesar de ter sido selecionado como representativo da controvérsia
de recurso repetitivo, tenha sido considerado inadmissível
- O tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação e não tenha realizado a
retratação e, ainda assim, o recurso tenha sido considerado inadmissível
+
Se houver inadmissão de parte do RE e RESP e parte seja considerado prejudicado em
face de aplicação por aplicação de tese fixada em julgamento repetitivo, caberá agravo
do art. 1.042 (agravo em recurso especial e extraordinário) da primeira parte e agravo
interno da segunda
PROMOVE O JUIZ DE
ADMISSIBILIDADE E SE POSITIVO SE A DECISÃO FOR NEGATIVA
REMETE PARA O O STJ OU STF. CABE A AGRAVO PARA
( INETIDO , REFUTADO O JUIZ DE DESTRANCAMENTO
RETRATAÇÃO)
3- FUNDAMENTOS
Os fundamentos aqui não são os do RE ou RESP inadmitidos, são os fundamento da
decisão de inadmissibilidade do recurso
o Seja matéria de fato (ex. a contagem errada do prazo ou a má apreciação de
prova de feriado local juntada aos autos em caso de intempestividade)
o Seja matéria de direito (não aplicação da regra do art. 229 de contagem em
dobro do prazo nos casos de litisconsorte ou a confusão entre reexame de prova
e ofensa a direito probatória)
6- PROCEDIMENTO
INTERPOSIÇÃO E PROCESSAMENTO
Interposição direta perante o presidente ou vice-presidente
• Intimação do agravado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias
• Exercício ou do juízo de retratação (tambem se se retratar remete)
• Remessa ao Tribunal Superior competente (tem que remeter de qualquer jeito- não há
juízo preliminar de admissibilidade)
JULGAMENTO
- Poderá o presidente do STF ou STJ não conhecer De agravo manifestamente
inadmissível, prejudicado ou que não impugne especificamente os fundamento (art. 932,
III)
o Da decisão caberá agravo interno, com distribuição para relator
- O Relator poderá negar ou dar provimento monocrático nas hipóteses do art. 932, IV e
V
o Da decisão caberá agravo interno
- Não sendo o caso de julgamento monocrático admitirá o agravo que poderá ser
julgado, conforme o caso, conjuntamente com o RE ou RESP
o Neste caso caberá sustentação oral
Processo Coletivo
- Semelhanças com o Processo Coletivo
Tutela direito de grupo de pessoas
Objetiva reduzir a litigiosidade repetitiva
-Suspensão de Segurança (art. 4o, § 8o, da Lei no. 8.437/1992 e art. 15, § 5o, da Lei no.
12.016/2009)
Art. 928. Para os fins deste Código, Art. 927. Os juízes e os tribunais
considera-se julgamento de casos observarão:
repetitivos a decisão proferida em:
I - as decisões do Supremo Tribunal
I - incidente de resolução de Federal em controle concentrado de
demandas repetitivas; constitucionalidade;
V - a orientação do plenário ou do
órgão especial aos quais estiverem
vinculados.
2.2 INTERVENÇÃO DO MP
- Sempre que não for o requerente do IRDR ou recorrente do RR, o Ministério Público
intervirá (independente da matéria)
§ 2o do art. 976
Art. 1.038, III
CHEGA AO STJ-
PODE ENTENDER
SUSPENDEM OS QUE É
IRDR INSTALADO A PEDIDO DO
PROCESSOS DO REPETITIVO E
NOS TRIBUNAIS PRESIDENTE OU SUSPENSÃO
RESPECTIVO AFETA
ESTADUAIS OU DO VICE DO NACIONAL
ESTADO OU
FEDERAIS TRIBUNAL SE ENTENDER QUE
REGIÃO NÃO HÁ
REOERCUSSÃO CAI A
AFETAÇÃO
Prazo da suspensão
- O prazo de suspensão é de 1 (um) ano, após o que, se ainda não houver julgamento do
IRDR, voltam a correr os processos (art. 980 e art. art. 1.037, § 4o)
- O Relator pode, por decisão fundamentada, estender a suspensão por prazo superior a
1 (um) ano (parágrafo único do art. 980)
RECLAMAÇÃO
1- MEIO DE IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
RECURSOS
SUCEDÂNEOS RECURSAS (ex: pedido de reconsideração)
AÇÕES AUTONOMAS: RECLAMAÇÃO E AÇÃO RESCISÓRIA
2- BREVE HISTÓRICO
- Nasce na jurisprudência do STF. Das teorias: Poderes Implícitos x Reserva Legal
(cabimento por usurpação do poder ou por desrespeito a decisão- no próprio tribunal) =
quem tem o poder explicito de julgar tem o poder implícito de fazer valer a sua decisão
e a sua competência ; existe uma parte da doutrina que defende que ela advém de
expressa previsão legal mas não foi que ela nasceu
- Previsão Constitucional
STF (art. 102, I, “l”, CF)
STJ (art. 105, I, “f”, da CF)
Nas Constituições Estaduais (ADI no. 2.212- 1/CE- consticionalidade das
normas das cosntiticições estaduais que previam as reclamações, mas declarou
inconsticional o STF inserir no seu regimento)
Ausência de Previsão para os Tribunais Federais (RE no. 405.031 no STF)
- CPC
Antes do CPC de 2015 eu tinha a previsão na constituição pra o STJ e o STF,
mas não admitia esse recurso para os TRT e os TST, somente cabível com previsão nas
legislações estaduais e previsão no tribunal militar
O CPC de 2015 institui a reclamação e determina que são cabíveis para
todos os tribunais
3- CONCEITO E NATUREZA
Antes do CPC boa parte da doutrina entendia que a reclamação tinha natureza de direito
de petição (entendia erros: seria direito de ação civil)
Depois do CPC: compreensão correta de ação civil de competência originaria dos
tribunais que tem por objetivo impugnar pronunciamento judicial não transitado
julgado, com o objetivo de preservação da competência e/ou ato judicial ou ato
administrativo visando a garantia da autoridade das decisões dos respectivos
tribunais
Pode impugnar
Decisão judicial => quando esta decisão judicial usurpe competência do
tribunal ou desrespeite a autoridade da decisão do tribunal
Ato administrativo => que desrespeito a autoridade da decisão do
respectivo tribunal
4- CABIMENTO
Ação civil com fundamentação vinculada: somente cabível de decisões que contenham
vícios, previstos no CPC, rescisórios
Demanda de causa de pedir e fundamentação vinculadas
HIPÓTESES DE CABIMENTO
PRESERVAR A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL (ART. 988, I)
CONTRA ATOS JUDICIAIS
Exemplos:
- Juiz de 1o grau realiza inadmissibilidade da apelação intempestiva (juiz de primeiro
grau não faz juízo de admissibilidade de apelação)
- Ato do presidente de tribunal que não remete ao STJ ou STF o agravo do art. 1.042 do
CPC (o presidente não tem competência para decidir sobre admissibilidade de agravo
em RE e RESP)
- Omissão ou demora injustificada do presidente do Tribunal em apreciar a
admissibilidade de RE ou REsp
- Omissão na remessa dos autos ao STF quanto é reconhecida a suspeição de todo o
tribunal (art. 102, I, “n”) ou convocação de juízes de 1o grau para julgar tais ações.
- Ato de juiz de 1o grau que suspende a execução na pendência de ação rescisória.
(quem pode fazer isso é o respectivo tribunal com competência para julgar a ação)
- Contra o agravo interno proposto contra a decisão do Presidente ou vice que inadmite
o RE ou RESP indevidamente
-Exige o esgotamento das vias ordinárias (exigência do próprio CPC)
- O STF tem suspensas as RCL no 11427 e 11408 no Plenário, por pedidos de vista, e
discutem a possibilidade ou não de utilizar a Reclamação para contestar decisões dos
tribunais de origem sobre aplicação da repercussão geral.
- O STJ, no julgamento da RCL no. 31.637 disse não caber para preservação do
precedente. Cabível apenas pelas partes do recurso modelo.
Exemplos gerais:
- Contra ato judicial que determina execução de um julgado de maneira diversa da
determinada pelo tribunal (o STF determinou que a execução deveria ser por
expropriação, o juiz de primeiro grau vai e adota outras medidas coercitivas)
- Contra decisão dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais que contraria entendimento do
STJ ( não cabe recurso especial para o STJ das decisões dos juizados especiais)
Resolução no. 12/2009, da Corte Especial do STJ (passa a reconhecer a
possibilidade de reclamação) , revogada pela Emenda Regimental no. 22/2016
( não cabe mais reclamação no Juizados especiais)
Resolução no. 03/2016 que atribui aos Tribunais de Justiça ou Regionais
Federais a Competência ( cabe reclamação dos juizados, mas a competência
seria dos respectivos tribunais)
IRDR (art. 985, I)
6- LEGITIMIDADE
Ativa
A parte (inclusive terceiros intervenientes) por advogado privado ou pela
Defensoria Pública- da parte a quem o ato reclamado prejudica
MP (como parte ou fiscal da lei)
Obs; cabe a intervenção de terceiro, podendo o terceiro figurar no polo ativo ou passivo
Passiva
Se é contra ato administrativo, vai ser quando a autoridade administrativa
(pessoa jurídica de direito publico)
Se é contra decisão judicial, vai ser o beneficiário do ato reclamado
Obs. Autoridade Judicária ou Administrativa ( que emitiu o ato)não é parte, presta
informações
7- COMPETÊNCIA
-Órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda
garantir (§ 1o do art. 988) ( no tribunal que teve a decisão ou competência
desrespeitada)
8- PROCEDIMENTO
a) Petição inicial
-Dirigida ao Presidente do Tribunal
- Requisitos Ordinários do art. 319/320
- Prova “ducumental” (documentada)
b) Processamento
c) Ministério publico
- Na reclamação que não houver formulado, o Ministério Público terá vista do processo
por 5 (cinco) dias, após o decurso do prazo para informações e para o oferecimento da
contestação pelo beneficiário do ato impugnado, para se manifestar
d) Julgamento
-Inadmitida- Inadmissibilidade: decisão sem resolução do mérito, por extinção
- Rejeitada: a rejeição da reclamação se da por uma decisão de improcedência, de
eficácia declaratória.
- Acolher- Procedência: Julgando procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão
exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada à solução da controvérsia
(art. 992)
f) Recursos:
• Agravo Interno- quando a reclamação for julgada pelo relator
•Recurso Especial (proferidas por TJ ou TRF)- quando julgada por tribunal de segunda
instancia
•Recurso Extraordinários (proferidas por TJ, TRF ou STJ)- quando julgada por tribunal
de segunda instancia
g) Execução
-O presidente do tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão,
lavrando-se o acórdão posteriormente (art. 993)
9- CARACTERÍSTICAS
Ação autônoma, de natureza constitucional, de impugnação de ato judicial
Jurisdição contenciosa
Enseja processo novo
Não é recurso
Não depende da derrota de uma das partes
Segundo Didier ela impede o transito em julgado, tendo efeito obstativo
Decisãos obre a reclamação forma coisa julgada
DUVIDAS/ ANOTAÇÕES
- Ação recisória : o prazo de prova nova começa a conta do dia que a parte descobriu a
prova nova- dois anos da descoberta da prova nova, mas o maximo da rescindibilidade
é de 5 anos (exceção)
A recisósia cabe contra questões de merito e excepcionalmente decisões não de merito:
Quando a decisão não de merito impedir a propositura de nova ação
DUVIDAS/ ANOTAÇÕES
- Ação rescisória : o prazo de prova nova começa a conta do dia que a parte descobriu a
prova nova- dois anos da descoberta da prova nova, mas o máximo da rescindibilidade
é de 5 anos (exceção)
A rescisória cabe contra questões de mérito e excepcionalmente decisões não de mérito:
Quando a decisão não de mérito impedir a propositura de nova ação
3- CONCEITO E NATUREZA
Conceito: ação de competência originária dos tribunais, por meio da qual se pede a
desconstituição de decisão de mérito, ou obstativa do conhecimento do mérito,
transitada em julgado e, se necessário, o rejulgamento da causa.
(obs: mérito é diferente de questão material)
Natureza:
-Quanto ao pedido rescindente: ação desconstitutiva ( pedido de desconstituição da
coisa julgada)
- Quanto ao pedido rescisório: terá a mesma natureza da ação originária podendo ser
declaratória, constitutiva ou condenatória ( o pedido de rejulgamento)
4- DECISÃO RESCINDÍVEL
Decisão que Homologa Partilha Amigável (art. 658 – FPPC no. 137)
Se partilha extrajudicial, deverá ser proposta ação anulatória (CC,
art. 2.027 e CPC arts. 657 e 966, § 4o - FPPC no. 138)
Art. 966, § 4o: “Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros
participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios
praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei”.
NOÇÕES GERAIS
- O Recurso é o meio de impugnação da decisão no mesmo processo em que foi
proferida, impedindo o trânsito em julgado e Ação Rescisória é o meio de impugnação
da decisão que transitou em julgado em processo autônomo
- Prevaricação (CP, 319); concussão (CP, art. 316); corrupção passiva (CP, 317).
- Não se exige a condenação criminal do juiz para admissibilidade da rescisória
- Se a decisão rescindenda foi proferida por órgão colegiado é rescindível ainda que o
ato ilícito tenha sido praticado por um só juiz entre os votos vencedores (há quem
entenda o oposto)
Quando voto decorrente de ilícito foi vencido, só se houver prejuízo
O voto do julgador corrompido precisa ter repercussão prática na conclusão ou
no resultado
Necessário que o juiz impedido tenha proferido a decisão rescindenda e não apenas praticado
atos no processo
( não vale pra recisão) ( o juiz impedido tem que ter proferido a decisão)
-Merece nota a legitimidade que, neste caso, cabe ao MP e aos terceiros juridicamente
prejudicados, não cabendo, em princípio, pelas partes fraudadoras
- Quando decorre do efeito negativo da coisa julgada (vedação de nova decisão) haverá
apenas pedido rescindente (iudicium rescindens), sem rejulgamento.
-Quando decorre do efeito positivo (determinação de ser levada em consideração em
outro processo como questão prejudicial) haverá também pedido rescisório (iudicium
rescissorium)
-Conflito de coisas julgadas (se não proposta a rescisória)
Não há consenso na doutrina se deve ser respeitada aprimeira ou a segunda
coisa julgada
- A norma violada pode ser de qualquer natureza, desde que seja norma geral
Constituição, Leis Ordinária, Delegada e Complementar. Federal, Estadual ou
Municipal. Inclusive precedente obrigatório (art. 927)
- Princípios e Regras
F) Prova falsa
-A falsidade pode ter sido apurada em processo criminal ou pode ser demonstrada
na própria ação rescisória
A prova ilícita que não seja falsa dá azo à rescisória com base no art. 966, V
( por manifesta violação a norma jurídica), por ofensa ao art. 5o, LVI da CF e
outras normas sobre prova.
Cuja existência era ignorada ou que só agora pode ser utilizada pelo Autor da
rescisória
Prova Nova precisa ser capaz, por si só, de assegurar pronunciamento favorável
- O Erro de Fato precisa ser verificável do exame dos autos, não cabendo produção de
outras provas
- O fato não represente ponto controvertido entre as partes, sobre o qual o juiz
deveria ter se pronunciado.
-É rescindível a partilha julgada por sentença, além dashipóteses dos incisos do art.
966:
Erro de fato na descrição dos bens
Se feita com preterição de formalidades legais
Se preteriu herdeiro ou incluiu quem não o seja
9- LEGITIMIDADE
- Quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular (Não
importante se Autor ou Réu no processo originário)
- Aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção
Serve para conferir legitimidade a intervenções especiais como as do CADE (art.
118 da Lei no. 12.529/2011) ou CVM (art. 31 da Lei no. 6.385/1976)
Parte da doutrina entende desnecessária a previsão, pois se enquadrariam no
conceito de terceiro interessado
LEGITIMIDADE PASSIVA
10- COMPETÊNCIA
O Tribunal é competente para julgar a ação rescisória dos seus próprios julgados e das
decisões dos juízes a ele vinculados
Enunciado no. 249 da Súmula do STF: “É competente o Supremo Tribunal
Federal para a ação rescisória, quando, embora não tendo conhecido do recurso
extraordinário, ou havendo negado provimento ao agravo, tiver apreciado a questão
federal controvertida” (entenda provido).
A competência é fixada pela última decisão de mérito, ainda que outras que não
analisem o mérito (inadmissibilidade de recurso) tenham sido proferidas- regra geral
Quanto a competência interna, o órgão será aquele designado no Regimento interno,
mas a escolha de Relator recairá, sempre que possível, em juiz que não haja participado
do julgamento rescindendo (parágrafo único do art. 971)
INCOMPETÊNCIA
- O autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da
ação rescisória, quando o Reconhecimento da incompetência vier acompanhada do
reconhecimento de que a decisão apontada como rescindenda também está errada,
quando a decisão apontada como rescindenda:
Não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação prevista no § 2o do
art. 966 (desde que exista uma decisão rescindível)
Tiver sido substituída por decisão posterior.
Após a emenda da petição inicial, será permitido ao réu complementar os
fundamentos de defesa, e, em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente.
NOÇÕES GERIAS
-Os requisitos gerais de qualquer petição inicial previstos no art. 319- uma ressalva deve
ser feita: eu preciso de uma nova procuração e o STF tem exigido poderes especiais
para propror
-Trânsito em julgado da decisão resicindenda
- Enquadramente em uma das hipóteses do art. 966 ou dos arts. 658 e 657
- Inocorrência da decadência bienal (art. 975)
Na hipótese de prova nova (art. 966, VII) o termo inicial será a data de descoberta da
prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em
julgado
da última decisão proferida no processo
Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes (art. 966, III), o prazo começa a
contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio
no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão.
PETIÇÃO INCIAL
DEPÓSITO OBRIGATÓRIO
( aém do pagamento das custas e do ônus de sucumbência, tem que fazer esse deposito)
VALOR DA CAUSA
PROCESSAMENTO
- Quanto o Relator pedir dia para o julgamento, a secretaria do tribunal expedirá cópias
do relatório e as distribuirá entre os juízes que compuserem o órgão competente para o
julgamento.
JULGAMENTO
-O novo julgamento decidirá pela restituição do depósito (inciso II do art. 968) ao Autor
ou sua conversão em multa em favor do Réu.
12- RECURSOS
• Agravo Interno das decisões de Relator
•Embargos de declaração