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Introdução
Além disso, a sua competência para julgamento do recurso é exclusiva do STF, sendo o
órgão máximo do Poder Judiciário, responsável pela proteção dos princípios
constitucionais. Com isso, o Recurso Extraordinário é uma ferramenta processual nas
quais, apenas questões de direito podem ser suscitadas, não podendo ser interposto para
simples reexame de prova, conforme já estipulado na súmula 279 do STF:
“SÚMULA 279 Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”
Esses dois recursos apresentam semelhanças quanto ao seu uso e sua origem legal na
Constituição Federal e no Código de Processo Civil. Contudo, eles são diferentes, já que
o Recurso Especial tendo como função manter a hegemonia das leis federais e proteger
o direito objetivo. É o instrumento processual utilizado para contestar, em face do
Superior Tribunal de Justiça (STJ), uma decisão determinada por um Tribunal Estadual
ou um Tribunal Regional Federal.
Portanto, são recursos que tratam de legislações diferentes e são julgados por tribunais
diferentes. Ainda, possuem fundamentação restrita, tratando-se apenas de matéria
constitucional ou legislação federal. No caso do recurso especial, ele só é cabível contra
acórdão de tribunais, não sendo possível em face a decisão de primeira instância,
mesmo que em sede de única instância.
Sobre a alínea “d” do artigo mencionado, traz um aspecto distinto: admite-se o recurso
extraordinário para impugnar decisão que valida lei local contestada em face de lei
federal, caso em que o Supremo Tribunal Federal realiza controle de legalidade.
Além dos requisitos intrínsecos e extrínsecos podem ser citados alguns requisitos
especiais atinentes ao RE, como a exigência de que o recurso seja interposto contra
causas decididas em única ou última instância, o prequestionamento e da repercussão
geral.
Repercussão Geral
Sendo trazido pelo artigo 1035 do CPC: Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em
decisão irrecorrível, não conhecerá do recurso extraordinário quando a questão
constitucional nele versada não tiver repercussão geral, nos termos deste artigo.
Com isso, o recorrente precisa demonstrar que o tema discutido no recurso tem uma
relevância transcende sobre o caso concreto, revestindo-se de interesse geral,
institucional, semelhantemente ao que já ocorria, no passado, quando vigorava no
sistema processual brasileiro, o instituto da arguição de relevância.
3. Fazer com que o STF decida uma única vez cada questão constitucional, não se
pronunciando em outros processos com matéria idêntica.
Quando houver a negativa se seguimento do RE, é cabível o agravo interno, nos termos
do art. 1.030, § 2º, do Código de Processo Civil:
“Art. 1.030. Recebida a petição do recurso pela secretaria do tribunal, o recorrido será
intimado para apresentar contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual os
autos serão conclusos ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, que
deverá: (Redação dada pela Lei nº 13.256, de 2016) (Vigência)
Com isso, a negativa desse recurso permite que seja interposto o agravo interno, para
que seja discuta a questão constitucional, nas quais o Supremo Tribunal Federal não
tenha reconhecido a existência de repercussão geral ou a recurso extraordinário
interposto contra acórdão que esteja em conformidade com entendimento do Supremo
Tribunal Federal exarado no regime de repercussão geral.
Conclusão
Pode observar que o Recurso Extraordinário serve para combater decisões que vão em
desencontro à Constituição Federal, sendo julgado e processado no STF (Supremo
Tribunal Federal). Caracteriza-se pelo fato de que sua cognição é limitada a matérias
específicas, por isso é um recurso de fundamentação vinculada.
Portanto vê-se que a sua importância está no fato de que o mesmo é um instrumento de
que se vale a Suprema Corte brasileira para o cumprimento do seu dever de protetora da
Constituição Federal, mantendo sua unidade e autoridade como carta magna.
Mostrando ser um recurso, que atua em excepcionalidades para que seja mantida
uniformidade nos julgamentos em conformidade com a Constituição Federal,
impedindo assim de causar confusão e divergências no ordenamento jurídico.