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Resumo
c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição.
d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
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Trata-se de recursos de fundamentação vinculada as hipóteses previstas na constituição. Não podemos
trazer, no extraordinário e no especial, qualquer tipo de matéria, conteúdo.
Súmula 279 STF - Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
Súmula 733 STF - Não cabe recurso extraordinário contra decisão proferida no
processamento de precatórios.
Vamos imaginar que temos a Justiça Federal de 1º grau, TRF, STJ, STF. O juiz de 1º grau deu a sentença,
a parte vencida quer ir diretamente para o supremo, não quer perder tempo com as demais etapas, isso não
será possível. É, inclusive, uma exigência do art. 102, III, CF, art. 105, III, CF, cabe recurso extraordinário e
especial das causas decididas em última ou única instancia. Portanto, da decisão do juiz de 1º grau, não é
ainda de ultima ou única instancia. Nesse caso, primeiro deve-se apelar ao TRF, se teve uma decisão
monocrática no TRF, vamos utilizar o agravo interno, depois disso, se exauriu as vias recursais, aí sim seria
cabível o recurso especial ou extraordinário. É como se fosse uma pirâmide, com a base maior em baixo,
você pode tentar reverter o caso, mas não é da base direito para cúpula, você vai queimando as etapas. E,
caso não consiga resolver na instancias inferiores, há a possibilidade do recurso extraordinário ou do
recurso especial.
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E a reclamação? Estamos falando em recurso, e reclamação não é recurso. Reclamação é ação autônoma
de impugnação.
De forma rara, o exaurimento das vias recursais se dá com o juiz, sem passar por desembargador, caso dos
juizados especiais, uma vez que existe um microssistema; da decisão do juizado cabe recurso inominado
para turma recursal. E, a turma recursal não é composta por desembargadores e sim por juízes. Nesse
caso não cabe o recurso especial, porque no art. 105, III, CF, diz que só cabe recurso especial de decisão
de tribunal. E turma recursal, embora seja um órgão revisor, não é tribunal.
Outra hipótese diz respeito ao art. 34 L 6830/80, execução fiscal, quando a execução fiscal for de valor
pequeno, a decisão do juiz comporta embargos infringentes, não os embargos infringentes do CPC e sim do
citado art. 34, no prazo de 10 dias. Quem vai julgar esses embargo é o mesmo órgão prolator da decisão,
depois que isso é feito já cabe recurso extraordinário ao STF.
Essas duas hipóteses nas quais o exaurimento se dá com o juiz, são mencionadas na súmula 640 STF.
Súmula 640 STF - É cabível recurso extraordinário contra decisão proferida por
juiz de primeiro grau nas causas de alçada, ou por turma recursal de juizado
especial cível e criminal.