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CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

DEPENDÊNCIA/ADAPTAÇÃO
ORIENTAÇÕES PARA ELABORAR OS TRABALHOS AVALIATIVOS DE
DEPENDÊNCIA/ADAPTAÇÃO DE 2023/1

Disciplina: Direito Processual Civil II - Recursos


Professor: Caroline Righeth Biral (caroline.biral@multivix.edu.br)
Conteúdo da Prova: Conteúdo abordado no trabalho realizado.

TRABALHO AVALIATIVO COM PESO DE 10,00 PONTOS

INTRODUÇÃO

No Direito Processual Civil, os recursos desempenham um papel crucial,


oferecendo às partes envolvidas a oportunidade de contestar uma decisão judicial e
buscar sua revisão ou anulação. São instrumentos legais que permitem a análise e
reavaliação de questões jurídicas, garantindo a justiça e a proteção dos direitos das
partes envolvidas no processo. Trata-se de um tema fundamental para
compreendermos o funcionamento do sistema jurídico, especialmente no que diz
respeito à impugnação de decisões judiciais.

Teoria Geral dos Recursos, que abrange a classificação, a natureza jurídica e


os princípios que regem esses meios de impugnação. Além disso, ao adentrarmos
nos recursos em espécie, analisamos seus tipos, características e finalidades
específicas. (DONIZETTI, 2019; THEODORO JR 2019) Visando assim entender a
sua aplicabilidade prática e a possibilidade de se recorrer a tais meios dentro de
uma situação real dentro dos processos cíveis.

Assim, compreender a importância e o funcionamento dos recursos no âmbito


do Direito Processual Civil é essencial para a construção de um sistema jurídico
justo e eficiente. Portanto, convido você a mergulhar nesse estudo aprofundado e
enriquecedor, buscando ampliar nosso conhecimento sobre os mecanismos de
impugnação e a busca pela justiça dentro do contexto processual civil.

DESENVOLVIMENTO
Debatendo a respeito do amplo aspecto do Direito Processual Civil II, há
dentro deste debate de se convir sobre o subtema “Recursos” que dentro deste
aspecto é uma disciplina que se dedica ao estudo dos recursos dentro do âmbito do
Direito Processual Civil. Há dentro da bibliografia como um todo (DONIZETTI, 2019;
THEODORO JR 2019; MOREIRA, 2013 e BUENO, 2019) ums discussão formada
sobre a Teoria Geral dos Recursos como a mesmas desempenha um papel
fundamental nesse estudo, uma vez que aborda a classificação dos recursos em
categorias específicas, tais como apelação, agravo, embargos, entre outros.

Aqui dispondo que analiticamente há dentros destes os seguintes subtemas


que podem ser debatidos e devidamente expandidos por conta de suas
especificidades dentro de um debate tão amplo quanto o Direito Processual Cível,
em especial no que tange a respeito dos tipos de recursos disponíveis legalmente
enumerados na seguinte ordem:

● Teoria Geral dos Recursos: taxonomia, natureza jurídica e princípios


processuais.

● Recursos em Espécie.

● Apelação.

● Agravo de Instrumento.

● Agravo Interno.

● Embargos de declaração.

● Recurso Ordinário: às previsões constitucionais.

● Recurso Especial.

● Recurso Extraordinário.

● Agravo em Recurso Especial ou Extraordinário.

● Embargos de Divergência.
● Ações Autônomas de Impugnação: Ação rescisória, Mandado de segurança
individual e coletivo e Reclamação constitucional.

Ao analisar os recursos em espécie, Donizetti (2019) nos leva a compreender


a os diversos tipos de recursos existentes no sistema processual civil, assim como
suas características, requisitos e procedimentos específicos. Dispondo que a
apelação, por exemplo, é um recurso interposto perante o tribunal competente com o
objetivo de impugnar uma sentença proferida em primeira instância. Por meio desse
recurso, as partes podem buscar a reforma ou a anulação da decisão, almejando
uma decisão mais favorável aos seus interesses. Vale ressaltar que a apelação é um
recurso de ampla devolutividade, conferindo ao tribunal a competência para rever
tanto a matéria de fato quanto a de direito.

Outro recurso relevante amplamente conceituado na bibliografia é o “agravo”


de instrumento, utilizado para impugnar decisões interlocutórias proferidas durante o
curso do processo. Sua finalidade é permitir uma revisão rápida e efetiva da decisão,
antes mesmo do término do processo. O agravo de instrumento é interposto perante
o tribunal competente e requer a apresentação de uma peça processual denominada
"instrumento", que contém os documentos necessários para comprovar a urgência e
a relevância da revisão da decisão.

Essa divisão de conceitos dentro do contexto dos recursos, também pode ser
discutida em subdivisões menores como o exemplo do agravo interno, recurso
utilizado para impugnar decisões proferidas por órgãos colegiados dentro do próprio
tribunal. Geralmente, é interposto quando uma das partes discorda da decisão
proferida por uma turma, câmara ou colegiado do tribunal. O agravo interno
possibilita uma nova análise da decisão por outros membros do mesmo tribunal,
compreendendo que há assim pequenas impugnações próprias dentro de um tema
amplo.

Os debates a respeito do embargos de declaração são um recurso que visa


esclarecer ou corrigir possíveis omissões, contradições ou obscuridades presentes
em uma decisão judicial. Podem ser interpostos quando uma das partes ou mesmo
o próprio juiz identifica que a decisão possui algum vício que prejudica a sua
compreensão ou correta aplicação. Vale destacar que os embargos de declaração
não têm a finalidade de alterar o mérito da decisão, mas sim de promover a clareza
e a correção dos seus fundamentos.

No que diz respeito aos recursos previstos constitucionalmente e destaca-se


o recurso ordinário, modalidade de recurso interposta perante tribunais superiores,
como o Superior Tribunal de Justiça (STJ), em casos específicos, como nos
processos que envolvem mandado de segurança, habeas corpus, habeas data e
ação popular. Esses recursos têm como objetivo questionar decisões que contrariem
direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição, buscando a revisão da
decisão para garantir a proteção desses direitos.

Há ainda a ser exposto a ideia de recurso especial que por sua vez, é um
tipo de recurso interposto perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e tem como
finalidade questionar decisões que contrariem ou neguem a aplicação de normas
infraconstitucionais, como leis federais, tratados e convenções internacionais. Esse
recurso é utilizado quando há uma controvérsia jurídica relevante que envolve a
interpretação ou a aplicação dessas normas infraconstitucionais. O STJ
desempenha um papel crucial na uniformização da interpretação dessas normas em
todo o país e assim dita o que é ou não aplicável, justo e correto em cada
interpelação em específico.

Ainda dentro dos recursos plausíveis de serem solicitados perante o Supremo


Tribunal Federal (STF) está o recurso extraordinário que é interposto perante o
mesmo para discutir questões constitucionais. Ele é utilizado quando a decisão
questionada ou a interpelação solicitada contrária ou se interpõe entre dispositivo da
Constituição Federal, de forma que julga se há ou não a inconstitucionalidade de
uma lei ou julgar válida uma lei local contestada em face da Constituição. O recurso
extraordinário tem a função de proteger a supremacia da Constituição, garantindo
sua correta interpretação e aplicação em todo o território nacional evitando a livre
interpretação de um dispositivo legal lhe atribuindo um único sentido válido a todos
em território nacional.

Há ainda, especificamente e em casos mais complexos a presença da ideia


de agravo em recurso especial ou extraordinário, que é um recurso utilizado para
impugnar decisões que negaram o seguimento (inadmitiram) um recurso especial ou
extraordinário anteriormente interposto. Esse agravo é interposto perante o próprio
tribunal que proferiu a decisão, buscando a reconsideração dessa decisão e a
admissibilidade do recurso especial ou extraordinário.

Por fim, os embargos de divergência são um recurso específico que pode ser
interposto perante o STJ ou o STF. São utilizados quando há divergência entre
decisões proferidas por diferentes órgãos (câmaras, turmas) dentro desses tribunais.
Os embargos de divergência visam uniformizar a jurisprudência, buscando uma
decisão que harmonize o entendimento divergente entre as diferentes turmas ou
câmaras do tribunal.

Há de se considerar dentro da jurisprudência do direito nacional as ações


autônomas de impugnação desempenham um papel fundamental no sistema jurídico
ao permitirem a impugnação de decisões judiciais definitivas que já transitaram em
julgado, ou seja, não podem mais ser objeto de recurso. Entre essas ações,
destacam-se a ação rescisória, o mandado de segurança individual e coletivo, e a
reclamação constitucional.

A ação rescisória é uma via excepcional utilizada para desconstituir decisões


que estejam em desacordo com a lei ou com a Constituição devido a vícios graves,
como erro de fato, dolo ou coação. Seu objetivo principal é corrigir injustiças
decorrentes de decisões que ferem direitos fundamentais ou normas legais. Ao
apresentar uma rescisão, o pedidor deve provar a existência de um defeito grave na
decisão original, que seja suficiente para desconsiderar a sentença. Na rescisão, o
ônus da prova caberá à parte e se prevalecer, será determinado a anulação daquela
decisão que foi considerada ilegal.
Para propor uma ação rescisória, é necessário comprovar os requisitos
específicos previstos na legislação processual, uma vez que se trata de uma medida
de caráter extraordinário. Estes requisitos incluem, por exemplo, a probabilidade do
direito que o autor pretende estabelecer; o perigo na a demora na concessão da
tutela, ou seja, a anulação do ato negocial em questão, o qual é interpretado como
ofensivo a direitos fundamentais ou a direito líquido e certo; a existência de relevante
atividade ilegal ou qualquer outro ato capaz de lesar os fins do contrato ou de
ensejar a sua extinção.

Já os autores expõe que o mandado de segurança, seja ele individual ou


coletivo, tem como finalidade a proteção de direitos individuais ou coletivos violados
ou ameaçados de violação por ato ilegal ou abuso de poder. O mandado de
segurança individual é utilizado para salvaguardar direitos subjetivos e interesses
individuais, enquanto o mandado de segurança coletivo visa proteger direitos
coletivos ou difusos que afetam uma coletividade determinada ou indeterminada de
pessoas.

É uma convenção em toda a bibliografia analisada de que essa ação


constitucional é um instrumento rápido e eficaz para garantir a tutela dos direitos
ameaçados, conferindo segurança jurídica aos indivíduos e à sociedade como um
todo. Assim, através desta medida, o Poder Público tem autonomia para
providenciar ações administrativas para resolver situações emergenciais, sem que
peças judiciais sejam processadas. Exemplos de aplicação de ato administrativo de
urgência são: medidas proferidas em casos de desastres naturais; concessão de
medidas cautelares em processos judiciais; exigência de reposição de danos
ambientais; liberação de recursos públicos para realização de obras; implementação
de contramedidas à crise provocada pelo avanço de determinadas doenças; entre
outras.

Os embargos de divergência são uma modalidade de recurso utilizada para


resolver divergências jurisprudenciais entre decisões proferidas por diferentes
órgãos de um mesmo tribunal. Esses embargos têm como objetivo uniformizar a
interpretação do direito, garantindo a igualdade de tratamento e a coerência nas
decisões judiciais. Quando há divergência entre as decisões de diferentes câmaras,
turmas ou seções de um tribunal, os embargos de divergência permitem que a
questão seja submetida a um órgão colegiado composto por mais membros. Dessa
forma, é possível analisar os argumentos divergentes e chegar a um entendimento
único sobre a interpretação e a aplicação do direito em casos semelhantes.

Compreendendo ainda a possibilidade de se apelar para a reclamação


constitucional é uma ação autônoma de impugnação que tem como finalidade
principal a preservação da competência e da autoridade das decisões proferidas
pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Ela é utilizada quando ocorre uma afronta
direta à jurisdição ou quando há descumprimento de súmula vinculante do STF. A
reclamação constitucional é uma forma de garantir a observância das decisões
proferidas pela mais alta corte do país, preservando assim a segurança jurídica e a
uniformidade da jurisprudência.

CONCLUSÃO

Em conclusão, o estudo do Direito Processual Civil II - Recursos abrange a


Teoria Geral dos Recursos, que trata da classificação, natureza jurídica e princípios
processuais relacionados aos meios de impugnação das decisões judiciais. Os
recursos em espécie são mecanismos legais disponíveis para as partes que
desejam contestar uma decisão judicial e buscar sua reforma ou anulação.

Entre os principais recursos, temos a apelação, que permite impugnar uma


sentença de primeira instância perante o tribunal competente. O agravo de
instrumento é utilizado para revisar decisões interlocutórias que não são
imediatamente apeláveis. Já o agravo interno possibilita a revisão de decisões
proferidas por órgãos colegiados dentro do mesmo tribunal. Os embargos de
declaração visam esclarecer pontos obscuros, contraditórios ou omissos em uma
decisão judicial, sem alterar seu mérito. Os recursos ordinários são interpostos
perante tribunais superiores em casos específicos previstos constitucionalmente,
para impugnar decisões contrárias aos direitos fundamentais ou normas
infraconstitucionais.

O sistema processual civil também prevê o agravo em recurso especial ou


extraordinário, que questiona decisões que negaram seguimento a recursos especial
ou extraordinário anteriormente interpostos. Os embargos de divergência são
utilizados quando há divergência entre decisões de diferentes órgãos dentro dos
tribunais superiores, as ações autônomas de impugnação, como a ação rescisória, o
mandado de segurança individual e coletivo, e a reclamação constitucional, são
instrumentos processuais utilizados para impugnar decisões judiciais definitivas
consideradas ilegais, injustas ou inconstitucionais, cada uma com requisitos e
finalidades específicas.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:

DONIZETTI, Elpídio. Curso Didático de Direito Processual Civil. 22.ed. São


Paulo: Saraiva. 2019. [Minha Biblioteca]

THEODORO JR., Humberto. Curso de direito processual civil. 60. ed. Rio de
Janeiro: Forense.2019. [Minha Biblioteca]

MOREIRA, José Carlos Barbosa. Comentários ao Código de Processo Civil - Vol.


V, 17a edição. Rio de Janeiro: Forense, 2013. [Minha Biblioteca]

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:

BUENO, CASSIO SCARPINELLA. Manual de direito processual civil: volume


único. 5.ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019. [Minha Biblioteca]

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