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PROCESSO CIVIL III

PRECEDENTES

1- NOÇÕES GERAIS
TRADIÇÕES (algo mais amplo que o sistema, que está vinculado a formação do
mundo jurídico):
 COMMON LAW (sistema muito mais permeável ao sistema costumeiro, mesmo
que não escrito)
O Commow law e precendentes obrigatórios (esse sistema tem a influência dos
precedentes maior, mas não se confundem)
- Doutrina do Stare Decisis ou regra de Rule of Precedent
- O common law inicia-se na Grâ Bretanha no século II e o sistema de precedentes no
século XIX

 CIVIL LOW (a influência da norma jurídica escrita é o que caracteriza esse


sistema)
- Desde de sempre as decisões das cortes constitucionais nesses sistema constituem
precedentes obrigatórios a serem seguidos (não se iniciou com o código de processo
civil de 2015)

SISTEMA JURÍDICOS (conjuntos de normas aplicáveis em um certo local)


 Sistema brasileiro
O sistema brasileiro é um sistema de CIVIL LAW onde a gente tem implantado um
sistema onde a jurisprudência tem uma importância próxima a importância da lei ( a lei
ainda é a fonte normativa principal)

2- CONCEITO DE PRECEDENTE
O precedente é uma decisão judicial e que esta decisão judicial possua algum grau
de influencia nas decisões futuras ( ter uma eficácia vinculante ou persuasiva).
Será persuasiva quando por força da sua fundamentação ou importância
influenciar em decisões futuras sem obrigatoriamente precisar ser seguida,
poderá ser também vinculativa geral ou parcial
O precedente não é a decisão toda. O precedente é a regra geral de direito extraída
da decisão geral sendo composta pela RATIO DECIDENDI ( razão de decidir- o
elemento mais importante do precedente) + OBTER DICTUM (todas as questões
colaterais resolvidas, mas não importantes pro precedentes- podendo ser de direito
material ou processual)
O precedente é algo a ser reconhecido como precedente por outro juiz.

3- SISTEMA BRASILEIRO DE PRECEDENTES


O cpc de 2015 apesar de não fundar o sistema de precedentes, ele é muito importante
para a estruturação do sistema de precedentes
 AS DECISÕES DAS CORTES CONSTITUCIONAIS ( sempre existir a eficácia
vinculante das decisões das cortes constitucionais)

 SÚMULA E ENUNCIADO DA SÚMULA


A sumula é a jurisprudência que é composta por enunciados
Obs: o enunciado de sumulas nasce do regimento do Supremo

 O CPC INSTITUI O PRINCÍPIO DA UNIFORMIZAÇÃO DA


JURISPRUDÊNCIA
Ordem programática de uniformização da sua jurisprudência (aplicando os princípios da
isonomia e da segurança jurídica) + devem manter ela estável.

Art. 926. Os tribunais devem uniformizar sua jurisprudência e mantê-


la estável, íntegra e coerente.

§ 1º Na forma estabelecida e segundo os pressupostos fixados no


regimento interno, os tribunais editarão enunciados de súmula
correspondentes a sua jurisprudência dominante. (critica- é a forma do
civil law de fazer- deficiência de utilidade da sumula, porque resume
muito)

§ 2º Ao editar enunciados de súmula, os tribunais devem ater-se às


circunstâncias fáticas dos precedentes que motivaram sua criação.

ROL DE PRECEDENTES DO SISTEMA BRASILEIRO

a) As decisões do STF em controle concentrado de constitucionalidade (ADIN,


ADPF E ADC)

Eficácia vinculante

b) Enunciados da sumula vinculante


O que da força vinculante é o artigo 103-A da CF

c) os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de


demandas repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário (STF) e
especial repetitivos (STJ);

A gente tem no brasil um sistema de julgamento de causas repetitivas

d) os enunciados da sumula do STF em matéria constitucional e do STJ em matéria


infraconstitucional

(são diferentes das sumulas vinculantes) ?

e) a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:

I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle


concentrado de constitucionalidade;

II - os enunciados de súmula vinculante;

III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de


resolução de demandas repetitivas e em julgamento de recursos
extraordinário e especial repetitivos;

IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal


em matéria constitucional e do Superior Tribunal de Justiça em
matéria infraconstitucional;

V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais


estiverem vinculados.

§ 1º Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e


no art. 489, § 1º , quando decidirem com fundamento neste
artigo.

§ 2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de


súmula ou em julgamento de casos repetitivos poderá ser
precedida de audiências públicas e da participação de pessoas,
órgãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da
tese.

§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do


Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela
oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver
modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da
segurança jurídica.
§ 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência
pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos
repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada
e específica, considerando os princípios da segurança jurídica,
da proteção da confiança e da isonomia.

§ 5º Os tribunais darão publicidade a seus precedentes,


organizando-os por questão jurídica decidida e divulgando-os,
preferencialmente, na rede mundial de computadores.

4- APLICAÇÃO DOS PRECEDENTES


(PRECEDENTE É UMA NORMA JURÍDICA JURISPRUDENCIAL)
RATIO DECIDENDI- regra de direito extraída da decisão judicial especialmente, mas
não exclusivamente da fundamentação que resolve o caso posto a julgamento e deve ser
transporta para os demais casos análogos

OBTER DICTUM- Todas as questões de fato ou de direito tratadas no precedente e que


não são essências para a solução de direito aplicada ao caso concreto, de forma a não
possuir força vinculante

DISTINGUISHING- decisão feita como forma de demonstrar que o precedente não se


aplica ao caso em julgamento por conta das diferenças existentes, notamente de fato
Impostancia dos incisos V e VI do paragrafo primeiro do artigo 489

5- HIPÓTESES DE APLICAÇÃO DE PRECEDENTES


- Autoriza a concessão da tutela de evidência

Art. 311. A tutela da evidência será concedida,


independentemente da demonstração de perigo de dano ou de
risco ao resultado útil do processo, quando: II - as alegações de
fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e
houver tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em
súmula vinculante;

- permite a improcedência liminar do pedido

Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,


independentemente da citação do réu, julgará liminarmente
improcedente o pedido que contrariar:
I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do
Superior Tribunal de Justiça;

II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo


Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos;

III - entendimento firmado em incidente de resolução de


demandas repetitivas ou de assunção de competência;

IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito


local.

§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o


pedido se verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou
de prescrição.

§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito


em julgado da sentença, nos termos do art. 241 .

§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco)


dias.

§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento


do processo, com a citação do réu, e, se não houver retratação,
determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no
prazo de 15 (quinze) dias.

- Permite a dispensa da remessa necessária (a remessa necessária é a necessidade de que


algumas decisões em desfavor da fazenda precisam ser remitidas ao tribunal para
confirmação- podendo ser desconsiderada quando se tem um precedente estabelecido)

art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não


produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a
sentença:

§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a


sentença estiver fundada em:

I - súmula de tribunal superior;

II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo


Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos;

III - entendimento firmado em incidente de resolução de


demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante
firmada no âmbito administrativo do próprio ente público,
consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.

- dispensa de caução para liberação de valores ou alienação de bens na execução


provisória

Art. 521. A caução prevista no inciso IV do art. 520 poderá ser


dispensada nos casos em que:

IV - a sentença a ser provisoriamente cumprida estiver em


consonância com súmula da jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal ou do Superior Tribunal de Justiça ou em
conformidade com acórdão proferido no julgamento de casos
repetitivos.

Parágrafo único. A exigência de caução será mantida quando da


dispensa possa resultar manifesto risco de grave dano de difícil
ou incerta reparação.

- Possibilidade do relator monocraticamente negar provimento ou dar provimento a


recurso ( obs: no tribunal em regra as decisões são colegiadas)

Art. 932. Incumbe ao relator:

IV - negar provimento a recurso que for contrário a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal


de Justiça ou do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo


Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de


demandas repetitivas ou de assunção de competência;

V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar


provimento ao recurso se a decisão recorrida for contrária a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal


de Justiça ou do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo


Superior Tribunal de Justiça em julgamento de recursos
repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de
demandas repetitivas ou de assunção de competência;

- Julgar de plano o conflito de competência

Art. 955. O relator poderá, de ofício ou a requerimento de qualquer


das partes, determinar, quando o conflito for positivo, o sobrestamento
do processo e, nesse caso, bem como no de conflito negativo,
designará um dos juízes para resolver, em caráter provisório, as
medidas urgentes.

Parágrafo único. O relator poderá julgar de plano o conflito de


competência quando sua decisão se fundar em:

I - súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de


Justiça ou do próprio tribunal;

II - tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente


de assunção de competência.

- Reclamação

Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério


Público para:

IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de


incidente de resolução de demandas repetitivas ou de incidente de
assunção de competência;

- presunção de repercussão geral no recurso extraordinário ( todo e qualquer recurso


extraordinário que não acate um precedente ele vai ter repercussão geral)

Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão


irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a
questão constitucional nele versada não tiver repercussão geral,
nos termos deste artigo.

§ 3º Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar


acórdão que:

I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo


Tribunal Federal;

III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de


lei federal, nos termos do art. 97 da Constituição Federal .
6- MODIFICAÇÃO DE PRECEDENTES
( o precedente não é vitalício)

Exemplos:
- DISTINGUISHING (para alguns seria uma forma de superação, mas discorda-se)
- SIGNALING
-TRANFORMATION
- OVERRIGING
-OVERRULING
- ANTECIPATORY OVERRULING
- PROSPECTIVE OVERRRUILG

 OVERRULING
É Alteração da tese jurídica adotada nos precedentes obrigatórios
- permite a modução de efeitos
- pode fazer a audiência publica
- exigência da fundamentação adequada e previdência

Artigo 927-

§ 1º Os juízes e os tribunais observarão o disposto no art. 10 e


no art. 489, § 1º , quando decidirem com fundamento neste
artigo.

§ 2º A alteração de tese jurídica adotada em enunciado de


súmula ou em julgamento de casos repetitivos poderá ser
precedida de audiências públicas e da participação de pessoas,
órgãos ou entidades que possam contribuir para a rediscussão da
tese.

§ 3º Na hipótese de alteração de jurisprudência dominante do


Supremo Tribunal Federal e dos tribunais superiores ou daquela
oriunda de julgamento de casos repetitivos, pode haver
modulação dos efeitos da alteração no interesse social e no da
segurança jurídica.
§ 4º A modificação de enunciado de súmula, de jurisprudência
pacificada ou de tese adotada em julgamento de casos
repetitivos observará a necessidade de fundamentação adequada
e específica, considerando os princípios da segurança jurídica,
da proteção da confiança e da isonomia.

- Sistema de edição e cancelamento da Súmula Vinculante pelo STF  Ver: § 2o do art.


103-A da CF e Lei n 11.417/2006

CPC

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou


por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional,
aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do
Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas
esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua
revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide
Lei nº 11.417, de 2006).

§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a


aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser
provocada por aqueles que podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade.

Lei n 11.417/2006 –

Art. 2º O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por


provocação, após reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, editar enunciado de súmula que, a partir de sua
publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação
aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública
direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem
como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma prevista
nesta Lei.

§ 1º O enunciado da súmula terá por objeto a validade, a


interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das
quais haja, entre órgãos judiciários ou entre esses e a
administração pública, controvérsia atual que acarrete grave
insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos
sobre idêntica questão.
§ 2º O Procurador-Geral da República, nas propostas que não
houver formulado, manifestar-se-á previamente à edição,
revisão ou cancelamento de enunciado de súmula vinculante.

§ 3º A edição, a revisão e o cancelamento de enunciado de


súmula com efeito vinculante dependerão de decisão tomada por
2/3 (dois terços) dos membros do Supremo Tribunal Federal, em
sessão plenária.

§ 4º No prazo de 10 (dez) dias após a sessão em que editar, rever


ou cancelar enunciado de súmula com efeito vinculante, o
Supremo Tribunal Federal fará publicar, em seção especial do
Diário da Justiça e do Diário Oficial da União, o enunciado
respectivo.

Art. 4º A súmula com efeito vinculante tem eficácia imediata,


mas o Supremo Tribunal Federal, por decisão de 2/3 (dois
terços) dos seus membros, poderá restringir os efeitos
vinculantes ou decidir que só tenha eficácia a partir de outro
momento, tendo em vista razões de segurança jurídica ou de
excepcional interesse público.

Art. 5º Revogada ou modificada a lei em que se fundou a edição


de enunciado de súmula vinculante, o Supremo Tribunal
Federal, de ofício ou por provocação, procederá à sua revisão ou
cancelamento, conforme o caso.

Art. 6º A proposta de edição, revisão ou cancelamento de


enunciado de súmula vinculante não autoriza a suspensão dos
processos em que se discuta a mesma questão.

Art. 7º Da decisão judicial ou do ato administrativo que


contrariar enunciado de súmula vinculante, negar-lhe vigência
ou aplicá-lo indevidamente caberá reclamação ao Supremo
Tribunal Federal, sem prejuízo dos recursos ou outros meios
admissíveis de impugnação.

§ 1º Contra omissão ou ato da administração pública, o uso da


reclamação só será admitido após esgotamento das vias
administrativas.

§ 2º Ao julgar procedente a reclamação, o Supremo Tribunal


Federal anulará o ato administrativo ou cassará a decisão
judicial impugnada, determinando que outra seja proferida com
ou sem aplicação da súmula, conforme o caso.

Art. 10. O procedimento de edição, revisão ou cancelamento de


enunciado de súmula com efeito vinculante obedecerá,
subsidiariamente, ao disposto no Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal.
EXERCÍCIO:

É possível afirmar que precedentes judiciais existem apenas nas tradições de


Common Law?

Não, os precedentes judiciais existem nas tradições de Common Law e de Civil Law.
No Common Law o sistema jurídico é mais permeável ao sistema costumeiro e
possui maior influência do precedentes judiciais ( o que caracteriza a tradição é a
formação do direito não prioritamente por textos legislativos, mas piroritamente pela
questão costumeira) (racicionio indutivo, aplica a decisão dos casos concretos e
genereraliza). O Civil Law, por sua vez, é caracterizado pela força da norma jurídica
escrita, mas, também, pela necessidade de seguir as decisões das Cortes
Constitucionais (entendidas precedentes obrigatórios). (racicionio dedutivo-
estabelece normas gerais e pega o caso concreto e aplica- mas há um crescente
infuencia doprocesso indutivo)

Conceitue precedente judicial.


O precedente judicial é uma parte da decisão judicial que conforma uma norma
geral, fruto da interpretação e compreensão do direito no caso analisado, que poderá
ser utilizada futuramente como diretriz para o julgamento de casos análogos,
influenciado, assim, as decisões futuras.

Precedente é norma jurídica ( diferente de texto)- nas decisões elencadas no artigo


927 eles tem plena aptdão a gerar precedente ( ele é um precedente, antes de ser
aplicado por terceiro). No que se refere aos precedentes persuasivos, eu n]ao tenho
uma norma que obrigue a utilização das decisões, sendo reconhecido como
precedente quando utilizado. Assim, o precedente sempre vai ser formado na
aplicação

O precedente é a norma que eu consigo generalizar do caso.

O precedente tem eficiacia vinculante ou persuasiva

Ex: a decisão em uma apelação é um precedente, pois terá uma eficácia persuasiva
(sendo o seu grau de persuasão diferente a depender do agente)

Precedente
- precedente eficácia vinculante ou persuasiva
- dispositovo efeitos egar omnes ou inter partes
( efeito- é consequencia)
( eficácia- é a força cogente)

Questionar a respeito das decisões sem um consenso

Diferencie ratio decidendi e obiter dictum


A Ratio Decidendi, segundo Fredie Didier, corresponde aos fundamentos jurídicos
que sustentam a decisão, ou seja, é a tese jurídica conformada no caso concreto que
expressa a opção hermenêutica adotada no julgamento.

O Obter Dictum, segundo o autor, consiste no argumento jurídico, comentário,


consideração, ou qualquer outro elemento jurídico hermenêutico que não tenha
influência decisiva e substancial para o deslinde da controvérsia. Trata-se de questão
adicional, paralela e não necessária para a fundamentação ou conclusão da decisão .

Os Enunciados da Súmula da Jurisprudência dos tribunais pode ser considerado


um precedente judicial?

O enunciado da súmula consiste na expressão em uma frase do entendimento


jurisprudencial. O enunciado, portanto, corresponde ao resumo do precedente e não o
precedente em si, vez que o precedente judicial é composto por todos os fundamentos
jurídicos que levaram à formação de uma tese jurídica para a realização do
julgamento.

Quais deveres se extraem do art. 926 do CPC e quais os princípios que estão por
trás destes deveres e das regras que estabelecem a obrigatoriedade de respeito
aos precedentes judiciais.
É possível extrair do artigo 926 deveres para os tribunais no que se refere a
construção e manutenção de um sistema de precedentes, quais sejam o dever de
uniformizar sua jurisprudência, bem como de manter a sua jurisprudência íntegra,
estável e coerente. Por trás de tais deveres, estão os princípios da segurança jurídica e
da isonomia, vez que garante que casos análogos sejam decididos da mesma forma.

Diferencie a eficácia vinculante da coisa julgada (inclusive a eficácia erga omnes


da coisa julgada nas ações direta de controle de constitucionalidade) da eficácia
vinculante do procedente judicial obrigatório.

A coisa julgada corresponde ao efeito de indiscutibilidade e imutabilidade da decisão


jurídica acerca do caso concreto posto à apreciação jurisdicional, comumente
identificada pelo dispositivo da sentença. Esta possui eficácia vinculante entre as
partes envolvidas na lide, ou seja, entre o autor e o réu.

É necessário observar, entretanto, que nas ações de controle concentrado de


constitucionalidade (como a ADC) o que se objetiva é a declaração da
constitucionalidade da norma em análise e não a decisão a respeito de um caso
concreto. A decisão em tais ações terá efeito vinculante em relação a todos os demais
órgãos, devido a existência de expressa previsão legal nesse sentido. Assim, o
dispositivo, que decidirá sobre a constitucionalidade de uma norma, terá eficácia erga
omnes, devido ao seu teor.

Os precedentes judiciais obrigatórios, por sua vez, não correspondem a uma decisão
sobre o caso concreto, mas sim a uma tese jurídica firmada à luz da situação fática
discutida. Estes, portanto, não corresponderão ao dispositivo da sentença, mas sim à
sua fundamentação jurídica. Diante disso, o que terá eficácia vinculante no
precedente judicial obrigatório será a tese jurídica firmada, no âmbito da
fundamentação da decisão, e não o julgamento do caso concreto.
Obs: No distinguish eu não aplico o precedente porque trata-se de questão diferente e
não porque foi superada (overuling)

Após fazer a leitura do acórdão anexado à descrição da atividade, indique e


descreva as duas normas jurídicas existentes na referida decisão judicial: (i) a
norma jurídica de caráter individual, que decide o caso concreto; (ii) a norma
jurídica de carácter geral, extraída da decisão (ratio decidendi do precedente).

A norma de caráter individual que decide o caso concreto é a necessidade de


submissão do exame incidental de inconstitucionalidade do art. 4o, segunda parte, da
LC 118/2005 ao Órgão Especial do Superior Tribunal de Justiça, nos termos do art.
97 da Constituição.

A norma de caráter geral que pode ser extraída da decisão é que: o julgamento da
inaplicabilidade de um norma federal, no âmbito dos Tribunais, quando for baseado
em previsão constitucional, deverá, obrigatoriamente, atender reserva do Plenário
(conforme prevê o art. 97 da Constituição).

Ementa= é um resumo estruturado das decisões que foram proferidas ( tem a ratio
decidente tem a norma individual

ORDEM DOS PROCESSOS NOS TRIBUNAIS

1- NOÇÕES GERIAS
Compreender aquilo que está no âmbito de competência dos tribunais. Os tribunais tem
três tipos de competência:
- Originária (desde o primeiro grau de jurisdição o processo já começa naquele tribunal-
ex: ação rescisória, reclamações) (todos os tribunais tem essa competência)
- Recursal: promove o julgamento em grau de recurso das decisões de primeiro grau (a
decisão vai ser revisada)
- Competência para o reexame necessário: algumas decisões contra Fazenda Pública
para ter eficácia elas se submetem a necessidade de sua confirmação do tribunal
Obs: Os incidentes são instaurados no tribunal em um dos três âmbitos supracitados

 Importância do regimento interno


Esse ato normativo é muito importante no âmbito das relações dos tribunais. A sua força
normativa nasce diretamente da constituição (artigo 96- competência privativa dos
tribunais de promulgar o seu regimento interno)
2- REGISTRO E DISTRIBUIÇÃO
É a forma que a agente tem de promover o ingresso dos autos nos tribunais
Registro- é a anotação oficial da entrada dos autos no tribunal, que se dá mediante
protocolo, ao qual se segue a ordenação dos autos (com numeração, se físicos).
Obs: O protocolo pode ser descentralizado, inclusive com delegação a ofício de 1o grau.
Distribuição- Logo após o registro, tem a distribuição ( é através dela que a gente
outorga competência)
Obs: Tribunal de justiça da Bahia órgão maior é o tribunal pleno, depois vem as seções
cíveis reunidas (compõe todos os desembargadores que atuam em órgãos civeis) e as
seções tribunais; abaixo das seções cíveis temos a seção civil de direito privado
( câmeras pares) e de direito público (câmeras impares), e abaixo as câmeras e dentro
das câmeras cíveis e dentro das câmeras temos as turmas de julgamento de julgadores.
Então chegando no processo, assim que for feito o registro vai ser feita a distribuição:
você vai indicar o desembargador ou a sessão/tribunal pleno.

 Regras e princípios de distribuição


Princípios: Alternatividade ( dividir a quantidade de processos), sorteio e publicidade.
Obs: hoje a distribuição acontece de forma virtual

 No âmbito do tribunal também temos a figura da conexão e da prevenção


O primeiro recurso (ou ação) protocolado no tribunal sobre a demanda tornará prevento
o relator e órgão julgador para eventual recurso subsequente interposto no mesmo
processo ou em processos conexos, promovendo-se, se for o caso, a distribuição por
dependência.
• Aplicam-se subsidiariamente à distribuição nos Tribunais, no que couber, o quanto
preconizado para o primeiro grau de jurisdição (arts. 284/290 do CPC)

3- RELATOR
O processo chegou no tribunal ele vai ser registrado, distribuído e nessa distribuição é
atribuído um órgão monocrático e um órgão colegiado.
O relator é importante, no órgão colegiado você não tem como promover em todos os
atos do processo a reunião de todos os membros. O relator é a pessoa que vai dirigir
monocraticamente o processo, até que o processo esteja apto para ser julgado no órgão
colegiado.
932- CPC
Art. 932. Incumbe ao relator:

I - dirigir e ordenar o processo no tribunal, inclusive em relação à produção


de prova, bem como, quando for o caso, homologar autocomposição das
partes;

II - apreciar o pedido de tutela provisória nos recursos e nos processos de


competência originária do tribunal;

III - não conhecer de recurso inadmissível, prejudicado ou que não tenha


impugnado especificamente os fundamentos da decisão recorrida;

IV - negar provimento a recurso que for contrário a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou


do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior


Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas


ou de assunção de competência;

V - depois de facultada a apresentação de contrarrazões, dar provimento ao


recurso se a decisão recorrida for contrária a:

a) súmula do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça ou


do próprio tribunal;

b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior


Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas


ou de assunção de competência;

VI - decidir o incidente de desconsideração da personalidade jurídica,


quando este for instaurado originariamente perante o tribunal;

VII - determinar a intimação do Ministério Público, quando for o caso;

VIII - exercer outras atribuições estabelecidas no regimento interno do


tribunal.

Parágrafo único. Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator


concederá o prazo de 5 (cinco) dias ao recorrente para que seja sanado vício
ou complementada a documentação exigível.

 Principio da primazia da decisão do mérito


Antes de considerar inadmissível o recurso, o relator concederá o prazo de 5 (cinco)
dias ao recorrente para que seja sanado vício ou complementada a documentação
exigível = um dos parágrafos que aplicam o principio da primaxia do julgamento do
mérito
Esse é im dever imposto ao relator de que ele tente julgar o mérito, obrigando que a
parte seja intimada para realizar a regularização

4- Procedimento
4.1 Da distribuição até a inclusão na pauta
O processo é registrado
Depois é distribuído ( com indicação do orgão judiciante e do relator)
O relator vai ter 30 dias para elaborar o relatório
Depois encaminha para o órgão competente para que o presidente do órgão
colegiado designe a seção de julgamento ( onde é marcado para que se realize
colegiamdamente a decisão)
Publica-se a pauta de julgamento (no mínimo 5 dias antes) para que as partes
possam participar ( é algo publico) e tem que ta na frente

4.2 Constatação de fato superveniente ou questão apreciada ex oficio


Pelo principio da primazia do julgamento do mérito as questões referentes aos
fatos supervenientes ou analisáveis de ofício precisam ser apreciadas e se possível
sanadas antes do julgamento. É possível que haja a constatação de fatos supervenientes
ou de questões analisáveis de oficio- isso pode acontecer tanto pelo próprio relator ou
durante a própria seção, pode acontecer também no momento de vistas dos autos-
podendo ser necessário intimar as partes para se manifestarem
( vamo supor que não tem nenhuma questão que impeça o julgamento)
4. 3 Preferencias nos julgamentos
No dia da seção tem uma publicação de uma pauta com diversos processos
( pode ser alterada para respeito dessas preferenciais) Como eu ordeno esses processos:
tem uma serie de preferenciais ( legias ou regimentais)

Art. 936. Ressalvadas as preferências legais e regimentais, os recursos, a


remessa necessária e os processos de competência originária serão julgados
na seguinte ordem:

I - aqueles nos quais houver sustentação oral, observada a ordem dos


requerimentos;
II - os requerimentos de preferência apresentados até o início da sessão de
julgamento;

III - aqueles cujo julgamento tenha iniciado em sessão anterior; e

IV - os demais casos.

4.4 Inicio do julgamento e sustentação oral


Na seção de julgamento o presidente fará o pregão daquele processo, passará ao
relator que fará a leitura do relatório e então poderá haver sustentação oral ou não ( caso
previsto legalmente ou regimentalmente).
No CPC tem previsto que a sustentação oral tem que requerer a sua preferência
de julgamento com ou sem sustentação oral (alguns tribunais tem um prazo pata isso).
Feito o requerimento da sustentação oral, como ela é feita? 1) recorrente, 2)
recorrido , 3) Ministerio publico ( se o MP for parte ele atua como tal)

Hipóteses de sustentação oral previstas na lei ou no regimento interno. Na lei :

Art. 937. Na sessão de julgamento, depois da exposição da causa pelo


relator, o presidente dará a palavra, sucessivamente, ao recorrente, ao
recorrido e, nos casos de sua intervenção, ao membro do Ministério Público,
pelo prazo improrrogável de 15 (quinze) minutos para cada um, a fim de
sustentarem suas razões, nas seguintes hipóteses, nos termos da parte final
do caput do art. 1.021 :

I - no recurso de apelação;

II - no recurso ordinário;

III - no recurso especial;

IV - no recurso extraordinário;

V - nos embargos de divergência;

VI - na ação rescisória, no mandado de segurança e na reclamação; ( em


geral os processos de competência originaria)

VII - (VETADO);

VIII - no agravo de instrumento interposto contra decisões interlocutórias


que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da evidência; ( tambem
nas hipóteses de julgamento antecipado parcial ou total de mérito –
jurisprudência)
IX - em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno do
tribunal.

§ 1º A sustentação oral no incidente de resolução de demandas repetitivas


observará o disposto no art. 984 , no que couber.

§ 2º O procurador que desejar proferir sustentação oral poderá requerer, até


o início da sessão, que o processo seja julgado em primeiro lugar, sem
prejuízo das preferências legais.

§ 3º Nos processos de competência originária previstos no inciso VI, caberá


sustentação oral no agravo interno interposto contra decisão de relator que o
extinga.

§ 4º É permitido ao advogado com domicílio profissional em cidade diversa


daquela onde está sediado o tribunal realizar sustentação oral por meio de
videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e
imagens em tempo real, desde que o requeira até o dia anterior ao da sessão.

Obs: contra uma decisão monocrática de mérito, cabe agravo interno e este
não terá sustentação oral. Mas se o agravo interno for contra uma decisão de
mérito monocrática que extinguiu o processo caberá agravo

- a sustentação oral no IRDR ( e também no IAC)- ela se da na formado


artigo 984. Como eu tenho uma objetivação do processo, eu julgarei a causa
e vou estabelecer uma tese jurídica, diante disso tenho a possibilidade de
sustentação oral por terceiro ( amicus curie) será de 30 minutos e exige uma
inscrição com dois dias de julgamento

Art. 984. No julgamento do incidente, observar-se-á a seguinte ordem:

I - o relator fará a exposição do objeto do incidente;

II - poderão sustentar suas razões, sucessivamente:

a) o autor e o réu do processo originário e o Ministério Público, pelo prazo


de 30 (trinta) minutos;

b) os demais interessados, no prazo de 30 (trinta) minutos, divididos entre


todos, sendo exigida inscrição com 2 (dois) dias de antecedência.

§ 1º Considerando o número de inscritos, o prazo poderá ser ampliado.

§ 2º O conteúdo do acórdão abrangerá a análise de todos os fundamentos


suscitados concernentes à tese jurídica discutida, sejam favoráveis ou
contrários.
- Antes da pandemia já poderia ser de forma eletrônica, nos casos em que o domicilio
do profissional fosse diferente do tribunal

4.5 PEDIDO DE VISTA


O relator vai fazer o seu voto, e depois terão os debates entre os desembargadores.
Pode ocorrer o pedido de vista, que poderá ser feito pelo relator ou por qualquer outro
que paticipe do julgamento. Nesse pedido de vista você suspende o julgamento naquela
sessão e vai rever sus considerações, levando o julgamento para próxima sessão
Será necessário novo pedido de pauta, salvo se expressamente tenha sido dito o tempo
de adiamento.
O CPC trouxe uma regra, reforçada pela resolução 202 do CNJ: aquele que pediu a vista
tem que trazer o processo em ate 10 dias, podendo ser prorrogado. Caso não cumprido o
prazo, o presidente deve avocar o processo e redistribui-lo para que outro
desembargador promova o voto.

Art. 940. O relator ou outro juiz que não se considerar habilitado


a proferir imediatamente seu voto poderá solicitar vista pelo
prazo máximo de 10 (dez) dias, após o qual o recurso será
reincluído em pauta para julgamento na sessão seguinte à data
da devolução.

§ 1º Se os autos não forem devolvidos tempestivamente ou se


não for solicitada pelo juiz prorrogação de prazo de no máximo
mais 10 (dez) dias, o presidente do órgão fracionário os
requisitará para julgamento do recurso na sessão ordinária
subsequente, com publicação da pauta em que for incluído.

§ 2º Quando requisitar os autos na forma do § 1º, se aquele que


fez o pedido de vista ainda não se sentir habilitado a votar, o
presidente convocará substituto para proferir voto, na forma
estabelecida no regimento interno do tribunal.

4.6 JULGAMENTO
Terminadas as sustenções orais, os advogados não podem mais intervir, somente para
levantar questões de fato.
Ao final do debate será julgada a causa, e quando for julgada a causa lavrará o acordão.

 Julgamento monocrático do relator


Em regra ao julgamentos no tribunal devem ser colegiados (é essa logica do recurso),
mas há a possibilidade de julgamento monocrático.
Em algumas hipóteses um julgador do tribunal poderá julgar monocraticamente a causa.
- inadimisibilidade do recurso ( não julga o mérito)
inadimissivel= eu não posso julgar o seu recurso porque falta um dos requisitos
(ex: intempestividade)
quando o recurso for prejudicado (preclusão logica)
não impugna especificamente os fundamentos da decisão recorrida (ofensa do
princípio da dialeticidade)

- improvimento do recurso ( julgamento o mérito)= rejeito o recurso no seu mérito todas


as vezes que o recurso for contrario ao:
• Súmula do STF, do STJ ou do próprio Tribunal
• Acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos
• Entendimento firmado em IRDR e IAC

- Provimento do recurso= posso aprovar o recurso todas as vezes que a decisão


recorrida for contrária e o recurso concordar:
• Súmula do STF, do STJ ou do próprio Tribunal
• Acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em julgamento de recursos repetitivos
• Entendimento firmado em IRDR e IAC

- nas hipóteses de indeferimento da inicial ( extinção do processo sem resolução do


mérito) ou improcedência liminar nos casos de competência originaria

Art. 330. A petição inicial será indeferida quando:

I - for inepta;

II - a parte for manifestamente ilegítima;

III - o autor carecer de interesse processual;

IV - não atendidas as prescrições dos arts. 106 e 321 .

§ 1º Considera-se inepta a petição inicial quando:

I - lhe faltar pedido ou causa de pedir;

II - o pedido for indeterminado, ressalvadas as hipóteses legais em que se


permite o pedido genérico;

III - da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;


IV - contiver pedidos incompatíveis entre si.

§ 2º Nas ações que tenham por objeto a revisão de obrigação decorrente de


empréstimo, de financiamento ou de alienação de bens, o autor terá de, sob
pena de inépcia, discriminar na petição inicial, dentre as obrigações
contratuais, aquelas que pretende controverter, além de quantificar o valor
incontroverso do débito.

§ 3º Na hipótese do § 2º, o valor incontroverso deverá continuar a ser pago


no tempo e modo contratados.

Art. 332. Nas causas que dispensem a fase instrutória, o juiz,


independentemente da citação do réu, julgará liminarmente improcedente o
pedido que contrariar:

I - enunciado de súmula do Supremo Tribunal Federal ou do Superior


Tribunal de Justiça;

II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior


Tribunal de Justiça em julgamento de recursos repetitivos;

III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas


repetitivas ou de assunção de competência;

IV - enunciado de súmula de tribunal de justiça sobre direito local.

§ 1º O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se


verificar, desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.

§ 2º Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado


da sentença, nos termos do art. 241 .

§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias.

§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo,


com a citação do réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do
réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias.

 Julgamento pelo colegiado e sua formação


Não sendo a hipótese de julgamento monocrático o julgamento será feito pelo
Colegiado, conforme Regimento Interno
- nas hipóteses de apelação ou agravo de instrumento serão julgados por um grupo de
três julgadores, conforme estabelece no cpc.
Aqui na bahia se tem as turmas de julgamento ( parte da câmera). Os Regimentos
Internos normalmente estabelecem a formação da Turma de Julgamento pela ordem
descendente de antiguidade. A turma pode variar, mas formada a turma você não pode
mais promover a alteração.

 Julgamento de questão preliminar, vícios e diligencias do tribunal


( questões preliminares X questões prejudiciais X questões de méritos)
Nas questões preliminares devem ser julgadas antes do mérito, e os votos devem ser
tomados apartados. Isso porque se a preliminar for atendida talvez não se julgue o
mérito, ou se ordenará diligencia)
Mas todas as vezes que eu tiver um vicio sanável, o tribunal pode transformar o
processo em diligencia e ordenar que, seja o tribunal ou o primeiro grau em delegação,
faça o necessário.
Ultrapassarda a questão preliminar, vota-se no mérito ( é como se fosse julgamentos
independentes)

 Ordem de julgamento em casos de feitos conexos


Os casos conexos são julgados em conjunto
Havendo recursos simultâneos de um mesmo ato decisório (ex. Apelações
Independentes ou Apelação e Recurso Adesivo) ou Ações Originárias conexas, serão
julgados em conjunto
• Pendentes julgamento de atos decisórios distintos, julga-se por prejudicialidade:
-Na pendência de Agravo de Instrumento e Apelação, a Agravo de Instrumento será
julgado antes da Apelação (art. 946 do CPC). Se houverem de ser julgado na mesma
sessão, terá precedência o julgamento do Agravo de Instrumento
- Na pendência de Agravo Interno e Agravo de Instrumento, o Agravo de Instrumento
pode ser julgado antes, tornando o Agravo Interno prejudicado (situação de
contingência)

 Ampliação do colegiado em caso de divergência


Via de regra, os julgamentos são julgados por maioria.
Em alguns casos em que o resultado do julgamento não for unânime, haverá ampliação
da Turma de Julgamento (na mesma sessão ou em outra sessão a ser designada) com a
presença de outros julgadores (convocados nos termos do Regimento Interno) (art. 942)

Hipótese de ampliação da Turma de Julgamento


- Apelação (qualquer que seja o conteúdo do julgamento, inclusive na
inadmissibilidade ou em questão processuais – ver REsp. No 1.798.705 - SC )
- Ação rescisória ( ação de competência do tribunal) quando o resultado for a rescisão
da sentença, devendo, nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior
composição previsto no regimento interno
- Agravo de Instrumento (quando houver reforma da decisão que julgar parcialmente o
mérito)
- Embargos de Declaração acolhidos para modificar o julgamento originário ampliado
(REsp 1.841.584-SP)

 Hipóteses em que não se aplica a ampliação da Turma de Julgamento em


decisões não unânimes:
- No IAC e no IRDR
- Na remessa necessária
- Quando a decisão não unânime for proferida, nos Tribunais, pelo Plenário ou pela
Corte Especial

Art. 942. Quando o resultado da apelação for não unânime, o julgamento


terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros
julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no
regimento interno, em número suficiente para garantir a possibilidade de
inversão do resultado inicial, assegurado às partes e a eventuais terceiros o
direito de sustentar oralmente suas razões perante os novos julgadores.

§ 1º Sendo possível, o prosseguimento do julgamento dar-se-á na mesma


sessão, colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura
componham o órgão colegiado.

§ 2º Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por


ocasião do prosseguimento do julgamento.

§ 3º A técnica de julgamento prevista neste artigo aplica-se, igualmente, ao


julgamento não unânime proferido em:

I - ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo,


nesse caso, seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição
previsto no regimento interno;

II - agravo de instrumento, quando houver reforma da decisão que julgar


parcialmente o mérito.

§ 4º Não se aplica o disposto neste artigo ao julgamento:


I - do incidente de assunção de competência e ao de resolução de demandas
repetitivas;

II - da remessa necessária;

III - não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte
especial.

 O julgamento Eletronico nos Tribunais


( é a disponibilização previa do voto e para que todos os desembargadores já tenham
acesso e caso concordem, não precisará ter debate ou se o advogado peça sustentação
oral)
Apesar da a Lei no. 13.256/2016 ter revogado o art. 945 do CPC, que previa o
julgamento eletrônico, (provavelmente) todos (ou quase todos) os Tribunais preveem o
julgamento eletrônico nos seus Regimento Internos
Plenário Virtual da Repercussão Geral no STF
Resoluções no. 587/2016 e no. 642/2019 do STF
Regimento Interno do TJBA (art. 195-A

4.7 PROCLAMAÇÃO DO RESULTADO


Proferidos os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento,
designando para redigir o acórdão o Relator ou, se vencido este, o autor do primeiro
voto vencedor (Redator) (art. 941).
(até o momento que o presidente faz a proclamação do resultado qualquer
desembargador pode mudar seu voto- salvo aquele já provferido por juiz afastado ou
substituído-, mas proclamado o resultado não)
Com a proclamação do resultado, será lavrado o resultado
- se o relator venceu – será o relator
- se alguém abriu divergência e a divergência venceu- será o que primeiro abriu a
divergência (vira redator do resultado)

 Julgamento sem maioria (dispersão de voto)


Questões que precisam ser tratadas no Regimento Interno

- Dispersão quantitativa: um julgador condena 200, outro em 100 e outro em 50.


Opção: O voto médio resolve, ou o voto do meio no sistema da continência (o 100 é
o vencedor, por estar entre os extremos – solução do RITJBA, art. 204-A). Outra
forma de achar o voto médio é pela média aritmética (problema de não haver voto
vencedor).

- Dispersão qualitativa ( não há concordância): um dá a guarda ao pai, outro a mãe e


outro a avó
Nesses casso 3 soluções são possíveis (Araken de Assis):
(a) ampliação do quórum;
(b) opção coacta, as correntes menos sufragadas aderem a mais sufragada;
(c) exclusão, fazem votações parciais de 2 em 2 soluções para chegar na mais votada
(essa é a opção do RITJBA, art. 203)- tribunal de justiça da bahia

4.8 VOTO, ACORDÃO E EMENTA


- Os Votos constituem as decisões individuais dos julgadores do Órgão Colegiado
- Os Votos constituem as decisões individuais (expressão da fundamentação) dos
julgadores do Órgão Colegiado
O voto vencido será necessariamente declarado e considerado parte integrante do
acórdão para todos os fins legais, inclusive de pré-questionamento. Essencial
num sistema de precedentes

- O Acórdão é o julgamento colegiado, composto do Relatório, dos Votos, da Ementa e


da Certidão de Julgamento.
-A Ementa (obrigatório em todo acórdão) é o resumo estruturado das questões de fato,
de direito e da decisão tomada

Os votos, os acórdãos e os demais atos processuais podem ser registrados em


documento eletrônico, devendo ser impressos para juntada aos autos do processo
quando este não for eletrônico (art. 943)

Obs: nem todo acordão gera precedente, poderá haver um acordão que tem um
resultado, mas que este se deu por diversos motivos

Terminado o julgamento, tem que haver lavratura. Como regra o relator já traz lavrado,
mas havendo divergência tem que promover a lavratura. Caso isso não ocorra ( redator e
relator não lavrem) o presidente poderá tomar as normas taquigráficas como se acordão
fosse

Cumpre lembrar que o artigo 93, inciso IX, da nossa Constituição da República,
igualmente, determina, como regra, a publicidade, nos seguintes termos: “Todos os
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade...”.
Bem equacionada a questão, anoto, em primeiro lugar, que, no direito brasileiro, não
há qualquer texto legal impositivo de que a discussão sobre o recurso em julgamento
seja feita em sessão presencial. Veja-se bem: a nossa Constituição impõe,
expressamente, a “publicidade do julgamento” e não dos debates que antecedem o
veredito!

Aula 3-
Como refra de urgência o efeito suspensivo é uma tutela de urgência, mas pode ser
tutela de evidencia

Efeito devolutivo

TEORIA GERAL DOS RECURSOS


1- MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
a. Recursos (dento do próprio processo)
b. Ações autônomas de impugnação (ex: ação recisória)
c. Sucedâneos recursais (ex: pedido de reconsideração)

2- CONCEITO DE RECURSO
- É o poder (direito potestatvivo), exercido pelos legitimados e dentro do prazo legal
(sujeito a preclusão), de provocar voluntariamente o reexame de uma decisão, dentro do
próprio processo em que foi proferida, impedindo o trânsito em julgado e fazendo
prosseguir este, perante a mesma ou outra autoridade judiciária hierarquicamente
superior, visando a anulação ou cassação, reforma, integração ou esclarecimento da
decisão recorrida.

3- ATOS SUJEITOS A RECURSO


Atos Recorríveis:
Pronunciamentos do juiz consistirão com carga decisória:
▪Decisões Interlocutórias (art. 203, § 2o)
▪Sentença (art. 203, § 1o)
▪Decisões Monocráticas
▪Acórdão

Atos Irrecorríveis
Despachos (art. 203, § 1o c/c art. 1.001)- pronunciamento judicial sem carga
decisória
Atos meramente ordinatórios (art. 203, § 4o) e Auxiliares do Juízo em geral

4- HONORÁRIOS RECURSAIS
-O tribunal, ao julgar recurso, majorará os honorários fixados anteriormente levando em
conta o trabalho adicional realizado em grau recursal (imposição de honorários a cada
etapa que for apresentado um recurso), observando os critériso de dosimetria do CPC
(§§ 2o a 6o do art. 85), respeitado o limite de 20% para cada fase (art. 85, § 11)
-Os honorários recursais são cumuláveis com multas e outras sanções processuais (art.
85, § 12).
- Controvérsias sobre o cabimento
a) O STJ decidiu que seria cabível os honorários : nas decisões recorridas que
tenham sido publicadas a partir de 18.03.2016 + somente cabível a imposição de
honorariso recursais quando o recurso for não conhecido integralmente ou desprovido +
tem que haver a condenação em honorários advocatícios desde a origem no feito em que
imposto recurso (ex: não cabe majoração quando propore agravo antes da sentença)
b) STJ Cabe honorários de sucum bencias recursais ainda que a parte não tenha
apresentado contrarrazões
d) não é possível majorar os honorários na hipótese de interposição de recurso
no mesmo grau de jurisidição (ex: não há nos embargos e agravos internos)

5- PRINCÍPIOS
a) DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO (decorrência do devido processo legal)
Expressamente previsto no Pacto de São José da Costa Rica (Decreto no. 678/1992)
Especialmente após a interpretação dada pelo STF ao § 2o do art. 5o da CF, após
Enunciado no. 25 da Súmula Vinculante)
Art. 8o, item 2, alínea h (direito de recorrer a instância superior no Processo
Penal)
Art. 25, itens 1 e 2 alínea b (direito de recorrer).
b) UNICIDADE OU SINGULARIDADE RECURSAL (como regra das decisões
cabe um recurso)
-O princípio era expressamente previsto no art. 809 do CPC de 1939.
- O problema dos embargos de declaração e dos recurso especial e extraordinário.
Obs: caso peculiar dos embargos

c) VEDAÇÃO DA REFORMATIO IN PEJUS (proibição de que o tribunal por


força do recurso piorasse a situação do recorrente)
José Carlos Barbosa Moreira (Comentários ao CPC de 1973):
(a) o interesse em recorrer deflui primordialmente da utilidade prática em tese
concebível (interesse recursal) e a devolução não se operaria em virtude do recurso
(inadmissível) no qual a parte pleiteasse a piora de sua própria situação
(b) a reapreciação da matéria pelo tribunal só se tornaria legítima caso pudesse ele
investir-se ex officio do poder de rejulgar (princípio dispositivo);
(c) consagração do recurso adesivo (§ 1o do art. 997 do CPC)
- Não se aplica às matérias de ordem pública
Obs: interesse recursal= interesse de agir nos recursos

d) TAXATIVIDADE
Só existem recursos taxativamente previstos em lei (CPC e leis extravagantes)

e) FUNGIBILIDADE
-A possibilidade do sistema de nos casos de duvidas objetivas sobre qual o recurso
cabível: é possível que o órgão ad quem (superior) aceitar um recurso por outro +
tambem aplicável quando a duvida é trazida pelo judiciário
- Aplicação do princípio geral da instrumentalidade das formas
- Possibilidade de admissibilidade de um recurso (adequado) por outro (incabível)
quando houver dúvida objetiva
Normas gerais: art. 10 e art. 933
Normas específicas: art. 1.024 (transformação de embargos de declaração em
agravo interno); arts. 1.032 e 1.033 (fungibilidade entre os recursos especial e
extraordinário)
EX.: quando a parte é induzida a erro polo órgão julgado (EAREsp 230.380-RN, 2a
Seção. Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino)
f) Dialeticidade
- Exigência de que o recorrente apresente os fundamentos pelos quais está insatisfeito
com a decisão recorrida e não apenas repita os argumentos iniciais
- Art. 932, inciso III
Não se aplica o parágrafo único do art. 932
Informativo de Jurisprudência n.o 829 do STJ
Enunciado Administrativo no. 06 do STJ
Resps no. 2016/0337294-5 e no. 2013/0146307-8, Rel. Min. Mauro Campbell
Marques, respectivamente 2a Turma e Corte Especial
Obs: o recurso que só repete, não pode ensejar a intimação para completar/emendar

g) CONSUMAÇÃO
Aplicação do principio da preclusão, na modalidade preclusão consumativa. Se você já
praticou o ato, não pode modifica-lo

h) VOLUNTARIEDADE
- Não existe o recurso de ofício, o recurso depende da vontade da parte, por ser
poder/ônus processual seu
- Não é princípio (falta o caráter de valor), é uma característica do recurso, elemento do
seu conceito.
i) PERSONALIDADE
- Apenas o recorrente será beneficiado pelo recurso, não auxiliando ou prejudicando
terceiros
Artigos 2o, 117, 492 e 515.
Exceção do litisconsórcio no regime da unilateralidade e da solidariedade
passiva nas defesas comuns previsto no art. 1.005.

6- CLASSIFICAÇÃO
A) Quanto a extensão da matéria impugnada
a. Recurso total: abrange todo o conteúdo impugnável da decisão recorrida
b. Recurso parcial: em virtude da limitação voluntaria da parte recorrente,
não compreende a totalidade do conteúdo impugnável da decisão

B) QUANTO AS RELAÇÕES DE RECURSOS ENTRE SI


Só é aplicável às decisões em que há sucumbência recíproca (art. 997)
1- Recursos independentes- Havendo sucumbência recíproca qualquer das partes
poderá recorrer no prazo comum em relação ao seu gravame e, se assim ambas
as partes fizerem, ambos os recursos serão independentes.

2- Recursos principal e adesivo- Havendo sucumbência recíproca e se uma das


partes recorre e a outra se abstém, poderá ela aderir ao recurso da outra parte -
principal (daí a designação da doutrina de incidente de adesão) - tendo esta uma
segunda oportunidade de recorrer ( na hora de fazer as conrarazoes, apresenta
recurso adesivo)

RECURSO ADESIVO
Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por qualquer deles poderá aderir o
outro, sendo admissível:
- Apelação
- Recurso extraordinário
- Recurso especial

O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente.


- Não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele
considerado inadmissível

Aplicam-se ao recurso adesivo as mesmas regras do recurso principal ou


independente quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal
- Será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto
- Deve ser interposto no prazo de que a parte dispõe para responder

C) QUANTO A FONTE LEGAL


Ordinários - São os recursos previstos na lei processual infraconstitucional, ordinária
ou complementar (recursos de apelação, agravo de instrumento, etc.)
Extraordinários- São os previstos na Constituição Federal (recursos extraordinário,
especial e ordinário)

D) QUANTO A FUNDAMENTAÇÃO
Fundamentação livre - Quando não há limitação legal da atividade jurisdicional
cognitiva recursal e qualquer matéria de fato ou de direito pode ser alegada.
▪Ex. Apelação e Agravo de Instrumento

Fundamentação vinculada - Os recursos possuem os seus fundamentos legalmente


vinculados
Ex. Embargos de declaração (omissão, contradição e obscuridade), Recurso
Especial (ofensa a ordem legal) e Recurso Extraordinário (ofensa a ordem
constitucional).

E) QUANTO AO JUIZO A QUE SE DESTINA


Recurso horizontal: Exceção, voltado ao próprio juízo que proferiu a decisão
impugnada.
Ex: embargos de declaração e embargos infringentes na execução fiscal.

Recurso vertical: Regra, dirigido ao juízo hierarquicamente superior ao que proferiu a


decisão.
▪Ex. Apelação e Agravo de Instrumento.
7- JUIZO DE ADMISSIBILIDADE
Não conhecimento, inadimitir= juízo negativo de admissibilidade= não julga o mérito
Provimento, improvimento do recurso- julga o mérito
 CONCEITO E NATUREZA
- O juízo de admissibilidade é aquele em que se declara a presença ou ausência dos
pressupostos ou requisitos do recurso, em nada se referindo à postulação.
Se positivo leva a análise do mérito.
Se negativo, implica o não conhecimento (inadmissibilidade) do recurso e não se julga o
mérito, prevalecendo a decisão recorrida.

 COMPETÊNCIA
- A análise da admissibilidade pode ocorrer tanto no órgão perante o qual se interpôs o
recurso (juízo a quo) quanto no órgão que terá competência para julgar o mérito do
recurso(juízo ad quem), a depender da disposição normativa.
- Em qualquer caso, ainda que haja duplo controle, a última palavra é sempre do órgão
ad quem.
- Em termos de Teoria Geral, o órgão a quo não pode inadmitir recurso se desta decisão
não couber outro recurso, sob pena de supressão de instância e usurpação de
competência.

 EFEITOS
No órgão a quo
- Se positivo, acesso ao órgão ad quem, salvo fato superveniente
- Se negativo, trancamento ao órgão ad quem, salvo outro recurso contra tal decisão.

No órgão ad quem


- Se positivo: enseja o exame do mérito do recurso
- Se negativo: obsta o exame do mérito do recurso, salvo provimento a recurso contra
esta decisão.

 O JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE NÃO GERA PRECLUSÃO

 OBJETO
REQUISITOS INTRÍNSECOS – relacionados ao próprio recurso
REQUISITOS EXTRÍNSECOS – relacionados a fatores acessórios
REQUISITOS INTRINSECOS
a) CABIMENTO: o ato, em tese, deve ser suscetível de ataque por meio do recurso e
deve ser usado o recurso cabível (ex. art. 1.001 do CPC).

b) LEGITIMAÇÃO PARA RECORRER: a parte (inclusive o terceiro já


habilitado nos autos), o litisconsorte, o terceiro prejudicado (que ainda não tinha
intervindo) e o Ministério Público (fiscal da lei ou parte art. 996 do CPC).

c) INTERESSE EM RECORRER: quando o recorrente espera do recurso


situação mais vantajosa do ponto de vista prático do que a posta na decisão
impugnada (utilidade do recurso) e que seja preciso usar do recurso para tanto
(necessidade do recurso). A parte recorrente deve sofrer gravame, ser vencido ou ter
ao menos gravame indireto (Ponde de Miranda).
• Ver Enunciado no. 126 da Súmula do STJ: “É inadmissível recurso especial, quando
o acórdão recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional,
qualquer deles suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta
recurso extraordinário”.

d) INEXISTÊNCIA DE FATO IMPEDITIVO OU EXTINTIVO DO PODER DE


RECORRER:
d.1) É impeditivo o ato (anterior) de que diretamente haja resultado na decisão
desfavorável àquele que depois quer impugná-la (ex.: quem desiste da ação não pode
recorrer da sentença que homologa a desistência - preclusão lógica)
d.2) São extintivos a renúncia ao direito de recorrer (manifesta-se a vontade de não
recorrer – art. 999 do CPC) e a aceitação da decisão (a parte manifesta conformismo
com a decisão – art. 1.000 do CPC).
A renúncia ao direito de recorrer ocorre antes da interposição do recurso e não se
confunde com a desistência
A desistência ao recuso, que pressupõe recurso já interposto, não depende da
concordância do recorrido (art. 998), mas não impede a análise de questão cuja
repercussão geral já tenha sido reconhecida e daquela objeto de julgamento de
recursos extraordinários ou especiais repetitivo.
A aceitação da decisão que pode ser expressa ou tácita (a prática, sem nenhuma
reserva, de ato incompatível com a vontade de recorrer) pode ocorrer antes da
interposição do recurso ou na pendência deste.

REQUISITOS EXTRÍNSECOS
a) TEMPESTIVIDADE: todo recurso deve ser interposto no prazo legal (art. 224
c/c art. 1.003 do CPC), que será de 15 (dias), salvo os embargos de declaração
(5 dias) e previsão em lei especial.

• O prazo para interposição de recurso conta-se da data da intimação dos advogados, a


sociedade de advogados, a Advocacia Pública, a Defensoria Pública ou o Ministério
Público, não havendo, como regra, a intimação da parte.
• O feriado local ou suspensão dos prazos no juízo a quo precisa ser comprovado pelo
recorrente (§ 6o do art. 1.003, que incorporou ampla jurisprudência do STJ – ex vi:
AgInt no AREsp 991863 / SC - 2016/0257861-3. Rel. Min. Moura Ribeiro. 3a Turma
– criticável manutenção da jurisprudência que não aceito como prova de suspensão
dos prazos a impressão de notícia do site do tribunal local!)- feriados nacionais não
precisa
• Há suspensão do prazo do recurso por obstáculo criado pela parte adversa ou pelo
juízo (art. 221 do CPC)
(suspensão suspende, e recomeça a contar pelo que faltava)
• Há interrupção por falecimento da parte ou do advogado ou força maior que
suspenda o curso do processo (art. 1.004).
• A Fazenda Pública (art. 183), o Ministério Público (art. 180) , a Defensoria Pública
(art. 186) e os litisconsortes com diferentes procuradores de escritórios distintos (art.
229) têm prazo em dobro.

b) REGULARIDADE FORMAL: forma escrita, fundamentação que ataque a decisão


recorrida, pedido de nova decisão e os requisitos específicos como a comprovação
adequada do dissídio jurisprudencial no Recurso Especial interposto com base no art.
105, III, alínea “c” da CF ou o cotejo analítico dos embargos de divergência.

c) PREPARO: pagamento prévio das despesas (custas, taxas como porte de remessa e
retorno, etc.) relativas ao processamento do recurso (art. 1.007).
• Não cabe porte de remessa e de retorno no processo em autos eletrônicos.
• Alguns recursos dispensam preparo (ex.: agravo interno e embargos de declaração).
• Alguns sujeitos processuais estão dispensados de preparo (ex.: Fazenda Pública,
Ministério Público e parte que goze de assistência judiciária gratuita - § 1o do art.
1.007).

A DESERÇÃO constitui na sanção processual decorrente da falta do preparo


• A insuficiência no valor do preparo, inclusive porte de remessa e de retorno,
implicará deserção se o recorrente, intimado na pessoa de seu advogado, não vier a
supri-lo no prazo de 5 (cinco) dias.
• O recorrente que não comprovar, no ato de interposição do recurso, o recolhimento
do preparo (ausência de preparo), inclusive porte de remessa e de retorno, será
intimado, na pessoa de seu advogado, para realizar o recolhimento em dobro, sob
pena de deserção, sendo vedada a complementação em caso de insuficiência (§§ 4o e
5o do art. 1.007).- so é intimado a recolher essa vez ( se não recolher de novo não
tem outra chance)
• Provando o recorrente justo impedimento, o relator relevará a pena de deserção, por
decisão irrecorrível, fixando-lhe prazo de 5 (cinco) dias para efetuar o preparo (§ 6o
do art. 1.007).
• O equívoco no preenchimento da guia de custas não implicará a aplicação da pena
de deserção, cabendo ao relator, na hipótese de dúvida quanto ao recolhimento,
intimar o recorrente para sanar o vício no prazo de 5 (cinco) dias (manutenção pelo
STJ da criticável e flagrantemente ilegal jurisprudência que considera inadmissível
recurso cujo DARF seja preenchido sem o número do processo em algumas decisões–
ex vi: AgRg no RMS 62080 / RS - 2019/0308954-8. Rel. Min. Felix Fischer. DJe
04/05/2020).

8- JUÍZO DE MÉRITO
Atendido os requisitos de admissibilidade, será avaliado o pleito fundamental do
recurso, julgando pelo provimento ou improvimento do recurso (não corresponde ao
pedido da causa
8.1 CONCEITO
É aquele em que se examina a postulação do recurso, não se confundindo com o mérito
da causa, pois o recurso pode versar exclusivamente sobre matéria processual, como de
regra ocorre com as apelações contra sentenças terminativas.
8.2 COMPETÊNCIA
- Em regra é o do juízo ad quem
- Por exceção, a interposição do recurso pode conceder ao juízo a quo a possibilidade
de retratar-se, prejudicando a análise do recurso pelo juízo ad quem,
ex vi: agravo de instrumento (§ 1o do art. 1.018), agravo interno (§ 2o do art. 1.021) e
apelação contra decisão de indeferimento da inicial (art. 331)
- Nos recursos horizontais, a competência é do próprio juízo recorrido (embargos
infringentes de alçada na ação de execução fiscal e embargos de declaração).
8.3 EFEITOS DO JULGAMENTO DE MÉRITO
- Quando negar provimento ou der provimento para reformar a decisão recorrida: a
decisão do ad quem substitui a do a quo nos limites da impugnação (art. 1.008) = efeito
substitutivo
-Quando dá provimento para anular a decisão recorrida: há cassação da decisão
recorrida para que o a quo prolate nova decisão. (não tem substituição)
8.4 OBJETO DO MÉRITO
- Errores in Procedendo (erros de procedimento)
Vícios formais do procedimento ou da própria decisão (ex. falta de fundamentação da
sentença), independente do acerto ou erro de aplicação do direito. Efeito: anulação da
decisão impugnada ( invalidade da decisão)n
Ex: anulação da decisão por falta de fundamento

- Errores in Judicando (erros de julgamento)


Vício de conteúdo da decisão por valoração errada dos fatos ou aplicação errada do
direito (ex. não reconheceu ilegitimidade passiva)- processual ou material. Efeito:
pedido de reforma da decisão impugnada.
É possível que na prática, em matérias processuais, o error in judicando tenha o mesmo
efeito prático do error in procedendo

9- EFEITOS DO RECURSO
9.1 OBSTAR A PRECLUSÃO
- Todo e qualquer recurso interposto de forma regular impede a preclusão da decisão
recorrida, impedido a formação da coisa julgada material.
-Apesar da não formação da coisa julgada, é possível que alguns dos efeitos da decisão
recorrida sejam aplicáveis (ex.: execução provisória (art. 520 do CPC).

9.2 SUSPENSIVO
O art. 995 dá uma falsa ideia de que, em regra, os recursos não impedem a eficácia da
decisão.
Efeito suspensivo ope legis: apelação (art. 1.012)- mas a maioria não tem esse
efeito
Efeito suspensivo ope iudicis: por decisão do relator em casos de tutela de
urgência (antecipação da tutela recursal)

9.3 EFEITO DEVOLUTIVO- Todo recurso tem


- A interposição do recurso transfere ao juízo ad quem o conhecimento da matéria
impugnada.
- A extensão do efeito devolutivo é o que se submete ao tribunal por força do recurso e
não ultrapassará os limites da matéria impugnada (no recurso parcial a parte não
impugnada transita em julgado).
- A profundidade significa o material com que irá trabalhar o tribunal (arts. 938 e 1.013
do CPC) – plena possibilidade
9.4 EFEITO EXPANSIVO OU EXTENSIVO
- Subjetivo (extensão subjetiva do recurso): Quando o recurso atinge além da pessoa do
recorrente, como no caso de recurso interposto apenas por um dos litisconsortes em
regime de unilateralidade ou de devedores solidários (art. 1.005)

- Objetivo: Existe quando o julgamento do recurso ensejar decisão mais abrangente do


que a matéria impugnada.
objetivo interno: apelação parcial interposta contra sentença de mérito, sendo
acolhido preliminar de ilegitimidade, atinge todo o ato impugnado (sentença) (atinge
mais do que o impugnado, na propria decisão)
objetivo externo: quando o julgamento do recurso atinge outros atos além do ato
impugnado, ao prover preliminar de nulidade por cerceamento de defesa frente não
realização de prova, anula a sentença e todos os atos anteriores (atinge além da sentença
outros atos)

9.5 EFEITO TRANSLATIVO


Possibilidade excepcional de julgamento fora do que consta nas razões e contrarrazões
do recurso, sem que ocorra julgamento ultra, extra ou infra petita.
- Normalmente ocorre com as questões de ordem pública (arts. 485, § 3o e 337 § 5o do
CPC) que não são atingidas pela preclusão (art. 938).
- Em algumas hipóteses relacionadas ao efeito devolutivo em profundidade (art. 1.013,
§ §): questões suscitadas e discutidas no processo, que a sentença não tenha julgado pro
inteiro, pedido ou defesa com mais de um fundamento e o acolhimento de apenas um
deles no primeiro grau, extinção do processo sem julgamento do mérito nas causas
maduras.
9.6 EFEITO REGRESSIVO OU DE RETRATAÇÃO
Quando o ordenamento permite ao juízo a quo retratar-se da decisão recorrida,
acarretando a perder o objeto do recurso.
- Agravo de Instrumento (§ 1o do art. 1.018)
- Agravo Interno (§ 2o do art. 1.021)
- Apelação contra decisão de indeferimento da inicial (art. 331)

9.7 EFEITO SUBSTITUTIVO


A decisão sobre o mérito do recurso, que só ocorre quando o recurso é conhecido,
substituí a decisão recorrida (art. 1.008 do CPC), ainda que tenha o mesmo conteúdo.
- Ocorre tanto quando for negado provimento e quando for dado provimento em relação
ao mérito, salvo nas hipóteses de anulação ou cassa a decisão – ex vi: errores in
procedendo.
OBS: não tem efeito substitutivo: juízo de admissibilidade negativo ( não tem
julgamento do mérito) ou o juízo de admissibilidade for positivo para anular a decisão
- A substituição pode ser total ou parcial, a depender de o recurso ser total ou parcial o
recurso e atinge apenas a parte conhecida pelo Tribunal, remanescendo na íntegra a
parte não recorrida ou não conhecida.

10- RECURSOS EM ESPÉCIE


i. Apelação
ii. Agro de instrumento
iii. Agravo interno
iv. Embargos de Declaração
v. Recurso ordinário
vi. Recurso especial
vii. Recurso extraordinário
viii. Agravo em Recurso especial ou extraordinário
ix. Embargos de divergência
x. Recurso inominado (fora do CPC)
xi. Embargos Infrigentes do julgado na execução fiscal (fora do cpc)
xii. Pedido de suspensão liminar em mandado de segurança (fora do CPC)

APELAÇÃO
O RECURSO QUE CABE CONTRA A SENTENÇA (VOCÊ ENCONTRA EM
QUASE TODOS OS PROCEDIMENTOS E EM TODO OS SISTEMAS JURÍDICOS)

1. NOÇÕES GERIAS
Recurso interposto contra a sentença (art 203- caracteriza por ser a decisão de
encerramento da instância e esteja de acordo ou com uma das hipótese do 485 ou do
487- julgam o mérito ou extinguem sem o julgamento do mérito) do juízo de primeiro
grau interposto para o juízo de segundo grau
 Cabe contra toda e qualquer sentença seja ela terminativa (485) ou definitiva
(487)
Obs: Antes apenas algumas decisões interlocutórias poderiam se interpor por agravo de
instrumento. A regra geral é agravo retido (que julga com a apelação).
Hoje há uma taxatividade das decisões interlocutórias que podem ser recorridas (art
1.015), extinguindo o agravo retido. O CPC suspendeu a preclusão das decisões que não
são irrecorríveis ou que não são imediatamente recorríveis, e permitiu que estas
decisões sejam impugnadas em preliminar de apelação
 Eu tenho decisões interlocutórias que também são impugnáveis por apelação

 Outras decisões que podem ser questionadas na apelação, quando em sentença o


magistrado promover decisão sobre matéria de decisão interlocutória (ex:
decisão de tutela de urgência)

 RECURSO DE FUNDAMENTAÇÃO LIVRE: Eu posso alegar toda e qualquer


matéria que eu tenha interesse de promover a impugnação da decisão ( pode
tratar de matérias de fato e matérias de defeito)

MATERIAIS QUE PODEM SER IMPUGNADAS:


 Questões fáticas
 Questões de direito material
 Questões de direito processual

FUNDAMENTAÇÃO:
 ERRORIS EM PROCEDENDO (erros de procedimento concernente aos atos da
própria sentença ou de ato anterior da sentença, levando a improcedência)

 ERRORIS EM JUDICANDO (erro de aplicação da norma jurídica, sendo erros


de aplicação de normas jurídicas de direito material ou de direito processual)

2. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
PRAZO: 15 DIAS
REQUISITOS FORMAIS (ART. 1.010):
Nomes e qualificação das partes
Exposição do fato e do direito
Razoes do pedido de reforma ou de decretação de nulidade
Pedido de nova decisão
Forma escrita
Postulação por advogados
LEGITIMIDADE: art 966
INTERESSE: na forma do artigo 1.000
PREPARO: 1.007

3. EFEITOS
SUSPENSIVO
Como regra a apelação tem efeito suspensivo ( os recursos como regra não tem
efeito suspensivo)
Exceções: artigo 1.012, paragrafo primeiro:
- homologa divisão ou demarcação de terras
- Sentença que condena a pagar a alimentos
- extingue sem resolução de mérito
- julgamento improcedentes os embargos de executado
- julga procedente o pedido de instituição de arbitragem
- Decreta interdição
- Confirma, concede ou revoga a tutela provisória
- concessiva de mandato de segurança) artigo 14, parágrafo terceiro 12.016/2009)
- desapropriação, quando o apelante for expropriado
- ação de alimentos
- ação de despejo ( necessidade de caução para execução provisória)

EFEITO SUSPENSIVO- OP LEGES ( previsto em lei). Apesar d apelação como regra


possuir efeito suspensivo é possível requerer ao juiz o afastamento do efeito suspensivo
(se aplica ao inverso nos casos em que não há efeito suspensivo) - a concessão ou
negativa de efeito suspensivo poderá em ultima Análise a concessão do efeito
suspensivo será submetida a apreciação judicial (mediante o requerimento das partes
É uma hipótese de tutela provisória na fase recursal (§§ 2o ao 4o do art. 1.012) -
periculum in mora e fumus boni juris

O pedido de concessão excepcional de efeito suspensivo (fora das hipóteses do § 1o do


art. 1.012) poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
▪ Tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição,
ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la
▪ Relator, se já distribuída a apelação
Nas hipóteses do § 1o do art. 1.012, a cassação do efeito suspensivo, para dar eficácia
imediata à sentença, poderá excepcionalmente ser concedido pelo relator

A apelação é interposta no próprio juízo que proferiu a sentença recorrida. O pedido de


efeito suspensivo será feito perante o tribunal por petição simples (enquanto ainda esta
no primeiro grau a apelação). Se já distribuído o recurso de apelação será feito o pedido
ao relator

EFEITO DEVOLUTIVO
Artigo 1.013
O efeito devolutivo na sua extensão: será devolvido ao tribunal a matéria que for
apelada. A apelação terá efeito devolutivo quanto aos capítulos da sentença que forem
impugnados
A apelação devolverá ao tribunal os capítulos de sentença que foram objeto do recurso,
o que não foi recorrido transita em julgado (FPPC no. 100)
Efeito devolutivo na sua profundidade: Em relação ao capitulo impugnado o tribunal
tem ampla profundida para rever a matéria
O tribunal apreciará todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não
tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.
Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz acolher apenas um
deles, a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento dos demais.

Julgamento do mérito diretamente pelo tribunal: teoria da causa madura (parágrafo 4 e 5


do CPC)
Possibilidades em que o tribunal pode analisar questões, julgado diretamente o mérito,
sem que o primeiro grau tenha analisado. Se houver necessidade de produção de novas
provas, volta para o primeiro grau.
O tribunal pode julgar direto nos casos em que (estando madura a causa):
- Reformar sentença fundada no art. 485
- Decretar a o da sentença por não ser ela congruente com os limites do pedido ou da
causa de pedir (citra, extra e ultra petita)
- Constatar a omissão no exame de um dos pedidos
- Decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
- Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a Prescrição

EFEITO REGRESSIVO OU DE RETRATAÇÃO


Como regra não se aplica, é excepcional (preclusão prejudicato)
Indeferimento da Inicial (artigo 331)
Julgamento de improcedência liminar do pedido ( artigo 332)
Não se retratando, o magistrado cita o reu para apresentar contrarrazoes (hipótese em
que as contrarrazoes podem ser acompanhadas de documentos)

4. QUESTÕES FÁTICAS ADUZIDAS EM SEDE DE APELAÇÃO


Como regra geral a demanda se estabiliza no saneamento. Agora excepcionalmente eu
posso deduzir fatos novos na Apelação = casos de tutela de boa-fé.
Algumas questões de fato não propostas no juízo inferior poderão ser suscitadas na
apelação, se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior ((art.
1.014):
- Alegação Nova de Fato Velho
▪ Ignorância por motivo razoável do fato pela parte até o aludido momento;
Impossibilidade objetiva por circunstância alheia à vontade da parte, que impedia de
levá-lo ao conhecimento do juiz.

- Alegação de Fato Novo


▪ Superveniência do fato ao último momento em que a parte poderia tê-lo invocado
eficazmente perante o órgão a quo

-Prova (relacionada a fato velho ou fato novo)


▪ Deve sempre haver a bilateralidade da prova, com manifestação da outra parte (ex.
437)
▪ Por haver produção da prova no Tribunal (art. 972)

5. PROCEDIMENTO
NO JUIZO A QUO (primeiro grau)
Promove o processamento, e não a admissbilidade
- A Apelação será interposta por petição dirigida ao juízo de primeiro grau (art. 1.010)
- O Apelado será intimado, pelo juízo de primeiro grau, para apresentar contrarrazões
no prazo de 15 dias (mesmo prazo da apelação)
-Se o apelado interpuser apelação adesiva, o juiz intimará o apelante para apresentar
contrarrazões.
- Após as formalidades de tramitação (§§ 1o e 2º do art. 1.010), os autos serão
remetidos ao tribunal pelo juiz, independentemente de juízo de admissibilidade
- Remete ao tribunal
NO JUIZO AD QUEM
- Recebido o Recurso de Apelação no tribunal ele será imediatamente distribuído (art.
1.011)- salvo em caso de prevenção
-Relator decidirá monocraticamente nas hipóteses do art. 932, incisos III a V
- Se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do
recurso pelo órgão colegiado
- Prosseguimento do julgamento conforme estudado na Ordem dos Proc essos nos
Tribunais (sustentação oral)
Ação de alimentos e ação de demarcação de terras, cautelar= não tem efeito
suspensivo(tem efeito imediato)

Efeito devolutivo profundidade=


Teoria da causa madura= excessão da regra de supressão de instancia

A sentença que reconhece decadência e prescrição é de mérito. O tribunal só julgará o


mérito nesses casos quando não precisar produzir provas

O tribunal pode realizar pequenos atos/ sanar os vícios para que decida sem
desrespeitar a ampla defesa e o contraditório ( obs: não poderia realizar por exemplo
uma perícia, mas poderia intimar as partes para se manifestar sobre)

Obs: de despacho não cabe recurso, cabe recurso de decisão interlocutória

Obs: Desistencia- não pode ser a qualquer tempo (não pode quando já tem resultado)
e não depende de aquiescência da parte contraria ( não depende de anuência dos
litisconsortes, mesmo que do mesmo lado)

Obs: não há restrição há recorribildiade do MP (seja como parte ou como fiscal da


lei)

Obs: a desitencia do recurso não impede a fixação da tese de repercussão geral

Existe ainda os embargos infringentes previsto como recurso na lei de execução fiscal
(os antigos embargos infringentes foram substituídos pela técnica de ampliação do
recurso: Aumento do órgão colegiado nos casos de não unanimidade nas hipóteses em
que eu julgo embargos de declaração sobre hipóteses não previstas no artigo, e as
previstas no artigo (apelação não unanime, ação reisoria e agravo de instrumento))

Eu não tenho mais um duplo juízo de admissibilidade (quem faz o juízo de


admissibilidade é o tribunal) na apelação, mas tem nos recursos extraordinários.

Quem tem efeito suspensivo é a sentença e o efeito devolutivo é o acordão (fala-se


que o recurso atribui o efeito)

Nos casos da fazenda pública há reexame necessário independente de recurso

O pedido de efeito suspensivo vai ser ou pro tribunal ou pro relator

AGRAVO DE INSTRUMENTO
1- NOÇÕES GERAIS
Conceito: é o recurso interposto diretamente ao juízo do segundo grau contra algumas
decisões interlocutórias do juízo do primeiro grau, previstas no CPC
Sistema da taxatividade- artigos 1.015
Obs: no procedimento dos juizados especiais e do processo do trabalho não cabe agravo
de instrumento
obs: com o novo CPC não há mais agravo retido, porque eu n]ao preciso mais pontuar
para obstar a preclusão.

2- CABIMENTO
O CPC adotou o sistema da taxatividade das decisões interlocutórias imediatamente
recorríveis, descrevendo as hipóteses no art. 1.015.
Há um entendimento jurisprudencial do STJ de que quando necessário poderá sim
interpor agravo de instrumento, ainda que não previsto no artigo (mitigação da
taxatividade)

AS HIPÓTESES PREVISTAS NO ART. 1.015


a) Tutelas provisórias-
Em todos os seus aspectos: urgência e/ou evidência; deferimento ou indeferimento;
modo de cumprimento - REsp 1.752.049-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi
(pouco importa se procedente ou não)
b) Mérito do processo
- Improcedência liminar de um dos pedidos cumulados (art. 332 – por extensão)
-Julgamento antecipado parcial de mérito (art. 356)
(pouco importa se procedente ou não)

c) Rejeição da alegação de convenção de arbitragem


Porque se eu tenho o reconhecimento da convenção de arbitragem a consequência é a
extinção do processo sem a decisão de mérito. Se eu rejeito a alegação da convenção de
arbitragem quer dizer do processo poder prosseguir, e há hipótese de que o la no final o
tribunal reconheça a convenção de arbitragem

d) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica


Qualquer conteúdo: deferida ou não. Nesse caso você defere ou não o incidente, para
prosseguir o processo com os sujeitos que passem a fazer parte ou não. Em ambos os
casos a decisão termina ali, não havendo sentença falando sobre o tema
e) Rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua
revogação
A intenção do legislador era privilegiar o acesso a justiça. Se for decisão de concessão
você pode impugnar o deferimento da assistência juridiciaria gratuita em preliminar de
apelação

f) Exibição ou posse de documento ou coisa


▪REsp 1.798.939, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma: de forma ampla, sobre
deferimento ou indeferimento

g) Exclusão de litisconsorte
-Se ele manteve o litisconsórcio eu não preciso recorrer imediatamente ( o litisconsorte
pode recorrer depois na apelação). Agora se ele for excluído, ele não tem como recorrer
-A decisão que rejeita a exclusão e matem a parte não é recorrível, justamente porque a
parte continuará no processo e poderá recorrer no momento da apelação - REsp
1.724.453-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi

d) Rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio


A mesma logica da hipótese anterior: aquele que for mantido no processo pode discutir
isso mais a adiante

e) Admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros


Qualquer hipótese sobre intervenção de terceiro.

f) Concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução


A forma que eu tenho de me impor contra a exeção é a ação de conhecimento de
natureza desconstitutiva do titulo executivo chamado de embargos a execução

g) Redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o


O STJ ta aumentando a possibilidade de recorribilidade relacionada a produção de
provas
O CPC adota a teoria dinâmica do ônus da prova

e) Outros casos previstos em lei ( tanto no CPC, como na lei estravagante)


PARAGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 1.015
( não faz parte do processo de conhecimento; as outras fases ou não tem sentença ou a
sentença não constrói, não tem efeito cognitivo)
- Proferidas na fase de liquidação ou de cumprimento de sentença, no processo de
execução e no processo de inventário
De forma ampla e independente do conteúdo - REsp 1.803.925-SP, Rel. Min.
Nancy Andrighi
( no processo de inventário a sentença promove a partilha, as decisões sobre herdeiros,
bens vai se decidido em questões interlocutórias)
( Porque tem o inciso X? No processo de execução, ao contrario da impugnação, a
forma de me opor é eu construir uma relação processual de natureza constitutiva
desconstitutiva do titulo executivo)
OUTROS CASOS PREVISTOS EM LEI
Outros casos expressamente referidos em lei
- Decisão que decreta falência – art. 100 da Lei no.
11.101/2005
( há discussão sobre a natureza dessa decisão)

- Decisão de admissibilidade da ação de improbidade administrativa – art. 17, § 10 da


Lei no. 8.429/1992

-Decisão que extingue parte da demanda sem apreciar o mérito – art. 354, parágrafo
único (Enunciado FPPC no. 154)
JULGAMENTO CONFORME O
ESTADO DO PROCESSO

JULGAMENTO ANTECIPADO CABERÁ AGRAVO DE


PARCIAL DO MÉRITO INSTRUMENTO
JULGAMENTO ANTECIPADO DE CABERÁ APELAÇÃO
TODO O MÉRITO= SENTENÇA
EXTINÇÃO INTEGRAL DO CABERÁ APELAÇÃO
PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DO
MÉRITO
EXTINÇÃO PARCIAL DE PARTE DA CABERÁ AGRAVO DE
DEMANDA (ex: eu fiz a cumulação de INSTRUMENTO (artigo 354)
pedidos, e não era hipótese de
cumulação)
-Decisão de distinguishing nos recursos repetitivo, por extensão, IRDR e IAC – art.
1.037, § 13, I e 982 (FPPC no. 481 e no. 557 - REsp 1.846.109-SP, Rel. Min. Nancy
Andrighi)
( quando você afirma que a paralisação do processo foi equivocada, não sendo o caso de
suspensão pelo regime de recursos suspensivos)

3- A TAXATIVIDADE MITIGADA NA JURISPRUDÊNCIA DO STJ


Acabou com a taxatividade plena, criando uma taxatividade mitigada: desde que houve
urgência e inutilidade de um recurso futuro
- REsp 1.704.520 e REsp 1.696.396 (Repetitivos – Corte Especial - Rel. Min. Nancy
Andrighi)= lindis cases que foram afetados
- TEMA 988 (tese fixada): O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por
isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência
decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação
Decisão sobre competência foi utilizada como fonte da tese fixada ( o professor não
concorda)
Obs: o novo regime de competência do CPC admite inclusive o reconhecimento de
incompetência sem alterar a decisão.

Hipóteses em que o STJ vem admitindo:


-REsp 1744011 / RS, Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 3a Turma: admitiu nas decisões
sobre guarda de criança (tutela provisória)- interpretava como também guarda de
incapaz. Justificativa: já se encaixava como decisão interlocutória e é uma situação de
clara aplicação da mitigação

-REsp 1798975 / SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª Turma: admitiu nas decisões que
fixa data da separação de fato do casal (parcial de mérito)- seria uma decisão de
mérito que produz serias consequências

- REsp 1.772.839, ministro Antonio Carlos Ferreira, 4ª Turma: admitiu nas decisões
sobre prescrição e decadência (mérito)

-REsp 1.702.725, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma: não admite nas hipóteses de
ENQUADRAMENTO FÁTICO NORMATIVO (CDC ou CC?), salvo se
intereferirem no mérito, como no caso dos autos que afastava a prescrição
(mérito). NO caso em comento, tratava-se de um caso em que se discutia se havia
relação de consumo, para fins de prescrição
-REsp REsp 1.746.337, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma: na AÇÃO DE
PRESTAÇÃO DE CONTAS, caberá quando o julgamento da primeira fase da
ação de exigir contas for de procedência do pedido (decisão parcial de mérito) e
não caberá se o julgamento nessa fase for pela improcedência ou pela extinção do
processo sem resolução do mérito, pois será sentença. Mesma logica da exceção de
pre-executividade e na impugnação ao cumprimento de sentença
A depender do conteúdo da decisão, ela poderá extinguir uma fase do procedimento. Na
ação de restação de contas é bifásica: decide se o reu deve ou não prestar contas e
depois se as contas estão corretas. A decisão que determina a prestação de contas,
determina para seguir de fase, é decisão interlocutória, cabível agravo

- REsp No 1.736.285 - MT (Re. Ministra Nancy Andrighi). Decisão proferido após a


sentença e antes da fase de cumprimento de sentença (indeferiu declaração de
nulidade das intimações, por extensão – parágrafo único do art. 1.015)

- REsp 1.797.991-PR (Rel. Min. Nancy Andrighi, 3a Turma). Decisão interlocutória


com duplo conteúdo, um recorrível (no caso intervenção de teceiro) e outro irrecorrível
(competência antes da tese fixada em repetitivo). Critérios para a identificação do
cabimento do recurso: (i) o exame do elemento que prepondera na decisão; (ii) o
emprego da lógica do antecedente- consequente e da ideia de questões prejudiciais
e de questões prejudicadas; (iii) o exame do conteúdo das razões recursais
apresentadas pela parte irresignada Tema 1.022 (afetou sem suspender ao regime
dos recursos repetitivos os REsp 1717213/MT, REsp 1707066/MT e REsp
1712231/MT). (decisão anterior a de taxatividade mitigada)

- Tema 1.022 (afetou sem suspender ao regime dos recursos repetitivos os REsp
1717213/MT, REsp 1707066/MT e REsp 1712231/MT- mas tá afetado).
"Definir se é cabível agravo de instrumento contra decisões interlocutórias proferidas
em processos de recuperação judicial e falência em hipóteses não expressamente
previstas na Lei 11.101/2005".

4- FUNDAMENTOS DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO


Fundamentação livre:
- Questões de fato ou direito
- Errores in Procedendo ou Errores in Judicando
5- REQUISITOS DE ADMINISSIBILIDADE
(1) Cabimento é um dos requisitos de admissibilidade
(2) Prazo: 15 dias
(3) Legitimidade: artigo 996
(4) Interesse artigo 1.000
(5) Preparo: artigo 1.007 (se exige o preparo)

6- REGULARIDADE FORMAL
(arts. 1.016 e 1.017)
Obs: ele perdeu um pouco de importância devido a multiplicidade de acesso
Obs: no agravo o processo continua prosseguindo no primeiro grau ( não tem como
regra efeito suspensivo)

- Petição dirigida diretamente ao tribunal competente, contendo:


Os nomes das partes
A exposição do fato e do direito
As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão e o próprio pedido
O nome e o endereço completo dos advogados constantes do processo. (requisito
que não é da apelação) (são esses que vão receber a intimação)
-Instruída Obrigatoriamente (documentos obrigatório) ( necessárias a compreensão da
demanda) obs: se não tiver um documento, atualmente, basta informar
Petição inicial
Contestação
Petição que ensejou a decisão agravada
A própria decisão agravada
Certidão da respectiva intimação ou outro documento oficial que comprove a
tempestividade
Procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado
Declaração de inexistência de qualquer dos documentos obrigatórios (inciso I do
art. 1.017) feita pelo advogado do agravante, sob pena de sua responsabilidade
pessoal
Comprovante de pagamento do preparo (custas e porte de remessa e retorno)
(processo físico necessidade de recolher porte de remessa e retorno)
- Instruída Facultativamente com outras peças que o agravante reputar úteis
- Na falta da cópia de qualquer peça obrigatória ou no caso de algum outro vício que
comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o
disposto no art. 932, parágrafo único
- Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças obrigatórias, facultando
( o próprio tribunal vai la e acessa)- se ao agravante anexar outros documentos que
entender úteis para a compreensão da controvérsia
REQUISITO ESPECIFICO PARA OS PROCESSOS FISICOS: você tem que
protocolar uma pela informando que teve agravo ( possibilitar o juízo de retratação e
contraditório)-
Na falta da cópia de qualquer peça obrigatória ou no caso de algum outro vício que
comprometa a admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o
disposto no art. 932, parágrafo único
Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças obrigatórias, facultando-
se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a compreensão da
controvérsia
A juntada é facultativa nos processo eletrônicos e obrigatória nos processos físicos
Nos autos físicos o agravante informará a interposição no prazo de 3, dias a
contar da interposição do agravo de instrumento.
O descumprimento da exigência, desde que arguido e provado pelo agravado,
importa inadmissibilidade do agravo de instrumento (tema que era antes
debatido)
Objetiva otimizar o efeito regressivo ou de retratação e o contraditório, pois se o juiz
comunicar que reformou inteiramente a decisão, o relator considerará prejudicado o
agravo de instrumento.
Obs: mesmo nos casos em que são seja obrigatório (eletrônicos) recomenda-se informar,
posto que facilita o exercico de retratação
7- EFEITOS

 Como regra o Agravo de Instrumento NÃO tem efeito suspensivo


O relator, como em qualquer caso, pode excepcionalmente conceder efeito suspensivo
ou deferir antecipação da tutela recursar (inciso I do art. 1.019) ( não precisa ser em
petição separado
Alteração do efeito suspensivo padrão nos agravos intrumento
É uma hipótese de tutela provisória na fase recursal (§§ 2o ao 4o do art. 1.012) -
periculum in mora e fumus boni juris
O pedido de concessão excepcional de efeito suspensivo (fora das hipóteses do § 1o do
art. 1.012) poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
Tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação e sua
distribuição, ficando o relator designado para seu exame prevento para julgá-la
Relator, se já distribuída a apelação
Nas hipóteses do § 1o do art. 1.012, a cassação do efeito suspensivo, para dar eficácia
imediata à sentença, poderá excepcionalmente ser concedido pelo relator
Obs: você pode pedir efeito suspensivo tanto da decisão agrava, quando a antecipação
de uam decisão da ser tomada devido ao recurso ( tudo se direciona ao relato)
 Devolutivo

 Regressivo ou de retratação
Possui em todos os casos de Agravo de Instrumento
-A juntada da petição no juízo a quo no tríduo legal subsequente a interposição do
Agravo de Instrumento (§§ do art. 1.018) serve para otimizar o exercício do juí\o de
retatação
Se o juiz se retrata e informa ao juízo de segundo grau o agravo perde seu objeto

8- PROCEDIMENTO
Ao contrario da apelação que eu tenho um duplo procedimento, no tribunal a quem e ad
quo, o agravo tem seu procedimento no juízo ad quem ( tribunal)
(1) Protocolo
Regramento que foi muito útil no passado, mas que perde a relevância com o processo
eletrônico
- Multiplicidade de possibilidade de protocolo
Diretamente no tribunal competente para julgá-lo
Na própria comarca, seção ou subseção judiciárias
Postagem, sob registro, com aviso de recebimento
Transmissão de dados tipo fac-símile, nos termos da lei- As peças (obrigatórias e
facultativas) devem ser juntadas no momento de protocolo da petição -original
Outra forma prevista em lei
(2) Protocolada a petição de agravo, vamos analisar primeiro se é hipótese ou
não de julgamento monocrático e, depois, a Análise se tem pedido de efeito
suspensivo ou de antecipação de tutela

(3) Intima o advogado da outra parte (se não tiver dvogado, intima a parte
por ar) facultando-lhe juntar a documentação que entender necessária ao
julgamento do recurso:
Pessoalmente, por carta com aviso de recebimento, quando não tiver procurador
constituído
Pelo Diário da Justiça ou por carta com aviso de recebimento dirigida ao seu
advogado, se tiver procurador

(4) Determinará a intimação do Ministério Público, quando for o caso de sua


intervenção, para que se manifeste no prazo de 15 (quinze) dias.

(5) Ultimado processamento, relator solicitará dia para julgamento em prazo não
superior a 1 mês da intimação do agravado (Art. 1.020)

(6) O julgamento se dará conforme regramento do Ordem dos Processos nos


Tribunais
(7) Caberá sustentação oral, conforme inciso VIII do art. 937, nos seguintes
casos:
▪ Decisões interlocutórias que versem sobre tutelas provisórias de urgência ou da
evidência ( não fala de decisão de mérito)
▪ Decisões de mérito e as decisões de extinção parcial da lide (art. 354, parágrafo único,
e art. 355)?
(Inciso IX do art. 937 fala em outras hipóteses previstas em lei ou no regimento interno
do tribunal e art. 942, II, aumento da turma de julgamento em agravos de mérito-
entende-se que tambem antes da ampliação)
( na maioria dos casos os regimentos internos estãos estão suprindo essas omissões e
garantindo a sustentação oral nos agravos de instrumento sobre o mérito)
( tambem deve-se ter o direito a sustentação oral as hioteses de extinção parcial a lide)

EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
1- CONCEITO
É o recurso destinado a pedir ao juízo prolator da decisão que corrija erro material,
esclareça obscuridade, elimine contradição ou supra omissão.
 Fundamentação vinculada ( matérias de fato ou de direito que constituam erro
material, obscuridade, contradição ou omissão)
 Recurso horizontal ( é um recuso voltado para o próprio juízo prolator da
sentença)
 Busca garantir a integridade da sentença proferida
Obs: No passado discutiu-se sua natureza de recurso. Há sistemas processuais
estrangeiros que não reconhecem natureza recursal
2- CABIMENTO
- Cabe de qualquer decisão judicial, em qualquer procedimento e em qualquer grau de
jurisdição (seja decisão interlocutória ou sentença)
- Por ser recurso de fundamentação vinculada, deverá haver alegação de uma das
hipóteses de cabimento (art. 1.022)

Obs:
Eu tenho uma confusão entre os requisitos de admissibilidade e o mérito do recurso- o
recurso sera provido quando for contatada omissão, obscuridade ou erro material.
A diferença aqui está no grau de Análise – o requisito de admissibilidade será a
alegação da presença desses “erros” e no mérito a existencia. Caso haja a alegação, mas
não reste comprovado= deve rejeitar o recurso e não inadmitir

3- FUNDAMENTAÇÃO
Recurso de fundamentação vinculada
 Obscuridade:
Falta de clareza ou precisão que gere dúvida ( a obscuridade tem que ser percebida pelo
destinatário da mensagem- é a parte que percebe)
Mesmo que o magistrado entenda que a decisão não é obscura, é importante que ele
esclareça porque é com base na sentença que serão interpostos os demais recursos

 Contradição:
Existência de proposições inconciliáveis na própria decisão na fundamentação ou
conclusão. A contradição é interna da decisão, não importa em que parte ( seja na
fundamentação, seja no dispositivo, seja na relação das duas)
Não pode ser contradição externa: contradição com a lei, ou com prova- esses aspectos
estão relacionados a apelação

 Omissão ( muito vinculado aos aspectos do principio dispositivo: eu não posso


decidir algo não levantado pela parte, mas tambem não posso deixar de apreciar
o alegado
Jurisprudência: O STJ entende que não é necessário falar de todos os pontos ( isso
precisa mudar, segundo o professor, o que não quer dizer que o magistrado tem que
falar de tudo: ele precisa tratar de tudo que foi alegado que tem relação com todas as
causas de pedir e pedido, ressalvadas as questões prejudiciadas)
- Deixar de apreciar questão a que estava obrigado, inclusive as conhecíveis ex officio
( mesmo que não tratado pelas partes)
Se relaciona com os princípios dispositivos e da congruência (arts. 2º e 490)
- Ausência de manifestação sobre precedente obrigatório trazido pela parte (art. 489, §
1o, e parágrafo único, II, do art. 1.022)
Deficiência de fundamentação (art. 489, § 1o e parágrafo único, II, do art. 1.022)

 Erro Material
Reconhecimento de fato não existente

4- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
REQUISITOS INTRÍNSECOS
Cabimento (art. 1. 022) – já tratado
legitimidade: na forma do art. 996
Interesse: na forma do art. 1.000
Inexistência de fato impeditivo ou extintivo poder de recorrer

REQUISITOS EXTRÍNSECOS
-Prazo
Prazo: 05 dias (art. 1.023)
Aplica-se aos embargos de declaração o art. 229 (prazo em dobro)- prazo em dobro
para os advogados distintos, de escritos distintos para litisconsortes da mesma parte
( com o processo digital não há prorrogativa de prazo em dobro)

-Regularidade Formal (art. 1.023)


Petição escrita
Alegação (indicação) de uma das hipóteses de cabimento
Dirigida diretamente ao juiz prolator da decisão ( e decididos por quem prolatou a
senteça)

- Preparo: dispensado (art. 1.023)


( historicamente o agravo interno tambem era dispensado o preparo, sendo nesse caso
reaegad a a matéria para o regimento interno, que em maioria não inclui o preparo)
5- EFEITOS
INFRIGENTES (devolutivo)
- Normalmente os embargos não se prestam a modificar a decisão, servem para sanar os
vícios do art. 1.022, inexistindo efeito devolutivo amplo
-Há casos em que a modificação é inafastável, nestes casos fala-se em efeitos
infringentes dos embargos de declaração
Obs: diferente dos demais recursos, no embargos de declaração o magistrado não pode
rever para além do que foi embargado/ questionado-

SUSPENSIVO
- Como regra os Embargos de Declaração NÃO tem efeito suspensivo
- Além da regra geral do parágrafo único do art. 995, o § 1o do art. 1.026 deixa clara a
possibilidade de a eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa
pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso
ou, sendo relevante a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil
reparação ( tutela provisória)

INTERRUPTIVO
- Os Embargos de Declaração interrompem o prazo para a interposição de recurso (art.
1.026, caput)- único recurso que possui efeito interruptivo
Obs: ele é um recurso que serve para integrar a decisão e permitir a recorribilidade
- Cancelamento da Enunciado 418 da Súmula do STJ (É inadmissível o recurso especial
interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior
ratificação) pelos §§ 4o e 5o do art. 1.024
Hoje: efeito interruptivo + O que você tem quando há mortificação da sentença
promovida pelos embargos é o direito de ratificar e não o dever
Obs: a sentença modificada por embargo de declaração é um ato complexo, resultado da
integração das duas decisões, que serão consideradas uma só

§ 4º Caso o acolhimento dos embargos de declaração implique modificação


da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto outro recurso
contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas
razões, nos exatos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias,
contado da intimação da decisão dos embargos de declaração.

§ 5º Se os embargos de declaração forem rejeitados ou não alterarem a


conclusão do julgamento anterior, o recurso interposto pela outra parte antes
da publicação do julgamento dos embargos de declaração será processado e
julgado independentemente de ratificação.

GERAR PRÉ-QUESTIONAMENTO FICTO


-Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins
de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou
rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou
obscuridade (art. 1.025).
Os embargos servem muito para gerar o prequestionamento

6- PROCEDIMENTO
INTERPOSIÇÃO E PROCESSAMENTO
Opostos os embargos (em face do juízo que proferiu a decisão embargada), o juiz
intimará o embargado para contrarrazões no prazo de 5 dias, caso eventual acolhimento
implique a modificação da decisão embargada.
Obs: os embargos que não tem potencial modificativo ou que o juiz entenda que deve
indeferir não precisa intimar a outra parte para apresentar contrarrazoes
EMBARGANTE- quem propõe
EMBARGADA-

JULGAMENTO
- O juiz da decisão embargada julgará os embargos em 5 dias.
Tratando-se de decisão unipessoal (monocrática) proferida em tribunal, o
prolator da decisão embargada decidirá os embargos monocraticamente, sem levar ao
colegiado;
Nos tribunais (quando a decisão foi julgada de forma colegiada), o relator
apresentará os embargos em mesa na sessão subsequente, proferindo voto, e, não
havendo julgamento nessa sessão, será o recurso incluído em pauta automaticamente.
Obs: se levar na primeira sessão não precisa publicar pauta- mas na pratica isso não
acontece muito
Obs: não tem sustentação oral

FUNGIBILIDADE COMO AGRAVO INTERNO


O órgão julgador conhecerá dos embargos de declaração como agravo interno se
entender ser este o recurso cabível
( o relator, entendendo que há uma intenção de rediscutir a matéria, e não obscuridade,
omissão ou contradição va processar como agravo interno, mas tem que intimar o
embargante para que ele complemente as fundamentações e transforme de fato o
recurso= possibilidade de ajuste da postulação para garantir a regularidade formal do
agravo interno, podendo inclusive discutir outros pontos)
Deverá determinar previamente a intimação do recorrente para, no prazo de 5
dias, complementar as razões recursais, de modo a ajustá-las às exigências do art. 1.021,
§ 1o (regularidade formal do agravo interno)

CONSEQUÊNCIAS DOS EFEITOS INFRINGENTES


- Havendo modificação da decisão embargada, o embargado que já tiver interposto
outro recurso contra a decisão originária tem o direito de complementar ou alterar suas
razões, nos limites da modificação, no prazo de 15 (quinze) dias, contado da intimação
da decisão dos embargos de declaração. (deixa de ser uma obrigação)

- Se forem rejeitados ou não alterarem a conclusão do julgamento anterior, o recurso


interposto pela outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de
declaração será processado e julgado independentemente de ratificação
Cancelamento do Enunciado no. 418 da Súmula do STJ.
Edição do Enunciado no. 579 da Súmula do STJ: Não é necessário ratificar o
recurso especial interposto na pendência do julgamento dos embargos de declaração,
quando inalterado o resultado anterior

7- EMBARGOS PROTELATÓRIOS]
- Quando o 1 embargos de declaração forem manifestamente protelatórios, o julgador
condenará em multa fixada em até 2% do valor atualizado da causa. ( não precisa ser
unanime e não é requisito de admissibilidade do próximo embargos)
Obs: quando eu embargo uma decisão, tem uma sentença sobre os embargos, eu posso
embargar novamente (agora a nova sentença
- Quando o 2o embargos de declaração forem manifestamente protelatórios, a multa
será elevada a até 10% do valor atualizado da causa.= passa a ser requisito para
interporição de outro recurso
A interposição de qualquer outro recurso está condicionada ao depósito prévio
do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade
da justiça, que farão o pagamento ao final.
- Não serão admitidos o 3o embargos de declaração se os 2 anteriores houverem sido
considerados protelatórios (inadmissibilidade e trânsito em julgado pela ausência do
efeito interruptivo)=
dois embargos anteriores considerados protelatórios, aplicando a multa+ um embargo
protelatório= inadmissibilidade desse terceiro embargo e outro recurso sobre a mesma
decisão e transito em julgado da decisão
Enunciado no. 98 da Súmula do STJ: Embargos de declaração manifestados
com notório propósito de prequestionamento não tem caráter protelatório
AGRAVO INTERNO
1- NOÇÕES GERAIS
Hoje: agravo de instrumento ( contra decisão itnerlocutoria do juízo de primeiro grau)+
agravo interno (contra decisões monocráticas dos tribunais)+ agravo retido + agravo
para trancamento de recurso extraordinário...
Nos tribunais nos temos: decisões colegiadas e decisões monocráticas ( proferidas pelo
relator na condução do processo)

2- CONCEITO
É o recurso que cabe das decisões monocráticas dos relatores nos tribunais ( em
principio de toda e qualquer decisão)
A logica do agravo é buscar a forma colegiada, forma de afetação da decisão para que
seja julgada de forma colegiada.
É a forma de afetar ao plenário respectivo as decisões monocráticas proferidas pelo
relator, como forma de respeitar a colegialidade intrínseca das decisões nos tribunais.

3- CABIMENTO
- Atualmente cabe de qualquer decisão do Relator (art. 1.021) no âmbito dos Tribunais,
independente de a decisão ter sido proferida em incidente, recurso ou ação autônoma.
( não é algo pacificiado, mas a doutrina se inclina a aceitar que seja interposto contra
qualquer decisão) (cabe contra decisão de mérito e de procedimento)

- Salvo das não decisões e das decisões irrecorríveis, ex:


Admite o amicus curiae (arts. 138 e 950, §3º CPC)
Concede prazo suplementar para o recolhimento de preparo em decorrência do
justo impedimento (art. 1.007, §6o CPC)
A decisão acerca da prejudicialidade do recurso extraordinário em relação ao
recurso especial, bem como a rejeição dessa prejudicialidade pelo STF (art.
1.031, §§2o e 3o, CPC).

4- FUNDAMENTOS
Recurso de fundamentação livre: questões de fato ou direito ( errores in procedendo ou
errores in judicando)
5- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
Prazo: 15 dias (§ 5o do art. 1.003)1
Cabimento (art. 1. 021) – já tratado
Legitimidade: na forma do art. 996
Interesse: na forma do art. 1.000
Preparo: Remete a matéria ao Regimento Interno de cada tribunal (art. 1.021, caput)
Obs: o CPC não tem uma regra dispensando custas ou afirmando que as mesmas são
devidas= no silencio do regimento do tribunal sobre a matéria não pode ter cobrança de
custas

Regularidade formal
- Petição escrita impugnando especificadamente os fundamentos da decisão agravada
Princípio da dialeticidade (Súmula 182 do STJ: É inviável o agravo do art. 545
do CPC que deixa de atacar especificamente os fundamentos da decisão
agravada)
Razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão
- Dirigida diretamente ao Relator ( para ser decidida pelo pleno)

6- EFEITOS
NÃO TEM SUSPENSIVO
- Como regra o Agravo Interno não tem efeito suspensivo
Na fora do parágrafo único do art. 995, a eficácia da decisão recorrida poderá ser
suspensa por decisão do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver
risco de dano grave, de difícil ou impossível reparação, e ficar demonstrada a
probabilidade de provimento do recurso
obs; o relator ( que é o mesmo que proferiu a decisão recorrida) poderá, entendendo a
presença do fomus boni juris e periculum in mora, atribuir efeito suspeivo

REGRESSIVO OU DE RETRATAÇÃO
Possui em todos os casos de Agravo Interno

7- PROCEDIMENTO

1
Apenas os embargos de declaração não possui prazo de 15 dia ( são 5 dias)
PERANTE O RELATOR
- Observância das regras do Regimento Interno, respeitando-se as regras gerais de art.
1.021 do CPC
- Recebida a petição o Relator (que proferiu a decisão recorrida) intimará o agravado
para manifestar-se sobre o recurso no prazo de 15 dias
- Após o prazo ( com ou sem contrarazões), não havendo retratação, o relator levá-lo-á a
julgamento pelo órgão colegiado

NO ÓRGÃO COLEGIADO
( o órgão responsável pelo julgamento doa gravo interno será o mesmo órgão
responsável para julgar o feito principal do qual emanou a decisão agravada)
Ex: decisão proferida pelo relator da quinta câmera civil sobre a concessão de tutela
provisória no âmbito da apelação; esta decisão quando agravada vai ser julgada pela
quinta câmera civil e por se tratar de apelação, julgado por turma, vai ser a turma da
quinta câmera atrelada ao relator
- Deverá haver inclusão em pauta.
- Como regra NÃO haverá sustentação oral
Excepcionalmente haverá sustentação oral (§ 3o do art. 937) nos processos de
competência originária previstos no inciso VI do art. 937 (ação rescisória,
mandado de segurança e reclamação) quando interposto contra decisão de relator
que o extinga = contra deicsão monocrática que extingue ação de competência
originária

OBS: EXIGÊNCIA EXPRESSA DE FUNDAMENTAÇÃO ADEQUADA


Exige-se fundamentação adequada do relator, vedando-se a mera reprodução da decisão
recorrida
- Pelo princípio da fundamentação adequada previsto no art. 489, § 1o, do CPC e pela
regra específica prevista no § 3o do art. 1.021 do CPC, é vedado ao relator limitar-se à
reprodução dos fundamentos da decisão agravada para julgar improcedente o agravo
interno.

8- IMPOSIÇÃO DE MULTA EM AGRAVOS INTERNOS PROCRASTINATÓRIOS


- Quando o agravo interno for declarado manifestamente inadmissível ou improcedente
em votação unânime, o órgão colegiado, em decisão fundamentada, condenará o
agravante a pagar ao agravado multa fixada entre 1% e 5% do valor atualizado da causa.
A interposição de qualquer outro recurso (ainda que esse não tenha preparo)
está condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda
Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que farão o pagamento ao
final. (aplicada
-Jurisprudência do STJ
Inaplicabilidade da multa prevista no art. 557, § 2o, do CPC de 1973 quando
interposto agravo interno com o objetivo de exaurir a instância recursal
ordinária, a fim de permitir a interposição de recursos especial e extraordinário
(Tema Repetitivo: 434)
A multa é destinada ao Agravado (REsp 1.846.734-RS, Rel. Min. Og
Fernandes, 2ª Turma, DJe 14/02/2020)
A aplicação da multa prevista no § 4o do art. 1.021 do CPC/2015 não é
automática, não se tratando de mera decorrência lógica do desprovimento do
agravo interno em votação unânime. A condenação do agravante ao pagamento
da aludida multa, a ser analisada em cada caso concreto, em decisão
fundamentada, pressupõe que o agravo interno mostre-se manifestamente
inadmissível ou que sua improcedência seja de tal forma evidente que a simples
interposição do recurso possa ser tida, de plano, como abusiva ou protelatória, o
que, contudo, não se verifica na hipótese examinada. (AgInt nos EDcl nos EDv
nos EREsp 1641549 / RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, 2a Seção, DJE
7/10/2020)
= a multa não é algo automático, esta multa só acontecera em que o tribunal
expressamente declarar que o agravo é manifestamente inadmissível ou
improcedente e o julgamento tiver sido unanime

RECURSO ORDINÁRIO
- PREVISTO EM LEGISLAÇÃO CONSTITUCIONAL: PODE SER PARA O STJ OU
PARA O STF

1- CONCEITO
O recurso ordinário, também chamado de Recurso Ordinário Constitucional
(ROC), é o recurso que cabe de algumas decisões proferidas em hipóteses de
competência originária de tribunais e, excepcionalmente, de sentença de juiz
federal de 1o grau (para o stj)
Cabe para o STJ (tribunais de justiça ou tribunais federais) ou para o STF
( STJ, TST, STM)
Previsto na CF, art. 102, II e 105, II, cujas normas foram reproduzidas no art.
1.027 do CPC

2- CABIMENTO
CABIMENTO PARA O STF
- Cabe dos acórdãos proferidos em única instância (competências originárias)
pelos tribunais superiores (STJ, TST e TSE), quando denegatória ( mérito ou
processual) a decisão proferida em mandados de segurança, habeas data e
mandados de injunção
(se fosse decisão monocrática seria agravo interno) ( as decisões desses tribunais sobre
questão não constitucional, não tem recursso)
- Em matéria penal, cabe das decisões de habeas corpus e em crimes políticos.

CABIMENTO PARA O STJ


- Dos acórdãos proferidos em única instância (competências originárias) pelos
tribunais regionais federais ou pelos tribunais de justiça dos Estados e do Distrito
Federal e Territórios, quando denegatória a decisão proferida em mandados de
segurança.
Em matéria penal, cabe das decisões de habeas corpus.

-Das sentenças (CF, art. 109, II) proferidas em processos em que forem partes, de
um lado, Estado estrangeiro ou organismo internacional e, de outro, Município ou
pessoa residente ou domiciliada no País
- Nestes processos, contra as decisões interlocutórias (previstas no art. 1.015) caberá
agravo de instrumento direto ao STJ (§ 1o do art. 1.027).

3- REGIME JURÍDICO PRÓPRIO DO ROC


O ROC possui regime jurídico próprio, com aplicação de algumas regras relacionadas
ao recurso de apelação, como se verá adiante.
- Nas hipóteses de cabimento contra acórdão, aplicam-se apenas as regras de apelação
expressamente previstas (§ 2o do art. 1.027) e assim não há que se falar em ampliação
da turma (art. 942 do CPC) ou em ordinário adesivo (§§ do art. 997 do CPC).
- Na hipótese de cabimento de sentença há divergência, mas entendemos que se aplicam
todas as regras procedimentais da apelação (inclusive ampliação e recurso adesivo), por
força do caput do art. 1.028 do CPC.
( Todos os rocs tem possibilidade de julgamento da cuasa madura e efeito suspensivo)

4- FUNGIBILIDADE
- O ROC no STF deve ser admitido quando interposto recurso extraordinário?
Enunciado n. 272 da Súmula do STF “Não se admite como ordinário recurso
extraordinário de decisão denegatória de mandado de segurança”,

- O ROC deve ser admitido quando interposto Recurso Especial ou Apelação, conforme
o caso?
A jurisprudência do STJ não reconhece fungibilidade
Repensar isso:
 Princípio da primazia de julgamento do mérito (arts. 4o e 6o do CPC)?
 Fungibilidade entre recurso extraordinário e especial (art. 1.033)?

5- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
INTRÍNSECOS
- Cabimento (CF, art. 103, II e art. 105, II e art. 1.027) – já tratado
- Legitimidade: na forma do art. 996, com atenção aos legitimados passivos que
ensejam competência originária de tribunais ( determinados sujeitos passivos do
mandado de segurança atrai essa competência para os tribunais superiores)
- Interesse: na forma do art. 1.000
- Inexistência de fato impeditivo ou extintivo poder de recorrer

REQUISITOS EXTRÍNSECOS
- Prazo: 15 dias (§ 5o do art. 1.003)
- Regularidade Formal (art. 1.023)
Petição escrita
Dirigido ao juízo a quo, o Presidente do tribunal recorrido, quando interposto de
acórdão, e ao juiz federal quando interposto de sentença

- Preparo: deve haver recolhimento preparo (art. 1.028 e Resoluções STJ e STF)
Salvo nas hipóteses de habeas corpus e habeas data (gratuidade por
determinação
constitucional – CE, art. 5, LXXVII).

6- FUNDAMENTOS
- Recurso de fundamentação livre (quando admitido)
Errores in judicando e Errores in procedendo
Matérias de fato e de direito, inclusive matérias relacionadas a direito local ou direito
infraconstitucional para o STF
Possibilidade de reexame de prova

7- EFEITOS
-NÃO TEM EFEITO REGRESSIVO

- DEVOLUTIVO
Efeito devolutivo amplo, tanto na extensão quanto na profundidade
Por força do § 2o do art. 1.027, aplica-se ao recurso ordinário o disposto no art.
1.013, § 3o relativo a teoria da causa madura
“Art. 1.013 (...) § 3o. Se o processo estiver em condições de
imediato julgamento, o tribunal deve decidir desde logo o
mérito quando:
 I - reformar sentença fundada no art. 485;
 II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela
congruente com os limites do pedido ou da causa de pedir;
 III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos,
hipótese em que poderá julgá-lo;
 IV - decretar a nulidade de sentença por falta de
fundamentação.
 § 4o Quando reformar sentença que reconheça a decadência
ou a prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito,
examinando as demais questões, sem determinar o retorno do
processo ao juízo de primeiro grau.”
SUSPENSIVO
- Como regra o ROC NÃO tem efeito suspensivo
Por força do § 2o do art. 1.027, aplica-se ao recurso ordinário o disposto nos art.
1.029, § 5o.
Art. 1.029. (...) § 5o O pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso
extraordinário ou a recurso especial poderá ser formulado por requerimento
dirigido:
I – ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a
publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando o
relator designado para seu exame prevento para julgá-lo
(roc: ao STJ nos casos de roc contra sentença de juiz federal, decisão de
tribunal de justiça ou de trf ou STF no caso de mandado de segurança
denegatório do stj)
II - ao relator, se já distribuído o recurso;
( se o roc já ta no stj ou no stf diretamente ao relator)
▪ III – ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período
compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão de
admissão do recurso, assim como caso de o recurso ter sido sobrestado, nos
termos do art. 1.037.
( vale ressaltar que no roc não há juízo de admissibilidade pelo tribunal
recorrido, o ponto é colhido as contrarrazoes)
8- PROCEDIMENTO
ROC DE ACORDÃO
- Interposto diretamente no processo Tribubal de origem
- Tramita o recurso na Presidência do Tribunal de origem (independente do órgão que
proferiu a decisão), que colhe as contrarrazões e remete ao Tribunal Superior
(independente de juízo de admissibilidade)
- No Tribunal Superior será julgado conforme o respectivo Regimento Interno (ouve o
MP e vai para pauta de julgamento, para ser julgado em turma)

ROC DE SENTENÇA
- Aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as
disposições relativas ao Recurso de Apelação e o Regimento Interno do Superior
Tribunal de Justiça (art. 1.028)
- Interposto perante o Juiz Federal, que colhe as contrarrazões e remete ao STJ,
independente de juízo de admissibilidade
- No STJ será julgado conforme o seu Regimento Interno
- Relembrando que caberá agravo de instrumento das decisões interlocutórias nas
hipóteses do art. 1.015 do CPC

RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO

STJ- GUARDIÃO DA MATÉRIA FEDERAL INFRACONSTITUCIONAL-


RECURSO ESPECIAL
SUPREMO- GUARDIÃO DA CONSTITUCIONAL- RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
(antes do stj o extraordinário valia pra tudo)

REGIME JURÍDICO GERAL


1. NOÇÕES GERAIS
- São recursos extraordinários ou excepcionais ou de superposição
- Previstos na Constituição Federal
Recurso Extraordinário (art. 102, III)
Recurso Especial (art. 105, III)

- Possuem:
Regime jurídico comum
Regime jurídico específico
Regime jurídico repetitivo (estudaremos à parte)

2. CONCEITO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO- é o recurso que da ao STf o controle difuso de
constitucionalidade
RECURSO ESPECIAL- é o recurso que da ao STJ o controle da integridade, coerência
e uniformidade a interpretação da legislação federal infraconstitucional

3. CABIMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO (previsto na constituição)


Das causas com repercussão geral decididas em única ou última instância, quando a
decisão recorrida:
- Contrariar dispositivo da Constituição Federal (alínea “a”)
- Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal (alínea “b”)
- Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição (alínea
“c”)
- Julgar válida lei local contestada em face de lei federal (alínea “d”)

4. CABIMENTO DO RECURSO ESPECIAL


- Das causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais
Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a
decisão recorrida: ( não cabe recurso especial as turmas recursais dos juizados, ao
contrário do recurso extraordinário)
-Contrariar tratado ou lei federal, ou negar- lhes vigência (alínea “a”) (tanto julgar em
oposto, tanto aplicar quando não deveria, quando mão aplicar)
-Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal (alínea “b”)
-Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal
(alínea “c”) – recursos especial por dissidio ( ainda que a sua decisão não tenha
contrariado)

5- FUNDAMENTAÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO VINCULADA
- não pode ser matéria de fato, só de direito (ofensa a norma jurídica)
- Matérias de Direito Federal e Constitucional elencadas, respectivamente, no
art. 102, III, e art. 105, III, da Constituição Federal)

Obs: Cabe esse tipo de recurso em relação aos conceitos jurídicos indeterminados?
Depende, se a matéria precisar de reexame de provas ou de requalificação dos fatos da
causa não cabe; Mas se não mexer nas provas, vai so qualificar ou conceituar o conceito
jurídico indeterminado pode ser
Não cabe:
- Reexame de Prova (mas cabe por ofensa a direito probatório- ex: desrespeito das
regras referentes a pericia
No. 07 da S. STJ: “A pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso
especial”
No. 279 da S. STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário”
-Para mera interpretação da cláusula contratual (mas cabe por ofensa a norma que
regula matéria contratual ex: se ao interpretar o contrato desrespeita as normas do
código civil)
No. 05 da S. STJ: “A simples interpretação de clausula contratual não enseja
recurso especial.
No. 454 da S. STF: “Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá
lugar a recurso extraordinário.”
6- FUNGIBILIDADE DOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL
- Recebimento de Recurso Especial como Extraordinário (art. 1.032)
Se o relator, no STJ, entender que o recurso especial versa sobre questão
constitucional, deverá conceder prazo de 15 dias para que o recorrente
demonstre a existência de repercussão geral e se manifeste sobre aquestão
constitucional e remeter o recurso ao STF, que, em juízo de admissibilidade,
poderá julgar ou devolvê-lo ao STJ

- Recebimento de Recurso Extraordinário como Especial (art. 1.033)


Se o STF considerar como reflexa a ofensa à Constituição afirmada no recurso
extraordinário, por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de
tratado, remetê-lo-á ao STJ para julgamento como recurso especial. ( se o STF
mandar pro STJ, o STJ não pode devolver)

 Ver Enunciados no. 565 e 566 do FPPC

7- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE

7.1 REQUISITOS INTRÍNSECOS


- Cabimento (CF, art. 102, III e art. 105, III) – já tratado
- Legitimidade: na forma do art. 996.
- Inexistência de fato impeditivo ou extintivo poder de recorrer
- Interesse: na forma do art. 1.000, com observância das seguintes peculiaridades
adiante desdobradas (além do interesse do artigo 1.00 voce tem muitas peculiaridades)

 Necessidade de esgotamento das instâncias ordinárias


No. 281 da Súmula do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando
couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada.”
( não cabe RESP ou RE contra decisão monocrática)

 Pré-questionamento
Construído jurisprudencialmente à partir da interpretação dada a “causas
decididas”= so caberá RESP ou REX se houver decisão sobre a matéria
constitucional ou infraconstitucional que será questionada ( se o tribunal não
falar, não caberá o recurso) ( caso não seja falado você deve interpor embargos d
declaração)
Tipos
(1) Expresso = referência expressa ao dispositivo normativo
(2) Implícito = refere-se à norma ( interpretação ao texto legal), mas não ao
dispositivo normativo
(3) Ficto = Art. 1.025= hipótese que você argui a tese e o tribunal ignora ( ex: o
tribunal julga os embargos sobre a omissão de manifestação do tribunal sobre o
pré-questionamento, mas continua omisso)
Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o
embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os
embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal
superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.
No. 211 da Súmula do STJ: “Inadmissível recurso especial quanto à questão
que, a despeito da oposição de embargos declaratórios, não foi apreciada
pelo Tribunal a quo.” ( cassava a decisão do tribunal, para que ele se
manifestasse sobre a questão não manifestada)= deveria ser cancelado+ No.
320 da Súmula do STJ: “A questão federal somente ventilada no voto
vencido não atende ao requisito do prequestionamento.” = deve ser
cancelado
Obs: ainda há decisões do stj exigindo que se faça uma preliminar
X
No. 356 da Súmula do STF: “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não
foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”

 Cabe em julgamentos de Agravo de Instrumento, mas Não cabe contra decisões


(acórdãos) de tutela de urgência
No. 735 da Súmula do STF: “Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere
medida liminar.”
Juízo de cognição sumária e necessidade de revolvimento de provas e fatos
No. 86 da Súmula do STJ: “Cabe recurso especial contra acórdão proferido no
julgamento de agravo de instrumento.”
Obs: fundamentação= cognição sumária + Análise de periculum in mora é questão de
fato

 Necessidade de impugnação (integral) dos fundamentos determinantes


Em decorrência de o acórdão dos Tribunais dever ser impugnado concomitantemente
por Recurso Extraordinário (nas matérias constitucionais) e por Recurso Especial (nas
matéria de direito federal), é preciso impugnar TODOS os fundamentos determinantes
do capítulo impugnado
-No. 283 da Súmula do STF: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando a decisão
recorrida assenta em mais de um fundamento suficiente e o recurso não abrange todos
eles.”
- No. 126 da Súmula do STJ: “É inadmissível recurso especial, quando o acórdão
recorrido assenta em fundamentos constitucional e infraconstitucional, qualquer deles
suficiente, por si só, para mantê-lo, e a parte vencida não manifesta recurso
extraordinário.”
Ex: eu tenho um caso de invalidade de contrato por ser ele tido como insocrtitucional e
ilegal; necessário que se debata os dois argumentos, caso contrário (recurso questiona
um só/ um só recurso) o recurso sera inamissível

7.2 REQUISITOS EXTRÍNSECOS


Prazo: 15 dias (§ 5o do art. 1.003)
- Regularidade Formal (art. 1.029)
A exposição do fato e do direito em petição escrita dirigida ao Presidente ou
Vice-presidente do Tribunal
A demonstração do cabimento do recurso interposto ( cabimento do recurso
especifico)
Quando o Recurso Especial fundar-se em dissídio jurisprudencial, o
recorrente fará a prova da divergência e promover o cotejo analítico entre
o acórdão recorrido e o paradigma – de outro tribunal- (§ 1o do art.
1.029)
As razões do pedido de reforma ou de invalidação da decisão recorrida.
O STF ou o STJ poderá desconsiderar vício formal de recurso tempestivo
ou determinar sua correção, desde que não o repute grave (§ 3o do art.
1.029).

- Preparo: deve haver recolhimento preparo na forma do art. 1.007 (Lei no. 11.636/2007
para o STJ e Resolução No 662/2020 – Tabela de custas do STF

8- O JUÍZO PROVISÓRIO DE ADMISSIBILDADE DE RESP E NO RE


O presidente ou ao vice-presidente do Tribunal recorrido (conforme seu Regimento
Interno), exercerá o juízo provisório de admissibilidade e deverá adotar uma de 5
posturas possíveis (art. 1.030)
Se o juízo provisório for positivo ele remete ao STJ ou STF e se negativo ele caberá o
agravo em certos casos

Posturas possíveis do presidente ou do vice- presidente:


- Negar seguimento (cabe Agravo Interno ao Pleno ou Órgão Especial. Nesse caso o
Juízo será definitivo2) = sempre que puder preservar a jurisprudência do STF ou do STJ
▪ A RE que discuta questão constitucional à qual o STF não tenha
reconhecido a existência de repercussão geral ou a RE interposto contra
acórdão que esteja em conformidade com entendimento do STF exarado no
regime de repercussão geral
▪ A RE ou a RESP contra acórdão que esteja em conformidade com
entendimento do STF ou do STJ exarado no regime de julgamento de
recursos repetitivos

- Encaminhar o processo ao órgão julgador para realização do juízo de retratação


(decisão irrecorrível) se o acórdão recorrido divergir do entendimento do STF ou do
STJ exarado, conforme o caso, nos regimes de repercussão geral ou de recursos
repetitivos (decisão que não cabe recurso)

-Sobrestar o recurso (cabe Agravo Interno ao Pleno ou Órgão Especial) que versar sobre
controvérsia de caráter repetitivo já afetada e ainda não decidida pelo STF ou pelo STJ,
conforme se trate de matéria constitucional ou infraconstitucional

- Selecionar o recurso (decisão irrecorrível) como representativo de controvérsia


constitucional ou infraconstitucional, nos termos do § 6o do art. 1.036
Obs: se a matéria esta afetada: ou o seu recurso será sobrestado- direito a agravo
interno para exercer o distinguish- ou o seu recurso será selecionado- decisão
irrecorrível

-Realizar o juízo de admissibilidade e, se positivo, remeter o feito ao STF ou STJ (cabe


Agravo do art. 1.042 visando o destrancamento) (é uma questão nova)- nesta Análise eu
tenho duas opções admitir ou inadimitir (nesses casos pode caber o agravo para
destrancamento)

2
Pequena divergência doutrinária quanto ao cabimento de uma reclamação
▪ Recurso que ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão
geral ou de julgamento de recursos repetitivos
▪ Recurso que tenha sido selecionado como representativo da controvérsia
▪ O tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação e não tenha
realizado a retratação

9- EFEITOS
REGRESSIVO

DEVOLUTIVO
Efeito devolutivo amplo em profundidade, mas limitado na extensão à matéria de
fundamentação vinculada

- Admitido o RE ou o RESP o STF ou STJ julgará o processo, aplicando o direito e, a


admissão por um fundamento devolve o conhecimento dos demais fundamentos para a
solução do capítulo impugnado (art. 1.034).
(ex: eu questiono a decisão por dois fundamentos constitucionais, e o presidente só se
manifesta sobre um fundamento- só tem o pre-questionamento de um- o STJ e o STJ
pode julgar os demais, desde que se refira ao capítulo impugnado)
 No. 292 da Súmula do STF: “Interposto o recurso extraordinário por mais
de um dos fundamentos indicados no art. 101, III da Constituição [CF de
1946], a admissão apenas por um deles não prejudica o seu conhecimento
por qualquer dos outros.”
 No. 456 da Súmula do STF: “O Supremo Tribunal Federal, conhecendo
do recurso extraordinário, julgará a causa, aplicando o direito à espécie.”
 No. 528 da Súmula do STF: “Se a decisão contiver partes autônomas, a
admissão parcial, pelo presidente do tribunal a quo, de recurso
extraordinário que, sobre qualquer delas se manifestar, não limitará a
apreciação de todas pelo Supremo Tribunal Federal, independentemente de
interposição de agravo de instrumento.”- salvo se for capitulo separado
- Inclusive matérias conhecíveis ex officio e não pré- questionadas ?? a logica não se
aplica aos elementos de ofico

- Aplica-se o art. 493 e o 933 (não o fato novo, mas o direito superveniente dele
decorrente)
▪ Se a constatação se verifica antes do fim do julgamento na instância ordinária e
a matéria foi pré-questionada, cabe
▪ Se a constatação se dá após o julgamento da instância ordinário a questão se
torna controvertida. (deveria aceitar)

COMO REGRA NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO


- Como regra o NÃO tem efeito suspensivo
Pode ser concedido excepcionalmente na forma do art. 1.029, § 5o:
Por requerimento dirigido:
▪ Ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, no período
compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da decisão
de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido
sobrestado, nos termos do art. 1.037. ( nos casos de sobrestamento
produz efeitos e pode ter execução provisória)
▪ Ao tribunal superior respectivo, no período compreendido entre a
publicação da decisão de admissão do recurso e sua distribuição, ficando
o relator designado para seu exame prevento para julgá-lo
▪ Ao relator, se já distribuído o recurso

10- PROCEDIMENTO
UM SÓ RECURSO

NO JUIZO A QUO
Interposto diretamente no processo Tribunal de origem
Tramita o recurso na Presidência do Tribunal de origem (independente do órgão que
proferiu a decisão), que colhe as contrarrazões e promove o juízo de admissibilidade na
forma do art. 1.031 (admissibilidade provisória) e remete ao Tribunal Superior
respectivo, se interposto apenas RE ou RESP

NO JUIZO AD QUEM
A tramitação interna e o julgamento em si ocorrerá conforme o Regimento Interno do
STJ ou do STF

SE FOREM DOIS SIMULTANEAMENTE


JUIZO AD QUO – IGUAL
JUIZO AD QUEM
Se interpostos simultaneamente RE e RESP:

-Os autos serão remetidos ao STJ.


▪ Se o relator do RESP considerar prejudicial o RE, em decisão irrecorrível,
sobrestará o julgamento e remeterá os autos ao STF (decisão irrecorrível)
▪ Se o relator do RE, em decisão irrecorrível, rejeitar a prejudicialidade,
devolverá os autos ao STJ para o julgamento do recurso especial.

- Concluído o julgamento do RESP, os autos serão remetidos ao STF para apreciação do


RE, se este não estiver prejudicado.
- (quetão de fungibilidade) Se o relator, STJ, entender que o RESP versa sobre questão
constitucional, deverá conceder prazo de 15 dias para que o recorrente demonstre a
existência de repercussão geral e se manifeste sobre a questão constitucional e remeterá
o recurso ao STF, que, em juízo de admissibilidade, poderá devolvê-lo ao Superior
Tribunal de Justiça (fungibilidade de RESP emRE ).
- (questão de fungibilidade) Se o STF considerar como reflexa a ofensa à Constituição,
por pressupor a revisão da interpretação de lei federal ou de tratado, remetê-lo-á ao STJ
para julgamento como recurso especial (fungibilidade de RE em RESP).
- A tramitação interna e o julgamento em si ocorrerá conforme o Regimento Interno do
STJ ou do STF

REGIME ESPECIFICO

1- RECURSO EXTRAORDINÁRIO (repercussão geral)= RE


1.1 NOÇÕES GERAIS
-Busca tutelar a autoridade e a unidade interpretativa da Constituição Federal. Sua
finalidade é, pois, política. ( e não o direito de um sujeito especifico- não basta uma
decisão injusta- sendo o direito subjetivo tutelado de forma transversal)
- Apenas indiretamente é que se presta à tutela do direito subjetivo do recorrente.
- Cabe das decisões das Turmas Recursais dos Juizados Especiais e mesmo de sentença
de primeiro grau que julga embargos infringentes de alçada nos casos de execução fiscal
(art. 34 da Lei no. 6.830/19803)= não cabe recurso especial, só extraordinário
3
A lei impõe uma limitação a recorribilidade em causas de valor pequeno, sendo nesse caso cabível da
sentença os embargos infringentes de alçada, não cabendo a apelação= mas é uma decisão de ultima
instancia
- No 640 da Súmula do STF: “É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida
por juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado especial
cível e criminal”.

ARTIGO 102

III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em


única ou última instância ( não tem quem deve proferir essa decisão- isso
implica que cabe recurso extraordinária das decisões das turmas recursais),
quando a decisão recorrida:

a) contrariar dispositivo desta Constituição;

b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;

c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta


Constituição.

d) julgar válida lei local contestada em face de lei


federal. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

1.2 CABIMENTO

a) Contrariar dispositivo da Constituição Federal ( a norma que se deflui do


dispositivo)
Obs: contrariar= deixar de aplicar quando devia, aplicar erroneamente, promover
interpretação irrazoável, aplicar nas hipóteses em que não se deve aplicar, e aplicar
quando não se deve
Não cabem em casos de Ofensa Reflexão- quando a ofensa a constituição se dá pela
ofensa a uma norma infraconsticional- (jurisprudência antiga e consolidada do STF)- a
contrariedade deve ser a ofensa direta ao dispositivo da constituição
No. 636 da Súmula do STF: “Não cabe recurso extraordinário por contrariedade
ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha
rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida”
(somente um exemplo da jurisprudência dominante que reconhece o não
cabimento do recurso extraordinário em casos de ofensa reflexa)
Fungibilidade do recurso extraordinário em recuso especial (art. 1.033)
( permite o stf remeter o recurso ao stj)
b) Declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal (controle difuso de
consticionalidade)
- O pré-questionamento aqui é evidente
- Decorre da cláusula de reserva do plenário (full bench) para o controle difuso de
constitucionalidade dos tribunais (art. 97 da CF)

c) Julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição
(municipal ou estadual)
- Prevalência no acórdão da lei ou do ato administrativo estadual ou municipal, em
detrimento e em contraste com a Constituição Federal.

d) Julgar válida lei local contestada em face de lei federal (pe uma decisão de
competência legislativa)
- Na essência a questão é constitucional, por invasão das competências legislativas
previstas na Constituição (art. 24 da CF)
-Hipótese incluída pela EC no. 45/2004, antes cabia recurso especial (desdobramento da
antiga redação da alínea “b” do inciso III do art. 105 da CF)

1.3 REPERCUSSÃO GERAL (§ 3o do art. 102 da CF e art. 1.035 do CPC)


RECURSO EXTRAORDINÁRIO= OFENSA A CONSTITUIÇÃO+ REPERCUSSÃO
GERAL
- Deverá haver a demonstração da existência ou não de questões relevantes (que
ultrapassem os interesses subjetivos do processo) do ponto de vista: (requisitos
alternativos)
Econômico (ex: orçamento pulico)
Político (ex: processo eleitora)
Social (ex: relacionado a vida digna das pessoas)
Jurídico (ex: implicação em múltiplos recursos, mutação constitionais)
Obs: essas questões são conceitos jurídicos indeterminados

- A decisão sobre a repercussão geral é irrecorrível ( não cabe outro recurso, sem ser
embargos de declaração)
Cabe embargos de declaração
Obs: a resp é julgado pela turma (5 ministros), mas a decisão sobre repercussão geral 4 é
tomada pelo plenário5)

-A existência ou não de repercussão geral é matéria de apreciação exclusiva do Plenário


do STF. (por determinação constiticuinonal)
Não pode o Presidente ou Vice do Tribunal recorrido afirmar existir ou não a
repercussão geral
O Presidente ou Vice poderá inadmitir o recurso que não contenha
preliminar alegando a existência de repercussão geral ou que já haja
acórdão do STF reconhecendo a ausência de repercussão geral ( tem que
ter uma preliminar destacada)

DUAS PRESUNÇÕES:
- Há presunção juris tantum de repercussão geral, pois exige-se quórum qualificado de
2/3 (da integralidade dos ministros do supremo) para recusar a existência de repercussão
geral
-Presunção jure et de jure de existência de repercussão geral nos recursos que
impugnem decisões que ( não afastado pelo plenário):
Contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal
Tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos
termos do art. 97 da Constituição Federal. ( o tribunal inferior tenha reconhecido
a insconstiticonalidade)
Acórdão de IRDR (§ 1o do art. 987)

Obs: Haveria uma presunção nos casos


- a meteria já tenha sido decidida no controle concentrado de consticionaldiade

1.4 JULGAMENTO

Plenário Virtual (diferente do mero julgamento virtual)


Obs: o relator vai e dar um voto/ abre-se um prazo para que os ministros se manifestem/
- Art. 323 do RISTF
-Emenda regimental no. 21/2007

4
Também gera precedente obrigatório
5
Primeiro o plnario julga se em repercussão geral ou não e depois vai ser julgado o recurso pelas turmas
-Alterações aprovadas em 01/07/2020 no RISTF e na Resolução 642/2019 (Emenda
Regimental no. 54/2020 e Resolução no. 690/2020):
Só serão computados nas sessões virtuais os votos expressamente manifestados
pelos ministros no prazo do julgamento. (ausência de quórum= ou você aceita a
existência de repercussão geral ou renova para uma nova pauta de repercussão
geral)
Quando houver maioria absoluta sobre a natureza infraconstitucional da matéria,
a decisão terá os mesmos efeitos da ausência de repercussão geral ( aparente
inconstitucionalidade)
Possibilidade de o relator negar a existência de repercussão geral com eficácia
apenas para o caso concreto (se houver recurso, a decisão deverá ser confirmada
por 2/3 dos ministros para prevalecer).

- Admite-se o Amicus Curiae


O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de terceiros,
subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal.

- Reconhecida a repercussão geral haverá o sobrestamento dos Processos


Reconhecida a repercussão geral, o relator no STF determinará a suspensão do
processamento de todos os processos pendentes no território nacional, individuais ou
coletivos
(jurisprudência afirma que não seria obrigatório o sobrestamento, mas certos autores
defendem que seria obrigatório pelo CPC)
( vai ter um prazo e uma preferencia legal)

-Exclusão de sobrestamento do recurso intempestivo


O recorrido pode interpor petição pedindo que não haja o sobrestamento porque o
recurso é intempestivo
Terá o recorrente o prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento
E da decisão que indeferir o requerimento (§§ 6º e 7o do art. 1.035) caberá agravo
interno.
Se houver o reconhecimento da intempestividade, equivale a inadmissibilidade e eu
entro com recurso para destrancamento
-Pedido de distinguishing para retomada do curso do processo por extensão dos §§ 8o a
13 do art. 1.037? Não há previsão para repercussão geral, mas o próprio STF ta
aplicando as normas dos recursos repetivos (nos quais pode fazer esse pedido)- assim
entendo processor que haveria uma interpretação extensiva- dirige ao presidente do
tribunal local

-Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de origem


negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que versem sobre
matéria idêntica.

- Reconhecida a repercussão, os recursos, analisados os outros requisitos, serão


admitidos e remetidos ao STF

- Prazo de julgamento
O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de 1
(um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que envolvam réu
preso e os pedidos de habeas corpus

- A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata e valerá como acórdão.

-Há eficácia vinculante do precedente em repercussão geral (§ 8o do art. 1.035)

-Hoje há 1.099 teses com repercussão geral conhecida e 1.100 com repercussão geral
negada. (sempre olhar)

Negar seguimento
- sem repercução geral
- acordão em conformidade com o etendimento STF em repercussão geral
- precedente obrigatorio julgamento de casos repetitivos

2. RECURSO ESPECIAL
2.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS
- Objetivo de promover a integridade da legislação infraconsticional
-Não cabe nos Juizados Especiais (as Turmas Recursais não são Tribunais
No. 203 da Súmula do STJ: “Não cabe recurso especial contra decisão proferida
por órgão de segundo grau dos Juizados Especiais”.

-Só cabe de acórdão do tribunal de justiça ou de tribunal federal, não cabe de decisões
monocráticas ou sentenças

2.2 CABIMENTO
- Contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência ( como regra os tratados são
normas infraconstitucionais) ( tratado sobre direitos fundamentais são recepcionado
como norma consticional, se for assim, o recurso cabível é resp)
Questão federal infraconstitucional
Contrariar significa qualquer forma de ofensa a norma legal ‘ federal.
A admissibilidade consiste em alegar a contrariedade. (a inexistência ou
existencia é matéria de mérito)
Conceito de Lei Federal - lei complementar, lei ordinária, lei delegada, decreto-
lei, medida provisória e decreto autônomo federal
Não cabe de resolução, portaria, normas individuais em geral.
No 399 da Súmula do STF: Não cabe recurso extraordinário, por
violação de lei federal, quando a ofensa alegada for a regimento de
tribunal.

- Julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal ( matéria
infraconstitucional)
Prevalência no acórdão do ato administrativo estadual ou municipal, em
detrimento e em contraste com a Lei Federal.

- Der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal
(recurso especial por dissidio jurisprudencial)
O cabimento por dissídio jurisprudencial serve para uniformização da
interpretação da legislação federal, trazendo segurança jurídica e isonomia
( função é de uniformização)
Dissídio entre Tribunais Federais, Tribunal Federal e Tribunal de Justiça,
Tribunais de Justiça distintos ou qualquer deles com o STJ. ( se for entre o
mesmo tribunal, cabe o ao mesmo tribunal promover a uniformização)
No 13 da Súmula do STJ: “A divergência entre julgados do mesmo
tribunal não enseja recurso especial”.
Deve haver a demonstração analítica do dissídio pretoriano, mediante confronto
das teses dos acórdãos recorrido e paradigma em confronte. ( não basta
descrever emendas, mas sim mostrar esse cotejo analitivo- situações fáticas
semelhantes com interpretações da lei federal distintas)

-Comprovação do dissídio (§ 1o do art. 1.029)


Certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou
credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicado o
acórdão divergente,
Com a reprodução de julgado disponível na rede mundial de computadores,
com indicação da respectiva fonte, devendo-se, em qualquer caso, mencionar
as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.

-Não cabe:
De divergência for interna de um mesmo Tribunal
De decisão monocrática (a divergência precisa ser de acordão)
A divergência não se referir à mesma norma
A divergência jurisprudencial deve ser atual, não pode ter sido pacificada em
um dos sentidos
No 83 da Súmula do STJ: “Não se conhece do recurso especial pela
divergência, quando a orientação do Tribunal se firmou no mesmo
sentido da decisão recorrida”.
No 286 da Súmula do STF: “Não se conhece do recurso extraordinário
fundado em divergência Jurisprudencial, quando a orientação do plenário
do Supremo Tribunal Federal já se firmou no mesmo sentido da decisão
recorrida”.

- Pode o STJ promover controle difuso de constitucionalidade da lei federal indicada


como violada? Não vai poder tratar: ou precluiu ou foi submetido ao STF ( ele pode
promover o controle difuso em certos casos- caso: ao tratar da não aplicação da lei,
trata da constitucionalidade da lei, sendo cabível recurso extraordinário disso)

-Cabe recurso extraordinário do acórdão do STJ que julga o recurso especial?


Questão pacificada há tempo pelo STF no AI no. 145.589-RJ-AgRg de Rel.
Min. Sepúlvida Pertence (DJ 26/04/1997)
Só caberá se a questão constitucional não foi ventilada ou resolvida no acórdão
recorrido, pois o sistema constitucional vigente prevê o cabimento simultâneo de
recurso especial e extraordinário contra o mesmo acórdão do tribunal, sob pena
de preclusão do fundamento não atacado.
A questão constitucional tem de ter nascido no âmbito do próprio STJ

- A depender da situação, o caso ainda pode ser de fungibilidade do recurso especial em


extraordinário (art. 1.032)- stj não julga, remete ao stf
OBS: o único recurso que possui duplo juízo de admissibilidade é RESP e o RE

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA
1- CONSIDERAÇÕES GERAIS
E o recurso que objetiva consolidar a uniformidade da jurisprudência interna do STJ e
do STF, cabível contra o julgamento de RE ou RESP por órgão fracionário
2- CABIMENTO
Em RE ou RESP que divergir do julgamento de qualquer outro órgão do mesmo
tribunal, sendo os acórdãos, embargado e paradigma, de mérito ou sendo um
acórdão de mérito e outro que não tenha conhecido do recurso, embora tenha
apreciado a controvérsia
A Contrário senso, não cabe:
o Quando o acórdão paradigma for da mesma turma que proferiu a decisão embargada.
▪ Salvo se a composição tiver sofrido alteração em mais da metade de seus
membros. (§ 3o do art. 1.043 que levou a superação do Enunciado no. 353 da
Súmula do STF)
o De decisão monocrática (primeiro interpõe um agravo interno, que sera julgado
atraves de um acorão, cabendo desse acordão e embargo)
▪ Do acórdão que julgou agravo interno cabe: Enunciado FPPC no. 230
o Contra acórdão proferido em Ação Originária
o Inciso IV do art. 1.043 do CPC, revogado pela Lei no 13.256, de 2016
o Quando proferido por órgão Plenário (ou Corte Especial no caso do STJ)
o Contra acórdão proferido em agravo do art. 1.042 que inadmitiu o recurso especial e
extraordinário
▪ Enunciado no. 315 da Súmula do STJ: “Não cabem embargos de divergência
no âmbito do agravo de instrumento que não admite recurso especial”. (agravo
pra destrancar o re e resp)
- juízo de admissibilidade
- Se a divergência não for atual
▪ Enunciado no. 168 da Súmula do STJ: “Não cabem embargos de divergência,
quando a jurisprudência do Tribunal se firmou no mesmo sentido do acordão
embargado”.
▪ Enunciado no. 247 da Súmula do STF: “O relator não admitirá os embargos da
Lei 623, de 19-2-1949, nem deles conhecerá o Supremo Tribunal Federal, quando
houver jurisprudência firme do Plenário no mesmo sentido da decisão
embargada”.
▪ Enunciado no. 598 da Súmula do STF: “Nos embargos de divergência não
servem como padrão de discordância os mesmos paradigmas invocados para
demonstrá-la mas repelidos como não dissidentes no julgamento do recurso
extraordinário”.
o Se o órgão que proferiu o acórdão paradigma não mais possuir competência para
julgar a matéria (?)
▪ Enunciado no. 158 da Súmula do STJ: “Não se presta a justificar embargos de
divergência o dissídio com acórdão de turma ou seção que não mais tenha
competência para a matéria neles versada”.

3- FUNDAMENTOS
Fundamentação vinculada: causa de pedir a existência de divergência e o pedido a
pacificação da jurisprudência em meu beneficio
- Confronto das teses jurídicas divergentes
- Poderão ser confrontadas teses jurídicas contidas em julgamentos de recursos e de
ações de competência originária. ( nçao pode ser acordão recorrido)
- A divergência que autoriza a interposição de embargos de divergência pode verificar-
se na aplicação do direito material ou do direito processual.

4- REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE
INTRÍNSECOS
Cabimento (art. 1. 043) – já tratado
Legitimidade: na forma do art. 996
Interesse: na forma do art. 1.000
 Inexistência de fato impeditivo ou extintivo poder de recorrer
EXTRÍNSECOS
- Prazo: 15 dias (§ 5o do art. 1.003)
- Regularidade Formal (art. 1.029)
o A exposição do fato e do direito em petição escrita dirigida ao Relator do
RE e RESP
o A demonstração do cabimento do recurso interposto
o A prova da divergência na forma do § 4o do art. 1.043
o O cotejo analítico jurisprudencial

-Preparo: deve haver recolhimento preparo na forma do art. 1.007


- Item XXI da Tabela “B” da Lei no 11.636/2007 e Item XXI da Tabela “A”
da Resolução STJ/GP no. 03/2015 no STJ
- Art. 41-B da Lei no. 8.038/1990 e Item IV da Tabela “B” da Resolução no.
543/2015 do STF

4- EFEITOS
NÃO TEM EFEITO SUSPENSIVO
Como regra os Embargos de Divergência NÃO tem efeito suspensivo
o O RISTJ prevê que não tem efeito suspensivo e o RISTF é omisso,
aplicando-se o art. 995. É possível a concessão excepcional de efeito
suspensivo com base na regra geral do parágrafo único do art. 995, se
demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante
a fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil reparação

INTERRUPTIVO
A interposição de embargos de divergência no STJ interrompe o prazo para
interposição de recurso extraordinário por qualquer das partes (§§ 1o e 2o do art.
1.044) .
 Se os embargos de divergência forem desprovidos ou não alterarem a
conclusão do julgamento anterior, o recurso extraordinário interposto pela
outra parte antes da publicação do julgamento dos embargos de divergência
será processado e julgado independentemente de ratificação.

5- PROCEDIMENTO
NOÇÕES GERAIS
• No recurso de embargos de divergência, será observado o procedimento estabelecido
no regimento interno do respectivo tribunal superior.
o Art. 330 a 336 do RISTF
o Art. 266 e 267 do RISTJ
• Cabe sustentação oral nos embargos de divergência (937, V)

PROCEDIMENTO NO STF
• Interposto perante o Secretaria do tribunal
•Haverá distribuição ao relator que exerce juízo preliminar de admissibilidade
o Se positivo, colhe as contrarrazões no prazo de 15 dias e pauta o recurso
o Se negativo, caberá agravo interno no prazo de 15 dias, apesar do RISTF
falar em prazo de 5 dias (art. 1.070)

PROCEDIMENTO NO STJ
• Interposto perante a Secretaria
• Será sorteado novo relator que exercerá juízo preliminar de admissibilidade
o Se positivo, colhe as contrarrazões no prazo de 15 dias, intima o MP para
manifestação e pauta o recurso
o Se negativo, caberá agravo interno no prazo de 15 dias

6- APLICAÇÃO DO REGIME DE JULGAMENTO DOS CASOS REPETIVOS:


(havendo vários embargos de divergência sobre o mesmo tema, eu processo da forma
que processo os casos repetitivos, formando precedente obrigatório)
Aplica-se aos Embargos de Divergência a técnica de julgamento de casos repetitivos,
desde que por óbvio estejam presentes os requisitos, conforme já decidiu o Corte
Especial STJ no EREsp 1.403.532/SC, Rel. Min. Napoleão Nunes Maia, j. 06/05/2015

7- JULGAMENTO NO STJ
Caberá à Seção
- Se acórdão recorrido e paradigma forem de Turmas distintas da mesma Seção

Caberá à Corte Especial


- Se acórdão recorrido e paradigma forem de Turmas vinculados a Seção distinta
- Se o acordão recorrido e paradigma forem de Seções distintas
- Se o acórdão paradigma for da Corte Especial, independente do órgão fracionário que
tenha proferid o o acórdão recorrido

8- JULGAMENTO DO STF
- Pelo plenário

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E RECURSO EXTRAORDINÁRIO=


AGRAVO PARA DESTRANCAMENTO
AGRAVO DE AGRAVO INTERNO AGRAVO PARA
INSTRUMENTO DESTRANCAMENTO
AQUELE QUE CABE AQUELE QUE CABE CABE CONTRA AS
CONTRA ALGUMAS CONTRA DECISÕES DECISÕES DE
DECISÕES MONOCRÁTICAS DO INADMISSIBILIDADE
INTERLOCUTÓRIAS TRIBUNAL DO RECUSO ESPECIAL
PROFERIDAS POR JUIZ OU EXTRAORDINÁRIO
DE PRIMEIRO GRAU

1- CONCEITO
E o recurso cabível contra decisão do presidente ou do vice-presidente do tribunal
recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo quando a
inadmissão seja fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de
repercussão geral ou em julgamento de recursos repetitivos.

2- CABIMENTO
Contra decisão do presidente ou vice presidente do tribunal recorrido que, na
análise do juízo preliminar de admissibilidade do RE e do RESP, inadmitir recurso
na seguintes hipóteses:
- O recurso que ainda não tenha sido submetido ao regime de repercussão geral ou
de julgamento de recursos repetitivos
- O Recurso, apesar de ter sido selecionado como representativo da controvérsia
de recurso repetitivo, tenha sido considerado inadmissível
- O tribunal recorrido tenha refutado o juízo de retratação e não tenha realizado a
retratação e, ainda assim, o recurso tenha sido considerado inadmissível
+
Se houver inadmissão de parte do RE e RESP e parte seja considerado prejudicado em
face de aplicação por aplicação de tese fixada em julgamento repetitivo, caberá agravo
do art. 1.042 (agravo em recurso especial e extraordinário) da primeira parte e agravo
interno da segunda

CABE AGRAVO INTERNO PARA


NEGAR SEGUIMENTO
FAZER O DINSTINGUISH

ENCAMINHAR PARA O JUIZO DE


RETRATAÇÃO

SOBRESTAR O RECURSO QUE


VERSE SOBRE CONTROVERSIA DE CABE AGRAVO INTERNO PARA
PRESIDENTE
CARATER REPETIVO NÃO FINS DE DINTINGUSI
DECIDIDA

SELECIONAR O RECURSO PARA


SER REPRESENTATIVO DA
CONTROVÉRSIA

PROMOVE O JUIZ DE
ADMISSIBILIDADE E SE POSITIVO SE A DECISÃO FOR NEGATIVA
REMETE PARA O O STJ OU STF. CABE A AGRAVO PARA
( INETIDO , REFUTADO O JUIZ DE DESTRANCAMENTO
RETRATAÇÃO)

3- FUNDAMENTOS
Os fundamentos aqui não são os do RE ou RESP inadmitidos, são os fundamento da
decisão de inadmissibilidade do recurso
o Seja matéria de fato (ex. a contagem errada do prazo ou a má apreciação de
prova de feriado local juntada aos autos em caso de intempestividade)
o Seja matéria de direito (não aplicação da regra do art. 229 de contagem em
dobro do prazo nos casos de litisconsorte ou a confusão entre reexame de prova
e ofensa a direito probatória)

Havendo interposição de RE e RESP por mais de um fundamento (dissídio e ofensa, por


exemplo) havendo admissão por um dos fundamentos não será necessário interpor
agravo pela inadmissibilidade do outro
o Enunciado no. 292 da Súmula do STF: Interposto o recurso extraordinário por
mais de um dos fundamentos indicados no art. 101, III da Constituição, a
admissão apenas por um deles não prejudica o seu conhecimento por qualquer
dos outros.
Havendo interposição de RE e RESP contra mais de um capítulo de decisão, a
inadmissibilidade em relação a cada capítulo enseja interposição de agravo
o E o Enunciado no. 528 da Súmula do STF?: “Se a decisão contiver partes
autônomas, a admissão parcial, pelo presidente do tribunal a quo, de recurso
extraordinário que, sobre qualquer delas se manifestar, não limitará a apreciação
de todas pelo Supremo Tribunal Federal, independentemente de interposição de
agravo de instrumento”.
Obs: o tribunal não esta vinculado a decisão sobre a admissibilidade
4- REQUSITOS DE ADMISSIBILIDADE
Cabimento (art. 1. 042) – já tratado
Legitimidade: na forma do art. 996
Interesse: na forma do art. 1.000
 Inexistência de fato impeditivo ou extintivo poder de recorrer
Prazo: 15 dias (§ 5o do art. 1.003)
Regularidade Formal (art. 1.023)
o Petição escrita
o Indicação do cabimento e apresentação dos fundamentos de fato e de
direito do erro (in judicando ou in procedendo) da decisão de
inadmissibilidade

o Dirigida diretamente ao presidente ou vice- presidente do tribunal


recorrido

Preparo: dispensado (§ 2o do art. 1.042)


5- EFEITOS
- como regra não tem efeito suspensivo
- REGRESSIVO: Poderá o presidente ou vice-presidente reconsiderar a
Inadmissibilidade, após o prazo de resposta do agravo, conforme autoriza o § 4o do art.
1.042.

6- PROCEDIMENTO
INTERPOSIÇÃO E PROCESSAMENTO
Interposição direta perante o presidente ou vice-presidente
• Intimação do agravado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias
• Exercício ou do juízo de retratação (tambem se se retratar remete)
• Remessa ao Tribunal Superior competente (tem que remeter de qualquer jeito- não há
juízo preliminar de admissibilidade)

INTERPOSIÇÃO SIMULTANEA AO STF E AO STJ


Na hipótese de interposição conjunta de RE e RESP, o agravante deverá interpor um
agravo para cada recurso não admitido.
o Os autos serão remetidos ao STJ
o Concluído o julgamento do agravo pelo STJ e, se for o caso, independente
de pedido os autos serão remetidos ao STF para apreciação do agravo a ele
dirigido, salvo se estiver prejudicado.
Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente

APLICAÇÃO DO REGIME DE JULGAMENTO DE CASOS REPETIVOS


Aplica-se ao agravo o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive
quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação.

JULGAMENTO
- Poderá o presidente do STF ou STJ não conhecer De agravo manifestamente
inadmissível, prejudicado ou que não impugne especificamente os fundamento (art. 932,
III)
o Da decisão caberá agravo interno, com distribuição para relator
- O Relator poderá negar ou dar provimento monocrático nas hipóteses do art. 932, IV e
V
o Da decisão caberá agravo interno

- Não sendo o caso de julgamento monocrático admitirá o agravo que poderá ser
julgado, conforme o caso, conjuntamente com o RE ou RESP
o Neste caso caberá sustentação oral

MICROSSISTEMAS SISTEMA DE JULGAMENTO DE CASOS REPETITIVOS


MICROSSISTEMA DE JULGAMENTO DE CASOS REPETITIVOS
JULGAMENTO DE RE E RESP RESPETIVO
RECURSOS CONEXOS: AGRAVO DE DESTRANCAMENTO E EMBARGOS
DE DIVERGÊNCIA
IAC E IRDR

REGIME JURÍDICO GERAL


1- NOÇÕES GERAIS
(andam lado a lado= microssistema de julgamento de casos repetitivos e precedentes
obrigatórios)
Sistema geral IRDR IAC e RESP E RE REPETITIVO ( IAC não faz parte do
julgamento de casos repetitivos)
Obs: os precedentes não vem somente desses casos repetitivos

1.1 INSTITUTOS DE TUTELA DA LITIGIOSIDADE EM MASSA E DE CASOS


REPETITIVOS

 Processo Coletivo
- Semelhanças com o Processo Coletivo
Tutela direito de grupo de pessoas
Objetiva reduzir a litigiosidade repetitiva

-Dessemelhanças com o Processo Coletivo


Legitimidade - restrita (x ampla- casos repetitivos)
Objeto - direito material (x direto material e processual- casos repetitivos)
Resultado - formação de coisa julgada com eficácia erga omnes ( X formação
de precedente)

-Suspensão de Segurança (art. 4o, § 8o, da Lei no. 8.437/1992 e art. 15, § 5o, da Lei no.
12.016/2009)

- Pedido de Uniformização no JEF (Lei no. 10.259/2001) no JEC da Fazenda Pública


(Lei no. 12.153/2009)

 A INSTITUIÇÃO DE UM SISTEMA DE RESPEITO AOS PRECEDENTES

 RESOLUÇÃO DE CASOS REPETITIVOS


1. 2. CASOS REPETITIVOS
- Nos termos do art. 928 do CPC, considera-se julgamento de casos repetitivos a decisão
proferida em:
IRDR - incidente de resolução de demandas repetitivas
RE e RESP repetitivos.
- O julgamento de casos repetitivos tem por objeto questão de direito material ou
processual.
- Instituição de um Microssistema!

RESOLUÇÃO DE CASOS PRECEDENTES OBRIGATÓRIOS


REPETITIVOS
IRDR+ RE E RESP REPETITIVOS CASOS REPETITIVOS+ OUTROS

Art. 928. Para os fins deste Código, Art. 927. Os juízes e os tribunais
considera-se julgamento de casos observarão:
repetitivos a decisão proferida em:
I - as decisões do Supremo Tribunal
I - incidente de resolução de Federal em controle concentrado de
demandas repetitivas; constitucionalidade;

II - recursos especial e II - os enunciados de súmula


extraordinário repetitivos. vinculante;

Parágrafo único. O julgamento de III - os acórdãos em incidente de


casos repetitivos tem por objeto questão assunção de competência ou de resolução
de direito material ou processual. de demandas repetitivas e em julgamento
de recursos extraordinário e especial
repetitivos;

IV - os enunciados das súmulas do


Supremo Tribunal Federal em matéria
constitucional e do Superior Tribunal de
Justiça em matéria infraconstitucional;

V - a orientação do plenário ou do
órgão especial aos quais estiverem
vinculados.

1.3 DUPLA FUNÇÃO DO MICROSSISTEMA DE CASOS REPETITIVOS


- Organização e Administração de Casos Repetitivos
Objetiva cumprir o papel constitucional de pacificação social do processo, com
prestação jurisdicional efetiva, acessível, eficaz, isonômica e segura

-Geração de Precedentes Obrigatórios


Aqui forma-se outro microssistema, onde ingressam outros institutos como o IAC,
os Enunciados da Súmula Vinculante e das Súmulas em geral.

2- MICROSSISTEMA DE JULGAMENTO DE CASOS REPETITIVOS


IRDR, RE E RESP REPETITIVOS

 Eu tenho uma objetivação do processo subjetivo

2.1 REGIME ESPECIAL DE DESISTÊNCIA OU ABANDONO


- A desistência ou o abandono do processo ou do recurso no qual foi instaurado o
incidente ou afetado o recurso não impede o exame de mérito do incidente ou fixação
da tese no recurso repetitivo.
A causa piloto vira causa modelo
§ 1o do art. 976 e parágrafo único do art. 998
O MP assumirá a condução (§ 2o do art. 976)

2.2 INTERVENÇÃO DO MP
- Sempre que não for o requerente do IRDR ou recorrente do RR, o Ministério Público
intervirá (independente da matéria)
§ 2o do art. 976
Art. 1.038, III

2.3 SUSPENSÃO DOS EFEITOS CONEXOS


As causas repetitivas geram conexão por similitude com todos os processos que tratam
do mesmo instituto e devem, como regra, ser suspensos
IRDR e RE e RESP repettivos
No IRDR (art. 982, I) os processos pendentes, individuais ou coletivos, que
tramitam no Estado ou na Região ( nasce para ser formado nos tribunais de
justiça e nos tribunais regionais federais)
No RR selecionado pelo Presidente ou Vice de TJ ou TRF (art. 1.036, § 1o)
inicialmente nos processos pendentes que tramitam no Estado ou na Região ou
pelo relator no âmbito do tribunal superior.
Promovida a afetação, por decisão do Relator no Tribunal Superior com
âmbito nacional (art. 1.037, II)
Se for pelo tribunal é no âmbito da jurisdição do tribunal de justiça que fez a sugestão
da afetação ( isso é primeiro)- IRDR
A suspensão será comunicada aos órgãos jurisdicionais competentes, para que os
respectivos julgadores intimem as partes do processo da suspensão, inclusive para que
possam exercer o direito ao distinguishing. (§ 1o do art. 982o e § 8o do art. 1.037)= para
todos os recursos e processos relacionados ao âmbito de competência daqueles tribunais

CHEGA AO STJ-
PODE ENTENDER
SUSPENDEM OS QUE É
IRDR INSTALADO A PEDIDO DO
PROCESSOS DO REPETITIVO E
NOS TRIBUNAIS PRESIDENTE OU SUSPENSÃO
RESPECTIVO AFETA
ESTADUAIS OU DO VICE DO NACIONAL
ESTADO OU
FEDERAIS TRIBUNAL SE ENTENDER QUE
REGIÃO NÃO HÁ
REOERCUSSÃO CAI A
AFETAÇÃO

 Prazo da suspensão
- O prazo de suspensão é de 1 (um) ano, após o que, se ainda não houver julgamento do
IRDR, voltam a correr os processos (art. 980 e art. art. 1.037, § 4o)
- O Relator pode, por decisão fundamentada, estender a suspensão por prazo superior a
1 (um) ano (parágrafo único do art. 980)

> suspensão Nacional do IRDR


- As Partes, o MP e/ou a Defensoria (art. 977, II e III), do processo em que foi
instaurado o IRDR ou de qualquer outro processo em que se discuta a questão objeto do
incidente, poderão requerer ao STJ ou STF a suspensão de todos os processos,
individuais ou coletivos, em curso no território nacional.
Ai o STJ ou o STF pode determinar a suspensão em todo território nacional,
permanencendo em suspenso ate a decisão
- Decidido o IRDR, cessa a suspensão (regional ou nacional) se não for interposto o
RESP ou RE contra a decisão.

(OBSERVAR OS EFEITOS DO JULGAMENTO O IRDR)

RECLAMAÇÃO
1- MEIO DE IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS
RECURSOS
SUCEDÂNEOS RECURSAS (ex: pedido de reconsideração)
AÇÕES AUTONOMAS: RECLAMAÇÃO E AÇÃO RESCISÓRIA

2- BREVE HISTÓRICO
- Nasce na jurisprudência do STF. Das teorias: Poderes Implícitos x Reserva Legal
(cabimento por usurpação do poder ou por desrespeito a decisão- no próprio tribunal) =
quem tem o poder explicito de julgar tem o poder implícito de fazer valer a sua decisão
e a sua competência ; existe uma parte da doutrina que defende que ela advém de
expressa previsão legal mas não foi que ela nasceu
- Previsão Constitucional
STF (art. 102, I, “l”, CF)
STJ (art. 105, I, “f”, da CF)
Nas Constituições Estaduais (ADI no. 2.212- 1/CE- consticionalidade das
normas das cosntiticições estaduais que previam as reclamações, mas declarou
inconsticional o STF inserir no seu regimento)
Ausência de Previsão para os Tribunais Federais (RE no. 405.031 no STF)

- CPC
Antes do CPC de 2015 eu tinha a previsão na constituição pra o STJ e o STF,
mas não admitia esse recurso para os TRT e os TST, somente cabível com previsão nas
legislações estaduais e previsão no tribunal militar
O CPC de 2015 institui a reclamação e determina que são cabíveis para
todos os tribunais

- Distinção da Antiga Reclamação Correcional ( era uma medida correcional e, portanto


administrativa, e não jurisdicional, não servindo para cassar o ato)
-O CPC de 2015 (arts. 988 a 993)

3- CONCEITO E NATUREZA
Antes do CPC boa parte da doutrina entendia que a reclamação tinha natureza de direito
de petição (entendia erros: seria direito de ação civil)
Depois do CPC: compreensão correta de ação civil de competência originaria dos
tribunais que tem por objetivo impugnar pronunciamento judicial não transitado
julgado, com o objetivo de preservação da competência e/ou ato judicial ou ato
administrativo visando a garantia da autoridade das decisões dos respectivos
tribunais
Pode impugnar
 Decisão judicial => quando esta decisão judicial usurpe competência do
tribunal ou desrespeite a autoridade da decisão do tribunal
 Ato administrativo => que desrespeito a autoridade da decisão do
respectivo tribunal

4- CABIMENTO
Ação civil com fundamentação vinculada: somente cabível de decisões que contenham
vícios, previstos no CPC, rescisórios
 Demanda de causa de pedir e fundamentação vinculadas

 Cabimento da Reclamação em Todos os Tribunais

 Cabimento da Reclamação contra decisão do próprio tribunal que proferiu a


decisão desrespeitada (antes não cabia reclamação para controle interno dos
atos- isso tem sido revisto na própria jurídica, porque o CPC incorpora uma
teoria de precedentes que traz consigo com valores que precisam ser respeitados:
como o dever de autorreferencia, dever de manter a jurisprudência uniforme e
seguir a sua própria jurisprudência)

 Não cabimento se houver recurso específico (STJ, 2a Seção, AgRg na RECL


no. 2.950/SP)

 Não cabimento se houver o trânsito em julgado- Enunciado no. 734 da Súmula


do STF: “Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato
judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do supremo tribunal federal”.
( isso não quer dizer que se eu entrar com a reclamação antes do transito em
julgado/ o transito em julgado não gera a perda superveniente do objeto da
reclamação- se for julgada procedente a reclamação pode desconstituir a coisa
julgada)
Obs: O que a reclamação não pode ser um sucedâneo recursal e não pode ser proposta
depois do trânsito em julgado (se eu tenho um recurso em tenho que usar o recurso, e se
transitou em julgado, tem que propor ação recisória

Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do


Ministério Público para:

I - preservar a competência do tribunal;

II - garantir a autoridade das decisões do tribunal;

III – garantir a observância de enunciado de súmula vinculante e


de decisão do Supremo Tribunal Federal em controle
concentrado de constitucionalidade; (Redação dada pela
Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento


de incidente de resolução de demandas repetitivas ou de
incidente de assunção de competência; (Redação dada
pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

§ 1º A reclamação pode ser proposta perante qualquer tribunal, e


seu julgamento compete ao órgão jurisdicional cuja competência
se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda garantir.

§ 2º A reclamação deverá ser instruída com prova documental e


dirigida ao presidente do tribunal.

§ 3º Assim que recebida, a reclamação será autuada e distribuída


ao relator do processo principal, sempre que possível.

§ 4º As hipóteses dos incisos III e IV compreendem a aplicação


indevida da tese jurídica e sua não aplicação aos casos que a ela
correspondam.

§ 5º É inadmissível a reclamação: (Redação dada pela


Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)

I – proposta após o trânsito em julgado da decisão


reclamada; (Incluído pela Lei nº 13.256, de
2016) (Vigência)

II – proposta para garantir a observância de acórdão de recurso


extraordinário com repercussão geral reconhecida ou de acórdão
proferido em julgamento de recursos extraordinário ou especial
repetitivos, quando não esgotadas as instâncias
ordinárias. (Incluído pela Lei nº 13.256, de
2016) (Vigência)

§ 6º A inadmissibilidade ou o julgamento do recurso interposto


contra a decisão proferida pelo órgão reclamado não prejudica a
reclamação.

HIPÓTESES DE CABIMENTO
 PRESERVAR A COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL (ART. 988, I)
CONTRA ATOS JUDICIAIS
Exemplos:
- Juiz de 1o grau realiza inadmissibilidade da apelação intempestiva (juiz de primeiro
grau não faz juízo de admissibilidade de apelação)
- Ato do presidente de tribunal que não remete ao STJ ou STF o agravo do art. 1.042 do
CPC (o presidente não tem competência para decidir sobre admissibilidade de agravo
em RE e RESP)
- Omissão ou demora injustificada do presidente do Tribunal em apreciar a
admissibilidade de RE ou REsp
- Omissão na remessa dos autos ao STF quanto é reconhecida a suspeição de todo o
tribunal (art. 102, I, “n”) ou convocação de juízes de 1o grau para julgar tais ações.
- Ato de juiz de 1o grau que suspende a execução na pendência de ação rescisória.
(quem pode fazer isso é o respectivo tribunal com competência para julgar a ação)

 GARANTIR A AUTORIDADE DAS DECISÕES DO TRIBUNAL (ART.


988, II) CONTRA DECISÕES JUDICIAIS E ATOS
ADMINISTRATIVOS

a) Ao STF PARA Garantia da Observância de enunciado de súmula vinculante


(art. 988, III e CF, 103-A, § 3o )
- Contra ato judicial ou administrativo que ofende Enunciado da “Súmula” Vinculante
- Requer o esgotamento das vias administrativas (art. 7o, § 1o, da Lei no 11.417/2006-
que regulamenta a sumula vinculante), nos casos de atos admitirativos
- Utilização em conjunto com outros meios contra ato judicial para evitar o trânsito em
julgado e assim afastar o Enunciado no 734 da Súmula do STF ( a formação posterior
do transito em julgado não gera a perda de objeto da reclamação)

b) AO STF para garantia da observância de decisão do Supremo Tribunal


Federal em controle concentrado de constitucionalidade (art. 988, III)
- Contra ato judicial ou administrativo que desobedeça a decisão (liminar ou definitiva)
do STF em ADI, ADC ou ADPF
- Cabe contra a parte dispositiva do acórdão em controle concentrado- inequivoco
- Contra o precedente formado no acórdão em controle concentrado (dogmaticamente),
mas na pratica so em casos excepcionais, vejamos o histórico:
- Inicialmente aceitou (RCL No. 4.987. Rel. Min. Gilmar Mendes)
- Posteriormente mudou o entendimento para negar (RCL No. 3.014. Rel.
Min. Ayres Brito)- não admite mais reclamação por ofensa ao precedente
=>- Atualmente aceita em hipóteses excepcionais como no cas da preservação da
ADPF no 130 (ADPF da Lei de Imprensa – v. RECL no. 22.328. Rel. Ministro
Luis Roberto Barroso)= continua como regra não aceitando a reclamação, mas
em algumas hipóteses ele tem aceito
c) A Qualquer Tribunal para Garantia da Observância de Observância de
Precedente Proferido em julgamento de IRDR ou IAC
-Para o Tribunal que proferiu o julgamento do IRDR ou IAC
-Não observância de precedente formado em IRDR e IAC já julgado.
- Não cabe contra decisão que sobrestou ou deixou de sobrestar em razão da
admissibilidade do Incidente (só quando o precedente for formado)
Obs: se o juiz se omite não há inobservância do procedente, justamente por ser omissa a
decisão

a) Ao STF ou STJ, conforme o caso, em Repercussão Geral ou Recursos


Repetitivos (RE e RESP) (art. 988, § 5o, II)

- Contra o agravo interno proposto contra a decisão do Presidente ou vice que inadmite
o RE ou RESP indevidamente
-Exige o esgotamento das vias ordinárias (exigência do próprio CPC)
- O STF tem suspensas as RCL no 11427 e 11408 no Plenário, por pedidos de vista, e
discutem a possibilidade ou não de utilizar a Reclamação para contestar decisões dos
tribunais de origem sobre aplicação da repercussão geral.
- O STJ, no julgamento da RCL no. 31.637 disse não caber para preservação do
precedente. Cabível apenas pelas partes do recurso modelo.

Exemplos gerais:
- Contra ato judicial que determina execução de um julgado de maneira diversa da
determinada pelo tribunal (o STF determinou que a execução deveria ser por
expropriação, o juiz de primeiro grau vai e adota outras medidas coercitivas)
- Contra decisão dos Juizados Especiais Cíveis Estaduais que contraria entendimento do
STJ ( não cabe recurso especial para o STJ das decisões dos juizados especiais)
Resolução no. 12/2009, da Corte Especial do STJ (passa a reconhecer a
possibilidade de reclamação) , revogada pela Emenda Regimental no. 22/2016
( não cabe mais reclamação no Juizados especiais)
Resolução no. 03/2016 que atribui aos Tribunais de Justiça ou Regionais
Federais a Competência ( cabe reclamação dos juizados, mas a competência
seria dos respectivos tribunais)
IRDR (art. 985, I)

5- OUTROS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE


- Prova pré-constituída (§2º do art. 988) ( não tem instrução)

- Não Ocorrência do Trânsito em julgado(§5º,I,doart.988)


Posterior inadmissibilidade ou o julgamento do recurso não prejudica a
reclamação

-Esgotamento das Instâncias Ordinárias Quando Visar Observância de Repercussão


Geral ou Recursos Repetitivo (§5º, II, do art.988-AgInt na Rcl38.722/AP)

- Não Cabimento Como Sucedâneo Recursal (Rcl no. 38.697/RJ)

- Congruência Entre o Ato Reclamado e o Paradigma Invocado (AgInt na Rcl


37.960/RJ)

- Não tem prazo

6- LEGITIMIDADE
Ativa
A parte (inclusive terceiros intervenientes) por advogado privado ou pela
Defensoria Pública- da parte a quem o ato reclamado prejudica
MP (como parte ou fiscal da lei)

Obs; cabe a intervenção de terceiro, podendo o terceiro figurar no polo ativo ou passivo

Passiva
Se é contra ato administrativo, vai ser quando a autoridade administrativa
(pessoa jurídica de direito publico)
Se é contra decisão judicial, vai ser o beneficiário do ato reclamado
Obs. Autoridade Judicária ou Administrativa ( que emitiu o ato)não é parte, presta
informações

7- COMPETÊNCIA
-Órgão jurisdicional cuja competência se busca preservar ou cuja autoridade se pretenda
garantir (§ 1o do art. 988) ( no tribunal que teve a decisão ou competência
desrespeitada)

- o órgão será definido pelo Regimento Interno


- No STF as Turmas

- “Prevenção” do Relator da Causa Principal (§ 3o do art. 988)- quando possível

8- PROCEDIMENTO

a) Petição inicial
-Dirigida ao Presidente do Tribunal
- Requisitos Ordinários do art. 319/320
- Prova “ducumental” (documentada)

b) Processamento

A reclamação será autuada e distribuída ao relator do processo principal, sempre que


possível (§ 3o do art. 988)

- Possibildiade de intimar o reclamante para complementar ou emendar a reclamação


(artigo 321)

- Possibilidade de indeferimento liminar, contra qual cabe agravo interno

- Possibilidade de tutela provisória de urgência e evidencia, sobretudo, no que se refere


a suspensão da decisão impugnada

- Decisão Sobre a Admissibilidade (art. 989)


- Requisitará informações da autoridade a quem for imputada a prática do ato
impugnado, que as prestará no prazo de 10 (dez) dias
- Se necessário, ordenará a suspensão do processo ou do ato impugnado para evitar
dano irreparável
-Determinará a citação do beneficiário da decisão impugnada, que terá prazo de 15
(quinze) dias para apresentar a sua contestação.
-Intimação de qualquer interessado (art. 990)

c) Ministério publico
- Na reclamação que não houver formulado, o Ministério Público terá vista do processo
por 5 (cinco) dias, após o decurso do prazo para informações e para o oferecimento da
contestação pelo beneficiário do ato impugnado, para se manifestar

d) Julgamento
-Inadmitida- Inadmissibilidade: decisão sem resolução do mérito, por extinção
- Rejeitada: a rejeição da reclamação se da por uma decisão de improcedência, de
eficácia declaratória.
- Acolher- Procedência: Julgando procedente a reclamação, o tribunal cassará a decisão
exorbitante de seu julgado ou determinará medida adequada à solução da controvérsia
(art. 992)

e) Honorários- reconhecendo a reclamação como ação: impõem-se os ônus da


sucumbência
Obs: Rejeitada liminarmente a reclamação ou julgada antes da citação da outra parte,
não há condenação em honorários de sucumbência. Se houve a citação do réu e
causalidade, tem honorários

f) Recursos:
• Agravo Interno- quando a reclamação for julgada pelo relator
•Recurso Especial (proferidas por TJ ou TRF)- quando julgada por tribunal de segunda
instancia
•Recurso Extraordinários (proferidas por TJ, TRF ou STJ)- quando julgada por tribunal
de segunda instancia

Obs: não se aplica a técnica do julgamento ampliado

g) Execução
-O presidente do tribunal determinará o imediato cumprimento da decisão,
lavrando-se o acórdão posteriormente (art. 993)

9- CARACTERÍSTICAS
 Ação autônoma, de natureza constitucional, de impugnação de ato judicial
 Jurisdição contenciosa
 Enseja processo novo
 Não é recurso
 Não depende da derrota de uma das partes
 Segundo Didier ela impede o transito em julgado, tendo efeito obstativo
 Decisãos obre a reclamação forma coisa julgada

Obs: O julgamento do recurso interposto contra a decisão impugnada (proferida pelo


órgão reclamado) não prejudica a reclamação ( salvo se modificar o teor da decisão)

DUVIDAS/ ANOTAÇÕES

-Embargos de declaração: cabe em relação a decisões interlocutorias, e não despacho.


Mas cabera nos casos em que o despacho tiver um conteudo decisorio ( seria decisão
interlocutoria) e tiver grave erro ( mas na dogmatica seria uma mera petição e nao
embargo)

- Ação recisória: ação autonoma é um novo processo cujo objetivo é desconstituir a


dcisão do processo antigo

- plenário virtual do stf


Plenário virtual não se confude com o julgamento virtual
O plenário virtual foi previsto na lei que regulamenta o julgamento do supremo e no
regimento do supremo- versa sobre a repercursão geral. No plenário virtual o ministro
relator do processo posta o voto e os outros ministros vao fazer votar. Somente pode
recursar a repercssçao geral por 2/3. Hoje o não voto é ausencia

- emargos de declaração: efeitos infrigentes adicionais (muda excepcionamente)

- Ação recisória : o prazo de prova nova começa a conta do dia que a parte descobriu a
prova nova- dois anos da descoberta da prova nova, mas o maximo da rescindibilidade
é de 5 anos (exceção)
A recisósia cabe contra questões de merito e excepcionalmente decisões não de merito:
Quando a decisão não de merito impedir a propositura de nova ação
DUVIDAS/ ANOTAÇÕES

-Embargos de declaração: cabe em relação a decisões interlocutorias, e não despacho.


Mas cabera nos casos em que o despacho tiver um conteudo decisorio ( seria decisão
interlocutoria) e tiver grave erro ( mas na dogmatica seria uma mera petição e nao
embargo)

- Ação rescisória: ação autônoma é um novo processo cujo objetivo é desconstituir a


decisão do processo antigo

- plenário virtual do stf


Plenário virtual não se confunde com o julgamento virtual
O plenário virtual foi previsto na lei que regulamenta o julgamento do supremo e no
regimento do supremo- versa sobre a repercussão geral. No plenário virtual o ministro
relator do processo posta o voto e os outros ministros vao fazer votar. Somente pode
recursar a repercussão geral por 2/3. Hoje o não voto é ausencia

- embargos de declaração: efeitos infringentes adicionais (muda excepcionamente)

- Ação rescisória : o prazo de prova nova começa a conta do dia que a parte descobriu a
prova nova- dois anos da descoberta da prova nova, mas o máximo da rescindibilidade
é de 5 anos (exceção)
A rescisória cabe contra questões de mérito e excepcionalmente decisões não de mérito:
Quando a decisão não de mérito impedir a propositura de nova ação

AÇÃO RESCISÓRIA (ação autônoma)


Depois da formação da coisa julgada o meio de impugnação é a ação rescisória, mas
também não é o único meio, sendo o principal

1- MEIOS DE IMPUGNAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS


TRANSITADAS EM JULGADO

Ação Rescisória= Hipóteses dos incisos do art. 966 do CPC

Impugnação ao Cumprimento de Sentença= Decisão fundada em lei ou ato normativo


considerado inconstitucional pelo STF, quando a declaração do STF é anterior ao
trânsito em julgado (art. 525, § 12 e art. 535, § 5o).
Vício Trans Rescisório decorrente da ausência de citação (Querela Nullitatis)= Falta ou
nulidade de citação em processo que correu à revelia (art. 525, I)- a sentença não é
valida para o réu não citado corretamente

2- AÇÃO DE COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRIBUNAIS (AÇÃO


AUTÔNOMA)

A Constituição concede competência funcional originária para os Tribunais julgarem as


ações rescisórias dos seus julgados
STF – CF, art. 102, I, j
STJ – CF, art. 105, I, e
TRF – CF, art. 108, I, b
TJBA – CE, art. 123, I, c

3- CONCEITO E NATUREZA

Conceito: ação de competência originária dos tribunais, por meio da qual se pede a
desconstituição de decisão de mérito, ou obstativa do conhecimento do mérito,
transitada em julgado e, se necessário, o rejulgamento da causa.
(obs: mérito é diferente de questão material)

Natureza:
-Quanto ao pedido rescindente: ação desconstitutiva ( pedido de desconstituição da
coisa julgada)
- Quanto ao pedido rescisório: terá a mesma natureza da ação originária podendo ser
declaratória, constitutiva ou condenatória ( o pedido de rejulgamento)

4- DECISÃO RESCINDÍVEL

ESPÉCIES DE DECISÕES RESCINDÍVEIS


-Sentenças
- Acórdãos
- Decisões interlocutórias
- Decisões monocráticas
- Desde que transitadas em julgado:
Enunciado no. 514 da Súmula do STF: “Admite-se ação rescisória contra
sentença transitada em julgado, ainda que contra ela não se tenha esgotado todos os
recursos”.
Não há que se falar em prequestionamento

Não admitem ação rescisória


- A sentença arbitral (art. 33 da Lei no. 9.307/1996)- comporta a ação de invalidação
- As decisões proferidas nos procedimentos dos Juizados Especiais (art. 59 da Lei no.
9.099/1995)
-Decisões proferidas em ADIN, ADC e ADPF (art. 12 da Lei no. 9.882/1999) ( existe
até uma jurisprudneica de ser cabível reclamação)
5- CONTEÚDO DAS DECISÕES RESCINDÍVEIS

- Decisão de inadmissibilidade que impeçam a repropositura da demanda (art. 966,


§ 2o, I)= hipótese em que o processo é extinto sem resolução do mérito e eu não posso
voltar a propor
Pode acontecer nas hipóteses dos incisos I, IV, V, VI e VII do art. 485 (ex:
perempção)

- Decisão de inadmissibilidade que impeçam o conhecimento do recurso (art. 966, §


2o, II- )=
Quando o defeito da decisão recorrida não se sujeita à rescisória, por não se
enquadrar nas hipóteses dos incisos do art. 966, mas a decisão de
inadmissibilidade sim (ex: sentença que fez uma má apreciação das provas,
promovendo uam decisão em errores judiciando, eu vou e proponho uma
apelação, mas o relator promove uma decisão de inadmissibilidade do recurso de
apelação, a qual foi proferida em manifesta ofensa ao cpc- nesse caso eu não
posso promover uma ação rescisória contra a decisão de inadmissibilidade do
recurso e não pela má apreciação da prova)

- Decisão de Mérito (caput do art. 966)


Decisões Homologatórias de Autocomposição (art. 487, III – ver polêmica do
§ 4o do art. 966)- serão passiveis ou os atos que não se submeteram a
homologação ou os atos que foram homologados a autocomposição, mas ainda
não transitou em julgado

Decisão que Homologa Partilha Amigável (art. 658 – FPPC no. 137)
Se partilha extrajudicial, deverá ser proposta ação anulatória (CC,
art. 2.027 e CPC arts. 657 e 966, § 4o - FPPC no. 138)

Decisão que julga Liquidação de Sentença

Questão Prejudicial Incidental (art. 503, § 1o)

Decisão de Jurisdição Voluntária (?)


Questão controvertida (parte da doutrina acha que cabe e a outra não).
Cabe de algumas (quando não se trata de questões sucessivas e houve
contraditório)

Decisões de Incidentes Processuais (?)


Questão controvertida. O STJ já admitiu em Incidente De
Desconsideração da Personalidade Jurídica e inadmitiu em Conflito de
Competência

6- EXTENSÃO DAS DECISÕES RESCINDÍVEIS


A ação rescisória pode ter por objeto toda a decisão transitada em julgado ou
apenas 1 (um) capítulo da decisão (§ 3o do art. 966)
o Rescisória Parcial ou total
OBS: a formação sucessiva de coisas julgadas, sendo cabíveis diferentes recisorias

7- AÇÃO RESCISÓRIA E AÇÃO ANULATÓRIA

Art. 966, § 4o: “Os atos de disposição de direitos, praticados pelas partes ou por outros
participantes do processo e homologados pelo juízo, bem como os atos homologatórios
praticados no curso da execução, estão sujeitos à anulação, nos termos da lei”.

Usar a ação rescisória, segundo a doutrina: Atos não homologados + Atos


homologados, ainda não transitados em julgado

8- CABIMENTO- HIPÓTESES DE RESCINDIBILIDADE (causa de pedir


vinculada)

NOÇÕES GERAIS
- O Recurso é o meio de impugnação da decisão no mesmo processo em que foi
proferida, impedindo o trânsito em julgado e Ação Rescisória é o meio de impugnação
da decisão que transitou em julgado em processo autônomo

-Demanda de causa de pedir e fundamentação vinculadas


Adequação a uma das hipóteses dos incisos do art. 966 ou dos incisos do § 2o
do mesmo art. 966

a) Proferida por força de prevaricação, concurssão ou corrupção do juiz

- Prevaricação (CP, 319); concussão (CP, art. 316); corrupção passiva (CP, 317).
- Não se exige a condenação criminal do juiz para admissibilidade da rescisória
- Se a decisão rescindenda foi proferida por órgão colegiado é rescindível ainda que o
ato ilícito tenha sido praticado por um só juiz entre os votos vencedores (há quem
entenda o oposto)
Quando voto decorrente de ilícito foi vencido, só se houver prejuízo
O voto do julgador corrompido precisa ter repercussão prática na conclusão ou
no resultado

b) Proferida por Juiz Impedido (CPC, art. 966, II)

Ocorrência de uma das hipóteses objetivas do art.144 ou do art.147 do CPC


Ato pessoal

Necessário que o juiz impedido tenha proferido a decisão rescindenda e não apenas praticado
atos no processo

O acórdão é rescindível se o voto do julgador impedido tiver repercussão prática na conclusão


ou no resultado

( não vale pra recisão) ( o juiz impedido tem que ter proferido a decisão)

c) Proferida por juízo absolutamente incompetente

- Apenas as hipóteses de incompetência absoluta


- Não é do juiz e sim do juízo
- Pode ser hipótese de haver apenas pedido rescindente (iudicium rescindens), pois se o
tribunal não tiver competência para o rejulgamento não há sentido no pedido rescisório
(iudicium rescissorium)
- A análise deve ser feito à partir da competência para proferir a decisão rescindenda e
não de decisões anteriores que foram substituídas
Ex. Acórdão do TJ competente que substitui sentença proferida por juiz
incompetente não é rescindível (Alexandre Freitas Câmara)
- Há quem defenda (por todos Fredie Didier Jr e Leonardo Carneiro Cunha) que só cabe
rescisória por incompetência se a parte tiver alegado a matéria no processo originário e
lá tiver sido vencida

d) Resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte


vencida

- Desdobramento do princípio da boa-fé processual (art. 5a)


- Dolo (CC, art. 145) e Coação (CC, art. 151)
- Necessário haver nexo de causalidade entre a conduta da parte vencedora e a decisão
Rescindenda
e) Resultar de simulação ou Colusão entre as partes, a fim de fraudar aa lei ( união
das partes para em conjunto fraudarem)

-Desdobramento do princípio da boa-fé processual (art. 5a)


- Simulação (CC, art. 167) e Fraude à Lei (CC, art. 166,VI)
Se não conseguir o juiz obstar o processo simulado de ofício (art. 142 do CPC)

-Merece nota a legitimidade que, neste caso, cabe ao MP e aos terceiros juridicamente
prejudicados, não cabendo, em princípio, pelas partes fraudadoras

f) Ofender a coisa julgada

- Quando decorre do efeito negativo da coisa julgada (vedação de nova decisão) haverá
apenas pedido rescindente (iudicium rescindens), sem rejulgamento.
-Quando decorre do efeito positivo (determinação de ser levada em consideração em
outro processo como questão prejudicial) haverá também pedido rescisório (iudicium
rescissorium)
-Conflito de coisas julgadas (se não proposta a rescisória)
Não há consenso na doutrina se deve ser respeitada aprimeira ou a segunda
coisa julgada

g) Violar manifestamente norma jurídica

- A norma violada pode ser de qualquer natureza, desde que seja norma geral
Constituição, Leis Ordinária, Delegada e Complementar. Federal, Estadual ou
Municipal. Inclusive precedente obrigatório (art. 927)

- Princípios e Regras

- Não cabe se houver divergência jurisprudencial ao tempo da decisão (violação não


manifesta)
Enunciado no. 343 da Súmula do STF: “Não cabe ação rescisória por ofensa a
literal disposição de lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto
legal de interpretação controvertida nos tribunais”. (inclusive não podendo
rescindir as antigas em caso de decisão sobre o tema)

Obs: plenamente possível quanto as decisões sobre questões constitucionais ( inclusive


as anteriores)

- Ação Rescisória e Direito à Distinção


Cabe contra decisão baseada em enunciado de súmula ou acórdão proferido em
julgamento de casos repetitivos que não tenha considerado a existência de
distinção entre a questão discutida no processo e o padrão decisório que lhe deu
fundamento, caso em que, caberá ao autor, sob pena de inépcia, demonstrar a
situação particularizada (§§ 5o e 6a do art. 966)

- Ação rescisória por violação a norma e a declaração de inconstitucionalidade pelo STF


desta norma
Se a decisão transitar em julgado quando já havia orientação do STF em sentido
contrário a inexibilidade pode ser arguida em sede de impugnação ao
cumprimento de sentença (§§ 12 e 14 do art. 525 e §§ 5o e 7o do art. 535), sendo
a ação rescisória facultativa (ex. para repetição de indébito)

Se a decisão contrária à orientação do STF for proferida após o trânsito em


julgado, caberá ação rescisória com base no art. 966, V, cujo prazo será contado
do trânsito em julgado da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal,
respeitada a modulação dos efeitos (art. 525, § 15 e art. 535, § 8o) ( nesse caso o
prazo começa a contar a partir da decisão- dai porque no momento que o
supremo decide ele modula os efeitos

F) Prova falsa

-A falsidade pode ter sido apurada em processo criminal ou pode ser demonstrada
na própria ação rescisória
A prova ilícita que não seja falsa dá azo à rescisória com base no art. 966, V
( por manifesta violação a norma jurídica), por ofensa ao art. 5o, LVI da CF e
outras normas sobre prova.

Se o processo crime reconheceu a inexistência material do fato, sem tratar da


validade da prova, inadmite-se a rescisória neste fundamento, mas poderá caber
por erro de fato (art. 966, VIII).

- Só será rescindível a sentença se não houver outro fundamento bastante para a


manutenção da conclusão.

- A falsidade pode ser de qualquer natureza (material ou ideológica).

h) Fundada em prova nova

Elementos do Conceito de Prova Nova para fins de rescisória


Aquela que já existia quando do trânsito em julgado
A prova constituída após o trânsito em julgado não enseja rescisória por prova
nova, mas pode ensejar por erro de fato (art. 966, VIII)

Obtida pelo Autor da rescisória posteriormente ao trânsito em julgado

Cuja existência era ignorada ou que só agora pode ser utilizada pelo Autor da
rescisória

Prova Nova precisa ser capaz, por si só, de assegurar pronunciamento favorável

A Prova Nova não pode estar no processo originário

O Autor da rescisória precisa provar o momento em que obteve a prova nova

( a contagem do prazo começa a partir da existencia da prova)

i) Fundada em erro de fato

- O Erro de Fato precisa ser verificável do exame dos autos, não cabendo produção de
outras provas

- Relação de causalidade entre o Erro de Fato e conclusão de decisão rescindenda

- Há erro de fato quando a decisão rescindenda admitir fato inexistente ou quando


considerar inexistente fato efetivamente ocorrido

- O fato não represente ponto controvertido entre as partes, sobre o qual o juiz
deveria ter se pronunciado.

- O fato precisa ou não ter sido alegado ou estar incontroverso no processo


originário

j) Partilha amigável homologada judicialmente

-É rescindível a partilha julgada por sentença, além dashipóteses dos incisos do art.
966:
Erro de fato na descrição dos bens
Se feita com preterição de formalidades legais
Se preteriu herdeiro ou incluiu quem não o seja

9- LEGITIMIDADE

LEGITIMIDADE ATIVA (ART 967)

- Quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular (Não
importante se Autor ou Réu no processo originário)

- Terceiro juridicamente interessado (Aquele que sofreu principais ou reflexos da


decisão rescindenda)
- Ministério Público (se não for parte)
Se não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção
Quando a decisão rescindenda é o efeito de simulação ou de colusão das partes,
a fim de fraudar a lei
Em outros casos em que se imponha sua atuação;
Nas hipóteses do art. 178 , o Ministério Público será intimado para intervir
como fiscal da ordem jurídica quando não for parte.

- Aquele que não foi ouvido no processo em que lhe era obrigatória a intervenção
Serve para conferir legitimidade a intervenções especiais como as do CADE (art.
118 da Lei no. 12.529/2011) ou CVM (art. 31 da Lei no. 6.385/1976)
Parte da doutrina entende desnecessária a previsão, pois se enquadrariam no
conceito de terceiro interessado

LEGITIMIDADE PASSIVA

- Beneficiário da Decisão Rescindenda


No caso de simulação ou colusão ambas as partes do processo originário em
litisconsórcio necessário e unitário
Litisconsórcio passivo entre as partes do processo principal, com relação ao
capítulo de sentença rescindenda
Apenas algumas partes terão legitimidade em casos de sentença subjetivamente
complexa.

- Havendo legitimação extraordinária, como regra ela persiste para a rescisória


No caso de rescisória exclusivamente do capítulo relativo a honorários, pode ser
citado apenas o advogado ou sociedade de advogados

10- COMPETÊNCIA

COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DOS TRIBUNAIS

O Tribunal é competente para julgar a ação rescisória dos seus próprios julgados e das
decisões dos juízes a ele vinculados
Enunciado no. 249 da Súmula do STF: “É competente o Supremo Tribunal
Federal para a ação rescisória, quando, embora não tendo conhecido do recurso
extraordinário, ou havendo negado provimento ao agravo, tiver apreciado a questão
federal controvertida” (entenda provido).

Enunciado no. 515 da Súmula do STF: “A competência para a ação rescisória


não é do Supremo Tribunal Federal, quando a questão federal, apreciada no recurso
extraordinário ou no agravo de instrumento, seja diversa da que foi suscitada no
pedido rescisório”.

A competência é fixada pela última decisão de mérito, ainda que outras que não
analisem o mérito (inadmissibilidade de recurso) tenham sido proferidas- regra geral
Quanto a competência interna, o órgão será aquele designado no Regimento interno,
mas a escolha de Relator recairá, sempre que possível, em juiz que não haja participado
do julgamento rescindendo (parágrafo único do art. 971)

COMPETÊNCIA E FORMAÇÃO DE SUCESSIVAS COISAS JULGADAS

Havendo trânsito em julgado de capítulos diferentes, em juízos diferentes, a


competência será aferida para cada capítulo
FPPC no. 337: “A competência para processar a ação rescisória contra capítulo
de decisão deverá considerar o órgão jurisdicional que proferiu o capítulo rescindendo”

INCOMPETÊNCIA

-O regime jurídico da incompetência na ação rescisória é mais uma manifestação do


princípio da primazia do julgamento do mérito

- A simples indicação do juízo incompetente leva ao reconhecimento da incompetência


e remessa dos autos ao Tribunal competente

- O autor será intimado para emendar a petição inicial, a fim de adequar o objeto da
ação rescisória, quando o Reconhecimento da incompetência vier acompanhada do
reconhecimento de que a decisão apontada como rescindenda também está errada,
quando a decisão apontada como rescindenda:
Não tiver apreciado o mérito e não se enquadrar na situação prevista no § 2o do
art. 966 (desde que exista uma decisão rescindível)
Tiver sido substituída por decisão posterior.
Após a emenda da petição inicial, será permitido ao réu complementar os
fundamentos de defesa, e, em seguida, os autos serão remetidos ao tribunal competente.

11- ASPECTOS PROCEDIMENTAIS

NOÇÕES GERIAS
-Os requisitos gerais de qualquer petição inicial previstos no art. 319- uma ressalva deve
ser feita: eu preciso de uma nova procuração e o STF tem exigido poderes especiais
para propror
-Trânsito em julgado da decisão resicindenda
- Enquadramente em uma das hipóteses do art. 966 ou dos arts. 658 e 657
- Inocorrência da decadência bienal (art. 975)

O PRAZO DECADENCIAL DA AÇÃO RECISÓRIA

 O direito à rescisão se extingue em 2 (dois) anos contados:

Nos casos em geral, do trânsito em julgado da última decisão proferida no processo.


▪ Enunciado no. 401 da Súmula do STJ: “O prazo decadencial da ação rescisória
só se inicia quando não for cabível qualquer recurso do último pronunciamento
judicial”. (salvo se manisfestadamente incabível ou intempestivo, o prazo se
inicia da ultima decisão, mesmo que de inadmissibilidade)
Obs: coisas julgadas parciais, a doutrina entende que a cada formação da coisa
julgada, os prazos são contados de forma autônoma

Na hipótese de prova nova (art. 966, VII) o termo inicial será a data de descoberta da
prova nova, observado o prazo máximo de 5 (cinco) anos, contado do trânsito em
julgado
da última decisão proferida no processo

Nas hipóteses de simulação ou de colusão das partes (art. 966, III), o prazo começa a
contar, para o terceiro prejudicado e para o Ministério Público, que não interveio
no processo, a partir do momento em que têm ciência da simulação ou da colusão.

 Prorroga-se até o primeiro dia útil imediatamente subsequente o prazo


decadencial, quando expirar durante férias forenses, recesso, feriados ou em dia
em que não houver expediente forense.

 Não corre contra os incapazes


Art. 208 do CC – ver Resp no. 1.165.738

 No caso de simultâneas coisas julgadas, conta de cada decisão


RE no. 666.589-DF, 1a Turma. Rel. Min. Marco Aurélio Melo)

 Decisão rescindenda que contrarie entendimento do STF contará da decisão do


STF, Respeitada a modulação dos efeitos(art. 525, § 12, e art. 535, § 5o)

 O prazo é de 8 (oito) anos em processos que digam respeito a transferência de


terras públicas ruais
Art. 8-C da Lei no. 6.739/1979

 Haverá a prescrição intercorrente


Enunciado no. 264 da Súmula do STF: “Verifica-se a prescrição intercorrente pela
paralisação da ação rescisória por mais de cinco anos”

PETIÇÃO INCIAL

Dirigida ao Presidente do Tribunal

Requisitos Ordinários do art. 319/320


Farta jurisprudência exigindo nova procuração, inadmitindo apresentação de
cópia da procuração do processo originário
O STF (equivocadamente) exige poderes especiais para propor ação
rescisória (AR no. 2.196, Pleno. Rel. Min. Dias Toffoli)
São considerados documentos indispensáveis a cópia de decisão rescindenda e
certidão do trânsito em julgado
Cumulação ao pedido de rescisão e, se for o caso, o de novo julgamento do
processo (ver adiante)
Depositar a importância de 5% sobre o valor da causa (ver adiante)

Cabe indeferimento da inicial e julgamento liminar de improcedência


Na hipótese de indeferimento é preciso prévia intimação do Autor para corrigir o
defeito, sempre que possível

DEPÓSITO OBRIGATÓRIO
( aém do pagamento das custas e do ônus de sucumbência, tem que fazer esse deposito)

-O Autor deverá depositar a importância de 5% sobre o valor da causa


O requisito não se aplica o disposto no inciso à União, aos Estados, ao Distrito
Federal, aos Municípios, às suas respectivas autarquias e fundações de direito público,
ao Ministério Público, à Defensoria Pública e aos que tenham obtido o benefício de
gratuidade da justiça.
O depósito não será superior a 1.000 (mil) salários- mínimos.

- O depósito se converterá em multa caso a ação seja, por unanimidade de votos,


declarada
inadmissível ou improcedente.
Deverá ser devolvido ao Autor, mesmo que tenha perdido a Ação Rescisória, se
a decisão for por maioria
Será devolvido em caso de homologação de desistência ou renúncia.

AUSÊNCIA DE SUSPENSÃO DA EFICÁCIA DA DECISÃO RESCIDENDA E A


TUTELA PROVISÓRIA
- A propositura da ação rescisória não impede o cumprimento da decisão rescindenda,
ressalvada a concessão de tutela provisória.
- Tutela de urgência
Tutela de evidência

VALOR DA CAUSA

- Como regra será o valor da causa originária, devidamente corrigido

- Há decisões que determinam seja baseado o valor da causa no proveito econômico


Podendo ser maior (ex. decisão de liquidação em valor superior) ou Pode ser menor
(ex. de apenas um capítulo da decisão)

PRAZO PARA DEFESA

A fixação do prazo é ope iudicis, por determinação do Relator, entre o mínimo de 15 e o


máximo de 30 dias
Conta-se em dias úteis (art. 219)
Aplica-se a contagem de prazo em dobro quando cabível, Fazenda Pública (art.
183), Defensoria Publica e afins (art. 186) e litisconsortes com diferentes procuradora
(art. 229)

Não se operam efeitos materiais da revelia


A autoridade da coisa julgada não pode ser desfeita por presunção relativa

PROCESSAMENTO

Não há audiência de conciliação do art. 334


Não se admite o desfazimento de ato estatal (sentença) por ato negocial das
partes (podendo no entanto renunciar os seus direitos

- Findo o prazo da defesa, aplica-se, no que couber, o procedimento comum.


Cabe reconvenção na rescisória, desde que seja outra rescisória da mesma
decisão rescindenda
Se os fatos alegados pelas partes dependerem de prova, o Relator poderá delegar
a competência ao órgão que proferiu a decisão rescindenda, fixando prazo de 1 (um) a 3
(três) meses para a devolução dos autos.
Poderá colher as provas o próprio Relator
Poderão ocorrer audiências perante o órgão colegiado
Poder expedir carta de ordem para juiz de 1o grau
Concluída a instrução, será aberta vista ao autor e ao réu para razões finais,
sucessivamente, pelo prazo de 10 (dez) dias.

- Em seguida, os autos serão conclusos ao Relator, procedendo-se ao julgamento pelo


órgão competente.

- Quanto o Relator pedir dia para o julgamento, a secretaria do tribunal expedirá cópias
do relatório e as distribuirá entre os juízes que compuserem o órgão competente para o
julgamento.

JULGAMENTO

- Juízo Rescindente (iudicium rescindens)


Sempre ocorrerá
Necessário prévio juízo positivo de admissibilidade

- Juízo Rescisório (iudicium rescissorium)


Em alguns casos não ocorrerá
Deverá rever a admissibilidade da ação originária

-O novo julgamento decidirá pela restituição do depósito (inciso II do art. 968) ao Autor
ou sua conversão em multa em favor do Réu.

-Cabe sustentação oral no julgamento da ação rescisória (art. 937, VI)

-Aplica-se a técnica de ampliação do julgamento não unânime (art. 942, § 3o, I)

12- RECURSOS
• Agravo Interno das decisões de Relator

•Embargos de declaração

• Dos Acórdãos Recurso Especial (proferidas por TJ ou TRF)

• Dos acórdãos Recurso Extraordinários (proferidas por TJ, TRF ou STJ)

Poderá caber, conforme o caso, Agravo em RE e REsp e Embargos de


Divergência em RE e REsp
13- EXECUÇÃO
- A execução da decisão da ação rescisória é de competência funcional do tribunal que
julgou a ação
Art. 516, I
O STJ em decisão ilegal, que levou em conta dificuldades práticas e o acúmulo
de processos, decidiu que a competência deveria ser do juiz de 1o grau (AgRg na AR
no. 974-RN, 3a Seção)

- É possível o ressarcimento do Autor da rescisória no próprio processo originário, se a


execução lá ainda não houver sido extinta
Art. 776. O exequente ressarcirá ao executado os danos que este sofreu, quando
a sentença, transitada em julgado, declarar inexistente, no todo ou em parte, a obrigação
que ensejou a execução.

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