Você está na página 1de 27

TEORIA GERAL DOS RECURSOS.

Introdução e conceito

Recurso é uma palavra com múltiplos significados uma rápida busca em seu
dicionário levará a resultados diferentes e de fato sua utilização é ampla, utilizamos recursos
financeiros para comprar o bem solicitamos ao departamento de recursos humanos a
contratação do novo profissional buscamos na natureza dos recursos para nossa sobrevivência
os filhos recorrem aos pais quando buscam ajuda e por aí vai recurso é um conceito que está
atrelado a existência humana.

Dito isto, juridicamente, o recurso pode ser definido como meio processual cujo
objetivo seria anular rever integrar ou aclarar uma decisão judicial dentro de um mesmo
processo judicial evitando esta que esta seja acobertada pela preclusão ou coisa julgada, em
outras palavras é um remédio jurídico processual idôneo ensejar dentro do mesmo processo a
reforma a invalidação o esclarecimento ou a integração de decisão judicial que se impugna.

O conceito de recurso dentro do contexto processual passa por três aspectos: pela
análise dos meios de impugnação das decisões judiciais; pelas impugnações autônomas das
decisões judiciais, bem como, de sucedâneo recursal.

Recurso é uma coisa, sucedâneo recursal é outra, logo, portanto, a definição de que
seja recurso a única forma possível de apontar para a natureza recursal ou de sucedâneo recursal
determinado instrumento processual de impugnação judicial exige a conceituação do Instituto
de modo que todas as formas de atacar uma decisão judicial que não seja recurso, serão
consideradas sucedâneos recursais.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
Para o professor Daniel Amorim Assumpção Neves, na hipótese de criação de um
novo processo para instrumentalizar a impugnação da decisão, estamos diante de uma espécie
de sucedâneo recursal, mais especificamente uma ação autônoma em seu entendimento.

Um acórdão importante do STF sobre o tema é o Recurso Extraordinário nº


590.809/RS, de relatoria do Ministro Marco Aurélio, julgado em 18/06/2009. Nesse caso, o
STF definiu que sucedâneo recursal é a possibilidade de utilizar um meio processual diferente
do recurso cabível para impugnar uma decisão judicial, a saber:

"Sucessão ou substituição significa a troca de um elemento por outro, sem


perda do objeto. No campo processual, sucedâneo é o meio de impugnação
substitutivo do recurso cabível, em face da inviabilidade de interposição ou
da intempestividade deste último. Assim, o sucedâneo é o instrumento
utilizado como substituto do recurso, quando este não mais se apresenta
viável, quer pela intempestividade, quer pelo esgotamento das vias
processuais. É, pois, a alternativa que se oferece para suprir a falta de
possibilidade de interposição do recurso adequado."

No acórdão, o Ministro Marco Aurélio explicou que o sucedâneo recursal pode ser
utilizado quando não há mais a possibilidade de interpor o recurso cabível, seja por esgotamento
dos prazos, seja por outra razão legal. O sucedâneo recursal deve, portanto, ser utilizado apenas
de forma excepcional, e não como regra geral. Dito isto, portanto, o conceito de recurso deve
ser construído partindo-se de cinco características essenciais a esse meio de impugnação:
Voluntariedade: O recurso somente será interposto se assim desejar a parte
interessada, a interposição do recurso é um ato jurídico unilateral do qual é imprescindível o
elemento volitivo.
Expressa previsão em lei federal: O recurso é um instrumento taxativo, isto é
recurso é todo aquele que a lei institui, rege seu procedimento, seus efeitos, e a respectiva
decisão, logo, a taxatividade é um elemento essencial do recurso, diferenciando-se, portanto,
dos sucedâneos recursais.
Desenvolvimento no próprio processo no qual a decisão impugnada foi
proferida: Os recursos não inauguram um novo processo, ao contrário das chamadas ações
autônomas de impugnação como ação rescisória, o habeas corpus, o mandado de segurança e
Ação anulatória. O verbo interpor é adequado a se utilizar quando um recurso é apresentado
em juízo porque traz a ideia de colocar dentro, ou seja, adicionar uma nova etapa a algo em
andamento
Manejável pelas partes, terceiro prejudicado e Ministério Público; de modo
geral, os terceiros que se habilitam a intervir em um processo possuem a possibilidade de
interpor recursos em relação às decisões que os afetem diretamente. O amicus curiae (amigo da
corte) pode interpor recursos em relação às decisões que afetem diretamente os interesses que
ele representa no processo; O terceiro prejudicado, que é aquele que sofre prejuízos decorrentes
da decisão judicial, pode interpor recursos em relação às decisões que afetem seus interesses;
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
O assistente simples, que atua como auxiliar da parte principal, pode interpor
recursos apenas em relação às questões que envolvam a assistência prestada; Já o litisconsorte,
que é o terceiro que ingressa na ação em conjunto com uma das partes principais, pode interpor
recursos em relação às decisões que afetem os interesses que ele compartilha com a parte
principal que representa. Em relação à possibilidade de interpor recursos, o MP possui
legitimidade para recorrer das decisões judiciais em que atua na qualidade de fiscal da lei, com
o objetivo de garantir a correta aplicação das normas jurídicas e a proteção dos interesses
públicos envolvidos.
Objetivo de reformar anular integrar ou esclarecer a decisão judicial: A regra é
que os recursos devem atacar as questões debatidas no processo, no entanto trata-se de regra
que encontra algumas exceções como por exemplo a prevista no artigo 493 do CPC: "C depois
da propositura da ação algum fato constitutivo modificativo ou extintivo do direito incluir no
julgamento do método caberá o juiz tomá-lo em consideração de ofício ou a requerimento da
parte no momento de proferir a decisão".
O direito de recorrer é potestativo (instaura um procedimento e um complexo de
novas situações jurídicas decorrentes), mas o direito à tutela jurisdicional recursal é um direito
a uma prestação (perante o Estado). O direito ao recurso é conteúdo do direito fundamental de
ação.

Resumo Fundamental

a) Reexame de decisão judicial;

b) O recurso prolonga o Estado de Litispendência, mas não instaura novo


processo;

C) o recurso é um desdobramento do direito constitucional de ação;

D) são um corolário lógico do duplo grau de jurisdição

Existem basicamente duas teorias que explicam o sistema recursal cível: a Teoria
do Duplo Grau de Jurisdição e a Teoria da Unidade de Instância.
A Teoria do Duplo Grau de Jurisdição estabelece que todo processo deve ter ao
menos duas instâncias, ou seja, a primeira instância e uma segunda instância de julgamento,
que irá revisar a decisão tomada anteriormente, a fim de garantir maior segurança e
imparcialidade no processo. Dessa forma, o duplo grau de jurisdição é um direito fundamental
do cidadão e uma garantia constitucional para que toda decisão judicial seja revisada,
independentemente do mérito da causa.
Por outro lado, a Teoria da Unidade de Instância sustenta que apenas uma
instância seria suficiente para solucionar todos os litígios, sem a necessidade de uma segunda
instância. Essa teoria considera que a revisão da decisão já proferida em primeira instância é
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
um processo moroso e oneroso, podendo gerar uma grande quantidade de recursos
desnecessários e prejudicando a celeridade processual.
No Brasil, adotou-se a Teoria do Duplo Grau de Jurisdição como regra geral, mas
existem algumas exceções previstas em lei, como nos casos de competência originária de
tribunais, ações de pequeno valor e casos em que a lei autoriza a apresentação de recurso
extraordinário ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ)
contra decisão proferida em única instância.

“Pontos específicos”

Reexame necessário: segundo previsão do artigo 496 do novo CPC a sentença


proferida contra a união, o estado, o Distrito Federal, o município e suas respectivas autarquias
e Fundações de direito público, bem como a que julgar procedente no todo ou em parte o
embargo à execução fiscal somente produzirá efeitos após sua confirmação pelo Tribunal. Dá-
se ao nome a esse Instituto do exame necessário que pela letra da Lei fria é condição impeditiva
da geração de efeitos da sentença proferida.
O objetivo do Reexame Necessário é garantir que o Poder Público tenha a
oportunidade de revisar as decisões judiciais que possam afetar seus interesses, bem como
preservar o interesse público, assegurando que decisões contrárias à lei ou aos princípios que
regem a administração pública possam ser revistas pelo tribunal.

Na jurisprudência, o Reexame Necessário é tratado como um mecanismo de


controle de legalidade e constitucionalidade das decisões judiciais, tendo em vista que
possibilita uma nova análise dos fatos e do direito envolvidos no processo. Vale ressaltar que,
caso a sentença seja mantida pelo tribunal, ela produzirá efeitos a partir daí, não sendo mais
passível de recurso.

Correição Parcial: Correição Parcial é um recurso previsto no Código de Processo


Civil brasileiro, que permite a parte interessada requerer ao juiz que reconsidere uma decisão
interlocutória que possa ter causado prejuízo à parte ou ter violado as normas processuais. Esse
recurso é chamado de "parcial" porque não tem a finalidade de rever toda a decisão proferida
pelo juiz, mas apenas uma parte específica da decisão, que pode ter sido equivocada ou
contrária às normas processuais.
Para interpor a Correição Parcial, a parte interessada deve apresentar um pedido
escrito ao próprio juiz que proferiu a decisão impugnada, indicando de forma clara e objetiva a
parte da decisão que considera incorreta ou prejudicial. O juiz, por sua vez, deve analisar o
pedido e, se considerar pertinente, pode reconsiderar a decisão ou encaminhar o recurso ao
Tribunal de Justiça.
A Correição Parcial é um recurso que visa corrigir erros e equívocos de decisões
interlocutórias, protegendo o direito das partes envolvidas no processo. No entanto, é
importante ressaltar que ela não é uma via recursal comum, devendo ser utilizada apenas em
casos excepcionais e quando não houver outra medida judicial adequada para corrigir a decisão.
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
Registre-se posicionamento do Superior Tribunal Justiça que em aplicação do
princípio da fungibilidade recebeu correição parcial como agravo de instrumento, como
também, não admitiu a correção parcial quando cabível agravo interno contra decisão
monocrática do relator. (STJ 2º turma, RMS 16.218/SP, 17/10/2005).

Pedido de reconsideração: O pedido de reconsideração não existe previsão legal


para sua aplicabilidade prática sendo resultado, portanto, de uma construção jurisprudencial. A
mera ausência de previsão Expressa em lei federal já é suficiente para afastar o pedido de
reconsideração do âmbito recursal. Dito isto pedido de reconsideração é a razão pela qual já
está pacificado na jurisprudência que não interrompe e nem suspende o prazo recursal. A
limitação a utilização do pedido de reconsideração somente para hipóteses específicas o
coadunasse com o fenômeno da preclusão judicial indevidamente chamada pela doutrina
nacional de preclusão “projudicato” limitativa da retratação, pois simples da decisão por parte
dos juízes. O Superior Tribunal de Justiça já teve a oportunidade de aplicar o princípio da
fungibilidade para receber pedido de reconsideração como agravo regimental. (STJ, quarta
turma petição no Agravo regimental SP 6655/RN, rel ministro Luis felipe Salomão).

Impugnação e embargos à execução: A impugnação ou cumprimento sentença


defesa típica do executado no processo de execução é realizado por meio da impugnação
entendida pela melhor doutrina como incidente processual havendo limitação taxativa na
cognição horizontal, isto é, o executado só pode arguir as matérias previstas no artigo 525 do
Código de Processo Civil e dependendo qual seja essa matéria a impugnação pode ser
considerado um sucedâneo recursal interno tendo em vista que acolhida as alegações previstas
no artigo 525 parágrafo 1º inciso 1º e 3º e parágrafo 12 a sentença será anulado de forma que a
impugnação se prestará a impugná-la sendo tal circunstância suficiente para considerá-la com
sucedâneo recursal.

Classificação dos recursos


A doutrina processual costuma classificar os Cursos segundo determinados
critérios com o objetivo de facilitar o estudo do tema Via de regra os critérios de classificação
não são certos ou errados, mas sim bons ou ruins ou se preferir mais ou menos úteis a saber
seguem aquelas entendidas como as mais úteis à melhor compreensão da matéria:

Recursos totais ou parciais; Recurso total é aquele que impugna a decisão no todo
ou na sua integralidade, por outro lado, recurso parcial é aquele cuja impugnação do recorrente
se dirige apenas à parte da decisão.
Recursos principal ou adesivo; Em Rigor cada parte interporá o recurso
independentemente no prazo e com observância das exigências legais Tal Qual prescreve o
artigo 997 do CPC esta hipótese do recurso principal também denominado independente; Por
outro lado a parte pode ser lançar mão da Estratégia escrita conforme parágrafo primeiro do
artigo 997 do CPP segundo o qual sendo “Vencido o autor e réu ao recurso interposto por
qualquer deles poderá aderir o outro” este é o chamado recurso adesivo cujo o regime jurídico
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
é regido pelo parágrafo segundo do artigo 997 do CPC Vale destacar que desde logo este
subordina ao recurso independente por exemplo Suponha que o juiz tenha proferido sentença
de parcial procedência, o autor embora não satisfeito integralmente seu escopo se conforma
com a decisão E prefere não apelar interpondo seu recurso principal de forma independente Isto
é, no entanto algum tempo depois recebe intimação judicial dando conta de que o Real Apelou
de outra parcela da decisão neste caso o autor tem a possibilidade de pegar uma carona na
apelação do Réu e também apelar de forma adesiva, isto é, aderindo aquele recurso.
Recurso de fundamentação livre ou vinculada; os recursos são de
fundamentação livre, isto é admite-se qualquer tipo de crítica decisão. e, por outro lado os
recursos de fundamentação vinculada são aqueles em que Homero gravame decorre da decisão
não é o bastante para caber o recurso é preciso para Além disso um prejuízo específico
estabelecido pelo legislador deste modo não aceito qualquer fundamentação ou crítica mas
apenas aos relativos aos vícios enumerados taxativamente em lei Por exemplo os embargos de
declaração e também os recursos extraordinário e especial.
Recursos ordinários e extraordinários; O recurso ordinário e aquele que permite
amplo reexame da causa eles têm como objetivo principal proteger o direito subjetivo das partes
litigantes contra vício ou injustiça da decisão judicial, por sua vez os recursos serão
extraordinários assim entendidos aqueles que restringe o rei exame da causa porque sua
finalidade não é a proteção imediata do direito subjetivo da parte, mas sim do Direito Objetivo
como todo.
Princípios Recursais.

De um modo geral é importante esclarecer que os princípios transcritos do artigo


1º ao 15 do Código de Processo Civil pairam sobre o regime recursal brasileiro, dito que
evidentemente as partes devem cooperar para razoável duração do processo, devem agir com
lealdade processual e boa-fé, o juiz ou julgador de Segunda instância deve zelar pela efetividade
útil do processo, bem como, evitar as chamadas “decisões surpresas”. No mesmo sentido,
quando vemos sobre a disciplina de recursos processuais é importante notar as suas
especificidades, tendo em vista, a alta complexidade com que a legislação rege os recursos
cíveis na prática forense, a saber:
A) Duplo grau de jurisdição:
Dentro da chamada teoria geral dos recursos o duplo grau de jurisdição se
constituem verdadeiro Supraprincípio, embora não esteja expressamente previsto como um
direito fundamental, a sua consagração de sistema jurídico brasileiro é corolário lógico da
estrutura organizacional do Poder Judiciário, examinar decisões judiciais, portanto é um direito
fundamental decorrente do exercício do Direito Constitucional de ação. É importante
mencionar que o duplo grau de jurisdição denota necessariamente a revisão da decisão judicial
por órgão imediatamente superior ao qual a decisão foi prolatada se a revisão for proferida pelo
mesmo órgão estaremos diante de Duplo Exame. O código de Processo civil, na única vez em
que menciona tal princípio regulamenta as hipóteses de reexame necessário no art.496, a saber:

“Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo
tribunal, a sentença:
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e
fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
§ 1º Nos casos previstos neste artigo, não interposta a apelação no prazo legal, o juiz ordenará a remessa dos
autos ao tribunal, e, se não o fizer, o presidente do respectivo tribunal avocá-los-á.
§ 2º Em qualquer dos casos referidos no § 1º, o tribunal julgará a remessa necessária.
§ 3º Não se aplica o disposto neste artigo quando a condenação ou o proveito econômico obtido na causa for
de valor certo e líquido inferior a:
I - 1.000 (mil) salários-mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
II - 500 (quinhentos) salários-mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e
fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
III - 100 (cem) salários-mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de
direito público.
§ 4º Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em:
I - súmula de tribunal superior;
II - acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de Justiça em julgamento de
recursos repetitivos;
III - entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência;
IV - entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente
público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.”

Em relação ao princípio do duplo grau de jurisdição em matéria recursal, a


jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) tem evoluído ao longo do tempo. De forma
geral, o STF reconhece o princípio do duplo grau de jurisdição como um dos princípios
fundamentais do sistema jurídico brasileiro, garantindo às partes o direito de recorrer das
decisões judiciais para instâncias superiores.
No entanto, o STF tem entendido que o duplo grau de jurisdição não é um direito
absoluto, podendo ser relativizado em certas situações, desde que respeitados outros princípios
constitucionais, como o princípio da celeridade processual e o princípio da razoável duração do
processo.
Dessa forma, a jurisprudência do STF tem admitido a possibilidade de julgamento
de recursos em única instância em alguns casos, como nas causas de menor complexidade ou
de valor insignificante, desde que as partes tenham a garantia de acesso à justiça e de ampla
defesa em algum momento do processo.
B) Taxatividade:
De acordo com este princípio só existem os recursos previstos em lei federal ou na
Constituição Federal que criam rotativo e exaustivo “numerus clausus" previstos na legislação,
a exemplo do Art. 994, CPC, que prevê os recursos processuais redigidos em seu codex:
“Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou extraordinário;
IX - embargos de divergência.”

A taxatividade recursal é um princípio do Direito Processual que estabelece que os


recursos cabíveis em um determinado processo estão previamente previstos em lei, de forma
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
taxativa, ou seja, de maneira restrita e limitada. O entendimento atual é de que a taxatividade
recursal ainda é um princípio válido, sendo aplicado na maioria dos sistemas jurídicos ao redor
do mundo. Isso significa que os recursos devem ser interpostos apenas nos casos expressamente
previstos em lei, não sendo possível a criação de recursos "ad hoc" ou recursos com base em
analogia ou interpretação extensiva.
C) Unirrecorribilidade:
A unirrecorribilidade é um princípio relacionado à taxatividade recursal, que
estabelece que, em determinadas situações, uma decisão judicial não admite mais recursos, ou
seja, não pode ser objeto de novos recursos para instâncias superiores. O entendimento atual é
de que a unirrecorribilidade é um princípio que também é aplicado no Direito Processual,
juntamente com a taxatividade recursal. Ou seja, quando uma decisão judicial é considerada
unirrecorrível, significa que não é possível interpor recursos adicionais, tornando a decisão
definitiva e imutável. Este princípio é tempo inegável proximidade com princípio da correlação
segundo o qual cada decisão cabe um determinado recurso especificado nele ao definir os atos
dos juízes estipulando o cabimento de determinado recurso para cada um conclui-se que o CPC
adotou ao princípio a unirrecorribilidade, no entanto, encontra exceções uma delas é a
possibilidade de interposição simultânea de recurso extraordinário e especial quando a decisão
violar a um só tempo a norma constitucional e a norma Federal rente ao que vem previsto no
artigo 102 inciso 3º e artigo 105 inciso 3º ambos da Constituição Federal. Em alguns sistemas
jurídicos, há a previsão de recursos específicos, como o recurso extraordinário ou o recurso de
cassação, que permitem a revisão de decisões mesmo quando a unirrecorribilidade seria
aplicável.
D) Fungibilidade dos recursos.
O princípio da fungibilidade dos recursos é uma norma do Direito Processual que
permite a substituição de um recurso por outro, quando há dúvida razoável quanto ao recurso
correto a ser interposto, sem que haja prejuízo para a parte recorrente. Em outras palavras,
quando uma parte tem dúvidas sobre qual recurso deve ser interposto em determinada situação,
e acaba interpondo um recurso inadequado, o princípio da fungibilidade dos recursos permite
que o tribunal avalie a situação e aceite o recurso inadequado como se fosse o recurso correto,
desde que não haja prejuízo para a outra parte.
A fungibilidade dos recursos é uma exceção ao princípio da taxatividade recursal,
que estabelece que os recursos devem ser interpostos de forma estrita e limitada, conforme
previsto em lei. A fungibilidade dos recursos é uma forma de garantir que as partes não sejam
prejudicadas por eventuais dúvidas ou erros na escolha do recurso correto a ser interposto.
A fungibilidade em primeiro lugar é expressamente previstas nos seguintes casos:
Fungibilidade entre embargos de declaração e agravo interno artigo 1024, o julgador conhecerá
dos embargos de declaração como agravo interno se entender seresto recurso cabível desde que
determina previamente a intimação do recorrente para no prazo de cinco dias complementar as
razões recursais de modo a ajusta-las às exigências do artigo 1021 parágrafo primeiro.
A fungibilidade entre recurso extraordinário especial previstos no artigo 1032 e
1033 com efeito conforme o artigo 1032 se o relator no Superior Tribunal de Justiça entender
que o recurso especial Versa sobre questão constitucional deverá conceder o prazo de 15 dias
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
para que o recorrente demonstre a existência de reprodução geral e se manifeste sobre questão
constitucional. e a luz do artigo 1033 se o Supremo Tribunal Federal considerar como reflexa
a ofensa a constituição afirmado no recurso extraordinário por pressupor a revisão da
interpretação da lei federal do tratado remetendo a ao Superior Tribunal de Justiça para o
julgamento como recurso especial.
e) Proibição da reformatio in pejus:
A proibição da reforma para pior de corrente de princípio dispositivo e do efeito
devolutivo significa uma limitação no julgamento de recurso cujo resultado é não poderá
agravar a situação do recorrente mas apenas melhorá-la ou pior das hipóteses mantê-la tal
quanto antes.
A matéria debatida em recurso é a qual deverá ser devolvida ao tribunal, dando
conhecimento daquilo que tenha sido expressamente impugnado, e nada mais. Logo o tribunal
ad quem fica restrito ao objeto do recurso, razão pela qual não se pode agravar a situação de
quem interpôs.

f) Colegialidade: O princípio da colegialidade preconiza que o juiz natural das


decisões tomadas no âmbito recursal, e mais amplamente, nos tribunais da federação nas suas
mais diversas atuações - é um órgão colegiado, conforme previsto em lei. Exemplo de
manifestação desse princípio, está contido no art.941, §2º do CPC: “No julgamento de apelação
ou de agravo de instrumento, a decisão será tomada, no órgão colegiado, pelo voto de três (3)
juízes.
Esse princípio destaca a importância da colaboração e do trabalho em equipe na
gestão dos recursos. A ideia é que um grupo de indivíduos trabalhando juntos pode ter melhores
resultados do que cada indivíduo trabalhando isoladamente. Na prática, a colegialidade
significa que as pessoas devem ser encorajadas a colaborar, compartilhar informações e
recursos, e a trabalhar em conjunto para alcançar os objetivos comuns.
Atualmente, são inúmeras as situações que autorizam o relator do recurso a decidir
monocraticamente, conforme Art. 932 do CPC, tal propositura legislativa, não pode ser
reputada inconstitucional, posto que a decisão monocrática pode ser confrontada pelo agravo
interno (art. 1021, do CPC).
g) Dialeticidade:
O princípio da dialeticidade, que em certa medida se liga à regularidade formal dos
recursos, tem dupla conotação. Em primeiro lugar, preconiza que não basta que o recorrente
manifeste voluntariamente o desejo de recorrer, mas, para além, exige-se deste que demonstre
as razões do inconformismo recursal.
Segundo lugar costuma-se apontar como conservar de todo o exposto o ônus do
recorrente e é atacar a decisão judicial no contexto com as demais ocorrências processuais. não
é suficiente apenas a reprodução da petição inicial da contestação ou do anterior recurso por
exemplo. bem por isso não há porque discordar da afirmação segundo a qual o recurso deve
evidenciar que a decisão precisa ser anulada ou reformada e não que o recorrente tem razão. a
tônica do recurso é remover o obstáculo criado pela decisão e não reavivar as razões já
repelidas.
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
Esse princípio destaca a necessidade de considerar diferentes perspectivas e pontos
de vista ao gerenciar os recursos. A dialeticidade implica que a gestão dos recursos deve ser
um processo contínuo de análise, avaliação e tomada de decisões, no qual diferentes opiniões
e perspectivas são consideradas e debatidas. Na prática, a dialeticidade significa que as decisões
devem ser baseadas em uma análise cuidadosa das informações disponíveis e em um debate
honesto e aberto sobre os méritos e desafios de cada opção.
h) Consumação:
O processo se desenvolve numa estrutura dessa inclusões Isto é a partir da
concepção de que o processo deve ter o seu andamento em etapas previamente definidas que
serão paulatinamente vencidas até que se atinja a sua finalidade qual seja extinguir-se e integrar
a prestação jurisdicional a quem seja esta devida. Dito isto, existem três modalidades de
preclusão: a temporal (decurso de prazo), a consumativa (prática de ato que não pode ser
repetido) e a lógica (prática de ato anterior incompatível).
Esse princípio destaca a importância de usar os recursos de forma eficiente e eficaz
para alcançar os objetivos desejados. A ideia é que os recursos devem ser utilizados de forma
que produzam resultados concretos e tangíveis. Na prática, a consumação significa que os
recursos devem ser utilizados de maneira estratégica e cuidadosa para maximizar o valor
agregado e minimizar o desperdício.

EFEITOS DOS RECURSOS.


No Código de Processo Civil de 2015, os recursos processuais têm diversos efeitos,
que variam de acordo com o tipo de recurso e com a situação específica do caso. De forma
geral, os recursos têm como objetivo permitir que as partes possam questionar ou impugnar
decisões judiciais que considerem equivocadas, a fim de que possam obter um resultado mais
favorável.
Entre os principais efeitos dos recursos processuais cíveis, podemos destacar:
1. Efeito devolutivo: esse é o efeito principal dos recursos e significa que o órgão
competente para julgar o recurso deve examinar e devolver (ou seja, devolver para a análise) a
matéria objeto do recurso para uma nova apreciação. Isso significa que o recurso tem o efeito
de devolver para o tribunal ou instância superior a decisão impugnada, para que seja
reanalisada. Um exemplo de caso em que ocorre o efeito devolutivo é quando um recurso é
interposto contra uma decisão que negou um pedido de indenização por danos morais, e o
recurso tem efeito devolutivo. Nesse caso, o recurso devolve a questão impugnada ao órgão
judicial superior para que ele possa analisar novamente o mérito da questão e julgá-la
novamente. O artigo 1.013, caput do CPC/2015 estabelece que "a apelação devolverá ao
tribunal o conhecimento da matéria impugnada".
“Art. 1.013. A apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da
matéria impugnada.
§ 1º Serão, porém, objeto de apreciação e julgamento pelo tribunal
todas as questões suscitadas e discutidas no processo, ainda que não
tenham sido solucionadas, desde que relativas ao capítulo impugnado.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
§ 2º Quando o pedido ou a defesa tiver mais de um fundamento e o juiz
acolher apenas um deles, a apelação devolverá ao tribunal o
conhecimento dos demais.
§ 3º Se o processo estiver em condições de imediato julgamento, o
tribunal deve decidir desde logo o mérito quando:
I - reformar sentença fundada no art. 485 ;
II - decretar a nulidade da sentença por não ser ela congruente com os
limites do pedido ou da causa de pedir;
III - constatar a omissão no exame de um dos pedidos, hipótese em que
poderá julgá-lo;
IV - decretar a nulidade de sentença por falta de fundamentação.
§ 4º Quando reformar sentença que reconheça a decadência ou a
prescrição, o tribunal, se possível, julgará o mérito, examinando as
demais questões, sem determinar o retorno do processo ao juízo de
primeiro grau.
§ 5º O capítulo da sentença que confirma, concede ou revoga a tutela
provisória é impugnável na apelação.”

2. Efeito suspensivo: alguns recursos possuem efeito suspensivo, ou seja,


suspendem a eficácia da decisão impugnada, até que seja julgado o recurso. Isso significa que,
enquanto o recurso estiver pendente, a decisão impugnada não produzirá seus efeitos, o que
pode ser importante para evitar prejuízos irreparáveis ou para garantir a efetividade da decisão.
Um exemplo de caso em que ocorre o efeito suspensivo é quando um recurso é interposto contra
uma decisão que determinou a penhora de um bem do devedor, e o recurso tem efeito
suspensivo. Nesse caso, a execução da decisão fica suspensa até que o recurso seja julgado pelo
órgão judicial superior. O artigo 995, inciso II do CPC/2015 estabelece que "a apelação terá
efeito suspensivo quando interposta contra sentença que: II - condene ao pagamento de
prestação alimentícia".
“Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo.
§ 1º Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir
efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que:
I - homologa divisão ou demarcação de terras;
II - condena a pagar alimentos;
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os
embargos do executado;
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem;
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória;
VI - decreta a interdição.
§ 2º Nos casos do § 1º, o apelado poderá promover o pedido de
cumprimento provisório depois de publicada a sentença.
§ 3º O pedido de concessão de efeito suspensivo nas hipóteses do § 1º
poderá ser formulado por requerimento dirigido ao:
I - tribunal, no período compreendido entre a interposição da apelação
e sua distribuição, ficando o relator designado para seu exame
prevento para julgá-la;
II - relator, se já distribuída a apelação.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
§ 4º Nas hipóteses do § 1º, a eficácia da sentença poderá ser suspensa
pelo relator se o apelante demonstrar a probabilidade de provimento
do recurso ou se, sendo relevante a fundamentação, houver risco de
dano grave ou de difícil reparação.”
3. Efeito expansivo: alguns recursos têm o efeito expansivo, que significa que, ao
analisar a questão objeto do recurso, o tribunal pode examinar outras questões relacionadas ao
caso, mesmo que não tenham sido objeto da decisão impugnada. Isso é importante para garantir
uma análise mais completa e adequada do caso. Um exemplo de caso em que ocorre o efeito
expansivo é quando um recurso é interposto contra uma decisão que beneficiou uma das partes,
e o tribunal reconhece que esse benefício deve ser estendido também a outra parte. Nesse caso,
o efeito expansivo do recurso tem o poder de ampliar os efeitos da decisão impugnada para
além das partes envolvidas no processo.
4. Efeito substitutivo: alguns recursos possuem o efeito substitutivo, que significa
que o órgão julgador pode substituir a decisão impugnada por outra decisão, de forma que o
resultado do processo seja alterado. Esse efeito é comum em recursos que visam corrigir erros
ou omissões na decisão anterior. Um exemplo de caso em que ocorre o efeito substitutivo é
quando um recurso de apelação é interposto contra uma sentença que condena o réu a uma pena
de prisão, e o recurso é provido pelo tribunal, que absolve o réu. Nesse caso, a decisão do
tribunal substitui a sentença proferida pelo juiz de primeira instância, e os efeitos dessa decisão
passam a ser atribuídos ao novo julgamento.
5. Efeito Translativo: O efeito translativo ocorre quando um recurso é interposto
contra uma decisão que foi proferida por um órgão judicial inferior, e esse recurso é provido,
ou seja, é julgado procedente pelo órgão judicial superior. Nesse caso, a decisão proferida pelo
órgão inferior é substituída pela decisão do órgão superior, e os efeitos dessa decisão passam a
ser atribuídos ao novo julgamento. Isso significa que, se o recurso for provido, a nova decisão
tem efeito retroativo, e todos os atos realizados com base na decisão anterior ficam
prejudicados. Em outras palavras, o efeito translativo pode modificar a decisão proferida pelo
órgão inferior, impedindo que ela produza efeitos jurídicos. Um exemplo de caso em que ocorre
o efeito translativo é quando um recurso de apelação é interposto contra uma sentença proferida
por um juiz de primeira instância, e o recurso é provido pelo tribunal. Nesse caso, a sentença
do juiz de primeira instância é substituída pela decisão do tribunal, e os efeitos dessa decisão
passam a ser atribuídos ao novo julgamento. O artigo 1.013, Caput Código de Processo Civil
de 2015 (CPC/2015) estabelece que "a apelação devolverá ao tribunal o conhecimento da
matéria impugnada".
6. Efeito Obstativo: Já o efeito obstativo ocorre quando um recurso é interposto
contra uma decisão que foi proferida por um órgão judicial inferior, e esse recurso não tem
efeito suspensivo, ou seja, não impede que a decisão produza efeitos jurídicos imediatamente.
Nesse caso, o recurso não impede a produção de efeitos da decisão, mas apenas obsta (ou seja,
impede) que ela seja executada. Em outras palavras, a decisão continua a produzir efeitos, mas
não pode ser executada até que o recurso seja julgado pelo órgão superior. Isso garante que a
parte que interpôs o recurso possa continuar discutindo a questão sem que sejam produzidos
efeitos imediatos pela decisão impugnada. Um exemplo de caso em que ocorre o efeito
obstativo é quando um recurso de embargos de terceiro é interposto contra uma decisão que
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
determinou a penhora de um bem que não pertence ao devedor, mas a terceiro. Nesse caso, o
recurso não impede que a decisão de penhora produza efeitos, mas apenas obsta que ela seja
executada. Em resumo, o efeito translativo tem o poder de substituir a decisão impugnada por
uma nova decisão, enquanto o efeito obstativo impede a execução da decisão impugnada até
que o recurso seja julgado pelo órgão superior.

DO RECURSO ADESIVO.
O recurso adesivo é uma modalidade de recurso que permite que a parte que não
interpôs o recurso principal possa, no mesmo prazo do recurso interposto pela outra parte,
apresentar recurso próprio para discutir questões que não foram abordadas pelo recurso
principal.
O recurso adesivo está previsto no artigo 997 do Código de Processo Civil de 2015,
que estabelece: "Cada parte interporá o recurso independentemente, no prazo e com
observância das exigências legais. § 1º Sendo vencidos autor e réu, ao recurso interposto por
qualquer deles poderá aderir o outro. § 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso
independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de
admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o
seguinte: I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no
prazo de que a parte dispõe para responder; II - será admissível na apelação, no recurso
extraordinário e no recurso especial; III - não será conhecido, se houver desistência do recurso
principal ou se for ele considerado inadmissível.”
Dessa forma, o recurso adesivo só pode ser interposto se a outra parte já tiver
apresentado o recurso principal. Além disso, o recurso adesivo só será conhecido se o recurso
principal for conhecido, ou seja, se a parte que apresentou o recurso principal tiver obtido êxito
em suas razões recursais.
Um exemplo de recurso adesivo seria o seguinte: em um processo em que se discute
uma questão de danos morais, a parte autora interpõe recurso de apelação para pedir o aumento
da indenização por danos morais. A parte ré, por sua vez, apresenta um recurso adesivo,
pedindo a modificação da sentença no que se refere à condenação por danos materiais. O
recurso adesivo da parte ré só poderá ser conhecido se o recurso de apelação da parte autora for
conhecido e a sentença for modificada para conceder a indenização por danos morais. Nesse
caso, a parte ré poderá aproveitar o mesmo prazo recursal do recurso de apelação da parte autora
para apresentar seu recurso adesivo, questionando a decisão no que se refere aos danos
materiais.

DO RECURSO INOMINADO (JEC. Lei nº 9099/95).

O recurso inominado é um recurso previsto no sistema recursal do Juizado Especial


Cível (JEC), que tem como objetivo permitir que a parte recorra de decisões proferidas pelos
juízes leigos e pelos juízes togados nos casos de competência dos Juizados Especiais.
No que se refere aos requisitos do recurso inominado no JEC, o artigo 42 da Lei
9.099/95 estabelece que o recurso deverá ser interposto no prazo de dez dias, contados da data
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
da intimação da sentença ou do acórdão. Além disso, o recurso deverá ser dirigido ao próprio
juizado que proferiu a decisão, que deverá realizar a análise do recurso e decidir se acolhe ou
não os argumentos apresentados pela parte recorrente.
Outro requisito importante do recurso inominado é a necessidade de
fundamentação. De acordo com o artigo 46 da Lei 9.099/95, o recurso deverá ser
fundamentado, ou seja, a parte deverá apresentar os motivos pelos quais discorda da decisão
proferida pelo juizado, indicando as razões de fato e de direito que sustentam a sua posição.
Por fim, é importante destacar que o recurso inominado é um recurso dotado de
efeito devolutivo, ou seja, a decisão proferida pelo juizado não fica automaticamente suspensa
pela interposição do recurso. No entanto, caso o juízo entenda que a decisão recorrida apresenta
risco de dano irreparável ou de difícil reparação, poderá ser concedido o efeito suspensivo ao
recurso.

DOS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS.


Os recursos são instrumentos utilizados pelas partes para questionar decisões
judiciais que consideram prejudiciais ou contrárias aos seus interesses. Para que um recurso
seja admitido, é necessário que sejam atendidos os requisitos de admissibilidade, que podem
variar de acordo com o tipo de recurso e a legislação aplicável.
A seguir, apresentamos alguns dos requisitos mais comuns para a admissibilidade
dos recursos e exemplos de fundamentação legal:
1. Tempestividade: O recurso deve ser interposto dentro do prazo estabelecido
em lei. Por exemplo, o recurso de apelação deve ser interposto no prazo de 15 dias após a
intimação da decisão (art. 1.003 do CPC/2015).
2. Preparo: O recurso deve ser acompanhado do pagamento das custas e do
depósito recursal, quando exigidos em lei. Por exemplo, o recurso de revista, no âmbito do
processo do trabalho, exige o depósito recursal (art. 899, §1º, da CLT).
3. Legitimidade: O recurso deve ser interposto pela parte que possui legitimidade
para fazê-lo. Por exemplo, no recurso de apelação, apenas as partes do processo podem interpor
o recurso, não sendo possível a intervenção de terceiros (art. 997 do CPC/2015). Geralmente,
terceiros não têm legitimidade para interpor recurso em um processo, já que eles não são partes
envolvidas na relação jurídica em discussão. No entanto, existem algumas exceções em que
terceiros podem recorrer, como nos casos de:
Assistência simples: É possível que um terceiro que tenha interesse jurídico na
causa possa se habilitar como assistente simples, a fim de auxiliar uma das partes na defesa de
seus interesses. Nessa situação, o assistente simples não pode interpor recursos em nome
próprio, mas pode impugnar decisões que afetem diretamente seus interesses; Assistência
litisconsorcial: Em alguns casos, o terceiro pode se habilitar como assistente litisconsorcial,
quando a decisão a ser proferida no processo possa afetar seus direitos e obrigações. Nesse
caso, o assistente litisconsorcial tem a mesma legitimidade da parte e pode interpor recursos
em nome próprio.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
Intervenção de terceiros: Alguns tipos de intervenção de terceiros, como o
chamamento ao processo e a denunciação da lide, podem permitir que o terceiro interveniente
interponha recursos em nome próprio.
Legitimidade extraordinária: Em alguns casos específicos previstos em lei, um
terceiro pode ter legitimidade extraordinária para recorrer em nome próprio, como nos casos
de ação popular e ação civil pública, em que qualquer pessoa pode interpor recurso para
defender o interesse público.
4. Interesse Recursal: O recurso deve ser interposto por quem possui interesse
recursal, ou seja, aquele que se sentiu prejudicado pela decisão e busca sua reforma ou
modificação. Por exemplo, a parte que teve seu pedido julgado procedente não possui interesse
em recorrer dessa decisão.
O Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu em sua jurisprudência alguns
requisitos de admissibilidade recursal que devem ser observados para que um recurso seja
aceito e analisado pelo tribunal. Alguns desses requisitos são:
1. Prequestionamento: O recurso deve ser interposto após a discussão e decisão
da matéria pelo juiz ou tribunal de origem. Isso significa que a questão deve ter sido
"prequestionada", ou seja, deve ter sido objeto de discussão e decisão prévia pela instância
inferior, para que possa ser objeto de recurso.
2. Tempestividade: O recurso deve ser interposto dentro do prazo legal
estabelecido para cada tipo de recurso. Caso contrário, será considerado intempestivo e não
será conhecido.
3. Regularidade formal: O recurso deve atender a todas as formalidades legais e
processuais, como a apresentação de peças obrigatórias e a observância de prazos e requisitos
específicos para cada tipo de recurso.
4. Cabimento: O recurso deve ser adequado e cabível para impugnar a decisão
proferida, ou seja, deve estar previsto em lei para a situação em questão.
5. Interesse de agir recursal: O recorrente deve ter um interesse jurídico atual e
concreto na interposição do recurso, ou seja, deve ser afetado diretamente pela decisão que
deseja recorrer.
6. Fundamentação: O recurso deve ser devidamente fundamentado, com
argumentos claros e precisos que indiquem a existência de erro ou ilegalidade na decisão
recorrida.
Esses requisitos têm sido reiteradamente aplicados pelo STF em sua jurisprudência
e devem ser observados pelos recorrentes para que seu recurso seja considerado admissível e
possa ser analisado pelo tribunal.
Seguem abaixo alguns exemplos de decisões do STF que tratam dos requisitos dos
recursos cíveis:
Repercussão geral no RE 590415: O STF fixou a tese de que o recurso especial
não pode ser considerado inadmissível por falta de impugnação de fundamentos autônomos da
decisão recorrida, se os fundamentos utilizados forem suficientes para manter a decisão.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
AgRg no AREsp 1233321: O STF entendeu que a indicação do dispositivo legal
tido como violado é requisito indispensável à admissibilidade do recurso especial, sob pena de
inadmissibilidade do recurso.
RE 598677: O STF decidiu que, em regra, é necessário o prequestionamento da
matéria objeto do recurso especial ou extraordinário, ou seja, é preciso que a questão tenha sido
debatida e decidida na instância de origem.
AgRg no REsp 1529129: O STF entendeu que a divergência jurisprudencial é
requisito indispensável para a admissibilidade do recurso especial, devendo ser comprovada
mediante a indicação de julgados que demonstrem a divergência.
Quantos aos Agravos:
No tocante aos recursos de Agravo, o STF tem os seguintes entendimentos:
Agravo de Instrumento: O STF, no julgamento do Agravo de Instrumento nº
727.126, entendeu que o recurso de agravo de instrumento só é cabível em situações em que a
decisão interlocutória impugnada cause lesão grave ou de difícil reparação, devendo ser
demonstrado o risco de dano irreparável ou de difícil reparação à parte que interpõe o recurso.
Além disso, a decisão impugnada deve ser passível de causar prejuízo imediato e irreversível à
parte, de forma que a revisão só possa ocorrer em momento posterior à sentença.
Agravo Interno: No julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo nº
1.051.230, o STF entendeu que o recurso interno só é cabível nas hipóteses previstas em lei, ou
seja, quando a decisão impugnada não admite recurso especial ou extraordinário. Além disso,
é necessário que a decisão impugnada seja interlocutória e que não haja outro recurso cabível
para impugná-la.
Agravo Regimental: No julgamento do Recurso Extraordinário com Agravo nº
747.681, o STF entendeu que o recurso regimental só pode ser interposto quando previsto no
regimento interno do tribunal. Além disso, é necessário que a decisão impugnada seja
interlocutória e que não haja outro recurso cabível para impugná-la.
Segue abaixo exemplos de decisões do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul
(TJRS) que tratam dos requisitos dos recursos de apelação e recurso adesivo:
Recurso de apelação - Requisito de fundamentação
"A ausência de fundamentação da decisão recorrida não implica em nulidade
quando o julgador, na sentença, se utiliza de motivos determinantes suficientes à compreensão
da lide e do convencimento exposto" (TJRS, Apelação Cível nº 70081308285, 7ª Câmara Cível,
Rel. Des. Jorge Luís Dall'Agnol, j. 22/03/2019).
Recurso adesivo - Requisito de aproveitamento do recurso principal
"O recurso adesivo somente se viabiliza se houver sucumbência recíproca ou, no
caso de sucumbência mínima, se houver possibilidade de aproveitamento do recurso principal"
(TJRS, Apelação Cível nº 70082471031, 6ª Câmara Cível, Rel. Des. Ney Wiedemann Neto, j.
28/11/2019).
Recurso de apelação - Requisito de interesse recursal
"O recurso de apelação só é admissível se houver interesse recursal, ou seja, se a
parte recorrente tiver obtido decisão desfavorável à sua pretensão" (TJRS, Apelação Cível nº
70082243262, 20ª Câmara Cível, Rel. Des. Eduardo João Lima Costa, j. 17/10/2019).
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
HONORÁRIOS DE SUCUMBÊNCIA.

Os honorários de sucumbência são uma verba advocatícia devida pela parte vencida
no processo à parte vencedora, em razão do trabalho desempenhado pelo advogado desta
última. No sistema recursal, a questão dos honorários de sucumbência pode variar de acordo
com o resultado do recurso interposto.
No caso de recurso julgado procedente, ou seja, quando a decisão é reformada em
favor do recorrente, os honorários de sucumbência serão devidos pela parte adversa que teve
sua decisão reformada, conforme previsto no artigo 85, parágrafo 11, do Código de Processo
Civil.
Já no caso de recurso improvido, ou seja, quando a decisão é mantida em favor da
parte adversa, não há direito à verba de sucumbência para a parte recorrente. Nesse caso, os
honorários de sucumbência serão devidos pela parte recorrente, conforme previsto no artigo
85, parágrafo 11, do CPC.
Vale destacar que, em caso de recurso com efeito suspensivo, ou seja, quando a
decisão recorrida fica suspensa até o julgamento do recurso, a questão dos honorários de
sucumbência fica suspensa juntamente com a decisão recorrida. Assim, a parte que tiver sua
decisão reformada ou mantida no julgamento do recurso será responsável pelos honorários de
sucumbência correspondentes.
O CPC também estabelece critérios para fixação dos honorários de sucumbência,
levando em conta o trabalho realizado pelo advogado e o valor da causa. A fixação pode ser
feita tanto na sentença como nos acórdãos que julgam os recursos, de acordo com o artigo 85
do CPC.
De acordo com o artigo 85 do Código de Processo Civil, os critérios de fixação da
verba de sucumbência são os seguintes:
O grau de zelo do profissional: considera-se a dedicação do advogado ao caso,
bem como a complexidade e dificuldade apresentada pela causa.
O lugar de prestação do serviço: leva-se em conta a localização geográfica em
que o trabalho foi realizado, considerando as diferenças de custos e de mercado em cada região.
A natureza e importância da causa: considera-se o valor da causa e a relevância
do assunto para a sociedade.
O trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço:
avalia-se a quantidade de trabalho desempenhada pelo advogado, bem como o tempo necessário
para a realização do trabalho.
A fixação observará o disposto no parágrafo segundo, primeiro e terceiro.
Importante destacar que, de acordo com o parágrafo segundo do artigo 85 do CPC,
a verba de sucumbência não poderá ser inferior a 10% (dez por cento) nem superior a 20%
(vinte por cento) do valor da condenação ou do proveito econômico obtido na causa, sendo esta
uma regra geral.
No entanto, o parágrafo terceiro do mesmo artigo permite que o juiz fixe a verba
de sucumbência em quantia certa se entender que o percentual previsto é incompatível com os
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
critérios estabelecidos no caput deste dispositivo ou quando houver acordo entre as partes para
fixação de um valor determinado.
No caso de sucumbência contra a Fazenda Pública, ou seja, quando a parte
vencedora da ação é a própria Fazenda Pública, a questão da fixação dos honorários
advocatícios é disciplinada pelo artigo 85, §3º, do Código de Processo Civil.
De acordo com este dispositivo, a Fazenda Pública será condenada ao pagamento
de honorários advocatícios nos termos em que a lei fixar, ou seja, de acordo com as normas
específicas aplicáveis.
No âmbito federal, a matéria é regulamentada pela Lei nº 9.527/97 e pelo Decreto
nº 2.322/97, que estabelecem as regras para a cobrança e fixação de honorários advocatícios
em ações contra a União, autarquias e fundações públicas federais
Já em relação aos Estados, Distrito Federal e Municípios, cada ente federado possui
sua própria legislação que regulamenta a fixação dos honorários advocatícios em ações
judiciais contra a respectiva Fazenda Pública.
Em geral, as leis estaduais e municipais costumam prever que os honorários
advocatícios serão fixados em um percentual sobre o valor da causa ou do proveito econômico
obtido, com limites mínimos e máximos estabelecidos pela legislação.
Vale lembrar que, nos termos do artigo 100, §12, da Constituição Federal, os
honorários advocatícios decorrentes de condenação da Fazenda Pública devem ser pagos com
preferência sobre os demais créditos, exceto os de natureza alimentícia.

DAS PRERROGATIVAS DA FAZENDA PÚBLICA NO SISTEMA


RECURSAL.
A Fazenda Pública goza de algumas prerrogativas dos prazos recursais, previstas
no artigo 188 do Código de Processo Civil. São elas:
1. Prazo em dobro: A Fazenda Pública tem prazo em dobro para recorrer, ou seja,
o prazo para interposição de recursos é de 2 vezes o prazo concedido às outras partes.
2. Intimação pessoal: A intimação dos atos processuais da Fazenda Pública será
feita pessoalmente à autoridade competente, nos termos do artigo 183 do CPC. Isso
significa que a intimação deve ser entregue diretamente ao representante legal da
Fazenda Pública, e não apenas ao advogado que atua no processo.
3. Suspensão do prazo: O prazo para a Fazenda Pública recorrer fica suspenso
durante os períodos de recesso forense, nos termos do artigo 220, parágrafo 4º, do CPC.
Essas prerrogativas visam garantir o respeito ao princípio da ampla defesa e do
contraditório, uma vez que a Fazenda Pública muitas vezes possui grande volume de processos
e pode enfrentar dificuldades para cumprir os prazos estabelecidos, bem como garantir a
segurança jurídica em relação aos processos que envolvem interesses públicos.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
REFERÊNCIAS E INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS.

DONOSO, Denis; JUNIOR, Marco Aurélio Serau. MANUAL DOS RECURSOS


CÍVEIS TEORIA e PRÁTICA. Teoria Geral e Recursos em Espécies. 8º ed. São Paulo: Editora
Juspodivm, 2023;

DIDIER JR, Fredie. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL: O processo


civil nos tribunais, Recursos, ações de competência originária do tribunal e querella nullitatis,
incidentes de competência originária dos tribunais. 13. ed. São Paulo: Editora Juspodivm, 2016;

DONIZETTI, Elpídio. CURSO DIDÁTICO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL.


20. ed. rev., atual. e ampl. – São Paulo: Atlas, 2017;

NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil I. 8. ed.


Rio de Janeiro : Forense ; São Paulo : MÉTODO, 2018.

INDICAÇÃO DE LEITURA.

 DIDIER JR, Fredie. CURSO DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL: O processo


civil nos tribunais, Recursos, ações de competência originária do tribunal e querella nullitatis,
incidentes de competência originária dos tribunais. 13. ed. São Paulo: Editora Juspodivm, 2016;
páginas 87 até 155.

 Lei nº 13.105/2015. Código de Processo Civil. Art. 994 até o Art. 1008;

 Constituição Federal. Art. 102; Art. 105; Art. 108; Art. 125.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
Perguntas e respostas:

A) O que é um Recurso?
B) O que é um Sucedâneo Recursal?
C) O que é uma ação autônoma de impugnação?
D) Qual a diferença entre recurso e sucedâneo recursal?
E) Quais os elementos do recurso cível?
F) O pedido de reconsideração, o reexame necessário e a correição parcial são
recursos?
G) A Impugnação e embargos à execução é considerada recurso?
H) Quais as Classificação dos recursos? E qual a importância para a prática
forense?
I) Quais são os princípios recursas?
J) Quais são os efeitos dos recursos cíveis?
K) O que é recurso adesivo? E o recurso inominado?
L) Quais são os requisitos legais de admissibilidade recursal?
M) E quais são os requisitos para o STF?
N) Como é tratado questão de sucumbência no plano recursal?
O) A fazenda pública pode ser condenada a pagar sucumbência?
P) Quais são as prerrogativas da fazenda no sistema recursal?

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
TEMAS EXTRAS.

SISTEMA RECURSAL CONSTITUCIONAL


O sistema recursal constitucional é composto por recursos que visam proteger a
Constituição Federal e assegurar a aplicação correta de suas normas. Dentre os principais
recursos que compõem esse sistema, destacam-se:
Recurso Extraordinário (RE): trata-se de um recurso dirigido ao Supremo
Tribunal Federal (STF) contra decisões proferidas por tribunais que julgam causas em última
instância. O RE tem por objetivo assegurar a aplicação correta da Constituição Federal e o
respeito às suas normas. Para ser admitido, o recurso deve preencher os requisitos de
admissibilidade previstos na legislação, tais como a demonstração de relevância da questão
constitucional discutida e a observância do prazo legal para sua interposição.
Recurso Especial (REsp): é um recurso dirigido ao Superior Tribunal de Justiça
(STJ) contra decisões proferidas por tribunais que julgam causas em segunda instância. O REsp
tem por objetivo assegurar a correta aplicação das leis federais em vigor, incluindo a
Constituição Federal. Para ser admitido, o recurso deve preencher os requisitos de
admissibilidade previstos na legislação, tais como a demonstração de divergência entre
decisões proferidas por tribunais diferentes e a observância do prazo legal para sua interposição.
Esses recursos são fundamentais para assegurar a aplicação correta da Constituição
Federal e garantir a proteção dos direitos fundamentais e das liberdades públicas previstas na
Carta Magna.

JURISDIÇÃO CONSTITUCIONAL
Jurisdição constitucional é o poder conferido aos tribunais de interpretar a
Constituição e de controlar a conformidade das leis e dos atos normativos com a Constituição,
garantindo a proteção dos direitos fundamentais e o respeito aos princípios constitucionais. É
um importante instrumento para a defesa da ordem constitucional e da democracia, pois permite
que os cidadãos tenham uma proteção mais efetiva contra eventuais violações dos seus direitos
e garantias fundamentais.
A jurisdição constitucional pode ser exercida de diversas formas, como por
exemplo, pela análise de ações diretas de inconstitucionalidade (ADI), ações declaratórias de
constitucionalidade (ADC), mandados de segurança (MS), habeas corpus (HC) e recursos
extraordinários em geral. Esses instrumentos processuais permitem que o controle de
constitucionalidade seja exercido tanto de forma preventiva, antes da edição das leis, quanto de
forma repressiva, quando já editadas.
No Brasil, a jurisdição constitucional é exercida principalmente pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que são os tribunais
responsáveis pela guarda da Constituição Federal.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI): é uma ação proposta perante o STF
que visa declarar a inconstitucionalidade de leis ou atos normativos federais ou estaduais que
contrariem a Constituição Federal. Para ajuizar uma ADI, é necessário que o autor tenha
legitimidade para tanto e que a norma impugnada tenha sido promulgada após a promulgação
da Constituição Federal.
Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC): é uma ação proposta perante
o STF que visa declarar a constitucionalidade de leis ou atos normativos federais ou estaduais
que possam ser objeto de controvérsia judicial. A ADC só pode ser ajuizada por órgão ou
entidade que tenha legitimidade para propor a ADI e desde que a norma impugnada não tenha
sido objeto de ADI.
Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF): é uma ação
proposta perante o STF que visa garantir a observância de preceito fundamental da Constituição
Federal que esteja sendo ameaçado ou violado. A ADPF só pode ser ajuizada por entidade de
classe ou associação que tenha representatividade adequada e desde que não haja outro meio
eficaz para sanar a lesão ou a ameaça de lesão ao preceito fundamental.

Sistema Recursal Constitucional e Jurisdição Constitucional.


O sistema recursal constitucional e a jurisdição constitucional são conceitos
distintos no campo do direito constitucional.
A jurisdição constitucional é um ramo do direito que se dedica à proteção da
Constituição. Ela é exercida por um conjunto de órgãos e instituições que possuem competência
para aplicar e interpretar as normas constitucionais, garantindo a sua efetividade e a supremacia
da Constituição.
O sistema recursal constitucional, por sua vez, é um conjunto de procedimentos
jurídicos que permitem a revisão de decisões proferidas em processos judiciais ou
administrativos com base em alegações de violação de direitos fundamentais previstos na
Constituição. Nesse sistema, os recursos são instrumentos processuais que possibilitam a
análise das decisões por tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o
Superior Tribunal de Justiça (STJ), que têm competência para julgar questões constitucionais.
Dessa forma, a diferença entre os dois conceitos está no foco de atuação: enquanto
a jurisdição constitucional é voltada para a proteção da Constituição em si, o sistema recursal
constitucional é voltado para a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos, garantidos
pela Constituição, por meio da revisão de decisões proferidas em processos judiciais ou
administrativos. Importante ressaltar que ambos os sistemas possuem papel fundamental na
garantia da efetividade da Constituição e na proteção dos direitos fundamentais.
Segue abaixo alguns exemplos de jurisprudência do Sistema recursal
constitucional: RE 574.706: decisão do STF que declarou a inconstitucionalidade da
incidência do ICMS na base de cálculo do PIS e da COFINS, por violar o princípio
constitucional da não cumulatividade.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
Segue abaixo alguns exemplos de jurisprudência de jurisdição constitucional:
ADPF 54: decisão do STF que permitiu a interrupção da gravidez de fetos
anencefálicos, considerando que a criminalização dessa prática violava diversos direitos
fundamentais previstos na Constituição Federal, como a dignidade da pessoa humana, a
liberdade, a autonomia, a saúde, entre outros.
ADI 4.277: decisão do STF que reconheceu a constitucionalidade da Lei de Cotas
(Lei 12.711/2012), que reserva vagas em universidades públicas para estudantes de escolas
públicas e de baixa renda, pessoas com deficiência e autodeclarados pretos, pardos e indígenas.
ADI 6.357: decisão do STF que declarou a inconstitucionalidade de dispositivos
da Lei de Acesso à Informação (Lei 12.527/2011) que permitiam o compartilhamento de
informações protegidas por sigilo fiscal e bancário sem autorização judicial prévia.
MS 32.033: decisão do STF que reconheceu a inconstitucionalidade de ato do
Tribunal de Contas da União que determinou a devolução de recursos públicos recebidos por
um ex-governador do Distrito Federal como pensão vitalícia. A decisão do STF fundamentou-
se no entendimento de que a pensão vitalícia para ex-governadores é inconstitucional por violar
o princípio republicano e o da igualdade.

Perguntas
Q) como funciona o sistema recursal constitucional?
R) explique e diferencie o sistema recursal constitucional da jurisdição
constitucional.
S) dê exemplos de jurisprudência do sistema recursal constitucional.
T) dê exemplos de jurisprudência de jurisdição constitucional.
U) O que é jurisdição constitucional?
V) quais são os requisitos dos recursos cíveis segundo o entendimento do STF?
W) qual o entendimento do STF sobre o cabimento do recurso de agravo de
instrumento, interno e regimental? E quais são seus requisitos?
X) dê exemplos de decisões do STF que esclareçam os requisitos desses recursos.
Y) qual o entendimento do TJRS para apreciar os requisitos de apelação e recurso
adesivo?
Z) cite e explique as teorias sobre o sistema recursal cível.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
ENTENDIMENTO SUMULADO SOBRE RECURSOS.

Existem algumas súmulas e súmulas vinculantes relacionadas aos recursos cíveis.


Abaixo estão algumas delas:
Súmula 182 do STJ: "É cabível o agravo de instrumento contra decisão que não
admite o recurso especial interposto com base na alínea a do permissivo constitucional."
Súmula 289 do STJ: "É admissível ação rescisória no processo de execução."
Súmula 343 do STF: "Não cabe ação rescisória por ofensa a literal disposição de
lei, quando a decisão rescindenda se tiver baseado em texto legal de interpretação controvertida
nos tribunais."
Súmula 428 do STJ: "É cabível a multa do art. 538, parágrafo único, do CPC/1973
(correspondente ao art. 1.026, parágrafo único, do CPC/2015) quando o agravo interno for
manifestamente inadmissível ou improcedente, devendo o valor da multa ser fixado entre 1%
e 10% do valor corrigido da causa, observados os critérios de proporcionalidade e
razoabilidade."
Súmula 568 do STJ: "O relator, monocraticamente e no Superior Tribunal de
Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento dominante
acerca do tema."
Súmula Vinculante 10 do STF: "Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo
97) a decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo
ou em parte."
Súmula Vinculante 21 do STF: "É inconstitucional a exigência de depósito prévio
como requisito de admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade
de crédito tributário."
Súmula 163 do STJ: "Não se admite recurso extraordinário contra decisão proferida
com base em súmula de tribunal local".
Súmula 640 do STJ: "É incabível o agravo regimental no âmbito dos recursos
especiais e extraordinários dirigidos aos tribunais superiores, sendo admissível apenas na
hipótese de inadmissão daqueles".
Súmula 343 do STF: "Não cabe recurso extraordinário contra decisão que defere
medida liminar".
Enunciado 122 do Fórum Permanente de Processualistas Civis (FPPC): "O recurso
de apelação será processado nos moldes do art. 1.009 e seguintes do CPC/2015,
independentemente da matéria nele tratada".
Enunciado 248 do Conselho da Justiça Federal (CJF): "Nos embargos infringentes,
os requisitos de admissibilidade do recurso devem ser aferidos com base no acórdão
embargado".
Enunciado 276 do CJF: "É possível o conhecimento e o provimento de recurso,
ainda que apresentado com outra nomenclatura, desde que, em sua essência, revele o desejo de
reforma da decisão impugnada".
Direito Processual Civil II
Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
Enunciado 282 do CJF: "É cabível a interposição de agravo interno contra decisão
proferida pelo relator que nega seguimento a recurso especial ou extraordinário".
Enunciado 359 do CJF: "Ainda que não indicado dispositivo legal ou jurisprudência
no recurso, o relator deve, fundamentadamente, decidir acerca das teses apresentadas".

Perguntas:
A. Qual é o papel do STJ e STF na análise dos recursos cíveis?
B. Qual é a jurisprudência atual do STJ e STF em relação aos requisitos de
admissibilidade dos recursos cíveis?
C. Quais as súmulas e súmulas vinculantes do STJ e STF que tratam sobre recursos
cíveis e quais os seus efeitos práticos?
D. Qual é o entendimento do STJ e STF em relação aos prazos para interposição
de recursos cíveis?
E. Como o STJ e STF tratam questões de sucumbência no plano recursal?
F. Qual é o posicionamento do STJ e STF em relação aos recursos excepcionais,
como o recurso especial e o recurso extraordinário?
G. Qual é o entendimento do STJ e STF em relação ao recurso adesivo?
H. Qual é a diferença entre recurso especial e recurso extraordinário e qual é a sua
importância prática?
I. Como o STJ e STF lidam com questões de repercussão geral e recursos
repetitivos?
J. Como os princípios recursais são aplicados pelo STJ e STF na análise dos
recursos cíveis?
K. Quais são os requisitos para a interposição de um recurso especial ao STJ?
L. Quais são os requisitos para a interposição de um recurso extraordinário ao STF?
M. Qual é a diferença entre recurso especial e recurso extraordinário?
N. O que é a repercussão geral e qual é sua importância na análise de recursos pelo
STF?
O. Como as súmulas do STJ e as súmulas vinculantes do STF podem impactar a
análise dos recursos cíveis?
P. Como é feita a análise dos recursos cíveis pelos tribunais superiores?
Q. O que é a Teoria da Causa Madura e como ela pode ser aplicada na análise de
recursos cíveis?
R. O que é a prequestionamento e qual é sua importância na análise de recursos
cíveis pelos tribunais superiores?
S. Como é tratada a questão da sucumbência nos recursos cíveis analisados pelos
tribunais superiores?

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
O Fórum Permanente de Processualistas civis emitiu diversos enunciados sobre
recursos cíveis, que refletem a interpretação consensual dos seus membros sobre os temas
tratados. Alguns desses enunciados são:

Enunciado nº 1: "Os recursos são instrumentos processuais que visam a


impugnação das decisões judiciais com vistas à sua reforma, invalidação, esclarecimento ou
integração".
Enunciado nº 3: "A admissibilidade recursal pressupõe o cumprimento de requisitos
intrínsecos e extrínsecos, os quais devem ser verificados ex officio pelo órgão ad quem".
Enunciado nº 4: "Os requisitos recursais devem ser interpretados de maneira
sistemática e teleológica, com vistas à garantia do direito de acesso ao Poder Judiciário e à
observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa".
Enunciado nº 8: "O cabimento e o processamento dos recursos devem observar as
regras específicas do Código de Processo Civil e da legislação extravagante, vedado o emprego
de analogia em prejuízo do recorrente".
Enunciado nº 10: "O pedido de reconsideração não é recurso, mas pode ser admitido
excepcionalmente como forma de prequestionamento".
Enunciado nº 11: "O reexame necessário não é recurso, mas pode ser equiparado a
recurso para fins de contagem de prazo em dobro e de concessão de efeito suspensivo ou
devolutivo".
Enunciado nº 21: "A sucumbência recíproca não impede a interposição de recurso
pela parte que teve decisão desfavorável em relação ao pedido principal".

Segue abaixo alguns outros enunciados do FPPC sobre recursos cíveis


provenientes da VIII Jornada de Direito Processual Civil:
Enunciado 3: O prazo recursal somente se inicia em relação àqueles a quem a
decisão foi formalmente comunicada, salvo hipótese de intimação ficta prevista em lei.
Enunciado 4: O recurso interposto antes da publicação da decisão recorrida
somente será conhecido se comprovada a tempestividade a partir da intimação das partes para
ciência da decisão.
Enunciado 5: O recurso interposto pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública
ou pela Fazenda Pública goza de prazo em quádruplo para recorrer e em dobro para responder
ao recurso da parte contrária.
Enunciado 7: O efeito suspensivo de recurso contra decisão que determina a
produção de prova pericial ou a realização de inspeção judicial somente será concedido em
casos excepcionais, nos termos do art. 1.012, § 3º, do CPC.
Enunciado 9: O recurso adesivo deve ser interposto no prazo de 15 (quinze) dias
úteis a contar da intimação da decisão impugnada, ainda que a parte não tenha sido intimada da
apresentação de contrarrazões.

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126
Enunciado 11: O não preenchimento do formulário eletrônico do recurso no sistema
PJe não acarreta o não conhecimento do recurso, desde que a petição recursal apresente os
requisitos essenciais.
Enunciado 15: É cabível a concessão de efeito suspensivo aos embargos à execução
oferecidos com o propósito de discutir a existência, a validade ou a exigibilidade do título
executivo extrajudicial.
Enunciado 18: O recurso de agravo de instrumento interposto na vigência do
CPC/2015 deve observar o procedimento previsto no art. 1.019, I, do CPC.
Enunciado 19: O recurso de agravo interno previsto no art. 1.021 do CPC é cabível
em face de decisão interlocutória proferida em fase de conhecimento ou de execução.
Enunciado 23: O recurso especial deve, necessariamente, indicar o dispositivo legal
objeto de interpretação divergente e, no caso de violação de lei federal, a contrariedade deve
ser explicitada.
Enunciado 29: Em caso de recurso de apelação interposto após a sentença
homologatória de acordo, não há que se falar em aplicação da Súmula 418 do STJ.

Perguntas.
A) Com base no entendimento do FPPC, o que é recurso?
B) Qual os requisitos dos recursos cíveis?
C) Como os requisitos devem ser interpretados?
D) É possível o emprego de analogia?
E) O pedido de reconsideração é uma forma de prequestionamento?
F) O Reexame necessário é recurso?
G) O que é Sucumbência Recíproca? ela impede a interposição de recurso?
H) Quais as características dos recursos cíveis?
I) Quando inicia o Prazo recursal?
J) O recurso interposto antes da publicação da decisão é tempestivo?
K) Quando o recurso adesivo pode ser interposto?
L) O não preenchimento do formulário eletrônico do recurso no sistema PJe
acarreta o não conhecimento do recurso?
M) O recurso de agravo interno somente é cabível em face de decisão interlocutória
de processo de conhecimento?
N) Qual a importância do cumprimento dos requisitos recursais?
O) O que é o juízo de admissibilidade?
P) Quais as consequências da inadmissibilidade recursal?
Q) Quais os efeitos dos recursos cíveis?
R) Qual a diferença entre recurso e ação autônoma de impugnação?
S) O que é súmula vinculante?
T) Qual a diferença entre súmula e súmula vinculante?
U) Qual a importância das súmulas ou das súmulas vinculantes para os recursos
cíveis?

Direito Processual Civil II


Vagner de M. Poerschke
Mestrando em Políticas Públicas.
vagnerpoerschkejus@gmail.com
(55) 991575126

Você também pode gostar