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M'A C

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r . . - -

Pl%BSSDxCRIMINAL MODERNO
PROCESSO CRIlslINAL

TITULO I
Parte geral
-
. .-criminal'
. n'&tas -
mesmas provineias; 5." Processo cri- CAPITULO I
mina1 militar; e -6." Proeesso criminal maritimo.
Veste modo, abragendo a metrópole e colonias, unifi- Divisão do processo, seus actos e comprehensão d'estes
_ quei tanta quanto possivel toda a legislai;b n'um só plam,
e approximei, facilitando a consultay as duas ordens de Tres são as fórmas -typos geraes do processo cri&nal,
admittidas nas nossas leis :-processo ordivaafi de g w e h ,
processo. .a-
p w m correcciorual e processo ae poliíiaac~eccio~aI.
, Bsforcei-me tambem em ser practico, affistendo-me Qualquer d'estas formas consta de tres actos princigaes,:
por isso de discussões que;- se bbas para a refórma das -.&slrucção, acc-ação e julgaa-.
materias de direito no futuro, são descabidas' no .faro, A i n s t ~ ã ocoru~pkta( I ) eomprehende a qzteka primí-
ria, denuncia, ou parlictpação, o corpò de deIecro; a'qw%eàa:
onde o que se pretende saber, é sómente a lei-ou a pra- ou queíxa ful;ldamntada ou requere@nto de.To'arrncq&o,&
ctica de julgar, pouco importando que a lei seja bem ou d p a , o depcho, obrigando o presumido delinqnénte a-
mal feita. responder e a defender-se, a prisão, a paga ou cai@o e
as perguntas.
Ao publico ilhstrado peço desculpa dos erros e faltas, A áccmaçGo-comprehende o Iitello accusaforio(que nas.
que haja n'esta minha producção, elhe rogo queira corrigir -policias correceionaes e processos eorreccionaes se Con-
o p e veja de menos perfeitó, com a indulgencia que teem
sempre os fortes e os generosos, considerando-me sub-
' misso aos seus salutares avisos, que aeataí-ei corno quem (i)Na iwtmqão incompleta n% ba prisiáo, e por santo nao pa
tombem /lança nem perguntas; e em certos processos- em ba.qne-
por si pouco vale. rela, nem despacho, mas apenas um auto de noticia. .
-,
b d 0 com a q k ) e a mtqtaçtlo, que, nas policias; & ai: ou em razão da m e i a , OU em r@a d& p&l
v6rOaImente deduzida na acta da aúd@ncia $o julgamento. Q@- em razão -do meio.
9j d g a m m o coryiprehende a constgtsição do jwy, quando, - Dfisf! á imxmpebAce'a.ém raz* da ma!tePá(~,
,o haja, (41.8 i q t i r i @ o das tesmutdm, os intffl.ogafwiOs, jgiz-não tém csmpetencia para se oceupar-de kra
BS@~~&S, a fm- ds q w @ ~ quando
~, os haja, bem m o nrinal, com qu&o a tenha para outra espedg júrigka.
respostas a-estes, ,e por Em a m l e q u final, Bxandoa res- Dá-se a- i n c o m p W ' a em-razão das pesssods,
"poasapiiidade do aiwa&. a face da Iei penal coiiforme.:~ &@,tendo attribuiçiks para-materia crimin'at,
' f 9 s dados por. provados. &davia, proceder ou julgar, por terem os réos fôr
ou por a querella ou os actos do,proeesso deveremter %n
seguimento n'um o u t juizo. ~
Da:se á inmptencila do meio, quan* a fii&a do pro-
cesso adoptada não corresponde a espeeie crimind fespe-
-ctiva, ou a classe de pessoa que tem de ser jialgada, coma
Competeneia do juim (2) .'no caso .de requerer policia correccional conira. a l p
magistrado judicial, por isso que a.lei não admitbcw&t
espeeie de processo senão o ordiaario de querela..~V,id:
-A lei reeonh-ece -tres especies de incmpetencia 'no jnizo 'port: Mifi. Just. 26 setembro 1883.
Ainda p0de notar uma ciut~aespeeie de i a c o m m a ,
que, gravissima na sua esseneia, da lagar a inteira-na%-
dgde do processo,_não passando jamais em julgado qa*-
(4)- Na iudienéia dwjul amento, se'a qual for a namreza do pro- qaer decjsões proferidas, -nem produzindo estas egeitos
&so, -bem o rêo púde%edwir verkalmente a sua defeza, a qual alguns juridieos, e é ella a kcom@etencia juiz;
deve ser escripta na acta.
(4) Na certificação da -eompetpciapodem dar-se varios conqictos
.entre as auc5idades juhciaes, ou entre as judiciaes e administra-
tivas.
A- a) Os eontlictos de jurisdieção no reino entre os magistrados ii.O 8.*e 43.O n."4." da Nov. Ref. Jud, e art. 78.* aP -1
: do Redm.
judíciaes e irdminist~ivosdevem ser levantados e julgados nos ter-' Lst. das Prov. Ultr. de 20 fev. 1894.
mos dos wit, e seg. dó Reg. do Wi.Adm., approvado por C -Ao Sup. Trib. de Just. tamhem compéte conhecer e julgd@s
de&45 nov 1888, caõendo a estea sq%~isãó. Com relagao h causas confltctos de jurisdicçiio que se levantarem entre ~ s ' t r i b ~ ai$i+
ks
"erhirnaesdispõe-se todavia no aft. 88.0: -rNão~rão leaantados os a r e s do exerciu, ou da armada e os tribunaes orílinarios; s bem
cuntlietas nas causas crirninaes de policia correecional, 'salvo assim prover, nos termos da-lel geral, nos casos de seqteqças ean-
quando a senteop depender de uma questãoprejudicial, euja decisão tradictoriasproferidas pelos tribugaes militares do exercito ou'&
gwteuç2 por rei as auctoridades admin~strativy.N'ese caso os cm- amada, e pelos tribunaes orclinarios -art 32g0 BneWdo C&.-%.
ictos so podem ser levantaaos sobre a queslao pre~udieial-n de 1896.
b).No ultramar a decisão dos contiictos entre as auctoridades ,D- Ao Supremo qonaelho de justiça hilitar compete ,cont~eé~r
jndieiaes e administrativas eabe á Junta $onsulriva do Ultramar, de- dos conflictos que se ievantarem entre as diversas auetortdades ou
vendo o levantamento e julgameutoseguir os bramiJes indicados~nos tribunaes mihtares do exewito e armada; e %emassim-mandax@-
ant. 87.a e seg. do-Regimento da mesma Junta, approvado por dec. ~endera-execução das ,sentenças-coiitradictoriaspassadas em jul+
24 set 1894, em cujo art. 94.O se reproduz a mesma disposição que gado, proferidas G? aqnelles mbunaes - artt. 301.0 n* e 3000
acima se 18 no art. 58.0 do 1;n.c. do Sup. Trib. Adm. n.O fiP do èitado Eodigo.
3 - Com rellrção aos coril111.iostravada entre as auctoridadesju- - E'-No-levantamento e decisão dos conflictos entre anctoridades
Qeiaes das comarcas devemos ter em vista se estas perlencem, ou jndiciaes, quer civis, quer militaras, de~emseguir-se as presúi 6es
não, á mesma Relação. Se pertencem, cabe a esta á ~oiuçãod o çon- d a artt. 777 e seg., 1:OSO: e seg. e i:i7Z.0 do Cod. do RXX.%V.,
.flieto; mas se não pertencem, eabe ao Sup. Trib. Just. essa attribuii:i,i' na parti! applicavel, porque não ba lei eâpecial que rem]&a f6cm
-et. . 4 . O e 4i.O n." 4 . O do Coa. do Proc. Civ. e ;utt.-2u.u
39.O n do processo.
%-se ésta sspecic, quando o iodividuo que insti.a;é-pu O Coàiga de Justi@-Militar de 13 d e &aio de 1W'$k!
jdga @o tem jurisdicção alguma judjciaI, como se um re- Art , 5 0 6 . O --DQ accordãos d o Supremo Conse* de & @I-
ge& de parocbia inskair' ou julgar um qualquer f i r o ~ & ~ ~ ti@ mi,iitar unicamente- cabe recurso:. . . 2.O De .re&&
efiminal, porque, não - tendo .attribuições judiciarias, se nos casos mencionaclòs no ari. 326.' .-
árroga funcções que h e não eompetem absolutamente, p ~ i s Art; 3 S . O - Ao Supremo Tribunal de J U S ~ & ~ ;
não possue parceila se,quer de jurisdicção judiciaria para conhecer e julgar dos recirrsos de- revista intarpos@s,-pm
assim proceder. E, com eff~lto,seria refinado contra- incompetencia da jurisdicção militar, p e l o s ' - c o n d e r z í ~ ~
s@nsopretender validar actos que, na sua essega; consti- nos tribunaes-do -exercito e armada.
tuem è l e m a i t ~ sd'um crime -pmivel pelo art-. 836.O do § C0 O recurso mencionado n'este artigo só p o d d - s & r
Codigo P@-al, e como taes prolnbidos expressamente pela interposto depois que a sentença condemnât~r$ dos tr&
lei naes militares tenha passado em julgado,.
N'este casò estão os-actos dos substitutos dos juizes de - 2." O praso para a interposição do recurso é de tres dias.
'&feito; practicados fora das circumstancias de ausencia, Art..327.O-N30 é pemittido interpbr recurso d e
falta ou impedimento dos proprietarios porque a sua q'aali- em caso algum:
dade de juizes s ó existe durante ellas, sendo ,nas demgis , 1.O Aos militares ou outras pessoas pertencentes .;to
repptados simples particulares. exercito mencionadas nos arti. 292.', 293.@e 294.' #@te
O Direito, 5.' uol., pag. 270, assim o entende tambem, Godigo.. .-
dizendo que não ha sentença- alid da-quando eproferida por A cornpetencià (i) pode respeitar a tres ordeps d e a@:
pessoa-que nâo tem pela lei attribuifles de julgar, porque â m t ~ ~ á que+-ela
o, e aceu.sa@io junctamente com o ju&
a'incmpetmcia do jzck ainda mais que a eizeompetmeia do mento, porque ahi onde se faz a wmqao, ahi deve fazer-se
j?at&o igd- nullidade, pois o juizo é em certos casos pro; o j~lgavnmto,sua consequencia.
rogauel, e o juiz, não. , *
-Sobre a oceasião em que deve ser allegada a excepção
de inconipeíeneia, diz a- Novissima Reforma Judiciaria no
seu art. 843.': - aA nullidade por incompetencia. de juris-
d.icçâo, em razão de pertencer a causa a juizo especial, não Competencia para a instrncção (2)
pode ser allegadâ nem julgada @pois das,sentenças defini-
tivas 'ilas-ReIaçÕes nas causas, e&-que intervier o.Ministerio São~competentespara levantar autos de corpo de'delicm
Publico, se' as partos não oppbzerem antes a txcepçlo, ou
não proteslárem R.
A lei n.O 4 de 19 -de dezembro de 4843, referindo-se (1) Q Sup. ?rib7 Just. em acc. de 30 abril i893 decidiu:.
tambem a este ponto no art. 7.O, diz: - «De todas as sea-' 4.0 Que a competencia provém unicamente da lei,-e deve ser ex-
pressa gara que os iribuoaes não possam declarar-se competentP;sa
tenças proferidas em instancia, ou seja no foro ordina60: -seu arbitrio, nem os litigantes marquem a eompetepèia na eseala dos
ou no especial, excepto no militár, tera logar o recurso de seus interesses;
revista por incumpet~zcia,-spm attenção ao valor ,da causa, -2.0 Que a ci,mpeteAia dos tribunaes para julgamento, dos iitigoi
nem ao lapso do decendio, e n'este caso s6mente.' quando importa urna queqão de ordem publica, e 6 o ponto d e 'pártida e a
base fundamental do exereicio das suás attribuições, e nàá pode 6r-
a sentença não estiver- inteiramente executada,. mar-se em meras inducções que ,possam tirar-3 das leg. - Doi3 -.
Art. 8.O- ~Quãndoo Supremo Tribunal de Justiça julgar juizes a s s e a r a m vencidos. -D. G., da476 de 1893.
Que houve i~zempeteneia,annullara o processo e o juiga'do, - O dec. sobre consulta do Sup. Trib. Adm. de 6 dez. im ~eeklifa,:
e, mandàrd remetter a causa a quem competir o seu conhe- que a Bompetetencia vem da lei, e s6 ela lei póde ser P e s w d a ; w l .
.
Gimento e' decisáo~ anil1li:ida - D. G., n.* 37 & 1883 -\ee. na04:W.
O juizo competente para se procader Bs dllia;enckts' ' .
, . -~

* . ~.
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~ . .
-
42 ,Os juizes de direito art. 83.0da Novissiiba Reforma @wi. 80,direito ~espectieos,a q - stf?
wní a p r e ~ t a r ê o a~
W c i a r i a e art. 5.O do decreto n." de 29 de março d% 'weaç50; Os autos d'estes empregados serás- ac-
W ,embora sejam os offendidos, porque no pFocesso. em juiw at6 prova plena em contrario, e devem ser ?avia&@
&impreparatorio não ha suspeições - Aecordãcr da Re- Qentro de tres dias ao Ministerio' Publico pebs &ca%
de Lisboa d e 25 de junho de 1891-,Gazeta da Relqçáo s@miÇoa -quem serão entregues pelos cantoneiros.-
& Usboa; 5.' anno, n." 48; Sr. Dias Ferreira, Annotações 42.9, 43.'- e 3L.O da lei n.O- 4 de.. 31. de Qezenibrs - 4é
jao art.,898.s da Nqissima Reforma Judiciaria, pag. $46; 4868.
I %O O juiz i q t r u c t o ~de Lisboa, pois- os seus autos de 9:. Os guarda-fios ajuramentados pelos juizes de -&<
'investigação t-êm essa força -art, 8." da lei de 3 de-&ri\ com.mlação a-qualquer mina nu tls.truição @ linkas &k
dé:iâ96-;:- .: , graphicas, practicadas por malevolencia, -deve@o-os, .@s
3.0 Os juizes munici aes -art. 3 . 3 S3.O do decreto ser enviados ao Ministerio Publico dentro-de tres dias &o
C?
n.O 2 ' d e 29 de março e 1890;
4.0 Os juizes de paz-art. 4.O do decreto n.O 1 de 15
chefe da ci~cmscripçáorespectiva -ai%. 80.".do .re&;tila?
m e n b approvado por decreto de L0 de dezembro &e 38%.
d e setembro de 1892; 40.O 00 agentes dos corpos de policia civil' com rapei&
5." 0s capitães de navios mercantes, constitltidos em as transgresslks das postur~ase rleguiamentos mupicipa-,
Conselho de averiguação com o contramestre e o piloto que e As contravepçaes dos regulamentos geraes, de pobia, as
servirá de escrivão-artt. kO,71.O e seguintes do Codigo quaes devem. levantar autos de noticia jurados que, so to-
de MarQha.mercank de 4 de julho de 1864; bem cmio ós cante a estes assumptos. têm fé em jiiizo, emquan,kL&ri*,
rebtores- dos tribunaes maritimos nos-delictos marítimos - . apresentar prova em contrario, e devend~o linísterio m-
a a + -75.O do dito, Codigo; blico accusar por elles -art. 40.O nO . 17." do reguiameB&
'6.O Os ágentes da policia judiciaria militar- art. 430.' - dos corpos de policia civil, approvado por decreto-de 2k
cG@binado com os a~rtt.l!+SO e seguintes do Codigo de Jus- _de dezembro de 1876. ~.

ti* Militar de 1896; 14." 0 s guardas, agentes ou knccionarios da póli& ,&


-7.O Os empregados no serviço da fiscalisação dos caminhos diciaria de Lisboa quanto- a transgressões. OS autos 4wan-
de ferro, quando ajuramentados pelos respectivos juizes d e tados ,por estes funccionarios-só terão fé em juizo>. qa&
direito a quem devem apresentar a sua nomeação. Os seus. quem OS levantar, certificar que presenceoir a ~ t r ~ g c & I @
a d o s seráo acreditados em juizo ate prova plena em con: -:ari. 22.O dõ reg. approvado por &c. de 14 &tbril-48@2
trario quer tenham testemunhas qrkr não, quandor&peitam iS.OQs guardas-móres e inspedores dos Iaza~eW,
á violação dos regulamentos:-Estes empregados devem délictou communs ou trangressões do regrilamento d$ ser;
enviar os seus autos ao Ministerio Publico no praso de tfes nidade maritima de 2 4 janeiro 1897. Os autos quejevap:
dias-aptt. 5.O, 6.O e 5 unico, 17." n.O2.O e 22.O efj ii&fiea tarem, servindo de base ao procedimento crimirnl, &WB
da Lei n.O 2 de 31 de dezembro de 1864, e art. 89.' do ser -en~iadosao juizo criminal rfrspectivo, ,a'.excepção
decreto n.O 7 de i de dezembro de 3892; mencionados no art. 254.O do mqsmo regulameoto~.-
8 . O Os fiscaes e cantoneiros das estradas e emprega'dos 274.O 2.: do regulamento citado:
no serviço da conservac,ão e-policia das estradas, no tocante 13.q Qs commaudantes dos districtos de recmtmmto e-
2 violação dos regulamentos,, quando ajuramentadoe pelos de reserva, cuji.autos a. respeita de refrac~arios-fazemf 4
em juizo, independentemente de prova testemnaM,!de-
vendo,ser enviados ao juiz de direito -art.i4ko 5 3.& .
da
.

)ara o descobrimento á'tm facto reputado criminoso, 6 aqueile o ~ d e


reg. de 6 agosto 1896.
%se facto foi tomrneili h.-Aee. Sup. Trib. Josb. de ã junho de 1894 14.O.0~còmmandantes dos districtós d'e r e c n i t a ~ t o i i 3
-ú?G.;-G 39 de IWti. reserva com relação a reservistas, sendo os -%si:;
conSiderados eoi'gos de delicto, e c o m taes terão fé -& - A qneyela S o m t e sera dada pFante o j ã i d i a +
juizo sem prova testeniunhaf, devendo ser enviados aos de- marca; em que o crime fór ~commtt&, (4) m o R& ;%r
legados em' duplicado -art. 12I.O 55 I .O- e 2.O do reg. de , acbado, excepto nas policias c~reccionaes,que pó& % r
31 dez. 1891, etciete. dada então perante. o juiz municipal respectivo. O réDpr&
:Para a formação dos corpcrs de delicto k cumulativa - a svme-se achado onde 13 preso -ad. 8860 da Novissima
jurisdicção das djfferentes auctoridades judiciaes da co- Reforma Judicia'ria, combina-&:com a art. B0 do ,&G@&J
marca, preferindo em concorrencia a todas -o juizde direito de 29 de klho de 18W, com o art. g 13 do d e & @
&O
-art. 898.O $j unico da Novissima Reforma Judicjaria, n . O 2 de 29 de mreo de 1890, e ar!. 1 . O $ 2.O 'do deerelo
excepto nos c,rimes commettidos por militares, =que, em 1 de 15 de setembro de 1892, e art. 38.' da-decreto
tal caso, a preferencia cabe iqaella que primeiro tomou ' n,O 24- de 16 de maio d e $832. . <

conhecimento do facto-art. 203.0 do citado Codigo de, -Sendo com~ettidoo crime no alb mar, o juiz'eornpe-
Justiça Militar, quando o facto criminoso se tenha dado em mte para tomar a querela é o d o primeiro logar-do -te&.
logar sujeito á disciflna militar -art. 54 .O 5 unico do reg. torio portuguez, em que o navio se demorar-art: m."
approvado por dec. 24 dez. 1896. da Novissima Reforma Judiciaria. Vide Codigo Penal e Dis;
ciplifiar da Marinha mercante de 4 de julho de 4864 -@t.
73." 5 unico, e 64.O
-Se o crime fôr commettido por porrrrgriez em p*.
- estrangeiro, contra a segurança interior ou- exterior do
hompetencia para a querela ,estado, de falsificação de sellos publicas, de moedasprtu-
guezas, papeis de credito publico, ou de.notas de baneo
=o--mpetentes para receber a querela: nacional, de companhias ou de estabelecimentoslegalmente
1O . Os juizes do SupreriTo Tribunal de Justiça como rela- auctorisados para a-emissão das,%wsmas nobas; não tenda
tóres, nos crimes commettidos pebs conselheiros do mesmo sido as criminosos juigadgs n'aquelfe paiz, deve a q m l a
tribunal, pelos juizés das Relações, e pelos magistrad-os do ser dada no ultimo domicilio do-réo, caso não-possa deter-.
MEnísterio Publico juncto dos dictós tribunaes, artt. g 0 . O minar-se a competencia pelo logar em que o réo for-achado:
n.*CI.", -824 .O e 822.O, 763.' e 77 1.O da Novissima Refocma ; E se irão podér determinar-se o domicilio sepá dada3 que-
%.O Os juizes das ReIaçóes e m o relatores, nos 'crímes rela perantè os juizes criminaes de Lisboá que @lgarão-por
-dos iuizes de difeito de i.% instancia' e delegados do %i- .tar-no- 5 d . O e n.@3.0 do art. 1.O da lei de 4 de julbó d e
nistefio Publico juncto d'estes- artt. 43.O, n.@'4.O, 763;O 1867, e art. 862.O da NOV. Ref. Jud.
e 77I.O da Novissima Reforma Judicjaria; --Se o crime .for cornmettido po:r psrtugueí em .paiz
3.O Os juizes de direito nos crimes practicados par-paes- estrangeiro, e o ri30 fòr encontrado no reino, e se o facto-
quer outras pessoas que não sejam militares, excepto se fôr qualificado-tambem criminoso peta lei estrangeira, deve
perderam o fôro; cbmpetindo ao da comarca mais proxima a querela ser dada no juizo de direito da comarca_lmaiis
reeeber a querela contra o juiz da outra comarca, quando proxima do logar do commettirnento @odelisto, precedendo
o erime seja commettido por este fçtra do .esercició de
funcç%s -art. 4228." :i 1." e 2.O da Novissima Reforma
Jndiciaria.
I.@ Os auditores militares nos -crime; -praitiEados poj - \ ( 8 ) O juizo competente para se proceder crim&almente contra
militares que não hajam perdido o fôro - art. 291.O e se- - ut8 delinquente B o do logar em que da declarafio 60 q~eix060,dos,
- guintes, art. 346.O § unico, e artt. 3EiSeee 359.O do Csdigo depoimentos das testemiii~llase dos vestigios se v12 que oprime
W@inettido, embora-o .:ii~iididofosse achado em oufrologas- h,
dè Justiv Militar de 1896. Rel. Lisboa de 6 nov. 48;;-Aev. Leg., .mo4% i 0 . O vd. . . -.,
requisição do- Ministerio Publico com audiencia do juiz res- &q-Justiça, e magistmdos do Ministerio Publico-jun$o d ' e s t ~
pectivo, e sob consulta affirmativa do Supremo Tribunal de tribunal;
Justiça - $ 4.O e n.O '.4 da lei de 1 de julho de 4867, e i< %.O DOS juizes das Relações e magistrados &o ~inister:o
art. 863.O da Nov. Ref. Jud. Priqlico junéto d'elias;
-Se a querela fôr dada em dois juizes diversos, prefere L '3.O Dos bispos, {I). arcebispos & patriarchas ubramari-
s p e l l s em qne primeiro se tamar d'ella conhecimento, o nos,~aindaQue sejam só titulares, com tanto que e x e ~ a h
que se regulara, não pelo auto de qaerela que hoje já n5o jurisdicção- artb 17.P $ 1.O, 20." é 2d.0 do decretqWq3
ha, mas pela data cta recepção da quereIa pelo juiz, devendo força d e lei de 27 de dezembro de 1852;
ser remettidos ao juiz preferente ~ O ~ O S ~papeis
OS e infor- 4.0 Dos governadores geraes das'provincias ultramarinq,
mações gue haja no outro juizo- art. 888.' da Nox. Bef. quando syndicados -artt. 23.8 e 13." do citado decreto 8 e
Jud., e ar$. 15.O do decreto na0 1 de 15 de setembro de 27 de dezembro de 1852;
1893, combinados. 5.O Dos empregados no corpa. diplomjitico -art; 3 51':O.
.5- ' 2 da
~ C. Const.
C - Compete ds.Relações receber a accusação, e fazer-o
julgamento dos juizes de direito de 1." ~nstanciae dós
-Competenciapara a accnsagão e jdgamehto

A - A eamara dos pares tem competencia para ~ e c e b e r


-
agentes do Ministerio Publico juncto d'elles.
D E p especiat A Relação de Lisboa comp-e receber
á acc'ilsqão, e fazer o julgamento :
- .

a accusaç30, e fazer o julgamento dos Membros dá Familia - -1.'. Dos juizes de 1." instancia e delegadoido prokuiador
Eeal, (1) pares do reino, deputados, ministros de Estado da--corda das comarcas do ultramar, quanda syndicados .-
~ c w e l h e i r o sde' Estado -art. 4.1.' da C. Const. e art., art. 24.' do decreto de 27 dé dezembro de 1852;
4:OPfi.O da Nov, Ref. Juct, ainda que militares-art. 379.O 2." Dos~juizesde 1." instancia e delegados de Cabo-Verde
d o Cod. de Just. Mililar de i896, art. 138.O do reg. d'esie e Guine, em qualqaer cxso - artt. 5.' e 6 . 3 u1.6~0,è 6:p
Cod., approvado por dec. 24 dez1 1896, comquanto seja do regim. de Justiça d e 1894;
da'privativa attribuição da eamara dos deputados decretar 4." Dos secretarios doa governos do ultramar, - qGandu
que 'tem logar a accusação contra os ministros de Estado syndicados -artt. 1.O e 2 4 . q o decreto de 23 d e dezembro
e_c3~iselheirosde Estado -art., 37:O da C. Const. de 1852; bem corno. dos governadorès subalternos ds F-
3- Compete ao-Suprem? ~rifjunalde Justiça receber a @amar, quando syndicados -artt. 1.0e 24.O d'este mesmo.
aecusação e fazer o julgamento: ,
,
decreto citado;
1i0 Dos juizes conselheiros do mesmo Supremo ~ribuial 4." Dos escrivães 'e- thesuureiios das juntas dèlfazen&-
da ultramar, quando syndicados-- artt. i.', 1%' e 24: do
. --
Citado decreto de 27 de &zembro de 1852. .,,

E -Compete aos juizes de direito receber aáccusagão,


(!) A lei I l abril 1845 reploc o direi? heredita~iodos ares e -fazer o julgamento dos juizes municipses e seus sub-$e--
as Eabilita@es para a soa admssao.-A lei 3 maio 1878 eatí,!.llreu legados, dos juizes de paz, e de todas as mais pessoás não'
as categorias para a nomeação dos pares.- O reg. 3 ]an. 1 b d d 2
Camara dos Pares regulou a lei do ariato. - A lei de 24 julho ia%:;
appnivou a organisação eleitoral f a parte electiv? da aamFn dos
pares, em consequencia do Acta Add. do mesmo dia instituir pares
electivos, sendo modificada depois elo dec. 2O fev. 1890. (1) O patriawha de Lisboa, os bispos e areebispos do eonJiynp
-Veio afinal o. dec. oom forp e!t lei de % se*. 1895, convertido do reino são pares vital~cioslogo que sejam elevados a estas digni-
na &i-de 3 abril 1896, que acabbu e m o pariato e1ectivo.-Yid. da& -dec 30 abril 18%, art. 6.O 5 9.0 do Acta Add. de 24 juthe
CoU. de Leis de Sr. dr. Lopes Praça, tom. %.O 4885, e lei de 3 maio 1878, art. 3.0
2 VOL,I
COmprehendidas nas clasies anteriormente mencionadas, - Vidade do serviço, ou-é~tivereqem alguma; k@missão .de
nerh na. categoria dos militares, exceptò q6s casos em qw &riiço qne as leis e regulamentos lhes-irremnbem:
estes perdem o fôro-art. 83." da Nov. Ref. Jud., e art. *a 4 .O Os officiaes e $-ças de-pret, combatentes -ou 'n$@
5."0 ,decreto n." 2 de 49 de março de 1890, bem comu -combatentes;
-o art. i:1X30.~; competindo ao da comarca mais proxima a 2.o 0s 0fficia.e~e pqças de pret, combatentes a u p W
a&usação e julgamento dos crimes cornmettidos pela rarfiwi a- mbatentes, ein serviço nas guardas mqnicipaes e üá
-doshahtantes da'wmarca- art.-k271 .O da Rov. Ref.- Jnd. < guarda fiscal.; ,
F - Compete aosjuizes munieipaes receber a accusação, 3.O Os officiaes em serviço na policia $vik de Li&32
e fazer o jujpamento, emjolieia correceional, de-todas as . 4.' Todós os militares,e pessoas pertendnqsao exe~cifa;
péssoas náo.mençionadas, comrespeito-a crimes e GO-ra- ás guardas rnunicipaes ou guarda fiscal que estiverem como
uenções. t a s , nos hospitab civis-oú militares; em d g u m asyio,~@~
I)-Compete, aos juizes de paz e ao~juizinstructor de litar; em disponibilidade on licenciados ,tempDrariamen%~ ;
Lisboa julgar as cont~avenl;ãese transgressões de posturas &tidos em cadeias, presidios, estabelecimeatos peaitegcia-
-art. '&.o dò -decreto n." 'i de i 5 de setembrcl de 1 8 9 2 3 @s ou correccionaes, ou conduzjdos sob custodia,daf&ga
.artt.
.
3 1 . O e 3 2 . O da lei de 3 de abril de 4896. publica; em inactividade temporaria por -
castigo;~ ~ .

H-Compete aos auditores militares receber a accusaçã.0 - ã.O,Os prisioneiros de guerra-;


nos mimes militarés, comqiianto o julgamento pertença aos &O Os reservistas,-durante o tempo que estiverem e&
conselhos de guerra. serviço, ou nas revistas e rèuniões-de instrucção;~
Têm foro militar (1) emquanto permanecerem na effecti- 7 . 9 s emigrados que estiverem sujeitos a auctoridad~.
-
militar. ~

. .

-Tambem têm Foro militar, mas unicaiente pelos >criiks


previstos no Codigo M~litar:
11) Pdecretó do Ministerio da ~azendade 30 de julho de 3896. 3 .P Os militares reformadps q- não estiverem desempe-
iietermina que.a comparencia d e pessoal da guarda fiscal, T e r n b n d o algnm serdço militar;
aptivo, qiwr reformado, nos tribunaes judtciaes civis, seja mal for-o 2.' Os militares empregados em cbmmissões não a e p m -
moti-vo, deve-ser réviamente requisitada pelos magistrados judtèiaes 'dentes do Ministerio Ila Guerra,'quando *%içam-pa@e
-&.auetoridade m & a superiof da localidade, -pertencente á guarda. das-guardas. munieipaes ou .da guarda fiscal ou da- palieia-
fiscal,-a quem o militar estiver subwdinado, indicando-se nas regui-
si -es o fim para que solicitam p comparencia; e quand.0 esta mv?Rer d vij' .de Lisboa;
j&amento criminal, deve motivar-se a applicago do f6m civil. = 3.O Os militares liceiiciados -nas 'reservas, qùando nãa :
- -Os juizes devem dirigir á auet~idadesuperi- militar as~suas estivy-em em serviça ou nas revistas e reunjões de-inr;tp.
requisições, a h d:aquella determinar aos seus subordina$s~_que Cçáo; ;.
se apfesentem nos tribunaes civis como téstemnnhas-portaria r@.
&e 8 de março de 18U, que explica o art. '13.0 do peg; do. Min. Pnbl. ; 4.' Os mijitares que estivkremna in&li~dad&teni~o~&
de 45 4e diembro.de 1835. por causa differente da menciònada no n.O~4.O da chsi@
- .- O ari, 173.0 da Ordenança geral da armada, a Provada par de- cação anterior a esta; e~ .
creto de I d è i n r r ~ ode 1896, diz : "Xenhum miliiar Ba arma@ podeki - 5 . O Os &pregados, ~perafiose trabalhadores, dos ar&-:
accgitax intimações judiciaes, excepto as que lhe digam re~eim-como
eontribuinie, sem que páFa isso seja,auctorisado pelo seu immediato naes,, fabricas, depositos e secretarias militares, os-quaks
superior depois de reqtiisitadó devidam~te~l. @dos s6 respondem nos- 4ribunaes militares pelos c e e s :
-0 4 2.0do art. 4.0 do mg. da olicia judiciaria- e preventiva de comrnettidosm serviço ou em razão do serviço.+rtt. 299:
Liiboa, approvâh p o dec. ~ de 42 a % d 1894, diz: aNenhiMfunccio- a 294.O do- Godigo Militar &e 4896.
na& policial poderá ser intimado para q-lquer acto puhlieo; de-
vendo o seu compareeimeuto, quando necessario; ser regüisisitado ao Tambern têm foro reili tar os degredados no cago do
j'es@ctivo chefe da repartiçãon. &I art.. -35.O do decreto de- 27 de dezembro de 4%);-se-.
t ê m assentamento de praça, ou.estão incorporados em de-
posito -Portaria do nlinisterio da Marinha de 27- de agosto
de 1884.
Perdem o f&o militar:
'#.O, Os desertares pelos crines c o m u n s commettidos-
dkante a deserção;
2.O Os militares. co-participantes em crimes comwuiisS
Eom'individuos sujeitos aos tribunaes ordinarios; mas se os
crimes forem previstosLepunidos pelo Codigo Militar;. devem
os militares-respander no fiiro militar, e os civis nos tribu-
naes commuas ; mais actos e diligencias necessarias para a instrucção do8 respectivos
recessos. (Em virtude do art. 1.O de decreto de 11 de fevereiro de
3." Os mi4itares por crimes de contrabando e dascaminho
-artt. 295.O Sdunico, 323.O e $ unico, 491.O, 6 . O 9 4.O, f~ as diaposi ões l e s t e numero não são applicaveis hosírimede.
%?&o de 1 i h e R e de imprensa).
e 34.8.' $ 2.P do Codigo Militar de 4896. 4 . O Prender os cul;pados, tanto em flagrante delictqc~rno ws&&s
em. que não se exija prévia forma ã4 de culpa, e ainda aquellg
Ieontra que se Ihe apresentar manda6os assipados por auctoridabe
-gmpetente. ,
- Art. 27.O -Ao juiz de instruc@a compete :
, - , '2.". Mandar lavrar auto de todas as diltgencias e mais termos de-
aig;eados no no3.O do art. 25.0, salvo se as conveniencias do seiSyip,
sm prejuizo do descobrimento da verdade, não o permittirem porane
p'este caso f q 5 sómente participação ao juiz do crime; . .
- -3.- Ordenar a prisão, captura ou detenqão des indwiduos a qlre
k referem o s artigos anteriores e nos easos n'elle designados : - -
; 4 . O Soltar os preooq e detidos quandq pela investi::i~;:io, se mos-
Para os ac@s de instrucção não ha ferias -art; I4:oTdo
- rráf que 11% <Tio riilpados, e nos casos em'que pão pqier-liaver pro--
deireto n.O i de I5 de setembro de 1892, art: 10.' 5 5" "'6edhento sem queixa ou denuncia on accpsação do o k & % .&-
e u s parentes, e elles não o fizerem; . . - .
da lei de 18-de julho de I855 e art. 919.' da Novissima, 5.0 Tomar todas provideileias e empregar todos o s meios, remisi-
Reformx Judjciaria, sendo validos os corpos de-delicto feitpS ' W o força rqiiitar, sendo necessario, para manter a suaauctoriüade
de noite ou em dias sanetificada Acerca da znstmqãa e m ' e prevenir a perpetrapo de-qualquer crime ou delictp. ( t j
Lisb~aveja-se a Reforma dQs serviços policiaes de Lisboa, -,.Art. 28: - O juiz instructor poderi l a ~ b e mordenar a deten&;r
-: 1 . 9 s presumidos delinquentes, quando haja receio funda* de
appmvada por lei de 3 de abril de IW6. (I) wé elles se evadam, ou quando convenha que estejam incomrnuni;
, . c a ~ e ;k
- .
;-,2.0-D'aquelle possa ésclarecer a instruqZo criminal, gpaniid
, , .&&e reste voluntariamente a auxiliar a policia,^ s pós mais caso&
(i) A lei de 3 de abra de 1896, estabelecendo a reforma dos ser- 'designa%OS' no numero antecedente.
viços goliciaes de Lisboa em approvação do decreto d e $8de agosto - '8 : k A detenção não pófle prolongar-se por mais de Mto mas,
,de 1893, com algumas modifiea~ões,d ~ z ; s â h ~ s f21re inàispeasavel absolutamente a prolon$açiio d'este praso,
-
Ar€. ~ S P Compete a repartição da policia de investigação : . . o qpe o juiz determinar$ pòr despacho fundaasentad@; - .
2.0 Receber todas as queixas, d e m c i a s cparticipações que lhe 5 9 . 9 que fica determinado no § anterior 6 appticavel a i n d - :
forem feitas, de crimes, delictos e-~ontravençóes; \.
3.0 Yrbceder a todas aS investigações e diligencias neeessarias
para o descobtiment6 e verificação de todos os crimes, deliet* e <I)-Nenhuma captura póde ser ordenada ou executada nos casos dos n.? f.0
contravenções, de que por qualquer fárma tiver conltecimento, in- e.%.@sem que préuiamente ae levante Com todas as formalidades 1egass.m apto;.
terrogando os culpados, inquirindo testemunbás, procedendo-a sxa- o ~ a constem
l especificadamente'os motivos e dil~geneiasou iuqui- que
jnstifiquear o exercício das fatuidades a que se referem os memos neeiós-
mes, fazendo apprehensões nos termos da lei eipracticando todos0s art. do decreto de 1I de fevereiro de 1897.
Todem denunciar os crimes publicos tod& as pessoas- SBP f&ta a o juiz de direito ou agente do Ministerio,Pcd;l1im
que os.presenciarem, ou d'ell'e tenham noticia. dà @marca onde o crime foi 'eommettido, ou ao juiz deFEaz
Os' crimes particulares- s6 podem ser denunciádos pelos L
do respectivo districto.
effendidos ou pelas pessoas que d'elles podem quer-elar, Havendo na comarca algum juiz .mnicipai, pode tâmbem
re-quereqdo o competente procedimento; ,denunciar-se- a este o facto, assim como 'ao suhdebgàdõ
A denuncia deve indicar todas as circumstancias do crime, .j,$icto,. d'elle, quándo haia si@ commettido no respectko
-e-os nomes, moradas é mesteres das testemunhas, e-pMe- julgado.
Q,peixa- Qtuiza:6-a participação d'um crime feita .por
.pessoa offendida a auctoridade competente. AS- queixw ,e
-dènuncias feitas ao Ministerio Publico ,devem sel-o sempre
municabilidade dos detidos, sendo, porém, o praso d'ella, de quarenta por escripto com a assignatura reeonhet5da; as feitas-as
e oitó hor%- j 6 z podem áel-o verbalmente, devendo -te q n a a l - a s re-
i Art. 29.e-Os auks lavrados nos termo3 do n." 2." do art. $ 7 0
terão a força de corpo-de nl.sli~.tg,e n'elles poderão inquiririse teste- duzir a aut~o-art. 892.0 da Novissima Reforma JkigiCiafIa.
munhas sem numero lirnitadu. - Em Lisboa podem ser feitas as queixas e d'enunci- %
- 5 4."Estes antos serão remettidos ao respectivo juiz criminal com repartição de policia de investigaçáo- art. 2 5 ~ - ~ . ~ 26. O
os culpados quando detidos, podendeainda o juiz inquirir p é s q u e r lei de 3 de abril de 1896; a qual é dirigida pelo juiz d2
testemunhas, e procenl..~a quaesqaer exames e diligencias que julgue
meessarias ou que o @nisterio Publico promova. ffistrucção criminal.
5.2.0 O prasp designado no art. 988.0 da Novissinia Reforma Judi- 'Participagão -Partic@agão é o conhecimento que se
cianà comepra, a correr desde que os culpados forem entregues ao - ,
dá ao Miriisterio Publico, dos factos cri~~iinosos,
em virtude
jniz'c~iminal. - 'de obrigação official, imposta ao-respeeti- cargo. '1 ,
-ao- 5p a instructor
Os juizes do mime poderão em oficio precatorio requigitar
quaesquer investigações ou actos da sua eonqe- - 'Os governadores civis e administradores dé co.melho-(4)
Lencia, que 90 a policia possa fazer.
~ ,,Art. 30."-Feitos os exames a que O. juiz instructor presidir, Se os
peritos declararem não poderem logo fazer o seu relatorio por de-
mandarem minucioso estudo as respostas aos quesitos que lhe forem
propostos, poderti coneeder;se-ihes um praso rasoavel para o fazerem. ,ii)A portaria do ùninisterio do Reino c ~ c & r de 23 de aububra,
- -.5 yico. N'este caso seri o relatorio, escripto por um e assiguado. de 188%recommenda muito positivamente aos administradores-dos
por-todos os peritos, junto aos autos ou remettido ao competente encelhod que devem levantar autos & tinuestigqão-dos factos ~I'iwi-
juiz criminal, depois de rubricado @o juiz e pelo escrivão no acts- poms e envial-os ao Ministerio Pubiico. Es&S autos devem coqter :
da,apresentaçãD,.de que se lavlará termo.
- -,iSe Narraqão minuciósa dos factos e tircumstaneias; . - c
2 . O Inquirição de todas as testenlunhas que possam'3er 8ellefes
-&t. 33: -0%autos de investigação criminal, antes de remettidcs
para o juiz do clnme, serão contados segundo-a tabella dos emolu- conhecimento;
mentos e salarios em vigor nos juizos -de direito; para serempagos >;3? As declarações que devem ser tomadas aos queixosos e MS
por quem deuer as custas. delinquentes presos, as quaes convém toniar sem demora, para pre-
§ i? O juiz arbitrará-por despacho a quantia que ba de enwar ,veneniir as e~asivasque a reflexão póde sulgerir; ~ . . ,
em regra de custas, como indemnina~ãoa que os cuip@os 8eam kvOs a w de busca e de apptehensão; ~ , ,- -a

obrigados pelas despezas extra-judiciaes feitas com a instrucção. Ei.* Os dofiamentos que s e obtenham;
$ 30 A indemnisação a que se refere u 5 antecedente, quaõa 6P A- infopnqão ou relatorio, onde se dê razáõ do proced.imenli,
paga, entrará nos cotes do estado.como receita eventual, ese façam as indicaqões attengiveis ao descobrimento da ver@&. -
Art. 34.0 metade^ das custas dos p,roc&os pertence ao estado, Os commissafios policia está0 no mesmo caso dos adminrska;
e a parte restante aos respectivos funcitionarios policiaes. h r e s doéoncetho-art. 35.0 n." 9.0 e $.o do Regulamenta d@/coipos
. .
$+-ice. Servir% de contador do juizo de instrucção 6-spectivo & policia civil de 2d de dezembro 1876.
escnvaQ: Com esta doukina estão de aeeordo os n.o"-$ 28.0 e%.' do
Ar%.36.0-A instrucção criminal e todo o serviço de policia de a-*.$78.0do Codigo Administrativo de 1896.Bs:ste.Codiqono artAZ8.*
ilivee&ga@o, com exeeppão dos julgamentos, são eonfidenciaes e ao29.O auetorisa-ss admmtsrradores a dar bnscas ppcder_a ?p-
8ecretos. -pFbhensàes e mais dujgencias necessarias para a in,ve%tiga~:~@ .,
devem participar ao'~inisteri0Publico todos os crimes de ) ~ h s t aclassificaç%odo crime, por não accusar,-bem disti!:
que tenham conheciment'o, enviando-lhe junctamente Was 'ctrwiente todos os elementos constitutívos"desipn~d~siiq
as informações e documentos que possam servir de prova, :I&,penal para serem devidamente incriminados. os'faci~s,
pondo a disposição do juiz os presos que acompanhem :,%&o o processo deve vir .a terra-por nullidade i n s a j v i ,
aquelles papeis -art, 894.O da Novissima reforma^ dudil se.@ embargo da confissão espoqagea'feita pelo deijnquwte,
ciaria, e art. 278.O n.OS 2 6 . O e 28.O do %digo Administra- C-Dois S ~ OOS 'fins da formação do corpo de defieto:
d e 1896; e bem assim as faltas ou irregularidades que constatar a existencia real'e material, d o crime, e apurar a.
d h motivo a imposição de penas da competencia dos tri- 'rèsponsabilidade do delinquente, fazendo20 conhecido; (i)
b~naes,.a fim de promwer o devido procedimentó- art. Em còtisequencia - d'isto devem os luizes- verificar vi.'
'414." do citado Codigo Admidistrativo de 4896. ,exames e declarações testemunhaes tados'os vestigios'a
Em Lisboa as parlicipações podem tambem ser dirigidas -provas raateriaes da m~temiado facto criminoso, e reColHer
ai3 juiz de instruc~ãocriminal -art. 25.O n.O %.O dalei dé todos os in,dzfios que possam demonstrar a responsabil@de,
3'de abril de 18%. de quem o commetteu. - ' - 3

Qualquer auctaridade que no exercicio de funcçÕes des- '<.- D -4ór mais escrupulos que haja, não são nunca deina-
cobrir algum crime publico, deve egualmente communical-o Gados os trabalhos que se tenham, n a investigaçb dos
ao Ministerio Publicq-excepto em Lisboa, onde as partici- pontos mencionados, porque da errada direcção .da
pações se podem tambem fazer ao juiz de instrucção; de- kytruqão @de resultar a illaqueação d'um innocenb Das
vendo o Supremo Tribunal de Justiça e as Relações fazel-as malhas apertadas $urna accusação baseada em .prevençóeS
&os respectivps agentes do Ministerio -Publica -arf. 89ã.@ e suspeitas erguidas a altura de provas, quando nãopássarn
da Novissima Reforma Judiciaria. de meras circumstancias sem ligacão inteira com o crime,
e &e q p a r m i a s enganadoras contra que deve estar sempre
prevenido o magistrado; ou eritão pbde deixar-se escapar
9 verdadeiro criminosò, que, pela sua aüdacia, presença,de
'sspirito, infiuencia, ou cynis-mo, -ou falsas lagrimas, ou
Dos corpos de adicto (i) indignação agectada, ou habikdade em fingir sentime-tos,
igteresses ou sinceridade, sabe afastar d e si a suspeita
- .é
-
A 0 Wnistwio Publico logo que receba as communi- h .culpabilidade.
cações -feridas anteriormeutep devera requerer ao juiz c,-Wa timidez, o pouco desembaraço, o d e s o n c e r t ~ ~ d e
juncto de que serve, o competente corpo de delicto, sendo re5postas ou a inhabilidade natural podem compromet.@r
cumulativa a jurisdicção dás differentes auctorida& judi- Um cidadão honrado, incapaz de practicar uma maldadei-.
-ciaes da comarca para a sua formação. faiabem certo que o sangue frioia grande practica do cri*, . -
B -O corpo de delicto é a 'base de todo o procedimentò
cfimínal, e sem elle, ou não sendo sufficiente para a regular-
:'-(i) Havendo duvida sobre a possoa do euipado, deve proee-r-s~
a5 seu reconhecimento por testemtuihas, a quem s e r a a p r e ~ e n ~ h
factos criminosos, uardando formalidades iguaes ás prescripfas para- ciom oiitros individuos, para que d'entre elles se faça a verüicaçle
as iuc$oridadesju%ciaes, e as p a e s se encontram nos artL914.0 e da identidade, lavrando-se auto. O reconhecimento far-se-ha separa-
seg. da Novissima Reforma Jndiciaria. 1I:iinente por cada testemunha. Se o delinquente contestar a sriaj~.ii-
(i) Sendo muito deficiente a Nov. Ref. Jud. ácerm d'esia materia,: il\lade perante as testemunhas, far-se-ha mencionar com-ex&~E.'~li
e mostrando-se bem desenvolvido sohre~eliao Reg. do Cod. Mil., ap- .- observaçaes e explicações que se dérem de arte a parte^-- ri&
provado por &c. de 24 dez. f896,.chammos para eiie a atten$% dos- :.: 1.. e .onico da Nm. Ref., e wit. 108: e &?do Reg. do Coa
magistrados. de 1896.
é- o estudo das formalidades do-direito e;'mais que &o, $ar sempre, mesmo de si proprio; mas qnando Se fizer I&
dominio a ~ ~ e n t u d'uma
a d ~ consciencia indifferente sobre sl plena no seú èspirito, deve camiahar direito e ferirpeom--.
mesma podem; bem por vezes, desviar a attençáo da justga ptamente se'm compaixão, ou semear,.Com mãò larga, f6dm
de sobre o verdadeiro culpado. -E sempre prudente toda os beneficias da lei.
a resrva 'dojúiz, não se deixan-do arrastar pelas faisas - E -Osmpos de ddicto podemser de facto pd&
apgarencias. O facto d'um homem estar juncto &um ca- ou de facto áançeuate, tendo o caracter de processoin,@-
daver- não e prova para ser inculpd.0, ainda que tenha tigaborio, e constituiada tambem actualmente op~.epcar&\~ia,
sangue nas mãos ou roupa, porque, em vez de ter aggre- a&maioria dos casos. I i

dido, pbde bem ter tentado soccorrer o ferido. Os primeiros são feitos por exames; os segundos por
g, pois,,preciso grande reaato em se fazer a iostru&áo
completa, devendo apljroximar, quanto p o s s i ~ e ltodos os Cod. Mil. de 1896. .,
-
testemunhas, .confissões e documentos art. 109.' do Reg.
,

factos, ainda os que pareçam mais insignifica%tes, fazendo Quem, pois, proceder a corpo de delicto direct~de&
,d'ellès menção no auto, porque-só assim pode chegar-seda
resultado hmanamenle satisfactorio, e capaz de gerar
mmiusões logicas na imposic;ão da responsabilidade final.
~erificaro facto material por meio de exames, a fim de
reconhecer a existencia real do delicto; fixar o momenta
da perpetração; observar os meios com o auxilio dos quaes
Os magistrados~não devem cançar-se-de verificarem os foi perpetrado, e os effeitos materiaes que d'elle se deriva-
factos m a t e r i a - e de apurarem as referencias; sendo que ram; e finalmente reconhecer por déscripçáo o estado do
a sua precipitação em actos d'esta ordem póde.trazer dis- lopar, não deixando de examinar a posiçáo dos moveis,.-o
sabores tardios a sua consciencia. Não devem ilunéa deixar estado d'estes, se iateiros ou quebrados,' e os signaes ou
de ter bem presentes as qualidades pessoaes dos depoentes, inipressões.relativas ao crime, e todas as mais circumstan-
as rekções'que estes tivessem com os offendidos e offen- ci-as eonstitutivas e necessarias do facto principal.
sores, as i m e n c i a s ou inove1 a que podessem obedecer, Em seguida-deve tomar dedarações verbâes.e smmar,ias
a sua lealdade e franqúeza, a sua honradez sufficientemente aos circumstantes, criados, domes-eos QU obras pes-as que
wmprovada,~osseus costumes, o s seus interesses, as suas .vei.osimilmente possam dar noticia; (1) procedér ab i&erro-
paixões, a sua timidez em se malquistarem, a sua-acRmonia, . -

cw desejos de duleíficar factos repugnantes, a sua hlta de


@aralidade em depar, ou, então, a sua coragem e lisara
-etc. ; porque tudw isto, bem m b i n a d o , pS&? dar luz, aos (i) Ó art. 908.0 da Nov. Ref. cuido que deve entenhr-se em I%=-
formidade dos artt. 961.0 a 968.0 e 949: § 1.0, iair o Reg. do God
processos, e pôr a claró-as-intenções, assim como, mal 3&11. de 4896, interpretando o arr. 908.0 citado, rspõe no art,85!.5
esadas estas circqstarlcias, podem tecer uma instr~icção -~Xãópoderãoser inquiridas como testemunhas no processo @iW?
falsa uim fios só apparentmente solidos, iodo-se ferir u m ~
c 1.0 Os alienados; -?.a Os menores de l b annos: -%",Os ascen-
líomem de bem~euma conseiencia limpidissima. Lembrem-se déntes, descendentes, irmãos, a h s no mesmo grau e marido
-1her de alguma ,das gartes; - 4.0 9s que derem p?fti&piprií;íao,$
o-s-magistrados que as suas armas devem ser as do bem,* crime, quando esta nao seja delerminada pelo cumprimento de um
e as paixões dos homens podem desvial-os do caminho da :dever militar, e os maridos ou mulheres $estes;-5.O Os qneixosos;
'verdade, fazendo-os cahir em erros deploraveis para o cre: -.+6.O Aquelle que vier a Juizo para dq&rvoiuntariamente sém-pr&
dito da magistratura, e para os desgryados que Ihes caiam .cedeneia
,.. de intimação judicial; - 7.0 O escrivão2do ~ r o e e s s o " ~ . ~
mterprete;-8.0 O condemnado a suspensão do exercicio de todos
aa armadilha. N'estes casos a prudencia d o magistrado, os os direitos politicos; - 9.0 O réo a respeito do co-réo.
)%us instinctos de homem de bem, e o seu estudo,aprofun- - -- bico. Igualmente não podem ser testemunhas apuelles sue
dãdò dos homens e das cousas e que podem conseguir des- ,*bando-se presos, tiveremde depbr a favor ou wntra eompanbirof
vendar os mysteri_os d'uma intenção, ou surprehender a prisão, salva havendo sido nomeadps anenormente ao > z t.0dc
:serem presos ou sobre c a i e s cornmertidos na prisão. - ,-

malicia d'nma accusação infame. O magistrado deva d~?sco@., $*P: Nb obstante as disposições d'este artigo, pocfer+'$ris€ai
- s
gaiorio do presumido delinqùente, s e estiver preshte; ap- sultaao Serimeuto, contusão ou fractura, deverá proceder-se
prehender todas as armas e instrumentos que serviram ao a-exame de sanidade na pessoa do offendido, sendo possi-, '

crime, ou estavam destinados a elle, e'bern assim -todos os -vel, antes de ser o r60 sentenciado a finaln. -
objectos que foram deixados pelos delinquentes no logar do -5 .unico; Tenda-se faltado idita solemnidade semser por
ddicto, ou quaesquer, outros que possam servir para o impossibilidade provada no processo, devergo os juizes su- ,

descobrimento da verdade, estando n'este caso quaesquer periores <mandal-a supprir sém voltar o processo-ao-juizo
pãpeis que o presumido delinquente ou outra pessoa possa de -instancia;. e o juiz que tiver sentenciado-a final; sera
tèr em casa, e dos quaes pareça resiiltar prova do crime, candemnado na multa de 5d000 a 50#000 reis,
devendo todavia assistir á busca o delinquente. ou o pro- , A falta, porém, do exame de sanidade'náo annulla j n a -

curador d'elle, assim gomo o Ministerio Publicó e duas velmente o processo, como declarou o of:M. M. 18 de-
Ses@unhas- art. 916.0da Novissima Reforma Judiciaria;, março de 1889; sendo julgado pelo Sup. Trib. Susfiça$m
devenda-se previamente levantar' um auto especial com a .Acc. 30 de janeiro de 11380-0. G., n.O 186, que t a s
declaração de todos os motiròs e razões de suspeita que exames têm por fim habilitar os juizes de facto a groiiun:
constarem em juizo -art. 498.' da Novissima Reforma Jn- ,ciarem-a declaração do § unice do n.O f4.O do art. 13.O da
diciaria. (I) De modo que a busca'aó tem. Eogw constando' lei de-18 de julho de $855, e os juizes de direito a. us@m
do corpo de delicto a existencia de objectos n'essa casa - rasoavelmente, do arbitrio de modificarem a pena legal entre
ar't. 18." da lei de 2 8 a e novembro de 1840. o maximo e minimo. O mesmo tribunal julgou por Acc. 25
F --Os carpos de delicto nos crimes de ferimentos de- . abril de 1893- 0. G., n.' 253, que o s exames de sani-
vem ser mripletados com exames de sanidadè, dispondo a -dade tambem serviam para a classificagáo do crime, -com
@i 18 julho 1855 na art. 44.O @Noscrimes de que tiver re- 'qaanb o Acc. sobredito de 30 de janeiro de 1880 julgasse
-- - -
.- - . qae !, Min, h b l . devia querelar pelo corpo da delicto que
.se lhe apresentasse, e não pelo exame de sanidade.
; G -Nos crinies 'de furto e roubo deve fazer-se expressa
niençáo do valor do furto o u roubo, como acto e s m i d ,
siyptes declara ões as pessoás indieadas nos n.083 4.0 e 5.q e bem
O,
psndcr-s6-juramento ao roubado ou a qitaesquer pessoas
assim os iodiedos no n.; 9.0, quando forem maiores de 7 annos~.
-03 inimigas capitaes n% podem ser inquiridos tambem como p i e , possam fazer esta decIaração~- art. 909." da No:'
testemunha% e se autos constar que as testemunhas inquiridas.
1111: %ef.;mas, seiido apprehendidos os objectos roubados, sera
no oorpo de delicto sao inimigas do "hcusado, e não houver outras, zyis. cyial e prudente fazer-se a sua avaliação por peritas,
não deve o Min. Publ. promover -Rev. de Leg., nO . k77, 10: voi., .@o preceitua o art. 3hO.O 5 4.O do Cod. Militar de 18"96~
pag.'í35, fundada na Ord., liv. 3.9 tit. 56, 7 . O e liv. 5?, tit. 6, 5 2%
(I) No respectivo auto de apprehensão dever-se-ha dencionar-o - H.- O corpo de delicto de facto permaneate, quandq de-
numero e qualidade dos papeis apprehendidos, que serão rubricados ' penda de conhecimentos particulares dlalq;uma sciencia !o
pelo àeiinquenle-'ou seu procurador, ou por uma ystemunha, caso :i!p&; deve ser feito par dois peritos, (I) ha~endo-cE@de.~i-
-
aquelle n% queira fazel-o, ou a busca seja dada a sua revelia. , ?
\

Os papeis e objectos que não tiverem relação com o-crime, não-


p o d b ser apprehendldos; mas os que o forem legalmente, devem ser,
ap'pt:sentados ao delmquente, que sera instado para explic~ara sua
origem, a data da sua posse, se,os reconhece como se@, motivos d o
seu estado e sua relaçSo com os factos-art. 916.. da NOV.Ref., e - a auctoridade'su-
,@i'Os perito8 militares devem ser re~uisitados
~

ad. 85.0 do Reg. do Cod Mil. de ?896. !--5ePk& mftitar.


-Na casa suspeita nBo podera entrar-se antes do nascimento do : ..-- 0s empregados dos quadros de savde do d t r a n ~ xnão podem
sol F r n depois do seu occaso; mas poaerão uunar.se por fóra tadas : .tl.rcer as funcções de peritos sem que tenham sido nomeados pw?
as cautelas necessarias, para d'ella náolsahir nenbuma pessoa, nem :.' fim pela anctoridade a que estiverem sujeitos-art. 130.0dnlei
-
q~':

objecto, a&5 se realisar a 1.111i:ida-art. 914.. da Nov. Ref., e art. 8 3 . O %-maio 4896, qlte reorganisa o serviço de saude do nlframar.
3 @co do,Reg. do Cod. Ililii. de 4896. .- ~ Q W o juiz
~ @ liver intervieo no processo coma pNt0, - 6 in-
Clamente ajurarnentados, na presença do juiz com assistencia seja cónfidencial ou resèrvado, de gue não podem entre-
do Nhisterio Publico, duas testemunhas -e escrivã@; lan- g a l a a ei-me, e, em caso de duvjda, o p r o p ã o as-esta:
çando se as decraraçóes dos peritos no repectivo auto. ções tompetentes. . .

I- Antes de concluido o corpo de delicto direefo não Art; C37.O--As mesmas repartições devem passar as
dévein os juizes consentir que se faça alteração no logat. do ee'rtidóes que Ihes forem requeridas sempre que o assurnpb
da Nov. Hef.
-
e~ime,-nos véstigios e objecto d'elle artt. 906.O e 9071O - \
a que se refiram, não seja confidencial ou reservado, e da
respectiva expedição não resulte prejuizo ao serviço público.
J -Aos corpós de delicto indirectos ou do facto trans- $ unico. Consideram-se sempre. de natureza reservada
eunte não esige a lgi que o Min: Pabl. ,assista. ou confidencial a cnrrespondencia -o~cial,*asinformaçáes
E- Os exames em papeis devem ser feitos nos originaes dos funccionarios publicas e as investrgações polieiaes.
e não em publicas-fórmas, sol, pena de nullidade insanar@f A doutrina- d'estas disposiçnes foi bebida na port. do M..
-Acc. $. T. J. 30 out. 1894-U. G., n.O 442 de 4895. R. 8 marco 4892.
L - Quando os juizes careçam de entrar em algumes- N- Nos crimes de homicidio proceder-se-ha a autopsia,.
tabelecimento- dependente de alguma auctoridade militar sempre que seja possíyel, a fim de se conhecer com toda
ou civil, devem previamente solicitar d'esta a competente a exactidão a cansa da -morte, fazendo-se as diligencias
permissão, que nunca Lhes poderá ser recusada -art. 335.O para que no auto se verifique a identidade do morto, des-
5 2.' do Cod. Just. .Mil. de 1896. -Não parèce, porkm, %revendominuciosamente oxadaver, inquirindo testemunhas
necessaria esta permissão, no caso de flagrante delicto; .que $reconheçam, mandando-se retratar, ou emprée;ando-'se
como se deduz do mesmo artigo. -qualquer outra meio mais convenientè para aquellé fim;
M- 0 Cod. Adm. de 1896 ,dispõe: -Art. 436,"- .' ,-- Nos crimes de offensas corporaes, os peritos devem-
Cumpre ás repartições administrativas facultar nos seus darar a natureza e importancia dos ferimentas ou contu-
registros e documentos que não sejam confidenciaes ou re- sões, instriimentos com~queforam feitos; prognostico da
-servados, os exames que os magis-ados judiciaes, com do,ença - e seus efleitos provaveis, indicar -desde I u p o dia
previ0 aviso do dia e,hora para elles designados, Ihes re- em que se dere proceder a novo exame, e informa-?;de
quisitarem no exercicio das suas fgncções em materia civel qqalquer occorrencia pathologica que possa interessar-ai
ou 'criminal. administração da justiça.
& unico. As competentes juctoridades e funccionarios .' Nos .crimes de roubo e outros quáesquer practiccidos
prevenirão os magistrados ju'diciaes, quando. o assumpto com fractura, arrombamento ou violencia: devem exami-
nar-se os vestisios que ficaram, procedendo-se a exame por

-
peritos nos instrumentos, vesíigios ou resultados do- crime,
compel.-iiin,para funecionar n'elle na qualidade de julgador-~cc.. B reco!henào todas as informações Acerca do modo-:-tempo
ao-§u].41ib. Just de i5 março 1898 - I). G.,n.O 72 de. 4897. e'm que o crime foi commettido.
Se no logar em que se fizer o exame, ou uma legua em redor, - - Devera solicitar-se que nos estalrelecimantos publieos
nãò houver mais que, um só perito, o esc~ivãoassim ò declarará-no e.ompetentes se proceda a quaesquer malyses scientifieas
auto, valendo o exame só com eiie; e se n'esse logar tres leguas-
em redor não houver nenhum. o juiz deve nomear os dois indtvid-s $qessai.ias ao descobrimento da verdade - artt. 340.n .e
que tiverem mais conhecimentos da sciencia ou arte,-conforme as $$$$ 343.O.do-Cod. Just. Nil. de 1896.
necessidades do aeto, dizendo o escriviio no auto o mojivo d'eçua es- - O --Nos crimes de .envenenamento deverão recolher-se,
colha - Nav. Ref. 8s 2.0 e 3.0 do art. 903.0 ern frascos devidamente tapados a lacre e eintados pel?
-Quando não houver medico na comarca, mas mais visinha, $%i% superior com a declaração da pessoa a quem reyei-
a menos de t~esleguasdo logar da morada do medico d'eeta, póde
ojuiz da primeira requisitar ao da segunda este medico -Direito, ata, &e modo que possam authenticar-se com as assigm-
9,' vol., pag. 258. bwas do juiz, Ministerio Publico, .peritos, tèstemunhas g
daente âjuramentados, na presença do juiz com a s s i s l e h si,j:r confideiieid ou reseTvado, de que não podem eatre
do NI^nisterio Publico, 'duas Éestemuuhas e escrivá& Ian- ::,r:#[o a vxsrne, e, em caso de du~ida,o proporão B esta
çando.se as declarações dos peritos RO repeciivo a!oi. $1. ;rompelentes.
I- Anjes de concluido o corpo de delicto direetõ aãa .\sr.-437."-As mesmas repartições devem passar a!
devem os juizes consentir qiie se faça aiteração no I o ~ a rda r~.i.lidõesque Ihes fomm requeridas sempre que o assninptt
%rime,-110s v~stigiosB objecto d'elle -arlt. 9M.O e 907.O .:i qui: se refiram, não seja mlidenciai oa ~eseruado,e di
da No?. Reff rl..$ativa wpadição não resulte prejuizo ao serviço publico
J -Aos corpos de delictó- indirectos ou do facto trms- -- unico. Consideram-se sempre de natureza reservad;
eatnte nãw exige a lei que 0 Mia: Pabl. assista. 'II!~ eqnfidencial a crirrespondencia .offieial, as -hforrna@ei
K- Os exames em papeis devem ser feitos nos ctriginaes iPa hccionarios puIiiieos.e as investiga@% polieiaes.
e. n%oèin publicas-fhmas, ssb pena de nallidade insanavek A dout~inad'estas disposiçües @i bebida na port. do M
-A@. 8. T. J. 30 ont. f89Ç-D. G., n.O 442 de 4895. I;:$ marco 4892.
-L -Quando os juizes careçam de entrar em algumés- '. N1-I-Nos crimes de homicidio proceder-se-ha 4 autopsia.
tabelecimato dependente de alguma auctsridade militar sibiinpreqne seja possivel, a 6m d e se conhecer com toda
ou civil, devem previamente solicitar ã'esta a competents n craactidãa a eansa da 'morte, fazendm as diligenciar
pemissão, que nunca lbes poder8 ser recusada-art. 33La ti:iin:i que M) anto se verifique a identidade do mmto, des
$- S.d do Cod. Just. -,Mil. de 1896. -Não parèee, porem, ri1:nrxdo minuciosameote o cadaver, iaquirindo teskmenhaz
nemssaria esta permissão, .no caso de flagrante delicte, i(iia@reconheçam,mandando-se retratar, on riempregando-%
como se deduz do mesmo artigo. I ~ I : ~ ~outra I W meio mais eonoeniente para aquelie Em;
H- O Cad, Adm. de 4896 dispõe: -hrd. 43tX0- ?;oscrime de offensas corporaes, os peritos devern.de.
Gwnpre as repartições administrativas facultar nos seus 14a:ap a natureza e importancfa d a ferimentos ou -conta.
registms e documentos quenão sejam eonfidenciâes on r* >;vs, íastriimentos com que foram feitos, prognast&m da
servados, os exames que os magistrados judiciaes, com ili.bibi*~a -e seus effeitos provaveis, indicar -desde h@o dia
previa aviso do dia e hora parã elles designados, lhes .r* r.in que se dere proceder a novo exame, e iof0~1n;t~:de
quisitarem no exercicio das suas ftptcções em materia cmil 11a:rkquer oceorreneia paElioIogica que possa interessar-3
tia a-mina]. iiilininistração da justiça.
5 nnico- As competentes aucboridades e funccimarios %os crimes de rouba e outros quaesqiier practica$os
prevenirão os masislrados judiciaes, quando o assumph i4iliafraetpn, arrumbamento ou rioIencia, devem exarni:
it:irzse os ~estiglosque ficaram, procedendsse a exame por
~li~r%os nos instmmntos; vestigios ou resultados du crime,
.in ix??lhendotodas as informações acerca do modo qtemp!
cmp..:~i. para funccionar n'eIIe na qualidade de jdga8or- Acc,
!$O SII~&;II I. Just. de 15 m rqa 1895- Li. G., n." 72 de 1897. .i:iii que o crime foi mmmettido.
- Be na Iogar em qne se fizer o exame, ou orna legua em redbr, --Devera, solicitar-se que nos estabelecimento-s pobhcos
n% houver mais quem so perita r, esernão assjm o BecIarará a0 r43petente.s se proceda a quaesquer analyses scientificas
anso, valendo a exame só com elle; e se n'esae logar -11 tres legas- *iin~'l'-.-.a?ias ao descobrimento da verdade -ara. 3kO.O e
em fedor não houver nenhum, ojuiz deve nomear os ,.. individaais
li

que tiverem mais conhecimentos & seieneia ou ar&, conforme as $I;X43.* daLCod. Just. Mil. de 1896.
nesessiãaies do xto, dizendo o oseri~-ão na auto o mqtiuo $e%? es- . O --Nos crimes de envenenamento deverão recdhecse,
colha - N6v. Kef. g$ 2: e 3: do art. 903.- qmlii frasçus devidamente tapados a kdcre e cintados pela
- Quando não houver medico na comarcq mas na mais yisidha, !':'ir i l k superior com a drtclara~ãoda pessoa a quem respei-
a menos de tres ieguas do Jogar da morada ào medido desta, pbde
o jaiz da prii-!..i!i requisitar ao da seguaaa este medico-Dfreiloi íiliii, de modo que possam authenticar-se com as assigna-
gru YOl* pag, :.:'C. ki1.a~do j@z, Ministerio Publico, peritos, testemmhrts
eserirão, as materias suspeitas, enviando-se em seguida 9." Ordenar o exame physica do offendido e do presa-
deprecda com o respectivo auto de recolhimento d'essas mido agente do crime, sempre que seja conveniente;
substancias ao juiz criminal do logar onde mais proximamente '>, 10.O Entrar na casa de qualquer cidadão para proceder
poss~afazer-se o exame toxicologico, para elle ordenar se a alguma diligeucia necessaria ao descobrimento do crime
faça exame nas materias enviadas nos frascos. O juiz de- e sua comprovação.-Art. 332." do Cod. Just. Mil. de
precado deve logo nomear os peritos para o exame, os 1896.
quaes aiuramentara, passando em seguida a fazer a-veri: &- 0s corpos de delicto a que corresponda o processo
ficação da identidade dos frascos, pelos rotulos, na presença ordinario de querela não podem dar-se por constituidos
do Ministerio Publico e duas testemynhas. No fira da veri- com menos de oito testemunhas, nem n'ellea podem inqui-
:fiçáo &o's entrepara. Os peritos, fazendo o exame, não rir-se mais de vinte, como resulta da combinação do a@.
devem gastzr'todas as materias na analyse, mas devem 4 a . O do decretp n." 1 de i5 set. 1892 com o art. 1 . O da lei
deixar algumas para contra-prova. Feita a analyse, deverão 4 maio 1896.
fazer-o seu relatorio que seri reduzido a auto na presença De modo que nos processos de policia correccional e de
do juiz, Ministerio Publico, e testemunlias -art. 8 0 . O do processo correccional .podems os corpos de delicto consti-
geg. do Cod. Mil. de 4896. tuir-se com menos.
P -Emfim' pbdem resumir-se, em geral, todas as dili- R- Os corpos de delicto a que corresponda processo de
genciás a fazer nos corpos de delicto, nas seguintes: querela, devem ser julgados subsistentes, ou não, pelos
a
.1.O Receber a queima, participação ou denuncia ; juizes de direito antes de irem com vista ao Min. Puhl..
2 . O Interrogar desde logo os presumidos delinquentes, ara dar a sua querela como se deprehende do art. 1 5 . O
quando presos ; $0 dec. n.O i de I5 set. 1892 e do art. 2." da lei de 4 maio
3.O~.Verificar, por meio de exame directo e inspecçã8 1896; e nos que Ihes sejam enviados pelos juizes de paz,
ocular, todos os vestigios do crime. e a s provas materiaes poderão os juizes de direito, depois de vistos pelo Min.
que d'elle ficarem, as seus effeitos e resultados, e o estado Publ., ordenar as diligencias que reputem necessarias para
dos I q a r e s em que foi commuettido; esclarecimento dos factos, proè-eder a inquirição de noriâs
4 . O Interrogar. os offendidos, circumstantes, visinhos, testemunhas e reperguntar quaesquer outras que já depo-
creados, domesticas, bem como quaesquer pessoas que ve- zessem perante os juizes de paz, iulgando-0s subsistedtes
ro'simiimente possarii dar informages e dirigir a justiça quando ao crime corresponda a dita fbrma de processo,
.indagação da verdade; como se deprehende da combinação do art. 4." com o 2.o-
5 . O Apprehender os instru&eotos do crime e qtaesquer da lei citada de 4 de maio. E prudente que os juizes dêm
objectos encontrados no logar do delicto, nas suas irnme- vista dos processos ao Min. Publ; antes do julgamento da
diações ou em poder dos-presumidos delinquentes, e -que subsistencia dos corpos de delicto, em vista do art.. 917.'
com elktenham alguma relação, ou possam auxiliar a inves- da Nov. Ref. Jud., e fj unico do art. 4 5 . O do pec. ~9I d e- -
tigação da verdade, guardando-os cuidadosamente quanto. i 5 set. 1892, afim de requerer o'que fôr necessario.
~ossivel: S-Nenhuma lei dispõe nada sobre a subsistencía OU
6.O ~ Ó m a ras providencias necessarias para que nada insubsistencia na hypothese dos corpos de delicto serem
seja alterado no logar do crime antes deSe proceder a enviados pelos juizes municipaes aos juizes de direito, no
todas as diiigencias preliminares da instrucção; caso de caber ao crime o processo de querela, pois que o
7.O Requisitar o auxilio da forca publica precisa para o de policia correccional 6 o unico da competencia dos juizes
desempenho do serviço; municipaes, visto o g 13.O do art. 3." do dec. n." 2 de 29
8.' Determinar o comparecimento de pessoa márço 1890; mas estamos em crêr que os juizes de direito
que possa esclarecer ; , devem julgar a subsistencia ou insubsistencia dos corpos
3 XOLl
d e delicto enviados pelos juizes rnunicipaes, e aos p a e s
corresponda a querela, com direito a procederem como
quando OS autos Ihes d o enviados pelos juizes de paz. Pornialidades nos depoimentos de algumas testemunhas
T-Quando o juiz de paz d'um districto onde foi com-
mettido' uni-crime, n5o fizer d'elle corpo &,delicto, quer
nos parecer á vista do art. 918.O da-Nov. Ref., que o juiz - n Nov. Ret. Juci., 'reconhecendo o privilegio d'algumas
i:fzses, decreta o seguinte:
de direito, a requerimento do Min. Publ. ou -das pattes,
pode mandar' proceder a lelle pelo outro juiz de paz &ais BT%. &:i22.0-Os memhros da Familia Real, ministros
proximo da districto respectivo, e-impor ao juiz de pai ne- !.I<Estado e conselheiros de Estado em effectivo servíp,
-gligente a pena estabelecida no art. 899.O, que e a multa tiao poderão ser cihdos para comparecer como testemunhas,
de 4M000 a 400b00r) réis-art. &."o dee. n.O i de W -.@simna audiencia da sentença, como na da ratificação, (4)
de set. 489898, pois que 'elles ficaram sendo os herdeiros .sem premdeneia de decreto real, que auctorise o seu com-
do poder dos juizes ordinarios e eleitos, em vista do art. pzecimento pessoal. Este decreto sera passado a requeri=
2 . O n.O 2.O do dec. 29 julho 4886, e art. 9 . u n . q e Oda lei a m t o de alguma das partes, ou do Ministerio Publico,
'de 46 abril 1871. ( I ) ,
.ehivamente ao juiz de direito, para o que será remettido por aquelle
a este juiz o respectivo corpo de delicfo, se por aquelle juiz for feito.
.Subs&tencia dos corpos de de1icto.-0 decreto n - i~de 45 set. 1892
(i) Legislàção sobre os assumptos referidos. I%&:
F w q ã o dos c o p . 9 de de1icto.-Diz o dec. ne0i de i 5 set. 1892: :. Ar&.15.0- E dispensado o summario. Concluido o corpo de de-
Árt. 13.0-0 cwpo de delicto %*erifica a e3cistmda h o s crimes e a licto,ie julgado subsistente, irá o processo com vista ao Ministerip
investigaqão dos criminoso^, e será constituido nos termos da lei Publico.. .
geral. $ ~ i c o Não . tendo sido inquiridas as vinte testemunhas d ~ e o r p o
A r t 14: -No corpo de delicto a que corresponda o processo de de delicto, e sendo necessario inquirir alguma testemunha, ou pro-
qu@rela,-serão inquiridas;nern menos de oito, nem mais de vinte tes-, ceder a alguma outra diligencia, o juiz oficiosamente, ou a requeri-
temunhas. ,m&to do Miisterio Publiao, mandará proceder a ella.
A lei de 4 maio !896 diz : \. . Diz a lei &e 4 maio i1896 :
- Art. 4.0-Nos corpos de de~icto,~ára verifica~ãode crimes a que -Art:2? - Quando pelas testemuahas inquiridas, e pelos outros
elementos do corpo de delietu, em caso de crimes, a que corresponda
correwonda processo de querela, nao poderão ser inquiridas menos
de oito testemunhas. 'processo de querela, se não verificar a exi~tenciado crime, julgar-
&&essa dos corpos de delicto. - A lei de 18 julho 18% decretava : se-h& imubszstentes as diligeneiasjudiciaes empregadas, tr o processo
será archivado.
- Art. 8.*-~Qscorpos de delic€oa que procederem os juízes eleitos
e ordinarios _(aos quaes succederam os actuaes juizes de paz) nos
deiicaora mencionadosno artigo antecedelite, serão pelos dictos juizes
.
': Arb. 3.0 - .. Se, porém, da .inquirição das testemunhas e dos
‘mais elementos do corpo de delicto resultar a verificaçãò do:crime,
remettidos aos juizes de direito da comarca no praso, e debaixo das mas não a descoberta dos criminosos, deverá n'esse caso ser julgado
peaas comminadas no art. 91- da reforma judicial. , d s i s t e n t e o corpo de delkto sobre a criminalidade do Bct6.. .
5 unico. O juiz de direito nao achando regular o corpo de delicto Art 4.0-Aos juizes de direito compete julgar secòsistenáes og cor-
procederá ou mandará proceder á sua rebrma. 'ps ae delicto levantados pelo juiz de paz, e poderão ordenar as
A Nov. Ref. Jud. diz: diligencias que reputem necessarias para esclarecimento dos factos,
Art 91%.0-Os corpos de dellcto, feitos pelos juizes~eleitos,s 6 o yroceder á.inquirtção de novas testemunhas e reperguntar outras que
remettidos por estes aos juizes ordinarios do respectivo juigado j a depozessem perante os.juizes de paz-
dentro de vinte e quatro horas -impror-ga~eis,'sob pena de 5%000 - O julgamento da subsistencia do corpo de delicto B feito por
atP. W&000 réis,-segundo o grao da culpa em que-forem achados. despacho, podendo recorrer-se d'tlie, como se deprehende de Acc.
O decreto n.O 3 de 29 março 1890 diz : -do Sup. Trib. Just. de 23 agosto 4895-D..G., n-0 73 de 4897.
Art. 3.0'- ... 3 13.0 Nas comareas em que houver algúm fiz (1) A lei de 28 nov. 4840 no tlrt. 19.*, e a Nov. Ref. no a r l 4~095.~
municipal, os julgamentos em processo correCeionaI competem I- declaram swpensa ã ratifieagão da pronuncia
çobre relaturiò do Minister~oda ~ustiéa;e regulara-o cefe-- do comparecimento pessoal; e os seus de&
.bnial que se ha de observar na occàsião-do àepoiméntg. serão tomados por escripto pelos juizes dos logares,
Art. k123.O -Fora do-caso mencionado no artigo ante- r.is. que residiiem, os qnaes os farão citar para que venham
cedente, se as pessoas n'elle declaradas, dadas para .teste- .&p& nr, seu luizon ..
munhas, residirem na cidade, em que houvei. Rekção, o , O €06. de Proc., indicando quaes as pessoas que devem

juiz remet-h ao presidente d'elh uma copia dos artigas e$ inquiridas na sua residencia, estabelece no art. 266.'
do Iibello, ou conteslação sobre que hão de-depor. i? pre- .,Seguinte: - c Serão inquiridas n& sua residencia as fies-
sidente, por disiribuição, designara o juiz dá Re1açã0:~que .+wti-segpintes: 1

ba :de tomar os depoimentos, e o escrivão -que-n'elles ha 1." Os membros da Familia Real, precedendo decreta
eserFver. O juiz, acompanhado do respectivo escrivão, ira ,iiie aiictorise o seu depoimento e regule - o ceremonial,que
X mo~adadas testsmnnhas receber os depoimentos, que I::$ de observar-sèxo a o d'elle;
serão remettidos fechados e lacrados ao juiz que os de- 2 .o Os conselheiros de Estado e os ministros de @tido
'precar. ., i*fEectivos.;
4 !.O Se as pessoas mencionadas irligo antecedente -3: Os arcebispos e bispos ; . ,

reiidtrem fóra das cidades ém que ha- Relações, os seug , 4 . O . Os emba,ixadores, enviados e encarregados de nego-

dewimentos serão tomados na fórma siipra 'indicada pelos .-ks,e quaesquer representantes de potencias estrangeiras,
juizes de direito das comarcas, em que residirem, ales @s8rvando-se o que estiver estipulado nos tractados e con-
quaes Grão remettidas as copias do libeflo ou cqnkst.aç%: %m$ies, e na falta de tractados. o principio da reciproci-
2.O Estes-depoimentosserão juntos aos autos, lidosna l!#l&;
audiencia, e submettidos á discuss.ão, sob pena de nnllidade. 5P As pessoas @e se mostrarem impossibilitadas $0
Art. 1:124.O -Quando fâr preciso no processo prepara- . ixnnparecer
8' - no tt'ibunab.
torio o testemunho de afguma das pessoas mencionadas m, Os militares devem ser requisitados pelos juizes, quando
art. i:?%.', proceder-se:ba pela f6rma estabelecida no ar- ~roduzidoscomo testemunhas, i auc-toridade superior mi-
tigo antecedente, remettendo-se ao juiz,. que ha de tomar liar, como diz a port. de 8 março 4841, explicando o art.
o -depoimento, cQia dos autos da querela, e corpo de de- t a o doregim. do Min. Publ. de 15 dèz. 1839. (Vid. nota
licto. 23.)-
-Art. 1: 125.* - Os membros do poder legislativo não po-
dedo, durante o periodo das sessões, ser citados para 5 4.0
'comparecer como testemunhas, sem licença da respectiva
camara, passada a instancia do Ministerio de Justiça; fora ~,
'd'este caso os seus depoimentos seriro tomados pelos jiiizes Querela
de direito da comarca, em que residirem, pela fórma esla
bèlecida no art. 1:I23." - (O art. 267.O-do Cod. do Prm.
Civ., modificando o riypr d'este artigo, prescreve que os:
membros das camaras legislativas, durante o periodo-das
sessões, não pódem ser citados para depôr em juigo sem- '
licença da respecti~aeamara, salvo renetnciando a &o). , Querela, a.0 sentido geral, 6 a queixa, feita em*juiza por
Art. ?:126.0-0s administradores geraes do districto via de requerimento ou promoção, d'um crime commettido
@oje govemdores civis) são obrigados a comparecer como , e -das suas respectivas. circurnstancias, consta~tesd'unl
tatemunhas, sé o juiz estiver Sa cidade-o,u villa, - em que- +wrpo de delicto que, nos processos ordinarios, deve ser
slles residirem;
* .
fbra d'este caso iim decreto reál-os poderá- cprhamente declarado subsistente.
' A petiç%ode querela deve conter o nome do quereiante, ,#,O Exceptuâm-se em primeiro logay os crimes de -a-
sua profissão, morada, quando não fôr o Min. Pubt., ã na- ~rkm,peita, pecula- e concitssáo, commettidos por juizes,
tureza, qualidade e circumstancias do facto, e o logar e i ; ~ a & ~officiaes
, de justiça, ou quaesquer outros empre-
tempo, em que foi practicado, sempre que fôr possirel; do9 publicos, nos quaes póde querelar qualquer do povo,
e bem assim o nome do delinquente com todas as earacte- ~ i a d àque são seja o propriaaffendido.
risticas de identificação, excepto sendo querelante o Min. .,. .!$ 2.O Exceptua-se em segundo lagar o crime de morte,
Publ. nos processos ordinarios e os delinquentes forem in- no^ qual podem simultaneamente querelar o viuvo olrviuva,
certos, visto que n'esta especie de processos p6de haver qoe,não, passou a segundas nupcias, e os ascendentes -ou
sumario; devendo em todos os casos o respectivo magis- *tendentes do morto. Na falta d'estes são admittidos a
trado citar a lei que prohibe o facto criminoso e classiíicar qnerelar os parentes collateraes ate ao quarto grao, segundo
a forma do processo-art. 878.O combinado com os artt. &direito civil; porém o mais proximo exclue o mais remoto;
8'14.O e 873.' da Nov. Ref. Jud. e art. da lei de 4 -e sendo m.itos do mesmo -60, admittida a querelad'um,
maio 4896. não podera ser recebida a de nenhum outro, sob pena*
iauIEcEade da segunda.
~ r t 866.O
; -Nos. crimes particulares só podem querelar
Legitimidade dos querelantes as partes offendidas.
; :g A .O Exce tuam-se os crimes de estupro não violento e
Legislando a Nov. Ref. sobre este ponto, estabeleceu a
-doutrina que se segue :
S
-rapto por se ucção, nos quaes podem querelar os paes,
tutores, ou curadores das estupradas, e , na falta d'estes,
Art 854.O- 0s crimes ou são publicos ou particulares. >srmãos. h proprias estupradas ou raptadas sO podem
Em quanlo se não publicar o novo Codigo Penal, sãs em- ,fpereiar, não excedendo desesete annos de idade. (I)
siderados parliculares :- l . O O adnlterio voluntario ;-8 . O 2.O Nos crimes de estupro e de,adnlterio, (2) não violen-
O estupro voluntario; -3." O rapto por seducção; -4O . -tos, e rapto por seducção, querelaudo e accusando as partes-
As injurias reaes, escriptas ou verbaes, nãw sendo qualifi- particularmente offendidas, ou aquellas, a quem pelo !$ a%.
cadas por alguma circumstaricia que 1hes.augumente a jm- .tecedente e permitlido querelar, o Rlinisterio Publico devera
putação em r a z k da pessoa, tempo, logar e modo; -5.o '@gualmentequerelar e accusar; porém a querela ou accu-.
As .contnaÕeu ou ferimentos, não s e n a feitas com arma :s&% cessa, logo que as partes desistam, ou perdoem.. DO
defesa, .de nòite, no rosto, ou em rixa velha, nem osde que -mesmomodo o Ministerio Publico querelara e accusará estes
resulte aleijã'o ou deformidade,'^^ forem em logar'que I b s : crimes, quando lhe fdr requerido pelas partes parlidar- .
,augmente a imputação; -6.O O parto supposto;-7.O Oor- mente offendidas, ainda que estas Mo querelem, nem ama-
tamento de arvore.,frnctifera ;-Si0 O damno propriameole s@~ ; o perdão fara logo cessar a acção publica. (%)
porém
t a l ; -9.' 0 furto simples que não exceda a 100 r&.
5 pnico. Todos os outros crimes são publicos.
- Art. 8 6 5 . O - Nos crimes publicos só .podem (4) querelar
o Ministerio Publico e aspartes particularmente offendidas. & (1) Actualmente esta ampliado o praso ate desoito annos, d h
aos quaes não B permittida, a querela a pessoa dguma; não havendo
violen~ia- artt. 395i.0,396.0 e 399.0 do Cod. Pen.
( 9 ) Deve reputar-se consummado o &terio quando houver?ur-
presa de pudenda,in pudendiâ, solta cugn sola, nudus cum leuda 9
-($) Tambem se exceptuam da disposição d'este'artigo as contra- eodem lecto, consoante a doutrina do papa Alexandre I . qo cap. i2 X
venças é delictos eleitoraes, que podem ser perseguidas nio só pelo de peszlmptioniaus._
Min. Publ., como tambem por puatquer eleitor inscripto no reeensea- (3) Papa que o M i a Publ posa dar querela nos casos &ee s t ~ p o
-
nnento art. 441.0 da lei eleitoral de $i maio 1896. 6 necessario que, ao menos, se lhe dê denuncia do facto pelas F-
Art. 867.O -Nos crimes publi-s e nos crimes particn-- ,plpiier das circumstancias enunciadas nos artigos seguin-
lares os paes podem querelar dos commettidos contra seus 6ep~, sera punido, accusando o offendido, com a prisão de
filhos impuberes; os tutores, dos commeltidos contra os aes a trinta dias; ou se houver premeditação, com prisáo
tutellados impuberes; e os curadores, d$ perpétrados ~n desterro, até seis mezes.
contra os dementes e furiosos; e os maridos, dos commet- O Cod. Pen. de 1886, modificando o anterior, dispôz:
'tidos\contra suas mulheres.
Art. ~68."-Os menores, que-forem puberes, não serão
-
Apt. 359.O Aquelle que, voluntariamente, com alguma
&Tensa corporal maltratar alguma pessoa, não concorrendo
admittidos a. querelar sem auctorisação de seus paes ou qualqusr das circumstancias enunciadas nos artigos se-
curadores: e as mulheres casadas, sem auctorisaçáo de guintes, ser& condemnado a prisão correccional até -tres
s ù s maridos. -Serão nullas as querelas tomadas contra nnezesu.
a disposição d'este artigo. - Em seguida veio o dec. n.O 4 de 45 set. 1899 que, mo-?
Art. 870.O -0 s delegados e sub-delegados do procurador dificarrdo o art. 359.O citado, dispôz:
regio são obrigádos a querelar de.todos 6 s crimes publicos, Art. 21.O-Nos casos do artigo 359.O do Codigo Penal-
cpmmettidos nos seus julgados, e ainda dos commettidos não haveri procedimento a requerimento do Ministerio-Pu-
fora d'elles, quando os réos forem achados n'ellesa. -blico sem prévia participação,, den-cia, queixa ou aceu-
Sendo depois promulgado o Cod. Pen. de 10 dez..1852, -sação do offendido.
appareceu com el- um decreto da mesma data que, 6xando .- 5 unico. Em todos os casos em que o Codigo Penal exige
a eompetencia do Min. Pubt. na accusac;ão de crimes, de- queixa, denuncia ou participação do offendido, 'ou de certas
terminou : ,--psoaspara haver accúsação publica,-basta que essas pes-
Art. 1." -Fica- competindo ao Ministerio Publico a a&u- a a s dèm conhecimento do facto em juizo, e não e neces-
sação de todos os crimes e contravençóes, de que tracba o sario que accusemr.
Cadigo Penal, com a unica excepção dos casos em que o . Não ficou, porém, ainda por aqui a so1uçáo do ponto,
mesmo Codigo torniessa accusação, ou a continuação d'etb, pois que ultimamente a lei de 4 maio 1896 dispõe:
dependente da queixa, ou do consentimento das pessoas, Art. 6.' --O crime de offensas corporaes, previsto e
Mendidas, ou de seus paes ou tutoresa. -puqpel pelo art. 359.O do Codigo Penal, 6 considerade
Ora o Cod. Pen. de 1852 dizia: eripe publico B .
-
Art. 359P Aquelle que voluntariamente com alguma E claro que o dec. de 10 dez..1852, regulando a w m -
offensrt corporal maltratar alguma pessoa, não concorrendo petencia do Min. Publ., ainda hoje continua em vigor,,e e
'o utiico diploma que temos sobre a questão, não obstante
.asgmodificações que se façam nas leis quznto a penas,^
parque com isso nada tem o referido decreto.
soas indicadas no art. 399.O do Cod. Pen., excepto eoneortendo as - O Cod. Adm. de 1896 no n.O 7.O do art. 278.,0 manda
m~
'

circumstancias indicadas nos n.OS1 a 3.0 do mesmo artigo, porqae a\ - o administrador do concelho participe ao Min. PuW. as
!ntão nã;o carece d'esse conhecimento prbvio. ,i'l,iak.~m de regulamentos e posturas- paraque promova
~,
Confrontandoactualmenteo disposto n o 8 unico do art. 399.0 coa-' r ~pplicaçáodas penas devidas.
o ar6 W: e 8 unico,d@Coa.-Pen., deprehende-se que, dada a de-
nuncia e instaurado o processo criminal nos casos de estupro e nos
de alolaqão de mulher virgem, o perdão ou desistencia da parte nãa
sustam o procedimentores@ctivo, excepto se o criminoso casar com
a offeadida, facto este que ate faz cesar toda a pena, q~and~imposta.
Em virtpde do art. 401: 3.O e M 4 . O .g 4.0 do Cod. Pen. parece
@e, nos crimes de adnlteria, sómente o mande ou mulher offendidos
podem querelar, e não o Min. Publ.
*soas certas e determinadas. ou contra incertas aue se
mostrarem culpadas pelos depóimentos das testemunhas a
Formalidades d a s querelas partioulares inaufrir e aue devem- ser ~roduzidasate ao numero de
para a s n a admissão &te, alem ?Ias referidas-ârt. 871.O da Nov. Kef. Jud., e
art. 3." da lei de 4 maio 1896.
- O quereloso, que n.50 fór o iklin. mibl., dara, sob pena -
* -Nos crimes parlicnlares a querela será dada contra
denullidade, juramento de çalumnia peraDte o juiz no acto pessaas certas e determinadas, e não poderão ser n'eiias
do recebimento da querela - art. 874." da Nov. Ref. Jud. pronunciadas outras, senão as de que se querelar- ark;
--A querela da parte .offendida p6de ser prestada por - 873." da Nov. Ref. dud.
procurador, o qual deve apresentar procuracão bastanté,~ ' - Pbde querelar-se. conjiinctamente de diversos crimes
em que se declare o facto com todas as particulares cir-
cumstancias, e a pessoa, contra quem se lia de dar a q w -
rela, contendo igualmente poder especiul para o juramento
-art. 877.O da Nov. Ref. Jud. parte directa no seu encobrimento, impondo a lei ao seu agente a
-Se o querelante não fôr morador no julgado, em que respectiva responsabilidade criminal, conforme a qualidade e gráo de
der a querela, .devera escolher domicilio dentro d'elle, e' culpa.
A,responsabilidade criminal r e d e unica e individualmente 'nòs
n'eeste lhe seráwfeitas todas as notificações necessarias para agentes do crimes e c-travenções,-nb passaudb as penas em caso
o andamento do processo -art. 879.O da Nov. Ref. Jud. a I p m de pessoa do delinquente, excepto a obrigação do pagamento
-Se o querelante não f6r conhecido em juizo, não lhe- de multa, que passa aos herdei~osdo condemnado,,se em vida deste
a sentença de condemnação passou em julgado -artt. 28.0, 4%.ee
será acceita a querela, sem apresentar primeiro testemunha 9.0 do art. iBB.o do Cod. Pen.
conhecida, que atteste a sua identidade e morada, sob pena - Os agentes do crime são de tres ordens: auetores, cu&iees'e
zle suspensão de um ate seis mezes ao escrivão, que d'outro mobridores, conforme os artt. 20.0 a 33.0 e 336.O do Cod. Pen. -.
modo tomar a qilerela. A tesiemunha assignara tambem o A fatta de impu~bilidada, por&m, e a j-tifieação do f a c t ~9%
auto -ar4. 831." da Nor. Ref. cansas dirimentes da responsabilidade, consoante os artt. 61.0 a @.O

do mesmo Codiga; sendo que nas contravenções não B punivel a cum-


Esta disposição não pMe ter aba1 cumprimento, porque @ i . 11 tde nem o encobrimento, corno declara o art.
%.O, e nos crimes-
já não ha auto de querela, podendo talvez s u p p r i r - a e ?iala% a punição de qualqoer auctor, cumplice ou encobridor, IYo
deficiencia com a assignatura da testemunha no termo de esta sujeita a dos outros agentes do crime, visto o dis osto nowb 24.8
juramento de calumnia antes da recepção da querela. Toda a doutrina exposta 6 tarnbem acceita pelo &d. NíL &e i896
no seu art. 7.0Com as modificações determinadas no mesmo Codigo,
#: bem assim pelo art. 1 6 0 ~ do reg. de 6 agosto 1896, que pune os
..ta litadores ou encobridores de refractarios e desertores, e & m b ~
idl.ut? favorecem a soa evasão ou contribuem para ella, e os que
QS tooiam,a seu serviço, s+bendo que o ~ ã o . ~.
Legitimidade d o s delinquentes (1) ~a@eircurnsfancias aggravantes.0~attenuantcrs do facto criminoso
influem na classifical;ão dos agentes; mas apenas sujeitam
- Nos erimes pnblicos a querela póde ser dada comi. a uma responsabilidade mais ou menos pesada, consoante o
k!pel Jue representarem na execução, instigafio, conselho, deter-
WaQao, viólencia ou mandato da acção ou omissão criminosa (an-.
~Btoms);ou conforme O conselho, concurso e preparo dos meios para
' (i) A legitimidade dos delinquentes depende de-duas Condipes á realisaçãn da facto (cumplices); ou segundo a altera~ão,in~tilishção~
assignaladas na lei substaãtiva: .occulta@o dos vestidos, instromentos ad objectos de crime e da cri-
Lei anterior que qualifique o facJo de arimimso, dando-se na minoso, dando-lhe coit~r'ouf;Loilitan&o-lhea fuga, ou consoante a al-
sua existencia todos os elementos exigidos n'ella para oomo tal ser %açHo ou oecultação da verdade do facto em exames, com propol '
,classificado-arti. 5 . O e 28.0do Coa. Pen.; slta de favorecer o enminoso, havendo obrigapão de dizer a verdade,
-. Parte directa ou iadirwa no commettimentò d'esse facto,Ju $$ (aeo$ridores)..
mntra um- s6 criminoso, e bem assim pode querelar-se A Nov. ~Ref. Jud. determinava no art. I:%58."- rllim
: d'um só crime contra agentes diversos, (f) devendo, n'um e-
n'outro caso, ser processados e julgados os criminosos pela
fbrma de processo determinada pela pena mais grave, sejam .&posta na lei, (i)porque d'ella depende a forma do processo abpli- i
quaes fofim as respectivas responsabilidades -art. 8 7 f i . O mvel iespecie, sendo a pena mais grave determinante dos -tefmos a
daNov. Ref. Jud., art. 3.O $$ 6.O e 7 . O da de&.n."2 de -@@r - via.-arlt. 55.0 a 59.O § unico do art. 64.0. e artt. 65: a 6r.0 e
29 março 4890, e,árl. 5 . O da lei de 4 maio 4896. (2)- "
72.0 do Cod. Pen, e artt. 13.0 e 14.O do Cod. Mil. de 1896.
Deve presnir a maior cautela na distincção do crime c o w m h ,
-fpJI:trrdo e tenlati~a,tendo-se em consideraçiio não só os elementos
gmQaaexpostos nos artt. 10." e 11." do Ud. Pen., como os e s p d & ~ ~

proprios a cada especie de crime, e ainda das circun~stanctas~que


Ci&~SifiBa~ão
dos c r i q e s o acompanham. Não basta que um homem dispare uma espingarda
para a determinação do prooesso (3) contra outro para o facto ser taxado do homicidm frastrado, não ob-
stante os elementos eraes mas convhm ter em consideraqão t a m b w
o elemento especial ao ferimento exigido no art. 350." do mesmo Co-
A dassificação dos crimes, para o effeito da determi- .digo, como muito bem sustentou o sr, dr. Laranjo n'um aggravo em
nação da forma de processo, tem seguido:diversas phases. minuta publicada no Direito, vol. 24, n.O 18, e que é digna de mèg-
tar-se.
: .-Não devem tainbem confundir-se os actos preparatorios,-de&-
nidos no art. 14.0 do mesmo dodigo, com actos de ewcupio, definideã
no art. l O . O , pois os primeiros não estão sujeitos a punição, e os se-
- (1) Nos crimes de adulterio não se pWe quèrelar senão do conjuge g w d o a podem sel-o, como se infere do arc.
adultero e seu respectivo to-réo, se forem ambos vivos, e contra . Algumas vezes ha tambem difficuldade em discriminar b e m n p
nenhuma outra pessoa - $ 4: do art. h01.O, e 8 3.0 do ari. Es4.0. do crime eoilszdmmndo d'um frus€rado pela confusão da ilxidade do ao-
- --
-.-. Pen.
Corl. mento d e realisação. Para mostrar isto iiarrarei o facto que se de@
(2) Em Acc. de 7 out. 1892 decidiu o Sup. Trib. Just. que, quando eomm~go,quando auditor dos conselhos de guerra dó GuiriB.
as diversos crimes são descobertos ao mesmo tempo, não havendo - Juntaram-se tres gatunos e entraram de noite n'um estabeleci-.
interiormente n e n h m processo a respeito de qualquer d'elíes, póde o -mente, d'onde roubaram dinheiro e valores de mais de um conto de
Min. Publ. dar querela eonjunctamente por todos, emtmiii. : cada um réis; mas na oecasião em que levavam o dinheiro a s costa, foram-
g n b a especie diversa de procesw. - D. G., n.O 85 de i*:~::. perseguidos, e por isso deitaram fóra na rua os saccos, para fugirem.
(3) A materia da classifica~ãodos crimes é um dos assum~fos &a% depressa ~ -
mais complexos e graves, porque depende essencíalmente do conhe- . N'estc caso houve crime consummado ou f k t r a d o f L

cimento especulativo de todo o direito substantivo penal, e-importa Julguei eonsummado o delicto, porque, no -u intender, os,?gen&
mnsequencias de grande ponderação tanto no que respira ás garan-- não s ó practicaram todos os actos .da exeeuçao, mas egectivameiite
tias dos delinquentes, como na parte relativa a imposição das penas.' conseguiram apoderar-se dos valores, che ndo a traze]-os para ?
Na classificação deve attender-se: - 4.0 A~natmezado facto. va- rua, e portanto os seus actos prodnriram to% os resUltod+do fwta
ficando-se bm se as caracteristicas geraes e especiaes, exigidas jil:i -q$&liRcado,que era a subtracção fraudulenta d'esres val@re%.
Iei penal, estão devidamente constatadas no corpo de delicto, ii;;il:r -Se não se aproveitaram afinal do dinheiro, coust~tuiuissq ja uma :
importando ai analogia ou inducção por paridade ou maioria de Wzau; Éircianistancia posterior ao furto, e por issp sem.importanc9 p i a , ct
e por isso convdm firmar se os autos accusam um crime conswmga&,' ~ s s i f i c â ç kdo crime conmettido, p9is so as circumstancias ipde-
ou f m t m d o , ou uma simples tentativa, conforme as e%plicaç&& *dentes da vontade do agente .e anteriores ao facto, que deter-
expostas nos artt. 10.0 e 11.0ão Cod. Pen., e tambem-se por elles @ *~1~1uaram a falta de realisação, é que devem ponderar.se confofme
descobre a rezm'dencia, sziccessão ou aecumzclaçiio de criiries, deõnidas u, art. 40.0 .
nos artt. 35.9 36.0, 37.0 e 38." do rnesmoXodigo, e a r t t 32.9 33.0,34?
e 35.0 do Coa. Mil. de 1896, para o effeito da imposição da pena nos
termos dos actt. iO0.0 a 106.0 e 412.0do Cod. Pen. citado;- AO
- Foi isto o que me quiz parecer.
Em6m, depois de bem ponderados todos os elementos, e veri-
%cada a lei applicavel, dever-se-ba requerer a fóma do pfoceSs0 a
,

gião da culpabilidade dos agentes, porque a penalidade varia entre @e está sujeita a hypothese do sutos, em conformidade com utna
elles, e até mesmo nos auctores podem dar-se circumstancias que lhes
baixem a culpa, vindo os cum lices a ter uma pena mais pesada- (I]A gradua@ da gravidade das ienas encontra-se nos &t. 0 %.e
&tt. 406: a 112.O, e 48.O e 4t.0 do Cod. Pen.;-3.0 A penalida C&, Pen., e art. i8.0 do Cod. Md. e 1896.
quantõ pelo Codigo Penal n5o forem classificados os crimes, r:%%." até 1:%2.0 da Ref. Jud. Nov.; salvo se para' certos
que devem comprehender-se na denominação de crime- de i p j m s hoiiver processo especial. .
policia mrreccional, são considerados taes: -3 . O Os crimes A&: &O - Os réos, a cujos mimes corresponder pelo
a que não cabe por lei maior pena do que seis mezes de .:.idigo: - 1 . O A pena de prisão ate dois annos;- O
prisão, ou desterro para fora da cornarca; -?.O. Aquelles, :i?.&eri'o até dois annos, ou até 2008000 reis, quando a
cuja pena é deixada por Iei ao arbitrio do juiz, o qual iet&xa as quantias; -La A snspenção dos direitos-politicou-
nunca poderá e&ender-sealém da acima referida, ou 4Q$00Q .& seis iannos; - 5 . O A suspensão do emprego sem mais*
reis; -3.' Aquelles que antigamente eram processados Mrnr,ão, ou por mais de dois annos; seráo processados
pelos almotaces, nos quaes, não sendo a pena marèada em ;atkrbem em processo correccional, mas com as ;sepuintes'
ler, não poderi o juiz applicar outra maior do que a d e ii~odificaçáes;salvo-os casos%emque houver processo e s p s
2M000 reis, og vinte dias de prisão. , .:ia1 estabelecido por lei para certos .crimes.
5 unico. AIOra estes crimes serão processados eorrec-
cionalm~nteaquelles que por leis especiaes se mandarem
processar no juizo de policia correceional~.
Art. 8 . O - Os reos de quaesquer crimes, a que
~rresponderernpenas mais graves do que as des gnadas r"
nos artt: 5 . O e 6.O d'este decreto serão processados pela
lei
De modo que~todosos crimes a que estava designada forma ardinaria r.
outra penalidade ou se n a achavam comprehendidos nas Em seguida a este decre60 foi promulgada a lei de 4 8
disposições citadas deviam ser julgados e m processo ordi- agosto 3&53 @e dispõe. como se segue:
nario de querela. - Art. I.@-Os crimes, a que pelo Codigo Penal corres-
depois do diploma citado foi-publicado.o dec. de 10 dez. @a alguma das seguintes penas correccionaes:.- li"
1852 ern complemento do Cod. Yen., promulgado na mesma Risão ate seis, Dlezes; -2.O Desterro ate seis mezes; 7
data, o qual dispunha o seguinte: 4 . O Bulta ate um mez, ou ate 2 0gji000 réis, qnando a 181
Brt. 5 . O - Os réos r de quaesquer crimes, a que pelo Co- k a a q u a n t i a ; . 4 . O Reprehensão; - 5 . O Censura; ser30
digo Penal corresponda somente alguma das seguintes penas ,pr~cessadoscorreccionalmenle nos termos dos artt. l:%Fil,.O-
orreccionaes: - 1.' Prisão ate seis mezes; - 2." Desterro até 1:262.O da bb?. Kef. Jud., salvo se para certos crimes
ate seis mezes; - 3.' Suspensão dos direitos politicos ate h n r e r processo especial. -
-dois amos; - &.O Multa ate um mez, ou ate 20d000 reis, 5 unico. A disposição .d7esteartigo será observada ainda
quando a lei fixa as quantias; -5.O Reprehensão; - 6 2 nos casos de serem impostas cumulativamente ao m e s q
Suspensão do emprego até dois annos; - 7.O Censura ; wime algumas das mencionadas penas.
sèrão processados correecionalmenk nos termos do árt. -,lrt. -2.O-Todos os outros crimes, a que pelo Cdiga
Penal correspondam penas mais graves, ou,diversas das
Seferidas no arligo antecedente, serão proeessad- pela
forma ordinaria. -
das cspecies que distinguimos no cap. I, e consoante a a a especiali-
dade, para o que devem consultar-se as leis de classificação, aqui-
: - Art. 3.'-Fica revogado, somente na parte e m que B
Bpposta a esta lei, o decretb de 10 de dezembro ds4859,
expostas o'esta afinsa, e as oiitras que forem especíaes.
-neve nular-se que nos processos contra os magistrados jirdiciaeg :%-Fevogada toda a legislação em contrariou.
seja qual f Ô r a sua categoria, a lei não reconhece outra fórma de ,Em 29 de março de 2800 publicou-sa o dec. n." 2, &e,
processo senao o ordinario de querela, sem intervenção do jury, por .voltando ao dec. de 10 dez. 1852, drspôz do modo seguinte:
isso mesmo que, n ã revogando
~ a lei geral a especial senão quando. - Art. 1.o -Serão julgadas em processo de policia cor-
d'elfa faz expressa menção, e não fallandc o dec. de 10 dez. 185%nem
o dec. n.* 2 de 29 março 2890, que legislam genericamente, dos ma- reccional nes termos da lei geral do processo, .salvo se para
gistrados, deve suppor-se que o processo contra elles 6 o de6nido Certos crimes houver processo especial, os Ct-iIne~e as
ns %v. Ref. Jud, -'mntraven&es, a aue corresponderem, separada ou GWU.
Iativamente, alguma das seguintes penas; - Prisão eor-
reccional ate seis mezes; -2.' Desterro até seis mezes; -
3." Multa até seis mezes, ou até 5004000 r&, quando a CAPITULO It'
leicfixar a quantia; -4." Supeusão do emprego ate dois
annos; - Susfensão dos direitos politicos - até dois
amos,;- 6.a Reprehensão; -7.= Censura. -Termu regulares de cada espaie de piecesse
Arl. 3.O -0 s crimes a que corresponderem, separada
oii cumnlativameqte, algnma das seguintes penas: - 4.'
Prisão correccional por mais de seis mezes;-2." Desterro 5 4."
por. mais de seis mezes; -3:" Multa por mais\ de seis
mezes, ou at6 1:000#000, quando a lei Zixar '2 quantia; - ~ & e s s oordinarie de querela
:4."Swpensão do emprego por mais de aois annos, ou sem'
limitaç2o de tempo; -8." Suspeneo dos direitos politicos A
por mais de dois annos.
Serão julgados sem intervenção de jurados em processo petição de querela
correccional, observando-se as disposições estabelecidas
para o processo de policia correccional, com as modifica- . d)i'z o decu- n.O- f de 45 set. 1892:
s$$
ções designadas nos subsequentes, salvo se-para certos cr Art.'
,.

45.0 -É dispensado o summario. Concluidoa qiipo


crimes houver processo especial D . ;!,I delictir, e julgado subsistente, ira o processo eom vista
Depois d'esk decreto @i promulgado o &c. n.O 1 de 15 .,i~:Ministerio PaWico, .para este dar a sua querela qiie n30
%*
set. 4892 que diz: writ redusda a 'auto, ou declarar-os motivos por que a nãò
Art. 19.'- Se o crime fôr dos mencionados no art. 3.' .:!.ie~subiião
;' os autos em seguida a-conclusão p a u 0-juie
do decreto n." 2 de'49 de março de 1890 seguir-se-háo ~!::ioperíra sua dec~sáo.
-depois da pronuncia os termos indicados no mesmo artigo. $ unico. Na tendo sido inquiridas as VintéteskmiFnhas
3 nnico. Se ao crime corresponder alguma das penas .:.C.qrpo de delicto e sendo necessario inquirir -alguma
&aiores, seguir-se.hão os termos ordenados na fiovissima !;!stemu~ha,~ ou proceder a -álguma oulra diligência, o ju&
W r m a Judicial D .
= .

--4-.- i:i8~iosamente,-ou a requerimento do Ministerio ~ & i i &


Em eomplemenlo destas disposições apparece a lei d e 4 iiiatidará proceder a ella.
maio 1896 que preceitua no art. 5."- aos agentes de um -Aí-!. 18."--A parte aecusadora, havendo-a, s4i.á intipáda
mesmo crime, seja qnal fôr a penalidàde em que se achem !..na dar a querela,.
incunos, serão todos processados e julgados pela fórma do *Diz a lei de 4 maio 1896, que,confi&<@m WO&@<F
processo determinado pela pena mais grave». : s o dec. dia. n.O 4 de $2 maio 1895, posto expressq
a:% .
.
!:.;ente em vigor no ultramar:
'&ri. 2.O- Quando pelas testemunhas inquiridas, e-pelos
w ~ k a elemenbs
i dó corpo de delicto, ep-casos a que COII
responea p;ocesso de querela, se n'ie verificar a existenci-a
lia;crime, julgar-se-hão irisubsistentes as di6geneias Ndiz
&aeg empregadas, e ,o processo ser- archivado. - -.

- Art. 3.O -Se conjunctarne~tecom a verificação do crime


6.deseolsrir-quaes foram os seus agentes, o ,linisterio
hblieo e t r a estes dará logo a sua querela.
-4 V0L. í
Se, porem, da inquiriçãfo d e testemunhas e dos mais
elementos do corpo de delicto, resultar a verificação do
crime, mas não a descoberta dos criminoscis, devera n'esse Pronuncia. (i)
caso ser jutgado subsiskente corpo de delicto sobre a cri-
minalidade do facto, e o Ministerio Publico dará logo a sua I?ormiilada a peti;ção de querela, o juiz, estudando éon-
querela contra incertos, podendo offerecer testemunhas até
ao numero de vinte, alem das referidas, e requerer luik,
o mais que %r necessario para descobrir o criminoso;,. .L

Diz a lei de 4s julho 1855: ~ - ( I ) A -0 Cod. Com. de 1888 decreta o seguinte:


aArt. 7 1 2 . O -Na sentença üa declaração da quebra, ou depofs
uL4rt. 9.O-De todo e qualquer corpo de delicto, logo &e.lla em qualquer estado d o processo póde o INbunal ordenar a
depois de distribuido, se continuará vista ao Ministerio @ç%o ITOfaliido, (4) e ~ d equaesquer agentes do crime, se rewhfiecer
Pdlieo, o qual dar& a sua querela dentro de oilo dias -a * e procederam com culpa ou fraude, sem prejuizo dos ulteriores
coiitar d'aquelle em que lhe fôr continuada vista do corpo m o s para definitiva classificaçã~da quebra.
de delicto, excepto se o r60 estiver já preso; porque n'este 8 4." O dísposto n'este artigo não altera as regras de admissibiti-
&de de fianga ou termo de identidade e resideaeia 12) para evitar a
caso- a querela- será Hnpreterivelmente dada dentro d e pri&o preventiva, que, alias, sem essas garantias, os r6os so8peráo
qiiarenta e-oito horas da vista mencíonadau. ste final julgamento, sem prejuieo do recurso da decisão queordena
Dizia a Nov. Kef. Jud.: a captura. (;O
,S 2.0 A delibera@o do tribunal ordenando a prisão do~failidoe dos
#Ar&.9IJ.O- Os juizes de direito, ou ordinarios, rece- outros agentes do crime equivalera, para todos os effeitos, a despacho
bendo dos juizes eleitos os corpos de delicto, e aclrando-os Be pronuncia.
legaes, os communicarão ao Ministerio Publico, o qaal no L Ar&. 741.0-A sentença da classificdção da fallencia applicar&

espaço de vinte e quatro horas improrogaveis dara a sua $dirào as penas que couberem ao caso, segmdo o Codig6 Penal e
&ais leis vigentes, sendo executoria como criminal, que igualhèntb
querela, ou lançara á margem dos autos de corpo de delicto ãea sendo.
as-razões, por que entende, que não deve querelar, e Òs =g 1.0 Ao julgamento deve sempre comparecer pessoalmen'e o fal-
remetterã com. estas notas aos respectivos juizeso. ;Lido, para o que será novamente citado.
. Em virtude, pois, da mmbinação d e todos esles textos 8 2.0 O julgamento póde ser a d i a d o por espacp não superior a
30 dias para se obter a prisão do fallido. se e116 faltar á respectiva
.
s e deprehende que o Min. Publ., depois de distribui- a audienciã.
. + -

Corpo de delicto pelo juiz, è depois de devidamente julgado- % 3." Não se podendo fazer a captura do fallido, será julgado ã
subsistenle,. deve dar logo a sua querela, ou dizer os mo-. kvèlia, sepda prhiamente citado por editos de trinta dias com essa ,
tivos por que a não da, quer os réos estejam presos, q u w
soltos, sendo a parte accusadora intimada para tambem
deduzir a sua no praso que-o juiz lhe marque, visto a lei
não o designar. As querelas dadas são reputadas uma sb, (1) Compete exclusivamente ao juiz presidente do tribonal commekial m-
derar tr prisso do fallido e dos outros agentes - n . ~ 13.0 do art. 1LO do CoB.
e seguem o mesmo processo -art. 885.O da Nov. Ref. -i& ~ ~ - - - -. Cinm
Prw. ---.
(2) T d e m compete exclusivamente ao juiz Gidente do tribunal commer-
@al-admittir á cau~ãoou á restacão do termo $)e identidade o fallido e agentes
-'art. 14.0 n.O 13 O do cit h d . do Pmc. Com.
*(3) Que recurso 6 este? Os Jctos. não estão d'aeeordo. E indubitavd q ú è a
smteqa declaratoria da quebra fixa o estado da pessoa, e constitue como que
QB preparatorio da causa, indispensavel á existencia d'esta, vindo as& a"*
Bresentar e-seu primeiro termq, de que os demais são seeumeato~Logop h c 8 ,
O recuno a interpbr é o de aggrava e não o de . . . !latão; mas como a
%. 6é Lisboa se pronmciou em sen kcc. de 8 fev. l*:k oo'sentid'dã a e1
%,prudente será não contrariar os trihnaes, e tanto mais que lá está o?ei
a;e 41 de 15 set. 1899 no art. 21.0 para corrigir as opiniòes.
scienciosamente os autos; lança o seu UeSpChO ae pronnn-- ~;;:.i&dicia~ill~;,ilente as pessoas contra @em se querelori,
-
.a penhumas 011tr:13TfPorforça do a r t 872.0 da Nov. Ref.,
'i,i&inado com .a primeira parte d@ art. '3.O da lei de
. ;1 &a$ 1896, caso tenha provas bastantes para a indíeiagãa,
dentes que na culpa ou fraude-ha terceiros, agentes do crime,- a p m ,- ,.:>.ifqrme prescreve o art. I4.O da rei de I8 julho de 4%!,
do faihdo, contra os quaes o tribunal não tenha usado da-facúldade ,;:!ia-embargo do art. 987.O-da Nov. Ref.'Jud., como expiica
que-h? he coacedida no art. 712.q deve a sentença % classifleag& :, &eu.de~Leg;no n.O 470, 10." vol., pag. 27; (1) o u e@@
indicial-os para serem criminalmente aecusados e julgados. .h!.inda so-ar os querelados presos e archivar o.process,
.J tok sentença daglassifica ào da quebra tem para com o s f e p ,
ceii-os que indiie ou efíeiilos do%mpacho de pronuncia. ki.:csnSequencia da falta d'essas provas -i t , _X-i."da
5 &: A acção crimiiiãl contra térceirowque forem comm&ciant&, '?.= Réf. A pronuncià deve ser lançaila no- praso _deoito
&guria p x ap enso ao processo da quebq no mesm-thbgal, ap- .:iI$, se os accusados estirerem presos. O praso çomeçga
2pro riando se g e s a Iegislação do processo criminal..
-i 3 : s indiciando sentença da c l a ~ f i c a ç ã ooutros agentesdo
crime de quebr;tcnlpoea -ou fraudulenta, albm do fallido, podem os
c.llirer do dia em que os cùlpados fgrem entregues ao
r r i d a l . e s s a d o aquelle lapso de tempo, se não howver
credores oú o Ministerio Pubiiéo-proceder eoptra elles separadamènfe orruncia, os presos têrri direito a soltura -ar$. 988; d a
no trihunal comnium. :i.~~. Ref. 'Jud. e art. 29.'-$ 3." da lei de 3 abril 1896..'
-O Su .Trib. de.3ust. em L c . de 10 março 489aòécidiu que'se .SB,porém, o Min. Publ. querelou de incertos, procGde-se
-terceiiros i r e m pronunciadip pela fibunal c~mmercialn'uma sen-
tensa & deolaráfão de quebra, só'póde proceder-se contra elles aós @viamente a secnamario~comas testemunhas òffereeidas,
temos de %Ceusa@o e julgamento perante o tribunal,commercial, I: rir, fim, havendo o processo preparatorjqpo? findo,.ò juiz
-53. forem C+me~c.ciantes, alias, devem ser aecusados e julgadqs +e- .i- o: seu despacho, pronunciando, ou n a , qujlquer i ~ -
--te s s tribynaes criminaes- D- G., n.O %7. Jiuiduo que se mostre dulpado. -
"3-Ao j ü í z presidente do tribunal de commercio compete exclu-
s i m e n t e lançar despacho de pronuncia, quando o Celinquente con- .,No-deipacho de pronuncia deve o-juiz relatar todo o pCa-
t r ~ i e %s r disposições legam que garantem a propriedade industrial- raestq. e m resenha, fazendo uma exposiçãó d'orzde cqisje
e ~rnrnercial,e nos casos de falsificação ou imiagão de mar&s ou . .:@qnitidez o facto e suas circumstancias, e pessoas-por
rsmbos,de fabrica ou commercio, ou seti usofiaudulentq ou e x p - :--koffendidas, as prova's da indiciação, a lei que p r ~ ~ l i i t i i ~ .
s i ~ i i a-venda
i dos objwtos assim mamados, por isso que a acçiio cri---
lute+ por taes $otivos corre perapte o eompetente.lrihuna1 crim@ãi .; hcto e o qualifica crime, corno lhe ordena o art. !;fi!).~
--fim@ da legs@cão do processo penal, cabendo ao-juiz presidente &%v, Ref.;'e, declarando a responsabilidade @e igpenbe",
@das as attribu~çõesconlmettidas na mesma legislaçao m s juíze-de .k&diciado, cuja individuação deve fazer escrupulosani@e~-
-&&h, eoma se infere do n.O 15.0 do $ 1 - O da art. 14.O, combinaai3 :9&ase o crime obriga o réo, no seu livramerito, a prísb
mm.0 § unicqdo aH. 97." do Cod. do Proc. Com., e a r t t K O ,tO?L6,
i3l.q 147.0 e seg , 190.0 e seg., 196.0, $IX.~ e seg. a'uma das leis de e canção que poderá logo arbitrar, ou sómeiite a prisáo,
%maio 1896, que approvou a dec. dict. de 15 dez. 4 9 4 , reguládo ipe logo orde~a,se o indicrado não e s t i r r já preso-ón
@elo zegulamento approvadu por dec, de 28 mw,o 1895, e ar16 i?\e &ançado; e manda lançar o nome do indiciad.@naregisoq
-3. dó dec. n." 2 de 29 mar40 I890. &minal, conforme o disposto nos artt. 10.8 e 43;' do a@.
C- O processo preparatorio até a prisão ou fiança d6ve ser-sê;
creto, Conforme disp* o art.. l:OOi.O e 8 unico dasov. Hef.. com cuja de 7-wv. 1872, que substituiu o livro dos culpados de-qye
doutirina eopeorda a port. do Min.\da Faz. de !29 março 1895, det.er- * a o -art. 4:OOO;O'da Nov. Ref. Jud.-, bem como _a folha
minando o mais rigoroso segredo nos processos &ocontenc~osof i + i
ate a-publicação do.@spacho de indiciação.
: -Os effeitos do aespaeho de renuncia, logo que passe'@ j$-
&%dolsã@, em geral, obrigarem os &ceionarios pubiieos á suspensao
des seus cargos,ãlém d'ouh-os, conforme os rc-s re-guwentos '('L),Em COR^&^& aecidiu o Sup. Trib.-de J u ~ tem
. seu Acc. & @
'da c l ~ - % ' aque pertenqam, e ~ m ~ a s -%$ii?111-11$ãa
s k do direito de . w s t o i880,puk#&-éa Rev. $e teg., pag. 367 do Wp v?]., de&-.
v o t a ç a o a t ~ l npára ~ ~ n ~cidadãos - si.6.&?
~ ~o~s~demais 4.O e e, é .mndo que para apronuncia não e necessario prov@p h a , mSs.apmas
arti. 6k.0 e ii!i,*da lei eleitoral de 41 maio 1896; Sart. &O ' .n i 5 . O &cios, pois o-árM1.0 da lei de I l jiilbo 1 6 5 não .rev~@n o ar&.*
40 .@d. Adm. de 1896. .%~!JB~& Nov. -8ef. - .
@rrida, e passar os competentes ,boietins do'mesmo I=&
gistro, assim que o despacho de pronuncia passe e m jul-
gado,' ou se achem. presos os indiciados, na fórma do 5
mico do art. 9 . O d6 dec. de 7 nov. 1872.
O despacho de .pronuncia, no :qual s e devem mandar . .& anetoridades administrativas do concelho onde tal individuo e&:
$assar os còhpetentes mandados de captura, e e n t r e ~ ao
r 5;:. a fim de ser por dlas auxiliada a acção daj~siiea,~n@s termos
Min. Publ., não póde ser intimado senão depois do reo .I art.-853.0 (e actualmente do ILO 25.0 do art. 278:) -do Cod. Adm.,
I das pwft. do M. R. de L7 junho- 4839 (D. G., R." 14k) e de i0 agosio
estar presò ou afiançado, como declara o arb. 996.O d a Nov. ..
Ref. hd., se bem que possa aggraaar-se do despacho
da prisão o~ fiança em vista do dispósto na n.O 4 . O do árt.
-1@3 (D. G., n." 489).
/

$3."Tambem o magistrado do Ministerio w i i c o poderá @quisb~


.ia,apctòridade administrativa qualquer priaao, sem lhe'remetter os
13." daMde_.@l$_iu'-_1855.
- ,, iiiandados da auctoridade judicial :-l nos casos do art. i:OD.?da
- -Sedo o r60 menor, õ juiz nomea-lhe logo na despacho Bforma Judicial, em que se póde prender antes de culpa f q d % . ;
-.%O nos casos em que sómente a pris.Sc, é que p&ie Beterntiuar a
de pronuncia o respectivo curador, deferindo-lhe juramento eompet&eg Sò juizo, como succede na hypolhese do ar!. 86B.eQa
e mandando-lhe intimar, o despacho, assim como ao dito &ada Reforma, combinado com o outro art. 870.0; e -3.O ,&&&&te;
reo, depois da prisão ou fiança d'este. @s casos de fuga da cadeia ou do degredo; ficando porem respon-
savel esse magistrado ela reguiaridade da prisão em torlos- estes
iasos, nos termos da *!r do Ijv. 5.9, til. 95.0 que tracta dcs que f ? z m
aareem privado; e devendo a auctoriùade administrativa que effeilnar
estas prisàes, e o carcereiro que receber os preFs, proceder em tudo.
na conformidade $o_art. 2.52: do Codigo Admín!strativo.
Prkaâo (i) § 3.0 As di osiçoes dos $6; preced$nies nao impedem que o ma-
gistrádo a< $&irterio Publico requisite, para se eaituar a prisao
, ,
dos rkos, o auxflio da auctoridade adminiafrativa do proprio ceneelho,
A prisão pdde ser consequencia d'üma indici&á;o em 3% que elles estiverem pronunciados.
An. %.*.-Se mandados de prisão não permittirem el!; ?e
processo, ou d'uma preueqdo. possa substituir $ fiança, 10 o que se effeituar a captura do indli
viduo que, estando pronunciafo em julgadq diverso d'aquelle opds
foi preso, tiver de ser para ahi remeitido, a auctoridade judicial -m
rtgministrativa, que realisar a prisk, avisando a outra que Ih'a re-
A quisitou, mandara remetter o preso ao juiz, -que deve jdgal-o.- - - .

DECRETO REGULAMENTAR DE 23 DE WNHO DE 1845 $ '1." Esta remessa, se a prisão tiver sido feita pela auctoriCta@
,. Judicial, haverá logar, sendo .viado o preso ao juiz do julgado mais
proximo em direqão ao destino do r&; este juiz remettera depois o
O dec. reg. de 23 dez. 1845, uujas disposições ainda estão em reso ao do julgado immediaio na referida dírec 50; e asem por
vigor na major parte, dispõe : tianis a. que o preso seja entregue ao juiz d a c u k . ;
~Art.L*-Quando as auctoridades judiciaes, tendo proferido des- : 2: Se a prisão tiver sido feita por auctoridàde administratka,'
pacho de pronuncia obriga-atoria por algum crime publico, ordenarem esta mandaka entregar a reso á auctoridade admfnistfativa do c&-
& câpturá do réo, o escrivãk do processo passara logo tantos man- cebo rnaia.prorimo na $ração do juizo da culpa; a a u ç l o ~ a d e
dados~qnantosexigir o respectivo magistrado do Ministerio Publico; a6ministrativa &'esse concelho o mandara depois entregar á que se
pqdendo W b e m entregar eguaes mandaüos á parte queixosa, se a seguir na mesma direcgão.; e assim por diante a l que a aucbridade'
houver-e os pedir, ou a quem tiver participado o crime em 'uizoi, administrativa do concelho, 'que f6r sede d'aquefle juizo da edp&
5 i: Estes mandados, ue deverão conter todas as-deckra~oes- entregue 'o r60 ,ao competente juiz.
indicadas no vt. 1:OíB.o%a Reforma lu+iciarh, se o indiriduo, a 0 A remessa dos presos, que o tiverem sido por a u ~ t o r i d a b
3
.
quem respeitarem, não estiver no frropriojulgado em que se proferiu administrativas nas tres h,yptheses d e que dracta 1, 5 2.O do art. 1,'
a pronuncia, serão remettidos psig competente magistrado do Minis- d'este decreio, sera feita igualmente por interven@@de auctoridades
terio P12Blico.ao do julgado, ou-da comarca, onde coostar que se acha' ;idministrativ&, na fórma 305 antecedente.
a- mesmo'individuo para se promover incessantemenle a prisão;.po- Art. 3."-Se os mandados de captura permittirem que eiia seja
dendo os ditos magistrados enviar simulhneamenfe iguaes m-dabs &bsbiluida por fiança, a aucíoridade judicial ou administrativa, que
. -
'prbesso, contra eiies se prssarãó mandados de custadia 9i-a duplicado, a fim d'utn d'elles -r entregue aos deli&-

~vereffeieituadoa priskrequisitada, procedera segundo os ar62.~0-17.~ qae parao visto sejam as guias sbmente apresentadas nos jutgados
,e-1:048.* da Reformaludiciaria,entregando o réó ao juiz do distr,ictõ n éoneelbos, onde ã tnt a pernoitar. . - . .
criminal, ou do julgadoem que tiver logar a prisão, afim de que o r60 5 J? Em cada julga& oii concelho, onde os presos rernetfidc53
~ s ase, quizer, prestar fiança perante esse juiz, o qual, se elie a fmwn entregues, a auctoridade, que os receber, dará recibo- ao a&-
nao prestar immediatamente na fórma dos citados artigos, remetter2 cíal que os,acompanhou, para este o apresentar logo á auctoridade
logo o preso para o juizo da cuipa, nos termos do $' 4.0 do art. 9.0; que-%$ver enviado os presos, a fim de &vir para qiiaesquer averi-
Art. 4.O L A auctor~adeque, tendo requisitado -alguma prisão, quações que possam vir a ser precisas; e o dicto officiaf, se-não
-receber aviso de que esta se effeituou,dirigir-se-ha,logo que o pi-eso &presentar esse recibo, responderá nos termos da Ord. do liv. 5.9
- deixe de ser entrègue n'um praso sufficiente, a auctoridade que fez ri! l @ f 5."- - -
- o aaiso, para se~averiguarse o preso se evadiu no transito, e proce- Art. 7..- Não sendo possivel conseguir eseolta militar ou tropa,
der-se-3%no caso affirmativo, contra quem de direito fbr, a vista'do. para. o~seryço a qne alludem os,$3 3.0 e 4.0 do art. 6.0, os-of8ciaeS
recibo de que tracta o 5 5: do art. 6.0 de Ollgeneias serao auxiliados, fora de.Licboa e-Portoonde este Ser-
Art. 5: -As remessas, que liouverem de fazer-se, de individúos .viço compete a guarda municipal, por quaesquer pessoas qiie n g
presos p o ~auctoridades administrativas em virtude de requisição de freguezias, por onde se pacar, estiverem sujeitos aos eecargos dos
oatras tambem administrativas, ou de auctoridades militares, deverão concelhos, na conformidadè do art. 365.0 do Godígo -Admíhistrtrtiv6
realisar-se por interven~ãosómente das auctoridades administrativas,
e não das judiciaes.
Art. 6.O- A aucroridade judicial, ou aãministrativa, sempre q u i
i ig
{hoje art. i88.* do Cod. Pen.),como 'a dispunha a Ord. do liv. 8.q
til. 85.0 19.O, e do iiv. S.*, 61. i61:, 1.. 3.0 e ao;sendo para essa
fim ooti eadas pelos regedores de parochia, ou por seus cahos~de-
tiver de remetter um ou mais presos, os fará acompanhar de uma policia, segundo as ordens que receberem, assim das auctoridades
&ia de transito para cada pr-,so, na qual se declare o nome, a edade, ministrativas, como das judiciaes, por serem esses rege-res e
a liliação, a-naturalidade,e os signaes d'elles, o motivo da prisão, o &ns cabos tambem officiaes de.policia correccional, nos temes.do
iiestino, e o itinerario que levam; rogando-se na mesma ás aüaori- ai%.@.O dodec. de 6 julho i836 (D. G., n."-ia), e do 8 2." do alf.
- dades, seja qual f6r a sua denominaç50 o~ qualidade, que por, bem -115.0 da Ref. Jud.
do servi publico auxiliem a diiigencia, como Ihes cumpre. 3 unieo. Os dictos regedores de parochia e-seus cabos de policia
- ( 1.O gn! caüa julgado ou concelho, por onde o prem passar, a -o estas notiãcações, com,amaior igqaldade, s e p t i o os róes qu'e
'respectiva auctoridadejudicial, ou administrativa, segwdo a remessa 'devem ter das pessoas de seus respectivos districtos sujeitos a e s
fòr feita por intervençào d'umr ou d'outra, porá seu visto na guia; encargos pessoaes na conformidade das leis, de modo que jamais
.e se-intender com essa occasião que 6 necessario alterar-se o iline- nobiQquem pessoa incompetente, nem ainda segunda vez alguma
rario do preso, o poderá declarar na mesma'guia. d'elias sem terem antes notificado todos do mesmo diskicto;-pwbm
5 9-e Se, no momento de chegar a qualquer julgado ou concelho- os individnos notifieadss Doderio fazer-se substituir ~ o Dessoa
r i41,-
o preso remettido, acontecer que se nao encontre logo em sua resi- nea. Quaesquer duvidas, q'ue sobre este servigo se oNire&reur, seviu
dencia a auctoridade a quem competir mandar recolher o preso na decididas demia, sem preiuizo da dilioencia, oela aucioridade flue for
cadeia, e ~)rovbrpara que prosiga aa-emessa, qualquer substituto-da competente ;cumprindo ;que tiver de fazetâ remessa h a r o nümerct
mesma aucwridade será competente para tudo; podendo até n'este d e pessoas que devem auxiliar a diligeneia, as quaes So Em càso
caso as auctoridades judiciaes snhstiiuir as administrativas, e aice- extraordinailo excederão de uma para cada preso.
vmã.. Art. 8.0-0s presos da justiça que, tendo em appeiiqão seus prù-
3 3.O Ospresos serão acompanhados em cada julgado, ou concefbo, cessor, quizerem ser removidos das cadeias em que se aebarern para
por um dos officiaes de diligencias da auctoridade que ordenar a re- as da- comarea, que for &de da respectiva ReT:ia..il), deverão agar
messa, ou a fizer pr6seguir; estabelecendo se para este serviço m @dasa s despesas de remessa, em eonformidqld do árt. i da
turno entre os respectivos officiaes de diligencias, aos cpiaes se dará Reformá .Judiciaria; e, não as pagando;perrnanecèriio nas c a d a i
auxilio de uma escolta militar, quando fôr precisa, e a houver dispo- em que estiverem até ao julgamento final,-uma vez que'se-não faça
R~vP.!.
-- --. .:p'eciso removel-os por segurança aos termos do árt.3 9 . O do regda--
$4: Os presos que forem levados por-alguma tropa, q ~ n -'ella. %=to das cadeias. (Este reg. era o de 16 jan. 1843).
se prestar a esse servico por occasião.de marchar para o-mesmo drt. 90 -Quando os presos nas cadeias das Relaç6es 6Òuvereh
p t o , ou de por elle passar, nao deixar20 por esse motivo de ser de ser removidos para as de qualquer jnlgado, por Ihes terem
-ompanhados do respectivo oficial de dibge~cias;bastàndo pudm annullados6sprocessos; por serem chamados para respon&r a i f I u s
qaent.8~no acto de prisão,-sendo todos devidamente datados 5 assignados pelo'juiz, para debaixo d'ella serem conduzidos

crimes; ou emfim-por qualquer outro n~otivo,serão os mesmos presos' h,nos termos dos St'2.0 e-3.0 da mesma circular, salvo po @e
entregues, de oraem do respectivo presidente, por um oficial de di-. p r t m c e r a e.xtradicçao dos réos hespanhoes, a qual deve ser requi-
ligencias da Relação ao juiz d o julgado, fóra da comarca que fôr s$de sitada de governo a governo para ser feita, quando tivèr logar, pelas
da mesma Relação, mais praximo n s direcção d'aquelle para onde
ospresos sahirem;,a fim deque b mesmo juiz faça proseguir na re- auctoridades admjnistrafivas, que para este 6m tomarão coata dos
messa, como fica estabelecido no g i." do art. 3.òà'este decreto.- réos hespanhoes mandados entregar.
Art RIo- A remoça dos presos de\umas para outrasza~eias, § unico. As duvidas que a s auctoridades portuguezas, adminislra-
só por motivo de precançZo ou segurança, punca se effeituara e m iims ou judiciaes, tiverem acerca do cumprimento de taes requisi-
'que as ,respectivas auctoridades se entendam presiamenre a este
tgrias, ser%o'Pepresentadas ao governo pelo ministerio respectivo com
todos os esclarecimentos necessarios, ara que elle os possa resolver
respeito sobre a capacidade das cadeias, e os meios de sustentar os
presos, exceptuando-se unicamente algum caso extraordinario que &
-devidamente; porém nunca servirão pretexto para que essasàu-.
ctoridades devolvam, por mero arbitrio seu, as mesmas requisitorias'
não consinta a menor demora na remock, tudo nos icrmos da Eort. . ,
.
do Min. da Just. de 2%maio 1844 (D. &, n . ~134). -sem nenhuma execuçao
, - AI?. 14."-Nas remessas ou remoções que se fizerem,-assim pelas
Art. 1i.O- As guias dos senteneiadw a trabalhos publicos no , auctoridades judiciaes, como pelas administrativas, segu@-se-ha o
reino, ow nas ilhas, serão remettidas pelo Ministerio Publlco a snpe- caminho que parecer melhor para a segurança, ou ainda pacaa e m -
rior auctaridade administrativa do districto em que os réos tiverem modídade dos presos, segundo a Ord. liv. 5.0, tit. 440, § 7.0 eiit. 449,
sido processados; ficando elles desde logo das cadeias em que esti- %$ 1.0e 13.0- Quando, porém, Wes levadas ou remoqões se fizerem
verem, ou para onde forem removidoe, a disposição da meirna aucto- por mar,- os mestres dos navios mercantes em que forem os presos,
ridade, para effeito de cumprirem a pena, segundo as portt de i 2 obrigar-se-hão por termo a letal-os a seu destino, debaixo da pena-
set. e d e 20 nov. i839 (D. G., n.OS 218 e 28.9) ou de a expiarem, wn- de responderem p w elles como-carcereiros, na fhma da citada Ord.
forme o !$ uuico do art. 42." do regulamento das cadeias, com refe- do liv. 5.0, tit. 143, 5% 5 . 0 ~ 6 e. ~43.0 (Actualmente são applaveis os
rencia ao dec. de 6 junho 18&%(D. G. n.O 13k). - e 193.0 do Cod. Pen.).
Art. 13.'- 0 s preoos de justiça, comprehendidos os d o s - ~ ~ ô r e s ; artt.
Rue ferem definitivamente condemnados a degredo para o ultramar, Art; 15i,- Os presos que entrarem nas cadeias para serem re- .
e não estiverem na capital do reino, serão logo remetcidos p d a com: metti-s, ou durante a remoção, não serão obrigados a pagar èarce- 2
etente auctoridade a presldencia da Relaçâo de Lisboa, acompanha- ragem, nem-qualquer outro salario, ou propina, aas offlciaes condu-
$03 &mente @uma guia de transito, nos termos do ari 6.0 d'estede- ctoies; porque eómente pagarão carceragem nas cadeias do juizo em
creio, enviando-se pelo Yinisterio Publico ao procurador régio da 'que penderem os processos os presos que os tiverem. (1)
mesma Relação as certidões das sentenças em todas,as instamias;. 5 i."Os carcereiros de todas as cadeias; onde taes presos fimrtim,
bem como as guias com que o s réos devem pariir para os degredos. ter% o maior cuidado em que os empregados dasprisões, se os houver,
.não tomem dos mesmos presos dinheiro, falo, ou algum outro objem
Os degredados porém, que estiverem na ilha da ?tiadeira, es erarão
ali que os vão levar para os degredos, em conCormidade do i: do
art. 43.O do regulamento das cadeias. (1)
1 a titulo da Caamada-patente, da limpeza das prisões, ou de qualquer
pr@texto.- -
Ai?. 1 3 . " - ~ s requistforias que se receberem das auctoridades 5 $.O Os dictos carcereiros, quando os presos forem recruty aa L

civis ou mjlitares de Hespanlia, para p r i ~ ã oe entrega. segundo a exercito, ou simples desertores, deverão, sempre que fdr, p ~ s i v e !
convenção de 8 de março de 1823, de mancebos alistadós para o re- - sem parigo &'evasão, recolhel-os em logar separado dos crrinrnosor,
'ou elo nienos dos que forem &s de crimes graves e ihfames.
crutamento, de recrutas ou de desertores, serão cumpridas pelas
aucto~idadesadminiszrativas, as quaes immediatamente remettec.30 &t.
- 1 6 i (2) -A despesa que a fizer com a sustenta@ dos prtsos
os presos ate á fronteira do reino, para ali serem entregoes ás .au-
ctoridades hespanholas, na conforinidade,do 8 1." da circ. do Wn. , (I) As tabeilas actuaes de carceragem encontram-se no art. 70.0 da tab:
do Reino de 5 junho 1810 ( D . G., n.aj09}.-As requisitorias, porém, eiriol. jud. approvada or lei de 13 maio 1896, devendo os emolum~ntosser di-
que vierem das aucroridades judicia~sdo reino visinho, acerca de vididos em Lisboa e jorto 6nti.e os empregados d'estas cadeias e o estado, con-
-hespanhoes ali'criminosos, serão cumpridas pelas justiças pertugub-, f q e a ercenta em estabelecida nos artt. 18 O e 19.0 § unico du d e ~ d. e v i %
* . - dez. 2898 regulafo pelo dec de 98 junho 1897.
(2, Pelo art. 249.0 n.0 3.0 do-Cod. Adm. de 18& competia aos administrado-
(I) Vejam-se actudmente os artt. I0 0 'e li.@e §§ respctivus do regulamento res de concelbo a sustentaçào dos presos pobres por conta do estabo. Em coa-
provisoiio das cadeias de 12 dez. 1879. sequeneia do dec. de 28-agosto 1845, que declarou o regulamento das d e &
Q cadeia. Nós-mandados dève conter-se a explicação d6- &e, a desipação da pessoa, a declaração @,ser aprisâo;

pobbs,'que brem levados ou removidos, na f6rma d'este regula* tt$sponsavel pela sua disciplina e o uMco competente para provfden-
mente, será abonada em cada julgado ou concelho, em que elles per- &ar s ~ b r as
e disposições ue deiem serJomadas, a fim de eüraprír
. noitarem, pelas commissões encarregadas de os alimentar, ou peías amquisição da auctcridaje civjl, re@uisição que.lhe deve ser apre-
miseri&ordiasonde ellas têm esta-obriga ão. senuda por escripto, ou vocalmente em$resença-de testsmonbas,
_ A despesa,do cordel p m a prisão, e! pa5sagem de rios, oude -do circumstaneiasurgentes e extraor inarias m e permit1ariI que
eavalgaura para algum preso que não possa por idade ou meestia seja @itapor aquelle modo..
caminhar a pé, será paga pebs cofres das muláas judiciaes de que
tracta o dec. de 2 março 1882 (D. G., n." 561, pelos quaes será paga
,%anisem aqcella despesa de wstenta~ão,quando não poderem provêr
a ella nem as commibsões nem as miseri~ordias.
A despesa coui a conduc ao d'esçes presos em navios mercantes
30
de-Lisboa para o Porto, ou Porto para Lisboa, seri satisfeita, ae-
gundo o cofIII!II,:, pela Ministerio da Justiça. As requisições pára captura de criminosos far-se-hão por meio-de
$jU$CQ. \::e& tem hoje applicaq50). ofllcios. entre as auctoddades administrativas e judiciaes, acompa-
nbnao-as dois mandados assignados pela judicial, para que um seja
entregue ao capturado. -Quando faltarem os mandados, a auctori-
dade administrativa não dara seguimento nem éxecu 50 a requisim?
&
Feita a caritura, o preso entrari na cadeia i ordem juiz goe tiver.
ysignadoo mandado de prisão.
L' O adminiaador do concelho dari logo parte ao delegado j u n t e d ~
A requisigão da forp, uhlica necessaria para alguma diligeniía jiuíz deprecante, e este delegado requisita o preso ao delegB@operante
de justiça deve ser duipr% pelo juiz ás auctoridades administrativas, o inizo onde se effectuou a prisão-Cod. Adm. Annot. de 1865, pag,
e não aos commandantes n~ilitares- Cod. Adm. Amot. de 4865, 3&, letra Q.
,pag. 339.
Na ordemá forca amada do Mín. Guer. de 30 set. 1879, pnbfímda D
no Boletim de Moçambique, n.O 7 de 1881 se determinou :- a3.0 A
requisição da força milttar para alguma diligencia de justiça~deve FALLECFNTO DE PRESOS
ser diripida pelo juiz ou agente do Ministerio Publico á auctoridade
aaministrativa, e por esta transmittida a auctoridab militar, sem o Falleeendo algum preso na iadeia deve o carcereiro dar parte ao -
que. não será satisfeita. - S.a U commandante da força requisitada-8 respectivo juiz-eleito (hoje de paz) da localidade, a fin d'esle com
um f&coltatiroe duas testemunhas procederem a exame sobre a iden-
de 16 jan. 1843, bemcomo as,d y . de 20 nou. e 20 dez. de 1839, e o d& ,de
tidade do fallecido, lavrando se auto que deve conter o assenSonSode
33 julho iSG, -passou esta attrtbuicãapara os.procuradoras Mias das ReIacQes prisão e ser assignado t.ambem pelo carcereiro, para que +poisde
e estabeleceram-seas regras para a'obten$io dos fomccimeutos, e para a respebtivi a v e r h b no mesmo assento, se junte ao processo, a hde ~ulga-se
escri turaFo Sendo depois promulgado õ regulamento provisocio das cadeias exlincta a aceusacáo, oú a exeqyão da sentença contra o finado -;
de 11&i. i&; passou este essa-attribuigo para as aueto~idadesadministra-
6 v a s fóra de Lisboa e Porto, entre ndo aos delégados e procuradores régios a
W s t r a $ ã ins
-A port.%o &. e policia %s cadeias.
da h&. &e 4 w s t o 4 8 8 3 determina o modo c o m devem
y d c i os procuradores rkgios e eeis delegados com relaeao aos contractos de
~.
5 9." do art. 5.0 do dec. reg da policia das cadeias de 1883.
Vid. art. 244 o do reg. do Cod. Mil. de 1-6 ácerp da obriq 50-
s
dos promotores de justiça com relação aos presos militares falleci os.

ornecimentos de generos para sustento do@oresos


agasalho e vestoaiio dos mesmos.
- . indigentes.
- ~ .~
, e do material oara
..
-A port: do \i11 da Jus! de 21 julho t886 manda observar certas regas
no processo das Lliids de despeza com o sustento dos presos, e policia das ca-
deias, dando o respectiTo modelo. . -
. -O-Cod. Adm. de 1896no n.. 18: do srt.'&il.o e no n? 18.0, do'5rt. S78.o I.*- (a) - Com a Belgfca de 26 junho, conf. Tn R. 2E-agosto1854,.
t e m db ás awtoridades admiPistra%as a &lùa competencia . (b) - Outra de 8 marco 1875, conf. C. R- . -
63

kubstituivel por fiança,-ou não, e a requisi$ão dhecta da i;r$apublica para auxiliar a hptura, e bem assim a.hdi-

(i)- Outm addicional de i6 dez. 1881, conf. C. R. 9 jiilho


488%.
(d) -oufia -a respeito de desertores'e iiinheims de %2
iii
fev.. 18~76,conf.5. R. i8 ju@ 1.:~;.
dade civik, qualquer que seja o motivo da prisão, salvo os casos em
i&te'é'permittido prender sem culpa formada, sera entregue ao oBT
%.#-Com O B ~ z zpara l puniçao da falsificação de mqeda e papek, .mt de categoria içual ou superior, que primeiro apparecer'fardado
de credito de 43 jan., conf. C. R. $1 out.*l-.~.l. BB acto -da prisão ou depois d'eila, e que sob sua responsabiiidade
3.. - Com O Congo belga de 87 abril, conf. C. R. 20 dez. l h*S. ' queira encarregar-se de o apresentar á competente aucforidade mi-
6.*- Com a Franp de 43'julho, conf. C. R. 22 agosto ]\:;i. litar.
.B.a - { a ) - Com a Hespaflhg de 8 março 18%, eonf. C. H: - Art. 3.0 -Tambem as praqas de pret, presas nas condições dó ar-
b) -Outra de 25 julho 4867;eonf. C. R. 13 j q . 4869. figo antecedente, hão de ser entregues aos officia-es f~rdados,e, na
c) -Outra de 7 fev. 1873, conf. C. R. 14 abril 1875, sup- f&a d'elbs, aos sargentos, que se prestem a conduzil--os a eompe-
plementar. á anterior. tente repartição militar.
Com a Inglaterra (Vid. tratado de 17 out. 4892, eÒnf. C. R. .-Art. 3 . . O official ou sargento, que tomar entrega do preso, pas-
6 nov. 1893- D. G., n.* 111 de 1894). gará ao agente civil documento declaratopio do nome do detido, do
.,
' - -
7.a Com o Lwenaburgo de i nov. 1878, conf. C:R. 2Qmaio 18QO.
8: -(a).- Com OS Paazes-Baixos de 22 junho 1854, eonf. C. R.
wtívo da prisão e da data dz entrega.
Art. 4.0 - Não comoarecendo militaies fardados. nos termos dos
(b) -Outra a respeito de desertoies de 3 juiho 1856, cnof. ,artigos abtecedenles, que queiram encarregar-se dópreso, será este
C. R. 15 julho 1857. conduzido a re~articãociviL aue immediataniente nrevenirá a-com-
(c) - Outra de 19 maio 4894, conf. C, R. 31 maio 4896 - -pétente auctorhde'militar pica o mandar'receber:
D. G., nO
. 71 de Art.5.0-Nos casos de contravençãodos regulamentos administra-
-9.a- Com a Rama de 10 maio 1 8 ~ 7 wnf. , C. R. 13 julho 18117. tivos e policiaes os militares armados são cão sómente obrigados a
' íOa- (a)- Com a Suecia e Norwga de 17 dez. 1863, eonf. C. aresbar as declarações que Ihes forem exigidas em relação á identi-
-
, R. 11 maio 186'1.
(b) Outra a respeito de mariuhei-s desertores de 47dez.
1863, conf. C. R. 11maio 1864.
,. dade de pessoa, e necessarias para a fi)r~açãodaxulpa ou autcrde
mticia, que Ihes disser respeito.
-- $ unico. Os militares que se recusarem a fazer as declarações, e
-os que, sendo praças de pret, as tenham feito de modo inverosimil,
poderão ser presos, observando-se a respeito d'elles o -prec&itu"dò
a o s arti os antecedentes.
Ar! &-.O preso gosa da garantia estabelecida np art: 4.0, aio&
Que na0 esteja -fardado, desde que o agente civil seja devidamente
-informad@deque elle 15 d e i a 1 do exercito.
Ia0- Com a BoEivfd de 10 maio 1879, conf. C. R: 31, dez. -4883 ,Art. 72 - Tambem o official preso nos termos do ari. 1.O $em &-
(Leg. 1883, pag. .62).. réito a entregar-se, desacom'panhado, a auc@ri@demilitar eompe-
. Ee-.Com o Brazil de 10 junho 1873, eonf. C. R. 19 março 4873. tente,desdé que forneça ao ágente civil a prova da sua ide+ida@e'e:
3.0-- (a)- Cohi a ZnglaJerra (na lndia) de 36 dez. 1878,-conf. C. \, daciareque vai apresentar-se.
R. 6 agosto 1879. Art. 8.0- Para prova da identidade do oficial basta a apresen--
(b) -Outra de 17 out. 1893, conf. C. R. -6 nov. 1893 - D. bação do bilhete, de que tracta o decreto de 6 de junho de 4889; e,
G., n." l t i de 1894: nk trazendo comsigo o officíai fardado o bilhete, entregara ao agente
Ciril declaração escrípta e assimada de lhe ter sido intimada a.ordem
dc-grish, ou ,de lhe ter sido entregue o preso. -
- Arl. 9.0 -A falta de apresenlação immediata do offlciai, .preso
n'estas condifões, á competente auetoridade militar consktutra in-
fral.a.:i.t de disciplina aggravada.
,,A; 1. 10.O-O militar isolado, que em serviço practicar algum faclo,.
O dec. da 30 julho lW, regulando as formalidades das prisões pelo qual deva ser preso, sixa acompanhado ao posto de policia mais
militares por agentes polieiaes, estabeleceu o seguinte: - praximo; . e, depois das indagações necessarias para Se reconhecer a
uArt, 1.0-0 ofncial do exercito preso pelos agentes da-auctori-
~
c& do oficial de justiça poder..enlnar, pu pão, em ~ a s ? a casa dp delinipénte não-póde entrar-se q n a ~ do ~
do presamida delinquente.

pne os offièiaes do exercito activo -art. 109.0 do re&amento da


organisac$io das reservas do exercita de 31 de dez. 1891.
sua identidade, sera-despedido para poder arsempenEtar o serviqo de-
que estiver encarregado, participando-se immediatamente - ,.o oeeorrido
a auctoridade militar competente.
Art. 14.O - O mitiíar armado, aauern foi intimada oraemde pri-
são,,não wra obrigado~aentregar a sua arma senão ao militar que
o receber. Ae~denançageral da armada, approvada por dec. de 5 margo 4 8 9
3 unico. Se,o militar, depois de recebida a insirnação da.prisão, .$egcreve o seguinte :
quuer fazer uso da arma contra o captor ou contra outra pessoa,, ~ A r t .167.0 - Todos os indiviùuos pertencentes a marinha militar
será então privado da mesma arma, e contra. elie s e proceüera tam- ! odem brender os que tiverem menor graduação, quando %r indis-
bem eomo auctor do crime de resistencia, previsto no art. 186i0n . ~ !.. :.ave1 á manutençáp da ordem e disciplina, e ao desempenho da
4.:-do Codigo Penal cornmum. laFi i$o,fizando comtudo responsaveis por este acro e m a Qpporíu-
Art. 12 O- O militar, p-so por agentes civis, t a h b m não pó&- ! iuade.
ser reuistãdo por elles senao verificando-se as ci~cumstancias-pre-; 5 i." Podem igualmente prender os seus iguaes ou superiores em
vistas no enico do artigo antecedente. .reta de flagrante delicto.
Art..l3.@-Os militares,.a quem for intimada a ordem de prisão; $ Quando o preso e a pessoa o preudèr- ertencerew- á
serão-traetados pelos agentes civis-com a deferemia e attençóas, qqe gmrmçZo do mesmonavio, a voz de prisão oera dala
lhes forem devidas pela sua posição hierarchica. eornmandanle. . . i ordem do
AH. i4."l3 expressamente prohibido a todos os officiaes, sar- 8 3.0 Quando pão pertencereni a mesma guarr~[~$o,será, a-prisãi
gentos e mais prãças militares, sob pena de desobediencia, intervir feita a ordem da auctoridade que immediatarnenteeommandas os dois.
n á s capturas ou em-qualquey serviço desempenhado por agen!e.k - -5 4.0 Quand0.o preso não pertencer. á Srqrada, sera a p r i m á
civis;excepto para Ihes p r e s t . auxilio, se por estes lhe for requisi- & ~ m da auctoridade que commandar o preso. N'este casa a pessoa
tada a sua eóadjuvaqão~. qw prender, dará rmmediata&ente parte não só ao seu commau-
c
. Swdo completada a doiitrina deeste decreto pelo &d. Jast. Mi6 Brintg,mas Lambem á auctoridade em nome da qual tiver iiaíio a
&e 1896, por isso damos aqui as respectivas ù i s ~ ç 6 e s Diz . elle: - ~~rrlern de prisãh
~ A r t 334.0-Em
. casode flagrante delicto, to o o agente dg policiar . $j5.0 Os commandantes odem prender os Seus w l ? o r W o s á
judiéiaria militar póde prender qualquer individuo suspeito de crime,
I-avraado immediatamente auto judicial em que se mencione a causa
1
sua ordem, ou á da auctori ade immecliatamente supqior, segundo
.a gravidade e natureza do delictou.
da priSo e as circumstancias que a acompanharam, o nome do preG
e a s.ua grai:ii:ição, sendo militar.
5 i."O uiiiirar que ahim fôr preso, ~ e r á . l o ~ o ~ ~io sdisposiçSo
fo I
-a âuctorii3ade a que na localidade -estiver snbord-do.
$' 2.. Fóra do caso de flagrante delicto nenhum militar, em-acti- CATEGORIAS DAS CADEUS
-vidade de s ~ v i q o ,poderá ser preso senão por ordem dos seus su- . \

periores, aos quaes deve ser reqnisitada a prisão. - A lei & 1julho de 2867 considerou quatro categorias de cadeias:‘
4 3." O individuo nào.militar que for preso pela anctor@ade mi- ~.WR%~~M&&S, geraes, diststrictaes e comarciis.
litar-sera-entregue á auctoridade-competented a localidade, -&genitenciarias deviam ser em -mero de tres: uma em Lisboã
8 4 Q u a l p r que seja a categoria ou posto do preso em flagante E r a coudemnados do sexo masculino, outra no Porto para coiidemiia-
delíctoj nuncá se poderá escusar neprecusar-se aresponder ás per- i k s tambem do sexo masculiilo, e outra no mesmo dtstricto do Aorro
~ . t ?interrogato to rios que lhe forem feitas pelo agente-da polic3
judiciana militam. .para coodemnados do sexo feminino. Actualmenteainda iiiaceima
11.in1

r,uaPO senzo a de Lishoa, regulada por ,dec..de ?L) noT. i?&: : --.,
-Nas -prqas de guerra e nas loealida&s onao houver coqos d e caaeias geraw existente:, sao a do %moeiro em LisFa e a da
guairnição ou comandos militares. os.oniciaes de reserva n a o p =Relqãudo Porto, e bem assim a cadeia cjmi creada em Lisboa por
der% s-eypresos senão em eaifieios militàres, unas-mesmas condie@g dd 15-junho de 1ü71 eom a denominaçao de *casa d e ~ m e q ã o e
5 YOL I
crime admitta fiança, nem antes do nascimento do sol nem -depois
- do seu occaso, devendo, todavia,
tomar-se.as cauleias-
pecessarias pela parte exterior para que se não. dê evasão.
~ *

detqüow, destinada a recolher 0s individuos do sexo maseuiifio -2.O Os casos em que esL%se deve pariici ar á compelente auoto-
.seguintes: - 1.0 Menores de i 8 apnos que se aeharem em proce$w
e não afian dos -2.0.Benores de 16 amos eondemnados a prisão
r i m e , ou seja i judicial, quando aprisão 8rordenada~pualguma
.auctoridade administrativa, on seja a auoloridade @tar do distncto,
mi-reccionaf-iO Menores b 14 anms mndemnados a qualquer quando a prisáo de algum militar fôr determinada por auctoridge
-
pena.;- 4.0 Menores presos a ordem da auetoridade administrativa;
Menores que devem ser detidos nos termos dos ktt. 443.0 a
224.O, aoi2.0 do Cod. Civ. (1) .-
juwial ou administrativa;-3." O fo;rmulario que campre segúir
nos assentos de prisão e soltura, com as averbaçdes qee-ali devem
fazer-se segundo o movimento dos presos e dos prpcessos; -
O governo foi auctorisado por lei de Ii maio 1896 a reorgaaisãr tempo por que elles odem estar incommunicaveis de ordem dos
esta casa, e no dec. de 42 dez. 1896 foi auctorisado o procurador
régio junto da Rela ão de Lisboa elo art. 23.O a providenciar para
juizes para no caso & excesso o represehtar mmpeten~men~,' q
que as menores de E4 amos que L processatias, sejamreclogs,
n'algum estabelecimento de beneficéncia adequado a esse effeito. - .
para prohibir aos presos. n'esse prqo qualquer .co~espondenea,de
palama ou por escrípto; -3.0 A distribwção dos preses que deve
fazer-se pelas respectivas .prisões, como se dispoe n'este r.-?!ila?
As eadeias civis são reguladas pelo regulamento provisbrio a- aiento;- 6.0 A tra11sjerenc1a dos presos de umas para outras pi :.:.l:.s,
policia das cadeias de-lâ ja.1 8 0 , e regulamento provisorio das gaando fôr devidamente -ordenada; e - 7.0 Os salarios ou earcera-
cadeias de 12 dez. 1872, modificado pelo dec. de 12 dez. 4896. -$ens, que deve receber segundo as tabellas que -iarão a h d a s na
As v a r a s municipaes pertence a construqão e administração casa dos assentamentos, e em cada uma das pris-S.
das cadeias comarcãs- art. 50.0 n . ~6.0 do Cod. Adm. de 1896. 3.0 Sobre a ségurança dos presos cumpre-lhe exesutar as ordens
q u e p h i & m : -1.0 Receber ou soltar presos aem despacho on-
,man ado da auetoridade compet-ente;-2 . Trazer os presos softo.
fora da cadeia; -3.0 Conceder-lhes licenp para sahirem d'e1ia;-
Envig-os as audknc@sou a outro algum destino semas cau€elas
O.!

aecessarias; -8: Facilitar-lhes a fuga, ou fugir com eiies; 6-o


Fipr com as roupas ou outras cousas que deixem na cadõiàos grew
-
Consentir-lhes ferros, limas ou quaesquer instrumentos
qom que possam maltratar-se uns aos outros ou arrombar as cadeias;
O a. 6.0 do regulamenu) provisorio da policia das cadeias de 46 e -8.0 Deixar de passar revista de manhã e á noite a cada uma das
jan. i843, o qual está n'esta parte em harmonia com o regutamento prisões, ~rades,e portas do edificio, &do assm iogar a fugas e.
provisorio de 12 dez. 1872, dispõe : rombãmentos, ou a qualquer tentativa.
~Ari.5.O -Ao carcereiro como chefe principal do estabelecimento, . g. 3.0-Sobre o tractamento dqs presos pertence-lhe cGpric as'
e primeiro responsavel por seus deveres, e pelos de seus empree- ordens que vedam: - 1.0Mudar por arbitrio seu os .presos de nma
dos, compete a administração interna da cadeia sobre cada um dos risão para outra; -2.0 Aggravx de qualquer maneira a sorte d'el-
pontos que lhe res eitam assim quanto á-guarda, s ança e trata- -k&;-3: Exigir dinheiro ou receber peitas para lhes não c a w
mento d06preSos JeTde que entram a16 que sahemycadeia, como incommodo, ou para Ihes conceder favor; -4.0 Obngd-0s a comprar
relativamente a policia, aceio,,e salubridade das prisões, e em geral
a tudo que pertence ao governo economico da casa.
-
au a vender alguma cousa; e 6.0 Espaneal-os ou de a l p mo@
opprimil-os'com violencias e maus u'aaamentos.
5 1.0Sobre a guarda dos presos-toca-lhe observar as disposi@es . Qo Sobre a policia das prisões com etealhe observár as ordens
que regula: - 4.0 A recepção e soltura dos presos para ter logar e prohibem :- 1.0Qualquer jogo de gados ou de câTUs,, seja OG
m e n t e a ordem &asauetoridades que podem decretàr esses actos; %o para tirar o barato d'elle; -?.O Um irninoderado de bebida @-
.
. , .
.
-
pirituosas; 3.0 Desordens e wtarias dentro nas prisões, e das ja:
nellas para fora;-&.* Entradas de roubos ou de indivldwos suspeitos;
1) Os menopes, isentos de responsalilidade erimin. ws.te&s do art. 48.0
k Ld.*en., M podem ser enVs es a um eatabelecmeab ds eorrcoclo em .-$2 Hewiões de pessoas de Merente sexo, ou seja de de&@-m
-
aignm doi caros segúintes: - 1.0g n d o ~adiis: 2.0 Na@ tendo p e s & %:fóra da cadeia; -6.0 Sabidas arbitrarias de presos de rimas para
-
res; 3 Na sendo estes idoneos; - 4.0 \.I,# tendo estes os meios indisgen- & i r a s prisões; -7.0 Lume em fogareiros pequenos ou em p a ~ t de e
-
saveis ou reeusanâorse a dar-lhes e d n c q b iduaea; 5.0 Dando estes o seu
-
Èon~eotunento; 6.8 Tendo os menores commettid~outro críme's6 justi'iiM0
w- edade- art. 493 e n.Os tio Cad. Pen. - -
wt:possa seguir-se damuo; 8.0 Deitar e levantar a à w a qne não
-.%a a esta&leeida; 9." Pernoitar na cadeia alguem que uàu *seja
* -
- @unhas e mostrar aos moradores o comDetente mandada
h entrada deve o official ir acompanhada .de duas &s- -- art. 1:009." da NOV.Ref.

-
d'ella; -'10.* Não guardar silencio durante a noite;-$1: Todos e lhestocar oumprir na fórma d'este regulamento; corrigindo as faltas
quttesquer abusos que perturbem a ordem das prisões, @. ,qtxaes p,W commettidas pelos presos contra a s disposiçõe- do mesmo regula-
ede fim devem estar de noite bem alumiadas. .mento pelo modo n'etle consignado; e reprimindo de prompto quaes-
$-5.. Sobre o aeeio e salubridade das prisões deve seguir as õrdensb - ger actos ou excessos culposos com a prigo em separado dos presos
sobedientes, soberbos ou bdgaioq que possam arr@ar a segurança
que maadam limpar, lavar, arejar e defumar as prisaes; bem come
as que pb~igamos presos: - Lo- A lavar-se todos os dias; -4." A -dacadeia, até que das auetoriqades, as quâes deve immediatamente
fazer a barba e a conar as unhas e cabellos no-s dia8 marcados; participar o caso, obtenha medidas mais efficaze3, se tanto f8r ne.ceS
- 3 . O A andar vestidos;-4.0 A não empenhar ou vender o fato qm _
se-lhes fornecer; -5.0 A não dor-mir sobre terra ou lage; e -6.0 A
.Wm. Vtd. art: t i e 0 . O do Cod. Pen.-

não practiqar cousa alguma que posw prejudicar-lhes a saude; de-


vendo o carcereiro, por turno e a horas proprias, permittir-lhes qye
gheguem as janellas, e dPm algum passeio no pateo que a cadeia tiver. i
$ 6.0 Sobre ó alimento e sustentação dòs presos tem de cumprir
as ordens que ha: - Para Ihes não vender nem comprar por si
$.O

ou por alguem pão, vinho, ou qualquer outra comida ou bebida;


go Para que os presos tenham hora certa de refeição;-3.0 Para
- -0' regulamento provisorio das cadeias civis do reino, (9 ap-
provado por iXec..de i$ dez. 1871 occupa-se da supermtendencia h s
que-.sómente os resos pobre's sejam soceorricios d a caridade; a- cadeias, remoção de P~PSOSd'umas para outras, e dos condemnados
4: Para quew&m dos presos renda a s6pl OU o pão fornecido. Para o ultfamar, e dispõe :
5 ?.O Sobre a occupação dos presos e seus exercicios religiosos
cabe-lhe fazer :-4." Que cada um dos presos preencha nas prisões
o serviço que Ihes f6r designado; - 2." Que todos se empregnem TITULO I
w s oíticios que poderem exemer sem risco ou inconveniente algum
assim dos presos como da polieia e seguranta das pris5es;-3.0 Que
satisiaçam diariamente as ora ões da manha, da noite, e da refeiçG;
e -l0Que nos domingos e fias ranc%ificados~oo~am missa e~cum-
pram os demais receitos da igreja.
$j 8.0 Sobre2 Soança e curativo dos presos, ilcumbe-lhe vigiar- CAPITULO I
- Que elies em -s verdadeiras molestias sejam assisfjdos de
4.O

.facuUativo, de enfermeirose de botica; e - 2~ Que depois de cura- Da superintendencia das cadeias


dos, p a e m logo para as prisáes a que pertencem, como n'este re-'
gutamento se dr õe em logar competente.
$ 9.0 Sobre ~o%llecimentp dai presos, d obrigado q participar aa Art. 1.O - A superintendeneia que nas cadeias civis do continente
jau eleito da freguezia da cadeia o óbito de qualquer preso, para que do reino e ilhas adjacentes, compete ao Ministerio dos Negocios =c-
elie eom um ia~iiii:itivo,e duas testemunhas procedaa exame sob^ ciesiaslicos e de Justiça, sera especialmente exercida, no que respeita
a identidade do Iaileeido, lavranao-se auto que deve conter oassento á &intsêrqão, impecção epolacia, pelos procuradores regios e seus
@ pris'io e ser assignado tambem pelo carcereiro, para que depois, delegadm.
de averbgo no mesmo assento, se junte ac~processo, a fim de juI- 3 i."O disposto n'este artigo &o prejudica as attribuições que
gar.se extirrcta a accusaçao, ou a execuçao da senteqa contra o por lei competem ao poder judicial com relação aos presos em pm-
finado, na forma das ordens que assim LI determinam. cesso, e aos incidentes a que se refere o art. 100.' (hoje $21.") dg
- - 3: 10.0 Sobre tudo maisque pertencer em geral ao governo econo- Codigo Penal. Z

mica da cadeia, ha de proceder como lhe cumpre em vista deste 5.9.0 Ficam salvas igualmente as attribuições das ayGoridades
regulamento e das ordens a que se refere; dando-se ao respeito de- aèininistrativas no que respeita á deteqão nas cadeias civis be i%&-
vido, como pessoa de cuja confiança pende em grande parte a ordem
e di-iplina da casa; a @mde que os empregados lhe ohedqanl prom- t) O reg prov. da penitenciaria de Lisboa foi approvado por deo ~ & U O V .
ptamente DO de.sempehho de súas obrigações, e as resos ó respeitem 188i .em eoníormdade com outro da mesma data.
ein meto que pertencfr a p a r d a e segurança ceies, e aa mais que
Quando se presuma que o delinquente se acolheu ioútra Gsa @e n8o seja a sua, deve levantar-e'em juizo um-
- ,

viduos presos a sua oniem, na conformidade dos regulamentos, e ao por qualquer outro motivo igaimente attendivel, será oaneedidapelà
xir.1.&o dos presos hd~gentesn a . cadeias fora de Lisboa e Paga eon.+-l!idiro presidente:da retaçãh ou pelo juiz de direito respectivo,
(Vi11, Hota ao art. 16.0 do dee. de Z3 junho 18B). segundu o r@ se ;ichar em comarca séde de relação, ou em outra,
Art. 2.0- OS procuradores regios e sèns delegados visitar& (i) palquer comarea, a requerimento do Ministerio Publico ou da parte
as respectivas cadeias peio menos uma vez em cada semana, para interessada, -rido, n'mte ultrpo caso, ouvido o MinisteFio Pelim,
obserumm -a sua segurança e estado sanitarij, vigiarem o exacto '8.q~aidar8 6empre.e immediatamente conta ao governo do resultado
cumprimento das leis, regulamentos e instrucções; promoverem contra @equaesquer pret-sões d'esta na6urez.a com a sua informa,çã~kercr)
qualquer crime; oovireni os presos quanto ao andamento dos seus do mesmo resultado.
pro6essos e cumprimenIo de- em, bem como as-suas queixas e re- Art. 6.0-A remoção de presos em eomprimentode pena de uma'
clamações mntra~qualq*ei afaw ou excesso da parte dos empre- para outra cadeia, pqr falta de segurança na cadeia, por causa de
gados providenciarem immediatamente, sob sua responsaJ~llidade,~ epidemia ou-por qualquer-outra motivo Igualmente' attendivel, ser&
em to&s os casos urgentes, dando logo parte ao governo, se as me- concedida pelo goveiao, precedendo informação do Ministerio Publico
didas adoptadas excederem as snas attribuições; promoverem, final- e a : - ~ p l o ,ou sobre requerimento da parte interessada. A communi-
mente, ludo o que fôr conducente a boa administração, á segurang cação do despacho concedendo a r-oção sera feita ao eonsalheim
e á policia das cadeias. riresidente da r e l a ç h para ser por eUe cumprido ou ordenado oaeu
_r

Art. 3."-Os conselheiros presideates das ceiações e os juizes de, cumprimento ao respe$ivo juiz de 'direito.
instãncia pocterão visitar, quando.ojiilgarem conveniente, as res- A n 7;- A r e m de qno traaam OSartt. 6.0 e 6.0,n d se f$i
-pectivas Gadeias, observando. o estado de segurança e salubridade sem previas inforwG%s' do Migisrierio Pub1ico.áeerca do estado de
em que as acharem, para pedirem ao governo as reformas qué se neeurànca. caoaeidade e salubridade das cadelas para onde se pre-
inostrarem necessarias; admoestando os carcereiros, quando c0.m- ieGder &mo$r os presos.
-'metterem abusos ou excessos; dando parte dos casos em que se dèya Art. 8.0 -As licenças para os presos em processo poderem sahir
proceiler criminalmgnte; e ouvindo ^asqueixas ou reclamações dos de gadeia por motivo de doença serão concedidas pelo conselheim
presos com relação ao andamento dos seus processos, para a tal presidente da relação ou pelo juiz de direito respectivo, segunbo +
fespeito providenciarem dentro dos limites das snas attribnições, ou comarca for,-ou não, séde de relação, a reque~mentodo Niniste~io
informarem o governo sobre as medidas que se devam tomar. Publico, precedendo exame de ~cnltativosque as.de4arem mdis-
s unico. As auetoridades administrativas podem igualmente visitar
as cadeias; quando o julgarem conveniente ao exercicio das .suas
pensaveis. O agente do Ministem Publico, que,assistrra ao exame,
dará sempre e immediatamente conta ao governo do resultado de
attribuiqoes. quaiqwr pretensão d'esta natureza com a sua informação acerca @O
mesmo resultado.
CAPITULO h Art. 9.0 -As- licenças para os presos em cumprimento de pena
poderem sahir da cadeia por motivo de doenip, serão concedidas pelo
Remoça0 .de presos de umas para outras cadeias, e de condemnados govemo, precedendo informaçao do respectivo agente do Bbini,?D%ic
~ : ao ultramar - Licenças-a presos por motivo de doença - Publico, -i-ofli-q, ou sobre requerimento da parre~interessadd-e
eos c-demnados a trabalhos publieos. exame de £acultativos, que as decla?rem &disqen$veis. A prn?i?u:
nicapo do despacho concedendo a licença sera feita 30 cons$iieire
A ~ . % . O - Aremoção de uma para outra cadeia de presos em pro- ~res~ãente da retaeão, para lhe dar cumprimento, ou'mandar que fhe
cesso pendente de recurso, quand&os mesmos presos o pizerem beja dado pelo 'uii de direito respectivo.
acompanhar, nos termos do art. k189.0 da Novissima Refoma Judi- - Art. 10: -d s r6os (1) deiinitrvamente condemnados a qndpq
cian'a, sera conci..li~l.ipelo respectivo j ~ i zde direito, ouvido o Minis-
te130 PubIico: (Yid. art. 8.0 do reg. de 23 junho I&EB). .-
Art. 6.O -A remoção & presos em processo de uma para ou- (1) O, @. \ ~ O . O do reg. prov. das prisoes de Angola d e - i d o i@, ap-
romdogela port. do Y I,.. da Mar. de 10 nov. 1889, determina que os reos, em-
cadeia por falta desegurwa na cadeia, por causa de epidemia ou semnados a cum rir uditper pena n70utra provi~eia,devem se: remevid?, a
. .
iequerimento do kin YZibl., ara a cadeia civil de Loanda, . hcarZo :o dispp-
. onde
(1) As visitas sáo reguladas pelos dec de 80 dez. 1839 e de 16 jan. 1843 sicão do governador de ~ngo?a.
%dados execùtar rigorosamente pela port. de.%agosto 1893 no tosaote A pol- -Assim que passe em juigado nas Relacões alguma sentenp condemnatoria
1k.a das cadeias, L apena maior, dwe o escrivão tirar logoma guia dirigida ao governo, na
;wíto G c i a l com a de~iaraçãodos i&ivÕs: e ra6es de

peaa no nltr-amar s e r b remoddos, a requisieão do Ministerio PuBIico,. 9a governo as instruc ões que tiverem por necessarias ao fie1 cum-
.-para a cadeia civil de Lisboa, onde ficará0 'a dispmição do gove%o, :.I-iiiientodos deveres $0 Ministerio Publico, a qne sa referem os ar-
a 6m de serem oppornínarnente enviados para os seus destinos. &
,& antecedenks, ouvidos os respectivos delegados com refereneia
3-unico. Exceptuam-se das dispos4ÍIes d'este artigo, quanto.&w - isoornafcrrs fora da séde das relações. Estas instmcms não ser%
- moçao ara a cadeja civil'de Lisboa, os r6os condemnados para a ~:xecuEa&assem prévia approvação do governo.
- Afi-ica 8ccidental que estiverem aa ilha da Madeira, d'oide s M o
directamente remettidos para o ultramar.
Ait. li.*- O procurador regi0 jmto da Relação de Lisboa, fara . TITULO 11
exáminar com a. devida anteci agão pelos facultativos da cadeia os
%os que tiverem de ser envia& para oultramar, demorando oem-
barque dos que forem declarados temporariamente @capazes de se- Baa oadeias oivia de Lisboa 6 Porto
@r viagem; e dando parte-a0 governo dos que o $rem-permanente-
mente a fim de se !ornarem as convenientes provnienaas ácerca do
seu destino. CAPlTULO I
e unico. Feito o exame e apurados o s réas%e t6m de embarcar, -.
dos nomes d'elIes mandara formar o procuradorregio as competentes D o s empregados d a cadeia,
listas, para serem remettidas.ao linisterio da Marinha por intermedio
- de Ministèrio da Justiça, e directamente ao capitão do navio que 0s
deila transportar (de quem se cobrará rectbo de mbavqye-art. i&?- Artt. 15.0.. .'a f 8 . O . . .
do reg. de E3 juahe 1845, e art. 63.0 do reg. de jan. 18k3).
1 Art. l 2 . O - Os rbos, que-por motivos attendiveis requererem ao CAPITULO I1
-governo o adiamento do embarque para o ultramar ou de remoção
pâra acadeia civil de Lisboa, para o indicado fim, entregar% os seus
requeiiimenlos ao procurador Pegio se estiverem em comarca, séde Do sustento d o s presos indigentes
de relação, ou ao delegado respectivo se estiverem em qualyuer buua
comarèa. Estes requerimentos subirão á secretaria d'estado dos ne- Art, 19." -São considerados presos indigentes, (i} para o effeito
gocias ecc@siasticos e-de justiça, com as competentes informações . ,
- dos magisErados do Ministerio Publico. O despacho da concessão será
communicado ao procurador i'8gio respectivo. respectiva sentenca com a guia, com-que d e ~ eir o condemado para O seu de&
Art. 13.O -Emquanto se applicar a pene de irabalhos publicos no tino- ar&. 6.0 é 14.0 do dec. de 23 junho 1846. Vid. tambem artt. &%.O e 4-
mntinente do reino e ilhas aaacentes, os r6os que a ella. f w m deii-
nitivamèate condemnadrie, serão conservados nas respectivas cadeias
a dbposiçáo das competentes auctoridades administrativas para os
do reg. de 16 jan. 1843.
A porl. do Bin. da Just de 9 ont. 1896 dei. 1,: na rp m OS réos C ~ W
~ d o s - c o m oineursos nas dipposieijes dos artt ::,I; e 6013 dd C0d. h.;e &O
.

empregarem em obras publicas. {Foieliminada do Cod. Pen. esta pena).: art 5,0 dã lei de 3 abril 1896, quando elas senteneas seja&-postes disposicãe
Ar& 14.O -Aos procuradores r6gios -compete organisar e propdr d a overno para se 16es fornecer trabarho, ou ~ a r < o seffeitos do ai*.. lO:-di~-lei
- . , de 4,
-- -- x --k.d- 1899:náo serem demorados nas cadeias comarcag depois do cum-
-

irimento da pená devem os delegados communicar aos procurados régios a s coa-


se-deciare o nome e alcunhas, idade, profissãn, e estado, naturalidade e ultima -- --- - , a ----
-annwmc ~
fidd'ostes solicttareni da direccBo dos negocios de justi$&@e Se
- - ~
- ~ --
residenua do conhmnado signaes que tiver, logar do cumprimento da.pena, se &ê aqnêlles condemnados o destino com etentk
fbr caso d'isso, tempo d'eila, qualidade de crime data da sentencà, juizo em que,
foi proferida com declarafáo de ue transitou emf jalgado, assigiiada pelo r e s p e
. (1) O Dee. de 16 'an. 1883, tractanlo do-rg. p r o ~ .da policia das ead*iq;
-
diz «Art. 46.0 ~ e n i u mpreso poderá serdefinitivamenb abonado-d-sbpa de
eti9a juiz, devendo o agente do k i n Pnbl remettel-a, com, a certidão da sen- &idade,-ou de-alguma racão a t i d o & sewico, nem classihcado pobre p-?
.# ao rocurador régio -artt. 15 o e 27.0 do reg. do Mui. Publ. àe 15 dec. os demais effeijos necessarh, sem prévio despacha do administrador do b h e
I:::... e ~ I I do. Blin Publ. dq sr. Navarro de .P~iva,eerbo pie, e a*. .$O.. a ou concelho, roferido cem tnteiro conhecimento das circmt?stancias egeciaesao
q- respeita esta nota. p S , e averiado pelò carccxei* ou guarda Iivrbs no assento, de pnsáo, para
O delegado. assim que receba esta gula, deve re uerer ao-juiz pasa que ra- e$ vis- de tudo se formar a tabella das rãcOes de que traeta ~ ~ a $ ; ? . ~ n . 3i0?
%@a-e condemnado i presidencia da Belacão de ~is!oa com uma gnis de tran- 5 unico. Emquanto-se n- proferir despacho, de -e tracta este arttgo, p o d d
sito; e,em 9eguida enviar ao procurador ré&o da mesma ReIa$ía a Eertidáo da o p e s e ser abonado comu pobre, se por tal fdr classificado pelos magrstri~des$0
. .
- .
.do mandado de custodia, uma ordem de enpadd &I du~li-.
t:&-presos a quem a lei concede fiânp, devem ser levados-'
a presen~ado 'uiz, quando se offerecerem logo a preshl-a;
cado, para ser entregue ao dono 'da-ca% e n'elta se farh
menção d'aquelle auto. A entrada s6 pode fazer-se diante
d
ti6 contrario, evem ser conduzidos á cadeia do juizo,.por
onde se passou o mandado, lan@ndo o carcereiro recibo
d e duas testemunhas -art. 4:012.eda Nov. Ref. da entrega -no ,verso, e"dec1arando o nome, sobrenome,
.profissão, estado,-natúralidade, filia~ãoe idade d'elles, p a h
o-que lbes farh as perguntas necessarias -artt. 1:017.O e-
I:044.e -da Nov. Ref. .- , ,
de~seremsustentados á custa do estado, os que forem declaraâos Sendo indiciado algum individuo que 'deva responder aa
como taes pelos administradores dbs concelhos ou bairros, em p're-:
sença das necessarias averiguagões; ou provisoriamentepor despacho Gmara dos pares, o juiz deve pronnncial-o, mas não ordenar
ai, murador rbgio, que requisitará da auctoridaàe competente os s prisão, e ,em seguida enviar o processo,. com todo o 'se--
es&ecimentosde que carecer, para resoloer de6nitiramente. gredo d e justiça, 1presidencia da camara dos pares ou de-,
.Ar*. 80.' -A alimentação dos presos indigentes será contractada, -puta&w,-emforme a qualidade do indichdo. O mesmo'faf&
por meio de arremaração annual, perante o procurador ré&,, .:;lilie<
mda pelo governo.-tVid. nota ao ai%. 16.*do dec. de Qj-31Y, i*i:i). o juiz q u a ~ d oappareça indíciada pessoa que deva respònder
no Sup. Trib. de J q t : ou a a s Relações, feitas as devidas
modifica@es, enviando por isso B respectivas presiden-
CAPITULO III cias os aytos-artt. 4:003." e I:008.O da-Nov. Ref., mas +

sem que, todavia, lance despacho de pronuncia, porque a .-


Do trabalho dos presos lei-nIo o auctorisa, quando o crimefôr relativo ás funcções.--
Se, p a & m , o crime fOr practicado fora do exercieiq d'ellas,
Ai't. 2 L . O - São obrigados a traba1ho.o~ em cumprime-o e costume fazer-se a pronuncia, que, para surtir effeitos,
de' e m de são maior com trabalho. (i) carece da confirmação do tribunal competente -Sr. Dias ,
,[mim. E r a os demaispresos o trabalho sei& faculiatiro, quaoda '

para elle haja as~neeessariásaceomodações no edificio da cadeia. (e)


Ferreira, annot. ao art. 663.' da Nov. Ref. (1) , ,

-Nenbum estrangeiro residente em Portu a1 .poderá ?r'

c e
Art. 26.0- Os condemrtad?~a trabalhos pubIieos são obrigadm ao
trabalho, nos termos dos artigw antece&entes, emquanto permane-
m nas cadeias.
B
preso senão em vista d'um mandado assigna o pela au@-
i.ídade legal, salvo em flagrante delicto -art. Z A da lei
-
Art. 27.O Os procuradores regios junto das ~ g l a ~ õile
e s Gsboa de ,i2 março 1845.
e .%i30 proporão ao governo-as instrucções que julgarem convenien- 'Acerca das prisões .de estrangeiros e entrada em & s
tes para, com toda a pos-sivel brevidade, se esbabelecer o trabalho
casas d prudente ver-se antes; se ha tratado ou wnyençáo
nas respectivas cadeias.
-
&ilrl. 28:" Ficam revogadas todas-as disposiçties em contrario.. que regule o assumpto. .-
.-
-Nas primeiras -48 horas de p r i a o os presos suspeito&
Enisterio hiblie-o nos termos do § 9.0 do art. 3.0 de dee. de 30 dez. ls?!?,o de mime a que não caiba fiança, náa podem c o m n i e a r
paal fica modificado sevil a! a disposicão do pmente wtigon. . cólm pessoa alguma, salvo com seus paes, filhos, muther?
-O dec. de 19, a6d I\.#;, qne ap<rovou.o regulamento da policia jndieiyia
e maridos, precedendo ficeoça do juiz, e na presença d'um
~fficial30 juizo -art. 973.O da Nov. Ref.
e prevsntiw de Lisboa, occupa-se nos a&. 23.0 e 2: do regimen dos presos e
i. im.lusnas prisees das 'esquadras e do governo u v l l , e determina qae o eon-
sallu administiativo não,abonerancho ou rages aos presos que nZoforem pobres,-
devendopraeeder auctonsacao do juiz inçtmetor.
. - B port. do Mia. da h t . de 1%junho 1889 manda organisam notas men&s
dos en-..-nms com o sustenta doa presos e pobeias das cadeias,
(t) &til dis osi~ãoeuconti$-se tambem no art 289.0 do reg. proa:da peni-
%ciaria de-Listoa de olD nov. de 1886. (1) Nos.con0ictos positivos as diversas -auctoridades devem con-
1%) Puta disposiczo foi aceeita em ideia pelo § nnico do art 294.0 do reg. tinuar a andamentodo rocesso preparatorio até a pronaneia ilsca'uai- r
'eit. da penitenciaria da Lisboa. O yt. 9.0, porem, da lei n.' (1 de 3 abril 1896
imp?e o brabalito obrigaterio aos condeainados em policia corrèccional, sem ser
i~>b*regúnen penitenciario. % ,
aonntc -ut.?MO,$ i .O da Nov. Ref. . --
- Prevenqb (if -Ninguem pbde set preso-sem culpa for-
mada (2) senão.nos seguintes casos: iEU ilegredo, 'do destkro ou do de detençãs- lei' a art.-
X P Em. flagrante-delicto;(3) -art. 1:Oig.O da Nòvl~ef. eis. - -
.2."Nos crimes previstos no^-tit. 1I;liv. 11, do Cod. Pen; -~Q.* Quando os delinquentes tentarem sahir do reino s e m
-.a& 26.O da @i de 3'-abril 1896. -passaporta:-lei e art. cit., e artt. 6.O e 7: da lei 23 abril-
3:" Nos crimes de roubo-art. 1:023.O da Nov. Ref.'e -'i8%6, ao. 26.O do Reg. geral da policia do reina de 7
, . . abril 4863, e art. -466." da Reg. do serviço de'reórn'ta.
lei citada.
4."\.Nos crimes. de furto-iei e art.--citado.' menlo de 6 ag. 4896.
- 3 . O Nos crimes de abuso de carrfianqa e Iwirla - 1~ e . 10.O Os anarchistas-art. 3.' J! unico
- .da-lei de- 13

art. cit. f&.' 1896.


6.O- Nos crimes de falsidade, fabrica~áoe faisificação-de 44.0 Nos-&os em que somente a prisão pbde determr-
koeda; de papeis de -ciadito~publicoe de notas de bancos - nar
-,
a eompetençia-dojuízo, como no caso do art. da
naclonaes, o n inscripções ou obrigações de @vida pnWiàa .Ref. Jud. e art. 1.o-$ 5." e n.O 3.' &a lei & 4 julho-3867,
portugueza - lei de 4 junho 4859, e lei e art. cit. -dec.
-
23'jmho 1845.
7.' Nos crimes de homicídio consummado ou frustfad~- íBbOQmndo a s testemunhas deixarem de compàrecer-
lei e art. cit. -Sem caasa justificada em -processo criminal, as quaes se =
8' Quando 0s. criminoSOB fugirem da cadeia 011 do logar .mnseryaráo em- custodia até ao dia da audieneia resgiej-
. -
c$va.- artt. 958.0, 959.O è 960.O e 1067.O da Nov.-R&,
nid.
' (i)A suspensão da liberdade-individual póde tomar o nome de
33." Quando haja receio fundado de que os p r e m i -
prküo, custodia ou d e t q â o , confoime a gravidade do caso. dos delinquentes se evadam, ou quando convenha ~'pe,.
A ptisâo dá-se quando ha o cumprimento d'nmã pena imposta. . estejam incommunicaueis, não podendo-a detenção prol&-
'A w t o d i a effecti~a-sequando 6 necessario guardar o individuo gar-se mais de oito dias, salvo se f& indispensavel *&o-,
Sospeito d'um crime, a fim de se lheimp& mais tarde a responsabili: Mamente a prorogação d'este praso, o qué o juiz' de&%:.
da& do~seudelicto em julgamento.
- A d e t q ã o tem logar quando 6 necessario averiguar a verdade dos
einará por despacho fundamentado -art. %.O n.O .1."&
fvtos criminosos, e ha receio de se escapar a acçao investigatoria o 8 12 da lei de 3 abril 4896, modificado pelo dec. de, i4.
'9311 10 que póde.prestar esclarecimentos.
#si &v. 4897. . .
Em qualquer dos casos esta preso o individuo, nnão podendo dispor - . 34.O Quando aquelles podendo esclarecer a insktl-'
-de si como intepder. --<

-42) A culpa reputa-se f m d a depois do lançamento do despacho cção. criminal, não-se prestem voIuntariamente a auxiliar a
de pronuncia. olicia, ou @andohaja,receio fundado de que elles se evct-
(33 Flagrapate deliclo é aquelle que se está commettendo, ou se ?em,ou quando univeaha a sua incomm@niolbilidade,-fi3~
acabou de commetter sem intervallo algum, reputando-se tambem-o podendo es'ta ir a b a d e48 horas -art. 28;" n.O R0 e.3 f .O
a s v e m que o delinquente, acabando de perpetrar o crime, f6geda da 19 de 3 abril 1896, modificado pelo dec. de -14 fev..
lagar a'elle, e &logo contínua d successivariente seguido pela justiçá,
ou nor m a l o u e ~do novo - art. i:OZO.o da Nov: Ref. t897.
2 P$a a- risão 6m 'nagrante pur crimes em que não~cabe-fiaua, -iõ.*,~uando-0s arrematantes não depositarem o preço
os otneías-& justiça e qualquer perna do povo podem e n t r a r a e da arrematacão no praso de tres dias, não podendo a pri--
dia tanto na casa, onde o delicto se esta ~mmettendòcomoii'aquel~a s'io durar mais- de um amo, e cessando logo .que elles'
em que o i-éo se acolheu, independentemente de~requisitoon s o l 4
mnidade 'alguma; mas de noite-só tera logár a entrada, havendo re- paguem a quantia-art. 859.O 5 7.' do Cod. do-Proc. Civ.,
clamacâo de dentro -arl. I :021.0
- - -rla
-.. Nnv:
- . . -Ref.
.- - 16,O Quando os depositarios de bens pe~hmados-ou.a-
-6 indivizuo-não militar que fof preso- Ia aiictoridade militar, restados, ou de objectos~fiscaesapprehendidos qão fa~am
der6 ser entr~:ii~- áauotoridade competente louli8ade- an;331i. d'elks, a devida-entrega, não podendo a prisão dupF-mais:
$+ 30 &o Cod. i1.I de 1896.
i e dois - annos, cessando quando ó depositario pagar, ou
~
@ando o tempo da prisão, calculado a L W r+s d i a i i ~ , '&@a, emquanto os r4os a não prestam-arC. rtãl8iort.
-
perher o valor do deposito artt. 825.' e 367,' 3 9.' do
Cod.:do Proc. Civ,, e art. -72.O 3 2O . do dec. n.O 3 de 27-
3.M. de 20 out. 1835.
84." Nos casos designados era outras leis especiaes.
set. 1894. Em todos os casw de prisão o juiz kr4 constar as=-
47.' Quando os thesoureiros, reeebedores -i? quaesqgei, ws, em iiiii;g@a de culpa por elle assignâda, os motivos
elrsctores de fazenda forem enmptrados em ,alcance p w âe prisã6, e os nornm-8~"tSte"munhas e dos aecnsadores,
visita de Surpreza ou por algum outro modo -art. 3 7 3 . O havendo-os, a qual deve ser entregue ao preso peio escri-
do .Cod--do Proc. Civ. -vão na presença de duas testemunhas dentro de 24 hwas
48.O Quando nos delictos de contrabando e deseamiqho da entrada na cadèa, sob as penas da art. 291.O n.O 5.' e
de tabacos, tecidos, alcool. ou aguardente, a importancia
,
g 2 . O do Cod. Pen., e art. 4084." da Bov. Ref.
dosdireitos e da multa applicavel fbr superior a 80W000reis,
: devendo -os delinquentes bncontrados em flagrante delicto

s e r capturados e detidos em custodia ate final julgamento,


sémpre que não depositem ou caae@nem, aos térmosx da'
ki, o m d o da multa e os respectivos direitos, fixados
nt? despache Escal- art. 27.' do dec. n." 3 da 27 de s - ,
3mbro- de $894. -Em todos os outros casas de deçqinS- A -A Noviairna Reforma Judiciaria, regulando .as-@-
&o, è ainda nos de tabacos, tecidos, aicool ou a&uardente, ~ ' eriminaes,
s determina, nas suas disposiç&s,-
- o se-.
-.
,em que a-impòrtancia dos direitos e da multa applicavel '&nte :
\-

fôr inferíor a &0#000reis, os delibqueates encontrados em AJA. 920.' -Nos crimes, que pela lei não t ê m i - maior
flagFmte delicto devem ser capturados e detidos em custo-* pena, que seis mezes de prisão, ou desterro para f0ra da
dh,~quandonão depositem imme_diatamentea malta e ,os maatica, nenhum r60 serA levado A prisSo antes. de >&ai:
direxb, ou não dêm fiador idoneo; mas esta de@nção sen-iça. .
nãe podera ir alem do praso de oito dias -ará, 28.O do
%-

- Ad. '924l-Bossriimes, que têem maior peaa qae a men-


&ado.dec. - cionada no irtigo antecedente, porém menor que*as e x i i -
'-19.' Q u w o os- criminosos a quem tiver aproveitado a m d a s (4) de fianças, nínguem wrA condnzido a prisb
I " e j r i p ~ b , transgredirem o 3 10.0 da ai% fP5.0do Cod: nem n'ella éonservadò, antes de final condemná@o, -sep r e s .
Pen., devendo ser .pmidos como desobe&mtes, nos termos &r fiança idohea, perante o juiz da culpa, a estar i?m juizo
'

-
@ art. 4 8 8 . O 3 2.O do mesmo Corligo art. 25.' niO9."
,da-lei de 3 abril 1896.
a todos -os actos, para que fôr requerido, dt6 á sent'eng.
.@a1 e sua execuçb. .,-
A
: - 28.' Quando os individuos forem reeaetafios -artt.
s

Art. 922.O A fiança-póde ser requerida e çonaedida em


:443.O e segaintes do reg. de-6 & agásto 1896; todo o estade de amsacão @), e ainda no jnizo da qpp~l-
212 Quando os individuos fôrem desertares -artt. 37.' - , L.

e 49." do reg. do Cod. de Jnst. Militar, approvado por &c.


de 21 jniho -1875, e artt. 127.' do reg. do C@. Militar,
appravado por dec. de 24 dez.. i896 e 'dec. de i9 juba (4) A data 4% NQV.Ref. a c o n c e s ~ 6das fiangs regulava-se
194.0. 8 1 . O do Dec. n . O 24 de i 6 maio 1832, pelo qual & - e m
4894jara o ultfamar. isentos de fiall~âos crimes a que cabia a pena'de morte nanirai, &e
5%. Quasido os delinquentes-forem afiançados,, -s àegreão p w mais de eineo amos, ou de trabalhos publisos por mais
f aoça foi quebrada -art. 932.O da Nov.- Ref. Be tres rannos.
- 23." Qumdo os delinquentes -fÒrem rharinlieiros me;&- (2)i3 juiz cio bgar Õnde a prisão se.effectaè, cabendo /ans ao
erime, deve eoncedel-a, quando re er~da,e se f6r de comarea Q,
W, por-deiictos . . m-fimos, e@ora ao crime -corrwgG~d;l_ T'
ver%^ devera eiiviar ao juiw da cn pa á c@ do teimo de kip 9%
- lação ph& juizes dq feito. Sé pórém &r pedida &o gra? Art. 9-29.O-Cada escrivão terá um l i k o numejado,_e
de revista, serh concedida, ou denegada pela'-r&@$- -&ricado pelo juiz, no qual lançar8 tudos os temos das
que proferin asentènça, á qual serão remettidos do Sup. :ftaaps9que tomar; e jiintara certidão d'elles aos respectivos
Te. de Justiça os autos para este e-ito.
hrt. 923.0-Do despacho, que -concede ou denega a;
autos.-
Art. 930.O - O juiz e escrivão serão responsaveis -por
fiança, proferida pelo juiz ordinario, compete agpavo de toda a negligencia ou maliela com que se houverem na
pe6ição para o juiz de direito; do proferido~porsste compete 'averiguação da idoneidade e identidade-do fiador prestado.
. - Ar& 93f .O - Não será concedida fiança, sem o réo de-
aggravo de peticão ou instrumento, qual no caso couber. clarar por termo a sua morada, quando residir dentro do.
-81%. 924: -Se a Relação confirmar o despache de julgado, em que prestar a fiança, ou escolher domicilio
-'ins@cia que denegou a fiança, não poderá esta-ser nova: ' 'dentro do julgado, quande'fôr morador fbra d'elle~. -
mente pedida, nem concedida no juizo de appel1açáo.-~ :
~

&t. 9282-A fiança nunca será menor que a quant3 B -Foi publicado d e ~ o i so gécreto de L0 de dezembro
-de fiW000 réis; e d'ahi para cima será taxada pelo ar% & de852 que no art. 2.O determinou :- <Nos crimes em
q w , segundo o Codigo penal, a pena correspondente f6r:
trio d o juiz, regulado pela gravidade do delicto, pena,;
d a q o 2 e qualidade da pessoa do delinquente.
,
- 1 . O A d e prisão ate seis mezes;- 2.O A de desterro
..ale seis meges ;-3.O A de multa; - 4.O A da perda dos
Art, 926.'- O réo não é obrigado a dar fiador, depo- direitos politicos ; A de suspensão dos mesmos direi-
sitando-judicialmen a quantia arbitraya.
Art. 927.'- de
em dar-se um m mais fiadores, aba.-
nados por duas testemunhas, uns e ,outros rieos, -cháos e
tos; -6." A de repreheusão; -7.O Qualquer das espe-
ciaes dos empregados publicas, poderão os criminosos -1i-
moradores no districto sujeito a jurisdieção do juiz, que, vrar-se soltos sem prestárem fiança ; e somente-serao pre-
adm-te a 4ança. , ,
sos, se não comparecerem em juizo nos termos, em que a
--. Q pico. Se os fiadores depositarem em juizo a quantia.
lei os obriga a esse -comparecimento.
da fiança, ficam dispensados &e toda a abonação.. aArt. 3.O -Nos crimes em que a pena correspondente,
Gr%.-o998.O- Dos despachos, que arbitrarem a quantia segundo o codigo penal, f8r: -L0 A morte;-2.O Os tra-
da B a w , ou decidirem sobre a idoneidade d ó s fiadores,
c0n)petq aggravo de petição ou instrumen@s, nos termos
, \balhos p~blicos;-t.~ A prisáo maior ;-4.' O degredo;
os-criminosos serão sempre presos, sem que lhes seja per-
-do âFf 923.' mittido livrar-se soltos sob fiança, ou a pena seja petpetua,
ou seja temporaria.
Art. l.O-Fora dos casos previstos nos dois artigos
antecedentes, os criminosos poder20 sempre livrar-se sòl-
deposito, e a iertidão da intimago, que será feita ao a-ado para +tos, s e estarem fiança idonea nos tecmos da leis.
que dentro de um praso assignado, a raeão de quatro leguas por d@, ~ . - r ~ e de
i de16 junho 1881diz: (4) rArt. 3.'-Da sen-
compare@ no juizo da cuipa, sob pena da fiança lhe ser tença condemnatoria, proferida em processo de policia cor-
e 6 se $mitpootra-artt. 1:Oll.q 4:0L8.0e $unicola%:-;$ reccional, ha sempre recurso com ~effeibsuspensivo até
- Bodera o jnu conceder ou denegar-a fiança agtes da formaçao do
de'delicto? IoFndo que sim; porque os textos da lei, insergs ao Sup. Tnb., quando a pena applicávd ao crime exceder
'no arl. '1921.0 e outros da Nov-~Ref.,ev~denciamque o juiz deve a alçada do juiz, se não se tiver prescindido do recurso &a.
@o a ~~assifi~ prmisorkz
ão do delicto; mas se &ais, pelo*
d e d do processo, verificar que ao crime cahe, ou nao, fiança,
%sim deve proferir o seu despacho de ,pmnuneia em eonfo,+dáde
dos elementos do processo, ficando sem effeito-a caução concedida,
.sedocrime a não ahitte, ou sendo prestavel, o erime-a permitte - &Esta
i)lei. foi posta em vigor no uitramar por dec. de 4 i dez. '
e.f&&enegada, apesar de recurso resolvido, porque este não FWR- i 8 4.
'ma-seEáo sobre a classificação prouisorh. -
6 .. VOL i
pi"cipio do julgamento. -5 1." O juiz poderá todavia exi- -& 3.@'.Se o 1-60 não comparecer ém juizo nos termos-
gir do rèo appdlanh fiança que nunca serA>arbitrada em ;I -que a -lei o obriga a esse comparecimento sem motiva'
quantia superior a ~~
s e r detido em custodia.
réis, Sem o-que poderá o réo pstificado,~será p e s o e só podera livrar-se salto nos termos
&I artigo. seguinte (I),
D -Veio por fiw a lei de 4 5 de abrii de i886 (i) que, . Art. 3."-'0s r h s accusados em qualquer processo, aos
'regulando- esta materia, sem revogação da disposição me* F a e s não'hajam de ser applicavèis as penas mencionadas
cionada;dispbe: aArt. 4:"-0s r b s accnsadas e-m qualquer rùo ai.%. 4 .O, ou que não tenham de ser processadòs correo
pi.ocesso criminal poderão livrar-se soltos, nos termos da eionalmente, poderão liaar-se soltos sob caução,-nos-ter--
presente lei, excepto quando haja de Ihes ser applicgda- mos do art. 6.'
qualquer dás penas. fixas estabelecidas nos artt. 49.O e $ unico. Os reos, porkm, condemnados nas penas de
5d.O da lei de 14 de junho de 1884, ou qiiátguer das que; prisão maiòr ou degredo, serão logo recolhidos a cadeia,
segando o systema penihnciario, f o r m a ellas correspon: ~s a prisão posterior á sentenqa sera levada eni conta
dentes. pelos tribunaes superiores, wmo cirefimstancia atteqante
Art. %."-Os r b s incursos em crimes, a que corres- pari o effeito da reducção da pena.
ponda proeeso correccional, nos termos da lei, padem Art. 4."- Os reos absolvidos em processo, em que
livrar-se desde que, provada a sua @entidade,s e não fo- se jiaja interposto recurso de revista ($9, serão immeuta-
rem conhecidos em juizo, assignarem termo, em que decla- mente postos em liberdade, se o crime, de que eram accn-
rem a sua residencia e se obriguem a comparecer em juiz^, @dos, não fôr dos mencionados no art. 4.O, e, sendo-o,
e -a participarem tambem previamente qualquer mudança.. r tepois de haverem satisfeito -as prescripções do art. 3.O
Esta declaração, ou temo, será feita logo que os r6os
sejam entregues ao poder judicial. (2)
. 1." Se o réo fôr residente fora da @rcumscripçáoond6-
o processo tem de correr, apresentara em juizo ama pes- (1) w b r a m -Quebra-se a fiança, quando o afianwo, :
òegendo a accusaçao, fal!ar a algum termo a que deva assistir, der
soa que, residindo dentro da mesma circumseripção, tome 3 0 4 &OS fiadores terem sido citados para o apresentarem dentro de
sobre si o encargo de recehèr as citações e intimaçães li!.ltm dias; ou quando, haveqb deposito em juizo, e,. tendo sido o
necessarias ao regular andamento do processq, fim@- iiii;inçado mimado no domiciiio escolhido para se apresentar em
iim, no praso de quatro dias, o não fizer; ou quando se passar or-
aquelle obrigado a comparecer em juizo, a fim de dar ?r&- rem de prisão contra o 1-80, e o fiador o não apre.-I-iiiardentro de 15
via parte de qualquer mudança de residencia d'essa pessoa. h a s depois de cítado para isso-artt. 932.0-a da Nov. R&.
4 2.O ria caso da pessba a que se refere o antece- - a art. $ 3: da lei de 1Fi abril 1886; on quando se nán apresente
ao praso assignado pelo juiz da eomarca, onde foi cone~-linl;if i a m
[lente faliecer, ,mudar de residencia para f6ra da respectiva juiz da culpa respectivo- art. 10t8.0 $ unico da Nov. H&: 0 ,r&
circumscripção, m,por qdaiquer .motivo, se tornar 'inca- deve assistir peaoalmente aos interrogatorios, jurameato,-ãepoimen-
paz de receber as cita$-ti e intimaç&s, o réo svbstituil-a-lia
inamediatamente por outra, que seja apta a cumprir o dis-',
póçto no mesmo S.
-*
b s das festemunhas, acareação com estas, com o accusador ou
-co=réos,e publicaçZo da sentença final- art. 8 3 7 . O d? Nov. Ref:
: ( 2 ) UdecreW de 1'2 agosto I'-.4 no art. I O o a p g ù ~ asu comarcas
.da Relação de Loanda o at. lSJ.u do Regimento e justiça de f dez.
686ô, onde se prescrevia que, quando se interpuzesse recurso de
revista e os réos tivessem sido absolvidos poderia a relação c o s e -
der-ihes fiança, excepto se o crime fosse 6e pena capital..Outro sim
(1) Esta lei foi posta em vigor ÚO ultramar por dec. de % março -pcmrevia o $ 5.0 do art. 13I.o do mesmo Reg. de i866 que, sendo
1887. annulIados o> processos mandando-se instaurar a causa de novo, ou
(&) O processo eorre~cionalde que sé falia n'este artigo, não &de *guir no respectivo processo, deviam os reos ser conservados e&
ler o ~ t r ~ ~ e ~ Ó ~ Ò - ~ .porqile i a tempo
p o ~ i ao , d'esta lei aaina não' -todia, sdvo se, eabe6do fian~a,em conformidade dos artt. Z.*, 3.0
stava em vigor o actual processo correccionak B 4.0 do decr. & 10 dez, 1852, elles a prestassem. -
Art. 3." A caução pode ser prestada por meio -de' Arb: 6.'-Nos recursos sobre fianças compete a todos
deposito, penhor, hypotheca ou fiança (4). ds juizes e tribunaes conhecer, alkm doobjecto do recw-3,
de todas as nullidades do processo e da existeiicia e qua-
tificacão do crime, sem prejuizo dos competentes recursos
do despacho que pronunciou ou deixou de pronunciar os
(i) A Port. M. J. de 24 abril 1886 declarou que a caução por meio , qaerellados.
de fiança ou deposito de dinheiro deve ser prestada ela fóma da $junico. Os processos eomprehendidos n'este-artigo, e
legislação criminal vigente (isto 6 conforme os artt. 990.' a 934: da^ @$quer outros que na Relação sejam julgados sb c?m o
Nov. Ref. Jud ), e a qué tiver de ser constitaida por meio dedeposito
d'outros valores, enhor ou hypotheca, o deve ser nos termos applil . n s t o do relator, o Supremo Tribunal de Justiça os julgara
careis dos artt. 589.",e 515.0 do Cod. do Proe. Civ. ( i ) ., ,Éom o visto de tres juizes.
O Mmistro .da justi~a em portaria de 3 junho i895 recommén-- Art. 7."-A caução subsiste durante os termos do re-
dou que não sejam admiitidos como fiadores e testemunhas abonat~-- -ewso interposto, salvo o disposto no art. 3.O $ unico. "

rias de réos pronunciados or crimes em que é pemittida fianta,


pessôas cuja idoneidade e isentidade não tenham sido escropulosa- 3 nnico. Se o fiador reclamar para ser desonerado da
mente averiguadas e reconhecidas. .íian@, será o r& obrigado a prestal-a novamente.
i,!kt!w e g u i r a @ngca.-Nos processos criminaes o réo que
yletar caucão, faz um requerimento ao juiz declarando quem
hrt. 8.O.. . Art. 9.O-As disposições da presente .lei
g;ara fiador, profissão, eslado &morada d'este, e quem aFa teste- 'sqo applicaveis aos réos accusados ou absolvidos em qual-
munhas abonatorias com suasprofissões, estados e moraias. O juiz quer processo pendente ao tempo em que essa fôra posta
então, ouvido o Min. Publ., e assignado termo de resideneia pelo réo em execução.
conforme o art. 931.' da Nov. Ref. Jud., admitte a fiança e a arhitra
em quantia sempre superior a 502000 reis, mandando que, assigsdó
3 unico. Para os effeitos d'este artigo, as penás pe?
termo pelo fiador (2 compareçam as testemunhas abonatorias na sua' petuas estabelecidas nôcodigo penal e na lei de 4 de julho
%
preseqa no praso % horas para, em inqobição, depôrem S e r e s
da abonação dos bens do. figor.
de'4867 são equiparadas as penas fixas que as substitui-
ram nos termos da lei de 44, de junho de 4884.
O escrivk, autuado o mcidente por appenso ao feito, dá e faz .dar Art. 40."-Fica revogada toda a legislação em contfarion.
cumprimento ao dee acho, e, tomado o ii.i.1110de fiança no respectivo
iivm, e assignado pel)o fiador, iunta certldw do @ m ode fiança, e em
seguida procede-se a inquiriçao das testemunhas no dia e hora de- Regulamento
signados, julgando-se a final, por despacho, idonea? ou não, a fiança,
e condemnando-se o afiançado nas custas do incidente, a favor>do E -O art. 4 . O da lei de 4fi- abril 4886 foi regulado
qual se ordenará a respectiva soltura, no primeiro caso, se o afiançado pelo decr. de 42 maio 4886 pela fbrma que segue :
não dever continuar preso por outro crime. D'este despacho póde
lnterpôr-se o recurso de aggmvo de petição para a Relação, como «Art. 4 Os rèos conduzidos a presença do competente
.O-

juiz por haverem sido presos em flagrante delicto, a que,


+
ncontra-se um caso aemeibante regniado nos § 1 o e 9.0 art. 166.0
nos termos da lei, corresponda processo correccional (41,
60%: do senico do recrutamento de 6 agosto ,898 no.que ->ta Ls m- e que forem residentes na circumscripção onde este tem
c-i% que a!. .!m ier prestadas por individuos maiores de Ik a n o s sujeitos ao $e correr, serão immediatamente postos em liberdade, sd,
lerviu, ii::lin.ire pracas da segunda reserva, quando eiram ausentar-se do
reino: e ara o qual chamamos a attcneão dos magistrags, por ser elucidativo.
E t a d e m conveniente ter-se em vista sobre esta materia o disposto dós
a%. 18.0 e ,..:il.iites, 44.0 e seguintes do Reg. da caixa geral dos depositos
de 23 junho Ih!C no tocante á constituicão e levantamento dos deposites, e bem -
assim .os :i I ... 32.0 e seguintes do Reg. 'da Syta de-Credito Pnblico de 2 de oo- se deprehende do art. 6.0 da lei de i5 de abril de 1886, eombipado
tubro de Ih!li; no tocante aos ave~bamentw - com o art. 928.O da Nov. Ref. Jud.,. ,e
. art. $3." do dec.aO I de 15 set.
(2) O art. 28.0 do dec. n: 1 de 15 set. 1899 dete-ava que'os fladores as- 189%.
sigoassem tambem responsabilidade Educiaria e!as c e s ; mas, sendo proíd--
gado o dec. dict. 32 ma10 1.1:; convertido nafei I ma, i896 dispsnsmm,w
. l i ) O processo correccional de que se falla aqui; não pbde ser sutro
os fiadores d'essa -spousal~.i..l.~de,como se mostra do relato& d este decreto .'&não o de policia, porque ao tempo da lei e do decreto regdamen-
pitho. tar ainda não havia o processo correccional actualmente em Vigor.
sendò conhecidas em juizo, 'ou provada a sua identidade, @ ac&ita$ão expressamente feita por parte d'esta'do en-
assignarem o termo mencionado"no art. 5.' cargo réferido e da obrigação do réo comparecer em juizo
Axt. 2 . O -Para os effeitos d'este decreto haver-se-ha p& a fim de dar previa parte de mudança de residencia d'essa
con!decido em~juizoo reo, que o fbr ou do juiz, ou de pessoa.
qualqner dos escrivães ou uficiaes da eomarca. -'
5 unico. O requerimento pbde ser feito verbalmente.
Art. 3.O -A identidade dò réo haver-se-ha para os mes- Art. 9.O -0 juiz pelá mesma forma prescripta rio art.
mos effeitos, cómo provada, logo que o réosatisfaça a qual- '5.' yerificara se a pessoa apresentada satisfaz as wndip,Ões
quer dos requisitos seguintes : 4 .' Apresentar attestado, que lhe s5o exigidas, e no caso affirmalivo mandara em
.pas.ado pelo parocho ou regedor da freguezia em que fdr seguida tomar o respectivo termo.
morador, certificando ser o propfio ;-2.O Apresentar o Art. -1O.O-Aos actos referidos n o artigo precedente 6
seu' signal, feito perante o escrivão, reconhecido por tabel- applieavel o disposto no art. 6."
li20 d a comarca ;-3.' Apresentar. pessoa que o conhega- Art. I 1.O -Se, depois de feitas as declarações cons--
e que se promptifique a assignar o auto mencionado no tantes dos artigos precedentes, os réos vierem a juizo
art. 5." participar -qualquer mudança de residencia ou substitan
:Art. 4.Q-0 réo que se ache nas circumstancias men- pessoa indicada para receber as citações e intimações
cionadas, requerera ao juiz a fim de assignar o termo em necessarias ao regular andamento do processo, nos casos
que declare a sua residencia e se obrigue a comparecer previstos na lei, seguir-se-hão os termos e disposições ap-
pimveis, prescriptas no presente decreto.
-
em juizo e a participar tambem previamente qualquer Art. I2."--0s jiuzes e offieiaes de justiça, que t e de
mudança.
Art. 5.O -O juiz, de preferenciá-a outro qualquer- ser- intervir nos actos preceituados n'este decreto, sb poderão
piço, verificara se O réo &conhecido em juizo, ou se se receber os emolumentos e salarios taxados no n . 9 . " do
acha provada a sua identidade, como cumprir, e no caso art. 24.O da Tabella approvada por carta de lei de 30 de
affirmativo, mandara em seguida tomar o referido termo. junhó de 1864 e no n.0-21.0 do arit. 47.' e n." 44." do
Art. 62-De todos os actos referidos no artigo antece- art. 48." d a mesma tabella com re&rencia quanto aos uiti-
dente,se lavrar4 um só auto que será assignado por todos mos ao n.V4."0 art. 36.O da tabella-aprovada pela carta
quantos n'elles tiverem jntervindo. .
de'lei de 42 de abril de 4877. (4)
D ueico. As assignaluras do réo e da pessoa que a@-
nar a sua identidade, quando a houver, se não souberem,
uu'não poderem escrever, poderá0 ser feitas de cruz ou ã
rogo. . . Perguntas
Art. 7."-0s rhos mencionados no art. 4.O, mas que
foremresidentes fóra da circumscripção, onde -o processo
tem de correr,-serão tambem immediatamente postos em Dentro das primeiras 48 horas da entrada dos iresos-
liberdade, logo que hajam satisfeito ao disposto no artigõ na cadea lhes devem ser feitas perguntas pelo juiz da culpa,
segiiinte. @e podem ser repetidas 3s vezes necessarias, art. 972.'-
Art. 8."-0 ~ é oque se achar nas eircuínstanciai men-. da Bov. ReT.; mas, se os presos forem estrangeiros, devem
c.ionadas, apresentara em juizo pessoa 'que, residindo den- ser hterrogados dentro de 24. horas -(art. 3." da lei de
tro da respectia circumscripçáo. tome sobre si o encargo -
i'
-. -
de receber as citações e intimações necessarias ao regular
andamento do processo. e requerera a? juiz a fim de -se ' (1). Vid. actualmente art. 53.0n . O 13.O da Tab. dos Emol. Jud.
tomar termo de declaração da residencia da mesma pessoa, approvada por lei de 13 de maio de-1896 quanto aos ofikiaes.
42 março 48Qfi),podendo, em qualquer dos casos, pracfr- :1:033-."da Nov. Ref. Jud., art. 5 . O da lei de 8 miio 4896, e.
car-se a formalidade em dias feriados, sem correr o lapso $ ~ t .3." $5.6." e 7." do &c. n." 2 de 29 março 4890). -
rios dias sanctificados- 5 unico do art. 3.O da ]i: citada. :Feita isto, manda continuar o processo com vista áquelle
Os interrogatorios devem ser feitos pelo juiz na presenga magistrado, e intimar a parte accusadora, havendo-a, para,
de dois escrivães, e, não havendo mais que um sb, deante nos crimes publicos, deduzirem em libello a sua accusação
de duas testemunhas ajuramentadas para vigiarem que as no-praso de oito dias. -Artt. 4:098.0 a 4:098.' da Nov.
perguntas se escrevam~nformeforem feitas, e guardarem ~Ref,'J~d.,eart.18.~dodec.n.~4deIfiset.1898;
ji'ellas segredo -art.-974." da Nov. Ref. O IíbeIlo do Min. Publ. sera um só para todos os crimes
Os réos devem ser perguntados pelos seus nomes, so- .'e cs-r&s, devendo a parte ,accusadora dar o seu apenas
brenomes, filiação, idade, estado, naturalidade, profissão com respeito ao crime por que foi offendida; e; havendo
e ultima morada, e se já estiveram mais alguma vez pre- muitos accusadores particu!ares do mesmo réo, formará0
sos, ou se foram condemnados- art. 91-6." da Nov. Ref. todos um Iibello anico -artt. 4:Ogg.O a 4:404.O da Nov.
e art. 66.' do Reg. do Cod. Militar. Ref. Jud.
Quando o réo, nas suas respostas, se mostrar abatido O likllo crime deve formular-se conforme o despacho
ou hesitante, deverão mencionar-se essas circumstancias ;de pronuncia lançado, como ensina o Acc. S. T. J. de 7
no auto, instando ao mesmo tempo com o interrogado para out, 1892, D. G., n." 85 de 1893, ser articulado e conter
explicar os motivos d'esse abatimento ou hesitação -art. 'a narração circumstanciada do facto ou factos criminosos,
64." do Reg. do Cod. Militar. com a declaração possivel do tempo e logar, em que foram
Q u a n t w mais proceder-se-ha conforme os artt. 977." commettidos, não esquecendo a discriminação bem clara
e seguintes da Nov. Ref., esclarecidos pelos artt. 56.' a d.6 todos os elementos constitntivo5 da respectiva crimina-
70.O do Reg. militar citado. lidade e do q á o da responsabilidade dos agentes, e bem
assim a s circumstancias que acompanharam ou precedera-
.OSfactos que motivaram a accusaçáo; o nome e todos os si- -'

gnaes possiveis do accusado e que sirvamWpãrabem accen- ,


tuar a sua identidade ; a c j a - a d a lei que prohibe o facto, e
lhe impõe pena ;a indemnisação civil devida pé10 accusado,
1.' ACTO
no caso de haver logar a ella, conforme os artt. 2:382."'a
8:392.O do Cod. Civ., e 4; 470.O da Nov. Ref. Jud., e art. .427."
Libello (i) Ido Cod. Pen de 4886, devendo no ar-culado especificar-se
bem os factos que a originaram e a justificam; e por fim d e v e
Passado em julgado o despacho de pronuncia, mandara ajuntar-se o rol das testemunhas e quaesquer documentos-
o juiz qire.am1pjWxio publico seja intimado para juntar - necessarios á prova, podendo até actualménte (4) reque-
ao processo o respectivo certificado de registro criminal,
e se appensem outros processos criminaes que haja contra
o mesmo réo, pela ordem da gravidáde da culpa-, (art.
(1) O decreto n.O 1 de 45 de setembro de 189%diz : -
.Art. $0.0- O ministerio publico bem como a parte accusadora, no
libello, e os réos em sua contestação, oderão reqiierer novos exames
(1) A respeito da matefia do libello accusatorio devemter-se pre- &re objecto que expressamente decfararão; e a nomea ào dos pe-
sentes as disposições da Nov:Ref. Jud., eonteildas nos ar& 4.097.0 ritos bem como o erame terão logar nas termos do codigo ho processa
a 1:107:, e-artt. I:lih.o a 4:tW.0, e bem assim o tis. I do liv. I do civil.
Cod. Pen. ria parte applicavel. $ unieo. - Se ao juiz parecer, que os exames requeridos nenhuma
.rer-se trovos exãmes sobre objecto- que expressamente se der o m&o.'~o actoPi3aentregad o libello ser4 partici-
deela-, como permitte -o art. 20.O do dec. n.O 1 de 15 set. pado- ao reo o -me e morada do advogado nomeádo.
1892,- e artt. k097.0 e seguintes da Nov.'Ref. Jud., Ta& - Havendo algum exame requerido, e intendendo- o juiz
bem se devem requerer as cartas precatoriás necessaRas que e util ao esclarecimento da causa, mandara no mesmo-
para a inquirição das teste.munhhâs. O númem. das bestemu: desp;toho intimar os réos para, na primeira audiencia, ao-
nhas do l&ello pode ser augmentadu; ou substituidas as me arem^-com os auctores os peritos, depois do quedesi-
testemunhas, comtanto que os nomes, moradás e mesteres gnará o dia, a hora e local para esse exame -artt. Z35Ei.B
das noras possam ser intimados, oito dias antes do julga- 5 2 . O e seguintes do Cod. do Pmc. Gv., salvo tendo
mento; aos rhos- art. 1:115." da Nov. Ref. de ser feito por carta, como permitte a art. 238.O -do
Feito concluso o processo ao juiz, recebe este o libello mesmo cod.
accrasatorio, caso esteja nas condições legaes, e manda que Ainda no mesmo despacho poderá o juiz mandar-passar
se en ttygue ao r60 uma copia-d'elb, dos documentos oíTe- as cartas-precatofias para inquirição das testemunhas sòui
recidos e d4 rol das testemunhas, que não podem ser. diIação rasoavel, sendo intimados -os reos d'essa remessas
@ais de oito para eada facto-art. 534." g 5 . O da Nov: '
No juizo deprecado o juiz nomeará defensor aos rhos, se o
Ref. ' e art. 262." g 1.O do Cod. de Proc. Civ., e s& não tiverem constituido, e até se procederai como em-dis-
intime de que deve apresentar a sua contestação no car- cussão publica, devendo as testemunhas ser interrogadas
torio no praso de quinze dias, caso esteja preso; de con- aos factos designados na carta -artt. 1:117." a 4:119." da
trario, e se os réos estiverem soltos ou afiançados, d e Nov. Ref.
.vem ser apregoados na primeira audiencia, seguinte á ' >,

entrega do processo pelo agente do ministerio publico, - 2.' ACTO


entregando-se-lhes as copias do libello, e assignando-se-lhes .Contestação (i)
qpinze dias para contestarem, quando estejam presentes,
porque, não o estando, deverão ser esperados atE á se- DentPo do praso d e quinze dias, contados d'aquelle m-
guinte audiencia, onde se repetirão os mesmos actos da que fbr entregue a copia do libello ao r80 preso, ,ou feita
anterior, assignando-se-lhes na sua presença ou á revelia a assignação em audiencia ao réo- afian~ado,deve este
quinze dias para contestarem; e se n'este praso hão aproe- apresentar no eartorio a sua eontestacáo, aeompanhacla do
.sentarem a contestação, continuara o processo sem ella. rol das tgstemunhas, não havendo mais que uma .so con-
o despacho em que o juiz recebe o liBello, deve testação para todos os co-reos, e devendo os advogados, que
a ar defensor officioso aos réòs que o não hajam não podem ser mais de dois, concertar entre s i a de-;,
,constituido, ou curador ao menor que servira tambem de assignando ambos a contestação, que pode deixar, todavia;
advoga60 e a quem se deferFá juramento de -bem defen- de ser apresentada, seudo permittido aos accusados de&-
., zire~h-naverbalmente na audiencia de discussão, oude pode-
rão juntar documentos a bem do seu direito, vísts o art.
537.O da Nov. Ref. e art. 243.O g2.O do Cod do Proc. Civ:
impòrbancia tem para o descobrimento da verdade, e; que; só servem O numero das testemunhas que não podem ser de
para-retardar o andamento do proeessa, indefirirá o re uerimeato.
\
Já antes a lei de 7 agosto d e 1890 dizia no art. 1.O unico Mod.
AI.'- *Osjuizes dos districtos criminaes de Lisboae Porto poderão,
em complemento dos corpos,de delicto por factos nniveis cujo eo-, (i) Sobre u fórma da contestação devem ter-se em vWta as dispo-
nhecimento seja da sua compatencia, proceder, dciosamente ou a
requefirnento das partes ou do ministerio publieo, a pualquer dili. sções da Nov. Ref., conteiidas nos artt. 1:111.' a 1:113:, e ain- os
geqcia, que julguem wcessarian, artt: i?iIPo, 1:115.0 § 1.0 e 2.0, e 1 : 1 1 6 . O a 1:190.0 e bem assim as
40 til. I do liv. I do 8od. Pen. na parte appliaivel
oibo â cada facto-art. 534.O 3 5.O' da Eov. Ref, e a&. se não possa I e ~ a ar effeito na pessoa ao juraao,-ar&.~ : u ; l p z
462.O 5 I.."do Cod. de Proc. Civ., tamlsem póde ser augmen-- da.Nov. Ref. Jud. ;que as partes (1) e seus advogados sejam
tado, ou substituidas umas pelas outras, com tanto que intimados, devendo estes sel-o-tres dias-antes, pelo menos,.
os seus nomes, mesteres e moradas possam ser intimadas do designado para a audiencia, árt. .1:107.O j 4." e 572.0
ao,Min. Publ., ou parte accusadora com tres dias de anle- da Nov. Ref.; e bem assim que se intimem as testemu-
cedencia ao do jalgamento-art. I :i.lfi.O g 1 . O da Nov. Ref. nhas de accusa~ãoe dèfeza, as quaes são applicaveis os
Recebida a Gontestação, na qual se podem tarnbem re- adt. $89."e 190.O do Cod. do Proc. Civ. por virtude do
querer novos exames, o juiz mandara que se dê 'copia art. 8.O da lei de 4 de maio de 4896.
d'ella e do rol das testemunhas a cada um dos accusado- Os reos presos podem ser julgad~s em todo o tempo,
res, e defirirá ao mais que se requerer conforme o direlto. não havendo para os seus processos ferias alguÍnas, por-
que o .art. 1 i . O do dec. n.D i de i5 set. i898 diz:-(Para
s julgamento dos reos, que responderem em pí-ocesso cor-
G reccional, não ha ferias, como as não ha, nem-para o pro-
cesso preparatorio, nem para o processo accusatorio, nem
Preliminares do julgamento para o julgamento, quando o reo estiver preso, qualquer
ue fdr a natureza do delicto.~-aos crimes de moeda
O juiz antes do julgamento, e depois da contestação, (I) falsa, os juizes, recebidas as copias authenticas das pa,utas ~

manda dar vista do processo ao ministerio publico e á dos jurados das duas comarcas mais proximas, devem man-
parte accusadora, havendo-a, pelo praso de-tres dias, a fim dar dar aos r6os copia da pauta geral formada pela da
de requererem o cumprimento de qualquer diligencia ou comarca e das outras duas, deprecando aós seus collegas
acto marcado-na lei? que ainda se não ache satisfeito, e- que mandem mtimar os respectivos jurados, depois de fixado
dizerem sobre nullidades -art. 1:032.O da Nov. Ref., e o dia da audiencia - $5 3-0e 4.O do art. 6.O do dec, regu-
art. 610.O da mesma lei. lamentar de 4 agosto 1859.
Satisfeitas as diligencias requeridas, o juiz parca dia :O dec: n.O 1 de 45 de setembro de I892 diz:
para julgamento e manda que se dê copia da pauta dos -
aArt. 10."-Nas comarcas do continente do reino e d y
jurados a cada reo oito dias antes da audiencia com as ~ O F - ilhas adjacentes as audiencias geraes abrir-se-hão de tres
imialidades do art. 1:046.O da Nov. Ref. Jud. e art. i3.O em tres mezes, em janeiro, abril, julho e outubro para o
n . O 7.O da lei de 18 de junho de i855 e art. 1:129.O, da julgamento de todos os processos crimes que estiverem
Nov. Ref. Jud.; que os jurados sejam notificados com - preparados. .
detlâração. de que Ihes não será feita outra intima@o, $ 1.O Nas audiencias d e cada trimestre funwionaráo os
devendo a notificação fazer-se aito dias antes do designado. jurados sorteados para o respectiva semestre.
para a audiencia do jiilgamento, e podendo-o- ser na pes- ,$ 2.O As disposições d'este artigo e 3 -1.O náó cone-
soa d'alpum criado, familiar, domestico ou visinho, quando prehendem os districtos criminaes de Lisboa e de Porton:-
Pelo decreto de 30 de outubro de 1844 as audiencias
geraes em Lisboa e Porto devem fazer-se nos oito mezes
(4)'Seguudo o art. 397." do Cod. Mil. de 1896 os auditores, só de-
pois de apresentada a contestação ou passados os prasos legaes, 6
ue deferem aos requerimentos do Min. Publ., do accusado ou do de-
iknso, podendo aquelle artigo servir de erplicaqjo 5 Nov Bef., em (4) Os r6os presos devem ser intimados pessoalmente, e as intha-
:onsequencia da paridade de circumstancias do procesg; e por isso ções dos soltos ou afiançados e dos accusadores devem ser feitas no
i n W o que os juizes criminaes podem fazer o mesmo, guardando-se seu-domicilio, não sendo necessarias, quando houver falia de deela*
para-deferirem aos requerimentos para depois d'esse termo, -
rqáo ou escoíha d'eUe art. l:lil=i.O da Nov. Ref. .
Xe fevereiro, marco' abrit maio, junho, julho,-outubro e ~ j & ~ - ~ u e -chamem
se- as partes (2) e seus advogados,- e em
.

novembro, segundo a ordem de serviço na Tabella\ das


Audiencias junta ao dec. de 21 de maio de 1841.
diatos Dor sua ordem, nos termos do mie0 do art. 4.' da lei de %4
de jullio de 1855. ,
H 8 2.0 Nas comarcas de Lisboa, Porto e Coimbra 60 juraFs, pefo
menos. serão recenseados dos aue tiverem habilitacões litterarias
--
-

kndienois, do julgamento que dhpensam a prova do censo; e outros 60,pelo menos, dos 9.m-
tribuintes, na forma prescripta.
3 3.0 Nas comarcas mencionadas no $ anterior a pauta se for-
I .O ACT02 ;mará lançando em uma urna os nomes dos recenseados com as lia-
bilitagões litterarias, e em outra as dos que o foram como conùi-
Constituição do jury (1) 'buintes, e de.cada-unia d'ellas Se sortearão desoito nomes.
Art. 3 . O - 0 recenseamento será feito or uma commissão com-
pota do juiz de direito da comarca, pesiiente e "ice presidente-da
No dia designado. para discussão e audiencia manda o commissão de recenseamento do concelho que-fòr séde da comarca,
presidente da camara municipal e administrador do conceibo. - ~

Em Lisboa e Porto os juizes de direito, residentes e vice-presi-


dentes das commissões recenseadoras e a~ministradoreyde b a e ,
serão membros da commissão por turno, como se determinara-no
(1) 3ury - A -A lei de 1 de julho de 1867, reformando a orga- regulameaito para? execução d'esta lei :
nisação do jury, diz : A esta commissao de que é presidente o juiz de direito, compete
Art. 4.0-Em cada comarca haverá sómente um cireulo de jura- a decisão das reclamações.
dos. 5 4.a A lista geral do recenseamento será publicada nos termos
-- 8 i.* A pauta constara 'de 36 jurados, e o jury para cada causa da legisla@o em vigor; e no praso de oito dias, a cFtar $a publi-
se comporá de nove jurados e um substituto, que só voera @ando c a @ ~ serao
, admittidas todas as reclamações pela iac1wao.o~-ex-
b t e a discussão se impossibilitar algum dos nove pnmeiro sor-. &são dos individuos, que, segundo a presente lei, dev!m ser recen-
' teados.
A

$ 22 Sem causa justlcada sb podem ser recusados tres jm-


--seados.Além da publicação será o recenseamento notifica@ a cada
nni @s jurados, nos termos do art. 8.8 da lei de 21 de julho de 4855,
dos pela accusagão e tres pela defeza. admioindo-se no mesmo praso de oito dias,, a contar da notificação,
Art. 2.O-Seraw recenseados para jurados todos os que. -,as rectatnações contra a inclusão dos individuos gue- tiverem algum
. as habiltáçiks litterarias que dispensam a-prova do censo, nos iq-2 -iinpeàírjoentophysico ou moral que os impossib~liteabsolUrnenle.
mos da legislação actual (i). d
dè exercer as funcções de jurado.
I 8 4.0 Quando OS jurados assim recenseados não chegarem a $3 _9 9.0 Quando Sgum dos recenseados pretender isentar-se eom
se recensearão, além d'elles, lodos os que tiverem de renda.liquid% . 42." do arL 2.0 da lei de 21 de julho de 1855,. se-
- f i a r n e n t o no nO
aaaual400g000 réis~oumais, e não chegando ainda assim aeomple- procederá oficiosamente a exame de peritos eom~awistenciadojuiz
+-se o numero de 130, serão recenseados os contribuintes imme- de direito e deldgado do procurador regio, e verificando-se sepi':il i r
- \
a escusa aU.-.::illa, será condemnado o que a allegou na multa Itt,
- 406000 a W) .I 11 n I réis, que será cobrada como aqueilas (lue s%o,im-
(1) Eram di~pensiidosda prova do censo por seus titados litterarios 6 data
&esta lei :- 1.0 OS deri s de i.ir0a.i -
sacras a quem pelo n . ~1.0 do art. &o,
do Reg. da lei $e i de j& de I&;, datado de 29 .
1869 foram retiradas
psstas por falta de comparecimento no jury. (4
I
- 8 3.0 Será - condemnado e m metade d'aque la multa o que, j;i
estando impedido ae tempo do sorteamento dos jurados, sómente ai:
as func$ões de jura-s; -3.0 Os baehareis formados p3a univirsidade débiin-
bra;-3.0 O s r tivessem wmpletado algum curso da escola polytechoica de legar a escusa mencionada no 5 antecedente depois d e eoncitii~l:~a
Ysboa, da Ac emia pnlptachnicá do Porto, ou das escolas, navai, do exemio, pauta nos termos do, 5 2.0 do art. 7: da lei de 24 de julho de I G i .
-
e medico-cirurgica de I.14v)a e Porto ; 4.O Os doutores e -4achareis formadas 4.' Quando algum dos jurados sorteados allegar molestia que ,

RI -
em qualquer universidak uu academia extraugeira, competentemente habílitados
ara usarem dos seus raus n'estes reinos ; 5.0 Os membros da Academia
das Scieuciai de fisboa, s os professores de instruc& i ~ i i l . l , a i,seem& [I) Em vista do art. 188.0 combuiado com o art. 173.0 da Nov. Ref. 3ud. e
ria e supeior ;-6.O Os que houvessem completado o cuiso h dgum lycen -do a%. 964.0 do Cod. do h e . Civ. e ainda do art. 188.0 do Cod. Pen.. ita ae,
-
Feiòe art. 8.O reieiwo ao0 n.°l 3.0 a 8,0 ao art. ?,o da lei 80 set,- 1859. .nos pareeer que a-mdfa pOde ser cobrada eucutiiam@e pelo In.
seguida todos os jurados da pauta, iança~ao-seos nomes $[os que e s t i v e ~ e mpresentes, em uma urna em iguaes bi-L

$i-a&o~.do concelho que.fÔr cabeça de comarea, se reunirão aS dez


o impossibilite de comparecer a todas ou a algumás das assentadas horas da manhá nos respectivos papos do concelho, e installarào a
do jury, se procederá do modo prescripto no $2.0, sempre que for eommrssão-encarregadada formação do recenseamento dos jurados;
empativei com o serviço do tribunal. em conformidade com o art. 3.0 da lei de 1julho de 1867. (1'
5 5.0 A commissão, em ambas ag: hypotheses &o. 5 1.4 dará as AH. 2."-0 juiz de. dmito sera presidente d'esta commissao, ser-
suas decisões motivadas no praso de seis dias, e, notificadas aos re- vindo de secretario o vice-presidente da commissão revisora do re-
clamantes, admittir-se-hão recursos para a relação e su remo tribu- censeamento.
nal de justiça, nos p m s estabelecidos no ari. 36: dalei de 30 de A&. 3." -1nstallùda a commissão começara logo os seus trabalhos
setembro de 1 8 2 , a datar da notificação. (1) requisitando das c~mmissõesde recrutamento dos concelhos de que
Art. 4.O -Se em qualquer comarca, com relação a algum processo ,w.compuzer a eomarca, cópia autbentica do recenseamento para
de crimes, a que correspondam peoas maiores, occorrerem cireum- todou os cargos publicas, a qual lhe sera enviada no improrogavel
stancias Tão graves, que persuadam a conveniencia de se formar a "praso de cinco dtas (Veja art. 26.0 da lei eleitoral de 21 demaio
pauta do jury de jurados da comarea, e dos das duas mais visinhas, ,de 1896).
o ~I,.l~.gadodo procurador regio, a parte aecusadora ou réo, reque- -. Art. 4."-D'estàs copias extrahirá a commksão:
rerau ao juiz para sustar o julgamento do processo, representando 1: Os nomes de todos os cidadãos que se acharem comprehendi- r
logo aò presidente do supremo tribunal de justiça que, depois de -@s nos n.Oa 4 a 8 inclusivè do art. 7.0 do dec. de 30 de setembro de
o u n r o respectivo presidente da relação, convocará com urgencia o
mesmo tribunal em secpões reunidas para resolver irninediatameate- 2.0 gjY nomes de todos OS cidadãos que tiverem 4008000 réis eu ~

sobre o objecto $ia representação. (2) mais de Renda liquida em cada anuo. E se com todas ainda se nao -
$ 1.0 Tendo sido attendida aqiiella representacão, o jdz de di- ? perfizer o numero de 120 se completara com os dos individuos que
reito requisitará de cada uma das duas comarcas mais proximas os tiverem a renda immediatamente inferior, por sua nlirllsm, nos. ter-
nomes dos doze jurados primeiro sorteados, e estes com qs doze pri- <mosdo $ unico do art. 1." da lei de 21 de julho de lh:~:;.
meiro sorteados da comarca, onde penderem o processo ou proees- Arr. 6.O-A commissão chamai.a os inàividuos mençionadòs no i-
sos, a que se refere a mesma auctorigqão, formarão a pauta do jury, 4.0ao art. 26.O do decr. de 30 de setembro. de 1852, que fórneeerão
devendo verificar-se o julgamento em audiencia extraordinaria e com os esclarecimentos e dopumentos necessanos para -e hajika maior
toda a possivel brevidade de modo que o reo não fique retido- na exactidão no tocante aos nomes, sobrenomes, prolissoes, edades e ca.
cadeia atC ao semestre seguinte. pacidades dos recenseados. (3)
.§ 2.' A resolupão do supremo tribunal de justipa será tomada e
communicada ao respectivo juiz de direito da comarca no praso Be
- ' 8 unico O secretario sera auxiliado pelos empregados da . m a p a '
Mlda adm-i~trapão do concelho o u bairro que fo-m requisitados
trinta dias contados desde a apresenta@o. Se o não fôr, continuara pshcommissao, OS- quaes receberao uma gratificapao arbitrada por
o processo nos'krmos regulados segundo a legislapão commum. &a, e paga, assim como as mais despezas, pelas respectivas ca-
Art. S.*- Fica revogada, etc. paras. -
B - O Decreto regniamentar de 29 de agosto de 1867, em execu- Art. 6.O-A commissão terá um limo especial para o ,reeensea-
ção da lei anterior, dispõe :
Art. 1.0-No dia 1 de julho de -ca&a a n o o-juiz de direito de - >

cada uma das comarcas, com o presidente e vice-presidente da com- (1) A por!. de k .agosto I868 determina que, n2io podendo as cot@sW r+
missa revisora do recenseamento, presidente da camara e adminis- nir-seaos dias destgnados pelo regulamento, devem ser convocadas para Outro
elo juiz A port. de 30 julho 18Y5, prov!denciando.sobre o recenseamento e
:!mecionameuto do jury nas comarcas, e q a area foi alterada pelo dee. d e 15
jnlho do mesmo amo, suscita. para o caso de ndo poder fazer-se o recensea-
(1) Quer-nos parecer que a lei pretende que o recurso seja inter ostomnfowe. mehte nos prasos lepes, a observancia d'aquella portaria.
slacão eleitoral em t,: ,r, sendo por isso ho'e &tes plicavefo art. @.@.da
;3eii°iil de 2 1 maio 1~~11;. d
do que o dei. de aet. 1 3 em consequencia das
reelamacbes e recursos em matena de recenseamento do jury estarem sujeitas ás
As
- 2) exeeppo dos clerígos de ordens sacras, sáo todas as pessoas meacia-
na nota ]unta ?o art,3.0 da lei de 1 jniho 1881, trasscripta-anteriomente.
(3) Diz o $ agui citado - «Assistem igualmente os parochos, os escrivaes &a
pliases da materia eleitoral, as quaes t6m sempre seguido. r$eend+ os regedores de parochia, e os recebedores de íreguezia, p e fornecerão
(2) Opina a Rm-de Leg. a pag. 211 do 20.0 vol. que o jury mixto n'este caso a% eo@missões recenseadoras as ihforma$õ- e doctpentos que por 0kis.Iheri
~3deser re erido at6 ao proprio dia do jul amento e mesmc no come$o da au- -forem pedidos, para a venficacão da oa acidade eleitoral, OU da ekeg~bil!~l.i~l.-
kiencia, fun%Umdo-se nas palavras guro ousfar o julgmnto doprowss~r,e bem r dos recense~hos..- ActualmeGe o art. gti.@da lei eleitoral de & i m.u Iri:lli
issim na oh2Usdo da designa50 de praso. só-myda ouvir ou parochos e repdores, em confcrmirlade com o 5 2.0 do art. 2L.u
7 YOL,I . .
lhètes que seráo primeiro contados pelo,esCrivão publica- . Um menor então de dez amos ira extrahindo &
:ante.
. I

no pras.0 de seis aias, todas as reclamagões que, llie tiverem si&


mentó, qùe, além dos respectivos te-mosde abertura e enc66amento. ppresentadas. m-ivando sempre as suas decisões, as quaes serão
devidamente assignados, sera tambem-rubricado por todos os seus mtíficadas aos interessados no praso de oito dias, nos termos do
membros, e n'elle, por o~demalphabetiea,e sob numeraqao seguida, .&L 14."
, s e inscreverão os nomes dos iecenseados, e adiante de cada nome Art. 17.0 - D'estas decisóes haverá recursos não so para as-reta-
* se abrirão c s a s para desieparem :- i."O emprego ou prafissão;-
.@s, mas d'estas para o supremo tribunal de justiga, noeprgsos es:
$.O O estado;-3.0 A idade;-&." A morada;- 5.0 O rendimento @let.oidos no arb. 36.' do decreto de 30 de sefeqbro de iS2.( i )
que tem, òu tituio.Htterario que dispensa a prova do censo. Tuda -- § 1." O recurso interpor-se-ha por viade petição fundameptada
éscripturado seguidamente, e'por fórma que não medeie folha al- &2: Esta petição, com os documentos que a aeòm~anharem,
guma em branco. %era$elos requerentes apfesentada na relaç- respectiva no:praso
Art. 7.0-Em todas as comqrcas, excepto as de Lisboa, D r t o e de vinte dias; a contar da intimaçao,
- Art. 18.0 -Das decisões das rela oes de que. se niio interpozer
-Goh&ra, se os eidadáos comprehendidos no n.* 1.O do art 4 . O forem
420 ou mais, com todos se formara a lista dos jurados ;se não che- n"
.recurso, e das do supremo tribunal e justiça, farão os respectims
-<presidentesextrahir certidões, que no praso de oito dias. depois &
gwem a este,numem, sera a lista formada com estes e com todos terem transitado em julgado, seráo remetudas aos juizes das ixmaf-
os comprehendidos no-n." 2.O do referido artigo; e se -ainda ássjm
se não podér formar a lista, completar-se-ha o numero de-1% eom eas a que os recursos disserem respeito.
oscidadãos aptos que tiverem rendimento immediatamente inferior
-
Act. 19." -'Se, em virtude das decisões d a m m i s s k , algm ci-
d&ãò for excluido da lista, e esta não ficar com 120 nomes, comple-.
~

' a 40&000 réis. . - -


Art. 8."-Todas estas op&ações estarãõ -&d-s no dia 20 ~ d é , tar-se-ha pelo modo e forma preseriptQs do art. 7.' do presente re-
julho. gulamento. .
- Art. %°-No dia $%de j@hp publicarri a commissão a lista dos Ai% 20."-No dia 2 de dezembro se reunirá a @nimíssão a fim
eidad@isreeenseados para jurados, fazendo-se a publicação por eãi- &e fazer no recenseamento dos jurados as alterações ordenadàspelos
taes afixados nos logares do estylo. tribunaes superiores, em-vi& das certido'esenviadas offieioSamenfe
Art. 10.@- No praso de 8 dias, a eonBr da afüsação dos editaes, o 168,
pelos respeétivas presidentes d'esses rribunaes nos ~ r m ó s d a?;
poderão fãzer-se todas as reclamações contra a inclusão ou exctusão _w@ sentenças apresentadas pelos interessados.
indevida de algum cidadão: 8 unico. No caso de não ficar a lista com 220 nomes .em éonsi-.
Art. k1.0-As reclarnaçws que se fizerem, nos termoldo ariigo- qúencia d'estas alterap&s, se procederá nos termos e pelo modo
antecedente, sefio, dentro do praso legal, entregues ao secretario &i prescripto n o art. 19.0
eommissão, que das mesmas passará recibo ao apresenkyte, se este Art. 2 1 -No ~ dia 2 de janeiro de eáda anuo se reunirá_a com%
a exigir, e tomará nota da apresentaGo. missão em audiencia publica para preceder ao sorteio dos juraos-
Art. 43.0 -No mesmo dia, em que !e -afãlàr.o edita1 com a ltsia, ;ria! hão de compór a pauta, nos temos do art. lo 5-2.O da fèi de i
do$~recenseadospara jurados, â eommrssao dara as necessarias pro- de ulho de 1867.
videncias para que cada um dos recenseados seja noiificado,sendo d n =:-O prooesso do sorteamenta começará pela i&urigs-
competente ara estas notificações os otSciaes dos juizes de direite .&ta das recenseados, fazendo-se depois Jantos bilhetes qu*anTos bs
e d& paz, pebs quaes a comissão distribuirá o serviço como juigar nomes que ella contiver, e com a respectiva nume~aqão.Tedos os
. \ .- bilhetes seAo lançados em uma urna, e d'ella um menor de der an-
mais èonfeniente.
A&. 43." - D'estas nutificações se lavrarão certidões,.e tod- esta- MS extrahira 36 nomes,-que formarão a pauta.
rão improgaveImente feitas no dia 20 de agosto. j uníco. - Quando a lista dos jùrados contiver 240 nomes, ou mais,
- Ai%. i4.0-AS notific$@es ser20 feitas pessoalmente a cada imi éai seguída á extracgo da primeira pauta se softeará outrá para
dos recenseados para'jyrados; mas quando não sejam enmntrados: servir no segundo semestre. --
;nassuàs rjsldeiíeias, cs~l~.r:ío desde logo as'notificaçóes. ser feitas . Lrt. 2
- 3: - Esta pauta será immediatamente pubiíeada por editães,,
a a pessoa de uw seu gmiliar, ob de um seu visinbo na Y t a d'eite. ,e uma cópia authentica remettida ao juiz de direito da comarea.
Art:iS.- - Aos .notificados Q permjttido no praso &, oito dias, a - Art. $8.9- Os 36 cidadãos cujos nomes compozerèm a páuta, serão
. cifntar:da notifiração, reclamar contra a .sua-jnclusão; fundados em ~

-.
~

Qupedigjento physico ou moral, que os impossibilite absolutamente_ {i)Quer-nos parecex que actualmeu dwe seguir-se o quadro de prasos junto
-de ,exerceremas funcções de jurados. - h lei eleitoi.,~ da 91 abril 1895;ondq se marcam cinco dias para o rílcusq pw
_ Art. 46.0 -30dia 26 de agosto se reunirá a consmissão e\jut& r i ~ ~oí jus
e de direito, cmno ja estabelecia o dec. de-30 set. 1@2.
* -
urna cada bilhete até ao numero dez, ficandd a ser presi- do-jury a primeiro jurado sorteado, e supplent'e o

br5 se verificar a hypothese do § unico do Gt. e%?, s e proceder5


.notificados do dia e hora em que devem comparecqr na audiencia, iorno ahc se determma:
: Árt. 32.0-As commissões creadas pela lei de 1 de julho de 1867
~

nos termos do aN 472.0 da Rov. Ref. Jud.


.Art. 25.0- par$ estas notifiea$ões são competentes os afficiaes dos @arao recenseamento geral dos jurados ficam tambem pertencendo
juizos de direito e dos jiiizos de paz, observando-se emquanto ao s recenseamento dos jurados, tanto para o julgarnenio
cis o p e ~ q õ edo
modo de as fazer o disposto no an. 14.O do presente regulamento, e -doscrimes de faIsificação dè moeda, como para o .dos crimes era
das mesmas se lavrarão as neees~ariascertidões. que intervem jury mixto, observando-se em tudo o mais o dispwto
- Art. 26 e - Não se verificando a hypnthese do 8 wiico do art. 42 O, nas leis de 4 de junho d e 1859 e 12 de março de 18& e respectiuos
rio dia & de julho de cada anno a commissão procederá ao sorteioda .regulamentos. (1)
pauta que ha de servir no segundo semestre observando em tudo - Art. 33.0-Ile todos os seus actos a commissão lavrará os c o i
as pre-ripções do presente regulãmento e máis disposições não re-
sogadas. , .
Art.>7.0 -Nas comarcas de ~ i h a Porto , e Counbra proceder- ' . (1) O jury para julgamento do crime de falsificacão de moeda deve s e r for-
se-ha a composição da lista dos jurados com os-nomes de todos 'os mado em audiepcia doze jurados, tirados d a s g a b s d& tres comarcas III ,:-
individuos comprehendidos nos numeros i." e 8.0 do art. 4.9 e, proximas, as uaes evem conter cada uma vinte nomès. A lei de B jmbo !..(!i!#
quando não chegarem a 120, com os cidadãos que tiverem rendi- e o seu reg. ?e 4 agosto do mesmo anno iudicam a forma dos commissiies iaze-
.rem o respectivo recenseamento e do qual nos oecuparemos~quandotractarmgs
mento immediatamente.inferior a 4006000 réis. da especialidade do processo respeitante a estes crimes.
-Art.~Y8.0- Os nomes dos cidadãos comprehendidus no n.O 1.0 do O JU mixto para julgamento dos estrangeiros, em cuja na90 os portuguezes
art. 6." serão lançados'em uma urna, e os dos cidadãos comprehen- gozem Ta mesma regalia, deve ser composto de -doze jurados, quando, na sua
didos no nO . BP do mesmo artigo em outra, e de cada uma se extra- t-&idade, nZo for de portuguezes, devendo entrar n'elle quando possivel, seis
hirão por sorte desoito nomes ara a formatão da pauta. j h d o s da rsspectiva nacao do réo.
Art. B~."-N~scomarcas de Eisboa e Porto a commiasão será comdl 0s-uaicos e s t r a ~ r o s gosam d9e;te direito, aio os aubditos ingiezes eamo
~Ósta,,alérndo presidenteda commissão mnqicipal, de um dos juizes foi-declaradó por ee de 7 marco 1845, por e só os portuguezes tàmbem tem
na'bgiaterra èsse direito; mas devem requergo antes de se annunciar a aber-
de direitó nomeado por turno pelo presidente da relação, de um ad- tura das audiencias eraes. A lei de 12 maieo 1845, abolindo as conservatorias
minístrader de bairro, tambem nomeado por rumo pelo governador estrangeiras, 6 que fea esta permissão aos Gtrangeiros em euja na@o os portu-
civildo districto, e do presidente e vice-presidente da commissão g w e s gosassem do mesmo privilegio, e ainda assim eom bastantes P .i1 ic$&s,
recenseaclora do mesmo:bairro. sendo regulada, na forma@o do jury mixto, pelo d ~ de. 27 marco
Art: 30.0-Nas comarcas de Lisboa e Porto observar-se-ha o ais- h s -commissPes do recenseamento dos jmados &em o a uramento di, ludos os
osto nos-@j4.O e 5." do art. 3.0 do regulamento de 31 de outubro ing.lezp, nas condiçòes de serem jurados, podendo estes Fazer perante eUas as I
.$ e--@%. (1) suas reclama$ões e recorrer das suas delibera$es. As pautas de 01s de extrahi-
das serão formadas de 48 nomes, podendo-o çer sem necessi$ade de soFteio,
Art. 31.0-Se em relação ás comarcas de Lisboa, Porto e Coim- quando não excedam aquelle numero, porque, excedendo.-o mas não ..l.-.:iiern lut
numero necessario para formar duas pautas depois de exiiuctos os udbtes d a
urna, voltarão de novo a ella os já sorteados para a primeira auta, e d'ésses
(I)Diz o~§ 4.0 citado- «Na comarca de Lisboa extrahiraehão tantas páutas serão extrabidos os precisos para preencher o numero de jura8os da sègunda; I
para servirem no semestre, quantos sáo OS ditrictos criminam; sendo a pruneira Não excedendo a lista geral o numero de 48, como n a ha sorteio, formar-s*ba^ i
pAuta extrahida para funcciouar no segundo districto, e na terceirà e quartavara: ?a só auta que serve para todos os dias do a n o .
e a terceira parà hnceionar no terceiro distr~cto,e na quinta e sexta vara.& a -~ur& estrangekos. -A lei-de 12 de marco de 1845, regulando a Wn-=
lista geral-dos jurados eontiver numero sutnciente, para se extmhirem duas pautas stituicão de jurys estrangeiros, dis a como se egue:
r cada distriéto &minal, servirao ellas alteruadma~tepela fbrma indicada no Art-. 6.0 -Poderá ser juiado to$o o estrangeiro, que ha mais de &o esti:
r 3 .o d'este arti o (isto 8, devendo cada uma d'ellas servir no semestre, &ter< ver domcilido no respectrpo.circulo de jurados e tiver algum estabeIecimenfo
nando-se em cafa mez nas audiencias civeis e crimes; e em &da trimestre nas Ittterario, rurAl, comercial, ou de industria, de e honesta e decentemente
d e hberdade de imprensh]». viva, unia vez que tenha vinte e cinco annos compgtos, e fdle, leia e escreua I
Dtz o 9 5.0 - alVa comarca do Porto extrahir-se-h80 mía ou duaa pautas a lingua portugueza. 1
para cada! . -1ricto criminal, segundo a lista geral dos jurados contiver mais ou § unico. SZo exeluidos, não obstarite terem-as habilita~ões exigidas no ar-
menos de " # i nomes; regulando-se o servicd d'elles em cada semestre, peias 4igo ,
regras que f i e m estabelecidas no § 4.0 d'esite aftigo para a comarcade Lisboa,
matatis rnutaudis, na considera$% de que ao pnmeiro districto criminal cerres
-
1.0- 0 s militares a soldo de Portygai , 2.0 Os ecclesiasticos de ordens
sacras ;- 3.0 Os que tiverem mais de 60 annos ;- 4.0 Os que se acharq.iy-
ponde a primeira vara do civel com a segunda no rimeiro trimestre, e ao se- diciados por qualquer crime; - 5.0 Os criados de s e i ~ i,r- 6.0 Os que trve- !
@o districto a tereeira vara com a segunda no &img trimestre.. , rem algum impedimento physico ou moral.
nlgmo, com quanto o jury possa &colher de entre os nove @irados, quando esiejam-emvotação, aqueUe que lhapa-
~.

9.0 O relator do supremo Conselho a e justiça uiiular, e . s w ~ J K -


petentes aaos que serão assignadas portodos os mémbros pre- bnte, e os auditores do exercitq;
sentes. $0." membros do Ministerio Pubtieo, eomprehendidos os cu-
radores geraes dos orphãos de Lisbòa e Porto;
- 11.0 Os juizes ordinarios em effectivo serviço ;
i 13.' 0.secretario do supremo tribunal de justip, os ese~vZes
- -
(Não as inserimos, por ser hoje sem impórtancia a sua mateca).
das r~facõescivis e commercial, os escrivães @s jnizes de-direito,
e d~ tribunaes do commercio, os dos juizes ordinarios, e Os oftlciaes
de diligencia;
C- amos em seguida a lei de 21 de julho de 1855 na parte ainda 13.'-0s membros dos tribunaes administrati~ose fiseaes. Nãb
applicavel e que se não. acha revogada pela legislação mencionada. se corn~rehendemn'esta excepção osmèmbms dos co-elhos de dis-
Art. '1.0- São recenseados, cómo 'urados, todos os cidadãos gue, ~ictos,-e&u camaras municipáes, nos dias em que nao houver ses-
-pela iegisia(áo qn vigor na epocha da recenseamento,forem habeis- são ;-os membros das juntas de districto, quando n% estiverem re-
para votar na ebição dos deputados da nação; e, além d'isso; tive- unidos; os membros das jnntas de parochia, em caso algum;
rem de renda liquida annual, em Lisboa e Porto, 400i3000 réis e y- lá?' Os governadores civis, secretarios geraes, deiegâd~do
~~ réis nas mais terras do continente do reino, eikhas adjacen-
tes, proveniente das mesnlas fontes, e provada pela mesma fórma
thesouro, thesoureiros pagadores, administradores de ooncelho, ès-
erivães
.-- d'ejtes e de fazenda e os das camaras mu~icipaeqe 03 re-
-

por que se provar. a renda necessaria para ser eleitor, gùardada a


~

. cebedores-de coneelha;
devida propor$áof ou tiverem os grAos e titulos littererios, pelos
*

- $5.' Os- miktares em effeectivo serviço f ri90 se considerando _


2
quaes a sbbreditalegislafio os dispensa de toda a prova de censO.(i)
uqieo. Quando em alguma-comarcanão houver 1% eidadaos
b eis pdra juradoe, que tenham a renda iiquida-marcada n'este ar-
eome taes os que se acharem em disponibilidade;
, 3 --
6 . O Os
. -~.cclesiasticos
- - ~
de ordens sacras ;
. . 17." Os professores de instrucção primaria;
,Sigo, preencher-se-ha esse numero com os que tiverem @ renda 48.0 Os empregados do correio;
iiquida a quantia immediata c
-&.O Os medicos e cirurgiões de partido das camaras ~ u n i c i ~ a e ,s :
Art. 2.0- Não podem ser jurados, ainda que tenbam as habilita- .. 20.0 O s botic~dos, quando ^na freguezia ou povoaeao, em que
ções exigim no artigo antecedente : eã& um d'elles tiver sua botica, não haja outra; .
- 1.' 4s que não souberem ler nem escrever;
- - 21: Os que tiverem mais de sessenta e cinco annos, se na oe-
E? Osmembros do corpo legislativo, durante o exerciciode suas easião da revisão annual ,houverem reclamado para não serem ju-
-ùneg"s ; rados;
3.O-Os ministros e eecretafiòs de estado, e ús conselheiros de 22." Os que tiverem álgum impedimento physieo ,ou mo@, que
estado em effectivo serviço; os impssibitite ah:olutameiite de exercer as respectivas funeções;
.L0 Os officiaes maiores, e os chefes de repartição de todas as
secretarias d'estado; bem assim os directores geraes, e os chefes
_ 23.0 Os viee-consules das nações estrangejras,m:c v e m haja
--@atados,em virtude dos quaes os seus subdito?, - me-oonsuies~
thesouro publico, e o secretario geral de estado ; --nação pórtuguesa, posem de egual isen ão.
-5.0 Os oIficiaes maiores, directores de secretarias das duas ea- i 5 unico. -A lei não. reconhece nenkuma outra ercepp, a164
maras legislativas, e os redactores-e .tachygraphos dó numero das das que s k expressamente consignadas n'este artigo, sss vas com--
ditas camaras, unicamente durante as sessões das mesmas ; tudo as aue estiverem estabelecidas por leis espeeiaes sobre COntI'?
, o ssupremo tribunal de justiça, e de contas;
60 Ok ~ s e ~ h e i r do ctos (1):
7.O Os juizes das relações; Art: 3.0 -Os cidadãos que tiverem doisdq~iciliosem differéntes
8.0.0s jnizes de direito de i.ainstancia, e seus substitutos, qnândo
estiverem em effectivo servico; I Estão tambem isentas por leis especiaes as se intes pessoas
kdn pilotos das barras do reino
08
se!. 1869, art. 81.0
-lei
:
de & â. I858 a dec: de-3"
fl) Devem ter-se em vista os artt. 1.0 e -68.0 da leieleitord de % maioi1896:
No art. 61: estatue-se qne n-do podem ~ o t a ros indiciados por despacho de p m
95.0 O niloto-mbr.
de&856 r--- ~ ..
, sota oiloto . da barra do Porto- lei deS6-juihk
e ~iiotos
-
46.O Os empregados no servico interno e e x t e m das dfandegas dec. de
.
nuncia assado em juigado. No CoP. Pen. artt. 76.0 a ' 7 9 . 0 i~bibem-sede fme-
. pglicas os coodemnados em penas maiores e na siupanao dòs direitos
fliticas.
J j e z . 186á art. 64.'
27.: Os immpregadosdo governo na @catiçapo dos eamrnhos de fem% 0s
104

recer,'com tanto que o primeiro sorteado consinta n'isso -, artt 515.0, 518.', fi39.O 5 segunda parte, e 41271 da
.Mo?. Ref. Jud.
'A proporção que se forem extrahindo-e lendo os bilhe--
-tes, podem a accusaçáo e a defeza, cada uma pelasua banda,
circulos de jurados, serão recenseados em ambos, se antes &e mn- . recusar at6 tres jurados, e quando os réos não concordem
clnido o recenseamento nio tiverem deçlardùo eu1 qu91 dos domici- nas recusações, a sorte decidiria a ordem, por que cada
lios preferem servir de jurados; devendo fazer esta declaracão pe- um d'elles ha de recusar, e n'este caso cada um poderá
rante a eommis~.ãode recenseamento, respectiva ao domiríii em
que preferirem servir, e apresentar a do outro domicilioceriiil. de
1

B
successivamente recusar nm jurado, até se completar o~
haverem feito a sobredita declaraqác. numero total das recusas, não podendo estas continuar,
.
a$t . 5 . O . . 5 2.O-As comrnissões de recenseamento sã& obriga-
das a inscrever como jurados todos os cidadãos que tiverem a renda
b g o que o numero esteja completo, ainda que algum dos
designada no art. LO,e não poderão attender nenhuma das exce ções
réos não chegue a exercer o direito de recusa - art. 4.O
do arL 2.0,-8ern que os interessados alleguem e provem com ~ I I - -$% r.". e 2 . O da lei de i julho de 1867,ee artt. 519.O e
mentos os motivos de escusa, que possam ter, uma vez que estes 591.O da Nov. Ref. Jud.'
motivos não sejam de notoriedade publica, ou conhecidos pelas ditas Quando o Min. Publ. B parte juntamente com accusador
eommissões. particular, e não haja concerdancia, fica si, ao Min. Publ.,
Art 6.0 -A legislaçáo respectiva a reclamaçges, reeursos e penas o direito a todas as recusas, em consequencia do 3 unico
no recenseámento dos eleitores e elegiveis para os cargos publicas,
é em tudo applicavel ao recenseamento dos jurados. do art. 52.i.O da Nov. Ref. Jud., combinado com o $ 2." do
Art. 7.0 - As mesmas eommissòes, concluido a Enal o reeensea- art. 1." da lei citada.
menio, e feitas n'elle todas as comecçõcs, na fórma da legislação _ Acerca da constituição do jury estrangeiro e suas recusas
ap licavel, enviarão ao juiz de direito da respectiva comarca uma
re!Eão authenlica de todos os cidadãos, que tiverem rido recensea- vide lei de i 2 março 1845.
dÒs como jurados; s e m Lisboa e Porto aos juizes de direito crimi- -4Iem das recusas sem motivo, estão inhibidos de func-
naes. cionar legalmente no jury :- 1.O Os ascendentes, descen-
2.0 D'esta lista geralil) se extrahirão, por meio de sorteamento -dentes, collateraes ate ao 4." grau pelo direito civil, ma-
todas as pautas de jurados que tiverem cle servir nas assentadas rido e cunhado de algum dos réos, ou das partes quere-
do resp~tivocirculo de jurados, até que esteja formada nova- lista
geral em resultada da revisão do recenseamento. -lantes;-2.O As pessoas particularmente offendidas com
5 6.0 A mesma pauta s e ~ i r ápara o civel, para o crime, e para os crimes, ainda que renunciassem ao direito.de querelar,;
ou demandar perdas e damnos, e os ascendentes, descen-
felegrajhistas, conduetores de macbinas, os de comboios, os gu;,rdas de passa-
&!em de nhel os chefes das estacões e os tieis de mercadorias - dec. de 3t
- .dentes; irmãos, cunhados è maridos d'estas ;-3 O Os que
dez. de 1864'art. 10.0; e-bem assim os chefes dos serrreos artivos da explora- participaram em juizo o crime ;- 4c.O Os advogados con- a
c~o..mvimento, traceao, via e obras, os inspectores do'movimeoto e trafego, stituidos~nosautos ;-5 . O Os que testemunharam, . .
ou ser-
8s chefes de seceão de via e obras, os capatazes geraes de partidos de conser-
-vaca, os bilhetèiros das estacões, o th&oureiro agador e pa adores todos os
agentes do servieo de s a d e L art. 89.0 e n.as l o dec. de 1 iez. 1 8 h com o
ae5 ; os qhefes'de secc8o dos servitos internos e externos das differentes di-
reccões-art. 76.e do deer. n.O 9 de I dez. 1892.
9 Os v e n d e h n ~ ~de~ ,papel -. I ,do, como resulta do disposto no art. 6.0
da 161 10 julbo !h;:: e .do art. tia: do dee. 10 dez. 1861 -circular da dir. os delictos especiaes de imprensa*. (Actualmente o; delietos de irri-
ger: nas eòntrib. Uirectas 30 nov. 1864. prensa não são julgados por jury; mas pela ptoposta de lei n:" 48-A .
%..-Os professores de ensino publico secundario e superior, que devem de i6 agostò 1897 breve havera-um especial para certos casos).
trn
-
nrticipel-o, tres dias-antes da audiencia, ao juiz de direito deer. de 13 fev. ( 9 ) Os reos podem ser obrigados a sentar-se, salvo allegando mo'-
30.0Os professores do instituto agricola - decr. de 16 dez. 185t, ar&. 34.0 .tivo justo; e sedesohedecerem. eommettem o crime de desobediencia
31.0 Os professores de ensino industrial-dec. 30 dez. 18112, an. 43.0 -D i ~ e d o n.@
, 18 do 24.0 vol. de 3 set. 1892.
32.9 Os empregados no servico da lavráde niinas-dec. 31 dez. 485'2, art. 46.0 -A parte accusadora não é obrigada a comparecer pessoalmente,
(1t A formada das diversas pareiaes de cada concelbo na cabe. de comarca, podendo ser represeti@da por advogado -art 4.O do dec.n.O 2 de B !
e as quaes já se nZio fazem por constituir cada comarca um s6 circulo de jurados. março 1890.
Viram de interpretes no summario, (4) ou de peritos nó &a@ na qualidade respectiva, nãosendolícitg desdeentão
corpo de defcto, salvo se os primeiros nada depozerah - inutilisar-se o jurado, offerecendo-se como testemunha. O
artt. k043.O e 1:128.0 g unico da Pov. Hef. caso érealmente intrincado, e se o Cod. do Proc. CW.resolve
E m virtude tambem do disposto no art. 42.O do dec. a questão quanto ao juiz da causa no art. é f0r.a de
n.O 4 de. 45 de setembro de 1892 que extendeu aos pra- duvida que nada previne pelo que respeita aos jurados em
cessas crimes as disposições dos artt. 292.O e 293.O do especial.
Cod. do Proc. Civ. sobre impedimentos e- suspeições dos O art. 29%*?n.O 4.O do citado codigo de Processo Civil
juizes, quer-nos parecer que t m b e m estão inhibidos ;de- inhibe o-juiz de o ser, quando houver deposto ou tziier p
func~iouaros jurados a quem a materia d'aquelles artigos
se appliquem, devendo o juiz decidir logo as suspeiçóes e&; mas, o art: 268.O, explicando esta disposição, so1ve.a
dificuldade, creada pelo preceito absoluto do art. 292.O
oppostas, depois de feita a prova immediata por-documen-h -nbO&.O, restringindo-a i consideração da declaraç50 prévia-
tos ou testemunhas, como questão prévia a decid~r,assim- . - ,
do mesmo juiz.
como é permittido qoe cada um dos jurados se dê por sus-
peito nos casos do art. 1:043.O da Nov. Ref. Jud, provando Se, pois, atkndermos a que os jurados são juizes
caEá, segue-se que as disposições do art. 268.' d e C@.
+
logo a causa da suspeição- art. 1:045.O da Nov. Ref. do Proc. Civ. Ihes são inteiramente applicaveis com as mo-
No .caso de se. darem como testemunhas alguns dos ju- dificações devidas. Se, por especiosa, se afigura acceilave:
_.rados,~-afim de se inutilisarem no juJgamenb, como se a doutrina do illustre magistrado, porque o cargo de jub
deu no celebre rocesso instaurado no Porto contra a me-
!
dico dr. Urbiuo e Freitas pelo crime de envenanamento, (2)
sendo advogado o distincto causidico dr. Tbemiido Rangel,
gador, sendo de maior conceito e, de importancia mais ac-
centuada, p m d ~ p r e f e r i rao de testemunha, e mesmo
demrá o juiz verificar quando foi intimada a testemunha e porque se o cidadão tem-.conhecimento de factos impor-
notificado a jurado, pára preferir uma ou outro conforme tantes em favor do réo, pela sua posição especial de jurado
a data dos actos judiciaes? A razão dada pelo juiz-dr. Kopke mais facilmente pbde favorecel-o, explicando aos-callègas o
que presidiu+i discussão, decidindo n2este sentido, foi que motivo do seu oeredktum, e se os factos de que B sabedor,
á competencia do cargo se fixou em juizo pela data da inli?
lhe são contrarios, este nada lucra em o produzir por te*
temunha, tendo então a faculdade de o repllir de jurado
- peta recusa; é todaiia certo que não ha texto legal que
prive .o yéo de dal-o por testemunha, sendo este somente
,. (i) Actualmente o sumario foi s@stituido pelo corpo ae delicto
juiz da conveniencia do acto, porque a apreciação constitue
nas querelas contra pessõas certas, e por isso é-lhe applieavel toda dm'direito d'elle, e portanto os motivos expostos são in-
a doutrina exposta no texto. admissiveis por illegaes. Mas como a questão deve solver-se
(2) N'estf pocesso que representa um instruetivo modelo de en- á vista- da lei, intendo que a unica solução acceitavel é
sino de direito crirnind adjectivo, e ao qual figuroii brilhantemente convidar o jurado a declarar sob juramento se tem eonhe-
como delegado o meu amantissimo condiscipuio dr. hfiguel Pestana, cimento de factos que possam influir na decisão, não sendo
tauibem se discntiu a irnportancia das reacqões dadas pelo alcqol
impuro, empregado no enfrascamento das v i s m s , demonstrando-se admiitido como jilrado no caso affirmativo. Na hppothese
a necessidade de se fazer a analyse, em separado, d'aquelle que $e exposta não ha uma suspe&?áo,mas um fmpedémento.
empregue na conservação das materias suspeitas. D'onde se cenclue Quando é que os réos podem dar o p i z por suspeito 9-
que para não haver duvidas no exame chimico-legal nos laboratorios, - Vid. Incidentes adiante.
n-20 obstante as que podem resultar das ptomairias cadavericas. e
d'outros productos perturbadores das reacções, deverão os pèritos, Nos crimes de falsificação de moeda, o juiz, reèebidas
no acto de procederem ao enfrascamento, recolher tambem, em -copias das pautas das duas comarcas, e formada a pauta
frascos diversos, amostras30 alcool empregado, consignando-se tudo geral, manda qué da urna, onde devem entrar sessénta
+ssono respectivo auto de recelliimento. nomes correspondentes ao numero de jurados das tres paiitàs
reunidas, visto que cada comarca das tres reqectivas deve 'condemar o jurado na multa depois de 24 horas; porque
dar vinte nomes, se exiriiaa os nomes dos doze jiirad~s 6jarado póde apresentar á sua escusa n'esse pFaso, quando-
que em- audiencia hão de constituir o jury de julgamento .adoença ou o caso imprevisto fôr posterior, porque, sendo-o
e'esta especie de crimes. No caso de jury formado dos ju- , antes, deve mandar a escusa tres dias antes d'aquelle em:
rados da comarca com OS das duas mais proximas, fhra~da que dever começar a audiencia, e logo que occorrer; s e
hypothese meneionada, o-sorteio far-se-ha dos trinta e seis sobrevier depois. Quando a escusa fôr posterior a audien-
nomes de que deve constar a pauta geral, sendo doze de $ia, e motivada por doença, deve declarar-se pelo faculta-
cada domarca; ehtrahindo-se da urna dez nomes, e ficando .t i o que o jurado adoeceu de repente, ficando o jurado
o jury composto de 9 jurados e i sapplente. suieíto a Dena, faltando esta circumstancia -art. 173.' e
No caso de. se julgar um inglez e elle tenha requerido da NO;. ~ e f Jud.
.
o j ~ r ymixto,sortear-se háó da sua respectiva pauta seis Finalmente, constituido o jury e decididos todos os inci-
nomes, e da pauta da comarca outros seis, para farma- dentes que s é levantarem, o juiz deferiri o juramento legal
ção dos doze de gue fallao art. 5.O 3 1.O da lei de 12'de aos jurados, conforme o art. 1130.' ,da Nov. Ref. 'Jud., e,
março de 1845, devendo a extracção começar pelos nomes po caso dos jurados serem estrangeiros, deverá deferir-lh'o
dós jurados inglezes, e acabar pelos dos nacionaes. -conforme os preceitos da sua religião -81%.5.' 3 44." da
Formando-se o jury todo de portuguezes nos crimes pra- lei de.43 março 1845, não sendo a uns e outros appljcavel,
ticados por inglezes, exceptuados rio 3 1.O do art. 4." da .o-art. 1 9 . O do dec. n.O 2 de 15 set. 1893, porque só falia
lei citada de 1845, então o jury s ~ f composto
i de 9 jura- de testemunhas; e por isso quando. a'leguém falta de relii
dos e -1 supplente, exactamenle como se se tivesse de julgar &áo, não devem ser admittidos no Iury, passando-se ao.
um nacibual, excepto nos casos de falsiEcação de m e & , sorteio d'outrcrs. -
porque então ojury e, como para os nacionaes, coinljosto . 'Aiites do jury estar constituido 6 lialo as partes ajun-
de doze jurados, não tendo então Iogar o jury mixto estran- tarem ainda quaesquer documentos, podendo a parte con-,.
gcU.0. traria pedir vista d'élles por cinco dias, como se deduz
Faltando algum jurado sem mandar-escusa legal de mo- do ,art. 242.O 3 2.O e 401.O 3 5 . O do Cod. de M e . Civ., .
lestia grave, comprovada por facultativo, ou de incidente com quanto a Nov. Ref. Jud. no art. 837.' 1 1 . O só con-
impreyisto que o impossibilitasse de.-comparecer, o juiz cedesse tres dias; e, n.0 caso d e não haver jury, podem
deve mandar tomar lembrança da falta, a fim de lhe ap- -
juntar-se mesmo durante a discussálo art. 242.O do C4.
plicar a multa de 1W000 a 208000 réis, ordenada no ,S 4.O - de Proc.
cbmbinado.com o .$ 2." do art. 3.' da lei de 1 julho f867 - ACTO
artt. 473.O e-5$3.O da Nov. Ref. Jud. (1) -0 juiz só deve 2.O

Chamáda das testemunhas, incidentes, leitura do prooesso

- Constituido o jury, faz-se a chamada das testemunhás


(i) Póde levantar-se aqui uma difflculdade provocada pelo art. de accusação, cujos nomes moradas e mesteres devem ter
189.0 do Cod. Pen., que parece destruir o final do art. 188.O quanto
aos jyrados, porque especiaiisa na sua indicaç%o esta cl3sse.
Se; poréíii. se attender a que já o Cod. Pen. de I832 no art. 189.e
fazia a mesma refereneia, sendo depois explicado no 5 2: do art. 3:
b l e ~de i julho 1867,\,queincteve a doutrina do art. 173." 5 1.0 da '' verdadeira, e bnto mais quauto;a lei d- i julho. 1867-8espec'iai &
Nov. Ref., e se se tiver em consideçao o preceito con,pig~adono jnry, ao passo que o Cod. Pen. e uma 181geral, que nao revoga ex'
I t . 188.0do Xov. Cod. Peu., e de que este é sÓmmSe appliaavel, quando .*essamente aquella, antes parece respeital-a, não oõstante O art.
9DT M ou d a ~ p ~ q i de
i o igual forga não estiver eslabelecada ptm di- - 1189.0 Em todo o caso a questáo não 6 liquida, e carece de tixação -
wrse, immediacamence se infere que a dooirina exposta no texto,6 pelos tribùnaes.
sidi notificados aos réos oito dias antes, pelo a n o s , e' 'mais espaçada por falta de S l q i i e r testemanha, na fbrma
das de défeza, cujos nomes;. moradas e mesteres detetn ;dos artt. 534.?, 1 ; 0 o 5 ; O e 1:067.0 e .1:139." da Nov. Rsf.
ter si@ notificadas ao-ministerio publico e á parte aixusa- -Por faka de testemunha q u e não foi intimada -. e.m
.
dora ires dias antes, peIo menos, da discussão da ama, brnpo não será interrompida nem suspensa a audiencia,
sob pena de não poderem umas e outras ser inquiridas- excepto se as partes insistirem .no depoimentõ oral das
art. 1136.' da Nov. Ref. Jud. - - testemunhas inquiridas por carta, ou na sua -acareaç50 em
Feita a chamada das testemunhas, verifica-e-ba se -au$iencia -art. 4:06Ã.0 $3 1." e 2." -e $ wlico do art.
falta alguma, e no caso de haver falta de qualquer que..te- -6:439." da Bov. R . ; mas se durante a discussão sobreviw.
nha sido intimada com a st~fiiente antecipação, o jaiz, a - :a0 r& coiheciwnto de alguma nova testemunha, assim o~
equerimento, da parte qae a produziu, sobreestarA na dis- espora dizendo a razão da sua tardia lembraw-a, e o arti@
w s ã o da causa até a s dia segaiate, mandando passar man- _da contestação sobre que-deve depor, podendo-então o-jn$z
dado d$ custodia contra a testemunha-.art. .1:066,0 da cgnceder o espaço de 24 horas para sua intimação @m-
Nuv. ReY. E$te procedimento,- todavia, não obsta, a meu $sgeiisão da audiencia, e fazendo notificar as partes con-
ver, ao respectivo procedimento criminal, imposto pela art. - traijas do nome, morada e mesber n'aqaelle mesmo ack,
f88.O do Cod. Pen., parque a custodia no primeiro caso
A preventiva, e-a penalidade pela desobediencia e o-castigo :-artt. -1:138.", 1:056.O e 1:137." da Nov. Ref. Jud. /

Emfim, terminados os incidentes referidos, manda 'o


-
applicado justamente a falta pela malicia da t e s t e m w a - júz ao escrivão que leia todas as p e p s do processo de carpo
ári. 4:095.O da Nov. Ref. ._;de deiicto, o despacho de pronuncía e registro criminal, o
--&.ainda assim a testemnha não comparece, sera lido Zhello
--- . e todos os documentos, a contestação, havendo-a,.
em audiencia o seu depoimento escripto, se estiver nos
autos; e %_o não houver, a parte allegará verbalmcnre as '6s
-
-

.-documentos
..
~ -
e o rol das testemunhas das partes ari.
- 1:131.O da Nov. Ref.
r q õ e s pogque jul a necessario - o depoimento da' t e s t e
i
mnba, mnbmuan o a discussão. No- fim da discussão q ,
jaiz, antes dos qnesitss ordinarios, propor$ previamente o
,
-Não havendo- con@stação, o advogado do -do- pode
.ded_lizil-a verbalmente n'este acta sendo Lançada no 9% ..~

:, seguinte- c0 depoimento oral da testemunha F. e absoh-


'da-audiencia-art 1:123." da Ref. Jud.
áanaeote nemssario para ama decisão justa n'esta causa? (4) . - --Recolhidas entso as testemunhas, (art. 526.O da Nok
' -ao qaal, o jary respondera como-intender,-vencedo-se Ref.),-lêm-se as cartas de in~uiriçãoque4ouver nos autos,
a -decisão por maioria absoluta. Se a resposta fôr negaiiva, pGdendo n'esse acto deduzir-se as c ~ n t r ~ c t legaes;$s
as
progredirá a causa; se fhr affirmativa, ficara a causa sns- - que nãó tiverem sido contradictadas por occasião do-seu
pensa até outra audiencia geral, não podena9 a &usa ser, depoimento,_(art. 533." da Nov. Ref.) e começa-se a i n e
-rigão -pelas presentes de accúsaçáo, as quaes são inter-
rogadas até aos costumes pelo juiz, e depois aos -póritos de
accusaçSo petas partes que as produziram, podendo as ~ o n -
(4) Se, po&ffl, o.juiz tiver de julgar a 08~sasemj q i s t e n d o que,
trarias fazer-lhes as perguntas que julguem neceSsarias,
fazendo appli0qk da doutrina aqui exposta, p-era, no fim da dis- assim como os jurados e o juiz.
m s w da causa, q;ndo ache necessario o depoimento &a teste- = - Antes do depoimento as bstemunhas devem prestar.]&
munha que falrou, grofmirdespacho fundamentado, que addie a causa ktinent-o segundo a sua religião, e se disserem que nãqf9rn
para a outra aud&ncia, tendo as partes direito para aggravar, quado nenhuma. prometterão dizer a verdade, %ando sujeitas 4s
&o reconhegam a necessidade do.depoimento. penas do art.-2k2.O do Cod. Pen.; se fizerem d e ~ i a r a @ e ~
E dizemos aiggruzw e não appelkar, porque a questão~comuanto
@o seja de &reeto, màs sobre a aprece%@ s3jectiaa do vaor do Ealsas-art. 19." do dec. n . 9 de 45 set- 1892..
,*i@ento que hI!a, eompari@o com os das demais te.&mnnhas, --As testemunhas podem ser contradictadas no fie dog
sao pt:termo a causa, e apenas a4uspende. [,s&s~ depoiinentoi, e bem assim acareadas. entre si, lavra%
artt. 1:067.O, ,
do-se os autos com etmtes, e procedendo-se n a fbrma dos
S. !
, 548.O e 531.O da Nov:Ref. Jud., e
artt. 277." e 278.' do Cod. do Proc. Civ. As testemunhas
-@&via~ujeit&ás~penasdos artt. 289.' e
-na].
do Cod;
-;',Se, porem, a testemuuba não der a conhecer pelas re?
devem mostrar-se todos os documentos produzidos, e os
inarumentos d a crime .ou outros objectos apprehendidos --$ostas a sua 'inhabilidade, a parte contra quem for produ-
para que os reconheçam - art. I :055.O da Nov. Ref. ãi-da, pócle impugnar a sua admissão, allegando os factos
-As testemunhas que não souberem o portuguez, Ou d'e'lla- art; Y78.O do Cod. do Proc. Civ.
forem surdas, ou surdas-mudas deporão por iriterprete, ou =-' 'As testemunhas .que forem defeituosas em vista do art,
conforme o disposto no art. 950.' da Nov. Ref. Jud. (Vid. "8:54B.O do Cod. Civ.,- devem ser inquiridas, e -por fim m:
tambem o art.,949). (1) tiádictadas, como perniitte o art. 1:0E8." da Nov. FCef., m
As testemunhas podem ser maiores t-htoda a e a q ç á o , .fÓrma do art. 278.O do Cod. do Proc. Civ.
- - Sendo a testemunha encontrada em-pes-jurèo;(l) c
iuhabeis ou simplesmenle defeituosas. .-
As primeiras têm fe plena; as segundas devem ser re-
pellidas; e as terceiras, co~atradictadas,para se Ihes enfra-
quecer os depoimentos. (i) O perjeirio, para que tenha logar, B necessario que verse sobri
as circumstancias essenciaes do facto, taes como o tempo, o logar, (
Sendo inhabeis absolwapnente, como as mencionadas no wd0 e i m t ~ W -aft. o %8P do Cod. Pen , potqne !&tas cireurn
art. 2:510." do Cod. Civ, e nos artt. 9fX0, 96Ei.O, 967.O, shncias, fenndo immediatamente os centros physiologieos da aiten
968.O e 969.O da Nov. Ref. Jud., e art. 87.O do reg, do ~k,~imprimem.secom mais facilidade no espirito de quem presen
Cod. Mil. de 1896, o juiz, feita a sua inatricuia, não poderá eiw o mesmo facto, não estando sujeitas a tantas variedades de-apre
ciafão. Deve, porem, ter-se em cons~deraçãoque na narra$. de
consentir que sejam inquiridas, e por isso as repllká, com

-
-palavras e de successao de phenomenos pode dar-se grande diver-
quanto ás pessoas particularmwte offendidas, não sendo gentia, em eorisequencia da differença de tenacidade e de facilidade
querelantes, e aos menores de v
annos e maiores de 7
lhes possam ser tomadas declarapes sem juramento-artt.
do seu recolhimento na memoria, ou em resultado d'uma observação
menos ~apida,ou menos perfeita.
O testenlunho pode ser fdso sem que a testemunha pos~adizer-se
967."_e 968." da Nov. Ref. e art, 271 . O 8 2." do Cod. do @@r@.
Proc. Civ. . No ~ ' u r ahao a intenção de B1r. a verdade, e, portant9 o intento
Sendo inhabeis relativamente, como as indicadas no art. '&e ment~.; testemunho falso pode haver apenas teiçao ae me'
966.O Nw. Ref., o juiz não as obrigara a depôr; mas mona principalmente se os Pactos se passaram ha m w o tempo, ou
d a s
hhfu4ão de ideias, on difneujdade de~~posigãt). ordenada empre-
se depozerem, os seus depoimentos serão validos, ficando gando-se no discurso palavras de signi6caqao diversa, e que.,nem
-mesmo havia desejo de proferir, mas que se disseram,por não,occor-
remm outras correspondentes á yerdade do,assumpbo. Tpcando de.
@to estas,questões com o mysteno das qualidades cerebraes,de sli-
aib-adr:mental, e da perfeição dos sentiaos, do modo de se receber.
(k) Nos pmeessos ordinarios em que intervem o jury, os depoi- irs impressões dos phenomenos externos, e de perceber as seas re-
mentos não são escriptos, devendo mencionar-se na acta apenas a h$- e emfim das condi-ções psycho-physiologicas individnaes, é
matricula das testemunhas e o juramento.
N'ãgueiles, porém, em que o juiz julga de facto e de direito, os
~uitodiEci1discernir quando a testemunha mente !o quando
serdade por confusão e sem mesmo ter desejo trah1r.a conçcienela.
fae á
escrivães escrevem, n'um iermo de assentada, a parti! da acta da au- :Deve, gois-haver a maior cautela na aprec.~.~~;:codos depoimentos,
diencia, os aepoimentos que devem ser rubricados pelo juiz, e as- ~ll&ràgdo ;vida, habitas, caFacter, grio de iil:i+trqão e co&gões
signados pelas testemunhas, sabendo escrever, pelo interprete, sendo li:&? pessoas qne depõem, bem como o tempo -II!.que~succl?dmm9
caso d'isso, e pelo escrivão, bastando os advogados rubricar as folhas, @~@s.
-- D'esta falta podem resultar erros gravissmos.
Quando a iestemunhd não saiba escrever, o juiz deve assim= o de- bem gue .a let considere a todas as test~munltas'por i p $ n e m
poimento com o nome por inteiro.- Art. 269.0 § E.\ L3d2.q 53%0, WP bso deixou de dar ao juiz a denda lat~tu* na a p r e c i a p da
§ 1.0, 4:429.q 1233.0 da Nov. Ref., e et.976.0, $$ 1.0 e 2.0 do 'lima de degar,,e na ponderação da.qualidade-das pessoas que de-
Cod. do Pmó. Civ. !i-..% para poder, com atgum eriteno, arraacar a verdade do Pondo
r.k poeo das conscieneias humanas.
8 VOL,I
. .
juiz, por-decisão absoluta do jury, -dada affirmativmeate a Direito, pag. 324 do 2.O anno,' accrescentando eu que
sobrè quesito em que s e pergunte se deve; ou não, sêr bmbem se deve tirar depois certidão da sentençh con-
-áxusadá de pejura, mandaia formar auto, no qual-se faça demnatoria-art. 23tL0, $ 1.' do Cod. Pen. e fazer-se,
mengão das palavras da testemunha e mais circumstaricias @%amedirecto no depoimento dado no preparatorio.
q w r e n t e s , 9 dos nomes, 'moradas e mestéres de' tres Em qualquer aos c a Í s o ~ a r é m ,o depoimento da teste-
espectadores pelo menos. ~rrmliafica sendo de nenhum effeito, conservando-se esta
Este auto (i) sera assignado pelo juiz, pelos jurados'e m custodia, por se dar flagrante delicto.
pelós =t-s espectadores, sendo 5 testemunha log5 posta
em custodia, e o aúto remettido ao Mia. Pnbl. - 4se ACTO
Havendo empate na decisão do jury, não terá Ioga- o
auto, ma$ a testemunha ser8 mandada sahir da andie-, Interrogatorios (1)
e -o seu .depoimento annullado -art*. l:%4. e 535." da
Nd*. Ref.: Terminada a inquirição das testemunhas, procede-se ap
Cessar&,porem, toda a pena, se a testemunha se retractar iinterrogatorio dos accusados, que, sendo surdos e mudos,
antes de terminada a discussão da causa - art. 239.O do 'ou não souherem a lingua portugueza, responderão @r h:-
Godigo Penal. %wprete conforme o art. 949.O, ou conf0rme.a art. 9%'
'Jntendo que tambem assim devera proceder-se nos con- .. da Nov. Ref.
sebos de guerra e m vista do srt. 650.O e 3 unico do Cod. -.R'? acto de perguntas, em que podem ser acareados e m e
Mib de 1896. si ou .com as testemuahas -art. k072.0da Nov. Ref. .SuB-,
- Se o juiz julgar sem o jury, quer-me parecer que, visto ser-lhes-hão mostrados todos .os documentos, todos,os pa-
não haver nada prevenido na lei, deve proceder-se do peis: instruínentus, ou quaesquer objectos apprehealdo$
mesmo modo, porque o juiz, suhstltuiudo então o jury, tem para que os reconheçam, fazendo-se. menção da exhibiçâ!
singularmente competencia para a apreciação livre dos de- aut@da audiencia -art. 1:069;O da Nov. Ref. Jud. - ,

poimentos. Os réos serão interrogados na presença uns-dos outros


A mnãadicção da testemunlla entre o depoimento oral ou separadamente, conforme- convier -art. 1:071P, nãw
R_ o-seu anterior, escripto no processo preparatorio, não da
bgar a fórma de proceder acima indicada, devendo então
reduzir-se a auto o sei1 depoimento, dado na audiencia,
-
podendo os advogados nem responder por elles, nem sug-
g&r-lhes as respostas art. 1:070.O da Nov. Ref. Jud. ,
e tirar-se certidão do prestado no preparatorio, a fim de
Se completar depois com o corpo de deficto, como opina ,.

muito curialmente a Reu. cke Leg. a pag. 404 do 4.O vd., (i) Os interrogatorios perante o jury não se escrevemsen3~at6
. -
- a-maticula na acta~daaudiencia-art. 1:068." da Novr Ref.
- Os julgadores terão muito- em vista a fórma p- que rewoad.
os acctxsados, pois a expressao da verdade tem um accento especial
iueonfund-ivel e tãopersuasivò que provoca, em gerai, a conaçãp,
[lj Coma os eorpos de delicto, nos processos de querela, não po- e m consequencia da firmeza com que a mesma verdade-se apresente
d e m ser julgados sobsistentes sem o depoimento de oito testemuphas a
. 'A nalui.,linl:idee franqueza des respostas distinguem sé da ?uda-
pelomenos, intendopor isso que nenhum pode ficar constitui&o,nn'este eia e da aiuh~guidade..Anarração no primeiro caso i3 clar& e em si
cw,sem esses depainlentos, porque as eondifles do pracesso a d l , ; propria c&tém a explicação; no, segundo 6, na maioria _dos e m ? ,
em que nãr~existe s ~ que tendia
~ áw descoberta do criminoso Cepredada'ou pouw verosimil ou incongrueata A penetrap@de espi
8 &o a investrgação do crime, exigem indabitavelmente essa forma- cio tem, n'este acto, grande imporfancia. -
lidaàe, não ob-ante o art. 636.0 da Hov. Ref. declarar que o auto ]e-
Fantado'servira ae corpo de delieto.
d
depoimentos escriptos das2testemuohas, e as respostas
5 .' ACTO
escriptas dos rbos, nos termos do art. f:152.O da Nov.
Debates .Ref. (1)

Ultimados os interrogatorios, o -juiz advertirá os advo-


gados das partes de que não podem fallar contra a sua Respostas aos quesitos
consciencia, nem contra o respeito e obediencia á s leis, e,
podendo exprimir-se com toda a liberdade, o devem fazer r ~ecebidosos quesi@s, o jury retira-se para a sala das
corri decencia e moderação; e dara logo a palavra ao Mina
Publ., e depois ao advogado da parte accusadora, havendo-o, sessões, ficando desde então incommunicavel e sem poder
ser-lhe ministrado alimenlo em quanto durar a delibera~ãa,
e ~ p o rfim ao advogado do reo. Poder6 replicar-se d'lim e sob pena de 20d000 reis de multa -art. 539." $ 6.O da
d'outro lado -art. 1:44,1.0 da Nov. Ref. P W . Ref,
. Depois de faliarem os advogados, o juiz perguntara ao O jury nas suas respostas, tomadas por maioria ou nna-
r&o se tem mais alguma coisa que dizer em sua defesa, nimidade, sbmente fará esta declaração quanto ao facto
sendo ouvido sobre ella. principal do crime, e não as circurnstancias aggravantes ou
attenuantes, e poder& declarar qualquer circumstancia mo-
dificativa do facto principal, que, pela lei, tenha o effeito de
Relatorio e quesitos diminuir a pena, ainda que tal circumstancia não tenha sido
Findos os debates, o juiz fará aos jurados um relatorio
imparcial, -simples e claro a respeito dos factos, suas cir- (41 O juiz, na formação dos quesitos, deve ter muito em vista -a
cumstancias e pravas, e passa logo a formular os quesitos lei substantiva penal, pois tem de frisar bem os-elementosdos res-
de accusa~ãoedefesa, podendo, todavia, as partes reclamar stivos crimes e a responsabilidade que in~l~!.iide a tada réo, e de
Acerca do modo de se proporem-art. 1i445.O da Nov. gscriminar os auUcres dos wnip[ices e enml~r-r trra pelos factos de-
Ref. monstfativos;
Os quesitos serão ditados pelo juiz em 'voz alta e escri- Outrosím-deveráapresenhr os respectivos quesitos sobre a wn-
summção, fwtramento ou &a$atiua do crime, expondo os factos
ptos pelo escrivão em uma folha de papel, separados com componentes de cada especie, não esquecendo apremeditqxio com os
intervallo entre um e outro, para o jury dar a cada inn a seus elemenlos, quando se dd, nos termos. do a r t 352-0 Cod. Pen.
sua resposta, a qual fechará com.um traço; e, sendo depois Os quesitos devem ser suficientes, claros, hnnizontcos e congmdes
tanto sobre o crime como sobre as circnmstamas, e bemassíqrès-
lidos em voz alta pelo juiz, podem os advogados requerer -Erictos e deternaidos sobre os factos para não embaraçar a mnscie9-.-
We se proponham mais quesitos, ou arguir os propostos eia do jury -art. 5 3 9 . O L0 da Nov. Ref.
de .não estarem conformes com os articulados ou com a~ - -O juiz não póde propôr quesito sobre circulpstancias n g p - .
di&ssão-art. 539.O 3,"e 4.", e art. 4:lh8.'! da flor. uaJes que não estejam articuladas no libello; mas póde propo1.0
Ref., s 3rd 1 3 . O n.O 13.O da lei de 48 julho 1865. No caso mbre quaesquer cireumstanciasattenuantes que nasçam da discudsão
causa, devendo constar isso da acta da audiencia ou mesmo do
.
:do juiz não deferir, far-se-ha menção d'issó no auto da. -pmprio quesito- artt. 1:448.0e k i 4 9 . O da Nov. Ref.
, audiencia, juntando-se o quesito escripto e assignado pelo- . -Se o r& fôr aecusado d'um crime consummado, e da di%uss&
advogado que o requereu, ou a arguiçáo feita, em se@- --&&r que foi apenas cumplice, o juiz deve propef quesito sabsi-
-lento ao mesmo acto. (liario d'essa circumstancia, assim como se s e mostrar & díscyssão
que houve apenas tentativa, deve formular-se quesito subsidiar10 nos -
Feitos os quesitos, são entregaes com o processo pelo -mesmos termos -art. i:i51.0 da Nov. Reb, è acc. do Sup. Trib. de :
esci'ivão ao presidente do jury, levando fechados e cosidos hst. de Bb fev. 1871, publicado na Rev. Leg;, n.O 327,6.* vol. - -
-
comprehendida nas _quesitos art. 1:158.* da Nov; Ref;,
e § unico do art. 43.O dalei de 18 julho-1855. (i) e o mesmo rara o advogado da parte accusadora,
- A máforia na decisão vence-se pnr dois terços de -tos
Gntra um terço, sem que, todavia, se-faça ;i.ismdo-a, requerendo tambem a condemna~ãodo reo em
- meacão do numero ;tt;rdas e damnos, se a tiver pedido no libelio, e por fim o
-de votos -art. 1:454.O da Nov. Ref.
- Se o~jury carecer de algum .esclarecimento, roltara á arfmgado do séo diri o que se lhe offereça a bem do seu
sala da %udieucia, e o presidente, na presença de todos os- &ente, sem que, todavia, possa discutir a existencia do facto,
jurados, expora a duvida, a que o juiz responderá, depois rn" somente se o facto 6, ou n k criminoso, se esG pre-
ouvir os advogados das partes, fazendo-se de tudo . sesipro ou amnistiado; que não merece a pena requerida;
menção EO auto-art. 539.0 5 7.' da Nov. Ref., e art. @e não produz obrigação de perdas e damnos, ou que os
402." § unico do Cod. de Proc. Civ. pedidos pelo accusador são excessivos. O rbo, que será
- - O presidente do jury escrevera as respostas em segurda tambem ouvido, pode aliegar o mais que terrha em sua
a cada um dos quesitos, não sendo admissiveis emenda's defesa acerca dos pontos mencionados.
oii entrelinhas que não forem resalvadas por extenso pelo Se o jury &o der o crime por provado, pode o accusado
presidente do jury, devendo todos o s juradas assigaar no -
requerer reparação de perdas e damnos. Artt. 1:168.O,
:fim,. sem nenhum declarar que foi de voto contrario - ar€. 1:i69.O, 4:fSíc.O e 1:i6ã.0 da Nov. Ref.
. . 3 1." da NOV.Réf., e art. 402."do €od. do Proc. Civ..
' 542.O
-Voltando então todos A sala da aorliencia, o presidente, 9:" ACTO
Iévantando-se, lera em voz alta as respostas. dadas 'pelo Nouos quesitos
jury, e se o jniz intendér que estas não estão em harmonia
com os quesitos, ou são obscu~as,confusas, de@ientes ou
contradictorias, mandara por despacho immediato as assi- Se o jury &r por o crime, o juiz em novo qne-
gnaturas dos jurados, que elles as dêem devidamente, e de sito perguatara ao jury, se ha logar a perdas e damoos
novo assignem - art. 542.O Ej 2." e 1:161." 3 mico da Nov. para a parte accusadora, quando esta os tenha pedido nir- ,
Ref. e art. 405.O 80 Cod. do Proc. Civ. :liibeilo. -
Se o jurj náo der por irmado o crime, e o aqisado
tiver requerido verbalmente reparação dé perdas e damnos,
8," ACTO o juiz, ouvida sobre este requerimento a parte accusadora,
Novos debates perguntara aos jurados, se houve dó10 na .accusação; ou
se, ainda não o havendo, ha logar a perdas e damnos.
Quando o jury der por provado o crime, o-juiz dari a- .' Se o jury não dér por provado o crime, e a pãrte aceu--
ptllavra ao Min. Pqbl. que requerera a applicação da pena sadora tiver pedido perdas e damnos, o juiz, ouvindo sobre
este-pontoo advogado do r& ou a este, perguntara ao jury;.
se-ofmto existiu, e se o réo 4 por elle respónsavel a perdas
-e darnaòs.-Artt. 4:664.O, 1:165." e 1:275.O da Nov. R e g
(1) O jury, nas respostas, mencionara sempre os factos constiai-
t i ~ o da s tentativa ou cumplicidade, quando as der por provadas-arbt. 10.' ACTO
i : i 5 9 . O e 1:iW.O da Nov. Ref.
Entendo tambem que deve fzzer o mesmo quando dér o fwIr41 Respostas aos novos quesitos
do crime por provado, assim como o m 0 6 r i m t o , porque as
ra%es que militam n'aqudles eam, são as mesmas qire importam ó jury, recebidos os novos quesitos propostos, valta a
n'estes.
deliberar sobre elles. - -
:. \mpre que o jury declarar qub ha lagar, a perdas- e
damnos, pode4 hgc-fixar a quantia, qnando se julgar suf- . fiapioferir a sua sentença, que-será logo escqpta, assignada
ficientemente informado-.artt. 1:166.O e k170-8 da Nov. ,3 fyndamentada, e sendo condemnatória, inserir-se-ba n'ella
Ref. Jud. .,.texto da lei penal respectba, sendo em seguida pub$ca$a
I I . ACTO
~
fieb escrivão que, com a devida,venia, intimara o r& para
ínterp& o recurso competente, querendo, e lhe declarará
Sentença (1) Sarabem o termo marcado lia lei para a sua interposiçáo
-ar&t. 1:174.' e 1:175.O da Nov. Ref.
- E&, apuradas todas as respostas do jury, passa o juiz 'Se o jury tiver julgado que ba logar a perdas idamnos,
% juiz condemnara n'ellas o reo em conformidade com a
-pposta, e se o jury não tiver fixado a quantia-por não
(i) -Quando os tribunaes ordinarios tenham de applicar-a mili-
estar sufficientemente esclarecido, quer-me p a r e c e r 'que
tares as penas correecionaes, substituirão estas penas pelas seguin-
tes no caso dos crímes serem eommettidos depois do seu alistamento :
-A pena de prisk correccional por i ual tempo de presidio, prisá,o
militar ou incurporaqão em deposito !iseiylinar;-A pena de dás- s& civis DO^ crimes militares nos termos do art. 343.' e 8 anico dÒ
temo pela de presidio militar de seis mezes a ties amos -art. 3 9 . O .mencionadô Codigo, devem seguir-se as seguintes regras .dadas&
e 5 unico do Cod. Mil. de 1896, e artt. 191.n-e 198.0 do regulamento Cod'igo Militar referido :
respectiva. (1) - ~Art.i0.0-No caso de cumplicidade em crimes militares entre -
-Nos casos em que os tribunaes'communs têm de càstiga~pes- .réus sujeitos a jurisdicção dos tribunaes militares, do exercito de
terra ou da armada, e ordinarios, ser@ pelo tribunal competente ap-
plicadas as penas estabelecidas na lei militar aos militares e mais
(1) Ácerea da execsào das penas impostas no faro m& aos mgitare8, pessoas pertewentes ao exercito; as penas das leis d a armado aos.
@e ter-se em vislá o disposto no Reg. do Cod. W1.. appmvado por dec. 9P
.:v:. I*!w; onde se decreta o seguinte: rArt. 191.0-Aa: pratas que, @do si* _i&ividuos pertencentes 2 marinha; e a todos os outros-iadividuos as
as no faro commnm por crimes eommethdos, anfes do sen alistamenko, p6nas do Codigo P e ~ a l ~ u mvez
a que outra coisa se não ache detei-.
das enas que nao produzam a exanctoracão. nos termo3 do § unico . mipada no presente Codigo. - . .. ~

do art. 18.0 do 6odigo de Justica Militar, serao abatiaas ao efectivo do serviso, Art. 44.0- Quando algum individuo nãa militar, nem èquíparado
de ms de H v i a auc+orisafão ao Mimisterio da Gufma. e entregues ás jusiiças ' a miiitar, fbr aeeusad de al,@m crime previsto n'este C o & p e que
odinarias para cumprirem a pena nas<cadeias civeis, expiada a qual regressai.ao - o n$ seja no codigo%enaI, ser2 nndemnado pelo tribunal Eempe-
aos corpos para wmpletareip e tempo de senico que amda Ihes faltar. tente nas penas estabelecidas para esse crime na lei militar, com as
S unim As mas qne se acharem nas condi@s-e Essas n'este artigo,
ciiiiq~:írah.~ pena.nas-cadeias civis, em Jogar separado?os o"hos presos n a .seguintes modificações:
niilii i?es ando isso seja possivel. 1.. A pena de reclurão sera substituida pela de prisão maior cel-
h t . jga- OS mil11iras condemnados no f6ro commk ápenas correccio- lular por oito amos seguida de degrede por doze annos; a

naes, por crimes commn ;l.iii.s depoir de alistados no exercito, curo rirao as penas : 2.c A pena dejresidio militar de seis amos e um dia a nove,afi-
impostas nas prisões iii~!ii.irffi,para o que os respectivos juizes Be direito sub- nos, pela de prisao maior ceiIular por quatro annos, seguiàa de de-
skhíuído as penas do bwiw Peuat, pelas enas 11-111 ires correspondentes-nos gfedo por oito annos;
temos do a*. 39P, g unico, do Codigo de fustica ;i.l:l u a .
- Decreta \este Codko no art. 18:- *AS ~ m ade i bnsSo maior eellular e de-
gredo ~ r ~ o ~ r e g n l a d a ~to i4 sua natur&a, d n r q h , efeitos e squivalencias,
3.. A pena degresidio militar de tres amos e um dia a &?jsaqnos;
p e l a de piisão maior cellular de dois a oito auno3t . _. _
peiq d t s p o s i c ~do ~ ' G ~ e n a i . . 4: A pena, de deportação militar, pela de prisao eomecciona1,i
§ unico. E s t a penas, e a de prisão maior temporaria estabelecida na lei ge- ..multa cõrrespondente ;
d,serão cmpridas nos estabelecimentos penaes civis, em eoniormidade wm as -51eA pena de presidio milifar por menos de h.es amo< pela de'
disposicò6 do Codigo Penal e respectivos regulamentos, e prodnziido semprb a pn'são correccional;
'exauetma@o milifaru. - .kaAS penas de prisãq militare de incorporação e& depositò dis-
',A $xaÜctoraeão ou derive immediataniente da sentença condemnatoria, ou ciplinar, pela pena de multa-.
ecnii-liliia penalidade diatineta, conforme se verifica da wmparacõo doszutt. 1Y3.o
e I!G do Reg. do Cod &i provoca
., sempre a entrega do coidemnado ás jus-
t i p urdiiarias. ou casa ap ro riada n'oma praca.de guerra'- a r t 101.o do regulamento das re-
-Os officiaes de reserva, condemnadoi no faro cin1.a qualquer pena cor-
r e ~ i o ü qeumgyewa pena, quando o requeiram, nas mffimas condi$ões que os
%m deb .
!&z 1831, .ii.5&ado~omo a r t 13: do n$i@m~ialodirciplinaf
do exnrcito de 18 dez l b w , e art. 1P.e do regnlawiitu iseipltnar da armada
e i í i c i i bo.exwito activo, wnsistindo a pena de na detewo em parto ;.de 9 jüiho ho896.
deve- o juk condemoar -no que se liquidar em execu~ão@r :; {filho- 1W3, combinada com o art. regulamentõ
sentença--artt. f:17f .O, 4;170.O e i:4672 da Nov* Refz iIPsp0~1tospenaes; approvado por dec. de 97 &K- 1884,
Se=ojury não der por provado o crime, e dér como prõ- ,:ainda com o-dec. de 27 jan. 3894 que creou em AngaIa
,vado que bouve dolo-na accusação, o juiz condemuara logo-~ linua ~ o i u 'pKrial-3iXtar
a ãgricola.
-a parte accusadora, não sendo o Wiii, Publ., na multa de Note-se que a port, do Nin. da Mar, d e 2 as? C8S
5 W 0 0 a 300b000 reis, sendo metade para a fazenda e i--i.n~.es ordemra que nenhum degredado fosse enviado p-a
,outra metadé para o accusado, e bem assim na reparaçãh Gábó Verde e S. Thome.
,
civil -. art. 1:3f3K0 da Nov. Ref. Jud.
-
- Em quanto não estiver em inteira execução o sysgaa
-Se as respostas do jury forem regulares e completas, )enitencia$o, deveín applicar-se aos r b s i a s respectivas
$orem evidentemente iniquas e injustas, o juiz annuilará a ~ a t e q â eondemnatorias
s as penas de que trata o art: 55.'
dlseuss30 da causa e as declarações do jury, adiando a ja Cod. Peri.; mas nas ditas senlenças ser30 tambem em-
causa para outra auXiencia, na qual se procedera q m o na rimnados, em alternativa, nas penas correspondentes,do
primeira, com a modificação de que a decisão do segundo ãt-57.O do mesmo Codigo - $ unico do art- 429.O do Gàd.
jury, no qual não entrara nenhum dos jurados da primeira, -, .ea;, excepto noultramar, onde não esti ,em vigor o sy&-
não poderá ser mais annbllada -art. 1:4 a . O da Nov. R&, sma peniteneiario. .Dec. de 2 março f887. '
e -Quando o júry der o crime por não proyado, o j u s ,-Na impwição das penas deve o juiz Iambem lei-.em
lançara dtqaclao nos autos mandando soltar os acçusados rista as duas leis de f i - i m h ~ ~ ~ 1 8 B a.d@.f6,&rilr48~$L
4,~e
-art. 1:163.O da Nov. Ref., excepto se durante a discussão ,"Diz a primeica no art. 8.O- #Na impssiç- d a pena de
-da causa o reo se mostrar culpado d'outro crime diverso, &são correccional, o juiz na sentença levara sempre em
e o Mii. Publ. tiver protestado, .antes de terminada a dis- ;o$& ao.reo o tempo de prisão preventiva, que bouve
cussão, pelo conhecimento d'elle -artt. 1:177.O e i:085.0 +ido.
da Nov. Ref. (Vid. nota ao art? 27.O do dec. n/ 1 de 45 '5 unico. A prisáo preventiva sera consideráda;com~,
set. 1892 m cap. V, $! 1.O d'este vóI..sobre Aecw;rsos). @pEes oircumstanqia attenqante para o effeito de imposiçáo
-Se o=jury dei. o crime por provado, mas o facto não b pena maior,. . , .

fôr .prohíbido por &i, o j ~ i zdeve por Sentença absolver ,o -Diz a wgunda npg unim do a&-32.- ?Os rw+ p&r&,-
aecwado-artz I:472P dá Nm. Ref. ondémnados nas penas.de prisão maior ou degred~,serão
-,O juiz de direit depois (k julgada a causa, ,arbihara @go'rèedhidos á cadeia, Mas a ~ + : iposterior 'a:senteq;t,
-

%
aooaa~egadooficiosa ente ¶&defender o rho, quando a.
m t e n ç a fof - c o n d ~ o r i a, quantia do seu honorario,
t l
er&levada em conta pelos f í b m s ùuperqres, eomo cir:
umstancia zrttennante para o\eEeíto da reducção aa penar- i
qne entrari em regra -de custas-art: i:107.O 5 5.O da .+De modo que dos textos d'estas duas leis paI;ecgeaiti-
. .
!&T. R d . ~ :ir-se que os juizes de 1," instwcía j& devem ter em
-&-juizes nas sentenças devem condemnar os degra- . ideração aa sentença a prisao prevan@a r r ~ r lr;l!i..
l e qrii?
ddii para as possessões onde houver deposibs penaes, e &juizes-superioresdevem attenuac a ~I~II:I~III:IIII~ i~iltb%?IWI
--parisw a -Condemação esta limitada a Angola e &qarn: onsequencia da prisão preventiva posm;ur Sq~inN?yntpjiw.
bique+.ga.da importando a cla.ssi6ca@io feita das possess%s - N a smtenqa criminal não pódéh-er conibwaçãa-
em 4 . Y l a s s e por dec. d e 5 set. 1867, que considerou or crime' diverso da pronuncia- passada , c 9 .Mado: e
a%:La class o archipelago de Gabo Verde, as ilhas de- s i m , pronunciada u m r é o por homicidio t%Imtario;. 5%
S..T@mè e Princigé, e em Angola, Laanda e todo o dis- - :@e s e r condemnado peb mesmo srime com premeditqão,.
itrieto de &lossamedes; e de classe, Bissau e Caché;~;-- ;arque os artt. 359.O'g 351.' do Cod. Peo. cont@mpe-nap,
_èm Angola, o ctistricto de Benguelia; e mambi'qne. ,
$versas -A- do Sup: TPib. d e Just. de-18 agosto i892
- 6 is@ - o que s e deduz dà- pórt. do i%%. da M ar: de >
.D. G.,-R.~83-de i893).
-Os tribúnaes cornmunS que proferirem sentenças con- 12.' ACTO
demnatorias em que seja imposta pena de prisão carrec-
cional, quer simples, quer aggravada coui multa, tendo AllocuçBo ao reo
ponderado as circumstancias do delicto e o comportameiito
moral do delinquente, poderão declarar suspensg~a~&cgião Em fecho de julgamento, deve o juiz fazer uma allwnç%o
dafpena, quando se reconheça que o reo não soffrera ainda ag réo, exhortando-o, se foi condemnado, 8 resignação e
alguma condemnaçáo por qualquer crime; mas na sentença conformidade com a lei; e, se foi absolvido, a qne com o
deverão declarar os motivos da suspensão da pena, que ftgstes~csrcomportamerito jiistifique a absolvição -art.
não.poder8 ser inferior a dois annos, nem superior a eineo, k176.O da Kov. Ref.
contando-se desdé a data da sentenea em.que-for consignada
,'s
- art. & O e 2 e.9.o da lei-de 6 jutiie 1893. - 13.' ACTO

- -Os juizes, attendendo ao numero e importancia d- Alguns incidentes


circumstancias attenuantes, poderão sempre substituir a
pena de prisão pela pena de desterro ou de multa- (art. Sentlo de nnttiraza o crime que possa offender a de-
22.' do .d=~&n.'? 1 de 15 set. 4892, explicado p i a $rt. encia e m K I ~~~il~fiw,-ojuiz, por despacho fundamentado
do Min. da Just. de 2 agosto 1893 que mandou informar- nos autos, depois de constituido o jurg, deve ordenar qne
os delegados sobre o modo como se tem usado da referida a audiencia corra secreta, sendo admittido a auditorjo por
faculdade, sobre a execução em que a pena de desterro occasião da leitura da declara@~.,.dopury-art. 1:088.' da
tenlia sido imposta, e, finalmente, sobre as vantagens- ou Nov. Ref.
inconvenientes da preferencia dada pelos tribunaes á ailu- -Se na aiidiencia, que deve,ser continua até 5 sentenp,
dida substiluiçáo). E~ceptuam~se os casos dos n.OS 3.3 4.O não podendo o juiz interrompel-a, senãa nos easos dos
e 5.' da lei n.O 2 de 3 abril 4896, como declara o art. 8 . O artt. P:086.O, 1:137." e I:lB'L.O da Nov. Hef., os especta-
da mesma lei. dores não estiverem socegados, o juiz poder& mandal-os
-Quando o r&--% a Min. Pubt. appella da sentenr,a, e sahir, e quando se recusem ou tnrnem a entrar, Me mdn-
aqueIle. fica preS@, tendo sido cmdemnadò em simples pri-
são, quer-nos parecer que deve pôr-se em vigor o art. $.O
L
P
dal-os prender por espaço de tres ate quinze dias, azendo-se
auto de tudo-art. 1:OLN.O da Rov. Ref.
8 G."a lei de 28 uov. 1840 com o qual esta de harmonia
o a t . Q:-tCi7.9 daNov. Ref. Jucl. que diz- r . . . o tempo
14.' ACTO
-que (0-reo) estiver em custodia, ser-lhe-ha levado ein conta
para ,o cumprimento da-sentença; e será solto, logo que Acta da audiencia
preencha o tempo da prisão, em que tiver sido condeeuado,
ainda-que o recurso esteja pendente, segb prejuizo da de: Em cada processo deve haver, sob pena de n~illidade,
eisáo d'esta; Quando a pena fôr aggravada na instancia um a u b de audiencia, no qual se niencionem todas as So-
superior,-eumarir8 depois o que faltar». -#emnidadesprescriptas na lei que tenham sido observada$
TO@:AQ pg,na..começam a correr desde o dia em cpe rqutando-se omittidas as que o não fdrem, e d7eUedevem
Dassar eiii julgado a sentença condemnataria-art. fi5.p consfar os requerimentos verbaes e seus deferjmentos, s
C-od. Pen;
-doSobre tudo quanto se passe, sendo por fim assignado e rubricado
a execução de sentenças yeja-se o God. Pen. artt. pelo ju~ze pelo escrivão, conforme o art. 5h7.O da %v. Ref.
113.O a e Nov. Ref. artt. 1:197.O a 1:206.0 A praxe, todavia, tem tambem introduzido a assignahra
do Min. Publ., dos advogados e dos reos, devendo assignar
tambem os interpretes, se os réos respondem por via d'elles,
&nosos, quando esta rieva ter logar. Do desp;i~~l:_&$ggy-~
mncia compete aggravcr nos termos da lei gèi-al.
r--$ 4 . O Nas primeiras vinte e quatro horas depois da prisã6
Processo correccional oai fiança do rbo, será este interrogado, reduzindo-se a
I -~
èscrigto as suas respostas. -
:Esta forma deprocesso, semelhante ao adoptado no dec. -3 5.%ogo que passe em julgado o despacho.de pro-
d e 10 dez. 1853, tem. o seu assentQ no dec. n.O 2 @ '29. 9qeia;mandarA o juiz juntar certificado db registm cri-
março 1890, modificado apenas nos §§ 5." e 40.O do art.. pxinale dar ao réo copia da queixa com rol das testemunhas
..3P p e b lei de 7 agosto do mesmo anno. Este procèssò é da aimsàção e com indicação dos documentos proãu-
vulgarmente rnnhecido no fôro pelo nome de processo de aidos.
.- $ 6.O Quando o réo f6r implicado em outros crimes, Ós
$i7!4!~ :&xp% -g-ncessos se appensarão ao feito pela ordèm da siia '@a-,
bu-o citado decreto de 1890 com a s modificações respe- ~

%idade; se esta fôr diversa, e pela aa antiguidade dos cri-


ctivas : 'mes se o não fôr, podendo ser requeridos pòr deprecada
aArt. 3.O-. .. J 1.O Constituido o corpo de delicto, ms. $e estiverem em outros juizos.
termos do :art. 898.' e seguintes da Novissima Reforma - 5 7.O Sc o r80 estiver. :i;mplicado em crimes a que cor-
judiciaria, os autos serão continuados com vista ao. Minis- ~

espondam processPõsYdexa[ilzersanatureza, ser2 julgado pelay-


terio Publico, para no praso de quarenta e oito hofas de- fórma. de' processo que fôr competente para o crime a qne
duzir a sua queixa. Havendo parte accusadora, serai intimada corresponder pena mais grave.
para erqignal praso, contado da intimação, juntar ao p p - '
$! 8;" Nos cinco dias immediatos 6 entrega da copia da,-
- cesso a 'petição em que deduza a sua queixa. Em todos os
casos a queixa fica considerada como uma so. tQ@?ixa, o reo apresentara no caitorio do escrivão do prQ-
'-5 2." Na queixa relatar-se-lia com todas as circumstan- cesso a sua contestação com o rol de testemunhas de defesa,
'cias que o revestirem e classificar-se-ha o crime, indicando que .não excederão- a-cinco, excepto se allegar mais de dois
os artigos respectivos da lei penal-e as testemunhas a pro- factos, pais que em tal caso poder8 produzir duas-tes*
d11zif. qué não poderão exceder a cinco, se o Ministerio
'
munhas para cada facto; e junlarUmbem os documentos
Pnbtico accusar sómente, mas havendo tambem parte accu- qqe tiver. Se o r60 preferir contestar verbalmente na a ~ -
sadora, poderão ser produzidas,seis testemunhas, tres po? diencia, deverá sempre offerecer no referido praso ó rol- de
parte d'esta e tres por parte do Ministerio Publico. Juntar- ~ ~ s t e m u n h a sDe. tudo dara o escrivão eopia ao Ministerio
se-hão tambem a queixa todos os documentos comprova:-, Pablico .e parte accusado~a;
- . 5 9.O Os representintes da accusaç5o e defesaTpoder%.
tivos. (4) %ar da palavra duas vezes.
8 3." Dada a queixa serão os autos-immediatamente con: 4 0 . O N'este processo não-se póde renunciar ao recurso
~ ci&s áo juiz para lançar dentro de vinte e quatro horas ,e serão ecriptos, com a maior c o n c i G i a ~ Wos de&--
6 sen despacho de pronuncia e ordenar a prisão dos cri- -mentes das teslemunhas, excepto se ja o estirerem no aato
do corpa de delicto, porque, n'este caso, $6 se escrevera
o que constituir álteração ou additamento aos depoimentos
..

anteriores.
(4) Deve-notar-se que a lei n%opermitlt: que as queixas sejm- $ 44.O O recurso de revista terA logar .conforme a - lei
~ ' z - .

dadas contra pessoas incertas, porquè, não havendo algum outrogre- :&arai do processo. ..

paratorio Senao o 8oq0 de delicto, t! por elie que a Iíqúgação


respdns;dailidades tem &-fazer-se.
e. -$.12.O São applicaveis no processo correccional ãs,disps-
. .~ si$ges geraes da Novissima Reforma J~diciariáem tudo v
que não f6r contrario ao disposto'nos antecedentes $$d'èste 5 3."
artigo (1).
- - § 43.O Nas cómarcas em que houver algum juiz munici- Processo de policia correccional
pal, os julgamentos em processo esrreceional competem
exdusivamente aojuiz de direito, para o que sera rempt-
tido por aquelle a este juiz ,o respectivo corpo de delicto,
se por aquelle juiz for feito.
Art. 4 . O -Na aud~enciado julgamento crime, qualq-fier
que seja a forma do processo, a parte aceusadora não 6 Constituido o corpo de delicto e distribuido pelo juiz,
obdgada a comparecer pessoal mente^. ijá-se vista ao Min. Publ. que faz a sua petição ou promo-
- O dec. n." 2& i 5 an_J h!): diz: !.ao, narrando circumstanciadamente os factos, conforme
cArt. 11=ara IJ julgameiilo dos &os, que respon-~
s artt. 878." e 4:097."da Nov. Ref. Jud., em consequencia
derem em processo correccional, não ha ferias, como as não & disposto no art. 9." da lei de i 8 julho 4855, applieavel,
ha, nem para o processo preparatorio, nem para o processo m o A, a toda a espeeie de processos criminaes; e, aca-
accusatorio, nem pará o julgamento, quando o réo e s t i ~ e r bada por classificar o crime e a respectiva fórma de pro-
preso, qualquer que seja a natureza do delicto. mw~, pede afinal a condemnação do presumido delinquente
Art. J2.O- E applicavel a todos os processos e a todos% na pena do artigo da lei penal appiicavel em processo d e
_os tribunaes o disposto nos artt. 992." e 293.O e seus nu-
meros e §$ do Codigo do Processo Civil.?
- A lei de h maio 1896 diz:
.

nArt. 8." --A c i t a ç ã o ~ & g ~ s o s b ~ g ~ & for-


I&
. a
policia correccional. Havendo parte articular, deve esta
ser devidamente intimada (i) para ar a sua queixa, na
qnal pode tambem pedir a imposição da indemnisação de
perdas e damnos a que tenha direito, por força da lei civil,
ieccional, e á iotimação das testemunlias e em proce~ùus; e que lhe e garantido pelo art. 8.59.' da Nov. Ref. Jud., e
criminaes serão applicaveis as disposições dos- artt. i-s?: arte. k373.9 2:37k0, 2:38h.O e seguintes do Cod. Civ.
e 490.O'do Codigo do Processo Civil. Ao fim da petição deve juntar-se o rol de testemunhas
que não poderão exceder a tres para prova de cada facto,
m o se tem intendido commummente, (2) e bem assim
julgamentos, é chegar a au-
( i ) ~ Apraxe dos t$l!iii!:~~!s~~estes
diencia pelo interrogaim8i.il. dos réos, sèguindo-se a defesa verbal
d'estes, e depois a ~nquiriçãode testemunhas, como nas policias cor- /

reccionaes (i) A i n t i p + x i parte deriva da analogia do disposto no art. i$.*.


~'.rdec.n? 1 de 15 sei. 189%para gs processos de querela, e.no-art.
5 1.O do dec. n." B de 29 marp 1890 para os processos correc-
1;ionaes.
O) Sustenta a. Rm.de Leg. a pag. 24 do %&.O vol; que em policias
~'omcctonaesnão é actualmente admissivel que se dê p- m~~â
:i,ais de tres testemuirtias, em visla do disposto no dec. n.O %'% 29-
!i .:.-!?89@com respeito aos processos correccionaes, que, sendo
::i. :isolemnes, não admittem mais de cinco ou seis testemunhas dè
:il.cesação, nem mais de duas a cada facto de defesa, sendo>mais
1Ii. um.
$alw-edevido respeito, n k concordamos com esta interpretação:
L 1.0 porque o citado decreto não veio regular as policias; - 22
r a p e a maior solemnidaie d'aqnella especie de processo não póde,
9 VOL I
qnaesquer documentos comprovativas do direito pùbim ,,moradas e mestéres das t e s t e m e a s , as qnaes dever%
*..P intimadas, bem cornó as- que o-reo prodwir em-su8
ou particular, e da culpa do réo. tl.:&sa no acto da citação, não podendo ser mais de tres a
Esta petição, provocando o culpado iksponder em juim, (&a facto, e tâmbein o Min. Pabl. e parta aceusadora,
constitue tambem já a akcusação d i ~ c t a ,forçando 01'60 a iiuyendo-a -i&.4:254.' n.O 4 .O da Nov. BefCJud.
defender-se; e por isso deve dar-se a este copia,d'ella e -A citação dos rèos e á intimação das testemunhas s'8o
dos domientos com o rol das testemunhas -a r t 4:406,0 :iltplicaveís as disposiçóes dos ar€t. 189.O e 1 9 0 . O do Cod.
dá gov. Ref., sob pena de nnllidade ínsanavel, fulminada i111 Proc. Civ., podendo por isso deixar-se-lhes hora certa
pelo art. -3.O n.OS 6.O e-7.O da lei de 48 julho 4855. -art. 8." da lei de 4 maio 4896. ..
Não obsta a esta interpretação o art. 3.' $ 5.O do dec. -.. Sendo citado o r60 com hora certa e se não estiver pre-
o." 2 de 29 março 4890 que manda apenas dar ao. réo Sente h cita~ção,quando póde dar testemunhas em sua-de-
i&ca:p dos documentos produzidos, porque, sendo o ksa? A lei propria d'esta f&ma de processo nãa@&i1,1~I;i;
'$mces$ correceional uma fbrma nova de processo subsi- -as, interpretando o 3 8.O do art. 4:254.O da'-. $L$.
&&#t e não suhdiaria;, não póde servir de pia; nos casos >@ talvézI.
se,deva concluir que \póde produzil-as a=&mpo
omissos, quando na lei geral do processo criminal há dis- ile poderem ser intimadas com antecedencia de %nt6 e
gosições claras que mandam o contrario. quatro horas, sendo os nomes, moradas e mestéres com-
.Este meu parecer, comtudo, 6 abandonado na practiea; munícados por intimação ao Min. h b l , e parte aecnsadom;
mbs tambem pbde provocar a que depois se peça vista dos bvendo-a, com a antecipaça d'esse lapso de terrilili-ar&. ,
doenntentos para se atacarem ou se allegue a nullidade i : i i i.', 1A36.O e 4:i37.' da Nov. Ref. Jnd.; por iisso que,
jnmnavel do 8 unico do art. 13.O da lei de 48 jul@ 1805. rtiarcsndo-se 48 horas, pelo menos, entre o corpo de deIieto
-N'esta fdrma de processo n% ha verdadeira pronuncia- 6 o julgamento, a lei destina as primefra 24 horas para a
nos termos em que alei considera este termo; mas o juiz, -$taçãodaspartes e intimação das testemunhas, ficandoassim
recebida a petição de queixa, tem de lançar um despacho, ~ u t r a 84s horas de espera, a fim das partes p o d e r e ~G s l h ~ r
sfrrigando o delinquente a -r @gado. Este despacho,-de- ipfomações $cerca das quabdades das testemunhas con-':
sipando odia de julgamento, corresponde-em tudo- A prbi ?arias para as contradictarem ou repeHirem. Em ~ons'e-
. nuncia, porque se o juiz intender que pelo processo não

%a elementos bastantes por onde se prove a indiciação, queneia mesmo do art. i:253.' da' Nov. Ref. parece q~
.não deve incommodar um cidadão a defender-se sem te?
pàãe dal-as por oceasião da audiencia, se mostrar que-ngo
de 'au4. com~ellindo-oa um-vexame e incomodo e m - @de fazel-o mais cedo, e então o juiz pbde mandar: faer ;
- as intimações, sustando a audiencia por 24 horas. (1) - i
- sadôs.
Pelo despacho, mandando responder o réo, deve orde- : Faltando o réo a'citaça e deixando por isso de mapa-. -
%eea-em juizo, como ha de ser-compellido't Diz Castro -
nar-se a sua citação- para dia, hora e local certos, dando-.
se-lhe contra-fe com a copia da aScusação e dos nomes,

11) Com quanto a lei não declare no capjtulo apropriado a esta


invocar-se- p& hoarctar direitos $outra fórma de processo ji as- Wecie de processo se as partes podem dar testemunhãs de fóra da
- s e m e aceeite no foro;= 9." Iu:i.que as k õ e s que até hoje mim- Comarca, temse sempre intendido, em vista do art. 1:118 da Nov.
v h e e i - b o r b'estainterl~ii.l:~~;:t~~.""m
parte nenhuma se enc0ntFaaai Ref, appticasel aos processos ordinarios de querela, que podem fa-
~evegadasou alteradas expressaliiante., isso que q deereto cíia* r e i - ~uma vez que declarem os seus nomes e mestéres e os factos
não tornou as suas disposiqões subsidianas das policia^ noemaSS èã accusaqão on defesa a que têm de depôr, Em tal caso, estando ji
omissos, mas sim deteminon que os preceitos legaes ã'estas & i . - ~ ~ ~ l i i h ~ g n a d oo dia da auaiencia do julgamento devera o jnir sobreestar
&servadas nos p ó ~ s s o sr n r e c b ~
n'esses easos, o que 6 i111Z:. B'me ate que decorra o graso da ãtempa& da preq'tod.
reme.
Neto na notaao art. 1:253.O da Nov. Ref. Jnd. fiue se deve
gassar mandado pará ser trazido debaixo de pprisão; e em^
-de é este o'unico remedio, em virtude do art. 42.O LNQUERITO DAS TESTEMUNHAS,
DEEATES E G E - N T É N ~
de,:Cod. Civ., porque a le'i que reconhece um direito legi-
t@a.os meios indispensaveis para o seu exereicio. Actual-,
*te a lei de 15 abril 4886, prevendo a hypathese p a r t . Continúa a Nov. ReL Jud. no 8 4.' do art. 1:8519-
o ~ s doo r60 ter assignado termo de residencia por ter sido c&gmir-se-ha o inquerito das testemunhas. O agente.4~
pr'eso, diz o art. 2." 3.O --Se o. r60 não comparecer em Kmisterio-Publicó perguntará as da accusação; mas o adm-
juizo nos termos em que a lei o obriga a esse compareci- @o da parte queixosa, o do r&;e as mesmas partes @I-.
mento semmotivo justificado, serápreso e sb poder&livrar-se e r á o fazer-lhes as perguntas, que julgarem necessarias,
solta nos termas do a~tigoseguinte,. -Vid. Fianças. pediado primeiro venia ao juiz. O advogado~dor60 pergen-
&r&as da defesa; e o agente do Ministerío Publico, as paAW
e seus advogados tambem poderá6 fazer-lhes as perg-.tas,
@e julgar'em necessarias, pedindó venia. -Se_o r& n.@
tiver advogado, que o-defenda, o juiz lhe hòmeara nm es-
-Vejamos agora a legislação que regula em audiencia @cio.
dejd@amentoesta fbrma de processo, que póde ter o seti 5 6.p Findó o inquerito das testeínunhas, o agen- do

-
seguimento em ferias, como dispõe o art. 7.O da lei de 4 Ykaiskrio Publico resumira a questão, e poderi orar sob=
&o 4886. a accusação. O advogado do r60 podera responder. pão
A BOY.Ref- Jnd. no art. 4:%51.0 -3.0 diz: - tNa au- bwrá mais allegações; e, findo o discurso do advoga& da-
&a&, em qtie o s r6os devem-compãmcer, o juiz, depois féó, o juiz.declarará fechado o debate, e preferirá a sen:
andar fêr o auto de edrpo de delicto, Ihes fará per- Wça, que elfe mesmo escreverá, e pubficaiá im@l&-
@tas, advertindo-os de que podem accrescentar depois o lerrte~.
que tiverem a ailegar em sua defesa. Se o r40 produzir Nete-se que o juiz, antes de ppoferir sentença, deve p--
-atguns factos, a que deva dar prova, o juiz os mandarA mhr ao réo se tem a allegar mais al@a coisa em Saa
~

escrever em seguimento no verso d6 auto de corpo de 'de- defesa -art. 1: 444.O da mesma Nov. Ref.
*to? que deverá ter sido autuado pelo escrivãor. (4)
-" O dec. n.O. 2 de 29 março 1890 diz:
BISPOSIÇÕES DtVEXSAS E INCIDENTES
-eArt. 1.O-. .. 3 4 . O No acto do julgamento e cabendo
réimso de appellação da sentença, o juiz, depois de lido
o-corpo de delicto, perguntara ás partes se renunciam ao uArt. 4:%52.6-A parte queixosa poderá, ajudar a jus-- .
recurso; e, renunciando ellas, ou não cabendo recurso de iiea; e tanto o auctor wmo o r60 comparecer50 nas audiea>
appelIaçIo, não serão escriptos os depoimentos, nem podera pessoalmente, podendo ser assistidos por um où dois
ser interposto recurso algum da sente*&*. Este 8 está co& .f;lsogadm.9
forme com o 8 5.O do a r t 4:254.O da Nov. Ref. Jud. artigo acha:& hoje subrogado pelo-a* 4 . O do dec.
r:.@ 9: de 29 março 4890, que diz: - .Na andiencia do jnl-
;:wnto crime, qua.1qw que seja a fórma do processo, a
i1 wte accnsadora não e obrigada a comparecer pessoal-.
:i:ienle, podendo ser representada por advogador.
(1) O estylo dos tribunaes consisle em se escrever tudo ha respe-. ' tbrt. 4:2B.t-0 juiz decidirá todas as duvidas, que se
&a acta, excepto~osdepoimentos, nos casos em que os ha, as qmes -@&tarem na aadiencia; e, sendo necessario riiandar fazer-
são escriptos-n'um tqrnio de assentada á parte.
31a
- diiigencia, podera espaçar a decisão do proceso .
ate outra audiencia, comtanto qae não haja maiorintenillo~. EZ
.que Q .de vinte e quatro horas.
$ unico. Deve igwlmente fazer respeitai. a sua auétorí- Prooesso de polida wrreooional mnuriarie.
\

dade, e manter a palicia da audiencia, impondo aos pertur-


badores prisão de correcção, sem outra &ma de juizo,
mais do que mandar tomar nota no protacollo do escaivão. ,Além do processo de policia correccional~ordinário ou
A prisão finca excederi tres dias; saho se o cxso &i i.ornmuui, ainda as nossas leis -conhecem outra ióma
classificado
..-. cri&, cuja conhecimento não pertença a este @s summaria.
jnizo, porque então segui^-se%% u que as leis ordenarem). - O dec. n.O 2 de 29 março 489Q; estabelecendo esta forma
Nss,policias correccionaes quando pode o reo offerecer :kprocesso, diz: '
-a suspei~ãae a incompetencia? : aArt. LO~-~... § 2.B Nos casos de prisão em nagranke
As suspeições são appficaveis as disposifles dos artt. de~ictopor-offensas aos artt. 117.O; 480.O, 185.O, +W.O,
292.0 e 293.O, bem como os seus numeros e 89, .do Cod. W.",484.O e seguifiles (1) do Cod. Pen. (isto é, rezinii7e~
do Proc. Civ. por virtude da disposição expressa no art. I

42.O do de$. n.O 4 de 45 set. 4892; parecendo-me que a


sua deducção deve teis logar dentro dos cinco dias pos-
teriores, A citação do r80 para julgamento, podendo ate esse' ,(4) Iúal se percebe o legislador ordenando que se úIguem em
praso ser menor, em consequencia da iadole do processo: ~ ~ C B S S de
O policia correceional sommario as c o i m fogo qne&
de pollcia correceional, porque sendo a NOY.'Ref. Jud transgrida o art. 485 O. do Cod. Pen., que eaaetamente manda .que o
k e s s o de &nus seja respeitado!
@missan'este ponto, assim como as oulras leis, não pbde c A. nossa llegislação B pouco explicita icerca d a differmça entre
d è W de ser'chamaão, em srrbsidio de interpretapo, ò Cod; &ravençõeste tra1~sgressões,e muito mais ainda qwmh
do Proc. Civ. no seu art. 499.O, corno lei geral que b, e mpregar-se o processo de wim, ou o de pdicia m e - .
attendendo a- tendensia dos modernos legisladores em pre- Vejamos, parém, se podemos conseguir precim aqueUes Lermos
w i a o effeito do respectivo processo, e do resgate de drreitas.
tenderem uniformisar quanto possivel as leis do processo. - ' Quer-nos arecer que w i m é a p m pecuniaria applicada ao
No que respeita. 5 Mtcomptmia, outros principias têm &ansgresaor % posturas ou reguiameotos de policia municipal P r
q ~ l a ç ã odos direitos doutrem-ar[. 394.0 in fim do Cod. Civ. (1ill.
de'reger, porque, sendo considerada pelo arl. 43.O n.O 4.O
da lei .de -8 julho 1855 uma nullidade insanavel, é sempre q&nas na Parte especzal d'esia obra.
Ddksyressão nu contra~en@o,em geral, é a vidação ou faita tk?
tempo de se-o por em juizo, como se deduz da doutrina
!
geral consigna a no art. 4 3 1 . O e 5 unico do eod. do Proc.
Civ., que parece inteiramente de aecordo com o arngq da
o b ~ n c i c adas disposições preventivas de i??hhs e quae uer l e i s ~ u
regaiamentoa, independentemente de toda a m t e n ~ hmaficá-(afL -
do Cod. Pen.), vindo or isso a constituir um quasí delicto,
lei citada e art. 843.O da Nov. Ref. (Vid. adiante hmiptes). -&%luz-se, po.fianto, &s c i e h e e s que asmultaspdem ser
applicadas Bs contrav$npes, ou cotwqs applicadas a ~iolação
-Se ao juiz tiver sido apresentado o reo' preso antes reitos. Se as muitas sao impostas por violação de replamerns se-
da audiencia de julgameuto, deve mandar-lhe assignar terpó gae haja offensa de direitos de t~eceim,mas apenas f a b de o b w -
de residencja, conforme o art.14." da lei de 843 abril 1886, wancia de preceitos impostos pela administração geral ou mnnicipaf,
8 o seu reg. de 12 maio do mesmo amo.
f@na castiga tão sbménte uma desobedieiiri:~1ge. ás leis polkiaes,
~ v i i n t i v a sde desordem ou de perturb.i~::i~,publica; se, po&rn, as
&tas s50 impostas por offensas de dii'ii~liàd'outfem, sem qnã isso
-titua propriamente um delzcto, e n i k não só punem urn,pmsi
ckete'cfo, chamando-se coimas, mas ainda uma desobediensa as lels
~liciaes.
-. D'e-eda distincção resultam dùas ordens de processos p P e -
&F e p~õcesso~de coiwa, comquanto seja este o adoptado aos
trqmgessão simples, das posrurq ou regulametitos hnmi:
' ,Bage?n, copatrav~ões& policia), os presos ser%-julgados

cipaes, e aquelle deva de se applicar mesmo a materia de c o i w & forca de lei n.O 4 de 1 de dez. 1893. O dito regnbmento dividiu o paia em
@scir~umscripcõesflorestaes- do sul. do cefitro e do raorte, deixando a matta
quapio o transgres~orfoi preso em flagrante delicto, como se deduz , o-sanctuaiio do bussaeo em adininist: V.IU espacial nos termos do art. BO.0 do-
da palavra seguinles do fj 3.0 do art. 1.0 do dec. n.' 2 de 29 marta decreto -com forca & lei de 98 julho ISil;.
1890, sendo em todo o caso julgador o juiz de direito a quem o trans- - 9.0 As transkessaes do regulamenlu dos sernicos h$a~mlicos das agu& Ulte-
gressorcieve ser presente, por isso que os juizes de paz só podem^ riores do p-aiz, a rondo por dec de 19 dez. 18& em execocão do decFeto com
julgar as transgressões pelo processo de coiwuzs como-se demonstra b q a de I? n: gPPde 1 de dez. da mesma data, que dnidiu o continente do reino
'da compar.il..i- dos artt. 2.0 e nnico, e 8.0 do dec. 29 julho 1886 em duas circnmscri~Gescom as sedes em Lisboa e Porta, abrangendo a primeira
toda a bacia hydrographica comprehendida na área do no Hii.lio at8 o rio Uz, e -
tam o art. !h.- da lei de 16 abril 1874.
Accreseentaremos ainda que, se o ~qulanientoviolado não f6r mu- .
a- segunda a área qne se estende .I ;i+ rio até ao Iimiteaul do reino, em con-
f o d a d e ' c o m a lei de 6 marco i884 que admittiu mtro aircumserip~õèshy-
níeipali nem fôr postura, tambem tem competencia ara, em policia hdicas,-reduzidas a duas por aqueile decreto. TO& as pessoas em geral, e
correcdonal, julgar a transgressão, o juiz municipay, dentro do seu aa ecialmente os proprietarios marginaes dos pantanos, lagos; lagoas, esteims
julgado, não pertencendo tal attribuição ao juiz de paz, visto a Mod. d l a s , cana&%,rios ou quaesqner correntes d'agua, navegaveis ou flqctoweis, o;
4."do 5 onico do art. 1.9 da lei de 7 a osto 1890. -&uso comníum, ficaram sujeitas ás prescripròes do dec. n.' 8 de I dee. 189%
7; Em conformidade, pois, com a lei, toias as conúlven&es ou t r a v e respectivo regulamento de 19 do mesmo mez e anno, no que respeita 6 re u
gressões de policia geral devem, geralmente, ser julgadas em policio ?ar&@@, coweruacd0, desoòstruccão e limpeza das margens, aIveas ou lei%;
correccional; e, havendo prieáo em flagrante delicto, o seu processo Tadem o dito re&lamento, d a d o preceitos com respeito ao uso e upcrooeih-
das dihs aguas para a nave acão ou fltbGtuacão, para a iwigacão ou paq
deve seguir as prescripções do art. i.* $ 3 . O do d e a n . 8~ de 89 março fie apr-olas ou ilodzcitriaes, e proii&mdo a mp nÒ art. 3880 nas mittas e ter-
1890, e art. 16.0 do dec. n: 1 de i5 set. 1893. renos arborisados das bacias bydraulicas a cargo das circmcri cões exce fo
Se, p o r h , as contravençóes ou transgressões respeitarem a re- y8a as pessoas n'elle indicadas, regulamentou a consmagio e mekwdento $08
gulamentos de policia municipal o u a posturas municipaes, o yre- m p o s , caminhos, maltas e terrenos arborisados que n'elles existam, deixando
cesso deve ser o estabelecido para as coinaas no art. 241.0 da Nov. Ret 1:- regulamento especial no art. 360.0 o uso da pesca n'aqueiias aguas e nos
hd., excepto havendo prisão em flagrante delicto. --os leitos e alveos.
N'esta especie de iransgessóes é obrigatoria apolicia cm~eecionalno julga-
Deve ter-se em-vista, por&, com respeito a Lisboa,que o juiz & seja qual fôr o seu ualor em vista do preceito do art. %.o do d-. n * 8
instructor, no julgamento das transgrepsões de posturas e regula- '& 1 dez. 18%-
qntos, ou editaes, muuicipaes e administrativos, deve seguir sempre 3.0 As tiansgresspes do regulamento géral de pesca e seraicos%quicolasnas
o processo em vigor para as coimas, tendo todos os autos f6 em aguas piil.li..as io:. r.ures do pau, excepto nos rios limitroph& ap rovada por '
jùizo, como preceituam o a r t 3i.o e $ unico da lei de 3 abril 1896, àec. do 211 abril! IX!l:l. em conformidade do art. 368.' do reg. Lit. 10s servicos
reformando os serviços policiaes de Lisboa. hydraulicos de li dsr. 1893, cujo art. 290 e tem materia de importancia e &e
De modo que em Lis-a o julgamento das contravenções dos re- ame 18r-se. ~.
A eica no rio Minho foi regulada elo dec. de 17 maio 1897, e a pescana
gulamentos ou e d h s nao deve fazer-se conforme o pt. 16.O do d e ~ .
n:O 1 de 15 ser !kll;>, mas consoante o estabelecido no art. 241.0 da &ada pelo d e ~ de . 23 agosto 1894.
10
m& $0 Algame entre a embocadura Guadiana e a barra da Fuzeta foi re-
c .

Nov. Ref. Jud., nao odendo em caso algum o juiz instructor julgar ( Note-se ~ I I . . o dec. de 1 de% 1887! mandado observar pelo art 3k0 do deo.
factos que as leis erassificam de wiminoms,e como taes os punem, k 1 dez. Is!t!. detminava ual a lnrtmhccão dos chefes dos deparfamentos
ou outras espeeies de transgressões que não sejam respeitantes B nrêri$imos r. a dus directores dias circomscri p e s h draulicas aos rios &o pak;
tms, s e d o fixadas de nwo as zonas 11 -1.. Bec. de maio.1893. p i o afinal o
policia da cidade.
É isto o que me parece mais acceitavel, em meio da confusão das &teto com forca de lei de 1 8 abril Ix!i:i acabar com as divergencias leva&-
h,estabelecenáo os limites das jnnsdicpes nos &$ 1O e %.' do a& 1.'
nossas leis a tal respeito, porque d assim vejo conciliadas as diversas
hypotheses entre si.
- O art 398.0 do Cod. Civ., reconhecendo tres qualidades de aguas, dá ás ca-
=as municipaes, em concordancía com o art. 5 e . 0 n.O 3.0 do Cod. Adm. de 1896,
As eontravengies ou transgressões de regulamentos que não sejam r-aiiribuião de regulamentarem a policia da esea nas aguas cwacethias e ar-
d a s mencionadas, podem ser juigadâs, ou não, em policia cofrec- W r e s , * c u j o peka tenha entrada e sahida !me, e Ihes concede a facul%ade
cional, conforme a sua natureza e mlor. (1) de imporem muitas correccionaes cabendo á administra~àogeral a regulanien-
f-ga da 'pesca nas *as public&. -
Em conformidade com esta doutrina devem ser ounidas em oolicia c o n ~ c -
(1) L Poli& co~~eccwnal. Devem ser julgadas e processadas em policia cor- eioaal as transgressões dos repdarneutoà. administratiSos, e em p6eesso de coima
receional:
...... . a9 dos municioaes. exceolo havendo orisao em flaeranie delieto.
1.0 As transgressões dos aM. 60.0,65.. a 75.0 do re lamento dos i e m i p s Não havendo regulamento adnunfstrativo nemumunicipal nos casos em que
pweftaer de 95 nov. 1886, ainda em vigor por virtude d[) act. &.O do decreto a iel 0 8 r n i t t e , só pertence ao juiz de direito ou ao municipid a atlnbnig89 do
439
. ~

siimmariamente no acto dq sna apresentação ao juk res. s:xtivo, servindo como Qmesso o respectivo auto policial

j u l p e n b , mas então deve& applicar as penalidades do art. 6 5 5 . O e namaros


do
-
Cod. Pen: em policia correccional. $dera-se em vigor as postaras municipaeE para se impbr segundo eHas a6 r.--
4.0 As transmssòes do regulamento depesca, no rio iüinhg de 17maio 1897, pectivas penas aos tr?nsgressores, mesmo porque o pro rio Cod. Pen. no art. i\:; '
quaüdo commei! 14I.em embareacões adherentes á t e m firme da margem portu- w e e wsalvar as comas que devem ser julgadas conkrme as posturas e regaia
-guoza ou tão pruamo .d'ella que Se possa saltar de terra para bordo 6 pé enxuto
art. 3.O do cap. VIII.
8.0 As transgressaes do régulamento 1p1iovado pocdec. de 10 julho 1884*
municipaes.
A conta d'isto, porém, háo de parecer sem importancia as penalidades do God
p$a.; mas nso é tanto assim.
que pmhibe a d namite e matenas ex lo I\ I- na industrta da pesca; %sim como A caca póde ser exercitada em terrenos publicos coneelbios ou partieularea,
as d o ~ e g de. ij dez. 18% que proh& ~ i i k ~ . ~knin<nl<.o
-in uso da dynamite, wmpetitdo ao governo regniamentar o uso d'ella no primeiro caso; e ás camaras
comminando as respectivas penas no art. !!li1 a unico. Na ap licacão d'est.. &s doi$restantes.
agentes na pesca maritima, a puuicão parece d e ~ e rfazer.se GPipitaes dos - Ora pdde haver terrenos publicos onde o uso da caca n8o esteja zeeulamentado-
ftrtos em conformidade do sobrediio regulamento, visto o § unico do art. 93%' governo, e póde haver conc~lhosonde as cdmarai não tenham r, :iil.ido.t;aip-
o regulamento geral das capitanias e policia dos portos de 1 dez- 1892. esse uso; e por isso, na falta d'uns e d'outros, terá o juiz de .,p:.I.n ar o
Quando, podm, as transgressões sejam practicadas em rios e la oas, estando > do W. Pen. em policia correccional, assim como deved appiiuar amesma
estes 10 fes sujeitos 6s direcc6es bydraulicas, sou de parecer que &vem as jus- &ma de rocesso quando ulgue as transgressões dos regulamentos adminlslra-
l i p orgari? ysggai-as, n h obstaote o § uni? 30art. 288.0 do ygnbmento que \ouve, usando ao processo de coima nas transgressões dos regula-
-
geral das capitanias, que só respeita B pi... i wanúma.
6 o As trangressões sobre caça art. 5i.O do Cod. Pen.
Õ Cod. Civ., no art. 3940, reconhece as camaras municipaes a attribuiãu
wkis mnoicipaes, excepto se o transgressor Ibr reso em flagrante deli-o, p -
one em tal caso deveri usar do orocesso de poicia summario, competind0 em
&&s os casos de contravencào das posturas-ou regnlamentos munEcipaes aos
de designarem o tempo da rohibi~ãode casa, e o modo do. seu exercieip, e-as juizes de paz fazer o julgamhto r i
o processo de colma.
auctoriw 6 imposicão de mu~taspelas contraveupes commcttiãas ou pela ~ioh$ão 7.0 As transgressees do regu ainento di-irla.ial do Porto de 96 maio i -
de direitos- articdares. so&z caço-Archh Juridico, vol. 30, ,,.,: ::s:;
O Cod. Pen., porém, fixando nÓart. 984.0 a penalidade por contravencão aos . 8.0 As transgressões do inz osto do . .!-. it provado por dec. de 26 nov: 1885;
regniameutos municipaes ou de administracão publica relativas d cam, parem .,;@so ,que, apesar do art. !'i&!+ e dec.
' L ;;"$r 1893 declararem que o pioe6sso
ter pretendido destruir a letra do Cod. Cii., a ainda 'a do art. 120.0n.o I.^ do -gya a unposim da multa &o correccional, todavia não parece que o legislador*
Coa e. 1886, considerando um delicto o que por ambos os Codigos constituis
uma stmples tranmessão, e sujeitando a imposi~ãoda pena, não ao processe
qmairmse adoptar a fónna intermediaria entre a policia e o ppocesso ordiwarw d e
estabelecido para as coimas, ma3 i4 fbrma geral estabelecida na3 leis de classi-
âcacão criminal. . 7%. de 30 dez.. 1899 pe&tte que o infractor pos&d&xar de assi& ab
juigamento fazendo-se representar por advomdo o& rocuraaor, ou abandonando
E tanto mais isto assim é que, d e c l m d o no art k84 O em mteira observamia .a emsa d *e!ia. Ora isto dest6a inteiraii~~ tmi,. da &ma.admittida p y a o pro- .
as leis e regulamentos adminiitrátivos r de policia em vigor á data da ma vi- -o e~~recaonulno dec. n.0 9 de 99 m q o IS!lil. que, depois da pmnuncia, exige,
eescia no me respeita as penac das coatraveocòes. derretadas o'est~s,foi com- aos termos geraes, prisão e Banp e a eomparencia do criminoso a alguns *tos
.
i:..! accresientando que eisa observancia só eía admissivel no qw sihí fôssepw
s l @erado.
~
do processo.
, Alem d'ito, constituindo a falta de pagamento de sê110 li111 i thpIes trawgrss-
Parecia, pois, B vista d'isto, que devia concluir-se ter ficado sem vigor toda s@, e parecendo result- da analyse declta. decreto de Is!lil que as tramyef-
a legislacão anterior sobre transgressões & coça, por isso m e q o qne (1 Cod. 8üe.s sãw sem re p u n i y s em processo de pakcui, sendo outras Omiãs,appk
Pen., regidando expressamente a sua materia, irrogou as penalidades corrsspon' eavei~aos degictos'e crunes. e não áa iatrmyressões ptppnamente &tas,-se*-
dentes As iníraccões .I 1 . leis e regulamentos respecii..,i-. @e o legislador nunca podia ter o m osito de applicar a esta especie apu-
Sendo, toda&, publicado o novo Cod. Adm. de IS'lli. veio este reconhecer, c p s o csrreccional, mas-sómente a po%&, como estava estabelecido mtes do de-
além d'outras leis anteriores, no seu art. 52.0 n9 9.0, as camaras a mesma aftri- :er%to de 1890. Depois dar-se-hia a incoherencia d'estas transgrwsOes serem
bnigo consignada no Cod. Civ., e até no art. 66.0, n." 6.0 e 10.0 'e)§ 4:0 e fuleadas no ultramar em policia eorrecciod, .por não haver o processo com?
5.0 onde mandou mie ag muitas, aams oolwnfariaaeate. Bssem cobra as aeio &IV!I11. e no remo ser. necessaria a pronuncia e os termos snbqu,entes. -
maximo estabelecido nas porturm 011Gegulamentns de policia muniripai, cmivèiteu ii maior Gislate ainda adviria no caso su'eito guereudo ip!~liiaro pmcssso
essas multas em receita ordinaria das mesmas camaras oiiii~.~.ioaes; o oue irnuli- I.comccional ds transgressós de sêllo, quando, exigindo a pr;iiuucia re* a
eitamente si ifica que reconheceu nas pesturas forca siiili~i k e para-por eihs idesignact3.e révia d'um delinquente,. comprovada por testemunhas no mpeetivo '
se fazer a cgranca coerciva depois Be servirem de b& a ulu julgamento, apesar c o p d e dekdo, n a fbsse necessaru, esse'co de delicto, bastando apenas o
da letra do ari. 28k.o do citado Cod. Pen. E mesmo já antes do Cod- Adm. de aufo de transgressão !.:,r I o siilqirir, c o m o b %uz das instruc~6esapproradas
1896 decretar a appreàensão da eaca ês essoas indicadas no n.O do § -1.0 ipela prt. de 30 da.'lhx:i e .IIII.: 4 do dec. de 30 dee. 1899.
do art:66.@ nos C.=.ires designadosno %.e, a Port. Mm. Obr. Publ. de 9 abril Da interpretap, pU16, feita, pur absurdo, concluo que o processo deve ser
1888, reconhecehdu forca e vigor ao Gd.ddm. d a 1886. contra as disnasicõesdo de Eelieia,
art. % l o do Cod. Pen.;alargÒu as attribuicões para a apprehensaoate'aos'chefes - Zazões ha e fdries, &m, ara combater esse nasso s p t ú , pòr isso que,
dob: céniinlioa d~ feno exnlorados nrlo estado, simifieando-lhcs cgsa obriearan. declarando o dec. de 38dez. ib9 no art. 3.0 que o processo competeate 6 o
R'o~8ese ~oncluoque; sem embargo do art. Bk.0 do Cod. Pen., d-6 Coa- -GBrcecewn~l,parece querer evidentemeate que as muitas se cobrem coaforw a8
se forem vadios ou reincidentes. Pàra esse hm a auctoridadè :i.Qninistrativaterá feito intimar a comparecer em juizo S

dis osicões exaradas no decreto de 1890 com respeito ao processo de ga& branco.
, .ta a armacão de c a m r a s w l u a r i o s em casas particulares. que ficou dependente
.O $is!ador, i 4.11I d'aquelle decreto de 1893, não podia ignorar que o processo
correcctomull. era .!.i. rente do de polícia, e tanto-mais qnanto no art. 4P alterou '.. timaca da repartieão de policia de ii.-~n.a cão administrativa em Lisboa.
19.0eAs transgres'sões do dec. de 5 ln~lli-; 1898 sobre as condic6a em
éxpressamente o an. 17k.o do regulamento de 1885 que declara qne o pro-....;.~
competente é tàmbem o correceional, e na sua linguagem no decreto de Ik!li &de ser áprweitado o *.o de tzpas de pqm s ctsteruu em propriedades u r
g
usou dos mesmos termos. parecendo assim ir de accdrdo,com o art. 1.O do SB- ou ruraes no municipio de Lisboa.
creio de 1890, qiiando diz asalwo separa certos crimes hrnroerprocesso eqxciab. 30: As t r a n s ~ s s ù e sdo de? de 13 agosto 1891 com rekeão á emiasão de
Em consequencia, pois. da discussãa estabelecida, vê-se que o ponto nfío 6 .&as, cedulas ou tttulos pagaaets d ~istaou ao portador.
'liquido, e que é necessario o governo acudir-nos com alguma providencia que 3l.e As transgressões do de:. de 30 set..l?9P e seus regulamedos com res-
eiucide os tribunaes. p I
S g ao estabelecimento de wveiros de ndeiras americanas, rephtaeão das
9.O As tramF"s0& regulamento da contribuiçõo de registsfro, appmltado. mhas devastadas, e a ~-l.:i,tacãode novas vinhas em terrenos incultos, 60s ter-
por dec. de 1 ju o 1895 a do art. %.o do i.11:. !:.!,. decreto em harmonia com o art. 35.0 do decreto com
Nyesta especie encontramo'-nos na mesma di5culdade relatada no F e r o Lr$ade lei de 9 de^. Isxli. que organisou os ?ewi~osphylloxeriws.
anterior com ws eito ao imposto de sêlb. O legislador, em~regandono seu a r t S . As transgressues ao dec. de 'L junho !*:#:isobre CUTTOSfwrarios.
11 a mesma i n agem, estabeleceu o processo cowecclonal, bastando para 23.. As transgres+es do reg: de 10 fev.. Ilkxi; em execugão da lei de37iulho -
servir de corpo de Elieto o simples auto de infrac~ãolevantado elo escrivXo de- 38%. sobre contrastanas e semco do fabricu t: çommercio de barras do oim e
fazenda, como die o &. 313.0: e an!ii.diiu no $ unico do art. & l . o appeliaeào
da condemna~oem multa superior ir 5W000 réis, sendo certo que nos roces'sos '%.e As &sgressõss' do reg. 48 nov. i878 sobre r@ho cioil- d t : SOP
r~oweccionaedpóde haver appeliaeão em todos os casos, não se admittin80 me3mo
se renuncie ao recurso, por isso que todas as penas correspondentes a esta
rma de pioeesso excedem sempre a alpda do juiz.
s
B.6 Atransgress8o do a h 75.0 do regulamento da coratrióuieáo de red-u.de
w e m n y t w i a de 8 set. 1887, e bem assim a do art. 14.8 4.0 da lei de $1
B
d o 1896 sobre despejo de predios urbanos, em vlsia do &. 6.0 do re cit.
As transgressoes do regulamento da dedw de juros, approvado por dec.
de X i~zlhn154%
-~- 9--"
Ainda n'este mgulamento o legislador falla de rocesoo umercional no art. 57.8 -
.36.0^s transgressões do Cod. Adm. appro, i-i..por lei de 4 maio 1 h 6 em
pnformidade do art. 411.0 n.0 2.0 Vid. aru. ::!li; a a 405.0
37.8 As transgressões dos ant. 55.0 a 61.0 rio dec. de 3 marco 1895 qm a
As transpressòes do dec de 93 dez. 18l5 oarn cobranca do imwsio do
5
iicer-
nas
ser escriptur
Jllo
difi-s
para casas de emppstimo sobre penhores, C'!JU- L"& devem
os em harmonia I ~ I I Io art 3.0 do dec. 33 jan. IX:ii com as mo- '
do dec. de 30 junho I***
P ou a-organisapZo udminrtrativa dos Acikes, sendo appliuvd ao .!!-irido
mta Delgada por dec. 18 nov. do mesmo anno, e rg ado pelo de 30 '40
%.o As hiinsgtessões das leis e regulamentos
1
se vê do art. 69.0, unico, do decreto com foqa de lei nO
camirahos ds fmXcoaio
18W;
. 7 de 1 dez. 1893,-
14.O As transgressaes do regulamento dos estabelecimentos ân-06 ape- H.de abril 18'8 e dec. de 31 dez. 1864.
ri@sos, approvado por deo. de 31 ou!. 1863, -Vid. 1i.1 35.0 e seguintes.
i3.O As transgressses do dec. reg. do 19 agosto, lrimi sobre venda, beposito, 29.0 As transgri--: ;dos decc. de 13 dez. 18E, 40 junho k 9 , 49 dez. h6860
8,

fabnw e transporte de p o h r a e dynamite e classifiw~aodos respectivos esta- arport. de 6 'unho I*#;:; sobre esos e m.1 .I ... sendo suscitada a observancia
-
bei~imwtos. Vid. artt. 39.0 a 31.9 e &bem a pod. de 7 a b d 1898 sobre
O seu transporte em oaminhos de ferro.
do.primeiro dec. cir. 'pda port. $I31 ma*o 1 ; e bem assim as trane:i,--.m~es
do art. 17.0 do regufamento da sua fiscai+açao e irspe@ de 93 marco I?rlj!i.
30.0 As transgressões da lei de 91 maio 1896, regulada pelo dec. de 3U julho
ez.
nnhas.
14.O As transgressões das instr. approv. pela port. do Hin. Obr. Publ. de 30
- i88i ara a venda de sulfureto de carbone destinado ao tratamento das
fid. artt 8.0 e 1%. O seu transporte e venda f o p regulados
~
dec. de 16 junho 1894. A port. de Y6 julho de 1896 prescreve algumas peaaù-
pelo
du mesmo amo, sobre a uenda de lette.
r
- 31.0 As transgressões do regulamento approvado dec. de. & aez. 1886,
sobre os encanamentos e coasumo de agua na cidade o Porto.-Vid. artt -.O-
dades nos a m 8.0 e 9.0 a 760
-15.' As tmns ssdes do regalamento ap~mvadog r dec. de 5 j@o 1894, -33.e As trans ressões do reg. de 6 agosto 1896 sobre reeruiamento no &
em execugo do greta com fo.a de lei de set. 18 , sobre o aproveitamento do art. 147.0, $ f.0. quando os refraetarios forem julgados do seníço.
das nascentes de aguas aânero-rned~naes,fabrico de saes extrahidos d'ellas, e 43.0 As transgressões do regulamento :~y.ovadopor dec. de 31 dez. í894,
CSSI respeito aos reseniwfas do exercito. - t 1.1 &t. 116.O a 1B.O AS trans
de-agws mfijkiaes, pertencendo aos tribunaes ordinaríos a imposicão das multas,
o abandono e mais penas que caibam na sua a l d quer em d q i o aos em- s6ês 6 replamento dos reservistas da armada, apjjiovado por dec. de
cessionarios, quer em rdaeao ao publiv, por vihde' do art. 86.0 3894, são julg@as e pnnidas elas anctoridades maritimas e administradores do
16.O As transgressões da lei de 23 julho 1850 nas exproprrac6es por utilidade wcelho. -Vid. artt. 59.0 a %.o
publica nos casos de imposicão de servid6es em terrenos particülares-art. 48..
5 5.0 11. Policia ou p m o cor~ecci~$al.
São juigadae em polieiácorremional Ou
eJn roeesso correccional conforme o caso:
17.0 As transgress6es do der. de If abd 1894, regdado pelo regiamente
appro; i.!,,por dec.48 abnl Ix:ll, tornados extensivos ao Porto por dec de C 1.0
As transgressões do rewamento gera3 de raud.e pewma, a p k d o
3ec::de 7 fev. 1889 emexecu~àodo decreto com f o ~ de a lei de $6 dez. 1 B
maio. i # ! ! ; sobra os preceitos de desirafeqo de artigos e de l w e s suapeitos de
contaminados. que erganisou os servicos pecuarios, como se deprehende do art. 1 7 8 . O e se-
18.0 As transgressaes do dec. de-I0 maio 1894 sobre o emprego de a d o k s , algumas pequem modifi-
pintes do cit. reg., que foi considerado em ~ g o r com
iestemnnhas do auto e bem assim as que óspresos qnizerem ;$:~r-parasua defesa. Se os presos em flagrante deticb nU
vadios ou reincidentes, o julgamento serã adiado e
cacões, pelos artt. 35.@,§ unieo, e36.o do dec.2.04 com b+ de lei de 1 dez.-
I892
A iuIministrac8o dos servi& pecuarios wmprehende: pa$danciaS sanita- aos p e -&i alem preparaùos pharmacaiticos oli avlem receita, n8a
rias telatisas dF &as, pcrfRos, iwcados, pastagens e iogradoolros, tanques, fates,- .=i
bebedoum8 @licOs, erilbarcaçóes, aiatnras, oehiczllos, en#wmmntos, i m p w t ~ d o le$aimente b&ilita$os.
e'wportu@o dai uni& e sew dqmjosJ, ás f e i m e mreados, aoa mfadourw A itdmtn@tracZoganitaria comprsheade: p w r e n l m , p& de mw, iuzam-
e -& cumes &tinadas ao mtmmo, ás mck1ada.s e outfos &abslschn#os pe-, I.$, &ubeùamentos andiIstrtues msaluóres, t n c o m ~ es perigos@.?, d e r i o r ,
m í i o s , quartqarlouros, drskfeccões, etc. iritlthme~t o l e r h i >lwspitaes, rddas de ezpostos, wéches, asylos, cadsim e esh-.
L - 9.0 As transgressães do re ula&ento da conserva.&, arbw5açào %poli$? das
fe
sskudus, mq.;sl.?ado por dee- 91 fev. 1889,onde se compilaram e substzl~iii..iii -
b kcimntas analogos, sysfema de de qcs e de limpeza, hygieue dar lurài&óes
%
b@fes onde reside grande numero pessoas, nwiob, alimentos, rnedkomeutot,

e seguinta~.
-
todas as ,i .~wsi$Oesregulamentares anteriormente publicadas. Vid. ar&.1'1i. 1
..
*gus, mrnedios de eomp&ççòo semtu, aguar nlraeraef, óaobhos tkoraaes, T+
d de preps de Pnedicmntor, pantms, arrosaes, fonfes, cisternas, tios;.+
&&&, aaccha, etc.
3.0 As transgressbs do dec. de 1 set. 1894, regulado pelo remlamento a p
pròvado pelo'dec. de 16 maio 1895, sobre os s e m o s de in.vpe.. ., . e &alisapio -
As pessm directamente sujeitas as leis sanitarias silo : fmltatimoc, hor-
m & c o s , parfeiras, dentbtas e smngncdores, devendo formar- se a matried dos
do fabrico e venda de vinhw e azeites. Os transgreSsores eaptnrttiius em flagrante @im? pharmuceuticos?pardeiras e dentistas, de Lisboa, na l.a,see~Soda
deltdo podem obter íianca em juizo,'confome o art. e2.0 8 onico do re . cit. noboa de msoeccão administrativa de Lisboa, rnmn ordena o 3 nnrco aa alt-
0-,dec..de 28 agosfo i897 manda applicar o dec. n.@9 de 97 set. 1898, Lodo &: C$do art.'ãcdo reg. res ectin, de 5 ma0. 1~~11;..
-competeneiaásauctoridades fiscaes, etc.gra.iri-rrindh elulgmento das ii.iili - -
a que se refere o art. 37.0 do re de 1 maio Is!i:i - D. G., n a 196 de In: C 2.0 As transgressões das Lis e regolamentos aubre pmigrqíõo d&tilaa
arUi. 26.. a 31.0 do regulamento e r a 1 de policia para o transito no contipeng e
-
4.0 As traosgress0es do dec; $3 worto 1898, mandado regular pelo dec. le ilhas adjacentes entrada de viandantes e sua .i11 aia pnra o esEangexw, ap-
maio do meamo anno, sobre ainhor h o r a a # ! iaar. g ~ 0 m - i or
~ dee. de'7 abril 1863; lei de -23-abril I s ' i l ~ e regnlament? ba policia
:6 As tritnsgresses do dee. o.' 3 ii\: 30 juiho 1896 regulado pelo reg. da16 espia1 Baxepresszo da emigraeão clandestina, approvado por dee. 3 julho S 9 6 -
maio 1895, sobre Jiscalka@ da fabrico e eenda da vinagre. -
6." As transgresSes do regulamento sobre recrdurnnfo, approvado or dee. Mas sentencas condemnatoriS de individuos sujeitos ao recmtamento, deverão OS
-
de 6 agosto 1896 em exeeuezo da lei de 1 3 maio-do mesmo anno. &!V a$t.
158.0 a 1613."
piees ordenar que os réos sejam entregues O auecoridade militar, a fim de s e Ihes
assentar raca, quando os rkos tenham os neeessarios requisitos, achando-se n'este
7.' As-transgressões do decreto wm força de lei, a: 3, de 1 dez. 1892 sob%. caso m i e & os .~ii-iidosna segunda reserva, como se mostra do an. t3.0.dq
o servico telegraph oihl regalado 10 r@amento approvado por dec. fQdez. &%e.de 3 ji 111.. 1~:lii e do n.' %.a do art. 149.0 do regulamento do reciutamento
6y0
>
&e6G'agostólaJ6.
\

do mesino anuo.-0Ifd. a&. 56.' a d'aquelle primeiro decreto, e b m assim 3~ As traasgr"s0es da lei de propriedade indo$~hl e commeroia1;por titdos
õs artk 602.0 a 609.O do regulamento para o remiço dos correios, approvadopor
de& de 10 dez. 1892. d e oatente. de renstro e de deposito, de 91 maio 1896 que p6e em vigm com
pe ' enas dteray&s, o decreto tom fórca de lei, n.' 6, de15 dee. 1891, Fegnlado
- - 8.* As transgress@s de san '. rnaritima, re.111 inlas pelo re amento à
g. regulamento approvado por dec. de I marco 1893. Estas transgressães
-pmvdo r 1 0 dec. de 31 jan. I*!C -Yid. a?. !:i#
cao. íiI 'esta nota).
a %7%.@ g d . o.* t f =ser julgadas nos tribonaes commei~iaes,na Iórma dò art. 97.5 S mko.
-
'9." As tranGehses da lei eleitoral de 91 de maio 1896. Yid. artt. 111.8
s 113.0 aiente eaimr n'aquelles triunaes.
- -
e art. 14.' n.O 15.0 do Cod. do Pmc. Com., devendo todo o preparatorio -
e-julga-
~

4.0 As transgressões do art. 40.0 do dec. de 9 out. 1896, ~ e , g u l a d ~ pI% e-l


I 0 . O As4ransgress6a do dee. de 30 sei. 1899 que reorganisou o ~ e 7 c ~ d o '
reszfral dos &educim agricolas. -Vid. art. l97.0.e seguintes até 138.0 &lamento approvado pelo dec. de 5 nov. do mesmo-anno, relativaoient9 fis as- . -
$oeiaçGes d é ioccorros mutuos.
11.O- bs transgresses do remlamento appmvado or dec. de 9%dez. 1864 e
do regulamenlo ap mvado por #I- 4. de $0 marco-18& sobre a cuitnra, labrico, @ As transgressões da lei de $1 abril 1886 sobre roteccdo dos-cabo8
mn%nos reguladora da eonvencão internacional de 14 marei 1884; d c ~ e ~ da o
&uò-
venda e deposito tabacos.- \I#! art. 34.~@ e âeguintes do primeiro regulamento :iofracc+ do art. 8.0 ser julgada em roeesso brdinario ds jnereia com diver--
e a r t @,*do segundo, e tambem os artt. 11.0 e 13.0 § 4.0 do dec. $4 de 37
set. 189L, onde se d i i que a instrnc$io e julgamento do roeesso por transgres- eas modificacoes designadas no art. de, bastando o processo verbal p a ~ sI%&
s0es do segundo regulamento competem ás aua-ridades jseaes.
' a.P h w d i q r ~ a de
s processo. ~S-julgadassegundo a forma-do promso IV. Coimas Devcm ser rocesssadas e julpadas pelos juizes de direito, con-
accomodada á sua indole ou valor: . . e,. portantu,
forme o nrocehao eEtabeleci8o oara as oosturas munici~aea, - feguiido
1." As transgmss,@s dos deec. de 3 dé'da. 1868 e de %i fev. 1897 s-re. o~pcoces,~o de cainas;
caude publica, e sanidade marítima os pctaes devem em alguns.çasos sereonlron- 1.0-As transgressaes do dec de 14 &RI 1891 sobre o trabalho dos menores
tados com o art. 348.0 e seguintes do Cod. Pen., e h m assim eorn outms Bo B das mulheres em firhncas e ofncinas, i: . I precaitaa o art. 48.0 do m e s h fie-
8

r
-inesmo Cedi . A ler de 13 julho 188.2 revQgou os ar&. 74.O o: I:, 79."-e 80.O .
do de.. de den 1868, impondo multas aos pharmaeeutieos que se fizessem
$qbstikiippr peSo+s iseapaees, ãos pvenderem-drogas nào sendo paraphar- -
errrto regidado pelo dee. de 16 marco l*'#::
9.0.A~tranSgress0es do regulamento approvado por dec. de 6junho 1893
,mbre o semico de inspeceão e vigilaneia aia seguranyi dos operarios o08 &-
M o e de coristnicc6es cii4s. como se vb $o 'art. 41.O
observar-se-hão em relação ao processo as disposições d~ .p&do as penas 'appliààpeis ám crimes, As co@evenções
direito c o m u m , se elles não quizeram indicar as: teste- nii as -iransgressões &e@, separada ou cumulativameiite,.
munhas perante a auctoridade administrativa e al6m d'isso ;i[giimáSdas seguintes :
as quizerem dar depois em juizo e d'ellas não prescin- 4,* Prisão ate um mez; - Desterro até um-mez; -
-diremr . $!. Multa ate um mez, ou ate fjOd000 reis, quando a lei
- Em complemento d'esta doutrina foi' Ò de$ $i% a quanbía; -4." Reprehensão; -5." Censura. - - '

n." 4 de 45 set. 1894 que dispõe: - Modifica~áo 4.a -Das decisões dqs juizes manieipaes
uArt. 46.'-Nos casos de prisão em flagrante delicto , kbe semgre -curso para -a Relaçá~do_districto, qpaIquer-
~

por crimes e contravençóes actualmente julgadas em policia !@-seja a pena applicavel ao crime ou a contravençáo~.(4).
eorreccional, serve de corpo de delicto o anto policial ou -Por dec. n." 1 de 15 set. 1892 foi muito mo'tiiilcado, r,
administrativo, e serão os presos julgados summariamente processo crimiual, determinando-se, na parte respeitãn'te a
no acto da apresentação, se não fdr preciso algum exame, i;ecursos, o que Se segue:
e se o reo não der testemunhas, ou se as que der estiverem 'arlrt. 23.O-Nos processos crimes, 'alem da appéllaçãg
presentes*. do recurso- de revista, haverá aggravo de pètição nos
mesmos termos que em maieiia ciyel, e ;I.-lavo a, i&
fio processo nos mesmos c a j s do art. 4u:US-
CAPITULO V do Processo Civil.
Brt. 8k.O -0 reaucso do despaclzo que mandar archirar
Dos recursos .),processo, ser8 interposto no praso de cinco dias, e jul-
;.ê&,como os aggravos em materia civel.-(4.)
~ r t . 45.O.-
. 0s-tribunaes superioi-es conhecerão dos T$-
3 r: .ursos, - embora não venham minatados, e os. accydãos
Disposigões geraes
cerãc lavrados .pelo primeiro dos juizes que fizer Bmci-
iamto. '

Reconhece a lei nos processos criminaes tres especies ,


de recursos: -appellação, aggraoo e revista; e, fixando a-
Pdlcada dosjuizes de direito e municipaes, preceitua a lei (4) Nesta modificagão expungiü-se a seguinte phrase $ou ct tr&-
de 7 agosto 1890, em con6rmação modificadora do art. 5 . O !/iSesirt%da postura w regzllaliwnto municipdr, conteiida no 3 naièoc
e 5 unico do dec. n." 4 com força de lei de 29 março da z!.: ~ k . 5 do . ~cjtado-dec. de 29 março 1890, o que indica que o&;is--
mesmo anuo, o segumte: .: (iw pretendeu conservar a antiga ordem de coisas, reservando;
c.Ai.r. 1.O-. .
. -3 uniw. . Modificação Das sentenças
proferidas pelos juizes de direito náo cabe appellaç~o,( 4 j
11.wÓS juizes de paz nos seus disrnctos, ou paraaos juize5de direi's
1 1 . i &dedas com&rcas,-o conhecimeato das transgressões de p - t k
#:i8 vista do art. 18.0 da lei de i6 abril 1874, combinado com o art;
i.".$ uniu0 do dec. de 39 julho 1y.
"@) Naas que recurso é este9 videntem mente t d despacho, pondo
, bmrmo a causa, nSo pode ter outro fundame~toque náo seja a falta
<Il:prova,ou que o facto imputado MO dqualificado crime @ortei;?ndo
(i) Mas poderá caber o recurso de aggraw de petição com funda- Ir- issò a possu@ o caracter de interlooutorie com foqa de6nitiva;l
mento n a nullidade da sentença au do processo, como prmitte o .. w r isso &primeira vista parece dever intefpôr-sé O recnrw dè.
art. 1:009.O, unieo, do CPd. do Proc. Civ.9 @ o , suggere oart. 23.. do dec. ne4 de &5 se&
: ~ ~ p ~ ~ ~ ! & zcomo
Nas policias eorreceionaes intend8mos_que não, porque o arb 3 . O iwltbinadó com o art 993. nO . 1.O do Cod. do .@c, Civ. e ainda com
1.0 do dec. n,O 2 de 29 março 1890 veda em absoluto todo e qual- fl*gtt. 68l.o e k186.0 da Nov. %I. J ~ d Se r attendefqs, por&, r que
querrecurso nos casós mencionados e na fórma & processo referída. ri tBqicicrnádo art. 23.O determina apenas-a admssao gerQ âosm-
4Q Y%. r
.Ari. 26.@- (4) - appellaçóes crimes e os recursos de'- i.evis& crimes Serão processadas como os aggravos- de pe-
i@o em materia civel, e subirão sem ficar traslado. - '

Art. 2 7 . O -Nos recursos para o Supremo Tribunal de


$@iça sobre decisões do jnry so pode conhecer-se da nul-.
cursos no processo criminal, estabelecendo a forma de proeesso.para tida& porque se tive^ protestado; e, enviado o processo'
o agghvo de petição, assim c o m a respeitante a appellação e revista áo tribunal, o relator na primeira sessão levará os autos-a
'no art. 26.0, e não os casos em. que qnalcjuer d'esles recueos aeva @nferencia para julgamento. (1) (Vid. Excepções, &acidentes
ter Ioga, á excepção do aggravo no auto do processo, immediata- e..Nallzhdes).
mente se conclue que para a determinago d'esses casos se tem de
.recorrer a lei c o m u m do processo criminal na parte respectiva..
- Ora, consuitando~aNov. Ref. Jud., assento da materia, veriíica-se ue
,o nnic$recum admit~idopelo an. 996.0, mmbin.ado com a% 1:l7\.O,
e abda cóm o art. 33.0 do decreto que examinamos,,é oAe ;i;;iavo (I) Para completa intelligencia d'este artigo Wanscrevem-se os ,
,.lii ,,:, pnm O fípitn ri* ~ X aii=rn.r-i
A
----"-- mw &@e de lei relacionados com a materla. Diz a Nov. Ref. lu!.:
23.
da art.
,Il;, se L ~~0
1:iôtiYda mesma Xov. Ref. Jud, que diz
SàgPa. .*.
com a excep~ao-e~tabeiectaa
no corpo
.. . asalvo aos casos
- cAFI. i:(632- Quando o iury responder que o crime nao est8
~ o v a d o ,o juiz immediairlmente por despacho nos autos mandari
.em que a lei expressamente estabelecer alguma d9spo&âo e p c i a b . & t i r o s aecusados: d'este despacho não se pòdera recorrer, sal*
Note-se que esta doutrina respeita á primeira instanci-, porque, das @LU revista, havendo nullidade no processo, e tendo-se pr?teslado
decisões profenias em segunda instancia, o recurso a iMerpÔr é o- -coara ella antes da &claração do j u y .
de revista para o Sup. W i ; d e Just., como se deriva dos artb. f:193.8, g unice. Para que este recurso suspenda a soltura do reo, 6 ne-
682.0 e 45." da Nov. Ref., devendo a sua interposição fazer-se dentro ,&ksario ,que se interponha immediatamente a publicaijãa do despacho
@edez dias. que a decretar.
. (i) Parecendo &e um dos actos do processo é o esta~eleeirnhte - - Arl, ki96.0 -A revista interposta dos despachos, que na 1.. in-
'dos p o s pa- o regular rosegnimento dos t-mos, p6de snpp8r-se stância mandam soltar os réos, suspendera, ou nZo, a execu@o ces-
p,marcantlo o Cod. do hoc. CiV. o praso de cinco dias para a&- ses despachos, segundo vai determinado n'este decreto..
terposiçáo dos aggravos no art. i:OiLo 8 i,-, déve ser esse tamlim -A lei n.* 2 de 19 dez. 1843, explicando a ultima parte db* i:463i6
.o que a lei pretende assignar para a interposição das appellaçijes e trabcrípto, diz .que a soltura só se suspendera protestando-se por
revis.tas erimipaes. Se attendertiios, porEm, a e o praso e uma eon- e e deterrnhada n z d l W - art. 9.-
k
cessão legal anteriov á interposiçào, e que a manda processar as Em .modiíicaqão d'estas disposições veip a lei de 16 &ri1 1886
~ art. 4 . O -UOS
appellações depou de interpostas como os aggravos de petição civeis
e vt?ndo:se da NOV.ReE Jud. art. 681.O § 2.0 que o p r ~ 6o de dez dias,
parece qae deve ser este o praso para recurso. Alem d'isto acresce
uba
qne d i no absolvidos em processo, em que .se
interposto recurso e s t a , serão ibmedi~tamentepostos'em
Kkr~Ue,se o crime de que eram aecusados, n-os menciona-
em ,nosso favor a consideração de que, sendo duvidosa a questão, Bos no ari. 4.0, e, sendo-o, depois de haverem satisfe@oás prescn- (

deve decidir-se elo lado mais latitudinario. ; @ e s d ~ ~ ,. ~ ~ .


- Em A=. do &p. filb. de Just. de i8 julho i893 (D: G., a." i @ a e Diz o art. 1.0 citado no artigo 'anferiqr - aos reos '%eusadosld
itB5>&cidia-se que, em vista do art. 26.0 citado, devendo as appel- ! i & p r procèsso criminal poder50 livrar-se soltos, nos termos &a
lações erimes ser processadas como os aggravos cweis, cumpria-p~' r. *%te lei, e T t o - quando haja & l@s ser applieaela prscdpuer claJ -
isso ,aos appeUantes reparar no praso de cinco dias, esiabelecido-gm b ~ ' @ estabe ectdas nos artt. 4 9 . O e 50." da lei de 14 tju& âe
90
art. 1:8710 &o Cod. Proc. Civ., sob pena de deserção. -
,Mais decidiu o S,up. Trib. de Just. em Acc. de 30 maio 1893 (11.
.
@&, ou qwlqWr das que, segulado o ~ ~ ~ t ~ ~ t m fwm
W m c s p o n d e n t e s ~(Estas
. penas actualmente são as desieadap
- ,
& r ia O

G.; n.O ia de 1895), que as appellações crimes e recursos L revista, Wartt. 55.0 e 57.0 do Cod. Pen., correspondentes aos artt. 49." ~ 3 0 . ~
pisg6essaado-se como os aggravos civeis, deviam ba;mr a 1.. iasiancia la citada).
sem que,fieasse traslado, logo que os accordãos passassem em;,jul- -
Diz O art: 3 o #OS r h s accusadoS em qualquer processo, aos
-gado. --
O art. 76." 8 3.O da Tab.Emo1. Jud. de ifmaio i896 diz 4Wndodo
-n'estes-pròcessos forem interpostos mursos por pessoas qm não
- apae6 não h a 6 Z . w applicaveis as penas mencionada no art. 4$,
que não tenham dt? .<#-i. processado> eorreccionalmente, poberao
rum-se solte sob cauqao, nos termos do ari.~6.*~~
&jma Yigiste~ioF'ublico ou Òs réos presos, não poder% subir Em virtude, pois, d'esbes ti.rLmn+ deveintender-se o art. 1:19fiG da
iasWeia superior sem que seja peviamente depositada %i-- fn~.ilef. Jud. devidamente mc,d i i irado. Diz elle-=A revista inkfpsta
Wfat o a i & cusrari em divida
QBs sallosr.
btmo
e ao estadoe a importanefg as sentenças absohitorias, pi.uIeridas nas-RelaçZb, suspende a sd-
réosn.
kWaad~s
. .
~gpbbvel,quando, apesar de interposto, o &to cbntinua
A~Z.%,.O -0 s espivães que por descuido, negligencia,; ,asseus termos, que, em todo o caso, ficam dependentes' dã
oymesiao por qualquer oútra circumstancia; que Ihes seja iresoróção do aggavo, s e tiverem estreita relação com elle,
imputavel, demorarem os~processos,e bem assim OS qn-: é forem sua sequencia'necessaría. I
tadores que contarem de mais, reconhecidós os-factos,. po-
derãò-'ser-snspensos por tempo não superior a tres mezes, "r Os aggravos~dapfifíçzfi '^fimo effeito suspeizJlCv0:- L0 ;
Qnando se aggrava de injusta pronuncia -art. 9 9 6 . 9 4."
e demittidos nos casos de reincidencia~. .da Nov; Ref. ;-2
? ando-se interpõe do despaclio qlíe
y d e n a o julgamen o em policia correccional, excepto se ó
Suiz intender que este recurso sb tem por fim o retarda-
menb du procRsso-aU,O do dec. n." 1 de 15 set.
1892, e ja antes o artr2.0 da lei de- 1 4 juiho 1849; -3 . O
Casos geraes dos diversos í~curms - 8 p v a do despacho que denega ou não-admitte
~.cçursode revista, interposto 'do despacho que mair&
soltar o accusado absolvido pelo jury nos casos do 'Gt.
.- Aggravos -Duas espeeies de aggcavos sã0 admiotidas 1:163." da Nov. Ref. Jud. - unico do art. 9 P da lei n.O
ffo,praeesso criminal: -no aeúo do processo e d e peli@or .% de.-49 dez. 1843, (vid. nota ao art. 47.O do dec. q.O- 1
Em virtude dJ-arI. 23." do dec. n." 1 de 45 s~.t.S!!;f 'ae 15-set. 1892); - 4cQuando se aggrava do despacho
o aggravo no- auto do processo s6 tem logar no casu do ' ou aewrdáo q u e negou a revista - art. 9." da lei ia4 de
art. 4:OOg.O do Cod. do Proc. Cia-, que diz - «Compete 19-- dez. i 8 i 3 ; - 5." Quando se aggrava do despacho qiie
aggravo no auto do processo do despacho que receber o _ ~

m m d a archivar ó processo' (vid. nota ao art. 28." d v &c..


recurso de appeilaçáo, e declarar os ~w:lli~iioso.:Esta, n." 1 de 15 set.1892 nas disposições geram aos Recesrsm,.
mesma doutrina encontrava-se já no art. I:G:? da Nav; sap. V, 5 I.")
Ref. Jud.; com- quanto estendesse Lambem este recurso a ,- Em todos os mais casos o aggravo de petição interposto
todos,os casos em,que se tratasse de despaches acerca te& &mente-o etfeit v0 . -
de ordenar o processo, quandc alguma lei fora offendida, Dos accordãos das ilelações ou dos juizes de 12 instancja
que denegam ou não admittem o recurso de revista pa-
todos os-despachos com o Sup. Trib. de Just., cabe o recurso de aggravo de petição
que-alguma lei foi offendida, e dos quaes não 8 licib ap- para este mesmo tribunal, ou ainda a carta testemu~havel,
pellar-se, como se- deprehende da combinação dos artt., ,@do se impeça a interposição d'este recursa- artt, 4.O;-
1:191." e 674." da Nov.. Ref. Jud., e ainda dogrt. 4:MH.O - 2 . O e &.'da lei n.' 2 de 19dez. 1853, e art. %',da I&&
L&OA,Cad;. do Proc. Civ. 41 julho -18%9.Os aggravos assim interpostos, e as- c-
O agravo d e petição pbde ter os effeitos m ~ e n s i v oe de- -Eesestemunhaveis para o Sup. Trib. de Just. têm os mesmos
vozutivo, ou si, o dC.001lulÊtlo. -6:lifeito~que a ljnterposição das rèvistas-art. 9." lei,
Tem os-èffeitos~11sy,ePlsEuo e-devalùtivo, quando, interpost& $.O 2 de t9 den 1883;
faz'qssar a continuação de todos os mais termos do pro;. - ' App%U%ção -Cabe para a Re~açãodas sentenç;is &aes,
c ~ s o ,e fi"este easo in-rpõese nos proprios autos, nòs ,aloferidas em I.a'insta~cia, quando ao crime, contravenção-
quaes deve subir ao tribunal superior, seguindo-se os ter- - QBtransg~essãocorresponder alguma pena superior á alçada-
mós'dos arttie-1:- segumtes do Cod. do Proc, do juiz que as proferiu-artt. 83." e 4:185.' da Nov. .&L
Civ. na parte agplicaveL _ Jud. s art. 5.O e § unico do -dec. n.'2 de 29 março i89O.
Teeo effejto deuo6utzco sbmenie, -e interpõe-se em se+-' A appellação A sempre suspensioa - art. 4 :188.%--da_ Not;
rado dos autos e n'um proèesso proprio, nos termos Ref.
$r$ 4:044.0e seguintes do Cod. do Proc. Civ. na par*
OWm. Pùbl. deve appeliar sempre para aBelação?quando r Z b s o de revista, porque eiitio deve interpbr-se o de
as_sente'nças,~sendo condematqias, nSo forem coíiformes a~ =tgpvode petição, on mesmo a~cartates&munhavel, quando
direito, ou forem Injustas, como dizem Castro Neto na sua sáe seja negado, como se vê dò art. 1:192.O da Kov. Ref.,
nota .ao $ unico do art. 1A85.O da Nov. Ref., e o sr. Na: b artt; 4:" e 2.' dá lei n.O %de 19 dez. 1843. Actcalmentè
-varro de Paiva no seu Man. do Min. Publ., verbo Appllqás. híb. sb um caso mico em que a revista possa interpbr-se
Em todo o caso, se aquelle' magistrado não recorrer dentro &recsrrnzenre do juiz de direito, e é quando, por seu'des--
' do_p,raso:legal; a sentença passa em julgado e executa-se, pcbo, manda soltar O S accusados absolvidos pelo jurg-
excepto nos crimes de pena maior, porque então a sentença, -wf,;-i:i63."; mas em tal circirmstancia deve o-Min. Publ.
em quanto não 8 confirmada na Relação, não passa em juiz ter protestado por certa e.determinada ~tullzdadeantes da
gado, porque, em, tal caso, o recùrso e obrigatorio - artt. &cisão do jiiry-art. 9." 5 u n i a da lei n." 2 de 49 dez.
1:185.O ,$ unico, e 4:197.O -da Nov. Ref. Jud. , . 1843, e art. 27." do dec. n O 1 de 15 set. 1892.
Em materia crime não póde haver appellação das Fieia- A-doutrina do art. 1:192."a Nov. Ref. acha-se modili-
çTes para o Sup. Trib. de Just., mas sb o rèeurso.de;re- .cada,
, em consequencia do art. i.', § 1.O, dodec. ao.% de
vista em virtude -da indole d'este tribunal, que sO exce- 29 mar@ de 1890, e bem assim em virtude do disposto no
:pcioealmente se considera instancia, não se occupando, em art: 3." da-lei de 44 de. junho de 1884. -
ge,ral, dà materia de provas, e apenas das formalidades do Duas são ascausas ,por-que pode requerer-se a reozkta'-
processo e dasnullidades da sentenp, e mesmo ainda da saultidqde di, processo ou n u l l i d e de s & ~ a . -- '

apreciação da maneira porque os jnizes de di-ito avalia- E wlio o processo quando houver preteriçáo cl'algu&
ram as provas para se saber se se deu cumprimento.4 -lei, reto qye a lei-fepute essencial, taes são os mencionados -ao
e se se juigou contra direito, como decidiu o Sup. Trib. de alt 4 3 . O da lei de 48 julho 1855 inclaida a incompetencia-
Ast: em acc. de 46 julho 1892 - D . G., n.O 188 de i 8 9 5 do-juizò - art. #:459.O do Cod: do Pmc., e art. 4 . O 5 1."
Nas appellações quando se dè obscuridade ou ambiguidade da lei-n.O i de 49 dez, 1843, e art. 491.O do Coa. Mil. 'de
'nos aeprdãos das Relações, e permittido accordão dcelara- 1846. (Vid. l~cidentes).
torio, reqnerido na praso de 24 horas -art. 74 7.O da Nov. --É tzulla a selatença que julgar directamente o c~ntrarió
. BeT., e art. 1:055.O do Cod. do-Proc. Civ. do que dispõe qualquer lei do ~eino,ou d'ella fizer appli-
Bavista (1)-Tem'logar para o Sup. Trib. de Just. de cação manifestamente errada, ou que tiver algum defeito
&dos os accordãos i~itertocutoriosQU definitivos das Beb: substancial, ou de que resulte nullidade, na conformidade
&es,:excep-pto no caso de negação ou de -não admissão do da' Ord. liv. 3.P, tit. 75, e mais leis do reino.- art. 1.O 5
da I& de 1883 retro citada.
São causas de sullidade de direito criminal Eijdas as i62
írqcçGes da lei substantiva, e portanto a erra& qualifi-
(.I) O nao7.' do art. 2.O Tab. Emol. Jud.de 13maio 1896, dizendo-
cação do crime -art. 48." do Cod. Pen.,-e art. 493;* do
-Nw ageavos crimes (referindo-se ao Sup. Tcib. Just.), qualqu6rque C&.' Mil. de 1896, referido aos n.OS 7.O e 8." do arL'491.O
seja @. mfureaa do ~ o ~ s 34000
s o r é i s ~ póde
, dar motiw a suppôr-se O C d . do Proc.-no art. 1:159.O,.$ Si0, diz quea sentwça
m e para~oSup. Trib. possa interpor-se também aggravo de petição, B nulla por dois motivos: - 1.O verificando-se alguma rias
-e dos casos apontados anteriormente;' mas se attendermos a que
a tabella falla eni geral, e não se occupa dos casos especiaes doure- Qpothesea do art. 1:054.O, isto 6, quando o accordão fôr
cwsas. cabendo isso tão sómente á lei do processo,deve concluir-se lavrado contra o-vencido; ou quando f6r lavrado sem o:
qua não procede o argumento tirado d'aquella disposiqão. Deve no- :*essario vencimento; ou quando não comprehender!ot
'iar-se ainda assim que o maior defeito das leis é náo Serem feitas de 0 qktjecto do recurso; ou quando comprehender mais. do^
mado que s e faça a sua respectiva concordancia antes &a pr6mulga-A 'pné o objecto do recurso; ou quando julgar aIem do pedido,
@o. De-luda isto conclue-se que não lia nada mais desconhecidò que
a lei, com quanto o devesse ser de todos. = N r eque versar o recurso;-2." julgando-se c o n p direito,
ire-
A revista tem géralménte o @feito suspensivo..(Vidl a@a _ ~ B P &o tribunal superior, depois de obtèrem despache,-e@
ao art. 27.O do-dec. neOI de Jb s e t . 1892). rhuerimento; do juiz ori re!ator. (1) - '
Nas causas criminaes as revisias-admittem awordáo-do: M'estes recursos não fica traslado no juizo inferior, por-
claratorio nos temos do art. 7 1 7 . O da luov. Ref. Jud. - p s o seu effeito e suspensivo; mas se houver mais de úm
art. 13," lei n." de 19 dez. 1853. rtSa, cuja-decisão seja exequi-1 com relação a elle, quer-me
parecer gue deve ficar tradado, fazendo-se para isso a-,
átempa@o.

Wrma da interposipão de cada r e c p o - :($Na situação em que ao presente se encontra a nossa legisla-,
$% é difneil responder com toda a consciencia aó ponto da queçtão
e prasos m interposição das ap ellações e revistas crirninaes, se
bem que queira parecer-nos ser ge dez dias o lapso de te o assi---
- Aggmvos -Tanto o- aggravo no auto do ppcesso I m o - -do, como já deixámos explaua* n'nma das n6ias a n t e f g s , po*-
o_de petição são interpostos por termo nos autos, assignlo p e , éonstituindo os recursos um favor da lei, deve este considerar-se
pela parte ou procurador no praso de cinco dias, a con9r estendido quanto possirel no caso de levantamento de duvidas; e
da ititimaçáo do despacho respectivo, com a declaração da; porqqe mesmo, sendo opraso não um ac'to doprocesso, propr-iamegte
d2Q mas um intsrvallo concedido pala o processo se fazer4 os q @ s
lei offendida, com a differença de que o primeiro póde ser se r&lisarem, e nada declarando o dec. nO . i de 15 set. 1892 a tal
dkectainente interposto no cartorio-do escrivão sem depen-~ respeito, parece que deve seguir-se a-doutrina aatéciormente esta-,
dència de despacha, o* casr, d'este funceionario s e hlecida;
recusar a tomal-o é que a parte pode recoyer ao juiz; e Em todo o caço prudentersera não deixar o praso al6m do&'
cinco dias para depois se não ficar sujeito ao arbgrio dos tribunae3.
~r segundo e previamente requerido ao juiz que manda -Nas policias correêcionaes o praso e de 26 horas conforme o ar(.
tomar ó termo, ~ n d ocaso d'isso, e assígna OS effeitcs 4i256.0da Nov. ReL, invocado. pelo unica do art. 1 . O da lei de16
respectivos-artt. 4:008." e $3, l:O1l.O e $5, e 1:0.12L0 jnnfia 1884, ainda em vigor. . .

dosCod. O Proc. Civ. -'-Outra questão.-No requerimento para interposi Tio das q p e l
Das Relações não ha aggravo no auto do processo. Iiigtes e revistas serti necessario apontar-se a lei offen(uda eomp I&
agxrásos? Intendemos que 1130; porque o dec. n.O 1 de 15 set. 1892
: 'O aggwuo de petição deve subir nos proprios autos, B& estabelece a forma que deve seguir-se no acbo da int~posição
quando suspenda o andamento do processo; de contrarto, das ditos recursos, mas somente legisla para os termos do precesso
deve wrrer- em separado, practicando-se em I .a instancia- &q@a de feita a interposi~ão,e portanto para os' casos posteriores*&
assiynatura dos termos respectivos, regulados ainda p e l a l e g i s l a ç ~ ~ ~
quanta se euçontra legislado nos artt. 1:013P a 1:021.O do anterior, pois, dizendo o aia 26." que as appellações .serão proces-
Cod. do Proc. Civ., com a s modificações proprias a esta fadas como os aggi'avos de petição em materja civel, intende-se &as
especie de aggravos. .
=. appellações já niterposlh, e não das qne hão de interpor-se, e c e r t o
0s aggravos das Relgões para o Sup. Trib. de Júsi: que aãa ha appellaçãa sem o termo assignado. Além d'isto, se outra
ms55-e a interpretação da lei, no caso de haver recurso obrigatorio do.
devem- ser processados nos termos dos artt. 1:133.O a , %R. Piibl, que lei deveria este aponiar como Mendida, quando a c o n y
1:141.0 do mesmo Codigo. @aç% das Relações representa, em geral, n'esta hypóthese, tão
- Appellegões e revista,s-Em cortr-eqisncia do art. 26." wmente uma como homoIogação das sentenças dos juizes de direite?-
do dec. n.O 1 de I5 set. 1892, eomlírnado com o art. 40.' De 01s. sendu as appeliaçãcs respeitanteo a direito ou com relaçào
&os, que artigo de lei4evia invocar-se na apreoin@o da prova,
do dec: 29 julbo 1886 que fixa o praso das revistas cireis,' $umdo o.juiz falhasse? Nos aggravos eomprehende-se, porque s6
e com o art. 68í.O 2.O da Eov. Ref., estes recursos ;? tracta de lei; nas appellaqões, não.
devem ser- processados como os aggravos de p e t i ~ kem Não sendo, porem, liquida tamhem esta questão em vi* dos ter;
i: >S ambiguos e pouco explicitos do dec. de 1.3 set, bom será que os
materia-civel; e portanto as partes~reeprrentesdevem, no &.correntesapontem uma lei qualquer, ainda que mais não
praso de dez dias,~fazer, por termo, a sua interposição 15eraquella que o juiz indica para fundamenfo da decisão. - :
Jnlgamenta dos recurses Bisposições especiáes a cada especie.de processo
còm respeito a resnrsos
Os recursos criminaes devem. ser julgados todos do
mesmo nodo,-como resulta da-comparação dos'artt. 23.O A - Woeessq ordinario de y m l a -Do 'despacho de
e 26.O do-dec. n.O 1 de 15 set. 1892 com o art. 1:178." praauncia póde haver diversos aggravos para a Relaç?~::
do &od. do -Proc, Civ., pois 'que em todos se deve seguir 1."Aggavo de petição por injosta pronuncia, auctoííqdo
a mesmo processo ammmodado aos aggravos de- pêth$Ior, gelu art. -i1." da lei f8 julho 1855, e pelo 5 1.O do wt. A-

Por consequencia todos devem ser julgados em eonfe- w O


. da N O ~Ref.
. k d . , com effeito suspensivo, no:praso
rencia por tres'votos conformes, nada impqrbndtv que os- de cinco dias. N'este aggraao tracta-se da existencia do
r e c ~ i s o svão ou não-minutados, como resulta: de art. 7." facto e da sua criminalidade -art. 996.O 5 2.' da Nov: Ref.
do dec. .n.O 2 de 15 set. 1892, visto que os tribunaes .M. ; e. portante da justiça da indiciação e da respansa-
obrigaçãode conhecer dos recursos interpostos.'Se. porèm,: bilidade do pronunciado. A sua interposição pbde fazer-se -
os igcor-rentes usa-mm do direito de minstarem na instancia s m o pronunciado estar preso, e 'seni o despacho lhe ter
inferior um recurso de revista, têm obrigaç% de se can-- sido intimado, como s deduz do n."." do-art.. 13.Tda > .

formar 6om o 5 2.O do art. 1:16.8.O do God. do Proc. Civ., lei de 18 julho 4855.
aiifs q Sup. Tríb. $ir, conhece do recurso, como este de- :.%.O Aggravo % petição com fundamento do facb impn-
\eídiu em seu aceordáo de 27 agosto 1895 no processo eiuel ,tiado- não spr crime nem prohibido por-lei. Belo art. 99B.s
.n.O 26:321, em que .era recorrente a Fazenda Nacional, e ,dã Pu'ov. Ref. Jud. e 3 unico cto art. 14.' da lei de 38 julho
recorrido Guilherme Graham. 18iSl5 podia interpor-se n o praso de tres dias; ~ t u a h n e n t a
Pelo art:808." da Nov. Ref. as revistas crimes não -po- gw~hm,parece-me que o pbde sert-no praso de cinco di-
diam ser julgadas por menos de cinco juizes, tendo posto w vista do art. 23.O do dec. n . O 4 de I 5 set. 1892..
o visto no processo sete, decidindo-se, a causa pela pinra- -:'3.O Aggra~ode petiçáo com o fundameato de direito a
.@ade absoluta. Em seguida veio a lei n." 1 de 19 dei.^ fiança, -ou de arbitramento exagerado, ou deidoneidade dou.
1843 que no art. 4." exigia a conformidade de sete votos, -, fiadores. N'esfes recursos t&m os tribunaes obrigação de
- s h d o moaifitada depois pelo art. 47." da-lei de 18 juYhcí cbnhecer não sb do. objecto do recurso, mas ainda de idas
14355 que apenas exigiu essa conformidade de votac.ão em- a s nullidades do processo, e da existencia do facto e clas-
clnco. juizes. Actualmente o art. 26:O'do dec. n.O 1 d$ 15 3iflcaq"a do crime; mas não da prova da indiciação, porque
sèt., determiqando que as'revistas se processassem como no,da injusta pronuncia B que os juizeç. devem conhger
os aggravos de petição, parece ter reduzido o namero a
Qes voto$ conformes, que tantos são os-exigidos no jiilga-' L
d'áquelia em especial, com quanto possam e devam conhecer
da existencia e c1assificac;ão do crime, sua eonseq-neia.
_
m~todos aggravos de petição nas Relações. . - {Vi.art. 6." da lei de 45 abril 1886 sobre fianqas, e artt.
D4!3.O, 928.' e 996.O 5 2.O da Nov. Ref. Jud.) j .

0 aggravo de injusta pronuncia è geral, e n'elle cónhece-se


de todos os ponlos de direito.,e de facto; o aggrava sobre
&.ça e relativo a esta, estendendo-se a alguns Contos de
direib. por- excepção. Deve interflr-se no praso d è c i n c ~
pag, . ,
410 Ág&avo & petição com- o fundamento de Iiave~ do. a jurisprudekial do Sup: Tríit. d é ~mt.pá@
,próva para indiciação, ou do facto ser grohibidó e qu?,- &e recorrer-sè de revista do accordão ãcerca do despa&o:
lificado crime por lei - ait. 996.0 da Nov. Reg: Jud. qge manda responder o reo em processo de policia korrec-
Quando a Relaçb nãó provejá algum d'estes aggravos .eios&, pois no aec. de 20 agosto 1895 se estabelece aJe;~
póde intèrpbr-se o recurso de revista para o w p . Trib. de guinte doutrina -'uAceordam os do conselho no Suprem6
Just. no praso de dez dias, como ja se disse. .
, . .
Tribunai.de Justiça: que náo conhecem do recurso inkrposto
=B-Processo cwrecciond -Applicando o dec. n . O 2 d& -&aèeòrdão a fl. 1:030, porquanto nos processos de poliia
29 marco .i890 a esta especie de processo tudo qüanto-v cpveccional só se pode recorrer de refiista das decisões
se encontra-legislado na Nov. Ref. Jud*, como lei geral, I@ . fiaaes havenclo incompetenci-a ou excesso de jurisdicgto'ou-
B ,ipplicat7el, e bem -assim o que dissemos no tocante ao - :sentença condemnatoria, segundo dispõe -a Noy. Ref. -.lu&,
processo oidinario de querela cmn as modificações inse.rttá r
art.,1;262P, e o art. 3.O da lei de 14 dè junho de 1884,
no á e c r e t ~refprido e nas leis posteriores gsraes, as q u a e - lo q u e Se não dá n'este processo, visto que s6 se ryòfreu
jã foram devidamente annotadas nos logares competentes. (-4) rfo des-pachoque assignou dia para o julgamento; nas custas
C -Processo de policiu coweecional -Do despaclio que '
o r d j a r o julgamento em policia cofreccicmal cabe aggravo .
d e petição, coni o fundamento de não ser c~iminosoo '.
-
.& rècurso condemnam o recorrente. Lisboa, 20 de agosto.
de 1895..(aa) -Pereira - Garciá de Miranda Abra~cbes
.- Fui presente, S. Pinton. -IIm. de Dif-., n.O 2, 2 . O amo, :
facto, .e, .com egeito suspensivo, podendo Mavia o jtiiiz-.
mandar tomal-o em separado, se intender que elle tem por . . MOse tenda renunciado ao recurso, e cabe& na a@da
do juiz'a pena applicavel, pode appellar-se para a Relaçãò;
fim simplesmente o retardamento cio processo -art; i?,"- da seütenp proferida em 1.+ instancia, como se deduz &Q"
do deè. n.' 1 de I 5 set. 1892. (2) art;1.O, 8 4 . 4 e ar& €Lodo dec. n.O 2 d e B w r ç o j 8 9 0 .
, .Como os juizes municipaes não têm alçada crime, @&?se
recorrer sempre para a Relação qualquer que seja a &a
'este sentido'decidiu o Sup.Trib. de Just. em seu a.cc.~de86 inod. 4.&da lei de 7 agosto 1890.
-
applicavel ao crime ou contravenção art. LO;-$ m i m ,
' --
-1&!?8!&, sujos fundamentos são : ; ' Sobre materia de appellação em policia correccional deqem-
-Considerando que a interposipão do recurso de âppellqãB ter-se em' yista as disposifles dalei de 28 junho Iti84,,que ,
-8entro das 16 horas seguintes á public~çãoda sentença, -s ter.ms.
do art. 1:16." da Novi Hef Jnd., é applicave1aos processos de polh3s &%no art. @.O confirmadu pelo art. 1.O, $ 1. O , do dw. nO . %

carrecciond e não aos rocessos correccionaes, embora os rectirsas, 9 d e 3 8 março 1890: uDa sentença condemnatoria, profe-
-sejam processados e jt&gados como os aggravos de pel,p%oem ms- @da e-m processo c o r ~ c i o n a l ,ha sempp recurso c6m-ef:
teria civel, na rorma do disposto no afi. 1.0 e 5 unico da carta de &i-
3é. 46 dejunho de-1884; 'leito suspengivo atk aosupremo Tribunal de Justi;a,.quiin& r
Considerando-que para os processos correccionaes regulam os.
- prasos estabelecidos na citada reforma, sem embargo do. dispósto no,
,,a pena applicada (1) ao crime exceder a alçada dojaiz,, a,
art. 3." do dec. n.%4de 29 de março de 1890, pois que este artigo só
se refere a fórma porque os processos correccionaes devem.s'er pra-
cessados e julgados, e não quanto aos recursos, a que são applia-
eis as disposições geraes da mesma reforma, copfome o preceito,
'do 3 i9.0,d'aquelle artigo, em tudo o que não fôr contprio ao dírd- F r ç o 1890 e, estabelecendo outra douwina, dispôz no api. 2.0-
qSto nos 5s antecedentes...- Proc. neO16:612 -D. G., n? %?de1897. .Fica mg% o art. 8.0.da lei de 15 de abril de 18869. I-
- d6nat~foipromulgado o dee. n." i de 15 set 1892 que, modifle@o
(8) A lei de-% abril 1886 estatuia no art. 8.0- &os prwessos
eorreccianaes, se o réo intender qae o facto imputado não é prohi- Btei de I5 abril, e quebr-ando o rigorismo do dec. de 49 m-@,-@ou
bido nem-qualificado crime por lei, pode interpor aggravo com e& agontrina sue-se 16 no texto a que se refere esta nota. ,
f@i@suspensivo, do despacho que o mandar responder em*jiiizoa. (1) a p?!oii. de r julho' 188i, explicando a palavia appt&a*la que
-Em seguida a ,esta disposição appareceu o dec. a.*2 de 2 9 . 16 na lei de 16 jmho 1884, declara que tal expressão se refere á
.se
pesa appiicada pela 4eiao crime, e não á pena imposta pelo Inlgador.
n5o se tiver prescindido do recurso no principio do julga- ~ -

mento. 'CAPITULO VI
g 1." O j" poderi todavia exigir do r& appellank
fiança, que nunca será arbitrada em quantia superior a
Con~BioaçBessob@- reineidemias de crimes aocnmnladãs
-8MOOQreis, sem o que - -poderá -ó réa ser detido em cus- Qf
todias.
-.Ti antes do dec. n.O 1 de 15 set. i892 dizia a lei d& A lei R," 3 de 21 abril i892 (1) dispõe como se sepae;
16 junho 1884: . - a Art. 1 -Poderá ser entregue a disposição do governo,
-
r Art. i.O Os recursos das sentenças proferidas pelos .g frarrsportado para as possessões ultramariaas, onde sepra-
juizes de direito, ou dos accordáos das Relações, em pro- uideneiará de modo a fornecer-lhe trabalho livre, aquelle .
cesso de policia correccional, serão processados e julgados - p e , sendo maior de dézoito annos, e não tenha ginda com-
como os aggravos de petição em materia clvel. (1) pletado sessenta, incorrer, por crimes, nas condemnações
g unieo. A interposição do recurso será porém regulada indicadas em alpum dos numeros seguintes:
pelo disposto no art. i:256.O da Novissima Reforma Judi- 4.' Tres condemnações em penas maiores;
ciaria p. - 2: Duas-cOndemnaçi5es em pena maior e duas em pfisáo
-Diz esta no art. i:256."- aA appellação ser6 inter- 'correccional;
posta em audiencia ou fora d'ella, dentro das % hqrasi se- 3." Uma condemnação em pena maior e quatro em prisão
guintes á publicação da sentença, por termo lavrado pelo eorreccional;
ese~ivão,e assignaclo pela parte, ou seu procurador^. 4.0 Seis condemnações em prisão correeoional.
As disposições d'esla lei ainda estão em vigor como se '
.Art. 2.O- Computar-se-hão para os effeitos d o artigo
deduz dos fundamentos do acc. do Sup. Trib. de Just. de ,antecedente a s condemna~õesproferidas por trihnaes mi-
26 out. 1894, transcriptos na nota de pag. 156. fi6ares sobre crimes commuqs, e aquelles sobro que -ver
recahido comutação- on houver prescripção. > ,

Art. 3."-Tambem serão computadas para os efféitos


do .art. i." as condemnações anteriores á promulgação
(1) O iUustre jurisconsulto sr. dr. Dias Ferreira, annotando o art: .@esta lei, mas, qualquer que seja o seu numero e .natu-
675.0 da Nov. Ref. Jud., diz a pag. i83 que em materia crime cabe pza, s6, quando occorrer nova condemnação ~as'condiçóes
aggravo-de peti o dos aceordãos de- 8.' instancia @e wcahirem
sobre sentenças em processos de policia coneccional, e cita a prescriptas, poderá ser applicado o disposto n'aquelle artigo:.
leide 16 junho 18%. Art. 4."-As condemnaçGes impostas aos menores de :
0ra;anaipando esta lei, não v&mosque all se admiua tal ag- d~zoitóannos serão compiitádas p,ara os effeitos do arti 4."
gravo, pois n'ella apenas se diz que os recursos são rocessados e ;@esta lei, quando, depois de completarem aquelia idade,
lulgadou comu os aggravos de petição em materia civ3, o que não O
a mesma cois;r. Comnosco concorda-adoutrina do Snp. Trib. de Just' -.
-eommetterem outro ou outros crimes, e por eiles-forem
plgados e condemnados.
- rtst. 5.O -As condemnações por crimes politicos, bem
&o pelos crimes previstos e punidos pelos artt. i69P,
368p, 369.O, 407.", 4i0.', 41L0, élgaO,420.O e secção 9.a

(i)Elata lei ainda oão foi posta em vigor ao nltmnu:


&I. cáp. X0do Codiio Penal, serão s e i p r e eaciu&i .&i- Sdo e* a pena de prisão até dois annos, que ha de eumprir
o s effeitos da presente lei. na m e s q provincia, para a qual será remettido, se f8r
-Ar$: 6.O -As djiposiç'5es d'esta lei não poderá!, s e r ap- c6ndernnado fòra d'ella. -
ilicadas sem que na ultima sentença aoridemnatoria o:juiz Art. 13.O-Passados tres annos, contados desde a sua
deela- que o réo depois de cumprida a pena, fica á dis- chegada a possessão ultramarina para onde fôr transpor-
posição -do governo para lhe dar o destino converriente, e &do, poderá aquelle, a quem fôr applicada a presente lei,
~ r este & fim p6de a parte aceusadoray e deve oMiisteri6 requerer perante o juiz da comarca onde residir, a sna
Publico instruir o processo com osnecessarios documentos, completa liberdade, justificando com audiencia contradi-
:- .Aft, 7.O- Aquelle a quem fbr apptieada a - presente l@ mria do Ministerio Publico o seu bom comportamento, e
g o w a do exercicio dos direitos civis con~pativeiscom a. quando a mesma lei haja de ser applicada mais d'uma vee
-sua: situâção. ao mesmo individuo, ou nos casos dos n.O".O, i?.*e 3:
Art. 8.0-~ambern lhe sera livre agenciar trabalho ou do art. i.",sera o referido praso elevado a 'seis annos.
émprego hõnesto, que lhe dê mais vantagens do. que qual- $ unia. A justificação e gratuita.
.quer que pela auctoridade competente lhe fôr offereciCTo, e,- Art. 14.O -As despesas de regresso d'aquelle a quem
a'este caso, não gosando dos beneficias do artigo s e p i n t e , @r applicada a presente lei, nunca serão feitas i custa do
só estari obrigado a declarar perante a auctoridade admi- estado.
nistrativa a sua residencia e o trabalho e p que se-emprega. Art. I5.O-Será punido com a pena de prisão maior
Art. 9.O -0 governo provera a alimentação daquelle a-- celiular por oito annos, seguida de degredo por vinte amos,
quem f& applicada a presente lei em quanto lhe qão -de-. com prisão no logar do degredo até dois annos, ou sem
@minar trabalho, de cuja remuneração possa tirar meios- elka, conforme parecer ao juiz, ou, em alternativa, eom
de subsistencia, s a l ~ otendo elle recursos proprios para a - pena fixa de degredo por vinte annos com prisão no lagar
alcançar. -. do degredo por oito a &@annos, aquelle que empregafTa
Art. .lQ.O-Aquèlle que fbr fitregue 6 'dispòsição do
'
~rynamite,a melanite, ou outras substancias d a analogos
governo, em virtude do dispostu no art. 266.O do Codigo i@eibs exp1osivos, com o fim criminoso de destruir pessoas
Pènd, e não osa ar do beneficio concedido no ar$. 267.0, !w edificíos, ou commetter, por meio d'estas substancias,
poder8jgualm~nteser transportado para qualquer- das pos- deni dos crimes previstos e punidos no livro 2.O, tit. ã.O,
w@esultramarinas~,nos termos d'esta lei. eap. 4.O, secção i V ae secção 2." do Codigo Penal. (1)
$.miCD. Aquelle a quem fòr applicada a disposição-dleste Art. i 6 . O -Fica revogada, etc.8.
artigo, pode* solicitar do governo que o mande transportar .
para determinada localidade nas possessões ultamarinas,
semostrar que, por cir$umstancias especiaes e que só a :

-eIle.se referem, @de nhquella lacalidade -mais facilmente


zi!cançar meios de subsistencia.
+rt.-442 - A remoção para as povincias nltramai-inas,
em virtude da presente lei, ficara sempre dependente de,
exame prévio.&a saude e robustez dos individuos entregues-,
-'
(1). O processo a seguir nos crimes d'esta ordem acha-se indicado
:a ler de 13 fev. 1896, a qual se encontra na Parte especial desta
.&a no capitulo Vil que se occupa do processo por amrchismo; mas
tempo de guerra deve seguir-se o processo militar, sendo eom-
p&ntes os 4ribunaes militares para o pmirem, como se dedw do
0 40 art. 344.0 do Cod. Mil. de i896.
11.9 L
ii @sp~siçãodo governo. .
Art. - AqileJle que, sem consentimento 'da auctori- '
dade admiuislratixa do 'local onde- estiver residindo, se
ausentar da provincia para aqde ?r transportado, ou re-
çmar absolutamente toda a especie de trabalho, ser&g~
li,
;a~eIfgr a do n . O 4 . O do art.-3Y4.ò do Codigo ~ e n d e
; os
@são de um a dois,.annos e qaatro mezes de multa, se- a
gena applicavel fôr a do a.O 2.O; com prisão de deis a tres
Ceademsa@S8s s&re simples reincidenoias, e nos orimes de vadia-' arreios e nove mezes de multa, se a pena applicavel fòr a
gem, mendicidade, viver á ensta .de prostitutas, e impsigão Be
trabalho obrigatorio oor~eecional ,-
> n.O 3.2 e com a de prisáo cellular não inferior a quatro
a p o s , on na alternativa com a de degredo corrèspondente
e em multa por dois annos, em qualquer dos casos, se a
pena applicavei fôr a do n." 4.O
A lei n." 2 de 3 abril 1896, (I) regulando as materi* 3 unico. A tebtativa de furto sera sempre pn*, e
acima mencionadas, dispõe como se segue: p m d o ao furto corresponder pena correccional, serã appii-
x h t . 1.O -A pena de prisão correccional, quand@tenha =da a tentativa a pena que caberia ao crime eonsummado,
de.ser applicada em caso de reincldencia, poder! elevar-se. se n'ella tivessem intervindo circumstancías a t t e n ~ t é s .
até tres annos, mantendo-se, todavia, a respectiva fbrma de. .- Art. 4.0-Aquelle que mandar-ou consentir que üma
processo. pessoa menor de quatorze annos, que esteja sób a SIM
Art. 2.O =No m o de primeira e segunda reincidencia, auctoridade paternal ou tutelar, ou confiada a sua educapio,
.sera alreferida pena applicada, em conformidade c o a o direcçáo, guarda ou vigilancia, se dê habitualmente 5 me*
disposto no n.' 5.O do art. 100.' do%odigo Penal, relativa- dicidade, ou que outra pessoa a contracte ou tome a seu
rnentea pena de prisão maior temporaria. (2) serviço para o effeito de mendigar, incorrerh na pena de
3 4.O No caso de ierceira ou mais reincidencias, o ma- prisão correccional até seis mezes e multa correspondente.
ximo da pena applicav'el ao crime ser&progressivamente 5 4.O Na mesma pena incorrera, ainda que a modici-
aggravado ate ao limite de duragão b a d a no artigo ante- dade seja exercida sob a simulação de%enda de artigos da
rior. wmrnercio, de bilhetes ou cautelas de loterias, ou da pres-
3 8.O Se fôr appIicave1 cumulativamente a pena de multa, tação d'outros serviços similhautes. *
dwer&esta mresponder sempre ao tempo de duração da g 2.O A dispmiçáo d'este artigo são applicaveis as excé-
pena de prisão correccional, .não podendo, todavia, sendo pçWs .consiguadas na parte final do art. 264." do Codigo
a &ta fixa, exceder o maximo marcado na lei, Penal.
Xd. 3 . L - A primeira reincidencia no crime de furto Art. 5 . O - Aquelle que, sendo apto para ganhar %'sua
- ser&punida com a pena de prisão correccional de seis vida pelo trabalho, fôr coovencido de viver a expensis de
mezes a um anno e dois mezes de multa, se a pena appti- mulheres prostitutas, ser4 considerado e punido como vadio,
.gos termo$ do art. 251.O do Codigo Penal.
Art. 6.O-A fiança de que trata o art. 257.O do mesate
Codigo não ser8 admissivel no caso de reincidencia em
(i) Esta lei confirmou o dec. dicL de 15 dez. 1894, não tendo ainda crime de vadiagem, ou em crimes a que corresponda a
vi& no ulhamar-
- . (2) D
i -
z o rt0 6.O do art. iOOP aSe a pena fôr a de pi'isáo ruáior msma pena.
temporaria, ou a de degredwtemporario, a condemnqão nunca sera Art. 7 . O -Aquelle que, ~.
sendo maior de dezoito annos (I)
abaixo de dois berços da pena pela pdmeira rreincideneia, e será ap- - ,

plicado o maximo da pena pela segunda,.


-A pèna de gyisão maior deve ser 'substituida nas'se~ten~as p&
d6 iIn.;i.edo aggravado, conforme o art. 61.0, g 3.9 do Pen., come
i:lanl
(1) Os menores -de quatorze amos sendo vadios, ou estando nas
deci~liiio Sup. Trib. de Just. em %e. de 30 abril i~!~:;.
&vl &$ DibbJn." 365 do 16:" amo.
inser@na
-r gndições do arL 59.0 do Cod. Pen., podem ser enviados pelo governo
@a8 escóla agrieoIa.de Villa Fernando nos t e m do regulanie~to~
gkxd prcvisorio approvado por de%,de 1 agosm $896. , -
e vilido- para o trabalho, fór condemnado pelo crime de va- .
diagem, de mendicidade, ou pelo facto incriminado pela,
disposição do art. 5.O d'esta lei, podera, pela sentença, ser
posto i disposição do governo, em seguida ao cumprimento
da geria, para os effeitos do a r t 1 0 . O da lei de 21 de abril
de 1893, ou para ser internado e compellido a trabalhar
n'algum asylo ou deposito de mendicidade pelo periodo de . A lei cte 8 julho 1893 (i) sobre liberdade condicional
dois a cinco annos, quando haja estabelecimentos publicas, aispóe :
adequados aquelIe effeito. a Art. 4.O- Aos condemnados em penas maiores qae ti- .
$ .unico. O governo podera, todavia, determinar a sahida verem cumprido, sob o regimen penitenciario, duas terças
antes de terminar o praso marcado, se houver fundamento partes das penas, poderá ser provisoriamente concedida a
justificativo de tal resolução. k@erdadeem determinadas condições, quando 3e presuma
Art. 8 . O -Na puni~ão.dos crimes a que se referem os @e estão corrigidos e emendados.
artt. 3.O, 4." e 5.' da presente lei, a pena de prisão cor- gunico. Sera revogada a concessão da liberdade, quando
reccional nunca pdde ser substituida pela de desterró. os c~ndemnadosinfrinjam as regras e condições que Iàes
Art. 9." -A pena de prisão correecional obriga o con- forem impostas, e quando tenham mau procedimento.
demado-a trabalho cdnforme as suas disposiçóes e aptidão; Art. 2." - Considerar-se-ha cumprida e extincta a pena,
ainda que não seja cuhprida sob o regimen penitenciario. 'qgando termine o periodo da liberdade condicional.
unrco. O producto do trabalho pertencera integralmente 8 nníco. No caso, porem, de ser revogada a concessão,
aa prego, quando este pagar a despesa feita na cadeia com o tempo decorrido no goso d'aquella liberdade não sg conta
~asua sustentação, 86 quando se sustentar a sua custa. Se o para a sxtincção da peiiâ, a quat tem %e proseguir atè ser
preso, porem, não estiver n'este caso, observar-se-ha o integralmente cumprida.
disposto no art. 36.O da'lei 4 de julho de 4867. (1) Art. 3.0-Em caso urgente e de reconhecido interesse
Art. 40.'-As associações protectoras dos condemnados, pblim, os coademnados, no goso de liberdade condicional,
kgalmente constitnidas, poderão, sob' sua respoasabilidade pndar3o ser capturados por ordem dos agentes do Minis-
e na fdma dos respectivos estatutos, administrar 9 fmdo terio Publico ou das auctoridades policiaes da terra do do-
de reserva dos condemnados, quando estes obtenham aucto-- nzicilio que ihes f6r fixado, devendo ser immediatamente
risação do governo para Ih'o confiarem, e se sujeitem ás participada aos síiperiores hierarchicos a captura e os mo-
clausnlas e regras para esse fim estabelecidas nos estatutos. tivos que a justifiquem.
Art. 11.O- E o governo auctorisado a decretar as pro- . 5 unieo. Se fôr em seguida revogada a mncessão da li-
videncias que sejam necessarias para regular o trabalho berdade condicional, o s effeitos d'este acto contam-se desde
das prisões B. a realisação da captura.

(1) Diz o art. 36.O citado :-.Para o preso, que não estiver n~ ( i ) A lei de 6 julho 1893 é tambeni applicavel aos militares coa:
mo do artigo antecedente, 6 obrigatorio o trabalho, e o seu. roducto dmnaàos a presidi0 nas circumstancias em que o é aos eondempados
seri dindido em duas partes iguaes, uma para as despesas B~ca3eía 'pelos tribunaes ordinariós a penas maiores, nos termos dosartt. 1.9'
e outra para o preson. %Oj e k.", conzpetindo a allribui@o do art. 6.0 ao Ministene da
l%eíra, que concederá a liberdade provisoria sobre proposta ds eom-
iiiaüdsnte dopdepositodiscipliiiar, se, depois dos condemnados terem
1.iirnprido dois terços da pena, pracbicarem qualquer acto de valor ou
@Ti$@digno de apreço-art. 42." 8s
- 4.O e 2." do CodiBbiI. de 18%.
e .sedença devera considerar-se de nenhum effeito; mas,
Art. 4.O-Hão seri applicada a disposição do art. j.*+ ;no caso contrario, a primeira pena serh aceumulada i-&-
d'eata lei aos condemnados que já tenham cumprido pena gunda, sem que todavia se-confundam na execuGão, nem
&e prisão maior cellular, ainda que o crime commettido e haja prejuízo das regras estabelecidas no Codigo Penal
punido anteriormente não fôsse da mesma natureza. para a applieação da pena em caso de reincideneia ou suc-
Art. 5.O - &ão será tambem applicada a disposição do 2cessãode crimes.
art. 1.9 d'esta lei aos condemnados que tenham de cumprir 8 unico; O 'Ministerio Publico, independentemente-de
a~penade degredo, emquanto a sua execução não @r re- qiialquer declaração na segunda sentença, promoserá: a
galada nos termos do art. 60.O do Codigo Penal. execução dapena, euja suspensão caducara.
Art. 6.O-Seri da competencia do Ministerio dos Segocios Art. 10.9 -A suspensão não abrangeri o pagamenti de
da- Justiça conceder e revogar a concessão d& libérdade m t a s , a indernnisação do d m o causado pelo delicto, ou
condicional, em conformidade com o processo que para qualquer restituição a- que o r60 -fâr obrigado.
esse effeito será decretado em regulamento. Art. 11."-A sentença será averbada no registro cri-
Art. 7." -O governo promovera e auxiliará a organisaçã~
~. ,miiial com expressa declaraçãlo de que ficara suspensa. Se
dè associações protectoras doã condemnados. a o decurso do periodo fixado no art. 9.O, o r80 n%oincorrer
- 3 unico. Da quota parte disponivel do producto d&tra- em nova -condemnação, nos certificados do registro que
balbo dos presos que toca a o estado por virtade do art. 'forem -queridos, não se fara referencia ao processo. No
23.O da lei de 1 de julho de 1867, podera o governo de- m o contrario, o avérbamento da sentença ser& definitivo
dmir a parte que julgar-conveniente para subsidiar aqueilas para todos os effeitos.
associações. Art. 42."-E o governo auctorisado a decretar q regu-;
Art. 8 . O - Os tribunaes communs, que proferirem sen-, @ento'necessario para a execução da presente lei3 . .
tenças condemnatoftas em que seja im~ostapena de prisão (Esta'lei foi explicada pela port. do Min. d a Just. de %9!
.correceional, quer simples, quer aggravada com multa; julho 4893 emquanto não veio o regulamento seguinte)
tendo ponderado as circumslancias do delicto e o compor- . -Decreto regulamentar da lei anterior, sanccionado em'
tamento moral do delinquente, poderão declarar suspeusa 46 novI 4893. - ~

a exee,uçáo da pena, quando se reconheça que o réo não aArt. 1 -A liberdade provisoria e condicional s8 p0de
.O
sotrrera ainda alguma condemna~ãapor qualquer crime. ser concedida aos condemnados e q penas maiores 'que
g i." Serão expressos na sentença òs motivos d$ sus- tenham cumprido, sob o regimen penitenciario, duas terças
peUsão da pena. @artes da pena, quando se presuma que -estão corrigidos e
g 2 . O O tempo da suspensão não poderá ser inferior a emendados. -
dois annos, nem superior a cinco, e contar-se-ha desde a Art. 2 . O -'4 liberdade sekh concedida mediante pro@sta.
data da sente~içaem que fbr consignadai (1) .feita ao Ministerio dos Negocios de Justiça pelos directores
Art. 9."-Se decorrer o tempo da siispensão da pena, da9 estabelecimentos penaes em que cumprirem sentença
sem o r60 ter incorrido em condemnação por outro cíime, os condemnados, a que seja appticavel a disposição do art.
k." da lei de 6 de julho de 4893, ou a requerimento dos
bteressados.
(1) Alguns juizes do ultramar têm já dado execuqão a este artigo, A& 3.O -As propostas deverão ser iestruidas com cer-
c ó quanlo
~ não veja disposição alguma-queauctorise tal appiicação, . l i %s do corpo de delicto directo e indirecto, dos quesitos
* dão bastando, no meu parecer, a simples pblicação d'esta lei ne Bol., ..i. respostas do jury e da sentença, e s e ~ ã oacompanhadas
n." W de da-Provinciade Mofambique sem ordem expressa do -!.a-informações seguinte :- 1.O Nome, filiação, naturtili-
., Min. da Mar. para que deva ter vigor com respeito as aranlias indi-
~duaesdos presos, "sto que o srt. 183: d? Regim. lust. res- b i de, idade'e estado civil do condemnado; 3." Crime g
tringe tão sómente aos actos do proeesso,vigente no reino- /
êondemnação respectiva; -3." Se a pena já foi modificada. pacha do ministro com prbvil consnlta do conselho gerar
pelo Poder Moderador, e de que fhrma; - 4." Se no pra-- penitenciario. . %

eesso- interveio parte offendida com a indemnisação fixada 5 nnico. Se a resolução fOr favoravel, lavrar-se-ha de-
por sentença, e se j i foi satisfeita ~olantariamenteoii coer- creto, que será publicado.no Diario do Gr?verno.
citivamente;-5.O Costumes e procedimento do condemnado, Art. & - N o decreto deverão ser explicitamente men-
anteriores ao delicto; - 6 . O Se já lhe fora imputado mais cionados os fundamentos da concessão da liberdade provi-
algum crime, de que especie, e o resultado do processo; e as condições geraes e especiaes, cuja inobservancia
-7." Que pmfissão tinha antes de condemnado, e que ~ o d u z k ai perda d'aquella liberdade, e os demais effeitos
profissão tem exercido durante a execução da pena; 8."
De que meios de subsiskncia poderi dispor, quando seja
- prevenientes de ser revogada a concessão.
Art. 9.' -Quando a liberdade provisoria fôr concedida,
posto em liberdade; -9." Exposição desenvolvida e dara o decreto não teri execução, sem que o interessado declare
$s actos e manifestações, que auctorisem a presumpção perante ,duas testemunhas que acceita a c~oncessãocom as
de que esta corrigido;-10.O Indicações das condições ectndicões impostas. Esta declaração devera ser reduzida
especiaes que seja conveniente impôr na concessão da liber- a termo, lavrado na secretaria do respectivo estabelecimento
bade provisoria; penal, onde ficara devidamente averbado.
f unico. Todos os f&ccionarios. publicos-serão obrigaxos Ar-t. 10.0-Aos condemnados que passarem ao goso da
-a satisfazer as informaçnes que Ilies forem pedidas.pa~a'a' b x d a d e provisoria, serão conferidas guias contendo o
execução d'este artigo, 'e serao gratuitas as certitl6es que ame, Íiliação, naturalidade, idade, estado e profissão, na--
forem, m r a o mesmo effeito, requisitadas oficiosamente. @reza do crime e d a pena, a data do decreto, que Ihes
~ r t 4.0
i -Os condemnados que requererem a liberdade concedeu a liberdade provisoria, a data em que poderá4
provimria, apresentarão aos respectivos directores dos es- p a r - a liberdade definitiva, e as condições da concessão,
tabelecimentos penaes as petições instruidas com os dwu- @h geraes como especiaes, o nome da localidade fixada
mentos, a que se refere o artigo precedente. Aqueiles func- pwa a sua residencia, e a profissão que aài vão exercer.
cionarios dar-lbes-hão-seguimento rapido, prestando as 3 1.' Nas guias serão mencionados os Signaes physicos
informações exigidas no mesmo artigo, e as demais que para identificação dos-portadores, e sempre que seja possi-
julguem necessarias ou convenièntes. \reC recorrer-se-ha, para o mesmo effeito?a anthropometria.
- 2.' As guias ficarão registradas na secretaria respe- .
$ unico. Não se darh seguimento algum aos requeri-
mentos dos condemnados que não tenham, pelo menos, -:tiva.
regular .comportamento. -' Art. 4 {.O- Os directorei de estabeleciment6s pebaes
Art. 8.0-Sobre as propostas e requerimentos que res- 11 ir@ conhecimento das guias que passarem aos agentes
peitam a condemnados reelusos na cadeia geral peniteri- 1111 Ministerio Publico, e as aiictoridades administrativas oa
xíaria de -Lisboa, ou n'alguma prisão de regimen identico,. i:olieiaes das terras, em que os condemnados deram residir.
será ouvido o pessoal superior da mesma cadeia, de cujo h r t . 42.'-Logo Que oslibertos cheguem as terras de-
parecer se Lavrara uma acta, juntando-se copia authentica :i@ad.l\s para sua residencia, deverão, dentro de quarenta
as propostas ou requerimentos. ' oito horas, apresentar-se com as guias as auctoridages
i Art. 6.O -Preparados os processos pela fórma indicada, ~ W ~ s t r a t i v aou
s ' policiaes do respectivo zoncelho ou.
serão remettidos ao Ministerio dos Negocios da Justiça,. e ;!sirro, a fim de serem visadas.
d'ahiA procuradoria geral da corUa e fazenda, que emittira .-Ar&;13.O- Estabelecida a residencia, as mesmas aucto-
parecer com urgencia. 'iiades, participarão o factn aos directores .dos estabeleêi-
Art: 7.O- Cumprida a disposição do artigo precedente, i:Wtes penaes, que tenham conferido as guias, e aos agentes
serão. as propostas ou requerimentos resolvidos por des- ri p-Vislsterio Publico das respectivas circumscrípções. -
-
Art: I4.O A mudança de domicrno somente poaem set
auctorisada pelo MMsterio dos Negocíos da Justiça.
:&&s de averiguada e,conhecida a sua veracidade, a con;
m s ã o sera revogada por decreto fiindamentado, que se
$ i:-Os interessados apresenlarão, para aquelleeffei(o;- fiTuiicará no Diario do Governo, tendo por imediato 'effeito
reqwrimento aos director& dos estabelecimedos penses, rt captura dos condemnados e a sua readmissão nos respe-
que lhe darao immedlato segnimento informando se ha S ~ T O Sestabelecimentos penaes, para cumprirem in tegal-
~

Conhecida vantagem para os requerentes, e se não ha p r g @&.e a pena.


juizo para a vigilancia a exercei-sobre o sea procedirnt?Rto,,-. Art. 19.O-0s agentes do Ministerio Publico pÒderáo,
$ 2." Se a auctorisação fòr concedida, seri averbada LIhS .. por iniciativa propria,-fazer as commmi~óesa que se re-
guias e no livro de registro. bre o art. 1 6 . O por intermedio das competentes -procum-
$ 3."-Operando-se a mudança dentro da mesma cireum-. &&as regias ao mesmo Ministerio, devendo ser ouvidos
~ripção,as guias serão apresentadas h respectiva auctori- $abre as que forem feitas pelas auctoridades administra-
dade administrativa ou policial; se fdr auctorisada- para Eivas ou poficiaes.
circumscripç50 diversa, deverão ser observadas as disposi-, -
Art. (20.O-A captura dos eondemnados em liberdade
@es dos artt. i O . O , 1 1 . O e 42." do presente decreto. provisoria poder& ser ordenada ou promovida pelos firnc-
5 4 . O A ausencia por mais de vinte e quatro horas, mas sionarios, a que se refere o artigo precedente, antes de
pão excedente a oito dias, poderá ser permittida pela aucto- ser revogada a concessão,. em caso urgente e de manifesto
ridade administrativa ou policial,-havendo motivo justificado; interesse publico, devendo ser immediatamente participada,
mas, se tiver de iiltrapassar aquelle numero de dias, de- %sim como os motivos que a justificarem.
pende de 'prévia auctorisação do Ministerio dos Nego~ios -,' $ 1." Os capturados permanecerã* até decisão su~erior,
da ~nstiça.. mi compartimento sepárado de outros presos,, sempke q&
-
. -O procedimento d ~ condemnados,
~ r t 15.a s no e;oe %r possivel.
da liberdade pr4i~oriae condicional, dever& ser vigiado . $2." Se não fòr revogada a concessão e mantida a ca-
pelas auctoridades administrativas on policiaes, mas de flura, voltarão i liberdade proviscria, dando-se as neees-
b n e i r a que essa uigilancia se exerça por um modo tutelar,. %irias prowidencias pára se punir qualquer abuso de poder,
protector e benefico, e que auxilie e estimuie. a perseTe- ipe s e haja commettido.
rança dos condemnados -nas boas disposições moraes, que , Art. (21.' -Aos condemnados que cumprirem a pena de
auctorisaram a concessão. hgredo pelo modo preséripto no art. 60." do Codigo Penal, -
Art. I6.' -Tanto os directores dos estabelecigentas pe; '&r&applieaveis as disposições do presente dcsreto wm
qaes, como as amtoridades administrativas, recommendarão 6 s wmplementos e modificações, aconselhados ou exigi&

os Ebertos as associações protectoras dos condemnados, +:?lu regimen que se adoqtar para a execução d'aquelk
ou a outras quaesquer associações ou pessoas, que huma- i'-:aa eKi presidiosoii colonias penaes ultramarinas. ~

nitariamente possam-dar-lhes patrocínio e amparo. :J unico. Se-o degredo fbr complementar da pena de
Art. 1 7 . O -Se os condemnados, abusando da liberdade,. !.:$são maior cellplar, os directores das cadeias-peniteneia
tiverem mio procedimento, dando-se a vadiagem, aos jogos r i&-deverão ser ouvidos sobre as propostas ou requeri-
probibidos, á embriaguez e a dissolução de costumes,? as hin?aãosde degredados que pretendem a concessão da liber-
auctoridades, sob cuja vigilancia estiverem, darão imme- 11::deprovisoria.
diatamente conhecimento do facto aos directores dos esta- Art. 22.O -Aos condemnados reclusos nas cadeias peni-:
belecimentos penáes, que o communicarão ao Minlsterio !!i~!imias, quando se conceder a liberdade provisoria, seráo
dos Negocios da Justiça, e do mesmo modo se procedera ii!$egi~es. os valores e objectos que tiverem em deposf@,
- iio caso de infracção de alguma das coudiçZes da Çoncessá~ os reckmarem, e do respectivo fundo de~reserva,a-que
Art, 18.O -Feita a commuuic~áoao referido Ministerio e: ~ e f e f eo art. <-&"a lei de i d e julho de - 4 8 6 7 , poderão
receber unicamente metade, entregando-se-lhes a r ~ s t o ,
quando &tiverem a liberdade definitiva.
$ nnico. A entrega total do fun8ode reserva far-se-h&
todavia, quando auctorisada pelo Ministerio dos Negocios
da Justiça, se houver manifesta vantagem para os libemsr.

Liberdade provisoriz para menores

A lei de 45 de junho de 1874, creando na comarca d e Sua definigão e divisão


' Lishoa uma cadeia civil para menores do sexo masculino,
denominada cma de detengão e correcçao, decretou o se-~ _Excepgões são os meios indirectos de illidir a accusação;
.@inte : 'c. portanto, representando materia de defesa, podem ser
aArt. 40P - O procurador regio junto da Relação de Lis-. .rkduzidas, quer na contestação, quer em qualquer es-
boa fará, quando julgar conveniente, promover perante o ;,ido db processo. Tendendo a indole do rocesso crimi-
.juizo respectivo a' liberdade provisoria aos individuos in- B
!!aj A especial investigaç50 da culpabili ade do réo, e
'dicados nos n.08 2.O e 3.O e $ unico do art. # . O (i), nõs ter- ,~?ndode ordem publica que a s penas não incidam effecti-
mos do artigo seguinte. ramente senão sobre a pessoa do verdadeiro culpado,
Art. 4 4 .LAo condemnado que tiver cumprid~ duas' !:a por isso o maximo interesse social que nunca qual-
terças partes da pena, godera ser concedida liberdade pro- :;:ieF innocente seja ferido de estygma, e por tal motivo não
visoria, quáado no livro do registro tenha nota de irre- i:ge deixar de ser o mais largo possivel o direito de de-
prehensivel comportamento. :..rza.
Art. 12.O - Quando o condemnado, a quem se tiver con- Duas especies de escepções são admittidas em direito:
cedido a liberdade provisoria, abusar d'ella, procedendo t/&/ind& e permplorias.
d'um modo reprehensivel, sera reintegrado na casa de de- . Declenatwaas s8o aquellas em que se pede para a causa
tenção e cwreccão, e não se lhe levará em conta, para s ser enviada a outro .tribunal, por falta de competencia
cdmprimento da pena, o tempo que tiver gosado da liber- ii'aquelle onde o processo está affecto, já porque o facto
dade provisoria. incriminado não entra nas attribuições da jurisdicção do
5 unico. -A reintegração sera determinada pelo juizo tribunal, ja~porqueo rko, em razão da sua qualidade, não
competente, a requerimento do Ministerio Publico, em vista l&Xé ahi Ser julgado, jh porque o crime foi commettido
da informação da auctoridade administrativa>. &ra da jurisdicçlo d'esse mesmo tribunal -art. 463.' do
Reg. do Cod. Militar de 4896, já porque o meio adoptado
:!%o corresponde á especie ci.imina1- sujeita OU a .pual~dade
*Ia pessoa do réo, ja porqne esta prevenida a jurisdicç50
:<outro processo, com quanto no mesmo juizo.
Art. I.o-É creada para aicomarca de Lisboa uma cadeia civil D'aqui, como se v&, resultam as seguintes excepções
denominada casa de detenção e correcpão, a qual 6 destinada a reco-
lher :.. . 2.O Menores de 18 amos que estiverem cmdemnados a prÍ- dec18mtorim: de iracmperencia em razão da rnúderia, em
- das pessoas
sãp: correecional; -3.0 Menores de 14 annou, que estiverem conde: e do meio, e a ldkpradencia-art. 883."
rnnados a qualquer pena. da Nov. ReP; '
5 unieo.-0 s menores que completarem 18 amos a t e s de cum- Excepçóes peo'emptoPaas são aquellas' que visam a extin-
pri& a pena, continirarão até seu inteiro cümprimento na casa de
detençk e correem. guir a acção, negando o direito de proseguir a toda a
jurisdieção,~taw.são as de m o ju&ado, prescn'pção, a&-.-. do a 1a- m a das especies de iwomptênmks-
tia (l), pw&-o OU desistemia &$arte quando tenham 10- '
,;MR& ao processo, quer-me por isso parecefque lambem
gar-lat. il"LA0~do Cod. Pen., e art. 462.O ila fine do Reg. p0de ser-deduzida em tõdo o estado do processo, pois que
do Cod. Militar de 1896), eàtmimção do crime n'uma lei e~tra,na sancçáo dos atados numero e , artigo da aliudida
nova-(art. 6.' do Cod, Pen.), e w t e do deltuquente- lei, e mesmo o art. 883.O da Nov. Ref. fuimina de n d i -
(art. 425, n.' I.O'd0 Cod. Yen., e (artt. k183.O e 1:184.O da &da a existenéia das segmdas (1) querelas entre as mes-
Nov. lief.) MQS pessoas sobre o mesmo crime, salvo se a primeira foi
São estas as excepções peremptorias geraes; mas outras declarada nulla por sentença passada em julgado.
especicaes @de haver, proprias de cada hypothese sujeita, - E a tanto chega em effeitos a ld&pendmia que não póde
tal como a mencionada nos artt. kQ2.O e 404.O $5 2 . O e ser recebida querela ao que, pelo mesmo facM-, já houver
3 . O no crime de a d u d w i o , etc. proposto em juizo acçso civel, salvo havendo -protesta@
por ella, quando intentou a acção -art. 882.' da Nov; Ref.

Exkppões declinatorias de incompetencia e de iitispendencia

A excepqáo de incompetenaia pitde ser deduzida em todo


' Excepções perempto&a o* cansas extinctivas da accnsa&o :caso
- o estado do processo, porque constitue m a nullidade in- julgado, amnistia, prescripgã~,per+o on desistencia da parte,
eiimina* do crime e morte ho deiinqnente
sanava em vista do n.O Ia0do art. 13.O da L. 18 julho
4855.-(Vid. o-que escrevemos no cap. il d'esta obra
sobre Cmpeteracia). (2) A - Caso julgado e mniscia. - O caso julgado &ige na
,sn-aconstituição os mesmos elementos da ZPt&pmdewia, e as

(i) Ra dítEerença entre ae~ktaae d d t o ou perdão r e d e -9


-
@ndições do art. 883.O da Nov. Ref.

aquella constitue mceppio, porque o indulto é já deieaa directa rela-


tiva ás p e n ~ se não a accu.w@o.
Atnnzslia 4 a suspensao ou revogação momentanea das leis crimi- esse aotourna nullidade de ilacovRpctmia poManto &al2oosl, &as
naes peio poder real em favor geral de presumidos delinquentes tão somente m a irregularidade orgmaca pessoal ou de fm@qne
aiada não julgados. -8 lei nao dedara imupprivel. A @cmnpetmak é uma mepçào decli-
Znddto ou perda0 real é a graça individual concedida pelo poder natoria respeitante ao ~esizo; o wnZ>edamto 6 apenas um maikWe .
moderador ascrimimosos julgados pelos trrbunaes, relevaido-se-lhea relativo a pessoa do juiz> O que é dinerente. Vid. I&te de Impe- .
o curiiprimento total ou parcial das penas impostas.
(2) iYão deve confundir-se a incmpetencia com o mceso de juris- (a ast tio
O sr. Neto annotando o a r t 883.0diz que não deve r q u -
@r-se segunda quereia pelo mesmo facto a dada pelo.ministeriopu-
d i p , nem o irnpedammto.
a c m p e t w ntío ha attribu@es para julgar; no ezcessq de blioa pelo crime de homicidio, se depois & i n s t a d a uma outra
j u m w o jiuz.teni poder de julgar, mas excedeu a affiibuiç&,qtie pelo erime de ferimentos, o offendido vier a fallecer d'estes; e h-
a lei.-&e confere na materia sujeita indo JBm dos seus limites, vmào tia-se para isto no $ 8.0 da Port. do Nu.fia Just 26 jan. 1838.
+?sim $ julgy.cenka direato. -- A Bm: de Leg. sustenta a mesma doutrin&,rnas de&a que h e
Quando o juiz está impedido de julgarinem por isso deixa de-fer l ~ e r - s novo
e exame, annullando-se o primeiro.
jm?sdic$ão, mas tem o exercicio coacto ou irregdar; sem que, toda- Dòmesmo modo diz O citado A. que pbde.querelar-se contra e s -
viaa os seus =&os sejam nzsllos, excepto depois de declarado o impe- w s cem4 apparecendo provas depois, se niqguem for pronupciabo
dimento mediante reclamação. qiw~ladada contra incertos, uãe devendo esta dizer-se reQul-tds
Se, porém, csmaelrer o erro de seconstitnir iuigador, 160hvolvg ya-a a mesma pessoa.
A lei c o m u m de processo nada aispõe acerca Uas exce-- aos autos, mandando entregar o processo ao promotw de
' pções d e caso julgã@ e amnistia, e píy isso affigura-se-nos, jnstiça, que o remetterá ao commandante da divisão, para
que,. rèconheeendo as leis modernaa do Cod. Pea. no art. . resolver o que for de justiça.
i%?% o Reg. do Cod. Militar de 1896 no seu art. 162.0 Art. 376.". .. 5 3.' (unico applicave1)-Quando o com-
direito de defeza fundada n'elias, deverá proceder-se nos mandante da divis%o, entender que a accusação não deve
tribunaes~criminaescommuns anabgamente e com- as mo- ser instaurada, fundamentara o seu despacho mandando
dificações devidas, como se procede nos tribnnaes milita- arehivar o processo, o qual para esse fim ser6 enviado ao
res; e portanto- devem applicar-se as disposições do Cod. promotor de justiça.
Militar de 1896, contidas nos seus artigos 507.", 508.', - Art. 5 1 4 . L - A prescripçáo da acção criminal e da
509.O, 510." e 54L0, visto o art. 1 6 . O do Cod. Civ., que p n a , e qualquer outra causa e%tiactivada accusação, podem
indica as regras de interpretação n7estes casos. ser allegadas em qualquer estado do processo e serão offi-
Ora o Cod. Militar dispõe : ciosamente julgadas pelos tribunaes militares, ainda que
ÚArt. 507.'-A amnistia e o perdão real devem ser ap-- nãa sejam allegadas.
píicadòs segundo os termos expressos a o respectivo de- 5 unico. -Não t? causa extinctiva de accusação o facto
creto, e mmprehendem os crimes connexos. .de ter sido o accusado punido disciplinarmante pelo crime
Art. 508.' - Suscitando-se algum incidente contencioso ~ n se e lhe attribues. 6

acerca da applicação de amnistia ou do perdão real, sera . Os indultos, amnistias ou perdões règios, depois de eon-
julgado pelo tribunal que fôr competente para OS applicar. - h cedidos pelo poder moderador e publicados na folha oficial,
i Ari. 509.' -A applicação da amnistia ou do perdáo real devem ser julgados por sentença dos juizes de I.a instancia,
serti requerida pelo promotor de justiça, ou pelo reo, de-- ir^ por accordão da Relação, a requerimento da parte inte-
vendo sempre citar o decreto que o concedeu, e julgado ressada ou do Min. Publ., fazendo-se justa applicação dos
officiosamente pelo tribunal. :sns termos á especie sujeita - art. 29.' e .fj unico do re .
Art. 540." -A amnistia ou perdão real sera julgado por'
'

bo Min. Publ. junto dos cons@hos de guerra, approva o


or dec. ,de 19 nov. 1880, artt. 507." e 540." do Cod.
%
conforme á culpa pelo tribunal em que-pendér o processo. - ,
.fj '1.' -Se, tendo-se interposto recurso para o-supremo Pa Just. Mil. de 1896, art. 933." do Reg. d'este cod. citado,
:approvado por dec. de 24 dez. 1806, e art. S.", nO . 4.O,
conselho de justiça militar, a sentença tiver sido confiia-
mada, o julgamento compete ao conselho de guerra que dec. de 7 nov. 1872, art. 4." das instrucções regula-
proferiu a sentença condemnatoria. ::ientares do mesmo decreto, approvados por portaria da
'5 3.' -Se ao tempo da publicap%o40 decreto de amnis- !iiesma data, e art. 31." do reg. do Min. Pub1. de 1 5
tia ]a. tiver sido instaurada a accusação, o processo sera ?m. 4835, e art. 41." do regulamento das cadeias de 16
presente ao conseiho de guerra competente para o seu juk :.;a. 1843.
gamentcb, no estado em que se achar, para os effeitos @o Deve notar-se que a amnistia não prejudica a-acção civel
artigo antecedente. p'r perdas e damnos nem tem effeito retroactivo pelo que
$ 3.'- Se a accusação não tiver ainda sido instaurada, :i$peita aos direitos legitimamente adquiridos por terceiro
proceder-se-ha pelo modo já indicado nos artt. 372.' e
376." d'este codigo.
_ -art. 145." 3 1.0 do Cod. Pen.
33 - Presmpç& - Quanto 8 preswipflo e expresso
, ArE. 372.'-Se, durante a instrucção, parecer ao auditor I art. -
1207." da Nov. Ref. que diz : «As prescri-
que o facto não constitue crime da competencia dos trFu- ' marcadas n'este decreto actualmente substituidas
naes militares, ou que a acção publica, para a imposição .!.$@as estabelecidas no art. 425.O &$ 2.' a 10.; do
das penas, esta suspensa ou mthcta yelaprescripção, amas- .?'.lM. Pen.) podem ser allegadas em todo o estado da
tia* cc~so.julgado,ou ptra causa legal, assim o declarará- LWi .a$da perante as relações; e seráo offtciosauiente
i8 YVLr
julgadas peios juizes, ainda que não sejam allegadas pelas atieados nas condições indicadas no art. 46.O &o Cod. Mil,
partesa. ( 4 ) de 4896.
-
C - Perdüo da pane e desistmcia. O p'èrdão da parte
on a desistencia tambem pódem constituir causas extincEivas
Qual o recurso que pbde interpbr-se acerca da applica-
çLío das causas extinctivas da accusação?
da accusacão como diz o art. n.O &.O, do Cod. Pen., e Quer-toe parecer que, surtindo a decisão effeitos defini-
art. 1:484.O da Nov. Ref.; mas para isso 6 necessario que tiws notoeante (i accusação, e constituindo a sentencâ termi-
possam ter logar, e que a parte seja legitimamente ancto- natiea do feito, o recurso a interpor i! o de appella~áo,se
risada, se fôr menor não emaricipado - $ 1 1 . q o art. t.26.' o julgamento teve logar em i.a instancia, ou o de revista,
do citado codigo. s e foi a Relação que o proferiu, podendo recorrer-se de
O perdáo n'este caso s6 extingue a responsabilidade cri- aggravo para esta nos despachos sobre incidentes que se
minal do réo, quando não ha procedimento criminal sem levantem, ou de revista quando f6r a Relaçio que profira os-
denuncia, ou sem accusaçáo particular, salvo oscasos es- accordáos interlocutorios.
peciaes declarados na lei- art. 12fi.O, ,$ 4 1.0do Cod. Pen.
O processo, na sua applicação, é o mesmo que o da a l i m
anterior, devendo o juiz mandar lavrar termo premo d'esse
p e r d a ou desistencia na forma do art. 145.O do Cod. do
Proc. Civ. e em seguida julgal-o por sentença.
D - Eliminagao do wime duma lei rama. -É tambem Incidentes
motivo de extincção da accusação a eIipiinação do crime
n'uma lei nova, comquanto o facto fosse punivel a data do Definigão e divisão
seu commettimento, podendo por isso allegar-se a todo o
tempo- art 6.O, nao 1.O, do Cod. Pen. I n c i a e s conlenciosos são todas as questões que os reque-
E -Morte do dedelirapuenle -Achando-se pendente a ac- rirnedtos do Ministerio Pliblico ou da defesa levantam e que
cnsa~áo2 data do fallecimento do delinquente preso na ca- interrompem o curso regular da accusação -art. 163.O do
deia, deve aquella a reqnerimento do Min. h b l . , ser jul- Reg. do Cod. Militar de 1896.
gada extincta logo que ao processo se junte o respectivo Os incidentes podem ser geraes ou especiaes.
auto de exame sobre a identidade do criminoso, assígnado Geraes são os que podem dar-se em todas as causas
pelo juiz de paz respectivo, facultativo, duas testemunhas miminaes, em geral; e esfieciaes os que são proprios da
e o carcereiro, na fórma do art. 5 . O do Reg. provisorio da accusação.
policia das cadeias de I 6 janeiro 4843- art. 4 2 8 . O n . O 1." São geraes :o- impedimento. a suspeiçáo, o reconhecim@o
do Cod. Pen. . da kimbbidade do r&. e a falsidade, a jumçáo d'actros p o -
Alem d7estas causas extinctivas da accusaçáo pbde haver =os no mesmo ou em diverso juizo, etc.
ainda outras especiaes, como é o casamento no caso de São especiaes todos os outros que possam dar-se priuati-
estupro, previsto no 5 unico do art. 4OO.O do Cod. Pen. vamente a cada especie de processo.
e para os militares, em tempo de F e r r a , a excepcional Diz a Nov. Ref. : Art. I: 142.O - «Em todos os inciden-
dos s m ç o s relevantes e os actos & m@iaaiado valor, pra- tes da discussão da causa, em que fallar o Min. Publ., ou
o advogado do accusador, sera igualme~teouvido sob pena
de dez até cem mil reis, o réo ou o seu advogado; e da
(1) Deve ter-se em vista a lei especial que .une o crime, p-que mesmo modo se procedera, quando fôr primeiro a faUar o
n'ella póde o legislador ter estabelecidoprasos 8versos dos meneiona-
dos no art. 125.0 65 2.0 a 40.0 do Cod. Pen. para os effeitos da pre- ré&, ou o seu advogadon.
scllpção, Com -esta doutrina concorda o art. 446.< do Cod. Fàil.
*
aaep~5oem que a lei toma este termo; 2.6 porque -o pro-
de 1896,~.0qual não permitte, todavia, qualquer d'elles cesso para fazer vingar a inwmpetencia é distincto para re-
falte mais de duas vezes. mediar a intervençãó do juiz impedido; -3 . O porque, esta-
Na nossa legislação de processo criminal não. ha regras -belecida em l.a instancia, embora-erradamente, a cmpati-
appropriadas para proceder rios incidentes geraes, exceplo Midade do juiz, não ha já meio de atacal-a, e as partes
pelo que respeita ao ~reconhecimmtoda i&nlihde do rio, e hão de acceital-o sem poderem inquinar-lhe o conceito;
-
por isso força é recorrer aos preceitos conlidos na legisla-, isto 8, se as,partes não requererem em devido tempo que
@o geral do processo, representada pelo Codigo do-Proe. elle se declare impedido, ou se o juiz se nãò declarar
Civil. como tal, não poderão as partes allegar esse defeito na
instancia superior, vindo por isso a desapparecer o impe-
dimento.
A excepção de incompetencia em todo o tempo pode de-
Impedimentos ou incompatibilidades duzir-se, e os tribunaes hão de occupar-se d'ella como nul-
lidade insanavel que e, embora as partes a não alleguem.
Y&-se, pois, bem que a confusão da incompetencia com os
A lei distingue os imgedintentos das wspeiçúes e da in-
'
impedimentos @de dar logar a modos de processar des-
'cmpetencâa, estabelecendo o Cod. do Proc. Civ. nos 3s 1 . O toantes das formulas adoptadas em direito.
e 4." do art. Y98.O o processo espedal para estas, por Mas em que altura do processo devem as partes allegar
força d o art. 12." do dec n." 1 de 45 set. 1898. (Vid. os ippedimentos oii ntcompatzhlidades ?
Exc~prõesdeekiraatorias). A lei civ11 não marca occasião, parecendo d'este modo
Quando o juiz B incompetente nã;o pdde fudccionar; quando . que em todo o tempo poderão allegar-se. Se, porém, con-
esta jmpedido pd& mas não deve; quando é susp&o pdde e frontarmos a indole do processo criminal ordinario, onde
d w e e m quanto não se deduzirem os fundamentos de .w- intervem o jury, e attendermos a que, uma vez constituido
peifão. es8, não pode a audiencia ser interrompida senão nos
- . O juiz inconapelente está coacto l e g a l m e ; o impedi&-, casos expressos na lei, conclue-se que o requerimento das
tem coacção mural; o mspeiZo nem uma nem outra tem partes deve fazèr-se antes da formação do tribunal, como
e m q ~ n l oas parte se não~manifestam. pestão prbvia, aggravando-se em seguida de petição, no.
0s tribunaes supgriores, ,porkm, confundindo a excepção caso de haver impedimento. E não obsta a esta doutrina
- .d è i n ~ ~ 1 1 p e Wcom
. a o incidente de impedimento parece-me a jurisprudencia do Sup. Trib. Jmt., sustentada no Acc.-
que estão diariamente a estabelecer uma jul'lsprudencia~ l e 3 de'abril 4895, publicado na- Rev. dos Trib. a pag. 326
errada e inadmissivel, por isso que levam os iirhpedim~iatos 90 42.' vol., n.O 285, onde se estabelece que dos regue-
para a saucç3o do art. 13.O, n.O i:', da lei dè 18 de julho nimentos ideferidos ou de quaesquer reclamaçijes não alten-
1855, fazendo d'elles m a nullidade insupprivel, quando tal lidas na audiencia do juigamento crime não cabe recuso
-se não dá. ie aggravo de petição para a relação, e que do julgamento
Para prova da nossa affirmação ahi :emos o Acc. do Sup. :abe revisia ou appellação, nas quaes os juizes teem neces-
Trib. Just. de 15 março 1895, inserto na' Rm. dos Tmb., iariamente o dever preliminar de cumprir o art. 15.' e $3
n.* 385 dq 46.0anno, onde sg diz que é nullidade insana- da lei d e 18 de jglho de 4855, e portanto o de conhecerem
rel a i n c m p e t m i a do juiz, proveniente da stia intervençáo de-quaesquer nullidades apontadas ou reclamadas.
coriio perito na ,causa dep4is de se ter protestado por ella - , Com effeito, dizendo respeito a reclamação da parte á
em audi~nciade julgamento antes da declaração do jury. Pp$snra do juiz presidente e não aos seus actos,. os quaes~
- Ora esta doutrina vai de encontro aos principias geraes:
12 porque o impeditnento não constitue inc~mpeteicia,na
-prevalecem inteiramente validos, e pprtanto não se dando
n'enes dlUlade, a qual só póde effectuar os subsequentes
- depois da reclamaçao, e não os anteriores, segue-se que o
remedio eficaz para evitar que o juiz julgue definitiva-
mente a. cáusa proposta, é aggravar logo de petição. O
despacho mais tarde não póde ser remediado pela appel-
laçáo ou revista, onde só se trata de nullidades de actos e.
não da irregularidade ou incompiaibilidade da pessoa que os É evidente em face do art. 49.@do Dec. n." 4 dc I&de
practicou, comtanto que as formalidades legaes n'elles fos- set. 1892 que podem levantar-se suspeições no processo
sem cumpridas, porque s6 no caso da fórma ser offendida cfimirral, pois diz elle: - aE applicavel a todos os processos
ou mesmo quando o juizo não seja eompelente, e que póde e a todos os tribuaaes o disposto nos artigos 292." e 293;
ter logar a appellaçáo ou a revista. seus numeros e $8 do codigo do processo civil., (Vid. Im-
Constituido, porem, o jury, ja tal incidente não é de pedimentos).
attender, porque a acceitaçáo tacita da pessoa do juiz, fez- A questão, porem, versa em que logar e occasião deve
lhe desapparecer a incompatibilidade. Desde a formação do levantar-se este incidente.
jury não pbde a audiencia .ser mais perturbada com ques- São concordes todos os jurisconsult;os de que'as suspei-
tões relativas Li organisação do tribunal, ficando definitiva- @es não teem logar no processo preparatorio e muito me-
mente fixada a compatibilidade de todos os seús membros, e nos no investigatorio, resumido no corpo de delicto; por-
portanto a do juiz. de direito, seu presidente, para julgar tanto só do processo accusatorio em diante podera levan-.
o feito sem mais óutro embaraço que não seja o que derive ;.tar-se este incidente, começando aqui agora as divergen-
de motivos suspensos das decisões superiores. Alem d'isto --?ias.
o art. 292.O parece resolver a questão no seu $ 2.". man- O Sr. Castro Netto na nota ao art. I:l l f .O da Nov. ' ~ e f .
dando interpor o recurso de aggravo n'este incidente. sustenta que a suspeição deve ser opposta na contestaç6o;
No mesmo caso se me afigura estar a hypothese de- se o sr. Navarro de PaiVa, porem, declara, no seu Mau. do
levantar o incidente, quando é só o juiz de direito que Min. Publ., verbo susp&@es, e na nota respectiva, -que as
jutga; porque seria absurdo que as partes podessem isu- suspeições n40 podem deixar de ser admittidas na d i s ~ ú o
tilisar a intervenção do juiz depois de inquiridas as teste- e julgamento do processo.
.mnnbas e produzidas as provas, quando elle jB tivesse en- A face, porhm, da nova lei do-processo civil, onde se
'Frado na apreciação moral 0 juridica de todos os elementos trata da materia com todo o desenvolvimento, quer-nos
-. processo. Creio, pois, que a sua compatibilidade ficou de-
,do parecer que o r80 deve apresentar o incidente nos cinco
bnida de antemão com o silencio, pois a materia de inéóm- ,dias seguintes áquelle em que fôr intimado para contestar
pa&iZidades não pbde deixar de reputar-se uma queslãò o libello porque e então que o processo entra na phase de
'ppeuica a resolver. E n'isto parece coneordár o art.,l48." e accusatwio, e não na contestação, mas em artigos separa-
$! unico do Reg. do Cod. Milit. attribuindo a sua resolução dos, porque, sendo a questão personalissima para o juiz e
em audiencia ao presidente exclusivamente, nos casos do fbra das razões de defesa, não comporta a contestação
art. 497." do Cod. citado, e fdra d'ella aos vogaes singular-- esse acto, que te^ de, seguir por appenso, comqnanto
naente, quando sejam parentes de r k s consanguineos, ou -mais tarde se incorpore-artt. &99.", 300."301.0 e 302.O,
affins em linha recta ou no segundo grAo da linha trans- ,.g e.., do Cod. do Proc. Civ., na parte applicavel a indole
versal. da feito criminal.
c Nos feitos crimes, porem, onde não haja o praso de
cinco dias de intervallo entre a accusação e o julgamento,
,p;arece-me que pode o r40 apresentar na audiencia d'este
openso
seu articulado de snspeição, ficando por- tal motivo sus-
o julgamento.
que se evadir da cadeia oa fugir do degredo. Se o réo,
wr$rn,náo tiver respondido perante jury, quer-me parecer.
Do mesmo modo se, estando pendente a causa, vier um' que o seu reconhecimento devera ser feito só perante o
juiz contra Q qual haja motivo de suspeição, a parte pode juiz da causa primeiramente julgada.
dednzil-a no praso de cinco dias, a contar da intimaçáo do No caso de ser duvidosa ou contestada a identidade de
pn'meiro acto em que o novo juiz intervier, com tanto que qualquer\accusado, então o processo est6 indicado quanto
o faça antes da constituição do. jury ou da fixação da re- ao preparatorio no art. 971.O da Nov. Ref., devendo o juiz,
gtjiaridade dacompatibilidade do juiz no tribunal, nos casos quando o réo a contestar no processo accusatorio, apresen-
-em que seja sb este que tenha de julgar o feito, isto 8, tar, na competente audiencia de jury, em que o r60 6 r
antes de qualquer acto em audiencia que importe a pro- julgado, o respectivo quesito de identidade aos jurados,
ducção de provas ou o conhecimento do processo - art. P fim de ficar bem definido o ponto, como se deduz paral-
300.O do Cod. de Proe. Civ. lelamente do art. 414.O do Cod. Mil. de 1896.
Sendo, porem, apresentada a suspeição a algum dos ju-
rados sorteados, devera proceder-se conformeos artt. 4:044.O
e 1:045.O da Nov. Ref. Jud.
O ACC.do S. T. J. de 16 março 1894, onde dois juizes
assignaram vencidos, acceitou a doutrina de que da res-
posta do juiz i-ecusado em artigos de suspeição não ha re- Falsidade
curso, mas só dos despachos do juiz competente que o deve '
substituir-e a quem se deve recorrer para deferir aos ter- O incidente de falsidade póde levantar-se tambem no
mos do incidente- Rev. dos Trib., n.O 285 de 43." anuo? rocesso criminal por oceasião da juncção de quaesqner
pap. 325. -Esta doutrina parece-nos errada, porque a Sooumeutos que sirvam para demonstrar a accus.ação ou a
resposta pode representar iiní despacho, e portanb não defesa, porque não ha lei que prohiba o auctor e'reo de
pode deixar de admittir a emenda no juizo superior. O atacarem, em sustentação da sua causa, os elementos p--
substi@~ito não tem que fazer no feito sem que o proprie- duzidos pelo adversario.
tario lh'o envie, e a sua intervenção seria deslocada, ao01 Que tramites devera seguir o processo na deduqáo d'este
.cando a si um processo para que a lei ainda lhe não dera incidente? Como em lei alguma do processo criminal ap-
competencia. parece tratada esta especie, quer-me parecer que o unico
eminho a seguir é o indicado pelo Cod. do Proc. nos artt.
336.O 'e segliintes, visto constituir lei geral, ficando o pro-
cesso criminal suspenso ate 6 decisão do incidente como
-se deduz ainda do § 1.O do art. 537.O da Nov. Ref.
Reconhecimento da identidade do r60 A resolução do incidente de falsidade ser6 da competen-
cia do tribiinal criminal, ou devera o feito ser remettido
- -A'NOV; Ref. Jud., occupaido-se d'este incidente, esta- ao tribunal civil?
belece as regras a seguir nos artt. 1:217.' e seguintes, bem -,- Em vista da doutrina analoga, sustentada, para as cau-

como o Cod. Militar de 1896 nos artt. 542.O e seguintes. Sas eommerciaes, pelo sr. Rosado no seu Man. do Processo
Não se confunda o recònhecimento da identidade do con- Com. pag. 83 ed., quer-nos parecer que compete ao ?

h m d o com o da identidade do a m a d o . Aqui occupa- .~ juiz cjiminal decidir da falsidade do papel apresentado,
mo-nos da primeira especie, isto é, quando fôr contestada porque a competencia procede a respeito-da causa pririci-
ou duvidosa a identidade de qualquer réu já condemado, 'pal, e por incidente podem os juizes eonbecer de questóes
qne aliás não caberiam na sua jurisdicção, como diz- aquelle me& até que se decida o incidente, por que assim poupa
A. @mpo e livra de incommodos as pessoas que tenham de
Outra questão :-Quando poderh o réu.ou i Min. h b l . assistir a elfe, ficando todavia lacrados os depoimentos
levantar este incidente ?
E ponto assente. pelo art. 401 .O, 3 8.'; do Cod. de Proc. -queNãohajase escriptos.
allegando em i.ainstancia a falsidade, pbde alle-
Civ., e art. 837." da Nov. Ref, que as partes só,podem gar-se depois perante a relaçáo, quando lhe competir tam-
ajpntar,documentos aos autos antes da constituição do jury, bem a apreciação das provas, procedendo-se ali então na
tendo as adversarias direito a pedir vista d'elles por cinco forma dos artigos 4:426.O e 4:í 27.O do Cod. do Proc. Civ.,
dias -art. 214.' 3 4."0 Cod. do Proc. Civ. citado. mas ficando, em todo o caso, suspenso o recurso até á
Ora, não marcando o Codigo do Processo praso algum decisão do iucidente.
para se acoimar de falso o documento, antes declarando Se, porim, os depoimentos não forem escriptos, então e
no 2.O do art. 448.O que a sentença passada em jul- de renovar-se a inquirição na audiencia que mais tarde se
gado pode ser revogada, quando se demonstre a falsi- faça para o julgamento.
dade d'esse documento em que a mesma sentença se fun-
dasse, nãò se tendo discutido essa materia no processo em
que foi proferida, parece que a todo o tempo e em qual-, CAPITULO XI
quer estado do processo pode o reo ou o Min. Publ. im-
pugnar de falso o documento e não obstante os citados
artigos QOZ.O, 5 S.', e 2IZ.O 5 4.' do Cod.' do Proc. como Cansas modificativas~daspenas
se-deprehende do art. 340.O d'este Cod.
Mas, por outro lado, a lei criminal do processo diz na Sáo causas modificativas das penas as indicadas no art.
Nov, Ref. Jud. art. 1:179.O que aa discussão da cansa, 6.O do Cod. Pen., e portanto os condemnados, assim que
uma vgz começada, será continua ate a sentença inclusives. alguma d'ellas se dê, devem requerer ao juiz que a pena
Por consequencia, demandando o incidente de falsidade se minore nos termos da nova lei favoravel.
ac@s e termos que não podem ser, praticados durante a
discussão, e evidente que tal incidente para ter prosegui-
menta em 1." instancia carece de ser levantado antes da
wnstituição do jury, procedendo-se em tal caso nos termos CAPITULO XII
do art. 837.", 3 4.", da Nov. Ref., sem que possa jamais
levantar-se tal incidente, excepto na hypothese de rehabi-
Iitação fundada em sentença, proferida em acção civel qu Cansas extinctivas das penas
criminal, na qual se demonstre. a falsidade do documento, . ~

como se deduz do n.O %.O do art. 448.O do Cod. de Proc. As causas extinctivas das penas são: I.a q seu cumpri-
Civ., combinado com a lei 3 abril 1896. imentn; o perdáo real: Xa a rehabilztaçdo - art., i26.O ,
Se, porem, fBr sb o juiz quem decida a causa, quando po- do Cod. Pen.; a elinainaçáo do crime do numero das
aera impugnar-sé de falso o documento?- infracções n'uma lei nova-art. 6 . V o Cod. Pen. ; O
Como as partes podem ajuntar documentos durante a termo do pwiod~ da liberdade cdicional- art. 2.O da L.
discussão, póde a parte contraria pedir vistá d'elles par 6 jutho 1893; 6.a-a prescr*ção da sentença condemnaQ-
Cinco dias, vindo em seguida deduzir a falsidade; mas em. -ria-§ 7.O do art. 425.O do Cod. Pen.
tal caso quer-me parecer que o melhor será o juiz ouvir
as testemunhas que haja a inquirir, e sobreestar no julga-
. ,
minada na sentença, ou pela substituição por outra menos
grave, e de duragão igual o a inferior B da pai-te da pena
Cumprimento da pena ririda n?ío cumprida--$ 32 e numeros do art. 126.O do
Cod. citado.
A pena reputa-se ci~mpridaipso jure, quando o conde;' - ' 'Para se effectivar o perdão real é necessario que o
mnado a tiver expiado pelo tempo marcado na sentença Min. Piibl. ou o condemnado requeiram que se julgue rias
eondemnatoria, e pelo modo expresso na lei, ou quando autos por conforme a culpa o perdão concedido no decreto
termine o periodo da liberdade condicional. respectivo e nos precisos termos d'esie -art. 31.' do Reg.
&h. Publ. de 15 dez. 4835, e artt. 507.O e seguintes do
Cod. Militar de 1896.
D'esta sentença intendo que cabe appeEla@o para a Re-
3 e: Iação, ou rme'stcs para o S. T. J., quando for esta que pro-
fira a decisão; e, vindo a dar-se diversos incidentes, ca-
Eliminagão do crime na lei nova berá o recurso appropriado a. cada um para o tribunal
superior.
,Assim que fôr promulgada uma nova lei que elimine do Seudo frequente haver pela Paschoa de cada anno per-
numero das infracções o crime commettido na vigencia d6es concedidos pelo Poder Moderador, e convindo que os
d'uma outra lei que o punia, deve requerer-se a extincça eoridemnados conheçam os meios de os obter, damos ém
da pena, se a sentença passou em julgado, tenha ou não seguida as regras legaes relativamente a sua consecução.
começado o seu cumprimeuto-- art. 6.O n.O 1.O do Cod. ' . -,Diz o decreto de 18 maio 1893 sobre perdão e com-
Pen. mutação de penas por occasião da Semana Santa:
*. oArt. #.O -Os reos que, estando a cumprir pena nas
cadeias das comarcas, que uáo sejam sede dos tribunaes @as
Relações, que pretenderem impetrar, pela Semana Santa,
Perdão real (1) erdão ou commutação de pena, deverão apresentar ate ao
-a # de novembro o s seus sequerimenios aos respectivos
A acceitacão do perdão real é'obrigatoria para o cw- delegados do procurador régio.
demnado, - 5 4 . O do art. 446.' do Cod. Pen. '
3 unICO. OS,requerimentos poderão ser assignados por
O perdão real pode abranger a extincção total ou parcial estes ou por outrem em seu nome, sem que seja preciso
da pena, verificando-se esta ou pela reducção da pena com- e i b i r procuração.
Art. 2." -Os delegados do procurador regi0 promoverão
bfficiosamente que os escrivães dos processos passem cer-'
LidÕes gratuitas do corpo de delicto directo e indirecto, dos
(1) Vi+ a nota. a pag. 174. A lei de 3 abril 1896 no seu ârt. 6.4 quesitos e~respostasdo jury nos processos ordinarios e da
$j3.4 assim como ja antes o art. 7.0 3." da lei de 2 i julho 1885, de- sentença, e, instruindo as petições dos reos com estes-do-.
creta qrie o rei como poder moderador póde perdoar e commutar cúmentos, deverão remettel-os ate ao dia 45 do referido
as penas impostas aos réos condemnados, excepto as dos ministros mez ás p-curadorias regias respectivas, prestando as in--
de estado por crimes commetiidos no exercicio das suas funcções,
sem que pr6viamente lhe seja apresentada petição de qualquer das formacões que tenham por .convenientes, e designadamente
camaras legislativas. Como, porem, não ha ainda uma lei especial que s b r e -os pontos seguintes:
"regule a execução do art. 163.0 da Cart. Const., tudo quanto se [e- 1 . O Nome, edade, estado e proíissáo dos requerentes,
gisla não passa de mero platonismo, . %.O~Coslumes e antecedentes;. se j;i tinham perpetrado
Arti 5." -A procuradória geral da corôa e fazenda emit-
mais delictos; de que natureza, e em que condemnações fira parecer sobre os pedidos de perdão ou commutação de'
incorreram ; 'penas, e remettera os processos ao Ministerio da Justiça-
,3." Crimes pelos quaes fôr.am condemnados; ate ao dia 34 de janeiro.
4." Penas que Ihes foram impostas; Ap. 6."-Recebidos os processos no Ministerio serão
5.' Data da sentença; insiancia; instancia;,Su- immediata .e successivamente enviados aos conselheiros de
premo Tribunal de Justiça; 'Fstado, de modo que possam ter o visto de todos at6 u dia
6.O Transito da senlença em julgado; 1.8 de março.
7." Tempo de prisáo soffrida, quer preventiva, quer em
'

expiação &a pulpa, e qual a conducta na cadeia, anterior e $ unico. Os 'processos relativos aos rbos que estejam
cumprindo a pena de prisão cellular serão submettidos as
- posterior ao julgamento; exame e consulta do conselho penitenciario antes de serem
8.0 Se no processo interveio parte accusadora; se per-
doou ao offensor, e, no caso de obrigação de o indemnisar remettidos aos membros do conselho de Estado.
pelo prejuizo resultante do delicto, se essa obrigaçxo JA foi Art. 7.'-Aos prckiiradores régios junto das Relaçóes
cumprida voluntaria ou coercitivamente; :incumbe fazer affixar nas cadeias dos seus districtos editaes
9." Provas ou indicios que tenham dado do seu arrepio- em que se -faça constar aos presos por que fbrma, -e ate
dimento e proposito de emenda; _quando devam apresentar as petições dirigidas ao p ~ & r
10." Se tiveram algum indulto e qual; moderador e enviar ao Ministerio dos Regocios da Marinha
i1.O Pena que lhes resta a cumprir ao tempo da infor- e Ultramar identicos editaes para serem aaxados nos pre-
maq30. sidios das possessões em Africa, onde se cumpram as penas
Art. 3.'- 0 s réos que estejam a cumprir pena na ca- de degredo,. (4)
deia geral penitenciaria de Lisboa ou em outra qualquer
que de futuro seja inaugurada, apresentarão ao director
respectivo ate o dia fixado no artigo 4.q'este decreto,. os
requerimentos que dever20 ser remettidos com a s eonve- Rehabilitagão dos reos condemnados (4)
nieuteu informações d direcção dos negocios da justiça ate
o dia 30 de novembro. A lei n.O 1 de 3 abril 4896, (3) fixando as normai a
3 .unico. A medida que fbrem recebi dos^ estes requeri- seguir n'esta especie de processos, estatire como se segue:
mentos na referida direcção, serão expedidos ás proeura- - uArt. 4.O -A rehabilitação dos reos realisar-se-ha por
dorias regias respectivas, para ahi se completar a organi- meio de revisão extraordinaria das respectivas sentenças
sação do processo na fórnia do disposto no artigo antece-
derite.
Art. 4."-0s reos que estejam nas cadeias das sedes
das Relações a c u ~ p r i pena,
r ou definitivamente condem- í 1 Este decreto vigora no ultramar.
nadas, apresentarão os requerimentos aos procuradores 0 Cod. Pen de 18% dispõe no a*. I46.0: *A pena tambem
régios a t b s mesmo dia I de novembro. Estes magistrados, acaba: 3.0 Pela rehabili&ao~. Os $8 !O
., 6.0 e 7.O dizem em que con-
depois de os terem instruido com-~osdocumentos e infor- siste a rehabilitaçao, direitos que origina, e publicações que devem
mações Mdicadas no art. 3.O e com os demais que julguem fazer-se das sentenças de revisão.
(3) Esta lei con6rmon com algumas pequenasmodificações o de;
convenietites, repelterão successivamente at8 36 de de- crebo com força de lei de 27 fev. 1895, e tambem tem applic ao a
zembro a procuradoria geral da cor8a e fazenda todos os .darse miiitar, como se verifica do ri.47r0 do Cod. Mil. .de 1892-Foi
requerimentos que tenham recebido, dando sobre cada um &andada pôr em vigor no ultramar, como se vt! do Boletrm da Guiné,
a sua ínforrnagio e parecer. ao22 de 1896.
condemnatorias, passadas em julgado, nos termos e pela o articula'do. Ófferecido.contra a parte accnsadorã; se:
iirrma estabelecida na presente lei. a- hou-ver; e contra um agente especial do Ministerio Pu-
Art. 2.'- Alem dos casos especificados nos artt. 1:263.", Bijcu9 quepara este fim sera nomeadó pelo juiz d e entre
1:264.O, 1;265.' e 1:268.O da Novissima Reforma Judiciaria, es adyugados ou procuradores, se no juizo nãcr houver
será admittida a revisão, quando tiverem occorrido circum- advogados, excepto nas comarcas onde haja mais d e nm
stancias que justifiquem a innocencia dos condemnados. delegado, porque, n'este caso, a noméação será feita pe16
Art. 3.O - A revisão será concedida pelo Supremo Tri- respectivo procurador régio.
bunal de Justiça, podendo requerel-a o réo, ou promovel-a $4.' Segpir-se-hão todos os demais termos do respectivo
officiosamente o Ministerio-Publico perante o mesmo tri- poeesso até á sentença final.
bunal, embora esteja executada a sentença. Art. 9."- A parte a quem fôr concedida a relnsão, tra-
Art. 4.'-No caso de revisão, por motivo differente tâíido-se de prócesso de pòiicia correccional, devera dirigir .
d'aquelle a que se refere a Novissima Reforma Judiciaria, o requerimento ao juiz competente, pedindo que se proceda
proceder-se-ha nos termos dos artigos seguintes. a novo julgamento com citação-do Ministerio Piiblico e da
- Art. 5." -O reo que pretenda rehabilitar-se apresentará- parts accusadora, se a houver, e que se proceda prèna-
o requerimento em que peça a revisão, instruido com os inente a qualquer exame necessario para o descobrimento
documentos justificativos, sem o que não poderá tomar-se da verdade, sendo tambem applicavel n'este caso o disposto
conhecimento do pedido. no art. 20.O do decreto de 15 de setembro de 1892. -
Art. 6.0-0 Supremo Tribunal de Justiça, ouvido o Mi-- - 5 1.0Se-\arevisão fór promovida pelo Ministerio Publico,

nisterio Publico, decidira, em secções reunidas, se em vista proceder-se-ha 1 citação da parte accusadora, .havendo-a,
do allegado e dos documentos, ha fundamento para se rever e de um agente especial do Ministerio Publico, nomeado
o processo. nafbrma do 8 1.O do artigo antecedente.
3 1." N o será attendida a petição que tenha por intuito 0 -2.' Seguir-se-hão os demais termos do pro-ces- de
manifesto qualquer modificação da pena applicada na sen- policia correccional até á sentença respectiva.
tença. .' Art. 10." -Nos processos em que houver intervenção do
$ 2."- O accordão, que conceda ou negue a revisão, será jiary, decidirá este as questoes de facto que lhe forem pro-
sempre motivado. postas, devendo ser formulados quesitos, náo sb Acerca dos
Art. 7.O-Attendido o requerimento do reo ou a pro- getos que tiverem sido articulados, mas tambem sobre
moção officiosa do Ministerio Pnblico, o Supremo Tribunal qualquer circumstancia advenieote da discussão da causa.
designai'a no accordão um juizo de instancia, diverso Art. 11.'-Se fór julgada improcedente a a ~ u s a c ã o , ~
d'aquelle em que o reo fôra julgado, se assim lhe fôr re- devera a respectiva sentença declarar nulla a sentença cM-
querido, ou se o tiver por conveniente, afim de se proceder dernuatoria, sem fazer referencia Bs disposições da lei pe-
ahi a revisão do respectivo processo, sem que seja todavia .nal, e rehabfitado o reo perante a sociedade, readqalrindo-
:@seu-estado de direito anterior á condemnação, logo que
suspensa a execução da sentença condemnakoria.
Art. 8." -A parte a quem se tenha concedido a revisão
do processo ordinario ou correccional deverá dirigir nm
requerimento ao juiz competente, nos termos do artigo
-a sentença passe em julgado.
?$ 4 .O Esta sentenw ser8 publicada no Diario do Governo
tres dias c~nsecuti\~os e affixada por certidão a porta
antecedente, pedindo a citação do Ministerio Publico e da dcCtribuna1 da comarca em que fôra proferida a coni3e--
parte accusadora, se a houver, para, na segunda audiencia rnnacão, devendo ser trancado o respectivo- registro cri-
posterior a citação, verem offerecer o articulado e os res- minal.
pectivos documentos. : 5 ?d.@Dá seoteoça deveri 'o Ministerio Publico i~nterpk
1." Se a revisão fôr promovida pelo Ministerio Publico, Zren1pre;os recursos lepaes.
13 YQC. -
Art. ie."-~a3&ten~a .&i arbitrada ao rio, cfuapdo'
eke assim o tenha requerido, a justa indemnisação da pre- 20.O.
-i$& -Serão observadas as outras dispesiçSe$-qnè.
juizo que houver soffrido com o cumprimento-da pena, se $a esteJam em desharmonia eom a natùreza e temos-
no processo existirem os elementos necessarios para fa2er esgeeiies dos processos instaurados nos tribun-s miiiiares,
aquelle arbitramento, e, no caso mtrario, será a inde-n& 'Art. -21." -As disposiç@s d'esta lei serão tambem áp
sação fixada em processo ordinario, nos termõs da legis- plicaveis a todos os réos @e se achem eondemnados-por
lago vigente. segtenças passadas em julgado-na data da Wa promulga-
,$ unico. Se a pena tiver sido a de 'multa, e estiver ja $50, aos que ja tenham cumprido a respectiva pena, e bem
cumprida, ordenara a sentença a sua restituição. - ,
assim aos que já estejam fallecidos.
Art. 1 3 . O -Se a rehabilitação fôcjulgada improcedente, Art. 28." -Fica revogada, etc.3.
será pela nova sentença mantida a condemnação anterior.
AFt. 14." -No caso do artigo antecedente, s6 poderá ser'
permittida a segunda revisão, se a promover o procurador'
geral da corôa p fazenda.
Art. 15.O -E permittida a revisão do processo e sen-
tença relativa ao reo fallecido, seguindo-se as disposições-
anterióres no que fõr applicavel.
Art. l6.O -São unicamente competentes "promo- :
verem esta revisão os ascendentes, descendentes, ixmjuges,
e irmãos do mesmo rCo. São duas as-especies de nullidades que p0dem affectar
-&t. 17."-0s réos que fbrem condemnados pelos M- ok .feitps criminaes : ,de s e n t w e de processo. (4)
-

Mnaes militares tambem poderão rehabilitar-se por 'meio .-E nulla a sentença que julgar directamente o contrario
da revisão das respectivas sentenças condematorias, tanto. -@ que dispõe qualquer lei do reino, ou d'ella h e r appli-
POS 690s especificados nos n.OS L", 7.O, 8." e '92 do art., ca@o manifestamente errada, ou que tiver algum defeito
300.p do Codigo de Justiça Militar, como se tiverem occor- pbstancial, on de que resulte, nullidade, na conformidade-
rido eircümstancias justificativas da innocencia dos con- 9Ord., liv. â?, tit. 75, e màis leis do reino, $ 2.0 doxrt.
demnades. - - %r* da, lei de 49 dez, 18k3.
. Art. 4S.O -A revisão será concedida pelo Supremo Con-
selho de Justiça Militar, em vista de requerimento dom+
- E nullo o processo em que houver pretericão d'alglw
'@to essencial, ou de fbm1.a para.elle estabelecida-,.par
mentado,do réa ou de exposição fundamentada do promotor
de justiça militar, e poderá ser designado, para se proceder '
."
ifei,.com pena dè nuliidade-8 4." do art. 4 da,lei cj/da.
Em virtude da lei de 18 julho 1855, art. 43.O, s3o- s&
A revisão, o mesmo tribunal que proferira a sentenGa con-- k n t e insanaveis- no processo criminal as .nullidades se-
demnatoria, ou diversò, conforme seja mais conveniente e pintei;: , ,

accommodadcr As circumstancirs do processo* .I 4.O Por incompetencia, excepto no caso de ter o jaz
3 1." Fora dos casos especiaes a que se refere o art. 47,"~ 'bdinario procedido a smmario por delicto da exclusiva
não sè mandará suspender a execução da sentença, excepto Smpetencia do juiz de direito, e ter-se veriEcado o disposto :
si3 a~penaimposta fôr a de morte. w, LI." do art. 18.O d'esta lei, se ós tribunaes superiores:
5 2.9. A revisão das sentenças condemnatorias só poderá - a c e e r n qoe o processo esta bem ordenado, e que a ver-
ter cabimento em tempo de paz.
Art. 49." - A sentença da rehabilitação será publicada
tambem na ordem do exercito e da armada.
{$ Veja-se a materia a pag. fsi,
. ,
- i 1 ." For. ãefie4enéia dos quesitos, bntradjcção oii ?epu7
Ws náo poder6 esclarecer-se com rnai~-~rÜ~eito-da
j&ti@,'-
'&awia dos mesmos entre si, ou Gom as respostas do juv,
pois que n'este caso deverão revalidar o processo.-(Esta
excepçJo actualmebte ne-nhuma importanga tem). on -#estas umas com as outras. . -
2.' Por falta de corpo de delicta, ou por faltar, 'n'aquelle -( '-42." Por não tirem sido_-resahadas com fbrma legal-as-
á-que se tiver procedido, alguma formalidade 'substan~ial: ;emendas, borees ou entrelinhas, que se eneontrarsm na5
e ainda n'este caso, se a f e a de formalidade consistir em respstas do jury aos quesitos que lhe tiverem..sído pro-
omissão de actos, que não possam já practicar-se, ou, Que, .pstos. ,. l'

- d 3 . O %r não terem sido lidos publicamente juiz em


practicados fera da occasiáo já 1130 podem esclarecer o factó;
nem contribuir para satisfação da justiça, deverão os tri-: voz alta, -depois de escriptos pelo escrivão, os quesi-s pro-
bunaes. superiores revalidar o processo, se d'elle constar postos ao jury, quandó se tenha protestado pela falta cesta
a verdade de modo irrecusavel. solemnidade, antes de retirado o jnry para a sala das suas
3.0 Por falta de assignatura do querelante no auto da- deliberações, e não seja supprida pelo juiz.- ,

-querela,~quandoo querelante não fdr agente do Ministerio - - 14.O Finalmente por toda a preteriçao ou illegalidade de
~

Pubtíco,. .que tenha assignado o requerimento para a que- :actos substanciaes para a defesa ou para o descobrimento
da^ verdade, por modo que essa preterição Du 'iflegalid-e
~

-rela, o u posteriormente promovido os termos judicines do


processo.-@sta riuilidade j i hoje n'io tem imprtancia, intlua, ou-psssa intluir no exame ou decisão da-causa. -
porque ja não ba auto de querela). 5 unico. O jurg poderá declarar qualquer circumstancia
4 . O Por falta d é intimação do despacho de pronuncia ao .mo@ificativado facto principal, que pela lei tenha o effeito
réos quando não tenha aggravado do dito despacho. -(Esta- t-de diminuir-a pena, ainda que tal circymstancia M o tenha
-- s@o comprehendida nos quesitos.
intimação ao curador- do menor 6 tambem substancial, por-
@e é necessaria á sua defesa, excepto se houve aggraw
~
, Art.. 4 5 . O -Os procéssos crimes de 'appellação, (i) antes
-Acc. do, Sup. Trib. de Just. de 25 abril 1873-L& G., ~. de examinados pelos juizes, irão -com vista ao Miniskrio
%.O 121). m l i c o , e.aos advogados, os quaes, deduzindo por eseripia
5.O.Por falta de nomeação de defensor ao r h , ou de eu-.- -;as nulhdades que acharem, porão logo o vistu no feito,
@dor áo menor. . ..tirando os apontamentos necessarios para orarem a h a l
6.@Por falta de entrega da copia do IibelIo ao rho, q u w o ;qnãndo a causa se julgar.
p o r parte'd'ege tenha deixado de apresentar-se contestação : ~ $ 1.O O juiz relator levará o feito a conferencia com Ó
por escriptõ; ou da copia da contestaçgo ao auctor, se este
se prevalecer da dita nullidade antes da audiencia de sen-
te@a.
. _ 7.O Por falta da entrega da copia do rol das testemunhas
' (1) Deverá ta-se em vista sobre esta materia o que dissemos
ao. auctor-ou ao rdo, ou da pauta dos jurados do réo. - - ,: &&se- Recursos, e a doutr~naestabelecida no art. 26.O do dec. n.O 1
88 PÒr falta de~juramentoaos peritas, testemunhas e * &I 45 s& 1892, não ponda em esquecimento a jurispr~ill~~iicia do
%p. Trib. de Just. sustentada no seu Aee. de i5 março 4-:i'l. publi-
:jurados, ou de siias assignaturas. &O na Rev. dos Trib., n." 365 do 16.0 amo, onde se manda a]iplil.ar
8.' Por falta de interprete ajaramentado, nos casos em Bojiganaento o processo estabelecrdo n'este art. 15.0 da ler de 18
q g e a lei o exige, ou por ter sido nomeado interprete pessba @lho i8551 sem embargo do atado art. 2 6 . O do dee. -de 1892, que é
prolfbida-pela lei. -(Esta no 5 4.0 do art. 949.O da Nov. -Wcessario harmonisar, o que me p a r a d e r fazer-se mandando o
rekabr dar vista do pi-01~ ao l i n . P&. e &vogados para dadu-
Rec Jud.-prohibe que seja interpreté qualquer testemunb - -4,

*em por eseripto as iinilli~lades,e em seguida, pondo-lhe i> vistono


s n o escrivão do processo). pasa de 48 horas, manda[-u conclusar aos dois juizes seguintes, para-
-.- 40." Por falta da intimação da-sentença, se d'ella & não ., nsmt..iii~~p s o @rem o vis@-%giiiiido-se o mais do disposto no
tiver r é a g i d o . art. 1.1172.3do coa. ao Proc. C&. - (\.ii1. pag, 1%).
que its partes ou o Ministerio Publico tiverem deduzido rArt. 93." -A fazenda nacional, o Ministerio Publico e
sobre nullidades, e decidindo-se por aecordZo- que estas, os presos notoriamente pob~esoii qualificados como ta&,
ou as que o relator apontar, não procedem, correra o feito -pasto que sejam auctores òu recorrentes, são excéptnados
pelos juizes, e posto em tabella ser$ julgado no dia apra- d o pagamenko de assignaturas, emdum&@s e salarios em
sado. -.eus respectivos processos, quaesquer que elles sejam.
8 2.O Se, porem, as nullidades forem julgadas suppd- Estes-continuarão seus termos independentemente do pre-
veis, mandar-sehão fazer os actos, e diligencias necessa- paro no juizo ou tribunal èm que se acharem, ou n'outro
uálquer a qne subirem; sendo porém a final condemsada
rias, antes de visto o processo pelos juizes, e satisfeitas se-
julgari a h a l como fôr de direito. 7
Ia guma parte que não gose da isenção sobredita, se cobrara

executivamente na forma dos artt. 130.O e 1131.O as assi-


3.O Sendo as nullidades substanciaes e insanaveis, o
processo será julgado nullo em todo o r ~em parte, e a causa gnaturas, emolumeutos e salarios qae fere-m devidos pelos
ser8 de novo instaurada, ou continuada no mesmo pro- ;actos do processo na conformidade d'estas tabellas.

cesso, conforme o que se julgar. : $ unieo. Quando em processo crime houver parte que-
5 4." 04quefica disposto n'este artigo não tem applic; relante além do Ministerio PubTico, não fica aquella dispen-
ção ás appellações correccionaes, e outras que só são exa- sada' de fazer os devidos- preparos, não podendo porém
minadas pelo ~elator,que continuarão a ser julgadas em nunca-a -ta d'elles impedir o andamento do processo pro;
conferencia, como se acha estabelecido na Reforma Judicial. movido pelo Ministerio publico^.
--Este artigo e 3 foram exactamente reprodnzidos no
afl. 85.0 e 3 unicbda Tab. dos Emol. Jud. junta ao Regi-
mento de Justiça para a India, mcau, Timor e Moçambiqnè;
approvado por dec. de 1 dez. t866, sxcepto na citação dos
CAPITULO XIV artt. 130.' e 931.O, que substitue pelo aTt. 122.O do mesmo
regimento. .
D -A lei de 18 julho 1855 diz no art. 18.O- aNenhum
Das enstrs réo se15 obrigado a pagamento de custas em processacrime,
sendo absolvido; nem d'elle serão exigidas, ain& que seja
condemnado, sem passar a sentenqa em julgad0~.
A-A respeito de custas civeis dispõe o seguinte o dec. E -O Cod. Pen. no art. l28.O diz -«Nenhum r40 será
'n.O 2 de 15 set. 4892 no art. 17.O- aAs disposiçó,es dos @rigado a pagamento de custas em processo crime, sendo-
artE. 1:OOO.O e t:O04.0 do Godigo do Processo Civil não a3solvid0, nem d'elle seráo exigidas, ainda queseja
comprehendea as custas de parte, mas só as do juizou. demnado, sem passar a sentença em julgadam. - con-
2-0 dec. a" de 1E; set. 1892 dispõe o segaipte: ,
Custas criminaes «Art. 28."-0s fiadores ou abonadores dos r b s -são
responsaveis pelas custas dos processos, e no'termo da
%-Diz a Nov. Ref. Jud. no ah. 61Fj.O -« 0 condemnado fiança se mencionar8 essa responsabilidade.
em custas, que não pagar no decendio e a quem não forem 3 unico. As custas em processos crimes não são remiveis .-
achados bens su,fieientes, serà preso pelos dias correspon- C O prisiios.
~
-$entes -á importanciã da execução, a razão de mil réis por G - 0 decreto regulamentar da cobrança dos emoIu-
aia*. mentos judieiaes de 24 set. 4892 dispõe:
C- A Tab. de Emol. Jud. approvada por lei de 30 .junho'. aArt. 2."-. .. 3 1.O Nos processos crimes em que-'
4864 dispunha: 'Luver parte accusadora, quer n'elles íntervenha ou n5o
o ~ n i s t e h~ bol i k , e nos actos avulsos, como &tificados cedendo-se em quantó ásraccrescidas, pela fórina ptecei-
,de registro criminal, mandados de prisão ou soltura, depre-i tuada no 2.o d'este artigo.
cadas, rubricas em livros e outros simílhantes, a estampilha Art. 4."-Os escrirães são abri.gados a remetter á cinta
mrreqondente aos respectivos emolumentos sera collada os-.processos crimes, em que hoúver parte acqusadora, de,
pelo escriváo, e logo jnutilisada pelo juiz no acto dáassi- ciqcoenta .em cincoenta folhas de processado no juizo, e i
gnatura ou do despacho, quando este deva ter lugar; bem assim os que estiverem paraaos no cartorio-por mais
5.2.O Nos processos crimes em que não houver p a h de tres mezes, sem que se-promovam os seus termos, e,
accusadora, as estampilhas serão colladas pelo escrivão, e em todo -o caso os remetterão sempre a final, ou quando
inutilisadas pelo juiz, verificando.se o pagamento das castas, passarem para outro oartorio, juizo ou tribunal.
voluntaria ou executivamente, pelo reo ou fiadores, s e ~ ó s fj unico. Pelas custas que se deverem serão logo exe-
tiver. cutados os auctores e requerentes nos termos dos-artt.
- 5 3." O escrivão, sempre que o réo tenha fiadores, la- -971." e 972." do Codigo do Processo Civil, salvo o direito--
vrar&,logo termo de responsabilidade pelas custas do juizo,. daçpartes de rehaverem os emolumeutos 'e salarios pagos,~
que os mesmos fiadores assignarão. ou executivamente cobrados, de quem competir-a-finalo..
g 4.O Se o r120 ou seus fiadores não tiverem bens sufpiciéntes H- A lei de 6 julho i893 sobre liberdade eondieional-
para integral pagamento das custas do proc~sso,haverá ra- dispõe :
l a o - l a o o~ restado
~ e todos os empregados do que restar da^, ' - a-4r.t. 10."-A suspensáo não abrangerá o pagamerito *

imporlancia das multas e sêllos. de custas, a indemnisação do darnno causado pelo.celicto, -


$ 5.O Nas apyellaçóes e revistas crimes, em que nos ou qualquer restituição a que o réo for obrigadou. ~

sermos da legislaçáo vigente não seja obrigatorio o paga- I -A lei de 4 maio 1896 dispõe:
mento antecipado das custas e sêllos, o processo não.podera aArt. 9."- Os réos que forem condemnados pelomesmo .
subir 8 4i.a instancia, ou ao Supremo Tribunal de Justiça, crime, serão solidariamente responsaveis pelas custas e --
sem-que seja previamente depositada a importancia total sêllos do processo, salvo o direito regressivo do @e-pagar,
dos mesmos sêlios e custas, depois de competentemente e n t r a os outros condemnados, e-não serA exigida aquelia
verificada: responsabilidade a outras pessoas, excepto no caso da fiança
8 82 F i m exceptuados da disposição do $ antecedente a que se refere o artigo seguinte.
os recursos interpostos pelo Ministerio Publico e pelos réos $ unico. Exwptuam-se da responsabilidade solidaria es-
presos. tatuida n'ege artigo as custas e shllos relativos i repetição
§ 7P 0 deposito a que se refere o 5 5.' ser8 feito na d e actos a que algum dos réos der caasa, bem como as
caixa geral de depositos, ou suas delegaç6es, e o eompe- provenientes 'de actos requeridos para defesa especial de.
^tente duplicado da-guia com simples recibo da caixa~junto algum d'elles.
ao processo. Art. 10."-0 s pagamentos das custas e.sêllos' dos pro-
.$-.8i0Se o recorrenle fôr absolvido a final, ser-lbe:ha cessos crimes poderá ser feito em tres prestações fixadas
restituido o deposito por meio de cheque sobre-a caixa, pelos juizes, se os réos assim o requererem, e prestarem
ãssignado pelo juiz, precedendo averbamento da entrega Eança idonea por termo nos autosgue será gratuito e sem
do mesmo cheque por cota do escrivão lançada nos autos sêllo.,
e assignada pelo reo. Se fôr condemnado, o respectivo es- -Art. 11." Serão isentos do referido pagamento os réos
.crivão com o cheque passado por elle, e assignado pelo que provem a sua pobreza por attestados das paroehw e
juiz competente, receberá a quantia depositada, coIlar8 nos regedores das freguezias d o seu domicilio, juraàos e devi-
autos as estampilhas correspondentes aos enholume~rtosper- damente recontiecidos.
tencentes ao estado, e pagara os sêllos e mais custas, pro- 3 unico. .A proya da pobreza poderá ser feita no aeto do
fulgamento, ou atè terminar-o decendio posterior fr citação aeiegaçÕes, e o duplicado dr guia u>m o &pele&@ r*
ga. respectiva execução, que n'este caso çe julgarh ex- ^çerhjunto ao processo.
-tineta. ..
. Depois da decisão final s i observara o disposto no38.0
Art. 12.0-0s signatarios doi-attestadosem que se falte .& art. 2.O do ,regulamento -de 24 de setembro de L8921
á verdade, e os que d'elie fizerem uso, incorrerão na res- Ai-6. 8ti.O -Quando seJâ concedida a revisão nos termos
pectiva responsabilidade criminal. --$o a@. 3.O e seguintes da carta de lei de 3 de abril do GOr-
-Art. 13."-Aos réos condemnados em c u s t a ~ , ' ~ unão
e rente anno, o s emolumentos, sêllos e custas do processo
L..
tenham demonstrado a sua pobreza .na confqrmidade do que d'essa concessão se derivar serão stmente contados e.
,arE. 11.O ou do .seu 3 unico, não lhes sendo achados bens pagos quando o requerente particular houver decahido, e
sufficientes para o seu pagamento, será applicavel ?.dispo- -:em harmonia com os emdumentos e salarios fixados desta
sição do art. 615." da Novissima Reforma-Judiciaria, divi: tabe'Ua para o processo crime que se tenha seguido. - ..
dindo-se para este effeito as custas, quando haja mais de Art. 99."-Em todas as causas civeis, commerciaes e
upi cwidemnado. cr$m'naes na-i." instancia, será entregue com o preparo,
3 unièo. A prisão por custas não poderd exceder trinta- ...quando o haja, a quantia de 800 réis para despesas do tri-
dias em pracesso de policia correccional, sessenta em pro-, bunal.
cesso.correcciona1 e noventa em processo ordinarion. Art. 50.O -0 s escriváes não são obrigados a remetter
J -A Tab. dos Emol. Jnd., approvada p d a lei de k3 o processo para outro tribunal, juizo òu cartorio, aiada que
maio 1896, dispõe: , haja recurso interposto, sem estar paga a importancia que
aArt. 76."-A fazenda nacio~al,o Ministerio Piiblico, os se -dever de emolumentos, sdarios e sêllos, segundo a
curado-s geraes,~os advogados officiosos e os presos,. re- conta feita pelo contador.
conhecidamente pobres, são dispensados do pagamento de 5 unico. Esta disposição não tem applicação nos casos
qualquer preparo, emolumento, honorario ou salario; mas, . d e ser a remessa promovida pelo curador dos orphãos,
se a-final fbr condemnada alguma parte que não gose d'esta - Ministerio Publico, ou reos presosr .
Zençáo, pagara esta as assignaturas, emolumentos, hono- K - 0 dec. de 30 dez. 1890 que reorganjsou a. secretaria
rarios, salarios e custas em que fôr condemnada. -do S ~ p r .Trib. de Just., providenciando sobre a cobrança
$:I." A falta de preparo pela parte accusadora nos pro- d e custas para os funccionarios d'aquelle tribunal, dispõe no
cessos criminaes não obsta a que elles prosigam quanto A 5 art. 16.O - aQùando o litigante, que fôr condemnado em
amusação do Ministerio Publico, devendo, porem, aquella custas, não satisfizer a sua importancia, no praso de "vinte
falta qnsiderar-se-comodesistencia da accusação particular -.dias, a contar da intimação do accordão, serao ellas cohrzdas
desde q u e finde -o praso legal do preparo, ou desde que &ecutivamente, passando a secretaria, para base da exè--
finde o praso que para esse fim lhe fôr marcado por des- cução, certidão narrativa da conta que, para este e%to,-
pacho, caso não esteja designado na^ lei. Será enviada ao competente delegado do procurador rkgio,;
52.O 0 s processos de+quetrata este artigo serão sempre por intermedio do procurador geral da corba, para o de-
contados, quando subirem em recurso. legado promover a execução e remetter a importancià co-
5 3.O Quando n'estes processos forem interpostos, re- brada a secretaria do Supremo Tribunal~:
cursos por pessoas que náo sejam o Ministerio Publico ou
os réos presos, não poderão subir a instancia superior sem
-
L Com èsta disposicão está de harmonia o 3 3.0 do art..
27." da Tab. dos Emol. de 1896 que estendeu ás Rela~6esi~
que seja prbviamente depositada a importancia total das mesma disposição, devendo o delegado receber do-procu-
custas em divida ao juizo e ao estado, e a importancia dos rador r6gió as certidões.
s&llos.' O art. 78." da mesma tabella sustenta a fbrma d a ex&
O deuosito será feito na caixa geral de depositos ou @as CUção nos termoi do art. 971.' do Cod. do Proç. Civ., a-
&i1 ser instaurada pelós delegados, pelos es&i;ãe~
,ou inbressados.
:
.iü-Não B fora de proiosito expbr a doutrina sòbre- pa-;
gamento de sêllo que avulta as contas d~ prpcesso.
diz a verba n . O M da tabella n.O 4 da lei do sê110 de 91
jalho 1893 - «Os processos eui que a fazerida nacional, o
NI@ist6rio Publico ou qualquer associação de soccorro mu--
tua, estabelecimento de beneficencia ou de piedade fôt:
parte. Esta isenção comprehende os actos e documentos
emanados ou promovidos pela fazenda nacional, Ministerio.
Publico ou estabelecimento de beneficencia ou de piedade,
eni todos os processos civis, criminaes, fiscaes - e orphano-
lógicos,' em que intervierem; devendo as outras partes
considerar-se sujeitas ao respectivo sêllo, e albm d'isso-
pagar a final, nos casos em que houver condemnação, o
sêli0 do processo que fôr devido, salvo smdo pessoas pobres,
verificahdo-se a impossibilidade -de pagar por attestação PARTE F,SPECIAL
jurada do administrador do concelho e do parocbo respe--
ctivo, ou,sendo praças do exercito e da -armada, julgãdas
ante os-tribunaes militares>.
A. fórma de se fazer a cobrança dos sêllos é a mesma
'

que.a estabelecida para as custas-art. 78.O da Tab. dos


Emol. Jud. de 1896.
TITULO I1

Parte especial

CAPITULO

DO -processo eontra os Medres da Familia Red, Sin*ros


d'Estado, Conselheiros d'Estado, Pares e Deputadoa

A -A carta constitucional de 29 de abril de 1826 dis-1


põe como se segue :
aArt. 26.'-Nenhum Par, ou Deputado, durante a sua
deputação póde ser preso por auctoridade alguma, salvo p o ~
ordem da sua respectiva camara, menos'em flagrante de--
licto dè pena capital.
Art. 27.' -Se algum Par, ou Deputado fôr pronunciado,,
'o -juiz, suspendendo todo o ulterior procedimento, dará
conta i sua respectiva camara, a qual decídirA se o. pro-
cesso deve continuar, e o membro ser, ou não, suspensò
no exercicio das, suas funcções.
Art. 37.O -E da privativa attribuição da ,me-ma ca-
mara (dos deputados) decretar que tem logar a aceusação
dos Ministros d'Estado, e conselheiros d'Estado.
Art.- 41.0-É da attribuição exclusiva da Camara dos
Pares r
$ I .o- Conhecer dos delictos individuaes commetdidos
pelos membros da F8milia Real, Ministros d'Estado, Con--
sélheiros $Estado, e Pares, e dos delictos dos Deputados,
durantè o periodo da legislatura ;
PROGESSO CONTRA PARES DO REINÒ, ETC. - ~g
. .
$ ~ . ~ - ~ o a h e c edas
r respcksabilidades-@s Secrelaii@i O Codigo de Justiça Militar de 1'3 de maio de 4886 dis-
e -6onselheiros &'Estado. põe no art. 379.O cQuando do processo resultarem indicios
-- -Ai.t. - 42.'-No juizo dos crimes, éya accusaç80 ,não de criminalidade contra algum par do reino, deputado da
pertence a camara dos Pares, accusará o Procurador da na$.ão ou qualquer pessoa que tenha, além do militar, outro
h
. corda*. (4) @ro especial, o commandante da divis3o observar2 o que
B -O Acto Addicional de 86 de julho de 1885 diz :- .a tal. respeito está determinado nas leis geraes.
rhrt. 3.'-Nenhum par vitalicio, ou deputado desde que D- A lei de I5 de fevereiro de 1849 diz:
f& @roClamado na respectiva assemblêa de. apuramento,: uArt. 1.O -A camara dos pares do reino, constituida em
pade ser preso por auctoridade alguma, salvo por ordem tribunal de j~stiça criminal, reune-se para exercer suas
da sua respectiva camara, menos em flagrante delictch a funcções judiciaes, n3o somente em quanta duram a s ses-
qye-corresponda a pena mais elevada da escala penal. saes da camara dos deputados, mas tambem depois d o
Egual disposição 15 applicavel aos pares temporarios desde encerramento das cbrtes geraes; ainda no caso de ter sido
e sua eleição-até que termine o mandato. -Fica por este dissolvida a camara dos deputados.
modo substituido o art. 2 6 . O da Carta Constitu@onal. - Art. 8.O- A reunião da camara dos pares em tribunal
- Art; 4O. -Se (2) algum par ou deputado fôr aauaadó de justiça, quando fóra do tempo das sessões da camara
-ou pronunciado, o juiz, suspendendo todo o ulterior proce- dos deputados, não poderá ter logar sem preceder decreto
Fdime'nto, dará- conta a sua respectiua camara, a qual deci- do poder executivo ouvido o conselho d'estado.
diri-se o par ou deputado deve ser stkpenso, e se o pro- $ unieo. -No caso do presente artigo o decreto desi-
cesso deve seguir no intervallo das sessões ou depois de- gnará o objecto da convocação sobre que tem a decidir a
fjndas as funcç6es do accusado ou iQdiciad0.~I camara dos pares, como tribunal de justiça; e alem d'elle.
-; -
.C A 'Novissima Reforma Judicíaria @z: não poder&a mesma occupar-se de outro assumpto, e nem;
- c Art. k003.O -Se, porém, o indiciado fdr algum mem:. decidido elle, continuar as suas sessões.
bro d a família real, ministro d'estado, conselheiro mstado Art. 3 . O - Para que a camara dos pares se possa con-
-Ó@@hbrctdo corpo legislativo, durante' o periodo da le- c
stituir em tribunal de justiça, e devidamente funccionar,
'gislatu~a,o juiz não poderá contra elle passar manda& são necessarios ao menos dezesete pares presentes, que,
de custodia; porem, feita a pronuncia, remetterá 'o pro- por motivo legal, não estejam inhibidos de serem juizes na
cesso com todo o segredo de justiça ao tribunal, (2)que causa que houver ctc ser julgada.
'-poriei fBr competente p m o ju1gar.n Art. 4;0- Observar-se-ha n'estes processos, em tudo o
que fbr applicavel, o que se acha estabelecido na Nov.
Ref. Jud., e demais 1egislaçá.o em vigor, para o julgamento
"
:dos crimes e erros de officio, de que corihece o Supremo
Í I ) O mesmo dispõe a Nov. Ref. no art. 94.0,n.* $.O, por isso que' a Tribunal de Justiça em primeira e ultima instancia. (i) .
daccusy$io dos ministros-e conselheiros de estado pemnee á ca--
mara $os deputados, dando para Isso eomm~~são a alguns cepqados,
w e n a o podem ser mais de tres, para deduzirem a accusaqao perante
a e-@ dos pares-art. 5.0 dalei 15 fev. 1849. .dos deputados, se o crime foi praetieado por algum deputado. D'este.
(2)-O 'uiz de direito, sem embargo do disposto no-art. 1:003.* da-, ,sentir é tambem o sr. &r.Dias Ferreira a pag. B9 das Annotações
.Nov. ~el-Jud.,e tendo em attençáo o dispostono art. 4..0 do-$>?cto- á Nov. Ref. arM. i:003.0 e 1 . 0 0 4 ~
addleional de Z4 de julho 1885, déve remétter o prMesso com a pro- Se a indieiação fi3r contra algum Ministro e Secretario d'estado
qaneia, se fôr easo d'isso. ou o simples corpo de delicto, se ao crime ou d'algum Conselheiro d'estado, intendemos que o processo deve
cMrespon8er sómente o proeesso de policia eorreecionaí, e m a pTo; ser enviado apresidencia da cauiara dos deputados, visto o art 37:
%cão-de queixa do Min. mibl. ipresidencia da camara dos pares, d;r C. C. .-
n Q W h e foi commeltido por Jgám par,.e ipresidencia da camara ( i ) Em conseqnenda #este artigo intendo que deve fazer-se a
Il VQL*4
~ -
a
0 E S P ~ A L I D A D E SNO' REINO

g!
-
'Art. 5." No juizo dos crimes, cuja accusação pertence
camara dos deputados, poderá esta fazer-se representar -orârt. 42." -Perde o logar de deputado:
por- uma commissão, eleita d'entre os seus membros por 4."- O que por sentença com tra,mito em julgado .m-
escrutínio secreto, e que nunca exceder&o numero de tréS. , còrrer em interdicçâo ou incapacidade prevista no n." 1."

Art. 6.o-Fica revogada toda a legislação nò que fôr e na ultima parte do n.O 3." do art. 2.0
emente contraria As d~sposiçõesda resente lein. Art. 3 . O . . . n: 1.O - 0 s interdictos, por sentsnça,'da'
A lei de 3 de setembro de 1842 h:
oArt. 4.O -0 oficial maior director, e, nos seus impe-'
administração de siia pessoa ou de seus bens, e os faliidos
não rehabilitados.
dimentos, os officiaes ordinarios da secretaria da camara -
8 . O 2.5 ultima parte Os incapazes de eleger para func-
-dos.pares, são escriváes dos processos quando a camara~ eões publicas, por effeito d e sentenga pena1 condemoat@-
'se formar em tribunal de justiça. Gari.
Art. 2.' -Os oniciaes da secretaria, designados no wt. .
Art. 12.ó. . 8 2: -Sómente h camara dos deputados
-compete dèclarar a perda do logar, em que incorrer algum
12, poderão praeticar dentro e fora da camara todos os
actos necessarios para a organisação e julgamento dos di- dos seus membros, fundando-se, salveno caso dos n.aT7.0
tos processos, nos quaes terão f6 publica em tudo o-que a e 8.O, em documento authentico comprovatiw do facto qae
lei attribue aos demais escriváes. a mantiver^.
Art. 3.' - Fica revogada a legislação em contrarioo' G -Regulamento (1) interno da camara dos pares consti-
E -A !ei de 3 de maio de 1878 diz: - tuida em tribunal de justiça, approvado e a sessão de 1 de
uArt. 7.O -Nenhum par poder&ser privado da dignidade abril de 1892.
-de par, nem impedido de exercer as Suas funcções senão
por alguma das seguintes causas : Da sua organisaqão
22 - Se fi3r condemnado em alguma das penas que im-
p&am perdimento de direitos politicos. Art. 1." - O tribunal dos pares compõe-se de tantòs jui-
Apt. 8.O-Fica suspenso de exercer as funcçóes de par zes qnantos os pares que tiverem tomado assento na ca-
do .reino :- 4.0 AqueIle que f6r condemnado (i suspensLo mara e se acharem residindo no continente do reino, de-
dos direiios politicos, ou a qualquer pena que importe essa pais de competentemente avisados por cartas convocatorias
suspensão, em quanto durarem os seus effeitos ; expedidas pela presidencia com a necessaria antecipação e.
L' - O que fôr interdicto por sentença da administra- designação do dia, hora e objecto da reunião.
-@o dos seus bens ; 5 4.O-Todos deverão comparecer, ou en~iarão sua%-
-I 3.O- 0 que fôr pronunciado por algum crime, sendo a escusas, fundadas em causa legitima.
pronuncia ratificada pela camara com effeito de suspensão~. 2.O-Na sessão de julgamento ou audiencia solemne
I? -A Lei eleitoral de 31 de maio de 1896 dispõe o se- vestírão o ,seu uniforme de par (3,farda ou traje proprio
'guinte : r ao^ emprego que exerçam ou tenham exercido; e, náo o
,-tendo, casaca e gravata branca.

distincção dos crimes serem commettidosfhdo exwcicio I& fPs12cçÔes


r, n &esseexercicio;por isso que no primeiro caso é applicavel o d i 6 - (1) Este Begnlamento snbstituiu o appruvado na sessão de 8 de
posio nos artt. 763.0 a 770.0 na parte respectiva, e no segundo, t & q agosto de 1861.
applieação as disposições dos artr 771.0 a 786.0 da Nov. Kef., Gim- ' $2) OS unifpmes de par podem ser grande e pequem. As condições .
bem na parte respectiva, como resulta dos artt. 88i.O e 822:* da dogrmde unifome f0rdiII reguladas pelo dee. 8 out. 1826, e do qual
mesma lei, combinada com a natureza do processo. talho art. 4Olj.0 do regimento interno; e as de pepumo unrformr;são
&determinadas no art. 103.0 do mesmo Regimento.
,$ 3.O- Só os pares, que comparecerem antes de decla-
rada a competencia do tribunal, poderão funccionar ate
final, e nenhum podera eximir-se de ~ o t a r . 9 se.0 processo deve seguir no intenallo das sesGes ou
;Art. 2.O-Para que a camara dos pares se possa con- depois d e findas as funa$es do indiciado-ou abcnsado. (i)
stituir em tribunal de justiça, e devidamente funccionar, $ unico.-As conclusões d'este parecer serão votadas
são necessarios ao menos dezesete pares presentes, que pela cauiara em escrutinio secreto, e por esta fbrma ser&,
por motivo legal não estejam inhibidos de serem jnizes na logo eleito o relator do processo.
oausa que houver de ser julgada. Art. 8.O-Nos crimes dos deputados, logo que os respe-
Art. 3." -Junto ao tribunal dos pares funccioaarii como ctivos processos forem enviados a esta camara, serão elei-
ministerio publico o procurador geral da corôa, escepto tos os relatores pela fbrma preceituada no $ mico do artigo
quando houver accusação promovida pela camara dos dep- anterior.
tados contra os ministros &Estado ou conselheiros #Estado Art. 9."- Para os processos, por crimes das outras pes-
(Carta constitucional, art. 42.O). soas sujeitas-a exclusiva jurisdicçáo do tribunal dos .pares,
Art. 4.O-Os empregados subalternos do tribunal serão a camara não sb nomeará, do mesmo modo, os relamres,
os mesmos que servem na camara dos pares, exercendo as mas tambem resolvera se esses processos devem seguir
funcções de escriváes dos processos os que forem designa- durante a sessão legislativa ou no seu intervallo.
dos pela carta de lei de 2 de setembro de 4842. Art. 10.O-Aos relatores competem, para a instrnqão
e julgamento do processo, as attribuiçóes que as leis con-
ferem aos juizes relatores nos tribnaaes de justiça.
Da competencia
Da ordem do jniao
Art. 5.O-São submettidos A competencia e-exclusiva
jurisdicção do tribpnal dos pares todos os delictos commet- Art. I !.O -No processo fixado para o seguimento- do
ticios por aquelles que vêm mencionados na Carta Consti- processo será este relatado em sessão publica do tribuqal
tucional, art. 41.O $$ 1 . O e 2.O .selo relator, e, findo o relatorio, os juizes passarão a votar
em conferencia particuiar sobre a procedencia o u impro-
Das attribuiçòes do presidente cedencia da accusação ou da pronuncia.
Art. i2.O- A maioria absoluta dos votos legitima a deci-
Art. 6."-Ao presidente da camara dos pares compete sáo, e, qualquer que esta seja, se-escrever4 no processo
presidir o tribunal dos pares, e n'esta qualidade perten- com assignatura de todos os juizes, mas se a decisão fbr
cem-lhe todas as attribuições que as leis do reino outor- confirmativa da accusação ou da. pronuncia, dever-se-ba
gám aos prehidentes do Supremo Tribunal de Justiça e das declarar conjunctamente se o accusada ou indiciado pbde
Relações. livrar-se-solto, ou se fica obrigado a prísáo, ou a livra-
".
D'OS actos preparatorios do juizo

Art. 7.O-Quando algum processo f8r remettido & camara


das pares, em o qual se ache pronunciado algum par, o
t
(1 Em vista do art. 4.0 da lei 14:fev. $%c) que manda observar a
legis @o respeitante aos juiees do Supemo Tribunal &e Justiça,
quer-me parecer que antes da confirmaçao da pronuncia, e aows de
presidente, dando~d'issoconhecimento a camara, reinetterh s e deliberar se o par deve ser suspeaso, deverá dar-se-lhe cópia de
:todo o processo para responder, sobre a materia criminal, quando
o rocesso á commissZio de legislação, para que com o seu
F
pa ècer a camara resolva se o indiciado deve '%r suspensoi
;o @me foi commettido no e&cw
d,o ait. 7 2 4 da
~ Nov. Ref. J u ~ .
de fuwgões, conforme se deduz
.- Não conheço, porém, processo algum sobre este ponto, e por iSso
ignoro como o tribunal dos pares tem entendido-a questão d'esta n&a.
- 8 unico. - A copia da contestaç20 seri tambem eiitregke
mento dèbaixo de fiança, tendo-se em vista os preceitos da ao ministerio publico e a parte accusadora, se-a houver,
lei commum. podendo, tanto este articulado como ~Jibello,ser instrujo
Art. 4 3." -Se a decisão do tribunal fôr que não procedg com'dócumentos e rol de testemunhas.
a accusação, ou que não deve ser confirmada a pronuncia, Art. 20.O -F~ndo o praso assignado ao aceusado, l o m
nZo se fari mais obra alguma no processò, o qual se man- que o reIator,.com contestação ou sem ella, e tendo-&
dará guardar no archivo, dando-se parte do resultado aos observado o que preceitua a lei de 45 de fevereiro ae R389
juizes d'onde elle procedeu, e declarando o presidente, de- C

e o-mais que prescreve a lei geral do reino no que possa


póis de publicada a decisão, dissolado o tribunal. ~

ser applicavel, quanto a inquirições, exames e outras-diiigen-


' Art. 14.'- Se a pronuncia fôr de prisáo, passar-se-ha, . cias, declare o prócesso preparado para discussão e julgá-
não sendo o indiciado deputado, e se não estiver preso, mento, o prèsidente designará dia para audjencia solemne, -
mandado de captura assignado pelo presidente, o qual re- que'nunca teri Iogar sem o iatervallo, pelo menos, de vmte-
quisitara do governo, pelo ministerio respectivo, a prisáo, ' dias.
sem Fe que o director geral da secretaria da camara . p e $ unico. -Auctores e accusados, não estando estes pre-
por Yei serve de escrivão, não possa effectual-a. sos, e seus advogados poderão examinar e tirar aponta-
brt. 15."-Quando f6r admissivel a fiança, ,será o indi- mentos do processo na secretaria da camara, e na pre-
ciado obrigado a prestal-a, mas deveri declarar, por termó sença do director geral.
nos autos; o logar em @e na sede' do tribunal lhe poderão
ser feitas quaesquer intimaçóes, e, se não comparecer no
praso assignado, sempre que para esse- fim fôr notificado, Da andiencia sofemne
-sera preso, sem que Ihe seja concedida fi-ça. Art. 24.' -No dia da audiencia da sentença, achando-se'
Art. $6.'-Sendo o indiciado deputado, a sua phsão, reunido o tribunal, o procurador geral da coroa, o r60 e as
em qualquer dos casos j i especificados, e se ainda não partes accusadoras, ãssistidas de seus advogados, ó presi-
estiver preso, só póde ter logar por ordem da respectiva dente, fazendo manter a ordem e o silencio, propori ao
camara, que o presidente do tribunal solicitará opportuna; tribunal que haja de declarar a sua competencia. Se sobre
-mente. ella o accusado tiver que allegar, sera ouvido, e com a
Art. 47.'-Preso ou apresentado o indiciado ou accu-
sado, b e serão feitas, perante o presidente, pergugas resposta do ministerio publico poderão conferenciar secre-
sobre a culpa, pelo juiz relator. tamente, e darão a decisão em sessão publiea.
_ Art. 48.'- 0 processo, com o respectivo certificado do Art. 82." -Seguir-se-h%oas suspeições dos juizes pro-
registo criminal, seri, por despacho do juiz relator, conti- postas por uma e outra parte. Só serão admittidas as suk -
nuado com vista ao procurador geral da coroa,- que no peições fundadas em causa legitima, e essas são as pug
praso de oito dias improrogaveis formar6 o libello accusa- vhm marcadas na lei commum.
- torio.
Art. 23.' -Deciddas as suspeições, seguir-se-ha a lei-
§ unico. -Havendo parte accusadora, seri esta intimada,
tura das peças do processo, a inquirição das testemunhas, -
qa pes;Soa do seu advogado, para offerecer no mesmo praso. a confrontação d'ellas, as perguntas ao reo, as alle'gaçóes
o seu libello. oraes de accusação e defeza, observaiido-se, em tudo o que
Art. 19.'-No praso dos primeiros tres dias seguintes fOr applicavel, o que se acha estabelecido na Novissima Re-
-ao offerecimento dos libellos, serão estes por cópia eptre- forma Jùdicial e demais legislaç5o em vigor para o julga--
gnes ao a-sado, afim de apresentar a sua contestação; - mento dos crimes e erros de oficio, de que conhece o Sn-
para o que o juiz rdator lhe agignara o praso de quinze fircmo Tribunal de Justiça em primeira e ultima instancia.
.dias. ' Art. %.OLAcabados os debates, ficarão os juizes sos
i

PROCESSO CONTRA OS,NABISTRAüOS JUD~CIAESDO REINO $47

para deliberarem sobre a sentença; redigida e assignada,


sera publicada em sessão publica.
tinico. -Não poaendo a sentença ser assignada por CAPITULO I1
algum dos juizes, fará o relator a declaração de que tem o
bvot,o d'esse juiz.
Disposiqões geraes Proeesso contra os magistrados jodieiaes e o Ministerio Pnblieo
Art. 25.O- O presidente dará as ordens necessarias e
providenciari convenientemente, para que possa ter Iogar,
depois de previa e legalmente auctorisada, a reuniáo da
camara dos pares em tribunal de justiça. Processo contra os magistrados que devem ser julgadps
Art. 26:- As decisões do tribunal sobre a procedencia no Supremo Tribunal de Justiça on nas Relações
ou improcedencia da accusação ou pronuncia, e na audien-
cia 'wlemne a respeito da absolvição ou eondemnaçáo do
accusado, serão tomadas com declaração de voto, e sem- A Nov. Ref. Jnd. distingue duas fbrmas de processo nos
pre por maioria absoluta. crimes commeltidos por magistrados judiciaes ou do Min.
Art. 27.O -Ao presidente do tribunal dos pares incumbe Publ., que respondem no Sup. Trib. de Just. ou nas Rela-
designar os logares que devem occupar o procurador geral ções, conforme os practicam no exercicio das suas funcçOes
da corôa, os advogados, o accusado e todos os que inter- ou fora d'ellas.
-vêm no processq segundo o que se practica nas sessões No primeiro caso encontram-se as respectivas prescri-
do Supremo Tribunal de Justiça. Ao relator do processo pç%s no art. 771.0 e seguintes da Nov. Ref.; no segundo,
incumbe fazer as perguntas e exercer as demais funcções e regulada a materia no art. 763." e seguintes da mesma
.dos relatores nos tribunaes de justiça. Ao director geral lei. (1)
da secretaria da camara incumbe-fazer a leitura de todas
as peças do processo, que devam ser lidas.
Art. 28."-Nos crimes cuja accusaçáo pertence A ca-
'mara dos deputados, podera esta fazer-se representar por o estudo do direito constitucional portuguez, do Sr. dr. Lopes Praga,
uma commissão, conforme preceitua o art. 5.O da lei de onde se encontram valiosos documentos publicos do nosso direi-
15 de fevereiro de 1849. patrio.
Este Reg. foi ealoado sobre a anterior de 8 ag. 1861.
Disposições transitorias Nem no regutamenío interno da camara dos senhores deputados
de 2% de março de 1876, nem no de 21 de fev. 1896 que o substi-
tuiu, nem no Additamento de $7 nov. 1894, publicado no D. G., n.*
Art. 29.O -As disposições d'este regulamento s ó são $74 de 1894, encontro disposição alguma especial que respeite a
applicaveis aos termos ulteriores aos processos pendentes. materia de processo criminal contra deputados.
Palacio das cbrtes, I de abril de 1898. (aa). -Augusto (i) O dec. de i4 junho 1842, prevenindo a hypothese de'seinten-
tàr acção criminal contra os presidentes ou vice-presidentes dos tri-
Cesar Cau da Costa, supplente a presidencia- Conde .bunaes superiores; dispõe. como se segue :
d'AoiZa, 1.O secretario -Manuel de Sousa duedes, servindo ~ A r t .4P - Nenhum presidente ou vice-presidente dos tribunaes
de 8 . O secretario. (1) superiwes de justiça podera s g demandado civilmente, nem soffrer
procedimento criminal, por factos relativos á presidencia, sem prévia
auctorisação do governo, observando-se para com estas auctoridades
tudo o que se acha estabelecido m art. 357.O do Cod. Adm. ( e por:
(i t Extrahi este regulamento da Cokkecção de leis e subsidias para h t o aa actualidade o que está preceituado no wt.43i.O e %$ do Cad.
A-Se o processo respeita a crime commettido no exer- qual e de todo o processo se extrahe copia, mandando-se
cicio de funcções, feito o corpo de delicto em 4." instancia, responder por èscripto, n'um praso nunca superior a 15
enviar-se-ha ao tribunal superior que deve julgar; e, ahi dias, o magistrado quedado, a quem se entrega tudo,
distribuido, dá-se vista d'elle pelo relator ao Min. Publ. que sendo estylo das Relações expedirem cartas de ordem ao
POde requerer a satisfaqão d'alguma diligencia, ou então, juiz da comarca onde estiver o réo, embara na jurisdiç~ão
em vista do dec n.O 1 de Ifi set. 1892, art. IS.", requerer d'outra Relação, como diz Castro Netto na sua nota ao art..
que se julgue subsistente o corpo de delicto. (I) Na Relação 765.O, $ 2.'
de Lisboa tem-se seguido a jurisprudencia de ser unica- Em seguida procede-se nos termos do art. 775." e se-
mente o relator que julga a subsistencia, se bem que em guintes da Nov. Ref., podendo interpor-se os recursos.-le-
alguns processos nem o Min. Publ. tem requerido isso, nem gaes.
o relatar se tem importado com essa formalidade, o que, B- Se o processo ripeita a crime commettido f&a do
a meu vêr, constitue isso uma nnllidade que pbde consi- exercicio de funqóes, então, feito o corpo de delicto, no
derar-se, ou não, insanavet, conforme os tribunaes reputa- -1ogar do seu cornmettimento, remette-se para a comarca
rem a formalidade omittida como substancid, ou não; que- mais visinha, se o crime foi practicado na -marca do
rendo-me, todavia, parecer insupprivel, porque o corpo de proprio magistrado criminoso, e ahi, dando-se vista ao
delicto sem elIa não póde dizer-se constituido, ficando sem Min. Publ., deve este requerer a subsistencia do corpo de
base a continuação do processo. delicto ou qualquer diligencia que falte, transportando-se
Emfim, depois de julgado subsistente o corpo de delicto, o juiz Xcomarca respectiva, sendo necessario proceder a
d8-se nova vista ao Min. Publ. para dar a sua querela, da eila, e em seguida, tornando o processo com vista nova ao
Min; Publ., deve este dar a sua querela ou declarar os
aoJivos porque a não dd, sendo depois enviado o pro-
cesso para o tribunal competente superior, onde distribuida
A d a de 1896) para com os magistrados e funccionarios~administra- a querela, se procede na conformidade do art. 763." e se-
tivos. guintes da NOV.kf.Jud., e art. I:228.O e 55 -da mesma
Art. SP - OS referidos presidentes, ou vice-presidentes, s6 pode- lei. (I)
rã6 ser suspensos por decreto real, eom prhvia audiencia d'elles, e-
do conselho de Estado; practicando-se n'este caso o que se observa
-com os juizes quando são suspensos pelo geverno.
Art. 3.0 -No processo que, de~oisde suspensos os mesmos pre-
sidentes, ou vice-presidentes, se Ihes formar pelos erros de officio, (i) Se ó Min. Puhl. não dér.querela no juizo de 1.. instancia, po-
ou pelos crimes comnettidos assim no exercicio da presidencia, como deri o- magistrado do Min h b l . do tribunal superior deduzil-a, pro-
fóra d'elle, observar-se-ba o disposto no capitulo V do titulo WX da cedondo-se depois á sua distribuição em cumprimento da lei? -
Novis&ina Refoma Judicisb. Intendo que não; porque o art 763.0, § 1.0, da Nov: Ref. só mauda
Este decreto sendo explicado pela port. de 14 de julho do mesmo dar vista da querela ao Min. Publ. no juizo superior para a exami~ar.
anno, se declarou n'ella que o dito decreto deve ser constderado pu- e requerer a observancia d'alguma solemnidade, ou qualquer dili- :
ramente regulamentar, nBo se oíTeudeudo nem contrariando com elle -gemia, que n'ella falte, o que indica evidentemente que a querela
as leis enaes, e que a enas serve para se manter.0 eqwlibrio e har- devia ter sido deduzida no juizo inferior, não competindo, portanto,
monia {os poderes ju!ieial e executivo, de que os prebdentes ou ao magistrado de tribunal superior senão examinar a que tenha sido
- vice-presidentes são orgãos imrnediatos.
(1) Quando o Min.~-Publ.requerer a subsistencia do corpo de de-
dada. Esta interpretação vae ainda de aecordo com os $$ do art.
i:!228.0 da mesma Aov. Ref.
licts e o relator indeferiri intendo qlie, em vista do 5 unico do art. Quando, porém; o Min. Publ. do juizo inferior a nZo haja deduzido,
1:&8 O do Cod. do Proc. Civ., podera requerer dentro Qe cinco dias creio qne ao magistrado superior só compete requerer que o pro-
que o processo seja apresentado em sessão para% despacho ser !OU- be$so haixe á i.=instancia pare se dar vista d'elle ao seu delegado,
firmado oti aljerado'pos accordão de conferencia, de que podera reL ao qual deverá dar as instrucções neeessarias para deduzir a respe-
correr de revista no ~nmeirocaso, ctiva querel-a crecorrer do despacho que I r a não aeeeite; por isso
290
. . ESPECIAL~ADES,NO
BEIN~

C -- Se n'algum processo criminal apparecer indiciado cula E empregada no $ do citado artigo illudiu-nos, ao
algurn juiz ou agente do Min. Publ., então o juiz de I a a escrevermos a pag. i 7 n.O 5.Qa alinea B) d'este vol.,
instancia manda ao presidente do tribunal superior compe- porque parecia deprehender-se de tal escripta, que todos
tente o processo .com todo o segredo de justiça, como se os empregados d&Zomaticos deviam ser julgados no Supremo
ordena no art. 1:OOb.' da Nov. Ref. - ' . . Tribunal. Estudando agora novamente o $ citado e as suas
O Sr. Dias Ferreira, annotando os artt. 763." e 764.' da fontes, intendemos que devemos rectificar aquella doutrina,
Nov. Ref. Jud., parece indicar. que em 4 .a- instancia, e restringindo esse conhecimento aos erros d'officio e crimes
quando o crime 6 practicado fòra de funcções, deve o juiz commettidos pelos alllinistros empregados no corpo dipb-
indiciar em despacho provisorio de pronuncia o magistrado maticon.
criminoso, surtindo esse despacho só effeitos depois de Com effeito, sendo o n.O 1.' do art. 191.O da constituição
couSrmado superiormente. Com quanto muito respeitavel de 23 set. 1822, copiado do n.O 1.O do art. 156.O do pro-
que seja esta opinião, acha-se ella contradictada pelo silencio jecto de .15 junho 1831, fonte do mencionado 5, ve-se B
da lei e mesmo até pela propria lei, como pode verificar-se mostra-se d'elle que s6 os erros de officio e crimes dos
da letra do '5 1 . O do art. 763.O que manda distribuir a que- MiPaistros diplomaticos, e não os de todos os empregadas no
rela e não o processo ja organisado ate h pronuncia na corpo diplomatico, e que deviam ser julgados no Supremo
instancia inferior. Castro Netto parece d'este sentir, como Tribunal, declarando-se na mencionada constituição o s e
se deprehende da nota ao art. 763.O $ 1.' guinte :
A praxe todavia e a indicada pelo sr. Dias Ferreira, con- «Art. 191.0-Haverá em Lisboa um Supremo Tribunal
.cordando. o sr. Castro Netto. de Justiça, composto de juizes letrados, nomeados pelo rei,
D -A .lei não assigna outra fórma de processo para o em-conformidade do art. 123.O
julgamento dos crimes commettidos pelos magistrados senão As suas attribuições são as seguintes:
o de querela com esta ou aquella variante, conforme forem I - Conhecer dos erros de officio, de que fdrem arguidos
commettidos no exercício de funcções ou fòra d'e1as; nada os seus ministros, os das Relações, os secretarios e conse-
importando que a lei commum designe a policia correo lheiros de Estado, os mznktros diplomaticos, e os regentes
cional ou o processo correccional n'este ou n'áquelle caso, do reino. Quanto a estas quatro derradeiras classes as
,
segundo a penalidade correspondente ao delicto, porque a cortes préviamente declararão se tem logar a formação de
lei especial da magistratura não dá oiitra fórma mais ou culpa, procedendo-se na conformidade do art. 160.O~.
menos sumrnaria, nem 6 admittida nos seus termos. R'onde me parece dever deduzir-se que (I legislador sb
E -A Carta Constítucioual no S 9.' do art. 131.O tam- a esta es ecie de empregados quiz estender o privilegio e
bem sujeita ao conhecimento do Supremo Tribunal os deh-
ctos e erros de officio dos empregados do corpo diploma-
'f
não a to os.
Intendo mais ainda que os juizes uáo devem formar pro-
t i ~ n Que
. empregados, porém, serão estes? A letra maius- cesso aos ministros diplomaticos por factos rehticos 6s suar
funccdcs, sem que o governo o determine, ou continuar
n'elle sem auctorisação do governo, em vista do art. 431.O
do Cod. Adm. de 1896.
mesmo que só o juiz de 1.1 instancia e não o tribunal superior tem Se, porem, o processo respeitar a actos exercidos fóra
competencia para receber a querela deduzida
Das disposições da lei não póde deduzir-se racfonalmente .outra de fisncpes, parece-me que poderá o processo ir ate a pro-
interpretação, não valengo qiiaesquer subtilezas em contrario, porque nuncia, mas sem que o juiz de 1." instancia determine a
é verdade juridica assente que a competencia só póde vir da lei. prisão, e em seguida remetter-se ao Supremo Tribunal
Se o magistrado do Min. Publ. superior proceder em contrarioj paia ordenar o que julgar legal.
cremos que se constitue emparte zlkegitima; e se o tribunal saprrior.
acceitar a qrierela por elle deduzida, procede i n c o m p e l e n t ~ e .
C - Onde devem.ser julgados os juizes municipaes?.
A lei Brganica da creação d'estes magistrados, que se
encontra. no- decreto com força de lei de 29 julho 1886,
Processo contra os magistrados jndiciaes e do
nada declara, e a Nov. Ref. Jud. nos artt. 1:228.O e 1236.O
. Hinisterio Publico, que devem ser julgados pelos jnizes de direito só falia de juizes ordinarios e de sub-delegados, mas não
dos juizes municipaes, nem isto podia ser, por ser muito
anterior aquelle diploma. Portanto, para se verifiear'a res-
A-Se o crime foi commettido no exercicio de fun@ões, ponsabilidade dos actos d'estes magistrados e força recorrer
feito o corpo de delicto e julgado subsistente, da-se vista como subsidio aos principias geraes resultantes das func-
' ao Min. Publ. para deduzir a sua querela, e depois de- 'çóes, visto como não tèmos factores certos para decidir a
:coneluso o processo ao juiz, este pronuncía, ou não,-o ma- questão no tocante a taes juizes.
gistrado. Se não pronuncia, havendo parte querelante, con- O p r ~ l a r osr. Dias Ferieira, em annotação ao art. 76%'
demna esta na multa de 50&000 a 500&000 reis, se pro- da Nov. Ref. Jud., pag. -9, parece dar a intender que
cedeu com dolo, e ficando, alem d'isto, responsavel/por uns e outros devem responder perante os juizes de direito,
perdas e damoos; se pronuncia, ficara logo suspei~soa ; porque dizque a pronuncia em hstancia produz effeitos
magistrado do exercicio de suas funcções, passando-se m a - ' quer o crime fosse commettido no exercicio de funcções,
dado de prisão Se no crime náo cabe fiança, porque, ca- quer fora d'ellas.
.bendo, não sera preso o juiz, mas tão sbmente intimado E com eEeito e esta a unièa opinião acceitavel, porque,
para se apresentar no juizo dentro de certo praso para sem embargo do art. 5.O do dec. de 29 julho 1886,.quasi
- responder & accusação, seguindo-se o mais determinado.
- equipara os juizes municipaes aos juizes de direito, com-
no art. 766.O e seguintes-artt. 1:238.O- e 1:229." e Se- tudo vê-se do art. 3." do mesmo decreto e do $ unico do
&ntes da Nov. Ref. art. 5.O do dec. n.O 2 com força de lei de 29 março 18510,
Preparado o processo para julgamento final, o juiz assi-- combinado com a Mod. 4." do 3 unico do art. 1 . O da lei de
gnara dia que sera intimado ao reo pelo menos vinte dias 7 agosto 1890, e bem assim do art. 15.O, n.O 3.O, e art. 18.:
antes do designado para a decisão. 3 unico, da lei de 46 abril 1874, que estes magis-ados-
No dia da audiencia escrever-se-hão os depoimentos e podem considerar-se como uma especie de juizes ordinariosj
interrbgatorios, devendo uns e outros ser assignados pelo com quanto mais graduados em attribuiçóes. (1)
juizpes~rivão,.réo e testemunhas, por isso que o julgamento
se fará sem jury, cábendo da sentença appellação para a
Relação-em ambos os effeitos. -Artigos citados. - ( i ) Em confum ão d'este parecer foi proferido o ace. daRel. do
B -Se o crime foi practicado fora do exercicio de func- Porto de 8 agosto $93, onde se diz - *Aeeord50 em coaferencia na
çóes, o processo é exactamente igual ao qúe se expôz, com klqão: - ,
Que aggravado foi o aggravante F. no despaeho recorrido, ém que
a differença apenas de que, não havendo pronuncia, não e se mandou subir a este tribunal o auto de exame e corpo de delicto,
qademnada a parte querelante em multa'- art. 1:229.O e levantado a requerimento do aggravante pelo crime de abuso de li-
seguintes. (-1) berdade de imprensa, a fim de presente elle serjulgado o a g g ~ a ~ : ~ ~ l i l
,.'E e isto com o fuúdamento do aggravado ser juiz municipal d'uhi-
dos; por quahto nem o decreto de 59 de j ~ i de h ~1886, nem dispa-
sição.alguma de lei dá aos juizes munieipaes tal privilegio de fôm,
o qual não 6 de natureza a ser ampliailn: accrescendo ainda que
(1)' O Sup. Trib. de Jost. em ace. de 29 noV. 1895 decidiu que ús quando o aggravado assumfu o refeiido lugar de juiz municipal já
crimes tios juizes ordinarios no exercicio de.suas funcções ou fora - ha muito estava lrxada a competencia do juizo de direito-de Man-
d'eiias deviam ser processados conforme os artt. 1:22D.0 a 12236.8 da gitalde para r.~iii:ecerdas injurias que lhe são imputadas~.-&p,
pov. Ref. -D. G., n . O 369 de 1896 -Proe. n . O i4:944. &s -W, a i 5i do 12." amo, pdg. 1156,
2% E SPEaALIDADES NO REINO

3.' De um secretario, que será ò, secretario ou'director


geral da secrepria; e no seu impedimento um magistrado
CAPITULO 111 judicial proposto pelo conselho- discipliuar da magistratura,
s nomeado pelo governo. ' .d

AF~.3 . O - Os.juizes conselheiros e os supplentes quanbo


De processo de sgndicaneia eontra os magistrados jodieiaes os snbstitnirem, e.0 secretario,~aecumuiarãosem augmmto

-algum de vencimento, com o serviço da syndicancia judi-


eial, todo e qualquer outro serviço da competencia do tri-
bunal.
Art. 4.' -Serão propostos pelo conselho, e nomeados
pelo governo, os magistrados que tiverem de proceder ás
Actos pr8vios
syndicancias. E para este serviço poderão ser propostos e
nomeados, tanto os magistrados superiores d o Ministerio
A Publico, como os magistrados judiciaes; mas estes em
caso nenhum podem s e r de categoria inferior A dos syndi-
GonseIBo disciplinar cados.
Art. 5 . O -As syndicancias logo que estiverem concluidas
O dec. n." 3 de 15 set. 1892 diz: serão enviadas ao procurador geral da coroa, para que este
a Art. 1.O -Havera um conselho disciplinar da magis- magistrado promova ou faça )rl liii1)ver pelos respwtivos-
tratura judiial, ao qual competem: agentes do Mimsterio Publico, nos termos competentes, a
1 . O Todas as attribuiçóes dos conselhos disciplinares, Imposição das penas disciplinares e a autuação de quaesquer
que por este decreto ficam extinctos; poeessos, informando em acto continuo o governo das fal-
8 . O Conhecer do modo como 6 administrada a justiça em ,-' tas, erros do oficio ou Crimes que constarem da syndi-
todos os tribnnaes do reino e ilhas adjacentes, procedendo cancia;
para esse fm a todas e quaesquer averiguações conve- Ar!. 6.a- As muitas impostas pelo conselho disciplina-
nientes, e podendoiiáo sb exigir dos tribunaes de e I.a formarão receita, que será applicada a despesa que se fizer
inslancia, mas tambem requisitar dos magistrados admi- eom os serviços que ao mesmo compete mandar proceder.
nistrativos, e mais funccionarios, mappas, documentos e .Art. 7.'- A gratificação ao svndica* será arbitraia
quaesqtier outras informações ou esclarecunenlos; pelo go-verno, nos termos das leis em vigor.
3 . O Ordenar, sem prejuizo da iniciativa do governo, as Art. 8.0 -0 governo fari os regulamentos necessarios
syndicancias, a requerimento do Ministerio Publico .ou por para a installação e serviço do consèlho disciplinar da ma-
iniciativa propria. gistratura judicial, e üxara os termos do processo, que
-
Art. 2." 0 conselho disciplinar da uiagistratnra judi- perante este tem qrie correr, observando-se os termos @ar:
cial será composto: cados na legisla$io actual, em quanto os regulamentos .se
. 1 . O De tres juizes conseIheiros do Supremo Tribunal de iiáa fizerem.
Justiça, por estes eleitos em sesszo plena, e em um dia Art. 9 . O -Fica revogada e t c . ~ .
80 mez de dezembro que o seu presidente designar, para
servirem por um anno, soh a presidencia do mais antigo
na ordem da precedencia;
2.O De dois supplentes, tambem juizes do Supremo Tri-
banal de Justiça, que serão do mesmo modo eleitos;
.,
- ' - c A N c ~ : ~ - ~&~MA&STR. JUDIG.. NÒ,.REIPIO
. > %%c. '
..
~. - ~ - ...
- . >
. .
-
h 8:' 'fivr6 da distribuição e movimento dós processos;
3 . O Rêgisto da corréspondencia; - -
4.O Registo de accordãos. , . .

Reg'ulamento do oonselho ~soiplinar Art. 7 . O -O conselho disciplinar dève advertir os ma-


'

gistrados e corrigir as faltas dos juizes commettidas ,no


exercicio das suas funcçóes, ou fora'd'eilas, que náoseidu
O reguiarnento do conselho disciplinar, approvado por propriamente crimes ou erros de officio, revelarem comtudo
-dee; de 13.dez. 1892, dispõe: ~.
-esquecimento ou desprezo da 'dignidade da magistratura- e -
' drt. C0-N'uma das sessões do supremo-~ribunalde
Justiça -do mez de d-embro de cada anno, que pelo con- do zeloso cumprimento dos seus deveres.
selheiro presidente fôr designada, elegera o tribunal pleno Art; 8 . O -O presidente do conselho disciplinar quando -
por escrutinío secreto, em listas que conterão cinconomes, lhe-&r communicada alguma falta, das que trata o artigo
o s .membros do conselho disciplinar da magistratura judi- anterior, mandará autuar os papeis respectivos e os distri-
cial. \
Buira ao voga1 que se seguir na ordem da distribuição,. e
Os?kresprimeirosnomes indicarão os membros effectivqs sendo mdis de unia queixa, as mandara numerar pelo se
d@conselho, que funecionara sob a presidencia do mais cretario- e com este as distribuirá sorte entre os dois'
antigo ua ordem- da precedeneia do tribunal; os dois ulti- vogaes do conselho. D'estes actos se farão os competentes
mos.nomes serão os dos vogaès supplentes. registros e os autos serão pelò secretario conclusos ào re-
: Art. 2.O-OS vogaes sup~lentesserão chamados por ~ r -
lator em quarenta e oito horas.
dera do presidente e aviso do secretario, as sessões e mais ., -Art. 9."-Na primeira sessão do conselho,. passadas
serviço 40 conselho, no impedimento dos vogaes effectivos. cfiarenta e oito horas depois da conclus%, o relatòr exporá
Art. 3 . O - O conselho, accordando em sessão, de que s e o negocio e-sera pelo conselho, se intender que deve dar
lavrara a competente acta, que o secretario e director geral seguimento a queixa, mandado ouvir'o Ministerio Publico,
por si ou por quem o substitua na secretaria-do supremo, no caso'de não ter .sifio feita por elle a communicação; no
náò pode ciimular o serviço, poder8 propor e o governo .. caso contrario, logo ou na sessáo immediata aquella em-
nomear -um magistrado judicial de 1." instancia que %rPirB que tiver sido-apresentada a promoção do Ministerio Pu-
cle'secretario junto do conselho, emquanto o impedimento 4111~0, o conselho mandará intimar o juiz arguido, eqviandb-
se -der. . ..
, ,.
Ihe copia de accusaçáo para no praso ,de dez dias respon-
Apt. 4 . O -'0 conselho disciplinar reunirá. nos dias -.e
der, p.or escripto, o que se lhe afferecer. :
horas, que o seu presidente designar, por o intender con- Art. 10."- OS officíospara as iniimações serão dirigidos-
veniente, ou por lhe ter sido requisitado pelo Ministerio da - aos magistrados "e pela mesma f ó e a porque são feias as
Justipa, por algum dos vogaes do conselho ou pelo Minis- - intimaç0es nas aposentações e reclamaçaes judiciaes, sendo
terio Publico. substituidas as portarias usadas n'estas por officios assi-
Art. 5.O- Das s'essões do conselho se lavrarão actas, gnados pelo presidente do conselho disciplinar.
q!e,serão assignadas pelo secretario, ou por quem o sub- - Art: 111.0,-Quando o relator entender, antes ou depois
stituir, 'e das resoluções tomadas se farão as comunica- de ouvidos o hliuisterio Publico e a parte, que, nos termos
ções precisas por meio de officios; que serão assjgnados d o s artt. 4.O e 5.qd0 decreto n.O 3 de 45 de setembro de -
pelo presidente, quando fôrem dirigidos aas ministros &? 1894, do decreto de 25 de setembro de 1844 e da-i de
Estado, ou aos presidentes das Relações. - - '
'
40 de abril de g8.49, é necessaria alguma diligenck, oit .
uândo lhe seja requerida, a proporlem coilselbo, e accor-
Art. 6.O -Para serviço do conselho haver& os seguinte-
livras: - - f ada ella~serkfeita proposta ao governo do magistrado ou
magistrados, que a hão de cumprir, designando-se logo os
' - 1.O Livro das actas;
pr&m em que a diligencia deve ser realisada, depois de
mmmanicada aos nomeados.
Art. 12."-Se. o governo, dentro de trinta dias, não
communicltr ao presidente do coriselho disciplinar a'no; SYNDIgXNQa OS MAGISTR. XTDIC. DO REtNÒ ' 9%
meação dosmagistrados que hão de cumprir as diligencias,
ser20 as mesmas realisadas por delegação do conselho, e
n'este caso o presidente participara, com a maior brevidade -
k8.0 Quando a Censura Eor simpies; se pr&ederij
á iotimáção, e d e m o de quapenta e oito tioras depais d'esta
põssivel, aos nomeados, indicando-lhes o praso em que a
diligencia deverá ser effectuada, e enviand'o-lhes por copia $e ter effectuado, seri enviada a respectiva certidão ac
os documentos, que o conselho tiver apontado na .sua reso- presidmte do conselho disciplinar, e juntar-se-ha ao p-.
iução. ' cesso.
5 .ra\ico. As despesas motivadas por estas diligencias Art. 19.' -Quando a censura fbr severa, os juizes c&-
serão pagas pelo Ministerio da Justiça, em vista d e contas srados, sendo de !2.a instancia, serão chamados, perante
devidamente documentadas e assiguadas pelos magistrados o plbunal collectivo, a que pertencerem, e sendo de I:
reipectivos. instancia, comparecerão ante o tribunal, da Relação respe-
Art. 43."-Os magistrados e mais funccionarios, que ctiva, nó praso que lhes for fixado no accordão, o qual,
cumprirem as diligencias, observarão na parte applicavel, lido em sessão plena, lhes será intimado pelo presidente
as disposiç0es do decreto de 25 de setembro de 1844. do'tribunal, lavrando-se em seguida a competente certidãõ.
Art. d 4 . O - Resolvendo-se que a diligencia não e neces- Art. 20.' -No accordão de censura poderi tambem ser
s ~ r i alavrar-se-ha
, accordão n'este sentido, voltando os aútos~ a a i c a d a a multa de 10#000 a 50Q000 reis.
ao Ministerio Publico, ao relator e aos vogaes emaffectivi- - $ unico. Quando não fôr effectuado de prompto o paga-
dade, por quarenta e oito horas a cada um, e os mesmos mento da multa, serti esta cobrada em cinco prestaçóes
termos seguira o feito quando voltar cumprida a diligencia, mensaes, descontadas nos vencimentos. do juiz censurado.
se tiver sido ordenada. Art. 24 ."-No caso de reincidencia, quando tenha sido
.Art. 15.O-Corridos os vistos, serão os autos julgados 'applicada anteriormente a censura simples, será imposta a
na primeira sessão do conselho, e resolvidos por dois votos censura Severa, e, quando tenha sido esta a pena anterior,
-confqrmes, lançando o accordão o juiz vencedor. ~ ~
seri imposta a de suspensão por um a tres mezes sem
Art. 16."-Na omissão do decreto de 1 5 de setembro vencimento.
de 4892 e .#este regulamento, seguir-se-hão os termos Art. 92."-A averiguação geral do modo por que-6,admi-
geraes do processo civil. nistrada a justiça, conforme o preceituado nos n.O" 4," e 3."
, Art. 17.'- Quando Ó conselho entender @e ião, ha dosrt. I." d o decreto de I 5 de setembro de 1892, pertence
motivo para censura, ou para outra'qnalquer penalidade; principalmente ao presidente do conselho disciplinar, o
mandara archivar o processo. S e o-conselho entender .me igual, ouvindo os vogaes do conselho, sempre que o julgue
o caso não e da sua competencia, por dever pertencer aos necessario, tomara as providencias que as circumstancias
tribunaes criminaes, mandara que os%autossejam remet- exigirem e estiverem nas suas attribiiições, e participará e-
Lidos ao Ministerio Publico para promover o que f6r devido.' .proporá ao governo tudo o que entender conveniente a bem
Se entender que o juiz deve ser censurado, assim o-fará i - dó serviço judiciario.
. .~
por accordão, que será registado e intimado ao Ministerio Art., 23." - O conselho disciplinar da magislratura jndi-
Publico e ao juiz, remettendo-se a este copia do accordão, cial fuacciona no edificio do Supremo Tribunal de Justiça,
do qual, em todos os casos, s e ~ htambem enviada c q i a ao.' ficando o seu servíço a cargo da secretaria do tribunal. As
Ministerio da Justiça. b
despesas d e expediente do conselho serão pagas pela res-
pectiva verba das despesas variaveis do mesmo tribmale.
para 'escrever- na resii3encia; ou nomear5 pessoa i'donea-
para esse h, como achar mais conveniente; deferindo-llie,-
-em ambos òs casos, o juramento da qual se,lavrará
termo;
1." Se o escriváo nomeado'não fBr do concelho onde-
o syndicante residir, -tambem se lhe dar$ casa, igualmente
bdecreto regulamentar de %5set. 1844 dispõe: servida, nos termos do § unico do artigo 4.O
a A ~ t 1;;O- Qúando se tratar da syndicancia ou residencia . 5 2.O Os escrivã-- de direito da c o d r c a do
de algum jnid de direito de 4." instanciá, se expedirá ord-em 'syndicado não o p j e m ser da syndicancia, porque esta os
gela Secretaria de Estado dos Negocios Ecclesiasticos e de eomprehende pelo tempo que servirem com elle; porem
Justiça a qualquer dos magistrados do Ministerio Pub-o, não os obriga a suspensão, salvo resultando-lhes cuija.
que -rvem no Supremo Tribunal de JustiQa, ou perante Art. 5."- O processo de residencia k puramsiffe.ídÓr-
as Relams civis e commercial, encarregando-o de tal dili- matorio.
_p;encia'nos termos d'este regulamento. Começara pela autuação das odens originaes para à
§ unicò. Assim se participará logo ao governador civil .syndicancia, e pela declaração do espaço de tempa que a
3@,distrieto administrativo,~.a que- perlenc-er a'eoibarca do meqa-syndieancia ha de durar, contado do dia da gber-V
juiz de direito que vai ser syndicado'para immediatâmente fura atk o do encerramento; seguindo-se os demais termos
fazer a p m p t a r na cabeça da mesma comarca uma casa, que, tiverem logar, segundo as~disposiçõesd'este regda-.
=.?+da de luz, agua, lenha, -louça, .cama, e dos meveis
indispensaveis, a fim de ser habitada pelo syndicante em
-L - ,
q u a ~ t odurar a diligencia.
AI$. '2." -0 magistrado syndicante, logo que receber: a
ordem a que allude o ar$. 1.', a commpicará ao juiz s@-
dicado, se não fòr dos transferidos, declarando-lhe s dfxem
que ha,de ter principio a resideucia a fim de *e,-dumte-
élla, $ia da comarca, deixando em exercicio algum de seus.
saístitutos, na fárma do $ 2 . O do art. '2.O do -decreto de t
, . <- .
d6:agosto findo.
- Apt: 3.0-O~~yadicante, depòis que tiver obtidò %,@r- que julgar proprias, para que se-não possa alterar-6 estãd.0
e z a de que o juiz syndicado não existe na comarca;s de dos feitas, o@s livros em que se descobrir algunt$rírne,
q u e se acha prompta a casa para a sua residencia, se t r a y subtratíir as provas d'elle.
Pportará á mesma comarca, e n'ella procedera á diligencia 5 utiico. As-certidões que forém passadas pelos escciv%s-
ordenada,--fazendo:a constar em cada um dos. re..llim~:tiaos do juizo, e os e * a m n & i a e s a que elles procecterem,
Julgados por meio de editaes, cuja affixação rew.:i;i??as ainda, sob a inspecção do syndicante, terão conferencia do-:
competentes a u c t o r i ~ m i u i s t r a t i v a s ,a fim de @e escrivão da syndicancia, lavrando-se nos autes d'gta os
toda a pessoa- que tiver razão de queixa ou de aggraio tem- necessarios para constarem todas a s dili:l.i:;:ias que
contra o juiz syndicado, se apresente a elle syndicaute, a bem d'ellá se fizerem.
.durante a residencia para os fins convenientes.- - \

Art. 7:-Se o syndicante receber participa~ãoouqueixa


Art, L0-Se nas ordens para a syndicancia n%o f&-de- de-crimes cammettir3os pelo syndicado, 4evé acceital-a em
'signado escrivão, o syndicante requisitara ao administra- eoufórmidade 'da art. 892.: da Nov. Ref. Jud.; e proceder-
dor di3. concelho da cabeça da comarca o escrivão_&e&e- ~ffiwnnente
- ~
.-
ás indagações adequadas para obter á de-
straçáo,do facto argnido; podendo ch3mar i sua presença- achar fàrh declaração nos antos com ~eferenciaa Cada um
quaes'quer pessoas que tenham razão de o saber, e defe- dos oapitulos apontados. i '
.rir-lhes juramento para debaixo d'elle depôreuí a ver-- Art; 10."-Findos trinta dias, a contar d7aqnelfeem qne'
'dade. se abrirá residencia, o syndicante a dara por concluída,,'
f Estes depoimentos serão lançados nas autos g s s i d e n c i a mandando lavrar nos autos o termo de encerramento, que
pelo escrivão d'ella, e assiprnados pelas lestemunhas, e pelo elle ha de assipai'. 2

5 unico. Este praso nunca podera exceder-se, s$vo em


''id%: Se as pessoas: que Rzerem as decianpoeJ de
fados. criminaes, recusarem assignal-os, e ate que sejam
caso muito extraordinario e ímportante, precedendo ordem
pgsitiva do governo, a qual sera autuada no processo -
de
nomeadas nos autos, sendo os factos de importancia, e de ' residencia, e junta a ellego original: 2 ---.*,

conceito as pessoas que os referirem, não deixará o syndi- Art. 11.O -Acabada a residencia, o syndieank enviará
cante de empregar todos os meios ao seu aleance para se ao governo, pelo lnisterio dos Negocios Ecciesiasticos 'e
inteirar da veracidade d'esses factos. .de Justiça, os proprios autos d'ella,, acompanhados d'um
Art. 8." -0 QJlOdicante examinara tambem -com esta relatorio circumstanciado, com referencia aos mesmos
occasião o modo como todos os empregados do juizo cum- autos, e dividido em duas partes, uma relativa simente
priram as suas obrigações, recebendo quaesquer motivos ao juiz syudicado; e outra aos empregados de justiça, qu6
, d e queixa contra eiIes, para descobrir se -da parte dos serviram com elle; concluindo o syndicante por offerecw
mesmos empregados houvqcumplicidade nos factos arguidos sua opinião a ambos os respeitos. ~ -
-ao syndicado, ou se houve da parte d'este connivencia nas b t . l%.o-Se antes de ultimada a residemia, e em.
faltas d'esses empregados. qualquer estado em que ella se achar, o syndicante intendèr
9 . O -Para melhor conhecimento das faltas ou das . que importa ao bem da estado que o governo empregue
d p a s que possam ter commettido assim o juiz, como os immediatamente alguma medida que as circumstancias exi- -
jamj assim lh'o far% saber peto.Ministerio da Justiça, sem.- c ,
comtudo interroníper a diligencia da syndicancia.
5 unico. Da mesma sorte poderi o syndicante requisitar
das auctoridades força armada, an qualquer providencia,
que lhe pareça necessaria para o bom resultado da resi-
dencia; recorrendo ao governo quando tal requisição não
fôr prompta ou devidamente satisfeita.
Are. 13."- 0 magistrado syndicante vencera- a gr-ifi-
mçáo diaria, que o governo arbitrar, a qual no todo a r e m
parte Ihesera adiantada pela secretaria de Estado dos,Ne-
gocios Ecclesiasticos e-de Justiça.
$ 1 . O Se o syndicante, depois de ter recebido a 1 g n ~ ; f ~ -
quantia, não pudér por qualquer motivo ultimar a diligen-
cia, ficar8 responsavel pela restituição do que d e v e ~ j - en a -
sua falta o ficar3ó os e u s herdeiros.
audiencias do juizo; se cumprem as ordens relativas ao - . $ $2." Ao escrivão da syndicancia competira a gratificatão
Minisbrio Publico;. se levam saIarios eicessivos; se tratam diaria, que tambem se arbitrar, paga.no fim da diiigencia,
bem as partes; se apresentam inventarios dos cartorios; B salvo se o mesmo escrivão fôr de fora da cabeça da co-
se gosam opinião de inteliigentes e honrados. De tudo que
mawa; .porque e& tal caso se lhe fara o adiantamenlo cor-
respondente-pela -dita secretaria d'Estado.
Àft. 1 4 . O -Logo que subir ao governo a informação do 'CAPITULO IV
syndicante, sera esta ênviada pelo Mmisterio da' Justiça ao-
conselheiroprocgrador geral da coroa, para se determinar,
em vista da súa resposta, se deve, ou não, proceder-se Do prÓeessÓ por crimes de anctoridades~adminis6rativ;ts(1) -'

contra o syndicado. .
$j- 1.O No caso negativo, asiim se decIararh por despaeho
do 'ministro e secretario &Estado dos Negocios Ecclesias- O Cod. Admin,, app~ovadopor lei de 4 maio i896
ticas e de Justiça; dando-se ao juiz syndicado certidão do dispõe :
w s m o aespacho, se a requerer. cArt, 431.O -Nenhuma auctoridade, magistrado&
'I &nc
3 %.O No caso afirmativo se expedirão %-ordens neces-
earias para se promoverem pelo Ministerio Pulilico as acções
compétentes contra o juiz syndicado, com prbvia suspensão (1) Em virtude do art. 50.0 do reg. approvado por dec. de 20 de
decre-da pelo governo, ou sem ella, nos termos da.Novis- março 488h não podem ser demandados civil e criminalmente SLW
simà Reforma Judiciaria. prbvia auctorisaçao do governo, por faltas relativas ás suas fancçães,
Art. 1Ci:o- Para sgndicante da residencia dos juizes or- os agentes fisraes da cultura e venda de tabaco:
Em consrquencia do nO . 8.0 do art. F~0.~'doCd. Adm. de 1896
dinayios, dos juizes de paz, e dos juizes eleitos, o governo compete ao governaâor civil superinbender em todos os magistrados~
designará quaesquer delegados do procurador régio, a fim administrativos,corpos e empregados admin?strativos do districto e
de procederem n a diligencia, conforme este regulamento, em todos os servicos da sua competencia, podendo proceder a "Que-
,em-tudo o que fôr applicavel. SerA escrivão da residencia "iros q s&i@nci& aos mesmos serviços.
Na caso de s e proceder a sl)admmeia contra algum administra@
--G &a administração do coneelho a que pertencer ojulgado, do eoneelho ou contra algum governador eiviípor ordem do @inis&&
Kdistricto, ou a freguezia em que tiuer servido-o syndi- do reino, devem ser logo suspensos e sahir, aquelle d o ~ c o n c ~ o
eaào. para logar designado pelo governador civil, e este do dist~ictopara
I n n :,br designado pelo ministro, em quanto a syndicancia durar su-
--g'único. Assim' o sgndicante, como o escrivão da resi:' l-iiiQoo processo ao governo com resposta do syndicado, informkgão
&-ncía d'eetès juizes electivos, sO no caso de sahirem dò d u syndicante, e parecer do governador civil, quando não fôr elle a
logar: ònde residem, terão direito a uma gratificação- con- syndicado. -Port. de 4 set. e 3 dez. 18';s. e 3 fev. 1866 citadas no
Benientemènte arbitrada, e -paga - -pelo Ministerio
. .
da Jus- Cod. Adra. Annot.,@e 1865, pagg. 421 e 422, nota 4.
tjça. O mesmo processo se usa para eom as camaras m,piceipaes com
a dinerença de pão se dar com respeito a ellas n- suspensão ae?
A r t 4 6 . O - Ficam por este decreto excitadas, decla- onjem aos vereadores.para sabismi do concelho respeetivrr.
radas, ou reguladas as diversas disposições legaes, ou as . . O syndicante deve ouvir os syndi-dos depois de verificar a e x i v
praxes legitimas, que forem applicaveis L syndicancias dos tenciadós factos, porque seria illogico, como'diz o itlustre,. s s bem
juizes de que se trata*. -que,desconhecído, A. do citado.Cod. Adin. Annot. a pag. 46, ouviros
:i!:iri@s antes da verificapão Cesses factos qúe constituem o assum-
ptu da spdicancia, e antes de se~econhecerque elles d e m a n d a -
exDiicações. -Por{. de 14 marco i%&.
cionario administrativo, ou agente da aucbridade admi-
Cstrativa, poderi ser demandado criminalmente, sem
pr6via auctorisaçáo do governo, por factos relativos As suas
luncçijes, ainda que estas hajam cessado. CAPITULO V
8 1.O A auctorisação deve ser pedlda ao Ministerio do
Reiqo pelo da Justiça, depois de constituido o corpo de Do processo contra os ausentes
delicto, do qual ser& euviada uma certidáp aquelle Minis-
terio.
5 2.O A auctorisaçáo $13 podera ser denegada em portaria O dec. de 18 fev. 4847 estabelece: (4)
'
fundamentada e publicada na folha official, d e n t ~ ode tnnta aArt. 1.O- Nos crimes em que não couber querela, e â,
dias, a contar d'aquelle em que o respectivo pedido tiver pronuncia .obrigar a prisão, a âccusação e o julgamento
dado entrada na secretaria do Miiiisterio do Reino. Não dos indiciados que não poderem ser presos por se acharem
sendo deuegada dentro d'este praso, intendese concedida ausentes, ou por se terem evadido da prisão, prosegflrão
para todos os effeitos. pelas fórmas estabelecidas no presente decreto.,
$j3.0 Concedida a aiictorisação exigida n'este artigo, a 5 uniw. Exceptuam-se os crimes puramente polibicos, e
anetoridade, magistrado, funccionario ou agente a que os de d u s o de hberdade de imprensa, nos quaes porém
ella s e referir, fica por este facto suspenso do exereicio & serh permittido demandar civiirnente, ati! fiaal seniença e , ~
suas funcçóesm.
A iei eleitoral de 41 maio f896 estabelece no art. 143.'
-apara se perseguir por estes crimes (eleitoraes) um
funccí4nario de qualquer ordem ou categoria ou qualquer
ageute da auctoridade publica não e necessaria auctorisação
do governou.
-
'sua execução, os rêos ausentes pelas perdas, damnos e
restituiçóe~~ iridepeudentemente da acção criminal, e sem
prejuizo d'ella.
Art. %'-Se o indiciado, em algum dos crimes de que-
trata o artigo antecedente, não poder ser preso &entro de.
seis niezes, contados da pronuncia, ou da fugida da prisão
antes da sentença de primeira instancia, e 1130 constar em
-juizo o logar certo onde esteja, ou-se este for de perigoso
adesso, o juiz de direito da respectiva comarca; a requeri--
deve communical-o ao procurador geral da coroa, a fim d'este indi- mento da parte accusadora, ou doMinisterio Publica, depois:
car os térmos a seguir.
No caso dos factos merecerem simplesmente penas disciplinares, de justificada a impossibilidade, ou a dimddade de sè
dever50 applicar-se pelo ministro, ouvidos os respectivos conselhos effecluar a captura, o mandara citar por editos para vir
de disciplinâ, quando os haja; se tiverem, porem, a classiflcagão de respgnder & c,nipa, dentro d'um praso rasoavd, que não
c~iminosos.devera o aorerno enviar os autos.ao Min. Fubl. da co- será menor de dois mezes.
marca onde os factos &cederam, a fim de instaurar contra elles o
respectivo processo criminal, servindo-lhe de base e corpo ae delicto
o processo recebido, salvose faltar alguma formalidade que deva
ser préviamente satisfeita, como resulta parallelamente do exame
80 art. 14.0 e 5s do dec. reg. de 25 set. 1844 com respeito aos magis- ,
tigdos judiciaes. (1) N'uma beai elaborada sentença, onde' se revelam profundos
conhecimentos jurídico-criminaes, proferida pelo meu excelleate e
emdita condiseipulo e amigo dr. Miguel Maria de Mendonça B'alsemão
em 21 nov. 1893, econfirmada pela Rei. do Porto em acc. de 16 fey.,
-1894, se decidiu que o processo eontra ausentes,. instaurado depo~s-
de se terconstmmado apescrip@o, não póde'eontinaar, devendo
maleria de preseripção appliear-se a lei mais favoraval ao delin-
-
quente. Rm. dos Tnb., 1%: amo, pag. 333. .
, ~
5 4.O Os editos dec1~arão:--l.",o nome- e os<signaes eoajunctamente julgados ná conformidade d'este decreto,
-

do- kdiciado que fôrem sabidos em juizo: -2 . O o crime por- todos òs crinie~de que se mostrarem culpados, e n a
'

porque se acha pronunciado; -3.' que não se apresen- ,fÔrem exceptuados no unico do art. 4.O
$ +.O São applicaveis aos co-rkos dos Crimes qua- se. d&s;
tandq no praso -marcado, se procedera a revelia sem ne- ~ o b f i r e mdas foltias corridas as disposições do $ 4.' d'este
nhuma outra citação para qualquer .acta do processa; - ' artigo.-
-se o .crime admittir fiança, que ella não poder& ter Art. 4.0-56 6 competente pai-a o processo de accusação,
Iogarinndo o-dito praso; -5 . O que depois do mesmo praso, e para o julgamento dos criminosos ausentes, o juiz de
â i8diciado poderá ser preso por qualquer do povo, e o
deverã ser por todo o official publico, para ser entregue i direita da comarsa em que se tiver, dado a quer,eiaa
- - -3 unico. Havendo processos, ou traslados, que se devam
astoridade judicial mais proxima. unir na conformidade do $ 3 . O do artigo antecedente, ser6
,-5 e . O O s editos afiar-se-hão nos logares mais p u ~ i c o s

8a comarca em que pender o processo, e no ultimo do&- jqiz competente para julgar todos, ainda que sejam de cri-
@io_doindiciado, se fÔr.conhecido; e havendo na comarca mes~rnaisgraves; o juh do pFocesso, em gue primeiro Se.
algum periodieo,, que não seja puramente litterario, serão tiver justificádo a ausencia de algum réo, e mandado pro-
n'elle publicàdos, adiantando-se a despesa da impressão ceder a .sua citação.
.pé10 cofre das multas applicadas as despebas do juizo em Art. 5."-0 julz nomeara ao ausente, d'entre os advo-
,que o r60 estiver pronunciado, e supprindo-se as faltas gados mais habeis do auditorio, um curador e defensor,
d'esk cofre pelo da respectiva administração do concelho: para debaixo- de juramento o deknder bem e verdadeira-
Mt. 3 . O -Decorrido o praso marcado nos editos sem o mente, è aUegar toda e qualquer justa defesa que tivex. A
indiciadu se apresentar, e entrar na cadeia não lhe ser% este curador dar-se-ha copia do IibeHo, e serão applicavgs
concedida fiança, ainda que o crime a admitta, salvo o ?só as dispasiçõès dos $3 4." e 5." do art. -1:107.0 da Nov.
do $. 2.0 do art. 3." unir-se-ha ao processo uma @ia -Ref: Jud..
authentica dos editos, com certidão da sua affixação, um Não havendo advogado no au'ditorio, o curador e-&defensor
exemplix do periodico em qre tiverem sido publicados, serh nomeado d'entre os seiis procuradores, o u escriv&s
quaadò o forem, e a folha mrrida; e, acmsada em audiencia nos termos do, art. 1:iOg.O da mesma Reforma.
. - 5 -1.O- Se apparecer em juizo para defender o acéuiado.
a citação, offerecer-sezha o libello. ai@$ seu pãrente dentro do 4.O grho por direito ca~onico,
. 5 . 1 . O Havendo co-reos que não estejam presos serãio que 41% -seja seu 'inimigo; ou sendo. o réo casaaw, se-se
aEcusados conjuuctamente no mesmo libeilo, yeriãcaedor'se apresentar, para esse fim o outro conjuge, sérá admitlido
que se acham ausentes, e não podem ser presos; para o. a defendel-o conjuoctamente com o cu~ador;e no-caso âe
que serão Eambem citados por editos; juntando-se as respii- Coacorrerem diversas d a s ditas -pessoas, o conjuge do-
-cti+as folhas corridas, na forma acima estabelecida.. -.
- $ Havendo co-réos, qùe estejam-ou possam ser píSesos, ausente preferir& a todos; e S'entre os parentes ~ ascen:.
tirar-se-ha um traslado &I processo, pará n'elle se propôr. dente ao descendente, este ao collateral, e o mais proximo
s seguir a accusação.-ate final julgamento. 'ao mais remoto.
. '9 3'.O Se pelas folhas corridas se descobrir que os ausentes-
$ 2 . O Se o conjuge, ou parente que comparecer a tomar
tem outros crimes, unir-se-hão 09 competentes processos, a defesa do ausente, allegar e provar alguma justa causa
ou seus traslados, quando n'estes crimes houver outros d e ausencia,- mostrando que ella não nasceu do proposito
eu$?dos g u e devam ser Julgados separadamente; e, faze? &.i~utilisara acção da justiça, o juiz poderá ordenar @e
do-se, sem-se repetir a justificação da a-encia, nova citãião se espere pelo-ausente, concedendo-lhe praso rasoavel
edita1 com um praso rasoavel que não seja menor de dois que marcar&segundo as circumstancias. Da sua decisão as
mezes, serão os ausentes accusados no mesmo iibello, e partes què se sentirem prejudicadas poderão aggravar de
- ,
PROCESSO CON- AUSEN~S 244
' g&ti~áo,-
ou instrumento, qual no caso couber; e márcando
.O juk-n@vopraso, se o ausente se apresentar dentro d'dle, interpor appellação; e remettido o processo A segunda in-
e antes de decisão superior em contrario, será processado stancia sem citação alguma, ahi será julgado de facto e de-
- n'a. fbrma ordinaria. direito, como fôr de justiça: e se o réo n'este recurso-.ficar:
$:3." O conjuge ou parente, que vier'a jui'zo defender absolvido, e o Ministerio Publico ou a parte accusadora não
oe accusar-ò ausente, sera responsavel solidarianiente pelas interpozer revista, ou se fôr denegada, o reo ficará l i a e
.custas, ~
da culpa, e nunca mais poder8 ser accusado pelo mesmo
Art. 6.O -Preparado o feito com o libello, contesta~ão, delido.
documentos -escriptos, e inquiriqfies das testemunhas gue $ i.' Quando a sentença fôr condemnatoria, não poderi
náo paderem vir depôr oralmente no acto do julgamento, recorrer-se d'ella ate que o réo seja effectivamente preso,
r, juiz de direito em audi-encia publica fará um breve reia- excepto havendo alguma nuilidade insanavel no processo;
'torio dos autos,, e mandando ~ l k rpelo escrivão o libello, caso em gne sera permittido aggravar de petiç2o ou instru-
contestação, documentos, e inquiriçloes escriptas, ouvirá as mento, designando-se a nullidade para se conhecer no juizo
testemunhas, tanto do Ministerio Publico, e da parte accu- superior restrictamente d'este ponto, sobre o qual poderá
sadòra, s e a hoiiver, como as do réo ausente, fazendo re- '
ainda ter logar, ou não, o reciirso de revista.
_dpzir a escripto todos os depoimentos; e feitas as allegaçães 2.' Não se interpondo os recursos do ,$ antecedente, .,
por uma e outra partè, proferira sua sentença s e i in&- OkFnão havendo provimento n'elles, será logo eaequivcl a
venção de jurados, condemnando ou absolvendo os reos, e, mesma condemnação quanto as custas, reparação de damnos
julgaodo as perdas e damnos em actocontinuo como achar e restituições, sem que possa mais ser revogada n'esta
de direito. parte, excepto por acção ordinaria, se o r80 alem da sua
5 1.' Se a sentença não podbr logo ser publicada, de- ionocencia, legalmente reconhecida, mostrgr que teve justa
~el-o-haser ate a segunda audiencia seginte, annunciando causa de estar ausente; e a sentença condemnatoria sera
sempre o juiz n'este caso em qual d'ellas fara a publicação,. afüxada, por copia, na porta da casa da audiencia, no logar
e declarando em acto .continuo se condemna ou absolve; do delicto, no da naturalidade do reo, e no do seu ultimo
-,$j2.O S e antes de proferida sentença na primeira instan- domicilio.
cia, o r60 f6r preso, ou comparecer e se entregar a p r i s ã ~ , Art. 8." -Em qualquer tempo que o ausente condemnado
sugpender-sè-ha o proseguimento da accusação; e serh o A revelia for preso, ou se entregar á prisão, ser-lhe-ha inti-
m e m o r e o iutimado dentro de oito dias, contados daquelle mada pessoalmente a sua condemnação, e elle, dentro de
.em que souber-dá sua prisão, para em quinze dias juntar quinze dias, contados do momento da intimação, poderá,
ho.curação, e tomar o processo no estado em que estiveq ou appellar da sentença, se assim lhe convier, ou requerer
entregar-se-lhes-ha n'este acto copia do libello, para nos vista para embargos, que lhe sera concedida; e, n'este se-
me's= quinze dias apresentar a contra,$edade, e se esta gundo caso, apresentando ao escrivão o seu requerimento
Aj estiver feita dar-se-lhe-ha Lambem copia d'ella para que, dentro dos mesmos 4.5 dias, os autos ser30 continuados a
a possa ratificar, accrescentar ou snbstilair pDr outra: po; este dentro de 24 horas e os embargos apresentados dentro
dera 4ar nopas provas, a~indamesmo de testemunhas, se de dez dias contados da continuação da vista para elles.
quizm: far-se-lhe-hão os interrogatorios; e no Júlgamerr60- 8 4." Se o réo não appellar, nem pedir vista paralem-
teci jogar a intervenção dos jurados, se o crime for d'aquelleu bargos nos ditos 15 dias, ou se depois de pedir a vista não
que seriam-submetlidos ao jury, estando o réo presente apresentar os embargos em tempo, a condemnação passará
antes da accusação. em julgado, e será executada; salva comtudo a disposição
Art; 7.O Se a sentença absolver o ausente, a parte a$-< do art. 1:497.' da Reforma Judicial.
çusadora poderh, e o Ministerio Pubtieo de~er8, sempre.- 5 2.' Quando os embargos forem apresentados, serão
~,.
-
recebidos, e contestados dentro de outros i8 dias-pelo Mi-
16 YOL.' 1
terio Wblico, e pela -parte accusadora, ou só por esía,-se todas as formalidades qke se reputam éssenciaes, e a%
a Ministerio Publico não tiver intervenção. tiver sido expressamente annullado;
3.3." Nos' embargos poderá o embargante deduzir toda 5.9.' Se o& por sna pobresa, ou por outro qùalquer
-e qualquer defesa, tanto de direito como de facto, contfa motivo não tiver advogado que &e-forme os embargos, e
a sua-condemnação, na parte que não comprehender
custas, a restitoição e reparação dos damos.
as siga os termos de-sua defesa, o juiz Iyo nomeara na con-,,
formidade do art. B.'
4." Tanto sobre os embargos como sobre a sua contes- $ 10." Da sentença proferida sobre os embargos cabe
.tacão sera admittida toda a qualidade de prova; e sendo appdlação, e do accordão n'esta proferido cabe revista, Nos
esta de testemunhas, o rol ira junto ao respectivo artieú- crimes publicos o Ministerio Publico devera sempre appel-
-lado. lar, se a senteaça de primeira instancia julgar provados os
$ 5." Ás testemunhas moradoras na comarca virão depbr embargos em túdo ou em parte.
-a audimcia no dia do ~ulgamento,e seus depormentos ser30 Art. 9.0-Osprwessos dos reos fngidos da prisão, depois
escriptos por extenso. da sentença definitiva da primeira instancia, proseguirão
Ej 6." O embargante poder&produzir sobre os embargos com defensores nomeados pelos jnizes ate se esgotarem os
-tantas testemunhas, quantas poderia produzir subre a con- Pecursos, sem se admittirem aos ditos rbos procu~adores-
trariedade ao libello, e o embargado sobre a contestapáo oa aecusadores; e as sentenças depois de confirmadas po-
:aos embargos tantas quantas Hie seria permittido produzir der@ logo executar-se quanto a custas, perdas, d a m o s e
sobre o libello; e ambos poderão dar em rol todas ou algu- restitiiiçóes.
mas das testemunhas j B produzidas no processo. E ainda $$ nnico. S e as sentenças de primeira iustancia forem
que n50 dê testemunhas, o embargante poderá contradicIac anuu!ladas, a reforma far-se-ha observando as disposições
as da accusação, e requerer que na audiencia de julgamento d'es te decreto.
sejam reperguntadas pessoalmente as anteriormente produ- Art. 40.'-Se um reo ausente fbr preso em Haspanka,
zidas-qué ainda existirem, se forem moradoras na comarca, ou em qualquer outro paiz estrangeiro, por bem de tratados,
ou. por carta precatoria, se residirem em outro logar. ou sob requisição das auctoridades portuguezas, e todavia
3 7." Terminada a inquirição ter30 logar os interrogato- não p ~ d e rvir para estes reinos ou seus dominios,-senb,
rios do r&, e aiiega@es oraes; e findas elias o juiz, sem depois de estar dehitivamente julgado, ser&citado n'esse
intervenção de jurados, proferira, em acto continuo, a sua paiz para dentro de praso rasoavel constituir. procurador
decisão, declarando se julga ou não provados o%embargos, que e defenda, ou remetter fechadas ao defensor e curador,
em todo ou em parte, e escrevera, e publicar8 logo.>'a sua. que o jiiu lhe designarana rogatoria para a citação, quaes.
sentença; ou quando o não possa fazer, a t r a i escrrpta, e quer informaçães ou instrneçóes que tiver que dar pai-a
a pufjlicad ate a segunda audiencia seguinte, amunciandó -sua defesa.
fogo em qual d'ellas fará a sna publicaçãe, e declarando se - 5 4 .O N'este caso proferida sentença final sem intervenç50
absolve ou condemna. de jurados, ou seja condemnatoria, ou absoltitoria, o Minis-
5 8."Quando o processo for annullado, no todo ou em terio Publico appellara sempred'ella, se o crime f8r publito;
parte, repetir-se-hão, sem intervenção do jury, todos e passando em julgado qualquer coodemnação, seri execü-
azios que forem annullados. A disposição $este-s é appli- tada sem recurso quánto as penas wrporaes, logo que o
cave1 ao recurso de que se trata no $ 1." do art. 7.": e condemnado f6r. presente ; e immediatamente quanlo ás
em todos os casos de annullaç3o, se não poder repmdu- custas, restituiçóes, e reparafles do damno; para o-que
zir-se o depoimento de qualquer testemunha, por ella se -bastará um simples mandado de solvetzdo.
haver ausentado ou fbr faliecida, .poder8 esse depoiqnta $ Se a prisão, ou a noticia d'ella só tiver logar depois .
%r novamente offerecido como prova, e valera, se tiver t@ ler sido o rbo julgado e condemnado a revelia, a citação
'~
rir
'j&&,. . E S P E ~ L I D A D B SNO REM
PROCESSO CONTRA AUEN&üOS 946
. .
facto que a lei qualifique de crime ou delicto commettido
wápara-qué o ré6 allegue os embargos que tiver a con- por indi~iduoalienado; ou snpposto alienado, dwprk logo
dernnação, nos termos do art. 8.-O e seus 5s. -.,
o juiz-ordenar ex-olpicio exame medico para que se averigue
Art. 4 1.' -Em todos os actos do processo, que, não vão e julgue s e o agente e susceptivel de imputação, na eon-
aqui especificados,'contra réos ausentes; ou contumazes, formidade das disposições da legislação penal.
--observar-se-hão as disposiçoes geraes sobre a ordem do g unico. Quando o jniz ão ordenar m-oficio o me&
juizo criminal, $ excepção d e á e dispensareui os interroga- ciouado exame, dever9 estefazer-se logo que o requeiram
torios, e de se fazerem na pessoa do-procurador ou defensor o Ministerio hblico o11 algum ascendente, descendente ou
do r.% todas as intimaçoes que fbrem necessarias; e se, conjnge do indigitado criminoso.
em qnanto pender um processo d'esta natureza, o réo fbr Art. 2.O- Devera proceder-se tambem a exame medico-
preso ou se apresentar em juizo, tomara ' o processo no legal, quando fbr practicado algum crime ou delicto que,
estado em que estiver. pela sua natureza e circumstaucias especíaes, ou pelas con-
Art. 42.' a 20.O-. . . (Estes artigos fbram revogados diç5es do agente, possa justificar a suspeita ou presumpção
pelo art. 2.O do dec. de 30 julho j84.7). de que este procedera em estado de alienação mental; e
Art. 24.O-. .
. (Este artigo foi subrogado pelos arlt. bem assim quando esta seja invocada para explicação do
16.' e 47."da lei de 18 julho 4855, e actualmente pelo facto e defesa do seu auctor por este, ou por qualquer das
artt. 26.O e 27.O do dec. n." 1 de 15 set. 1892). .pessoas designadas no $jantecedente.
Art. 3.'-Logo que se inicie processo contra algum .-
individuo a que se- attribua um acto incriminada por dispo-
sição da lei, e que esteja nas condições de algum dos dois
CAPITULO VI artigos antecedentes, ser-lhe-ha nomeado pelo juiz um de-
fensor officioso, que intervira no processo, só ou conjnncta-
Processo nos crimes eommettidos por alienados (4) mente com o advogado das pessoas a que se refere o 3
unico d o art. 1.O
Art. 4.O -Se o facto constituir crime ou delicto a que
;' A lei n.O 3 de 3 abril 1896 (2) dispõe c m o se
~ segue: ^seja applicavel alguma das penas maiores, o exame medico-
Art. 4."- Quando em juizo se dé participação de algum legal ser8 feito sempre com intervenção de dois peritos e
de um terceiro, quando seja preciso para desempate. -
Art. 5 . O - O exame sera feito na comarca onde o facto
(O Com remeito aos omcessos militares dispõe o Godigo Militar occorreu, se n'dla houver numero sufficiente de peritos, e
de '[a m a i o 4 9 6 :
a A T t 362.0- Quando durante o summario o presumido delinquente quando estes fbrem de opinião que o exame póde ali ser
apresènte indicios de aliena~ãomental, o auditor mandara proceder feito.
. - das dili-
as convenientes observacões medico-lemes, sem orejuizo $ 1." Quando não houver numero sufficiente de peritas'
8 unico. As observações a que se refere este artigo, quandooutra .
geneias precisas para a ferificação do &me. na comarca, poderl o exame ser feito em qualquer outra
coisa se não disponha na lei commurn, serão. feitas nos hospitaes '
das mais proximas, onde haja o niimero de peritos exigido
milíta-s permanentes,de Lisboa e Porto, e os medicos peritos apre- por esta lei, salvo o direito do Ministerio Pnblico requerer
sentarao o seu relatorio, dentro do praso maximo de tres mezes, de- que- o exame se faça n'um estabelecimento de alienados.
venco concluir pela responsabilidade ou irresponsabilidade do obser- - 1

vando.
.
Art 388"-. . 8 tuiico. No caso do ari. 362.0, quando esteja v e -
rifiea8a a doença do presumidi, delinquente, o acso accusaiorio só - 40 jarí. 1895, e foi posta em vigor no ultramar -Bol. da Guiné, n.O
sera escnpto nos autos depois d'elle ter recuperado a razão*. 22 de $896. ,,
(2) Esta lei contlrmon com pequenas alterações o dec. n . O 5 de
' 9 2.O Quando os peritos, em qualquer aos cásos antece- a fim de sér requisitada com a ~necessariaantecipação, a
dentes, forem de opinião que o exame só pbde ser feito assistencia dos referidos magistrados. -
em um estabelecimento de alienados, proceder-se-ha nos. Art. 10.O-No auto de exame dcyerão intervir dois pe-
- termos do art. 6.O ritos d'entre o pessoal clinico do estabelecimento, mas, se
Art. 6.O-Quando se dê o caso de que trata o art. 2 . O houver um &, ou as declaraçóes dos dois não fôrem con-
da presente lei, o juiz poder& officiosamente, ou a reque- formes, o juiz -que tiver de presidir ao acto ordenara que se
rimento do Ministerio Publico, ou de parte legitimamente escolha e notifique outro perito d'entre os medicas que se
, @teressada no processo, ordenar que o exame medico se distingam pelos seus conhecimentos de molestias mgntaes.
h g - n ' u m estabelecimento de alienados, e pela mesma Art. 4 1.O- Os peritos deverão declarar- se o indiviãuo
forma-poderá determinar que se proceda ali a segundo examinado padece d e loucura permanente ou transitoria,,e
exame, se o que tenha sido feito pelos peritos da comarca se oracticou o facto sob a inflnencia Gaauelle ~adeciment0
fôr insufscieute para se ajuizar da imputabilidade do-agente estando privado da consciencia dos propRos a&os, ou inhi-
@ófacto crimisoso. bido do livre exercicio da sua vontade.
Art. 7:O-0 exame nos estabelecimentos de alienados Art. 12.--Se no decurso da instrucção de algum pro-
será ultimado no praso de dois mezes; estepraso, porkm, cesso o individuo dér manifestações de loucura, m p r o -
deverá ser prorqado se houver suspeita de simulaçáo de vada pelo exame medico, será suspensa a accusaçáo até
loucura, ou necessidade justificada de uma mais longa que tenha recuperado o uso normal das suas faculdades
observação. mentaes.
9 1.O O director do estâbelecimento de alienados .expora 5 unico. Havendo motivos para suppbr que a loucura
ao juiz os motivos pelos quaes julgue necessaria a proro- era preexistente á practica do -delicto, ou consequenci2
gáção do praso, que, só em caso muito excepcional e devi- aecidental de alguma molestia do s stema nervoso, e, que,
damente justificado poderá ir alem de seis mezes.
$ 2.O Concluido o exame, os peritos prestarão as suas
i
n'um ou n'outre caso, podia ter eterminado a a ~ ã cri- o
minosa ou influido na culpabilidade do indiciado, proceder-
,declarações, as quaes ficarão consignadas no respectivo se-ha a exame medico-legal nos termos e para os effeitos
auto. da presente lei.
' Art; 8.0-Aos'peritos devyão ser prestados os escla- Art. 43.O - Terão o destino designado no art. 5.O da lei
kecimentos e informações que reqaisitarem, quer a respeito de 4 de julho de 1889 os alienados seguintes: (1)
do facto criminoso e suas circumstancias, quer a respeito 1.O Os que tendo pradtcado factos puniveis com alguma
do seu auctor.
unico. Se, para a execução d'este artigo, fôr preciso
proceder a algum inquerito, formar-se-ha um processo espe- (1) A lei de 44 julho 1889 dividiu n continente do reino e ilhas
cial que sera appenso ao auto de exame. adjacentes, para o effeito do serviço dos alienados, em q n a t r ? c i r ~
Art.9.O- O auto de exame medico-legal sera feito nos 40s compostos de districtos administralivos. O primeiro é coustituid~
termos do $ 1.O do art. 903.' da Novissima Reforma Judi- (os dislrictos de Vianna do Castello, Braga, Bragança, ViUa-Real,
%iaria, e quando se verifique n'um estabelecimento de alíe- &to e Aveiro; o segundo, pelos dislrictos de Coimbra, Viaen,
Guarda, Gasteiio-Branco e Leiria; o terceiro pelos distrietos de San-
nados, assistira o jaiz e o representante do Ministerio Pu- tarem, Lisboa, Portalegre, Evora, Bda, Faro e Funchal; e o Farto
blico da comarca ou districto criminal, sede do estabeleci- pelos districtos de Horta, Angra do Heroismo e Ponta Delgada.
mentó. AIBm d'isto creou um fundo de beneficencia publica dos a l i e n e ,
5 unico. Para os effeitos d'este~artigoserá c ~ m ~ m i c a d o - indicando as verbas com que ficou constituido, e decretou um ipi-
posto especial de sêUo lambem para a sua dotagão.
ao juiz da m a r c a ou dist~ictocriminal, onde se instaurou EIS o que dis õe no art. 5.0-nOs alienados criminosos serk're-
0 processo, o dia em que deva effectuar-se o auto de exame, mWos e trata808 nas enfermarias annexas ás penilencianas ceu-
das penas maiores, náo forem pronunciadas! como auctwes, barda, ser8 posto A disposição da aucto8dade administrã-
do crime por motivo de loucura; , , tiva para ser admittido n'um hospital de alienados.
Os a~cusadospor crime a que a mesma penalidade Art. 15.0-0s alienados a que se refere o art. 13.O
corresponda, cujo processo esteja suspenso nos termos do sómente poderão ser postos em liberdade quando se copt-
artigo antecedente, e os que fôrem absolvidos com o fun- prove a sua cura completa, ou quando, pela idade ou'perda
damento de terem infrigido a lei em estado de .alienação de forças, se possam reputar inctffeosivos.
mental. -
Art. 4 6 . O 0 director do estabelecimento enviará ao
Arl. I&." - O alienado que tiver commettido algum aeto competente magistrado do Ministerio Publico as informa-
a que corresponder penalidade inferior a fixada no artigo ções necessarias para que possa requerer a respectiva ordem
antecedente, devera ser entregue, por ordem do t r i b ~ a l , de soltura.
a familia para o guardar. Se, porem, não tiver familia, ou - 5 unico. Quando algum membro de familia do alienado,
-esta náo esteja em condições de se encarregar da sua ou quem o represente, requerer que se lhe d13 liberdade,
- allegando que esta cnrado, ou que náo B perigoso, o juiz
do processo resolvera a petição, cor6 prkvia audiencia do
traes, e nas que igualmente Ihes são destinadas no hospital de
Ministerio Puhlico, em face de consulta favoravel do dire-
Lisboa. ctor do estabelecimento ou de exame de sanidade, se julgar
3 4.0 Serão collocados nas enfermarias aunexas ás penitenciarias: conveniente determinal-o, e a que não poderi, sem justa
1.0Os condemnados a penas maiores que apparecerem alienados causa, deixar de deferir, sempre que lhe seja requerido
ou epilepticos durante o cumprimento da pena; pelas pessoas designadas no $ uoico do art. 1 . O
3.0 0 s indiciados ou pronunciados por crimes aque correspondam
penas maiores, quando tenha sido ordenado o exame medico-legal --Art. 17.'-Quando, embora incompleta a cura do alie-
por se snspeiiar ou se allegar o estado de alienação mental dos rbos, nado, não haja todavia receio de accessos perigosos, poderá
quer como circumstancia dirimente dos crimes, quer como motivo o juiz anctorisar a sahida provisoria, como experiencia, se
para a suspensão do processo. Esta disposição só se verificara quando lhe for requisitada pelo director do estabelecimento, e s e
os peritos f6rem de opinião que o mencionado exame n b póde ser
feito s e n b n%m estabelecimento de alienados; houver quem se obrigue a prestar ao doente o tratamento
3.. Todos os indic~adosou pronunciados por crimes a qne corres- e amparo indispensaveis, e a internat-o novamente quando
pondam penas maiores, quando apparecerem alienados no periodo haja ameaça ou pr6dromos de repetição de accesso.
que decorre desde a instauração do processo ate ao julgamento. $ 1." pessoa que se encarregar do alienado remettera
Lis'boa:
. .. de
% 2.O Serão collocados nas enfermarias especiaes do hosoital
ao director, no fim de cada mez, um attestado medico,
,$.o Os individuos accusados de crimes a que correspondam penas jnrado e reconhecido, relativo ao estado do doente, devendo
maiores, cujo processo foi euspenso, ou que foram absolvidos por aquelle documento ter o visto do delegado da comarca.
motivo do seu estado de alienação mental no momento de praticarem 5 2;" A saùida provisoria poderh converter-se em defi-
os factos crinlinosos;
2.0 Os condemnados alienados a que se refere o n.O i;o do 5 pre- nitivã, quando a experiencia demonstrar que não ha n'isso
cedente, quando, ao expiar a pena, não seja conveniente, or soãe- inconveniente, seguindo-se os termos prescriptos no unico
Jem de alienação perigosa, transferil-os para os hospitaes Xe. cirenios do artigo anterior.
respectivos, ou entregal-os as familias*. Art. 18.0-Quando o asylado tiver de sahir por estar
-O regulamento das~adeiascivis do estado da India, approvado
pela ort. prov. n.O h37 de 46 julho 1897. publicado no Bol. n.O 80 e curado, ou por se considerar iooffensivo, se não tiver fa-
,rectii!cado no Bol. n: 82, dispõe no art. 33.0- *Os presos cujo estado milia a quem se entregue, e for 4ndigente ou incapaz de
de demencia posterior a erpetração do mime demandar tratamento adquirir meios de subsistencia pelo seu trabalho, devera
appmpiiado em hospital i e alienados, devem, depois de inspecciona- ser posto a disposição da auetoridade administrativa, á fim
dos, ser removidos para o hospital militar de Nova GÔa, devendo o
Ministerio Publico requisitar á competente auctoridade administrativa de ser admittido n'algum estabelecimento de beneficencia.
a prempta remessa d'ellesu. Art. 1 9 . O - Os condemnados em pena de prisão maior
que, durante o cumprimento da pena, apparecerem aliena- o destino designado no 5 2.0 do art: 5." da citada-lei da (i
dos, serão recolhidos nas enfermarias a que se refere e. de julko'de 1889. .
art. 5." 5 1." da lei de 4 de julho de 1889. Art. 28.O -E o governo auctorisado a decretar as3ispó-
Art. 20.0 -Logo que algum recluso dê manife$ições de sições regulamentares que convenham para a cabal .exe-
perturbaçáo mental, o director da cadeia ordenará que seja cução d'esta lei.
submettido a observação *medica.
A F ~ .21.O -As conclus0es da observação deverão redu- Disposições transitorias
zir-sa a auto.
-
Art. 22.O Comprovada a Igucnra, ficarb, por despacho
Art. 29.O -Em quanto não existirem as enfermarias
do Ministerio dos Negocios da Justiça, interrompida a exe-
cução dapena, na conformidade do disposto no 5 unico do annexas as cadeias penitenciarias, a que se refere o art.
art. 114.O do Codigo Penal. 8." da lei de 4 de julho de 1889, ou o hospital a que se
--
Art. 23.O Se, em resultado do tratamento, o alienadò refere o n." 1." do art. 2.O da mesma lei, serão remettibs
ao hospital de Rilhafolles os alienados a que alludem os
recuperar a saude mental, será ordenado pelo mesmo mi-
nisterio que continue a execução da pena, voltando o r& artt. lXO,19.', 45.O e 27." da presente lei, e ali devera
á pnsão de onde fora removido. taipb~mser feita a observação dos condemnados em mm-
9 unica. Se o director da cadeia, consultando os medicas, prrmento de pena, quando não possa effectuar-se conve-
interiaer que todo ou parte do tempo decorrido em trâta- nientemente na respectiva prisão. (1)
menio deve ser levado em conta no cumprimento da peea, Art. 30.O -Fica revogada, etc. D .
enviara proposta fundamentada ao referido ministerio para
8% submettida á apreciação do poder moderador.
AI%.24.O -Se a observação tiver concluido pelo recunhe-
cimento de simulação de loucura, será descontado no cum- (1) Em virtude do 1 3.0 do art. 52.0 do regulamento geral do hos-.
pita1 de alienados do Conde de Ferreira aaargo da Santa Casa de
primento da pena o tempo por que tenha durado, e o preso .Misericordia do Porto, ap rovado por dee. de 30 set. 1891, póde o juiz
ineorrerb no castigo disciplinar que for aucbrisado peb enviar para ali os alien&s que forem accnsados ou estiverem eum-
regulamento da cadeia. - prindo pena, devendo acompanhar a ordem de admissão um docu-
Art. 25." -As disposiçóes dos artt. 19." e %O.' d'esta mento legal, em que se de noticia do crime arguido, supposto ou pro-
lei são ao~licaveisaos condemnados definitivamente'-em vado, e n'este ultimo caso da qualidade da pena applicada
Farei notar, porbm, que os alienados arguidos de cfirnes a que
pmas ma:&es que apparecem alienados antes da sentença eorrespondam penas maiores, devem pela lei acima transcripta e a
ter principio de execução, devendo os respectivos procura- que res eita esta nota, ser enviados para Rilhafolles, como se de-
dores regios promover que se façam os exames dos con- - preheDk do art. 29.0 d'esta mesma lei.
DIZa lei de 4 julho 1889 no art. 2.0 - d l auctorisado o governu
demnados, e que se lhes dè. o destino competente. a construir e mobilar nos limites da receita creada para esse fim, os
$jnnico. A sentença será executada quando os réos re- seguintes estabelecimentos para alienados: .
cnperem o uso normal das faculdades mentaes, salvo se a L.*-Uin hospilal para 600 alienados dos dois sexos, em Lisboa, de-
peda já tiver prescripta. v e n b ter condições especiaes para o ensino da clínica psychiatrica,
Art. 26.O - Se algum condemnado em prisão correc- e duas enfermarias, uma para cada sexo, em condi@es adequadas
para n'ellas se recolherem os alienados criminosos que tenham de
cbnal enlouquecer, o respectivo agente do Ministerio h- ser sequestrados por ordem da auctoridade publica;
blico promoverá que se proceda a exame para se dar ao -8.O Outro, pelo mesmo modelo, para 300 alienados dos dois sexos,

preso o trataínento adequado. em-Coirnbra;


3.0 Outro para 200 alienados dos dois sexos da ilha de S. Miguel;
Art. 9 7 . O -0 condemnado que, ao terminar a execução 3 . O Um asylo para $00 idiotas, epilepticos e dementes inoffensivos
de alguma pena maior, der manifestaçíjes de loucura, teri dos dois sexos, ao Porto, ou nas suas proximidades, uma vez une se
posta em vigor no Ultramar pela portaria do Ministerio
CAPITULO VI1

Processo por moeda falsa (1) stante as reclamações publicas, contiuúa o tal banco a coi~.;a.rvw.
quasi os mesmos privilegios, prorogados por lei de 97 julho i..;!i::!
- O dec. de i8 julho i891 determinou que as notas até entao em
circulação na-Funchal só podessem ser recebidas em transaqões,
A-A lei de 4 de julho de 1839 sobre moeda falsa, qiiaudo marcadas com um carimbo especial e selladas.
-O dec. de 30julho 1891 deu curso legal temporario aos francos
francezes pelo valor de 200 iéis cada um, e prohibiu _temporaria-
mente a exportação das moedas francezas de prata e as portugnezas
da mesma especie.
encontre perto d'esta cidade algum edificio que possa adaptar-se com - O dec. de 6 agosto 1891 mandou emittir, pela administração-
facilidade para esse fim; geral da casa da moeda, cedulas de 100 e 50 réis, representativas da
LiP Enfermarias annexas as penitenciarias centraes, em'condições moeda de bronze.
preprias para n'ellas se tratarem alienados*. -O dec. de # h out. 1891 prohibe provisoriamente a expo~l:ir:l~~
( i ) A-A Ord. liv. 5.q tit. 49 inlopr. diz-.Moeda falsa 6 toda aquella de oiro e prata da provincia de Cabo-Verde, e o dec. de I6 set. Ih!lti
aue não e feita oor mandado do rei. em crualauer maneira aue se faz a mesma prohibicão com relação a Angola.
bça, ainda que Qeja d'aguella materia e ffó;ma,'de que se faz á ver- -Foi auctorisadó o governo a remodelar0 regimen monelario e
dadeira moeda, que o rei manda fazer; porque conforme a direito ao fiduciario do Ultramar. -Dec. de 29 dez. 1895.
rei sómente pertence fazel-a,.e a outro algum não, de qualquer di- -Por dec. de 6 de nov. i896 cessou na Gniné o curso legal das
gnidade que seja@. moedas de praia estrangeiras.
-Tab. das estrangeiras e da sua equivalencia em réis, admittidas -Por dec. de i 5 set. 1896 foi prohibida em Angola nas repartições
e mandadas correr como portuguezas-tabella annexa ao dec. de do estado a circulação de moedas de prata estrangeiras.
99 dez. 185%.e tabella annexa ao dec de 49 out. 1853 em referencia B -Papeis de crediblopublico.-Diada publica 6 a contrahida pelo
á lei de 99 julho i854 que não alterou o valor do óiro e prata nas estado e divide-se em funúada e sem garantia.
mencionadas tabellas. - Port. do Miu. da Mar. de 6 agosto 1884. Fundada é aquella para que a lei cria garantias ou fundos, sendo
-O dec. de 7 maio 1891 suspendeu o preceito do art. 9." da lei pagos os juros e feitas as amortisações pela 'unta de credito publico.
de 29 julho 1854, e auctorisou a cunhagem de moedas de prata com O! titulos d'esta divida chamam-se fundos pubiicos ou papeiâ de
o peso e theor fixadas na lei citada até 9:000 conlos. credzto publico.
-O dec. de 9 de julho 4891 mandou continuar em circulação as A divida fundada subdivide-se em consoli~dae arnorfPsaue1 ou
notas do banco de porlugal, nos termos do dec. de 40 de maio do $ucfua%te, e em interna e externa.
mesmo anno, ate que esteja em vigor o novo systema monetario, Cmo~idadaé aquella de que o estado só paga os juros com en-
sendo o banco auctorisado a emittir notas do valor de 18000 e de cargo perpetuo.
500 réis, e declarou que as notas já emittidas dos bancos Alliança, Fl%ctwmte ou arnortisaeel Q aquella de que o estado baga não só
Uniqo do Porto, Mercantil portuense, Commereial do Porto, Nova h m juro estipulado, mas o capital em prasos certos, conforme o con-
Companhia Utilidade Publica, Banco de Guimarães Banco do Ninho7 tracto.
terão curso legal desde a dats do decreto em diante até 31 dez. i906 Dzaida inferna é aquella cujos juros s k pagos dentro do paiz,
a par e nas condições das notas do Banco de Portugal, em quanto Diuida externo é aqueHa eujos juros são pagos Mra do pala
este não julgar opportuno substituil-as todas por notas suas, annuu- Os tituios da divida intmaa chamam-se inscripçiies, couponw o M -
ciando préviamente o praso dentro do qual deveri completar-se a gações; 6s da externa, coupons e h&.
troca Por virtude das bases para a constituição do banco emissor, As in.sci.ipç&s e wupoas são titulos da divida..consolidada~inferna
auctorisadas pela lei de 29 julho i887, celebrou-se com o governo e oil #%terna; as obrigcrções são os titulos da divida ammtasmel aatemca;
o Banco de Portugal o contracto de 10 dez. 1887, pelo qual este ficou- - e os bonds são os titulas da divida amorlisavel ederna. Os bonds tam-
sendo o emissor exclusivo de notas durante 40 annos. bem se chamam letras do thesowo.
-No Ultramar o banco emissor exclusivo de notas Q o Banco Na- As in.scrip@es são titulos com assentamento individual; os g?upons
cima1 Ultramarino, ao qual foram concedidas vantagens e privilegios são titulos ao portador. Todas estas variedades de titulos estão sn- .
na lei da sua creação de 16 maio 186&de tal ordem que chegam a jeitas a eotação nas bolsas.
fazer duvidar da sanidade moral da nação portugueza. E, nao ob- Em Portugal ha os seguinte typos de titulos: insmpçães, couprms
P~OQ@SO-PO&' HOXDA FALSA $&$$ i

da %a.rinha de 23 de março de 1865, dispãe como se A&. %"-Todo aquelle que, sem licença do governo,
- s e g a : (I) fabricar, importar, expozer a venda, vender, distribuir,
aArt. 1.O -Todo aquelle que fabricar, importar, expuzer ,subministrar, possuir, ou retiver balances ou prensas de
á venda, vender, diatribuir,.subministrar, possuir ou retiver cunhar, e serrilhas que siruam, posto que não exclusi~a-
eonho para moeda, e chapas ou fôrmas, com letras d'agua mente, para a fabricação ou falsiEcação especificada no
'%paranotas, que sirvam exclusivamente para fabricação on art. i.", incorrera, do mesmo modo ahi estabelecido, na
falsiiicaçáo de moeda nacional ou estrangeira, metailica on pena correccional de um á tres annos de prisão e-multa
de papel, de papeis de credito publico ou de notas de qual- correspondente.
quer Banco Nacional ou estrangeiro, companhia ou estabe- 5 unico. A prohibição estabelecida n'este artigo não com-
lecimento, Jegalmente auctorisado para a emissão de notas, prehende os bancos, companhias ou estabeiecirnentos em.
incorrera independentemente de toda a intenção malefica, relação 5 fabricação de papeis de credito publico, ou notas,
na pena cpeccional de tres a cinco annos de prisão e que por leis especiaes Ihes competir, nem tambem aquelles
multa correspondente. que para o mesmo fimcontractarem com os referidos baa-.
3 unico. A prohibiçáo estabelecida n'este artigo não com- cos, companhias ou estabelecimentos.
- preliende o governo, nem os bancos, companhias ou es&-- Art. 3."-Todo aquelle que practicar com acção malé'nca
belecimentos em relação h fabricaçáo de moeda, papeis de qualquer acto preparatorio do crime de fabricação ou falsi-
credit~publico ou notas, que por leis especiaes lhes estiver ficação especificada no art. I . O , incorrera na pena corres-
.commettida ou permittida, nem tambem aquelles que para pondente á tentativa do mesmo crime.
o mesmo fim contractarem com o governo, ou com os re- Art. 4.O- 0 disposto nos artigos antecedentes nãò pre-
feridos bancos, còmpanhias ou estabelecimentos. (2) judica o que a respeito do crime de falsidade de moeda, -
papeis d e credito publico, ou notas, e da sua cumplicidade,
tentativa e reincidencia, se acha estabelecido no Codigo
Penal.
e7mds a juro de 3 %; obrigações da divida interna de 4 de 1888; Art. 5."-É applicavel aos infractores das disposições
i
&e 4 of0 de 1890; 4 O/, de 1891; obrigaçô~scom assentamento de
da presente lei a isenção estabelecida no art. 913.O do CQ-
4; de 1888, emittidas por leis de 92 maio e 23 junho 1888, e @c. digo Penal,-uma vez que a denuncia -ahi permittida seja
8 2 i3 'agosto do e s m o amo, e de 4 i 01. de 1889, emittidas por dec.
dada á auctoridade piiblica competente, -ntes de consum-
I 8 fev. 1889 com fundamento nas leis de 21 julho I887 e de 23
%
mados os crimes de falsidade a que esta lei se refere, e
junho 1888; e bém assim obrigações da-@vidae@erna a juro de 4%
ddérnprestimo de 1890, e d e - ~ i de 1891. - antes de se ter instaurado processo pela sualnfrac'çáo.
5 unico. Se a denuncia tiver logar depois de instaaraao
o processo, porèm antes de consummados os ditos crimes,-~
Os juros dos tilulos da divida interno fâram tributados em-30 o/o.
por fei de 26 @v. i8Y2, e os credores da divida e&- ficaram pee- - será diminuida a-pena na proporção dos meios que a de--
&rendo apenas um terço em oiro,por dec. de i3 junho 1892; mas nuncia d é r i referida auctoridade para obstar a consnm-
como reclamassem fortemente, appareceu a lei de 20 maio 1893que mação- do crime.
ihes deu o terço dos juros em oiro, e Ihes prometteu vantagens com
o^excesso das receiias aduaneiras futuras em certas condições, po- 'Art. 6.O-Nos crimes de falsidade ou de fabricação-ou
d&do trocar os titulos da divida externa por outros da interna. . - fatsificação dè moeda, papeis ou notas de que tratáo Codigo
-
-As pcwes e e g a ç õ e s de companhias não estão involvidas na Penal, art. 206.O e seguintes, e a presente lei, poderh pro-
designaçao de papel$ de credzto pubkco. ceder-se 6 prisão sem culpa formada, cumprindje todavia
( I ) A portaria alhdida, pondo em vigor no Ultramar o processo
por moeda falsa, fez-lhe alterafles, n~ãoadmfttiudo o jury no seu o disposto no art. 1:026.8 e $ unico da Novissima Reforma-
juigamento. - Judiciaria; em harmonia com a Carta Constitucional, art,
(?) Vid. nota a pag. 252. 14a0 0 7.O
PROCESSO POR MÕEhA FALSA - 287

8 unico. Não è permittida fiança em nenhum- dos refe- ~bservanciado di~postono art. 1:162.O da citada Reforma
ridos crimes. (4) Judiciaria.
Art.. 7.0-,3$doS os crimes c~m~rehendidos nos artigos $ 1." No caso de annuyação prevista e ~ G e n a d ano ci-
antecèdenles ?h presente lei serão processados e julgados tado art. 4:462.O, o segundo jury será compoSto de deseseis
pelos juizes de 'direito com irrtervençáo de jurados. jurados, não entrando n'elle nenhum dos do primeiro jury.
g 4." OS jurados que h50 de servir para os julgamentos § 2.O Na audiencia. de julgamento, perante o segundo
d'estes crimes devem ter os requesitos legâes, e além d'issb jury, deverão ser lidos os depoimentos das testemunhas
entrar no numero e na pauta especial dos 120 cidadãos, eacriptos por extenso ou extracto na audiencia perante o
qúe forem os maiores contribuintes no respectivo circulo, primeiro jury, ainda mesmo que ellas compareçam a depi3r
-ou ter os grios e titulos litterarios, que segundo a lei os oralmente, e depois de terem assim deposto, na audiencia
dispensarem de toda a prova de censo. do segundo julgamento.
5 2.O O circula de que trata o $ antecedente sera com-. .Art. 9.O -0 governo fàrá o regulamento necessari-o para
posto, para este egeilo, da comarca em. que se julgar o a execução da presente lei.
crime accusado, e das duas comarcas mais proximas. Art. iO.O-Ficam por este modo, s para este efleito
5 3.O O jury sera composto, em primeiro julgamento, de sbmente, alteradas a Novissima Reforma Judkiaria, e as
doze jurados. leis de 18 e 22 de julho de 1855, e revagada a legislação
3 4." Os depoimentos das testemunhas, na audiencia de em contrario^^.
julgamento, seráo.escriptos pelo escrivão, ou por extenso, B- O dec. de 4 agosto 1852, regulando a execução da
o u t á o sbmente por extracto do seu resultado definitivo, lei anterior, dispõe :
_ segundo. . fdr requerido por qualquer das partes ou ordenado
adrt. I." -A licença a que se refere o art. 2.' da citada
pelo juiz. lei (a de 4 de junho de IP59), para cada um dos fins n'elle
Art. 8." -Continuam em vigor os recursos legaes actual- especificados, sera annual, e expedida gratuitamente pelos
respectivos gocernado~escivis, os uaes farão proceder 6s.
mente estabelecidos, tanto do despacho de pronuncia, seja
ou não obrigatoria, como da sentença de julgamento, quer !
diligencias que julgarem convenien es, para que a mesma
licença seja concedida ou reformada com pleno conheci-
absolva quer condemne, e e especialmente suscitada --a
mento da causa.
Art. 2."-As ,commissões que no principio de cada amo
têm de proceder ao recenseamento dos jurados no respe-
ctivo concelho ou bairro, nos termos da lei de 21 de julho
(i) A Relação do Po@ em acc., de 28 m a r p 1897 decidiu que nos de-1855, (i) faráò conjundamente o recenseamento dos
crimes de moeda falsa nao é admissivel fiança, porque, sendo espe-
cial a lei de B junho 1859, não póde ser derogada ela lei de 15 abrii jurados especiaes para o julgamento dos crimes de moeda
48%. - ?m.Tnb., pag do n . 36%'
~ do l b o vo! Um asrippu farsa, conforme as disposições da predita lei de 4 de
vencido. D'este accordao inte-8z-se revista. junho.
- Discutindo a decisão profenda, pa!ece:nos que a Rela ão, ao sus- Art: 3.0-Concluido o recenseamento dos jurados, .e
tentar a doutrina expendida, ecmmetteu ama illegalida$e, porque,
decretantlo a lei de 15 abril-1886 olivrameuto dos réosem qualgzder feitas n'elle as correcções respectivas, nos termos do art.
processa criminal nos termos n'ella expressos, não póde-deixar de
abranger na sua extensão a materia respeitante a moeda falsa.
' -A lei de 15 abril 1886 i? urna lei especial de proeesso, restrecla as
fianças; e por isso nageneralidade de suu especaalidade não póde dei-
xar de comprehender a fiança pelos crimes aqui enunciados. Em todo (1) Actualmente a lei de i julho 1867, regulada pelo de? de 29
o caso a questno é difncil de resolver. agosto 1867, os quaes se devem v6r na parte 'geral do capitulo da
,.- Vid. convenção com o Brazil de 14 jan., conf. C. R. de l i out. constituição & jnry a pagg. 96 e 96.
de 1855.
L7 C VOL I
8." do decreto d e 3 i de outubro de 1855, (i) as commissões A acta dever5 eonter os nomes, dos jurados de. qne~
-
dos concelhos ou bairros, que não forem cabeça da eomarca, se cumpozerem as- pautas de cada semestre, extrahidas
quando esta compreliender mais de uma, en~iarãoá com- n'aquella sessão, o emprego ou profissão de cada um, o
missão d'esse concellio ou bairro, onde a cabeça de comarca seu eskado, a sua idade, a sua morada, e a quota de decima
fôr situada, uma relação dos jurados, com as declaraç8es que pagar, ou o grio au titulo .litterario que o dispensa
que acerca d'elles se contiverem no recenseamento, authen- da prova de censo.
iiada com a ãssignatura de todos os membros respectivos; 5 5 . O Todas as operlsçães determinadas nos artigos pr&
e #estas relações, e do recenseamento do concelho OU &dentes e seus 5!$, dever50 practicar-se necessariamente
bakrro, cabeça da comarca, formara a competente commissão de modo que fiquem sem falta concIuidas ém cada um anno
*

a lista especial dos quarenta jurados, que forem os maiores antes do fim de junho.
contribuintes, ou tiverem os gráos e titulos litterarios que 5 6.' Para todos os effeitos que deverem ;e&ir-se, nos -
segundo a lei os dispensarem de toda a prova de censo. termos da lei e d'este decreto, serão Consideradas comgis-
5 1.' Nas comarcas em que houver um s0 concelho pro- sóes do recenseamento da cabeça da comarca, na cidade
cedera a respectiva commissào desde logo, e pela mesma de Lisboa, a do bairro do Racio, e na do-porto, a do bairro
fbrma, a organisação da lista especial dos quarenta jurados de Santo Ovidio.
de que trata este artigo. Art. 4.'-As operações de que trata o artigo antece-
Q 2 .O Formada a lista dos quarenta jurados especiaes, e dente e seus $I, terão logar em sessão publica e solepne,
lançada no livro competente, a commissão respectiva, depois no- primeiro domingo de julhó de cada anno, á qual dever@
de lida a mesma lista, mandara fazer tqntos bilhetes quantos assistir o respectivo juiz de direito e delegado, ou quem
são os nomes que ella contiver; as quaes serão Iançadas estiver fazendo as suas vezes. A estes magistrados pertence
em unia urna, d'onde um menor, cuja idade não exceda a fiscalisar aquellas operaçóes.
-dez annos, os ira exlrahindo, e, á proporção da sua extrac- Nas comarcas de Lisboa e Porto assistiri um dos juixes
ção, serão-lidos pelo presidente da commissão, e inscriptos- de direito criminaes, e um dos delegados a quem tocar
em. uma paula especial. por turno, como fbr estabelecido pelo presidente da Relação
5 3.' Os primeiros vinte nomes que sahirem, formarão do respectivo districto. ,
a pauta dos jurados que, durante o semestre respectivo, $ unico. Os livros relativos ás operações de que tratam
deverão funccionar conjnnctamente com os jurados igual- èste artigo e o antecedente serão guardados no archivo da
-mente apurados das outras duas~comarcas,de que houver respectiva carnara municipal.
de ser composto o drcu10. Os vinte restantes formarão-a Art. 5.'-Formadas ,as pautas de vinte jùrados para '
Nuta, que pela mesma forma ha de fiinccionar no semestre servirem em cada semestre pela fbma estabelecida n'este
immedia to, decreto,, a comrnisscjo respectiva remettera ao juiz de di-
4.O D'estas operaçóes se lavrará em livro especial- reito da comarca uma copia da pauta-competente. Em
mente estabelecido, depoís de numerado e rubricado .coyo Lisboa e Porto deverá a-pauta ser remettida aos juizes
Q da Iísra dos jurados, a competente acta que sera assi- criminaes respectivos.
-
gnada pelos membros da comrnissão e gelos magistrados Art. 6.'-Emquanto não se proceder definitivamente 8'
asgstentes, os-quaes todos assignaráo Lambem a s pautas confec@o dos circuios de tres comarcas de que trata a lei
extrahidas. -de 4 de junho passado, proceder-se-ha para o julgamento
dos crimes de moeda falsa pela seguinte forma:
~ . S 4 . O Quando em alguma comarca houver de ser julgado
qualquer dos crimes de que faz mençáo a referida lei, o
(i) Vtd. nota anterior competente juiz ..de direito, immediabameiite o participara
a
PROCESSOS POR C ~ DE IMPRENSA
S 26

ao presidente da Relação respectiva, informando ao mesmo


tempo quaes sáó no seu intetiderestas duas comarcas mais
proximas, que conjunctamente com aquella em que o jul- CAPITULO VI11
gamento ha. de ter logar, devem const~tuiro circulo de
tres cornarcas, de que trata o art. 7 . O $ 2 . O da citada lei, Processo nos crimes de Bbadade de imprensa (i)
$ 2.O O presidente da Relaçao, colhendo as informações
que julgar necessarias, designari sem demora as comarcas A -A lei de imprensa de 17 maio 1866, que foi posta em
,Que ficarão formando o circulo para aquelle julgamento, e
assiin o particisara ao juiz respectivo.
$j 3.O Este requisitara aos juizes das outras duas comar-
cas, de que ficar composto o circulo, copias authenticas da (1)A -As leis anteriores, reguladoras da liberdade de imprensa,
pauta dos vinte jurados pertencentes ao respectivo semea- aram :
tre, as qiiaes aquelles juizes serão obrigados a mandar-lhe As leis de 22 dez. 1834, de 10 nov. 4837, de 18 out. 48L0, de 22
maio 1854 e de I julho 1853.
sem dem0ra.e com ellas e a da sua comarca organisará a B -A port. do Min. da Guerra de 4 mâio i89í com relação ao3
pauta geral dos sessenta jurados para todos os effeitos crimes por abuso de liberdade de imprensa, commettidos por milita-
1.egaes. res, diz :
5.4." Fixado o dia de julgamento, o j u i z da comarca *Constando que alguns militares, em vez de cooperarem para o
maior lustre e preetigio das instiiuiçaes militares, antes, olvidando os
onde elle houver de ter legar, deprecará aos das duas co- deveres a que os obriga a nobre profissão das armas, e esquecenaò
marcas que completam o circulo, para que mandem intim%r quanto devem ao brio proprio e ao decoro do exercito, são os pri-
os respectivos jurados, declarando-lhes o dia, hora e local meiros a prostergar os mais salutares preceitos da disciplina, servin-
em que ha de ter logar o julgamento. Os juizes deprecados do-se da perna para, na imprensa, discutirem e apreeiarem os artos
e as qualidades dos seus chefes e legitimos superiores; e porque não
farão dar immediato cumprimento As precatorias, e remet- póde tolerar-se tão culposo procedimenio roatrario a todas as normas
terão ao juiz deprecanle certidão d'aqupllas intimações. do dever e da honra militares. nem tão pouco permittir-se que o
8 8.0 Estas operações terão jogar de fórma que entre a prestigio da auctoridade e a consideraçãodos onlciaes estejam amerc6
de ruins paixaes iudividuaes : determina Sua Majestade El-Rei, pela
intimação e o dia do julgamento possa haver o intervallo secretaria d'estado dos uegocios daguerra, que todas as auctoridades
de oito dias pelo menos. Quando houver mais 'de um jul- militares, e muito especialmente os generaes commandantes das di-
gamento não se repetirão para cada um os actos de qne visões, exerçam a mais escrupulosa vigilancia s o b ~ eos citados factos,
tratam os 3s antecedentes; mas o juiz assim o commnni- e remettam iinmediatameute as respectivas procuradorias régias os
cari aos jurados no fim do sorteio, indicando-lhes os dias exemplares dos jornaes, ou outros escriptos, que contenham materis
offensiva da disciplina militar, para que, na conformidade da lei de
em que os julgamentos subsequentes hão de ter Iogar. imprensa, sejaapplicada a seus anctores acorrespondente penalidade.
Art. 7 . O - Em tudo o mais que não fica alterado por Outrosim ordena o-mesmo augusto senhor as referidas auctori-
este regulamento, observar-se-hão no que fôr applicavel, dades que, nos casos em que os escriptos denunciem, ou a voz pn-
as disposições dos decretos de 3.1 de outubro de 1855, e blica aponte como auctor o nome de algum escri tor militar, proce-
dam imediatamente, e sob a sua responsabilida$e, a rigorosa syu-
mais leis em vigor. dibanciã a Em de apurarem a paternidade do escripto, para que
$os- fecahir sobre o auctor a devida punição, em desaggavo da ,
Disposições transitorias isciplina, que similhantea abusos tendem a enfraquecer, com mani- -
festo perigo da ordem publica e das instituições de que o exercito
deve .ser a mais segura garantia*.
(Não têm iinportancia A
j hoje para o caso). C-- O vt. 3 i . O do dec. de 19 de dez. 1887, que creou a inspecção-
geral das biiliothecas e archiuos publicos do reino, dispõe como se
segue :
continuam em vigor as disposições do alvara de 13 de setemhro
'962 r - E'SPECZALIDBDES
NO REINO PROCESSO POR CRIMES DE IMPRENSA %i3

vigor no ultramar por dec. de 1.out. 4867 com a restricção de documentos que provem -que o mesmo editor é: 4 . O De
referida a jury, dispõe: maior ídade, ou como tal havido em direito; -'%O Cidadão
ir hrt. ã."Ficam abolidâs todas as cauções e restricções no gosp dos seus direitos civis e politicos; - 3 . O Domici-
estabélecidas para a imprensa periodica pela legisla@io liado na comarca onde a publicação houver de ser feita.
actualmente em vigor. Art. 3.O -Intender-se-ha por periodico, para os effeitos
Art. 2 . O -Nenhum periodico, porém, se poderá publicar d'esta lei, toda a estampa ou escripto, impresso ou Iitho-
sem que, pelo menos oito dias antes da publicação, se de- graphado, publicado não sb em dias certos, mas tambem
clare o nome do editor perante o administrador do conceG - irregularmente, que contiver doutrinas de qualquar natu-
Ibo, e perante o delegado do procurador repin ?.a comarca reza, scientificas, religiosas o u politicas e sociaes, ou se
ou vara onde houver de fazer-se a mesma pli8jicação. referir a a&s da vida publica ou particular de qualqmr
$ unico. Aquella declaração deveri ser assignada pelo pessoa, e que não exceder seis folhas de-impressão, com-
eaitor, - e devidamente reconhecida, e ser& acompanhada putadas pela marca de papel sellado que actualmente se
usa nos processos forenses. (1)
Art. 4 . k P e I a falta de declaração do editor de que
traia-o art. 2.O, ou pela declaração exigida no $ unico do
de'i8U5, daearta de 1ei.de 19 de setembro de 1882, dos álvarás de - mesmo artigo, feita por meio de documentos insufficientes,
30 de dezembro de 1824 e 28 de maio de 1834, e da portaria de 27 incor~eo dono ou adininistrador da-imprensa, liihographia
d'agosto de 1835, a que se reportam os n.- 3.0 e 4.0 daart. i9.0 do
reg-alamento da bibliotheca nacional de Lisboa, mandado adoptar ou estabelecimento em que se effectuar a publicação, na
decreto com f ~ r ç ade lei de 24' de julho de 1885 que obrigam OS pena de tres dias a tres mezes de prisão e multa carre-
nos e administradores de officinas typographicas, lythographicas oú pondente, e na sentença condemnatoria declarar-se-ha
outras em que se imprimam, estampem ou por qualquer processo se sempre a suppressão do periadico, tudo sem prejuizo das
reproduzam, para serem publicados, escriptos ou desenhos, a envia-
rem á mencionada bibliotheca, dentro de oito dias a contar da pubii- penas respectivas ao crime de abuso namanifestaç30 de-
-cação sendo ella feita em Lisboa, e dentro de um mez uando feita pensamento.
nas provincias, um exemplar de todas as obras que pro&irem, sob $$ '1.O Nó caso de falsidade dos :documentos de que trata
pena de multa do valor de vinte exemplares d'aquellas, que não tive- o 3 unice do art. 2.O, cessa para o dono ou administrador
rem sido remettidas.
$ IP Ficará competindo a inspecção geral das bibliotbems e ar- ,da imprensa, lithographia o11 estabelecime~itoem que se
chives publicas fiscalisar o cumprimento do preceito d'este artigo, e fizer a publicação, a responsabilidade estabelecida n'este
dar parte ao Minffterio Publieo. das contravenç6es que oceorrerem, artigo.
para elle promover, na conformidade da portaria de 97 d'agosto de $ 2 . O A falta ou incapacidade superveniente do editor
1835, a applicação das multas em que tiverem incorrido os contra-
ventares. ( i ) 'Implica tão somente a suspensão do periodico; mas se o
$ 2: As multas cobradas constituirão reeeita eventual da inspec- dono ou admmistrador da imprensa, lithographia OU esta-
çãb geral, destinada á compra de livros e manusmipto~.
(i) A grtaria que se diz datar de 27 d'agosto de 1835 é datada, na iegis-
Ia-o, de d'agosto, expedida em virtude da regia resulucão de 47 do mesmo
mez. (#)'Por dec. de 26 nov. i896 (D. G., n." 974) foi revogado para.0
Dispóe ella no sen n.O 3.0, unico applicavel: - «@ rocesso sobre dividas
activas liili: : ,das da fazenda, ser&ordenada conforme o secreto n.O 44 de 16 de Ultramar este artigo na parfe respeitante ao numero de folhas e ao
maio de Iw, tit. 70, art. 19.4 ara comecar executivamente por sequestro formato dos escriptos impressos ou lithographados. -
revogada n'esta parte a citada rewkcão (de 10 de junho de 1834 pnblicada e d - A apreciação se uma publ'ica$ão excede, ou não, seis foha de'im-
portaria de 8 de julho de I*::i fazendo a conta corrente as vezes de libello, e
t, pressão computadas .pela marca de papel sellado, deve pertencer ao
contendo a intencáo da faziiiua, fundada assim de direito. como de facto oara o prudente arbitrio do julgador. Attribue-se esta resposta ao A, da lei,
devedor a poder 'illidir sómente com conhecimento de paga, ou con- a qual ficou sendo inti.1 (ni~:iaçãoauthentica da mesma, como diz a
forme a lei de 4%de dezembro de 1761, tit. 3.0 9~9.,, e am as seni. I:. 8 - se
proferirem confoime o art. 116.0 do decreto h. de 16 Be. maio de ,.
Rm.ck Leg ,ao498 do 1U.O vol.
belecimento em que se effectuar a publicação continuir a' terá logar quando, em virtude de tratado ou de lei do res-
fazel-a, tendo conhecimento d'aquella falta ou incapacidade, pectivo paiz, esteja estabelecido o principio da reciproci-
ficará sujeito ás penas comminadas n'este artigo, declaran- dade.
do-se semore na sentença condernnatoria a suppressão do Art. 7.' - -Por estes crimes serão responsaveis: -3.: O
periodico. editor, havendo-o, em quanto não fizer reconhecer o auctor,
- Art. 5 . O '-Aos crimes de abuso na manifestação do pen- se este na epocha da piiblicação do impresso, estiver domi-
samento são applicaveis as penas respectivas estabelecidas ciliado em Portugal, e f6r susceptivel de n'elle-recahir a
no Codigo Penal. imputação criminal; -2.O O auctor, quando não houver
- 5 4.O No caso de aggressão injuriosa ao systema repre- editor ou este não apparecer, ou quando o editor o fizer
sentativo na Carta Constitucional da Monarchia e Acto Ad- reconheéer em juizo, nos termos do numero antecedente,
dicional a mesma Carta, será applicavel a pena de- tres declinando para elle a responsabilidade; -3.O O donó o11
mezes a um anno de prisão e multa correspondente. administrador da imprensa, lithographia ou outro estabe-
5 2.O N2o são, porém, prohibidos-os meios de dis~assáo lecimento em que a publicacão se effectuar, quando, nd
e crítica das disposições, tanto da lei fundamental do Estado -falta de editor, não fizerem reconhecer o auctor; - 4.O As
como das outras leis, com o fim de esclarecer e preparar pessoas que vendecenl ou tiverem expostas a yenda as
a opinião publica para as reformas necessarias pelos Ba- ditas publicações ou reproduções, ou as-afixarem em lo-
mites legaes. gares publicas, ou distribuirem, o u de qualquer modo con-
Art. 6.O-0 processo será o que competir nos termos correrem sciente e voluntariamente para a súa publicação
da legislação commum. quando na falta do editor não fizerem reconhecer qualquer
8 1.O Nos casos dos artt. 408.O, 409.O e 5 'unico do art. das pessoas mencionadas nos n.OS 2.OXe3.O
410.' do Codigo Penal, sempre que a lei admittir a prova Art. 8.O- So poderá declinar-se a responsabilidade nos
da verdade da diffamaçáo ou da injuria, e o réo se offe- termos do artigo antecedente até á audiencia do julgamento
recer a dar esta prova, terá logar o processo ordinario com nos processos de policia correcciona1,e no praso concedido
intervenção do jury, na conformidade da lei de 18 d'agosto para a interposiçãò do aggravo de injusta pt.onuneia, de-
de 1853, e nos casos em que se não admitte prova, nos vèndo fazer-se nova intimaçáo i pessoa substituida e contk
termos dos artt. 407.O e 440.", terá logar o processo cor- nuando cantra esta o processo nos termos em que se achar
reccional. (4) depois de acceita a declinatoria por>despachodo juiz.
5 2.O O Ministerio Publico e competente para intervir +$ unico. Acceita que seja a responsabilidade, não pode@
nos crimes de abuso de liberdade de imprensa, nos casos mais dec1ina~-se.
de diffamaçáo ou,injuria, se ella tiver sido dirigida: Art. 9.' - 0 editor do periodico em que algum indi~i-
1.O Contra o chefe de nação estrangeira, havendo requi- duo, tribunal- ou corporação tenha sido injuriado, é obri-
sição do seugoverno; gado a publicar graluilamente a defesa que pelo arguido
2.O Contra os seus embai-xadores ou representantes'acre- lhe for remettida no primeiro numero que publicar depois
ditados na corte de Portngal, havendo requisição dos~oEen: de a ter recebid-o, comtanto que a extensão d'ella, impressa
didos; em typo e formato igual ao da arguição, não exceda o dobro
3.O A intervenção de que se trata no 5 antecedente só da extensão d'esta, ou mil letras de impressão, á escolha
do arguido.
Art. 10." Todas as vezes que algum periodico publicar
ou reproduzir noticia que seja officialmente desmentida ou
(1) Este 4.O foi revogado no Ultramar na par- da admissão do .rectificada na folha oficial do governo, o editor do perio-
jury por dec. de i out. i867 que poz esta lei em vigor. - dico, e m ~ q u ea publicação ou reproducção tiver sido feita,
. ..
PROCESSO P O R _ C ~ E DE
S IM%R~:NSA 3 7

é airigado a transcrever i desmentido de rectificação em - - Art. 44.O-Fóra do caso dó art. 4.O e do-da suspens30
tgpo igual aquelle em que tiver sido publicada ou repro- das. garantias constitucionaes, nos termos dos 85 33.O e
duzida a noticia, na primeira pagina do primeiro numero 34.O do'art; 445.O da Carta Constitucional, não poderh ser
que publicar depois que a dita folha officinl tenha sido,re- suspenso qualquer periodieo ou outra publicação. (f) -
cebida na térra em que o periodico existir. Art. 45.O-A introducção e venda de periodicos, livros
Art. 4 1.O -Quando em processo por abuso na manifes- ou quaesquer outras publieações feitas ou reproduzidas ,em
tação d o pensamento s e proferir sentença condemnaboria, paiz estrangeiro, continuará a ser applicavel o que se acha
o editor do periodico que houver sido condemn-ado, sera estaljelecido na legislaçãcs actuals. (2)
obrigado a publical-a na sua integra e em typo igual áquelle B-- O dec. no4 de 29 março 1890, (3) modificando a lei
s m que tiver sido publicado ou reproduzido O ariigo abu- de 17 maio 1866, estabelece a doutrina seguinte:
sivo, na primeira pagina do primeiro numero que publicar aArt. 1.O - E assegurada a liberdade de imprensa, e
depois que lhe foi iutimada a.mesma sentença ou apresen- permittida a publicação de qualquer periodic~nos termos
tada pelo offendido copia authentica. da legislação em vigor.
Art. 12.0-Pela falta de cumprimento do disposto nos . -A sede da administração do periodica deter-
,Art. 2O
tres artigos precedentes, incorre o editor do periodico em mina para todos os effeitos a competencia da circumscripção_
multa de 1M000 rhis, por cada dia que demorar aspubli- administrativa e judicial, em qiie tem de fazer-se a habiii--
ca~,õesn'elles ordenadas. alem de perdas e d a ~ o s . tação, a que se refere o art, 2.O da lei de 47 de maio de
Art. 13.O -Quando algum periadico publicar artigo ou 1866.
noticia contendo phrases allusivas ou equivocas, que pos- Art. 3.O -A responsabilidade criminal e bem assim a
sam implicar para alguem infamía ou oEensa da ho-a,
poderá qualquer que n'ellas se julgar comprehendido exigir
do editor que n'nm dos tres numeros immediatos á sua
reclamação declare espessamente se as ditas phrases se
referem ou não ao reclamante. (i) A Carta Constitucional diz no art. i45.q 3 33." -*Os poderes
constitncionaes não podem snspendw a coustitiiição, no que diz res-
$j i." Se o editor se recasar a fazer aquella declaração, D'eito aos direitos individuaes, salvo nos casos. e circumstancias espe-,
.
ou~nãoa fizer pela forma indicada n'este artigo, incorrerá &ficadas no 5 seguiete.
~

na peua de multa de 5#000 a 308000 réis. 3k.O Nos casos de ~ebellião,ou invasão de inimigos, pedindo a
f 2.O Seja qual fdr a declaração feita nos termos d'este segurança doEstado, que se dispensem por tempo determinado algu:
:mas das formalidades, que garantem a iiberdade individual, yoder-
'artigo, ou na falta d'ella, fica salvo aos injuriados o direito se-ha fazer por acto especial do yoder legislativo. Não se achando,
i acçáo penal. wrém, a esse tempo reunidas as córtes, e correndo a Patria perigo
§ 3.O NO caso de injuria ou diffamaçáo dirigidas por imminente, poderi o governo exercer esta mesma procouiden~ia~bomo
meio de pseudonymo, ou por plirases allusivas oa equiva- medida provisoria, e indispensavel, suspendendo-a, immediatamente
cesse a necessidade urgente, que a motivou; devendo, n'um e n'outro
cas, tendentes a encobrir a responsabilidade juridica, ~pro-- caso, remetter ás cbrtes, logo que reunidas Mrem, u- relação mo-
cgie a accusaçáo sempre que por parte aesta se prove que - tivada das prisões, e d'outras medidas de prevençao tomadas; e
as ditas injurias ou diffamações se referem i parte quei- quaesquer auctoridades, que tiverem mandado proceder a ellas, serão
xosa. (4) res onsaveis pelos abusos, que tiverem-praticado a esse respeito..
[9) A lei de 29 dez. 183h diz no art. 1410- aQuern por qualquer
maneira publicar n'este reino esçiiptos em 1;ngua portugueza, im-
pressos fóra d'etle, ou estampas abertas em qualquer paiz, sera em
iodo o caso havido por anotor Cesses esoriptos, ou estampas, ou por
' eIles respousaveln.
(i) Este g 3.0 foi expressamente substituido pelo 8 5.. do ut. 5.0 (3) Este decreto foi posto em vigor no Ultramar com restricções
Qo dec. e.. i de 99 março 1890. pelo dee. de 27 dez. 1895.
civil, que anda annexa com. ella nos termos do direito com- Art. 5."-Será considerada desobediencia punivel a re-
mum por abuso de liberdade de imprensa periodica, per- cusa do editor de fazer coniiecer o auctor da publicaç/áo
tence ao editor do periodico e ao auctor da materia, cuja incriminada; e na falta de editor, capaz de imputação, sera
publicação é incriminada, como incursos na-disposíção do igualmente considerada a recusa do dono ou do adminis-
art. 20.O do Codigo Penal. Observar-se-ha em todos os casos trador do estabelecimento em que se tiver effectuado a
o disposto na segunda parte do art. 24." do Codigo Penal. impressão ó u estampagem, de fazer conhecer o auctor. Do
# i." Na falta de editor susceptivel de imputação, ou mesmo modo sera considerada a recusa maliciosa dos indi-
quando não fôr encontrado, a responsabilidade de quetrata viduos designados no 8 3.O do art. 3 . O , de fazer conhecer o
este artigo pertence ao dono ou aos administradores da dono ou o administrador d'aquelle estabelecimento, quando
oEciria ou oficinas, quer sejam imprensa, typographia, elles sejam os respoiisaveis, nos termos da. mesmo 5. ,
-1itBographia ou qualquer es1abe:ecimeuto analogo, em que $ 4." A indicação do nome do auctor, feita por este,
se tiver feito a impressão ou a estampagem, ouexclusiva- pelo editor, pelo dono ou administrador do estabelecimento
mente se não f6r conhecido o auétor, ou cumulativamente em que se fez a impressão ou esiampagem, em divergencia
com este s e fôr conhecido. com a assignatura da publicação incriminada, se esta tiver
, § 2.O A responsabilidade do dono ou do adininistrador sido feita com assiguatura por extenso ou comletras ini-
da officina de impressão ou estampagem, é declinada para ciaes, será considerada como falsa declaração. O mesmo
o editor susceptivel de imputação, havendo-o, quando este snccederá se se averiguar não ser verdadeira a mdicaçáo
comparecer em juizo, e restabelece-se sempre qiie de novo do individuo declarado como auctor da materia cuja publi-
desappareça, observando-se em todos os casos o.disposto cação e incriminada.
na ultima parte do art. 8.O da lei de 17 de maio de 1M6. $j 2.. A publicação coni a assignatura de um individuo;
§ 3.O Não podendo ser conhecido o estabelecimento em que não, seja o auctor da materia publicada, ou queseja
que se fez a impressão ou estampagem, a responsabilidade feita sem seu expresso consentimento, com o animo &'o
pertence aquelles que expnzerem á venda O numero do prsjudicar, quando seja o seu auctor e não se trate de do--
periodico incriminado, ou que de qualquer modo coiicorrem cumentos, cuja publicidade é permittida independentemente
scientemente e voluntariamente para a sua divulgaçáo. Esta do consentimento do auctor d'eiles, e considerada como
respnsabilidade cessa quando as pessoas que ella abrange falsificação de escriptos, nos termos dos artt. 248.0 e 219.''
e u outras fizerem conhecer o dono ou o administrador da do Cocljgo Penal, conforme couber, alem da indemnisaçáo -
officina, se este f6r encontrado e reconhecido como tal de perdas e damnos que fôr devida ao queixoso. O consen-
pelo julgador, observando-se em relação h declinação e timento 1150 s e presume, e é necessario proval-o, mas a
restabeleeimenko da responsabilidade, doutrina anajoga a prová do consentimento só é admissivel quando ó a u t o e
estabelecida no $ precedente. pho estiver assignado pela pessoa a quem-e attrihuido,
Art. 4 . O - Os periodicos são obrigados a inserir em todos salvo o caso de esta expressamente declarar que. deu o
os numeros no alto da sua primeira pagina, ou no fim da alludido consentimento.
ultima, o nome do seu editor, a. indicaçáo da d d e da sua $ 3 . O hbplicar-se-ha o disposto nos $5 1.O e 2.O d'este
administração e a do estabelecimento onde se faz a sua artigo, quando a pnblicaçáo tenha sido feita sem assigna-~
composição e a sua impressão ou estampagem. tura, mas no periodico s e designe pessoa determinada como
§ unico. Ao editor susceptivel de imputação, e ou aos
donos ou aos administradores das offiánas incumbe a res-
ponsabilidade pela execução do disposto n'este artigo, e a
.
auctor da materia d'essa publicação.
3 4.O Qualqrief pessoa que se julgue comprehendida
n'uma designação obscura ou ambigua, ou na indicação d e
iafraeção será puaida com a s penas declaradas no art. 4." iniciaes que importem as responsabilidades fixadas n'este
da lei de 17 de maio de 1866. artigo e no art. 3.", poderh erfigir que se declare expres- -
sariiente se essa designação ou indicação se refere ao Gela- - leis e os regulamentos, é applicavel a pena de ptisão cor-
mante pela fbrma e -com a comminação estabelecidas no reccional até seis mezes, se-o facto não estiver previsto e
-art. 13.' e seu 5 1 . O da lei de 17 de maio de t866. punido com pena ínais grave pela legislação em vigorá
,$ 5.O Nos casos de offensa, diffamação, injuria, ou ag- data d'este decreto. As phrases subversivas da seguraaça
gresêo injuriosa, dirigida por meio de pseudonymo, ou por do estado ou da orciem publica, -publicadas em qualquer
phrases alliísivas ou equivocas, ou recorrendo a allegorias peiiodico, posto que não constituam incitamento ou provo-
de pessoas ou paizes suppostos, ou a recordações-historicas caeáo ao crime, serão punidas com prisão-correccional por
ou a- qnaesquer ficç6es ou artificios tendentes a encobrir um ate tres mexes.
ou a evitar a responsabilidade juridica, procede a accusa- 4 4." A reuroducção d'offensas, diffamações, injurias, ag-
cão, quando a allusão por manisfesta, ou quando por parte gfessões injtiriosas ou de quaesquer artigos que por uutro
da accusação se prove que essas offensas, diffamações, motivo recaiam sob a esphera da lei.penal 6-para todos os
injurias ou aggressões injuriosas se referem ao offendido. effeitos conside~adacomo offensa, diffamação, injuria, ag--
Fica assim substituido o disposto no $ 3." do arb. 13.0 da gresião injuriosa ou artigo punivel, salva a responsabilidade
lei de 4 7 de maio de 1866. do originario auctor, e dos responsàveis pelo.periodico que-
_ Art. 6.'-Aos crimes por abuso de liberdade de im- fez a auterior aublicação, quando não tenham auctorisado
prensa, continuarão a ser applicaveis as penas estabele- essa reproduc$o. -
cidas na legislação actualmente em vigor, salvas as modi- . 3 3." E pro!iibida, sob-pena de desobedien6a; a akr-;
ficações estabelecidas no presente decreto. tura de subscripções pubiieas para oceorrer á s despesas ,
'- Arl. 7.O - 0 maximo da pena de prisão correccional,
relasivas a processos e fianças criminaes.
'.estabelecido no $ i.@do art. 3.O da lei de 17 de maio de Art. 8." -Nos crimes por -abuso de liberdade de. i?:;
1866, B reduiido de um anno a seis mezes. prensa a condemnação a prisão sera sempre acompanhada
$ 1.O A mesma pena de prisão por tres a seis mezes,' da condemnação em multa, a qual é fixada de 301IU)o réis
ser%applicada ao crime de calumnia, previsto no art. 409.' a BOBO00 reis, conforme as circumstaucias.
do Codigo Penal, mas n'este caso a mulla nunca será infe- $ 1.O Nos crimes por abuso da liberdade de imprensá
rior a 100W000 réis, e poderai elevar-se .a 500d000 rQis. comprehendidos nos artt.. 169.O, 110.O, 171.O e 483-O do
5 2.O h offensa quer seja por meio de pnblicação, quer Codigo Penal e seus SI, no art. 7.O do presente decreto e
por outro qualquer meio, a algum dos poderes pol-iticos seu $, 3.', a pena de mulia nunca será inferior a 100d000
legilimamente constituiilos, ou a qualquer auctoridadePou reis; e nos casos de reincidencia ou de accumulaçãó d e .
empregado publico,-ou a quatquer membro do exercito ou dois ou mais dos referidos crimes será sempre applicado
da armada, ou a qualquer corporação ou corpo collectivo o maximo da pena de prisão, e-a pena da multa não ser&
que exerça auctoridade publica, ou faça parte da força pu-- inferior a 250~000.reis. Todos os crimes especificados
blica, relativa ao exercicio das suas funcções ou a proposito n'este~$ são considerados da mesma natureza para o effeito
B'esse exercicio, sera punida com prisão correccional a% ' -da punição da reincídencia.
seis mezes, salvo se pena mais leve estiver estabelecida $ O.! Na condemnação por qualquer dos crimes de que
na legislação em vigor á data d'este decreto. -- trata o 8 1: d'este artigo Será ordenada a suspensão da.
$ 3.O AO incitamento a qualquer auchridade ou empre- venda puh!ica do periodico respeclivo nas ruas ou logares
gado. publico,ou a qualquer membro do exercito e da ar- publicas, por um periodo de tres a trinta dias conforme-as
.mada, ou a qualquer corporação ou corpo collectivo, que circurnstanc~as,sendo considerados como desobedientes os
.exerça auctoridade publica ou funcções pdlicas, ou que' que k e r e m 3 venda probibida. Se o periodico não fôr ha-
faça parte da força publicq, ou a quaesquer cidadãos desi- bilualmenk vendido nas ruas a suspensão temporaria Será
gnadamente ou irideterminantemente para -que infrinjam as substituida na sentença pelo aggravamento da multa,
3 3." Nos crimes de que trata o 1.O d'este~artgo, sido á magistratura judiciat, a suspensão será substitoída
q u a n d ~houver accumulação de tres ou mais dos ditos èri- pelo desconto de tres mezes na antiguidade do mesmo ma.
mes, ou quando em periodo não superior a dezoito mezes gistrado, para os effeitos da promoção e da concessão do
setiverem jh effec~uadoduas condemnações, a suspensão terço e da aposentação.
tempòraria da venda publica ou o aggravamento da multa 8.' Em Lisboa e Porto serão abonadas pelo Ministerio
prevista no 8 '2." do mesmo artigo sera substituida na da Justiça aos .delegados do procurador régio junto dos
seniença condemnatorja pela suppressão definitiva do pe- t~ibunaescriminaes as despesas que fizerem com a compra
tiodico. ou a assignatura dos jornaes publicados nas suas respe-
8 4." disposto nos 55 precedentes é applicavel não só ctivas circumscripções, ou com a compra dos jornaes iri-e-
ao caso em que a accumuiação dos crimes, a reinéidencia e gularmente publicados, que sejam vendidos ou distribui&&
a condemnaçb digam respeito ao mesmo periodico, tenham n'essas circiimscripçóes.
ou não sido diversos os seus editores, mas tambem ao caso ArL 9;"- 0 queixoso offendido por crime de abusa de
em que digam respeito ao mesmo editor, tenham ou não liberdade de imprensa poderli reclamar indemnis--,&
sido diversos os periodicos. 'perdas e damnos pelos prejuízos soffridos no seu i a ú m e
5 5,O A suspensão e a suppressão de que tratam os '$$ ou. consideração. Esta indemnisação seri decretada na-sen-
2.O e 3." d'este arligo não influem na fbrma do processo, bença do julgamento do crime, quando para ella haja motivo
nem na competencia do julgador, que nos crimes por abuso e náa exceda a 1 W 0 0 0 réis. Excedendo esta quaola, ó
de liberdade de imprensa serão sempre determinad,os se- pedido serh feita em acção civel ordiiiaria,depois de passar
gundo o direito commum mas em attenção sbmente ao em julgado a sentença de condemação criminal.
magimo applicavel de prisão correccional. ..
Art; 10.O - . Este, artigo foi substituido pelo a r t 1.*,
3 6." Nos crimes de que trata o 3 1.O d'este artigo B modificaçio 2.=, da lei de 7 de agosto de 4890, que diz:
pracedimento judicial sera sempre promovido pelo ginis- O titulo e propriedade do periodico e material - Q p
terio Publico, independentemente de qualquer queixa, ou graphico ou lithographico da officifia, em que tiver Mo
de-ordens ou instruccões superiores. Estas ordeus ou ins- felta a.respectiva composição e a impressão ou estampagem,
tnicçõles; quando tenham por objecto prohibir, sustar ou respondem, sem embargo de qualquer privilegio, pelo. pi-
demorar a promoção ou o seguimento dos processos só gamento das multas, e pelo da indemnisação de perdas e
dirimem a responsabilidade do Ministerio Publico,'se tiae- damnos em que tenbàm sido condemnados os responsaveis
rem sido publicadas no Diario do Goserno antes de serem d'esses periodicos, quando por outra fbma não tenham
cumpridas. Quando haja negligencia em relação aos crimes sido satisfeitas.
de que trata este $, por parte dos agentes do Miuisterio 5 unico do art. 10.o-Se nem o dono nem o adminis-
P@lieo subordinados aos procuradores regios, estes impo- trador da o£ücina tiverem sido>condemnados como respon-
rão- aos agentes negligentes a suspensão do exercicio e saveis, fica-lhes salvo o direito e acção contra os-respon-
vencimentos por um ate tres mezes, e participarão o facto saveis para o reembolso do que hajam dispendido, em
para a secretaria dos negocios'de justiça. A falta de autos virtude do disposto n'este artigo e para indemnisação de
levantados pela auctoridade administrativa não absolve da perdas e damnos..
negligencia aquelles agentes. - A F ~ 11
. .O -Serão punidos como ultrage publico h moral,
5 7.' A punição administrativa pela negligencia de que- com a pena de prisáo correccional do art. 390.' do Codigo
trala o $ precedente, quando não tenha logar logo que se Pega1 e cumulativamente com a pena de multa declarada
dê a mesma negligencia, pode verifica~~se mais tarde, com- no art. 8.Od'este decreto, as publicafies de quaiqaer na:
tanto qrie a demora não exceda o periodo de tres annos. tureza gae contenham palavras, photographias, phototypias,
Se a esse tempo o agente do Ministerio Publico tiver pas- litbographias ou gravuras obscenas, ou que se possam con-
i8 - ~ YOL 1
. -
si#erar offensivas dos bons costumes ou como incjbmeato - M o Publica, nálo poder%@promover o processo pela
P acbs deshonestos. de-diffamação, ainda que.0 réo da injuria seja absolvidmc
<Ar€. -O crime por abuso de liberdade de imprenia D -A. lei de 43 fev. 1896 (4) ácerca de anarehistas @r-
periadica, será punido nos termos de direito cóm@um e &rt. k o@):-A
, imprensa não poderii occupar-se de-
do presenfe decreto, pelo tribunal da circumscripçio .em - f a W o11 de attentados de anarehismo, nem dar noticia das:
g ~ g - e s t a séde da administração do periodico. - , diiigeaeias e inqueritos policiaes e dos debates que houver,
.~@t.33.O -Sé o periodico estiver irregularmente consti- - n ojulgamento dos processos, instaurados contra anarehístas.
?a&; ou por n3o ter editor, ou por não designar a sede 5 1." No caso de infracção d'este premito, commeuida
da sua administrqão, serh competente ó tribunal da xír- . por imprensa periodica, a auctoridade yolieial poderh sp-
cnilrscripção ondi! primeiro se fizer a apprehensão de dais prehender os numeros do periodico que contenha a inkw-
ou mais numeros, salvo quando se trate de crimes em qoe ; @o, e o editor deverá ser intimado para que, desde logo,
d o pbde haver procedimento sem queixa do _offendido, figue suspensa a puhiicação e venda do mesmo periodim:
porque, n'este caso, será competente o tribunal da circum- -- 3 2.' D'esta diligencia será lavrado um anto e ragelfitlo
~ r i p ç á oem que o qneixoso tiver o seu domicilio ou res!- ab respectivo juiz de direito, a fim de que, ouvido o editor, -
dencia, se este não renunciar ao &.eu fôro. declare por sentença, dentro do praso de oito dias, cwtados
krt. i 4 . k - O presente decreto começara a vigorar em .da recepção do auto, a suppressáo do periodico, se houver
Lisboa e, seu termo no dia imaediato ao da sua publica$io razão'justificativa do procedimento da auctoridade policid,
no @af.lo do Gwerno, e tres dias depois do da sua @$i- 'ficando, no caso contrario; sem effeito a inlimação do-editgr.:
ca$ão, no resto do continente do reino. fj 3.O No caso de infracção do disposto no eorpp &e&
$<mito. Nas ilhas adjacentes e na Madeira, vigorari3 tres artigo por imprensa não periodica, os escriptos &o ap-
&as, depois do .da chegada da primeira embarcação, que prehendidos pela auctoridade policial, e o seu- auctor, &I,
'mnduzir a publicação oficial d'éste decreto*. (1) -na sua falta, o proêrietario da typographia onde fez a im-
-
C Deereto n.O-2 de 29 de março de 4890. - - pressão, será condemnado na multa de 5 0 0 m . reis:
..
~

'Ai=t,- 6."- . 2.')Quando um artigo publicado oa AI%. 5.O-As disposições d'esta lei são applieareis aos
outra qualquer- publicaç50 contenha injuria, procede a aac- -anctores d 4 factos n'elli incriminados, ainda. que practi--
éusaqão por este crime, ainda que em outra parte da mesma -dos anteriqrmenle. (%)
pllbIica@o ou~artigohaja imputação d'uni facto òffensiro
da honra ou consideração do ogendido, mas promovido o
processo por crime de injuria pelo offen-dido-ori pelo Minis-
(i Foi posta em vigor no Uftramar, como se v&do Boi. da W é ,
n
.
O 4
1 de 1896.
(2) O BF.M k p l P a e k o na sessão, no13, de 49: fev. 1896, da ca-
. (&) O acc. do Sup. Trih. de Just. de 40 nov. 1894 decidiu que não =ara dos pares, consnbstancíando as razões do sr. ministro da jus-
kadmissive~aggravo do despacho que manda responder- pdieia r* Anonio #Azevedo para justificar o projecto d'este art. 4.0 de-
cotreccional um jornalista,-porque sendo a lei de imprensa especial darou que este, nas explicqões que dbra, pareceu afflpar que a
não póde àdmittir a ãpplicação dos preceitos geraes sobre processo iwioiinaqão estabelecida em tal artigo, correspondente aquelle p e
crime correceiona1 ou ordinario. Um juiz assignou rencido. -Q. 6, acima se iê, Bao abrange senão a narrativa dos attentados anarehis-
i07 de 1897. %as, ou a dos debafes judiciaes sobre este assumpto, e que a retro-
Sem embargo d'esla doutrina as Relaqões estãa diariamente a aetiuidade estabelecida no art. 5.0 não vae aMm dos actos e factos
admittir o referido recurso, emborarestricto ao caso de não ser wÍ- recentes, não comprehendendo nem abrangendo a imprensa. O sr.'
minoso o facto, nos termos do art. 17: do deo. 1 de i5 set. 1s!(:i?.
Ú.O minist~aconwdou plenamente, tomando-se assim esta3 explicações
Parece-me esta jurisprudencia mais consentanea com tts prinei- &rIrpeta@o antheutica da lei.-Diano 6kC Eamara dos pat'e8 do
pios juridicos. i896, pag. 195.
- - ELOCod. Adm. de 3896, dispõe:
' '
sAi2.- SFil?--Noexercicio das attribuiças que lhe eon- H-Pelo dec. de 8 fev. 1897 foi concedida akn@tir
fere o no 3.' do art. 388.", compete ao governãdor civil:
%'Tomar providencias sobre pregões, cartazes e! annun-
6Kts em logares publicas, sobre exposição ou afixação de-
-@rtazes, aqnuncios, lettreiros, distios, íiguras, quadros, . -

estampas, imagens ou sobre quaesplser publicações que pos- decreto ae i890,eÍ1ão coaretando tanto os direitos relativos á criticá
poe todos t6m sobre-os actos publieos dos funecionarios, a quèm os '
saia .provocar manifestações contrarias a ordem publica eoutribnintes pagam, intendo ue deve ser eonveriida em &i, quíúido
ou sejam oüensivas da moral, do decoro e honrados fmo devidamente modifieada,em $umai de suas disposi@es.
3onitrios e dos particulares ou de qaaesquer corporaçõesi. Entre outros pontos sou deparecer-quedevera ser alterada-ah-
.F- O dec. de 14 fev. 1897, interpretando as disposiç%s - mação do tribunal collectivo, compondo-se do jniz de direito, d'úm
dos advogados do auditoria tirado ásórte e do presidente da c a m a
do n? 3.O do art. %.O da lei de 3 abril 1896 que trata da municipal; e O jary deve compôr-se não pela fórma eommum, w s
re-ma dos serviços policiaes de Lisboa, diz no art. i.*: sim de cineo cidadãos, sendo um jornalista, nas terras onde haja nu:
.--*As disposições do na03 . O do art. 25.O da lei de 3 de mero siiperior a cinco, do rssidente da camara; @um advegado do
ãbfil de 1896, não são applieaveis aos crimes de alinsp de andiforio, d'um professor $ensino superior nas terras onde os haja,
ou d'um professor de ensino secundario, nas terras onde os haja,
libardade de; imprensa,. (1) d:nm dos-dez maiores proprietarios, e d'um dos dez maiores e-
- *-.Pelo offi~iodo Min. da Just. de 2% fev. 4897, dirigido^ rnewiantes, todos sorteados & excepção do presidente da camara.
ao Procurador Geral da Coroa, se reeommendou que os Os tribnnam de honra quando fôsserninstituidos, e os quaes a wu- ~

aeiegados não procedessem por erimes de abuso de liber-, sütuiçZo de t822 no art. S... re.iiiiiiia n'nm a que chamava %bt~ml
espccid, destinado a proteger a Illerdade dè imprensa e a cohibíres
dade de imprensa, quando Ihes parecesse náo haver em abuses, podiam, a meu ver, ser formados de sele membros: o '
*aiquer apreciação,, embora apaixonada; intuito crimi- magistrado jud~cialpresidente; um jornrii:. [:L; um professor deemsiao
ROSO, devendo dirigir prkvio aviso aos que assim procedam 2 aiperior ou secundario, na falta d'aque~le; um iiiilii.lr de patente -
e, Se estes persistirem no desregrarnento,, então devem superior a de capitão; um advogado; o presidente d a camara; e uh
pr@r a competente acção criminal. Diz mais o citado -dos dez maiores proprietarios.
Este tribunal e w Lisboa, Porto e'cabqas de distri* devia ter
&&Iqúe pela forma vaga em que se encontra ,redigida a eompetencia para jnlgartoctas as questões referentes a uijunao yer-
nossa legislação sobre liberdade de imprensa, não e facil baes DU eseriptas, sem appeiia@o nem aggravo, todas as vezes que
precisar onde acaba a critica e começa a offensa, para se as partes concordassem e m s e submetter a elle, sendo obrigai?rie
nos delictos de imprensa quem quer que f h s e ó delinquente.
fa'zer .uma incriminação justa. (2) B- Dispõe o projecto, mencionado na alinea A, do modo sepuinie :
.: - O direito de expressão do pensamento pela imprensa,
~ A r t1
garantido na Carta Constitucional da monarchia e-no Codigo.Civil,
$era exercido de conformidade com as disposições da presente lei.
(i)Tid. a$. 20 d'esta obra. 5 mim. Iutender-se-ha por imprensa, para os effeitos d'esta lei,
(2) A I.!- eamara dos senhores deputados f$ apresentada em - &
. d q ~ rforma de publicação graphica.
. Art. 2.6-0 direib de expressão do pensamento p d a imprensa
46 d y t o ia37 pelo ministro da justip sr. Veiga Beirão uma p n
wpaeta e lei de imprensa cqm o n.O 48-A que do theor abaimmea- se& livre e como tal independente de censura ou caupão, mas o aue
cionado. d'elle abusar em prl-jiii:.o da sociedade ou de outrem ficara sujeito á _
Esta proposta, contendo~disposiçõesde maior liberdade, (i) que o r?speeiiva res onsil~ili~tade civil e criminal.
Art. 30 - lerão eonsidehdos abusos nos termos dó artigo ante-
cedente, e pa- os effeitos d'esta lei, os crimes de offensa, diiama-
(1) As condigws da nossa imprensa sSo as mais apertadas possivel, ebegaado q;ii,. injuria, calumnia, ultraje e provoe.~?::~~ previstos aos artt. t a ,
a cleseonhecer-se nas leis o direito dc ser M1Mdo vreojamente antes da condeano- t:;:~:; 160.q 169.0, i8i.0, 182.0, 407.0 a e U3.0 do Codigo Penal,
principio de direito natural este tão antigo> recoi.lin-.ido que na mfi- .qnan@ commettidos pela imprensa.
cr@mperpetuade Paris, feita pa assembleia reunidaem 1;" reiiiPin&lolario rio;
se eonsigoou, como sepdo ama das grandes conquistas du espirito humano b '
g 1.0 A offensa consigirá na publicaçk de materia em que hj~ja
ideia de obacurantismo completo d'aquelle tempo. -faltado respeito devido ao Rei, aos membros de sua familia, sobera-
nos. e ohefes de n a @ ~ estrangeiras, ou cujo objecto' seja excitar-o
d ,
@raf e ,completa para todos os mimes por a b u l de liber- dade de imprensa, em que s h e n t e f8sse $arte o M i s -

' a o ou o desprezo das suas pessoas ou impntar ao Rei actos dci go- ' 4.0 Cidadão portuguez ;
yemo no intiriw.de lhe impôr a respectiva respoiisabilidade. . 2.0 De maior idade;
4 A publicação pela imprensa de injuria contra as aùc2orida-
$O
.
3-0 Achar-se no goso dos direitos pditieos e civis;
des puhlicas B comiderada como Feita-na presença d'estas. .- b." Ilomic$liado na comarca onde a pnblicaçãqhouver de ser feiQ;,
---Art.4.0- Quando em alguma publicação houver referencias, al- Livre de culpa;
Insões ou phrases equivocas que possam implicar ~~iG.nsa, diffimagão, 6.0 Inscripto na matriz da contribW$io predial ou industrial.
ou iauria para alguem, pcdera qualquer que n'ellas se julgar com- 5 1." A. inscripção na-matriz podera s e r substítuida pela wmrpe-
tente articipação.
phendido exigir da auetor, quando conhecido, do editor, e na falta
ü'estP, do dono do estabelecimento em que a impressão se houver A
1 Ninqem poderi ser simoltanarmente edítor de mais de-=
penodico politieo.
~&ita, que n'um dos tres dias irrimediatos a sua reelamaçã~declare~
express&ente.pela imprensa se as referencias, allusões, ox phrases h.10."- Nenhum periodieo se poderá publicar sem que~sehaja
wivoeas se referem ou pão ao reclamante. -f&toperante o delegado do procurador régio da eomarca ou vara em
$ 1.°A reclamação facultada n'este arti o será feita judicialmente que se achar o estabelecimento em que a impressão houver de fa-
&s temos prescngtos no art. 628.O do CO&O do Processo Civil. zer-se, urna declaração contendo:
4 . qpessoa notificada, nos termos do paragrapho antecedente, - 4.- O titub do periodico, e o seu modo de publicação;
qge sé recmar a fazer a declaração, ou não a fizer pela fórma indi- 2.0 Os nomes e domieilios do-proprietario e do eaitw; - '
3.O A indica 50 do estabelecimento em qne.tem de se i m p i d ,
*.
cada'ti'esteartigo, incorrera na pena dc multa de 38000 réis a 3 0 8 0
3
,

X~ Seja qual f6r a declaraçãofeita nos termos d'este arfi:go, fica


5 unico. A H c ~ ? ~ a~ queã o s<P refers-.este artigo seri Ie~taem
papel selladq assignada pelo editor, devidamente reconheeid? - e
+o ao queixoso o direito a acção penal. acompanhada de docgmentos comprovalivos 8'elle se-achar nàS &:
h t . 5.0 -NO caso de offensa, injuria ou difiama* dirigidas por cumstancias previstas no artigo anterior.
meio-de pseudonymos ou por phrases allusivas ou equivocas, ten- Art. 41.0- Toda a mudaii~:.~ que sobrevier em qnalquer dos faetds
.dentes a encobrir a responsabiliãade jnfidica, procede a áccusação constantes da primitiva declaração, será commnnièada pela mesma
sempre que por parte d'esta se prove que a offensa, inyuria ou difía- fórina ao competente delegado.
Art. I%.*- A: falta de deelaração primitiva ou a de qnal&er ma;
?E sereferem á parte queixosa.
6 -Além dos casos em que o Codigo Penal admitte .a prova
.O

sobre a verdade dos factos diffamatorios imputados, será ella tainhem


dança que n'eHa sobrevier será p i v e l com a pena de prisão-eo~
ieccional de um a ires mezes, e multa correspondente, a que ficarao
ajmittida contra administràdores e fiscaes de quaesqùer sociedades sujeitos o proprietario, o editor e o dono da imprensa em que se h%-
o n empreias -civis, eommerciaes, indnstriaes ou financeiras -qne %rem publicado os numeros do periodico sem aquella formalidade - -.

teabam recorrido a snbscripçõespublicas para a emissão de a w e s se achar mprida.


W obrigaçfies, quando os faetos imputados fôrem relativos ás respe. mico. Na sentença mndemnatoria dos actos on'omiss6es a @e.
ofivas funcções. este artigo serefere, o juiz decretara a suspensão ilo periodice epi
- Art. 7.O-0 titufo de toda e quàlquer p&liea$o faz parte da pri- quaato as respectivas fofmalidades se não mostrarem cumpri&,
~

W a d e d'esta; :e por isso o que cada publicação adoptar deve ser seb a eommtnqb da mnlta,de 108000 réis por -da numerb, q@e
compkamentg distincto dos que ja se acharem legalmente apropria- em contravençao.se uhliear, e por que responderao solidaríatnente
dos. - - - pesssgs meneiona$as no artigo antecedente.
Art @-Toda e uaiqner pubiica~ãotera a indica$% do esta- .AIt. 13.O -Os periodicos são obrigados a inserir em .dos% $ I-I
belecimento onde se I& a impressão, sob pena, pela contra~en@io a meros, no alto da sua prime!ra pagina, a ncme do seu editor, e aui-
este greeeito, de multa de um a tres mezes, que será imposta ao res- .&cação da @e da -a administração além da do eshhebeirnento
pectivo dono OU administrador, e que, no caso de reineidencia, se@ -onde se faz a-ipressao, sob a responsabilidade e pena dèelaradaias
ag avada com a prisão correccional pelo mesmo tempo.
funico. Exceptuam-se da disposi& +este artigo as listas ele- RI,
no unico do artigo antecedente.
ir? -Todo amei* e, eopozir á venda, vender, distriboir
en affixar publicaç6es cnja suspensão haja sido ordenada incorrerá,
toraes, bilhetes, convites, cartas, crrculares, avisos, ã o u m p;ipeis
qae é uso ser parcial ou totalmente impressos. &mo contraventor, na pena de prisão de tres a trinta d i s e mnlb
drt. 9.O -Todo o periodico terá um editor, pe devera reunir as correspondente. -
eguinkis habilitações : ArJ. 15.0- absolutamente prohibido, soh pena de desobediencia,
terio Pqblico, eommettidos ate a data do alludido decreto, , devendo os pr&ssos . inskurados pelos -feridos &e
aiiiiiiiiciar ou apegoar, por oceasião da venda ou distrib@ç% na via
piillliar mais que o titulo e o preço da respectiva publicação.
ArL 46.0-De to&- as publicações s e depositará um exemplar c@o incriminada e-sobre omaterial da imprensa em que houver -
em eada uma das bibliothecas nacionaes de Lisboa;Porto e Coimbrá sido feita, quando seja o dono d'aquella;
e de todos os periodicos se entregará um exem lar ao âelegado do 2: gpotheca legal sobre o immovel -em que a publicaqão~uver
procurador regi0 da comarca ou districto crimid, onde fôr impresso sido feita, quando seja do dono d'esta.
e orno ao respectivo procurador régio. 5-2," O privilegio estabelecido no n." 4.0 d'este artigo preferirá a ,
$, 4.0 A falta de obsenancia das disposições d'esfe artigo s e d pu- outro qua!quer da mesma espeüe.
nivel com a multa de 56000 reis por eada falta do-depo@to.ou da 8 3.0 Frca salvo ás pessoasmencinnadas n'este artigo o direito a
-entrega n'elle prescriptos que sera imposta ao respedivo editor, e, haver dos agentes dogcrimes de abuso de libeiadadede impretísa, a.
não o havendo, ao dono ou administrador da respectiva imprensa. importancia que pelos mesmos agentes houverem pago.
8 2.: Ficam exceptuadas da disposição d'este artigo as publica--. -
Art. 41P 0 procedimento judicial pelos crimes de abnso de li-
-ções rnenc:enadas no 8 m i m do art. 8.O
Art; 47.0- Pelos crimes de abuso de-liberdade de imprensa ser@
berdade de imprensa, fóra dos casos em que o Codigo Penal tom
accusaçk dependente de reqnerimento de parte, e pelas eontraven-
*
responsaveis o editor e o auctor; na falta de editor, tambem o 'dono - ões L disposições d'esta lei, será sempre promovido pelo Ministerio
- ou administrador do estabelecimento em qne a pubiicaqão se effe- b i c o , sem dependencia de instrucqóes superiores.
mar, podendo-o ser alem e independentemente d'estes todos os que 4.0 O procedimento ordenado n'este artigo, deveri, com respeito
prova terem sidoagentes do erime, nos termos do. capitulo 111 do a-crimes de abnso de liberdade de impreosa c o ~ e t t i d o appr
- titalo I do livro I do'Codigo Penal. @os, ser i~Manradono praso de trinta dias depois da pubI~a@Ó--.
g 4.- Os t o,mphos, os impressores e os distribuidores ordina-
rias ou vendzores ambulantes de periodicos só serão sujeitas á res-
8 %.O A falta de cumprimento do, disposto n'este artigo e seu 8
sera punida com cpat er pena disciplinar, e ai6 com a demiS6g0,-
v,
ponsabilidade, imposta n'este arti;, quando se provar acharem-se
i n e ~ s o na
8.

s prescripção do art. 4ptLY:d Codigo Penal.


%
conforme a gravidade ccáso, e sera immediaiamente imposía sob
participa ão da super~orh i e n r g i w do.magiindo neglig6nte.
9 2." Ao juizo compete a classificago legal dos agentes como an- i 3.0 i,obngação imposta n'esie artigo ao Miiieterio ~ublico.n&
ctores, cumplices ou encobridores. tolhe á pessoa ag ravada a fa-ldade de, por sua. parte, intentar o
A& 48.0-Aos crimes de abuso de liberdade de im rensa sio competente proci%imenio cnmioal, nem perime o direitode se ipten-
óppl'iaveis as penas respectivas estabeiecidas no'~odigo%enal. tar o orocedimento.. emanauto
* não houver prescripdo, - - . nos lermos
3 1." Noos casos previstos no art. 2:389.0 do o d i g o Civil, a sen- 00 ia 45.- -
a ç a condemnatoria fixara tambem a importanaa da reparação de- Art. 2P0-O TwdimenIo pelas contravenções i% disposiçs
*daao offendido, se este a houver, no processo, exigido. &esta lei não po erá impedir nem prejudicar o, pmcedimenio por
-8 2.0 Nos casos em que a ac$% publica h-ver de intervir, a sen- qualquer rr'me de liberdade de imprensa quando a'elle haja
t a ç a ou accordão mdemnatorios, poderão tambem, se em vista das Art. 23: -Os crimes de abnso de liberdade de im ensa s e m
$íFcumsbncias do caso ao juiz ou ao tribunal assim parecer, decretar julgados com intervenção d e iury, salvo nos rasos de o g s a , injqiú
sempre a pena de suspensão temporaria dos direitos politicos por pe- e nos de diffamack ggandunão fôr admissivel prova sobre a ve&&
ri& não superior a seis amos. dos factos impubãdo<
8 3." Nos cas- de reinciàencia nos mimes previstos n'esta Iui,a Art.%.O- Os crimes de offensa, injuria'e os do diffamação, qaanào
sentenga condemnatoria decretará a suspensão do perio@co por um n k for admissivel pfova sobre a verdade dos factos imputados e em
a tres mezes, sem prejuizo do disposto no art. 7.O què o pr<;cedimento~udic~al não depender de requerimento de parte,
Art..19.0 -As niii11.1se-m que forem condemados os agentes d& serão ~iilgadospor um tribunal rollectiva 41)
cri& de abuso de liberdade de imprensa, formarão um fundo &pe- & unieo. il tribunal a que se refere este artigo será emposto gelo
e ewio tal separadamente escripturado. juiz da comarca ou distrirto criminal e de mais dois vogaes, os qwes
Art 90.0- 0 s propdetarios das publicações incriminadas, %pão serão em Lisboa os juizes dos districtos criminaes de numeros se-
responsaveis peio pagamento da multa e da reparaçk em que f8rem gaintes ao d'aquelle em que o processo houver sido insiawadu, no
condemados os-agentes dos crimes de abnso de liberdade'de im *Porto o s a o s outros districtos eriminaes, e nas outras comarcas o
prensa.
i 4.- .As. irnportancias releria& d e s g artigo terão
.* hiwlegio mobiliario especial sobre a propriedade da publi-
conserva&r privativo do registo predial, haveodo-o, e o primeirp
flf dinea A.
Vid.
PROCESSO POR cws DE ~ R ~ ~ N S I I %f%!k

Wf de nenhum &feito, fazendo-se n'ellos p e r ~ t u osiléi- cio, e .os seus agctores ser postos em liberdade, se p'@

mativo, submetter ao julgamento do jury, do tribunal wllectivo,~ou


snbstitnto desimpedido, e não havendo conservador prlvatiw, o ~ u b - do-'uizo criminal conforme a co'mpetencia.
~uto.immediato. .. ,
Rft. %.o-Os crimes-de injuria e os de diffamação quando 60
i %.O Sendo o despacho afnnnativo o juiz pronunciará 0 ~ C & O

se-no caso e conforme a lei geral, couber pronuncia.


admissivel. prova sobre a verdade dos factosimputados e em que . - 5 2." Os réos pronunciados por crimes de abuso de liberdade de
o pmcedimento judicial dèpeniler de requerimento d e parte, e as con- imprensa poderão livrar-se soltos sob caupão e aquelles eontra w e m
- trrvYençÕes-ásdisposições da presente lei, serão julgados s6 pèlo fbr só recebida a accusação ficarão suje~toda disposi@o do art. 2.O
F p e t w t e juiz de direito criminal, ,. da lei de .l.t,de abril.de 1886.
Art. %.! -d competencia do juizo para os processos de abuso.de
.liberdade de immesa 6 determinada velo local onde foi feita a i m -
press-%.
ânteceden&-cabera aggravo com eftelto suspensivo, que subira
proprios autos. -
-*
Art. 3 i . O - De qualqner despaeho prolerido nos termos do. ~ t i g o -

g 3.0 Não sendo conhecido o local onde se b z a impressão, sera '


3 mim. Este recÜrso s k interposto, processado e julgado nos-
-@tente o juizo da comarca ou do districto criminal onde esta foi precisos termos em que o são os a.?zruvos-civeis de petição, q e
exposta a venda, vendida distribuida ou aíüxada sobem nos proprios autos, com as m c ~ ~ l ~ l i ~seguintes:
.~ôes , - -
-~.$ Os crimes de inkria e diflamaç?io em q5e o procedimeato
?.O i.! O praso para o preparo será de dois dias;
ju&cial depender de requerimento de parte, poder= ser processados 8.0 O proeesso seia apresentado pelo escrivão na primeira s&
qo fuiao do domicilio do auctor. logo depois de visto pelo relatar, e n'elle jnlgado em conferencia,-
Art 27.0 - Todo o processo por crime de abnso de liberdade de, independentemente de,vistos;
im$iensa terá por base uma petição em que o Muiisterio Publico ror- 3.0 Oaeeordão sera publicado e haver-se-ha por intimado ws
mulaiã, devidamente a sua participaç5o e á qual juntará a publicação. mesmos termos que os proferidos em materia commqcial. . ;
§ i.-Se o auetor da publicação não fôr conhecido, requerer-se-ha - Art. 32.0- Passando em julgado o despacho que receber r acm-
na petição a intima fio do ediror, e na sua faka do dono ou admi- saçáo e mandar respcmder o réo perante o jnry ou o Lribund colle-
nistrador do estabeFecimento em que a impressão se houver feito, ctivo, segnigse-báo os termos do processo criminal orilinarlò com as
paddeclarar no praso de vinte e quatro horas o nome e o domieilio modi8caçaes seguintes : -.
$'aQ&le.- g i * A-accusaçáo'formulada nos termos do 5 uniw do art.~%o
A pessoa intimada, nos temos do. paragrapho antecedente, substituirã. Dara todos os effeitos. o libeb accusatorio. e d'ella sedará
qne não fizer a declara@o n'elle exigida, incorrera na pena de des- copia ao&, eom o respectivo rol de testemunhas, no pnso dwvinta-
M i e m i a , e, se houver declarado auctor da publica~ão,pessoa que e quatro horas.
p& p r o ~ s ose provar não o ter sido, incorrerá na pena do que faz 8 2: O jraso para a contestação seri de oito dias, sendo, porém,
s falsas em juizo. sempre permittido ao réo apresentar a Rua defesa na audierfeia de
- nutuada a petição de que trata o artigg aotecedeite %-
- julgamento, mas devendo, a'um ou n'outro caso, juntar, nb refa3d.o
pn>cede~se-haimmediatamente a corpo de delieto. praso, rol de testemunhas em numero n'a superio~a cinco que se&
s
. @oo. O eorpo de delicto haver-se-ha por feito desde que a pu-
blica ao se ache comprovada por um dos factos seguintes: distribni-
dado por m ia ao Bliniskerio Publico, bem como a ec#rtestaçZoquando
çãoA. exemplares a mais de seis pessoas; afhapão em-logares pu-
blieog de um ou mais exemplares, e exposição ou vend,a publica dos
dedpzida e kx+ndo salvo o disposto nos artt. 3XQe 36."
8 3.0.Cumpridas as formalidades prescriptas nos paragrapbos &e-
eedentes o juiz designará, dentro de quarenta e oito h m s , a auàfen-
impressos incriminados. cia em que ha de ter logar - o -julgamento,
- . a quai
- nun& se eepaçará - -

-
Ari. 19."-Feito o eorpo de delicto serão os autos continuados ao além de-um mez.
I n í s t m o y i c o para no praso de vinte e quatm horas deduzir a - - 3 4: Se -o processo. houver de ser julgado com intervenção-do
sna.aceusaçao. - jhry, o julgamento verficar-se.ha, sem dependencis da epoeamâr-
8 unico. Na accusação articular-se-ha.0-crime com todos as suas - eada para as audiencias geraes, mandando o juiz n'esle caso convo-
circumstanci~,apontando-se a disposição penal appucavel è indi- .a r extraordinariamente o jury.
cando-se as testemunhas, gue nunca poderão ser mais d e d x o . . 3 S.* Se o proeesso houver de ser julgado ao tribunal cofle@va;
-
Ari. 30.e Apresentada a accusação serão logo 6s autos concln- a jurymandara dar vista do processo a cada um $os respectivos vo-
sos-ao juiz, que. dentro de quarenta e oito horas, fanpati o seii de& g~ ar vinte e quatro hora.
p&o,~recebendo on-I& a aonisação, e mandando-a, no easo a r - to
-8 No caso previao pwagrapho a n t e c i d t e , a .?&e&+
6atra ean& não deverem ser retidos em prisão. -D. G.,
- n . O 34.
CAPITULO IX

'jrùgamedto seri presidida pelo juiz de direito da comarca ou de dis- Processo nos crimes por anarehismo e contra osque 8mpregm
tricto, e, findos os debates, todos os vogaes do tribnnal reunirão em sabstsneias eqlosivas
eyferencia secreta e lavrarã? a sentença em fóma de accordão,
p.o qna1 haverá sempre dois votos conformes.
8 7. -Se O accusado não com reeer na audieneia do julgamento A lei de 13 de fevereiro 1896, (1) regdando esta ma-
e nao juslifiear a falta, ou o tri&al a nHo houver por jmtificada, t&ia, dispõe o seguinte:
se6 julgado revelia, pelo juiz presidente, sem intervenção do jury
&.dos juizesadjnntos. Art. I.a -Aqueltes que por discursos ou palavras pm-
-5 8.0 Da sentença absolutoria oa condemnatoria proferida e m
iatervenção do jury cabed rgenrso de revista para o Snpremo Tri-
bunàl de Ju-tiça; e do aCcordao do tribunal colkctivo, caberá recurso
pe appellaçao paimaa Relação do disbicto, quando as partes n a hajam
d'este desistido, dispensando a redilcção dos depoimentos das teste-- quando todos sujeitos á mesma competencia de julgador, mas depois
rn- a eseripto, e do accordão da Relação liaver$ recurso de re-
@s@para o Supremo Tribunal de Justiça.
: &e instaurado o respectivo ~romssonáo se lhe additará ou armen-
s ad outro algum. -
3 9." Os accordãos proferidos nos recursos fácultados no p a r a m Art. 40.O-Nos processos por abuso de liberdade de imprensa>
- pbo anterior serão publicados e haver-se-hão por intimados nos mes- não serão admitiidas testemunhas de fóra do continente do rem,
mos termos que os proferidos em materia commercial. &do. instanrados em comarea n'elles situadas. e de fóra dos B k -
Art. 332 -Nos processos de diíbmação quando for admissivel ~rictos'insulares,quando ali instaurados.
prbsa Sobre a verdade dos factos imputados, nos termos do art. w.3.. Ari. 4i.0 - O editbr do perioàico B obrigado a pub@&u gratÜi+
do Codígo, Penal, e do art. 6.O d'esta lei, o r60 articulal-os-ha sepa- mente :
d a m e n t e na contestação, juntando documentos eompmvativos, e 1.0A defesa de qnalquer individuo ou pessoa.mord, injnriados
m l de testemunhas. - . - ou diffamados no periodico, comtanto que a respectiva materia $o
$aanico. No caso do n.O 2.O do art. 408.O do Codigo Penal & seri exceda O dobro da extensão da argui ão.
. e.* 0 desmentido og rectificaç?io feita olücialmente de qua&eF
.. ."
á8ntissivei a mova resultante da sentenea oassada em iolmdo ao -
tempo da pubficação. -noticia publicada ou reproduzida no periodico.
-
Art. 34.O- No caso do r60 haver cumprido com o disposto fio ar- 3.0 A sentença condemnatoria proferida em processo por abuso
- tigo anrerior, podera o Ministerio Publico Ire Iicar no praso de. oito de liberdade de imprensa, eontra o periodico, na integra.
dias, juntando docnpentos e rol detestemunias- 5 i: A reclam 50 ao editor do periodico para fazer qualquq das
Art. 36.0-Sera reputado um só o procedimento crimí~alpor ptiblica$Ões facnlc%ts n'este artigo, será feita jndicialmentenosteP-
'abuso de liberdade de .imprensa promovido pelo Ministerio Publieo mos prescriptos no art. 645.0 do Codigo do Pr-sso Civil,-entre*
e por alguma parte aggrauada, e de !rido se &irmarium só procem. do-se no acto da notificação a defesa do argaido, o ilesmeniido@n
Art. 36.0-Se no procedimento criminal não intervier o Mmistepio r e c t i f i w o offidai, on a copia da sentença.
PÜblico, serão applicaveis .a parte aceuzadora as disposições d'esta 3 ko-A ~ublica@oa que se refere este artigo e os seus numem,
deve ser feita na priméira pagina do primei. numero que sepu-
-1 4 respeitantes ao Miaioterio Publieo. blicar, respectivameae depois da noticia feitá os termos do para-
AI% 37P - Passrindo em julgado o despacho que receber a accu-
sa@o e mandar responder o ré0 em andieneia de polipia correceion^,
por mime de abuso de liberdade de imprensa, observar-se-hão os
temos ordinàfios d'estes_yrocessos, deuendo, porém, o dia para a
aúdiencia do julgamento ser fixado por um praso nunca superior a
oito dias.
Art. 38.0 -AS contravençijes as disposições da presente lei serão
jdgadas em pmcesso de policia correccionai.
-
Art. 39.0 Poderá roceder-se coqjunctamente por diversoseri-
1181 de abuso de libe& do imprensa contra o mesmo criminoso,-
t&idas pablicaihente, -por escripto de qualquer modo pu- Mi,~do,ou por outro qaaiquer modo de-pubticagão, defen-
. ,
der, applaudir, aconselhar ou provocar, embora a pro~o-.
caçáo não surta effeito, actos subversivos quer da esisS-
do numero de um periodico sO poderão ser prohibidas nos casos
tencia da ordem social, quer da segurança das pessoas ou
seguintes: , da propriedade, e bem assim o que professar doutrinas
i."Ac%anùoise suspensas as garaniias nos temos dos 08 33." e de anarchismo conducentes Ci pixtica d'esses actos, ser&
3k?-do nO . 445.0 da carta- Constitucional: eondemnado em prisão correccional ate seismezes, e, enm-
2.O Estando suspenso o periodico por sentença judicial:
Contendo offensa ao Rei,-ou a qualquer membro da sua familia,
$traje a moral publica, o-uprovocapo a crimes contra a segurança
flo ejtado.
f i.e A prohibição facultada n'este artigo poderi ser ordenada e r&to e indirecto com as testemdas que se designem, afim'de
effwtliada ela auctoridade administrativa. mas oera immediatamenle comprovarem, nos termos do art. Iaoda lei dé 25, dez. --o
submettida~ao'comgetentejuiz de direito,' afim de este a confirmar jornàl foi posto á venda publica, ou se se distribuiram exemplares a
c annuilar. mais de seis pessoas-; ou se acintemente se lançaram mais de tr&
8 2.9 Antiullada a prohibiçáo pelo juiz de direito, ter& as que houi em logar publico onde podessem ser apanhados; ou se piiblicaraent@
verem sido com ella pre'udieados, direito a indemnisação. se annunciou a-sua venda; ou se o periodico é habitudmente vm-'
5 3+i A irnportancia i a indemnisaç80 nunca seri superior i do- dido nas ru* ou logares publicas. (la)
peço dos exemplares da publicação, on do numero do periodiee, O corpo de delicto directo deve versar sobre a conformidade do
cqjã eireulação houver, de faeto, sido impedida, e sahii'a do fundo escripto publicado com o autogapho, transcrevendo-se para antq o
- espciai de piulbs. alfudído escripto, bem como s0br.e o facto da injuria e sobre qm&.
8 4.0 A mn6rmação ou &mullação da prohibiçãÒ não préjdiea as p a l à m que a significam.
ear;e;rso algum a competente acção criminal. Acceita por despacho do juiz a responsa$iiidade do aucfòr, m-a-;
Arr &h?-A introducqão no reino e a circulação de-quksqner .dase o processo com vista ao Minisrerio Publico on a parte, e pro-. - -
publicações estrangeiras, poderão ser prohiidas por deliberam do segue-se em seguida aos demais termos par&julgamento em pokéa . .
--
wnselho de ministros. mrreecional.
- f $.O O ministre do reino, porém, poderá ordenar a pmhibiçãa fa- Notaremos que na formação do wrpa de delieto 15 preeiso0~tr-&-
.cplr;ida n'este artigo, com.respeito a um numero de qualqúer perjo-- em vista a Iijrpothese respectiva, devendo a accusação RUIIRto&?
dí6fi: - òs elementos indispensaveis de~classificá~..~.~ : e assim, no caso d0.8
-
,

8 2.0 A contravenção as prohibições decretadas nos-tirmos d'este 5.8 do açt. 5: do dec. n . O . i de-29 março IR!II~. deverá o queixosa pro-;
@igo e seu LO, 6 punida com a pena comminad.a no 8 unico do ;ut var que as phrases aüusivas era a elle que se referiam, e não a outraa_
f2.q que ser% imposta ao eontraventor. pessõa
--Art. 45.0- O procedimento criminal judicial prescreve pelos cri- .(1) Por occasião~da&scussão d'esta lei na camara dos pares, IW
mes de abuso de liberdade de imwensa D ~ S S ~um~ Om o , e pelas trando ng debate o sr. Marçal Pacheco, foi por elle dicto O seguia%:
mitavenções a s dispesições d'esia lei p~ssadastres mezes. - . *Sr. F'resídente, o sr. ministro da justiça, na respesta que f& ftvm
. .-drt; 46.a- Os ~rowietarios e administradores de ~eriodieos.exis- de %r &s miubSs eonfirma@s, e. em deferimente a minha adi@tk
&ates a data da-pfimqlgagáo da presente fel, se& obi jp:rlos a &o; fez algumas declara@es - que,
- se bem.as intendi, foram & §e
confohnar-se no praso de trinta dias com as mas prescripçoes. .gUiÍstes: --
hrt. 47.O -Ficam revogados o decreta nO . i de 29 de março de
1890, confirmado pela.earta de lei de 7 de agosto do mesmo arno-e
r4.=--.Que os intentos d'este projecto não e m nem incriminy,
punir-osdireitos imprescripriveis de pensamento humano ;
.nem
-
.toda a legislaçáo publicada-ate aquella data que recahir-na maBr1.a i%*- Que a iacriminação estabelecida no aFt. 4:, a respeito da-
que a presente lei abrange e n'esta não resa1vadat imprensajlnão abrange sesio a narrativa dos attentados anar~hi-.
C - ProceBo. -Aqueile que quizer chamar á respunsab%d;ide ou a dos debates 'judiciaes-sebre este assumpto ;
pualquer jornalista, requerera au juiz, juniando a publiq@o respe- %.° - Quea retroaetividade estabelecida no ar€. 8.0 não vae além
etiva, que &ande intimar o editór do jornal para declarar qwm.8~0 '.
seu auctor e apre-ntar o autogapho, e que, sátisfeita esta formali- -" (.j A lei de -i.dez. .183P diz no art. 30.0- rA publica@ío effeetna-se
?dade, se intime o auctor para quem s e declinou a responsabilidade fado de terem srdo disiribuidos 04 exemplares a mais de seis pessoas, e de serm
a vir a juizo fazer as ct;nipetentm~dalaraçõesde qualidade e:de~ - Ipleados mais &e tres aci@emente em logar pi,:.,~.*ionde ossam ser apaobdos;
con&n&nento na putjlicaçáo do esc.rjpto, e de tomar a r e s p o w i - & &em em Logares gublicos m, ou mais e?erop!ares; ou Serem pos-
@de, procedendo-se em se-@da ao respectivo corpo de 6elictt.-@- $ mnda
i @h;e de se muwciar a sua venda publieamenter.~.
_'
. . N O S GEDÜ& DE- EB~G&A~@O:
PROCE&SO' C&iWZ3&INrr
m
'

ida esta, será entregue ao ioveoo, qne lhe dari o,des: rkos pòdeHo ser presos'sem~culpaformada, sendo conJ&
tino a que se refera o art. .10." da lei de Y1 d'abril de Vados em custodia, sem $m$são de fiança, ate" ao julgti-
1898, ficando sujeito a vigilancia e fiscalisação das aucto- mènto ~ii'decisãodefinitiva.
- rídades competentes, e o' seu regresso ao reino dependente
Art. 4 . O - . ..(Vid. Proceao por aba? de h p m a ] .
:. de dèspacho do governo, depois de feita -a justificação h- A@.' 5 . O -As disposiçí3es d'esta lei são applicavqis,aos
dicada no art. 13." da mesma lei. apcbfes dos factos n'ella incriminados, ainda que practiea:
5 nnieo. A pena comminada deste artigo deixara de dos anteriormente. (1)
-ser âpplieada quando ao delinquente for imposta por outros
crimes pená mais grave; cumprida, porem; esta, applicar-
se-ha o disposto na parte final do mesmo artigo.
Art, f .O -Se nos casos declarados no artigo ~recedente CAPITULO 5
não houver pablicidade, a pena de prisão correecional não
excederá a tres mezes, mas depois de cumprida será o Do processo nos erinies de emigra'agá4 elandestiai
OePn-queate entregue tambem ao governo para os effeitos .?
consignados na disposiijão final do mesmo artigo. .
krt. 3." -Serão julgados em processo ordiuario de que- .-Alei de 23 de abril de 1896, regulando a maneira de
rela, mas sem interveução de jury, e escrevendo-se os de- executar-se as disposições -do regulamento geral de policia'
'poimentos em audiencia, os réos incursos na disposição de 7 de abril-de 1863, dispõe o seguinte:
do art. 18.O (1) da citada lei de 21 de abril de 1892, e Art. 7." - Todo Lo-individuoque, estando -sujeito ao rè-
bem assim os de attentados contra as pessoas, como meio mtamento militar, intentar sahir do continente do rèino
-de propaganda das doutrinas do anarchismo, ou como con- óu das ilhas adjacentes sem -passaporte, '.ou fazend~.usa:
sequeqeia de taes doutrinas. de passaporte falso, será entregue á competente anctort-
unieo. Em todos os casos presentes por esta lei, os dade mí1itar;depois de julgado' nos termos do act: 46.O do
Regulamento de 7 d'abril de 1803, ou'cumprida-a peil;t
pne lhe fbr imposta nos termos do art. 226.' do -Codigo-
. .- , .

dos~act&e &tos recentes, e que MO comprehende nem abrange a *Estão sujeitos i jurisdieção dos conselhos de erra -organis*-
im- rénaa.8
8 sr. ministro da justica Antonio d3AeevedoCâsylo B w c - e&
mos termos doa artt. 2 8 5 . O e 984.0 üo presente cago.
4.0-0s agentes dos crimes de rodo, fogo posto, damno e eGrego
.-

firmando estas declarações, tornou-as interpretaçao authent- do 'ãe d e e r k s explosivas com o íim de destruir pessoas, edificios, vias
-
ensamento do legislador. Diario das sessssães da carnara dos Pares de 60mdunicação ou finlías bèIegrap6icas ou telephonieas.. -
8s 1896, p?g. 425, sessio, n.. (3, de 12 de fevereiro. Devo observar, porem, que esta disposição 6 applieavd -só em
(i)-Diz a lei de 91 de abril de 189%n? art. i5.0-*Será. punido. tem* de guerra, .como se vê da epigraphe d o Tit. II do.Liv. IiI,
eom a pena.de prisão maior cellokar por ooito annos, seguida de de- a que esta sujeito aquelle artigo.
gredo por vmte amos, com prisão no Iogar do degreàsate dois an- (i) Sendo contraria a constituição da Mouarchia a-dic~posição
nos; ou sem eila, conforme parecer ao juiz, OU, em alternatjva, com #este artigo, porque, segundo o $ 2.0 do art. 145.0 da G .C~nst.,~' a~
pena fixa de de-gredo por vinte e oito-annos com prisão no logar do' lei não pód@t a effeito ret$oactivo com respeito aòs direitos indivi:
degredo por oito a dez annos, aquelle que empregar a dynamite, a %as,por i s o intenão que o s tribunaes não podem- appliee cem
melauite ou outras substancias de analogos effeitbs explosivos, eom urisdlc ão a d~utrtna.consign@an'elle. Os juizes, n a ; ~ ~ 1:açã.i-da
~pI
o fim c~iminosodedestruir pessoas ou edificios, ou comnielter, por
meio d'estas substaneias, algum dos crímer previstus e punidos no '
kí, tamiem tLem davcr-k? hcalisar a sua c ~ n s t i r u c i o i u i i ~ i : ~ d e , ~ ~
m e sèfia!àbsurdo dar-bwa a disposicões, contrarias aos principias
liv. 2.9 i t . 5, cap. 4.0, secção 1: e secçao 8: do codigo penal*. estabelecidòs no acto pól&ct.ce da naçio, do qual deriva a obn'g@ò
- O Cod. Justiça militar de 13 maio 1896, dispõe no ârt. 3iP.O cjo mmpiignent? $e todas as leis que se prupulguem. ,
<~

19 YOL.I
Phal; a fim de se :lhe asentar praça, quando, teniia os. mar nã6 tenha s@. entregw ao commandapte do districii,
-ne-ssarios .requisitos para o serviço militar (1):- - - . - -do recrntamao e reserva, ate ao encerramento -dos ira-.
Art. 42.O -Aquelle que promover ou faiiorecer porWquàI- bghm- da jwta ordinaria ; - . ,.
- 3 . O -Aos mancebos que, tendo sido inspeccionadoi, não
-quermodo a emj~Taçã0clandestina, ou q u e aIlieiar emi-
--graqtes para sahirem do reino- com infracção das &posi- cornpareoerem no íiiii da sessão a prestar juramento;
@@.das reis enr-vig~r,inqrrera na pena de prisão. c-ellu; -
4.' Aõs~substituidos,no caso dos-artt. 430." e 131,";
lar- de dois a-oito annos, ou, em alternativa, na pena cor-. 5;"-Aos dispensados do serviço activo que dentro @e,
respndente de degredo. trinla dias, contados da data em que judicialmente foi r?.
1 .$jun'ico. - 0 s rbos incursos na comminação &este ir:
'
solvida a .petiç&i de dispensa, e aos remidos antes do
tigo seráo julgados em processo ordinarioEde qiierela, sem -alistame~to,que, dentro do mesmo praso, contado da data
-Mter~ençãodo jury, devendo, porem, escrever-se em aa- da.guia, a que se refe- o art. 13.4.@,náo se apresentarem
dsacia os depoimentos das testemunhas., nás sédes dos respectivos districtos de reserva. - *

$ i."--O- Juiz de direito julgar& refractarios, sem>-


curso, dentro de trinta,dias contados da data do recebi-
menki do auto, -os mancebos a que se refere este artigo,
que não provarem alguma das seguintes causas, unicas . -
iustificativas da falta: '
4.O.- Doença que absolutamente impossibilitasse o man-
Do processo eontra os refracíarios cebo de se auresentar. com~rovadaDor attestado medico '
em que 'se declare o bemp; provavei que durou' ou .póde '
- dnrar,a impossibilidade; 5

-
*
' . A-* Regulamento approvado por decreto de 6 de -agosto. 2.O Morte de ascendente, descendente, conjÚge õu ir:
j4S96 para o serviço do recrutamento, dispõe: mão, occorrida durante os sito dias precedentes á a desi-. i
i hrt. 1~44.'- Serão levantados autos de refractario pelos
~coaimaadantesdos districtos dt, reçrutamento e reserva, - gnado-para a apresentação, comprovada por'atkstado le-
qge.os remetterão ao poder judicial no mais curtci prato. gal;'
3'O- Interrupção soffrida no - caminho por motivo de
I .O -Aos mancebos recenseados para s serviço,^ miijtar -.desastre,'comprovado por 'testemunhas; - --
. que, sem causa justificada e devidamente comprovada, fal- .,

4 . O -Demora na recepção da corropondencia do uitr-a-


t a r e A junta districtal de inspecção nos dias designados mar, ou outra causa, devída a Qrça maior, compro~adap o ~
:p&s wmmandanks -dos districtos de recensegenjo e re- attestadó de fiinccionario competente da direcr;á~geral--dós
?erva. ,.-
correios, óu de quem competir.
r

- 2.. - Aos mancebos cujo processo de insp.ecção.no ultra;


a

.- S -2.O.- Logo que cessarem as cansas apÒntàdas, deve-


rão 0% mancebos salicitar a gaia ao secretario da commis: . .
são de recenseamento para se aprese-arem á auctoridacè
'{i) O~h06Fe&to~regulamento diz no art. *-.O-viajanle.nacio-: militar, a fim de se.alistarem, ou para serem .inspecciona-
-nái ou estrangeiro, que intentar &i do reino pela raia secca Oa
pelo- littoral do eontEnent+ do reinío e das ilhas adjacentes semlpasl
_ de-s pela junta districtal nos dias desigirados para os retar-
sapofte on.qualquer outro titulo que auctorise s3ea reg-o, será-, datarios; on pela junta regimental,~.se aquelia-ja tiver ter--
apprehendido, ?com o re~pectivoauto entregue ao compefente ma- minado os seus trabalhos.
p1.4rado de policia con-eecional, para o julgar segiiqdo ct la.A mu!ta 5 3.O - O auto d e refractario fará £e-em juizo sem de-.
I::II~poderá exmdèr a 208WO réis, marcada no art. 4 8 9 do Codiqo pendencia de p m a testamunha1 e será remettido ao ~ u i z
p w i , nem o tempo de prisão,por falta de pagamento da mes-- ir dè'direiu. acampa-ado d'unia guia, que ser8 .déwlvida
-al& ã'um mez.
*
no iraso de oito dia;, com a designação da drtta-em que o
mesmo auto foi recebido, authenticada pelo escrivão..
j . 5 4."-Terminado o praso a q n se ~ refere o 3 1."d'este CAPITULO XII
artigo, será o mancebo considerado-refractario, pelo com-
a a p d g t e do districto do recrutamento e reserva, que, Processa por crime de injurias
como tal, o notará-no livro do recrutamento. Se o-juiz de.
direito. não cumpir o-preeeituado-no.$ 3.", o referido com+-,
mandante considerara o mancebo refractario trinta e oito O decreto n." 2 de 29 de março de 1890 dispõe: +

dias .dêpois da data do auto. Art. 6."-Nos ea'sos previstos nos aog 4.O e 2 . O do art.
-.S-5.O -A nota a que se refere o paragrapho ante& ~' 408." do Codigo Penal é permittido ao r& da diffama@ó
dente, podera ser levantada se o interessado obtiver poste- provar a verdade dos factos imputados. . .
rlermente 'kentença judicial, que julgue infundada e injusta - -$ 1.' - Um decreto (i) especial- regulará a competencia
gquella qualificação. c

.- 3-0 decreto de 16 de novembro de 4896 ( I ) ácerca '

de. jnlgamento de refractarios diz :


Art. 4.0 -0s juizes de direito que receberem autos para (1) Vid. o que escrevemos icerca da imprensa na nota 'de p&.
o júlgamento de refractarios, quando os mancebos autua- -276 alinea 8;e bem assim o art. 169.O e gg do Cod. Pcn. sobre o$-
fensa diigida ao Rei ou Rainha reinante.
>as. tenham domicilio na respectiva comarca, ordenarão -Na nossa practica social e profissional havemos obsérvado que
que, &m dependencia de editos, sejam citados nos termos m a grande parte de crimes que se commette, B devida á falta @e
do art: 194." do Cod. do ProE. Civ., de-que vão ser julga- respeito, que mutuamente se devem os homens nas suas relaííões. A
-dos wfraractarios se, denlro do praso de oito dias, a contar baie fundamental d'uma sociedade bem constituida é a boa educa-
'da intimação, não provarêm algurná das causas justificati-
Tas da sua falta, em conformidade das disposiç0es.do 3-
a ao politica e social. A primeira eleva o homem á'condição de cida-
@, a segunda transforma o animal em homem, isto é, em pessoa
ae sentimentos dignos a altrnistas. Por isso devem os tribunaes; in-
4'' do art.'444.P do regulamento de 6 de agosta de 4896. - fluenciaüdo os -eosiumes, impor penas severas contra os-que-trans-
í( +."-Os agentes do Min. Publ. terão vista #este? gsedirern os receitos da delicadeza A injuria, quer nas expressões,
uer nos mojos, altera prófundamente as condiçòes de vialidade
gra'cessos, para, em quarenta e oito horas, promoverem %'Uma nação, porque p~ovocavinganças e aecidentes da mais lar&
'o que julgaiem nos tèrmos da lei. - ~ ' - cowquen_cia.
3 2.'- As disposições do presente artigo em nada alte- O juiz, na applicação das penas por estes crimes, deve, porem;
ram os prasos estabelecidos nos 3% i;", 3." e 4;" dó refe: : ter em vista as condipões sociaes dos queixosos e dos réos, ãistri-
~ r & art, i44.O~. buindo a justiça consoante a gravidade da offensa, a qudiãade das
- pessoas e as relações çoeiaes qae tiverem entre si.
-
~

,
.?
- - , A egid@dqde de direitos consiste em ,tratar desegualmente pessoas
às condiçõds deseguaes.
- -~ . . Na natúFeza não ha egualdade perfeita no cte~envolvimentodos
.
~

seres, nem nas condições inbiuiduaese sociaes de cada um, não pas-
L (1) O,-&c. c dez. i886 dizia:-Art. 1.0- 4 s - i n t i m a m nos .- sandò de ideal esta aspiraqão humana. > .

processos de julgamento dos refracQrios, ordenadas nu art. e0.' da A injuria é um ataque directo a consideração dos indiaiduos, epor
lei de 81 de rnalo.de 1886, serão feitas nos termos dos artt. 188." e isso ás circumstancias pessoáes, geradas na sociedade de que se faz
189.O de-Codigo do Processo Civil, sem dependencia de ediaos e no I parte, sendo que a susceptibilidade Iiervosa dos homens póde iamx
Pespectivo @micilio legal, aos mancebos sujei-s ao recrutamento, bem fazer avultar este pime pelos damnos moraes que póde pro-
a seus paes ou tutores, ou a quaesquer outras pessoas qiie, conforme . vocar. . ,
direito, possam recebel-as.. .
,
-
~

Naturezas ha, porém, em quem a injuria não produz 1 x 0 effeito


, ~

de explosão, sendo necessaria a persistencia da reflexão para lhe:


fazer sentir proftindamente o aggravo soffrido, o qual B,tanta mais
-
- .
'I -. "$i&&&q,41)Es
-

& R&o
. . - ....~
..
@:jalgatTor e, a. fbrma do 'processo nos g s o s espeeiaes em :substituir q dec. de 30 dez. if392, assim &&o es€e-snbsji-';
que ,o réo da diffaníação fbr admittido a -provar a verdade.
idos factos imputados, observando-se a este respeito o dis-
posb na legislação vigente ate que esse decreto èsteja em
vigor. -fiscal e de policia de pesca no mar -1erritoria1, tendo-se em vista bs-
- $,2.0--(@iz respeito a\ injuria pela imprensa, devendo pautas aduaneiras approvadas por lei de 10 maio 1892, e bem-assim
ver-se o capitulo VI11 d'esta parte especial). os preliminares appmvados por dec. de 17 junho do mesmo anm.
A lei de 27 abril e seu regulamento, approvado por dec. de 3 de
dez. 1896, determinam quaes os productos sujeitos aos impostps de
fabricação e consumo, fixam as taxas e estabelecem as regras de fis-
cau-a ão.
-(5 dec. &e 3 dez. 1896 resoonsabilisa os fabricantes de eonSer-
CAPITULO XUI vas de peixe pelo pagamento dè imposto de fabricação, relativo aos
oleos comestiveis empregados n'ella~,qaando destinatias
.. ao wmumo
3s
do paiz. -
Ideia geral do processo nos delictos de contrabando, -0 refui,amenlo, appmvado por de& de 4 julho 1895 para e x 6
,àescaminho, e na9 trâtisgressóes dos regorámentos fiseaes c) edção do ec de i4 março e contracto de 45 abril 1895 sobre os ex-
clusivos do fabrico dcrs p.bsphoros e isca, 15 tambem muito imporlante.
-Em execuçao do artri7.0 do Tratado de commercio e navegas&
com a Hespanha de 27 março 1893,confirmado por C. R. de 21 agosto
O deaeto com força delei, n.O 2, de 27-set. 1894 qae, do m e m o -no, deve Vêr-se o C m ~ r approvado
o por dee,de 3 de
reorgani-ndo as semiços do contencioso aduaneiro, veio julho 189k, que deu vigor aos seguintes regulamentos: ,.
I -Para o eommercie terrestre pelos caminhos o r d i d ~ s ; -
-11-Para o commereio fluvial pelos rios Minho, Douro,'T?io e
Gu-ina, na parte navegavel que serve de limite entre Poktugal e
corròsivo e'tànto mais se encrava no cotaqão, quanto mab s e dis- Hespanha;
tamia o facto e se pesa ó valor da agressão, chegando sd depois IIZ -Para o eommercio maritimo;
d'nma meditação aturada a produzir indignação e eonsequencias e- N- PaFa o sertil:,, de vigilancia e repressão de cos6ab&do e
miveis. -- : dos d.escaminhos de direitos no commercie de importaçáo, Gportaçk
e trapsitò pelafronteira de terra, e pela parte navegavel, que servem
~

Em.consequencia, pois, devem os juizes pe- com a maior cir-


cumspecção as circumstancias que se ddem n'estes crimes para ava- de limite entre Portugale Hespanha. , - ,

barem devidamente o graó de puniçg que cabe aos infractores da -O-dee. de 28 março 1887 fixa as penalidades'relativea liien:'
lei, sendo que uma expressão mais viva dirigida por um amo a seR -ças de la-àaraçáa de alambiques.
criado, ou a dirigidapor um superior a um seu subordiiado, não po- -A port. do Min. da Faz. de 16 março 4897- estabeiece. prescri-
k m ter a mesma~imputaçãoque a dirigida por estes aos primeiros. pções para a fiicalisqão dos e$abelecimentos de distillação -d@ál-
É dever lembrar qqe a Injuria está mals na iabenção qúe na ex- m e $ e aguardentes, isentos do imposto de producção.
pmão ou no gesto, e nemsempre aFmesmas expressões pudem si- - \rid. prescripçües respeitantes á introdueção clandestina de%%-
lhtites de loterias estrangeiras no dec. de 3 dez. 1896. - -
gnificar a mesma imputaçao.
Temos visto p é nos tribunaas não se tem dado s&ci*e i -Vid. Manual da proceaó do cóntencioso fiscal, approvan]~por
mjuria para se punir devidamente, accusando-se este modo uma dec. de 8 junho $94.. -,

grave provocação á indisciplina popular, comquanto seja obfigaçãir - r B- Com respeito ao Ufh%njar vejam-se as pautas d& anande-
dos juizes concorrer quanto poss,ivel para o melhoramento das xon-- ~*;$(1) e para' AngoIa-em especial-veja-se o dec. 28 do cmmis:
ãrgóes d e educagão publica.
'Estou, porém, em crer que .com o tempo ha de desapparec& este--
estado de coisas logo que o povo tenha-verdadeira noção Ba sua
importancia e dignidade. Cu&.-~emodrlac&o $provido por dn'e. de 16 abril is!,-
4 1 ) A-A fiscatisação das alfandegas do reino deve s e i feita na eoi- S. Thome o Priuciu'é. - emodelacãa aaomvada oor dec. (!e 16 abril 18%.
Formidade da regulamento dos serviços aduaneiros de 34 jan. 1889, ' .Congo.-Remdd&ãosimples se& insifuecões, ápprsvaba por dec. de 16 da
e ipstrucções approvadás por dec. de Ino- 1889 para os serviços ~ -áibril18%.
' .i!&@-
. .
k h ~ ~ NmO ~ R~É ~ Y~:O ~ s
., -

:tuiu o dec. d e 29 julho 1886, fazendo a cla~ific@ão.dos ddictos de contra%ando,descaminh6 e transgressão d&.re;
gulameutos fiseaes, estabelece o processo a seguir p ~ n t e
.os diversos tribunaes, e reeonheee duas Pormas-Èle processo
perante a s auctoridades do fisco; e duas criminaes comple-
d o regi0 de 10 oirt. 1896, publicado no Appenso neD$4.0 aos BOI. mentares perante as justiças ordinarias. . -
w: d~ me.mo ann.0, o qual, occupando-se do contencioso a d m i r o ,
, - m a no art. 27.O patro tribmaes de 1: instancia em Loanda, Beq-
0s tribunaes do contencioso fiscal de I.* instada são
guella, Mossame es e Ambriz, seòdo auditor o juiz de direito, ou o dois, installados, um em Lisboa e outro no Porto, dos gua&
'juiz mnnicipai ou o delegado do ~rocuradorda cor8a e fazenda, ser- o primeiro @range os districtos' de Lisboa, Farb, EBja,
vindu-ao mesmo tempo de presidente; e em Loanda cria um tribtinal ,
--superiordo contencioso fiscal de 2." instancia, sendo auditor e presi-
dente um 40s juizes da Rdaqão or turno,-como se v4 do art. i::.,
o qual tribunal comprehende os %strictos das alfandeas de Ltb:h~l:(
Bengud;~a,Mossamedes e Ambriz e respectivas estaçaes 6scaas.so- .&%i Como depois foi considerada f&a d.8 d i s c i p l h a interposição dos
balternas, como %e v6 do a. á4.0 recnrsos (l dos despachos dos commandantes pelos apprehen~ores,
--Com rela@o a India vejam-se os regulamentos do :rllbari e foi piilali-!ala a pofi prov. do mesmo mnulbo eom o neO408 d e L7
Rorestaes, apprgvados pela port. prov., n.O 707, de 5: dez. fh!ii. julbo 4õ9&, na qual se passou para os administradores de concelhos
s e determinando, p o ~ m ,no regulamento organico do bat:rlli:in, da a ~wmpetenciapàra proferirem os despachos de procedencia @rim-
:g p ~ d a@cai da India, approtado pelo dec. prov., no45, de rd jan. procedencia das apprehensões, nos termos do -aH. 57.O do r e m a -
4897, a fórma do processo a seguir, se determinou qa porj. prov., d~ mento do abkari, @m como para rocederem as diligencias de qns
conselho governativo, no374, de 28 junho 1897, publicada~noBoi. tratà o art. 58.0 e Seu untco, fi?cando mantihs as dispoiiç8es da
d%India, n." 68, que os julgamentos das transgressões do abkari e bataib30 da guai.l:i Asca!, relativas i s sppreheisões, Iewnlammía
ftbrestaes em Gôa, Damão e Diu, continuassem nos tribunaes jiidi-e d'autos e outfas ~liIi~.en~'i:irque- precedem-os referidos aespacbgs-
Eiaes, ficando em vigor o art. 82.0 do reg. do abkari de 5 dez. i89á, e BoJ.~daInáii, n.O ;ti de i*:~:.
as dhposiq6es do reg. do dito batalhão, relativas as apprehensóes, Ie- - O processo fiscal nos taritorios da Companhia de Moçambique
vantamento ã'autas e outras diligencias que precedem -o julgamente por taxas de licenças para estabelecimentos commerciaes e indus-
" ~. Maes e exereieio.de certas rofissões r6gula-se pelo regulamento
.- approvadopar dec. de 19 set. !89&, BOI.Moç, n: 18; e nos @rri[orios
~&rix.-Remodelaeso appiovada pordec. dè 16 &ti1 1893, quc?ioffreualte - &a Companhia do Nyayassa em hbu ambique e b reg. provisorio nO . 4,
.?es no dec. de 7 dee.'do mesmo amo. -

Loánda -Remodelacão approvada or dec. de 16 &ri1 189%;


. -
~
-
approva@ pela podariã do Mia. i a Mar. de 5) de no?. de 1897.-0; . G;j.
- . Bengneila-Remod.4. ..o approvai r dec de 16 &ri1 1892.: fi.O 233.
. Mussaraede~.-Ren,~~~I-:I icão approvakàepor dec. de 16 abril 18922 ~- ' -Vi& para M a c a tambem o dec. de i 9 agosto 1893, que esta-.
-. Etn Aoanda, Beagueika a ko~samedesa pauta C annexa ao2 reliminare+fel . beleceu o mono poli^ de venda, irnportaçZo e eXportag5o de,pretoleo;
mo.iii;a..ida com respe;to B exporfaczo de gabo vaecum pelo dec. !e 16 da.1896. fabrico, venda, importação e expo~taçãode polvora, saMre o epoffe.
kiiii~.-Rémoddariío approvada por dec. de l&&ril1892, que soffreu alte- -Com reiaçãoás e m a i s pmvincias ultramarinas dispõe o seguinte.
raeão no dec. de 41 d&. do niesmo amo, seedo approvadas novas autas or dec. o decreto de 20 dez. 1888 no seu art. 29.0- «Os recursos, aue a e L
de-il fev.1894,' e fbraai alteradas ainda por dec, de 18 abri1 18&. O &.
vinciál n 17 de% jan S 8 7 alterou o regimen tributario aduaneiro na districtw
pro-. l e ~ s l a ç ã oque getu@ente regula o sfrviço das alfandeg; Gani
ile Damão-Bot da 1ndia;n.o i%,e o dee. provincial n.O 2 4 de 6 fev. alterou es auctoiisados Rara as iuntas de fazenda. serão resolvidos ~ ouína
r cem-
prelúninar~sdas pautas da India relativam~.:.il.Is condi$Oes ae armazenagem ile missão compbta do;nspector de fazenda dirigindo a ieparti.ção-Be
mereadurias - BcI. &a 1ndiqn.i~6 e 8 de I s!i:. faz-da prpvincial, do 'procurador da cor8a ou delegado da capital
' - ,-lllcqan.lniqiie.-Pauta approvada pordea. iI? 29 dea. 1893, e bem assim .ò art. da provincia. e de um negociante escolhidoamnalmente pelo governo
4.0 dos preliuiinares &apanta approvada por Bee. de 3OSjulho1877 af8 resolaeão
em contrario, por -&o que a pauta de 39 dez. 1898 náo revogou-esta clara sê=-
- sobre proposta, em 1Fstatriplice. organisada pela-associaçãocommer-
ressammte, como significou à port.,do l i n . Mar., do 7 julho 1897 -'0. G., n.'
eíal onde a haja, ou, na sua I'III:~, pela camara municipal.
h.--. . . -
5 1.0 Quando fizer arte da commissão o procurador da cor6a,
1uhambaoe.-AIgnnS direitos aufaes approd'is por de&-de2.3 jan. 3891; 'scrlreste o presidente %ie11+; em t m s os demais 6-0s competirá a
Louren@ò&rques.- Alguns ireítos prutaes appm.radós por dfc. de 93 jan. presidencia aD inspectorde fazenda, ou que@ snas vezes fizer.
1RQi- - $ 2.- Qxrando na capital da prodncia houver mais de nm delegado
Tiir.-Pada approvada por dec. de20 jan.. 1877, alterada na t;ib. B expor
I:,# .I-Ipaio
1x3;.
d&. dkt. ds 87 sei. ,897, e Uovarnnte aibradi p r d a . da jt& i - fara parte da.commissão o maisantigoa.
A $ia commissão dá-se o nome de 6omrnW.Go de Tecursos Qdm-
wiroq.
.,.. ,

Em%,Portaiegrq; Santarem, ~ e i r i ae -Gaste110 Branco, e sendo o jdgamento proferido sobre-%a&w,,deve.a


s,isegnndo, Por@, Aveiro, Coimbra, Vizeu, guarda,^ Vilia- agetoridade 6s-I,, quando chefe de delegação ou de ,posb,
Real, págança, Vianna do Castello e Braga, Nas ilhas adja-- de despacho, enviar o processo .a revisão do director da -3fau-
ha -tr@, correspondentes aos. quatro districtos , dega respectiva, *que poderã alterar o mesrrigijulgamento.
admiaistrativos, e fnnccionam.junto. das alfandegas das se- 'Iglialmentg cabe este processo sumrlwrisdm nos casos-
des dos- districtí3s. O tribunal superior é um em Lisboa. d~ apt. (cuja materia assim como a dos seus : : foi
- A J ~fómas de processo no contencinso fiscal .são: suna- . sbbstituida pela dec. de 6 junho 1895), quando nos delititos
-
'-oustydisime ordiwria: as admittidas nos juizos criminae8
-sap ~ c i o e a el de policia cmeecional, conforme corres-
de descarninho, havendo apprehensão e sendo e!+. realisada
dentro da zona.6scal da fronteira em localidade em que não
ponde ao delicto a pena de prisão por mais de seis mezes,. haja aactoriãade fissal, nem a uma distancia de jef$i!?
íni por ,menos de seis mezes, nos termos dos artt. é rnl.klis, n3o corresponder, pelo valor dos. direitos ou se:
-3.O do dec. n.O 2 de 29 março i890.
. -
gundo .o disposto,no art. 29.O, multa superior a 2dOW
-reis, devendo o apprehensor kavrar em acto continue anto.
summarissimo 'das circumstancias da qprehensão, meri-
cionar as testemunhas, havendo-as, e as declaraç-ões do
8 i." a-@ido, e .receber logo a multa e direitos. Os-argaidos,
porem, n'este caso podem requerer, no praso de oito dias,
Pídcesso no contenc+so fiscal 4 avetoridade competente que proceda a instruqáosegm*~:
as- regras geraes do processo ordinario, - nos termos- do
art. 74." ., . . $'
; i :I.- S m m a ~ m . - N o processo secm.m'ssho nãs ha As instrucções dadas pelo audítor-do ~ribunal-superior:
,inaicia@o (art. 49.",5 !.O), devendo a auctoridade instru-
ctora, a cujo julgamento Se sujeitem voluntaria e exp-ssa-
mente ós apprehensores e os arguidos, proferir em acto
continuo á instnicção, (que apenas conterá a pa.rtiiepaç%ae renunciam aos recursos ordinagos e querem- sujeitar-se ao jiù;
gagiento.
acaúto de qpprehensa? com as declarações &dicadas no ~ a t a r a n ' d o ne sim, lavra.se o auto que contera somente:
aPt; 7 4 3 , despacho, absolvendo os arguidos, ou fixsndo a - 1.0 Nencão %&precedentes declaracões dos agentes fiscaes e dos
Smportaucia dos direitos e da multa; No anto de apprehensão arguiao& e qual deve ser muito expreisa;
que será assignado por todos què n'elle inter-veiíham,. &r-- e: Narração ~esumida,feita pelos primeiros, acerca da.existen$i
do delícto ou transgressão e -as principas circumstaneias; .
-se-EÍa expressa menção da renuncia de recurso. (i) , ,-
.3.* Respostas dos arguidos sobre este assumpto. -- : ,
,

Feóhado *o auto- que deve ser assignado por todos os que rk'elle:
intervierem, passa á auctoridade instructora a proferir, não um sim-
.pies despacho de indieiaçãp, mas uma verdadeira sentença absolvendo
= ou condqnanbo-os-argpidos, conforme a prova que resn1tac;das de-
'14) O-Man.do Proc. do Cont. Fisc. ensiiia nos seus ar%>8.9 9.9 e cla~rrpõesd'sstes e dos agentes fiscaes, e no caso % condemtqão,
'40.0a'seguinte doutrina. O apprehensor ou a p p r e h e n ~ s ,escripfa fixara. a imporWanoia,dos direitos e multa aue os arbidos- -tenhamde
a participação e constituido o depoimento, ~ I ~ndo
I fôr caso d'élle, PWF-
devem entregar a mesma participação, levando jonto o bem0 d e de- Sem eaargo, porém, da renuncia de r e m ainda Pi permittido
p!sitO, a auctoridade fiscal competente para insti-%xir o pwcesso, s e a o recurso extraordinario directamente para o tnbunal superior no praso
o seu prjmeko acto mandar aulual-a. , , de oifo dias, quando os age4tes ou auctoridades íiscaestiveremcom-
" Feita â-autuação segue-se o auto .de apprekensão ao qual deverá methdo alglma violencia, preteripaode formalidades essenciaes, d e
$meder-se no dia e para que fôram iniirnadas as testernwhas, negqSo de recursos contra a expressa determina ão dalei, ou qual-
evendo a auetdi&ade rnstructara come ar por pergnntar aos ap- quer tnjustica grave ou natopia- art. 129d do lec. n.O f de 37 &
prehegwres- ou participaniss e p s arguihos, e s e d o - p r m t e s , se set. 1894.
do Conteneioso fiscal de 49 julho 4897 -1). G.: n.O 477, &%o,-Nas delictos d e &arabando e-nos de, ilesa-
fazem tambem notar qne a competencia n'este processo -miáEro de tabacos, tecidos, alcool ou aguardente, quahdo a
smmarissimo comprehende todos u s delictos de desca- . . importàocia dos direitos e da miilta applicael br superiòr
minho, e n ã e os de tabacos unicamente, nem os de contra- a 2063000 reis, os delinquentes encontrados-em flagrante
r
bando ou transgressão dos re lamentos dscaes.
Em quafquer caso, proferi a a condemnação, s e o s ar-
@dos não pagarem a multa, devem ser remettidos ao juiz
- delicto'serãoppturados e detidos em custodia até final jd-
gamento; -sempre que não; depositem ou caucionem, nos
iergos da lei, o maximo da multa e os respectivos direitos,
de direito para os conservar em prisão por tantos dias ,fixados ao despacho de indiciaçáo fiscal, proferido conforme
qaantos os necessarios para a satisfaça da multa, na razão o disposto no'art. 76."- art. 27.O .
de 14!MO réispor dia - art. 49.", $ &O - Em todos os outros casos d e descaminho, e ainda nos
11. -P~ocessoord2nario. - O processo ordinario cqgsta de~@baoos,tecidos, alcool ou aguardente, em que a import
dos seguintes actos principaes: -instmçdo, julgamento e tà@a dos direitos e da multa appIicaveI fbf. infdiur a'
mcqão. 3orSoOB réis, os delinquèntes encontrados em flagrante de-
A -Iwlruqih. -A instrucgio comprehende a appreh- licto devem sèr capturados _e detidos em custodia, quando
sÜ.0, partzc@ção ou denuncia, (i) prisão, indiciação e con- não depositem immediatamente a multa e os direitos', ou
testap. não dêm fiador idoneo; mas -esta detenção uão p'dder- i r
alem de oito-dias L art. 28.'' (i).
Indiciqão. -Inslruido o processo com os elerne~~osbin-
(I) O Man. do'lroc..dò Cont. Fisc., ensinando â 80utri~a~01ire~.- dicados nos'artt. 75.'' e $5, o? 1033 e~numeros,a aucto-
esta materia, dechra nos artt. i1.q i$.*e 15.0 que tres hypofbeses 'ridade instructora que deve ser alguma das de qúe faz men-
se podem dar no processo, conforme este começa por a p e l ~ a s á o ,
parti ' q à o ou denuncia.
I.#% o processo cornega por apprehençâo e os argùid~sou ageies
fiscaes nár> renunciam os recursos,-então depois de feito o auto nos
-Wmos indicados na nota explicativa de pag. 298, escriptasobre o a~provadono convenio com a Heçpanha por dec. de Y j u l 18% ~ no
proc& summari~simo,e em ssguida a elle, mas no seu .COnteúa~, art. ti.o-~Os directores ou chefes das alfandeeas. os ohefes de
procede-se a inquiriçã.0 das testemunhas produzidas p-elos agentes f w s fiscaes, e 9 s tribunaes .que pela legislação deYcada aiz tiverem
fiseaes, constituindo pratica illegal a admissão de fwoducção ,detes- aftnbuicões naraintervir ou i u l m Droeessos de contrabando ou des-
semunhas .aos arguidos, pois que a unica defesa que Ihes énprmit- I .caminh6, te&a facutdade d6 sedidgirem cor&lativ&nte aos ehe-
Mid+8 a de juntarem documentos e be responderemao que Ihes fôr f e s das alfandegas-e postos fiscaes, ou auctoridades do ouro @
perguntado no auto, cabendo os depoimentos das testemunhas de onde-ós factos tiverem acontecido, requisitando os.~esclareciruentqs,
defesa~s0na contestaçãp.-Yid. artt.-71.0 a 71.0 do dec. nO . 4,' de .noticias-ou depoimentos de testemunhas, que julgarem necèssqrios
f 7 set. 189á, .nos quaes se definem bem as obriga ões dos agentes. . para a instrua.^::^.^ dos ditos processos. .
.--2: &ando o processo é & participacão, depois i9estrfeita,han-
~

Estas reqiii.-:idesrèelproeas serão feitas directsme.@e~s~mintei


da-se autuar esta e-levanta-se em segii'11l;io autade partiiipqáo e - - veogáo das ~via<d~lomatipas~i
ínte~ogam-se testemunhas. a s artt. 403." e i@&> do dec. 6it. es- (i) A àuctori&a e instructora não póde conse~varem seu poder
clarecem bem quanfo se lem a fazer. reso o delinquente por mais de &8horas, como se diz-no Man; do
3.* Qoaniio o processo é ae denuncia, não figura esta nYelleíde-
vendo a auctoridade instructora mandar leva&# iim auto que repro-
-h oe. do ~ o u t &se
. art. 3 0 . O . , -
-A remessa dipreso para o júiz &edireito tem logar em duas
.~

ãtiza os factos e esclareçirnentos, o qual deve ser assigaado pela


auctoriàade fiscal e escrivão, e em seguida mandar inquirir as teste- -
-
hypdheses: - - - - . .
: 1." Quandò-ao delicto corré%ponder,ale& da pena pecuniariaj à
-.
m u n h indicgas, ou não, proceder a exames, ou ouvir odenmciade,. &+risão ;
&proferir despacho .depois de remi@& as provas. - . .,Ra Quando o delinqueàte foi preso em flagrante delieto, ainda que
Os aat. 105.O a do decreto citado explicam eom clareza como ' :ao deiia@hão Eowespònda pena de prisão e em todos os casos de
k v e proceder a motoridade instructora n'este;*aso. . .L contrabando e desearninho, sempre que não deposite ou cauí$ode-
.- omrela@o ás testmunh5s hespanholas diz oiégularnento V ' - @a& do~Proc&i Xónt. Fisc.,.art 34.0
. @e Q $8:48.9 ou c escrivão de fazenda nos descamínhos--e'
tran5gressóes do-real d'agua, (i)esmo diz o art. 47.O, profere -1YoS delictos~decontrabando e 9 s de deshniinho de L-
despacho- fúndapeatado, no qual julgando subsístente on -.Dms, tecidos, ,alem1 ou aguardente quando ã importa~ia-
jn~bsistenie,a apprehensão, se a houyer, ou-fúndada oir .da multa .e ,direitos fbi- superior a 208000 r&, deverá-,a
i,&@ndada a participação ou denuncia, dassifica o deticta- auébridade-instructora, salvo .correndo-o procésso. peranté -
ou: a transgressão, e, marcando o valor dos objectos ap-
'
.,os .aúdit$res, dar communicação do'processo ao tflbunat
-preb~didos,fixa o maximo da multa que deve calcular super-ior do contencioso%scal,a fim d'este conhecer da lega-
.sobre o direito principal accrescido do addicional de 6 @r lidade com que os arguidos se acham presos, subsiStin@
cento em virtude da lei de 30 de julho .de 1890, e os cóq- O :despacho de indiciacáo em quanto o mesmcr tribunal 0.
:@etedies~direitos,designando por fim as pessoás respon- não,alterar ou revogar. (1)
,mveis ou incriminadas no facto arguido-(artt. 76." e - 0:des~acho de indiciacão deve ser logo intimado. aos-af-
-139P), a quem manda depositar óu caucionar o maximo guidos d aos-apprehenAres, se estiverem presentes; .dek
da .mlta e. os respectivtis direitos - (art. 8.O), = qua4do sé contrario serão procurados no seu domicilio, procedendo-$e.
jylgu2 sabsistente a apprehensão ou fundada a participação cdòi.mè o afim-77.O e $5, mas marcandosé-1kes-o p r a w
õu denuncia. (e) d è tres dias para declararem' se querem, ou não, conWar.-
'- No 'caso dos arguidos estarem presos, o despadtc-ar-
Ihes-ha intimado sempre que sela possivel antes dos
mos arguidos serem enviâdos ao juizo de direito da coma-a
e-
on districto criminal respectivo, fazeado-se d'esse factò-
i ) Sobre o i 6 sto do real d'agna veja-se o re ame& a p r p
N d o por dec. de &?der. 1879, a iei de i7 maio i 8 8 e dec. de ks;
1885, a port. do bliii. da Faz. de 18 maio 1888 que interpretou o art.
33." do regiil. de i Y dez.. 4879, as instrucções applrovadas por de-
& % out. i % ~sobre) arrematagão, a lei de 27 abrrk 488%quelsentâ t e m o que-a lei permitfe 15 a verificação dos objectos apprehe$idòs
:o real d'agua.do~addicíona1de bolealei de 13juiho i888 e seu reg. .quanaa a auctoridade instrnctor& o julgue necessario para a det&
apmvado por dec. 10 set. 1888, art. Y7.q I O O - O , 1 0 8 . O etc. o dec. Tset minaçãc-drsrua natureza e valor, e bem assiinq~aesquerout~o:o~ esaL
&Q3 que coFede a permis* de se cobrar com o i osto-do reãI mes que lhe-pareçam can@centes ao deseobrknto do delito ou
il'agua @areino- 0 addrcional dos municipios, o ~ p d . % n .de 1896 ~ansgressão.O exame e, avaliagão dos objectos. fazem-se por um
.que comede no art. 76.' a mesma faculdade, a port.30 &i. da i%. ter& A fixaçã6 dos direitos depende muitas vezes do conhecimento
de 15 ,março-i889 que declarou sujeitos a elle-os generos'fomecidos teehnicó que a áuctoridade instrvwra não tem, e então deve mar@@
@'as coopdativas e ranchos dos officiaès infefiores e dos solda- -coat&,.os direitos antés do despacho.-Man. do Proc- do Cont. Fisc.
dos, o dec.de 3;.out.~i889 que fez varias modificações
&e eobrança d a real d'agua, devido pelos generos consumidos p e b s
' cqsperativas rnililares.
systema
-
artt. 13. e 27.0
Julgando-se insnhsistente a apprehengo, deve mandar& a-,
Itregar os objectos apprebnbidos e soltar os presos, sob dia
,-O dec. de $2 dez. 1887 approvoù as instrncções para a .*ir suspmsiva,-e no caso de sé nãa deduzir recurso algúm. - Man. h
da@o dos impostos directos e inàirectos por percentagens para as ;Boe. & Gont. Pise:, .a -10
cairlaras e diskictos, as quaes lambem der-? preceies para a e- -No .despacho de-iadiciação devem mencionar-se os &es 8as
Maasa da-real d'agua rnuuicipal . - ::di gsTios, à natureza, quaiiüade e quantidade dos objectos apprehen:
- 0 novu- regaiiiamento para a fiscalisaçiio -e cobr ça dos impos; e seu vala, comp ensina o ditoManuafno art. 94.0 x

'tosiadireotos municipaes de Coimbra de 29 julho is$G~:appr)vado - O ktb~co,>poivora e a dynarnite apprehendidas emcontraven-


por bmrrlão da commissão districtal de 26 dez. do .me,smo ama,, preseripções Iegaes serão julgadas perdidas em favor.da faz
prescreveu a- fórrna de insrnitção .e jdgame.&o das transgressões e zenda, podendo a polvya e dynamitecser inutilisadas mediantede*
- - cho,da auctoridaàe instru~tqras e não.houver deposito nas imme--
descaminho dos direitòs municipaes fiseaes de Coimbra: - '

-(2) Se o dciioto é de contrabando,-não ha direet~g.què fixacmas - - r e õ e s , o& &naam ser arretshadas - u t . %^i do dee. ao2 de 37
i

só multa, danùo-se o mesmo, em regra; nas transgressã&s-


do Proe. Cont. F'lsc., :n 44 alinea a).
w.. . se&.I896.
-C i(lf A'commnni~a~ão~ao tribunak superior deve conter ceftid& dõ
Bntre :eoaUo de instrucçã~e o àespachó d e @jiciqão~o-iiaíqo auto de prehens5o .e do despacho de i n d i c i e . - Man. Proc. h-
-& -.~ant;Ti-se.,aq. w
\ .
, .
PRCRX'SSO POR C O N ~ A B ~ ~ ~ T G
D OT>ESCUEVEO ' ''W - '

, .
dos diretos -e multa fôr superior a 20800Ó réis, se o ar-
guido, estando preso, não depositar ou não eaudonar. o
naeneão no ofâcio que.acoiíipanhar os presos; no caso con- mcimo da multa e.respectivos direitos, seri enviado dentro
trar;io,,a,irítimação sera feita por ordem do juiz de direito, de 48-horas ao juiz de direito, a fim de ser guardado em
denQo de 24 horas desdè que assim lhe. fôr soIicitado, custodia a16 julgamento final, ou por oito dias nos càsos-
para o que se lhe enviara certidão do competente despaeho de descaminho de quaesquer artigos e ainda nos d e taba-
- art. 27.0, -$ 2.' (i). cos, tecidos, alcool ou aguardente quando a importaneia
dos direitos e da multa fôr inferior a !20&000reis, ou ate
S é o despacho de indiciaçáo não houver sido intimado
a@idos- nos termos mencionados, e se tiver,decorrid@ que effectue o deposito da multa e dos direitos, Ou preste
o pfaso.de o i t ~dias'nos termos do art. 988.' da Nov. R.$&> fiança judicial ao seu pagamento- art. 83.' combinádo-com
.Jud., mandara-o juiz de dire~topôr os arguidos em liber: o s artL 2 7 . O e 28.'
da@-$ 3 . O do art, 27." . , Em qualquer d'estes casos, porém, ainda que haja depo-
-
Se o despacho de indiciação far proferido achando-se 06 sito ou -canção, se ao delicto corresponder tambem a-pena
argiiidos resos e ainda não entregues ao poder judicial, a' de prisão, quer-me parem que nem por isso o delinquente
andorida& instructora, se ao deiicto nlo conespwider fica desonerado de dar caução ou de assignar termo de
btnbem a pena de prisão, mandari que-sejam postos em residencia para o julgamento criminal respectivo, m a se
3ibeidde logo que depositém ou caucionem -art. 8Ó.O e deduz do art. 8 1 . O
s i l o . Pelas simples tralasgressões não vejo em parte alguma
I-

Quando, pórém, ao delkto èoriesponder péna de,pr"isãÒ,


a auctoridade instructora, depositado ou caucionado o $lar
: da lei que o arguido possa ser detido provisoriamenie-em
pris-m Se; porem, depois de julgado o transgressor não
da w l t a e direitos, enviará os arguidos ao-juiz de'di9itu pagar a multa imposta, intendo que lhe é applieavel o dis- -
gerinte -Wem poderão prestar fiança ou gsignar &mo posto nos artt. 156.O a l58.', como se diz adiante acerca
de resibencia para o julgamento criminal-art. 81.' (2)., : das execuç6es.
Nos delictos de contrabando I! nos de descáminho de ta- O praso de tres .dias assignado para a contestaç30 não
bacos, teddos, alcool ou aguardenle, quando a imporQncía começa a correr~senãodepois da soltura dos arguidos, ex-
c q t o nos casos de. contrabando e nos de descaminhos de
tabacos, tecidos, alcooI OU aguardente, cujos direitòs e
multa sejam superiores a 206000 réis, porque então ,os
tres dias para a contestação começam a correr aasde o -
(i) O auditor do Trib. S u p do Cont, n s c , nas siias-instiuai%,a-
'
acto da intimação do despaeho de indiciação, como se deduz
de 19 julho 1897, recommenda a rigorosa observancia do 8 Z.Odo
ai%27.0 -do $j9"do art. 37.0, comparado com o 5.O-do art. 77.'.
"
- Vid. nota i a pag. 301. - -Do despadio de insubsistencia da apprehensão ou de ser
(2) O auditor d o Tiib. Sup do Cont. Fise., nas mas PnStmçZíes. infundada- a participação ou denuncia, cabe sempre re:.
de -19júlho 1897 - (D.G., n? 577) recommenda a observanaia do curso (1) palra o Tribunal Superior do Contencioso Fjscal,
art. 8 b P , conforme o qual os réos devem sempre ser enviado's para-.
juiso qt~ando-ao delicto eorreqonda pena de prisão, inde endenfe-e
meate de-haverem deposiia&+ou~cweionado a muka e greitos; e
chama a attenção das auctoridades instructoras para o ex$ostoha
;ir&3-0 do aban. do Proc. do Cont. Fisc., devendo advertEFse -& - :,(I) Á port. do Min. da Faz. de 16 agosto 1897 regula a fórma da -
este foi approvado na uigencia do dee. da 3U d-. 1892, sen$+muitos apresentação do recurso para o tribunal superior do contencíoso
mais-os casos em que aos delictos cabe a pena de pris. pe@gec, @câlnkstes easos -0. G., n.O 177.
n.B %\de 27 set. 1896, Vid.. nota f de p:?. 301. -
..-iJg- easos e m - que ha prisa;rr no 4 1 1 Iicto de eontrahai~~ll~estão - Á poft. do Min. da Faz. de 16 agosto 1897 manda que nospro;
cess6s fiscaes se declare. nas intirnaç6es dos despachos que juigam
marcados na art. 6.0, g$ I? e 3.0 ao deç, nO . 8, de 87 sei. lh!li. .
r

- - Os Cases em pue a prisão cabe no delicto de desoawiHho,-est% 20 VOL.I


designados ao art. 8." e n."; e Il.*e $ 5.0 do decretg eitrrdc.
PROCESSO POR CONTRIBANDD
- ,
lZ DESCAIUNHO .a7
. ~

.dsvepdo ri apprehbnsor, participante ou denunciante, de 2 4 h m s depois de intimados para o entregarem, e bem


clarar no acto da intimação do despacho, ou no praso de .assiDo quando sb foi lançado despacho de hdiciaçb' se as,
Sb horas, a contar d'esta,.perante a anctoridade instructora, partes não tiverem declarado que pretendem contestar -
que pretende recorrer e requerer que-se lhe tome termo artt. 4 0 4 5 " e 146.O, ser& o processo remettido .de officio
- artt. i 19.O a 424." (1) a sécretaria do tribunal fiscal de 1." instancia. (I)
B -Julgammto. -Sendo o processo- de simples trans-
Os apDrehensores e participantes, em vez de usar dd'este
meio, tambem podem usar domeio de contestação. , .- gressão, cabe ao auditor julgal-o singnlamente, conforme
De quaesquer outros despachos podem a s partes recor- o art. 38.O, n.' 2.O, aliifeas a) e b), e o disposto no art. 1 1 1 . O ;
rer para o Tribunal Superior do Contencioso Fiscal no e sendo o processo de de-aminho ou contrabando, per-
praso de cinco dias e nos termos do art. 128,0, mas sem teate o julgamento ao tribunal collectívo. (2)
Heito siispensivo. C -Remrsos. (3) D'estes julgamentos cabe recurso pàrâ
Os despachos de indiciação terã$ os effeitos de~julga- Ó tribunal superior do contencioso fiscal no praso de cinco
mento definitivo, uando não houver delinquente conhecido,
B
e os processos ten am começado por apprehensão, e quando
sendo conhecido o delinquente, e o processo tiver começado
gor apgrehensão, não se tiver apresentado contestação no 11) Quer-me parecer que o mesmo deve seguir-se qffand6'0 ar-
pra& legal. guido declare que deseja contestar, mas não deposite nem caucione
. ~ s ~ a ç ã-Havendo
o . dedaração de 'eontestação que pr6viamente ao termo, por isso mesmo que tal declaração @a de ne-
nhum I.IL !io.
deve fazer-se por termo, mandado tomar pela auctoridade (2) O Mb.Sup. do Cont. Fisc. decidiu em Acc. d e ~ %set.i 1895
instructora, quer por parte do apprehensor, quer pomarte
*doarguido, e tendo este depositado ou caucionado pré~ia-
mente a multa e direitos, fixados no despacho de indiia-
iptemm, e das auclondades r
-que o processo fiscal, pela qualidade dos agentes Escaes que n'eUe
preedem a sua instracçáo, dtritgi
,nhece a rigorosa observancia e formulas externas, exigi.i-o apenas
a cumprimento das formalidades suhstanciaes, que são o depoimwo
ção, podem um e outro, no praso de tres dias, juntar r& ,-dastestemunhas e, &declaração oh participante- D. G., neO446 de
de testemanhas, que não podem ser mais de seis, docu- 1896.
mentos, procuração a advogado, e uma exposição dos factos A falta de intirnaçZo do despacho de i'ndiciagão constitue tá&m
em que basearem a 'contestação- art. 3k.O e seguintes. uma niilliilade insanavel, como se deprehende do art. 34.0 do
do Proc. do Cónt. Fisc.
w.
Finda a producçáo de provas e feitas por escripto as al- -Em qualquer estado do processo podem os arguidos requerer
legações de direito pelos advogados, a quem o processo irii á liquidaçao da. multa e dos respectivos direitos em divida, tendo
com vista por cinco dias, se o requererem, ficando respon- eompetencia a auctoridãde instructora para proceder ao julgamento
saveis pela multa de 504000 a 50Q4000 rkis se o retiverem .e liquidaqão. As partes, não se aouformando com a sentença, pedem
reeorrer ara o tribunal superior do contencioso fiscal- &tt-f09..0
e $5 do .fec.-n.:2, de 27 ser i89L.
(3) Quatro sao os recursos admittidos em processo fiscal:
1.0Xeeurso contra o despacho que julgainsubsistente a apprehen-
hsnbsistentes as appreliensões, se os apprehensores querem ou 50 s 5 0 . a ~infundada a partiçipa@o ou denuncia, no prasdde 24 horas y~

recorrer, sob pena de náo ser recebido o recurso, quando interposto -arti. 119." e 12Q.0 ,.
fóra d'esse praso o de não produzir effeito algum, ainda que recebido 2." Recurso. contra a sentença final (appellaçáo) no praso de cinco
seja, podendo estes usar do recurso extraordinario quando se lhe8 dias -.a 194.0-a 127.0
-
na0 tome o termo D. G., n.* 203.
-
dias ar!. 428.0 e E..
3.e,Recnrso de alquer despacho (aggraw) no praso de'eioco
( i ) As auctosidades instructoras devemfmandar logo tomar termo
de recurso assim que os participantes ou apprehensores declarem no 4.0 Recurso extraordiario no praso de oito dias sempre que em
acta daintima 50 do respectivo despaeho que pretendem reeomer qualq que^ processo de que não caiba' ou se não tenha admittido re-
d'el1e.-Acc. 'E'rih.Süp. Çont. Fisc. de 17 margo 1897- D. G., n.' e m 0 ordinario, eu ainda na hypothese do art. 74.9 se attribu@aos
260 - ROC. 1.0I:318. agentes ou auctoridades fiseaes alguma violencia, preteri@ de for-
dias, (ou d'm mez, s e as sen€en$as on- déspachos f6rem agente do Ministerio Publico-deve requerer no prócesso de
proferidos pelos tribunaes ou aucto~idadesfiscaes das ilhas exeWçã0 remettido, que r, mesmo- arguid~seja preso 'pio
adjacentes, a contar d'aquelie dia em que tiveram noticia da -tempo correspondente ao valor da multa: cakulado em
sentença ou aceordão), se a importancia dos direitos e mul- .1dOOOreis por dia, não podendo todavia a prisão exqdar
tas applicaveis fôr superior a 1004000 reis e estiverem a seis mezes -art. 458.O
pagos-ou garantidos em harmonia eom o julgado; e pagas A execução, porem, aos jnlgamentos nos deIictos -de em-
as castas e -séllos devidos, ou se a questão exceder doda a trabando e rios de descamiaho de tabacos, tecidos, ,alcool,
alçada, como uo caso de ineompeteneia ou excesso de ju- ou.aguardente, qnaudo a importancia dos direitos e da @$ta
risdieção art. 118.0, dexlendo interpbr-se por termo pe- applicavel fôr superior a 204000 reis, segue a?seguinte
-especialidade -indicada nos gj -4.O e 6 . O do art, 27.O, que
-
,

rante o -auditor- artt. 417.O, 42fi.O e 127.O; e juntar-se-


.as petições de recurso dentro de cinco dias posteriores á dizem :
assigiiatura d'esse termo; se não se tiver-protestado minutar a § 4.'' Findo o julgamento sera logo enviada uma eer-
na instanoia superior -art. 13%'' tidão- do ac,cordão ou sentenr.a final ao juiz de direito res:
*--- Támbem e permittido recurso extraordinario nos cas'w
pectivo. Se a decisão f6r condemnatoria e o delinquente
do art' 129.5 0 qual deve ser interposto por uma simples ou delinquentes não satifizerem a multa e os direitos, -em
exposição dos factos arguidos dentro de oito dias, a c&tw que houverem sido eondemnados, não se Ihes conhecendo
da íntimação do julgado. bens alguns, o que o escrivão de fazenda informará, serão
-
-
D Exècuçao. -.A exeeuçáo dós aceordãos, sentenças ainda retidos em prisáo por tantos dias quantos os neces--
saríos, até seis mezes, para a expiação da pena, nos termos
&u despachos definitivos sera feita pelo escrivão de fazenda -
-@specti~o, baseado em uma certidão da decisão condemna- do art. t58.O (qw cdcula o qalw da multa ent 161000 r&.
P)M. ai@. Sendo a decisão absolutoria o juiz de direi@ r.%;
ia com a declaração de transito em julgado, e n'oute
3@ a s custas e sêllos em divida - art.-I56.O, quandoas quan-
tias-depositadas e o producto da árrematação dos objectos
pectivo, mandara logo passar ordem de soltura.
5 6." O juiz de direito a quem se referem os $7 ante-
"appF3hendios e, dos responsaveis não cheguem para inte- cedentes e os artt. 8 i . O e 82.O, e o agente dO Niuisterio
gral pagamento -art. 187." Publico a quem se refere o art. 458.0, são os da corna-
.- Se. nem ao arguido nem ao seu Eadòr 'e testem~~has-
ou districto em cuja area correr a instrucção doprocesso».
abonatorias f a r m encontrados bens alguns, o respectivo
3 e:
Processo criminal
malidades essenciaes, denegação de recurso contra a expressa de- , .
JemhçZo da-lei, ou qualquer injustiça ave ou notoria- art.
Vid. tambem o art. 428.0 dÒ Man. do g o c . do Conl. Fisc- diz o_ârt. 159.O - aiu'ltimà'do o processo e julgameato
^ - A certidão.da instrucção do aggiiavo de que tratamos no n.0.3.~
#esta notadeve conter pelo menqs - autuação, o despacho aggra-
fiscalnos termos d'este decreto, se ao delicto corresponder
v@o e o termo da sua intimaçgo, o requerimento em que se requer tanrbem.pena de prisão, sera o processo rernettido aó com-
o temo de aggravo, o-despacho que o martdou tomar, e o temo de pefente juizo crimin?il, para ahi ser julgado u r& nos ter-.
aggravo, eonio ensina o Ma. do Proc. do Cont. Fise. no arI;iMP -, mos d e direito^ . (4J _
- O praso para a inkrposição dos reiursos ou suaapresentação;
quando provenientes de sentenças ou despachos proferidos pelos I&
bnnaes e auetoridades fiscaes das ilhas adjacentes, é sempre de um -
niez; e o tribunal sup-ior pM,e conhecer de quaesquer recursos, (1) Vid. arti 279: a B8l.o do Cod. Pdn., 6 artt. 3: e n.-,~6:, @
posto que interpostos ou apresentados fóra dos prasos ~I-F.&S,q u ~ h 3.O e 3.q e ti."e 5 5 . 0 do dec. nP 2 de 27 set. 1894.
sr: allegue;ou justifique legitimo impedimento-art. 12":' e uniy. 0 s militares perdem o fòro nos delicm d e contrabando e desca-
O mesmo se observara quando do processo se re- exeepto' em Lisboa e Porto, ou quando o goveillo tenha
- x.-. Q 1." passado para elles estas attribniçáes nos demais julgados, (e)
velar a existeneia de qualquer crime cornmum, mja perse- 1
gniçáo incambe" ás justiças ordinarias.
5 2." No primeiro caso o processo fiseal servirá de v p- o
de delicto, e no segundo de participação do crime. caso t6m de ser cordorme o processo de policia correccional
3.O Do processo ficara sempre trasladon. snrnmario do art. ho, 4P, do dec. n o4 de 49 março 1890 e art. 16.0
do dec. n.O 1 de 15 set. 1893. A a q a o tutelar da collectividade dii-
trictal sobre as munieipaliddds converte em privativa dos munici-
pios respectivos e para cada um em especial as ordens que lhos dá,
e as disposiçties que Ihes impãe, como se infere do do46.O do art. 53..
do Cod. Adm. de 1878,do ao14.0 do art. 5õ.O do Cod. Adm. de 1886;
CAPITULO XIV e den . ~ 5.0 do art. 40.-0 bem como do n.' 6.0do fi 1.0 do art. 66.0do
Cod. $dm. de 1896, vindo por isso os regulamentos districtaes%obre
k processo de coimas- e transgressão de posturas ('I) - policia, e pwprios de posturas municipaes, a constituir em cada
municipio posturas municipaes, mas que, por convenieneia, se uni-
for@saram para todos ou alguns do mesmo districto.
-Os regulamentos administrativos são os que dima&n do odor
3 i." central, chamadogoverno, ou dos agentes d'elle; não podendo %ar-se
essa denominação aos re$lamentos d'outras entidades, ainda que
Da competenoia de ardem-administrativa, ogo que se fundem os seus tituios em ori-
gem
. populap
. ou de eleição.
-AS posturas e regülamentos policiaes dos corpos e auctoridades

-São competentes para julgarem as coimas e transgres- adminisb .ii;vas comecam a obrisar trcs dias deoois de oiil~li~~ados oor
g e s de posturas munieipaeç: meio de edttaes afdxa'dos, se outro praso não f6r desi&& nas m'
1.O Os juizes de direito nos julgados-c&eças de m a r c a ,
i...- posturas ou r&.uiamentos-art. &i.;
-
b!ni.~
1.0, do Cod. Adm. %:
(1) Quad? das comareas paracqos juizes de direito IBram iraus-
feridas as comas dos respectivos juizes de paz:

minho, fioando sujeitos aos tribunaes ordiaarios- art. 291.0 e 6.0,


8. I.- doCod. Wil. de 1896; e ficam sujeitos as penas méramente dis- I de 1%=& IX!l%-p,& deprehender-se qna pdda h&r prisW, poyqns o
ciplinares no caso de transgressães li .,-ias simples, como parece de- ãrt-o e segiiiid;- do Cod. Pen., a qne se refera alludido §, respeitam a
dunr-se do $ 1.O do art. 6.O do Cod. il,l. cit., cotejando aste com o tranagressaes policiaes quer administrativas, er municjaes. L--

'ârt. 25.0 e outros do dee. n.O 2, de %is e t 1894, e eom o art. 6.' do Se, ~orhm.iaterpretarmosa ~li-l.,siü@ r e g i d a por via d'ootras leis, e h w -
reg. disciplinar do exercito da i3 dez. 1896, quando deixem de pagar mos 6 couciusão de que aáo é Iicaa a6s agentes da auctoridada rocederem B
o valor da condemna$ão profeiída pelo tribunal fiscal. p o ~ a n t ao a r s r , e g e r a i do corpo de policia Lii)bg ap- -
provado por dee. de 18 a n
-Sobre as formalidades das buscas, varejos e apprehensões ve- aos mentes me' nreseneearem oualuuer transeressão dos remlamentos oe
ja-se ainda o Manual para o servi60 das pra as de pret da guarda
8.'
fiseal, :i~ii.i.ovadopor dec. de 23 agosto 1888, parte.
~ i ~ - i n r aGunicipa'Ps,
s bmceder~ocomÔ ibks & deierknado por esli regulamento,
r.sittando o comneteota auto, e, abstendo-se de nrender o t~anstressor,limitar-
(4) \ vj:i-se a nota escri~la
gerài a pãg. $35.
-
- a oarteB do 4 3: do cap. N daparte . --
w-$& a pergnntir-lhe o nome; morada e todas' as circurnstaniias neceasarias
para conhe*meoto da identidade de pessoa o insiroceãe do competente prooesso.
'hAS tranÉgr2.ssÕes dos regulamentos dis%ictaes, approvados,pe- $ nnico.Se o contr.irfik)r se recusar a respmdir ou nào fbr cunhecidqktle-
tos corpos administrativossuperiores, devem ser julgadas e punidas ver& s e r ~ c o n d u z i d policiai ~ proximo para ali se proceder às @ia-
o ~ ~ ~mais
petenntes averigci@esa.
em processo de coima, exeepto em flagrante delicto, (1) perque em tal D:onde se conclue qus o legislador niío involae ac!u+mente nas diipusi$ües '
respeitanies a flagrante deliáo m transgressões de policia momeipai, prevenidas
(1) Poder.4 levantar-se sobre mlr onlo uma qunstao grave, por in~olvnrma-
teria de direito iniividoal. Consiste d L em saber se seriliritoprender os trans-
DO 2.0 8
gressores em ogranfe rraaigress8o.
art.3? do dee. :n %. de 29 marco 1890. a d n a t I6.o der
,
-
ws artt. 884.0 e seguintes do Cod. Pen , não sendo m a o considerar-se especial
para LiSboa aquelie regulamente. po e nào ha motivo para que se n8o estendb
ao reiqe todo garantia tso
do rsg* at-
cz-:.ln + Si da.1818.
iird a p p n ~ t , i ~ l m i - p fdo -
:a%,:IIII, esta doutrina concotda o art. 89.0
.?arO. unieo do dee. de 29 j@Bo i886, e'&t. 3s- 1.9'13.2.~d o dee. n.O I, de 45 set. 1892, eornbii$&os
eom o n.O 4." e g 4.O do art: 9." 'da lei de ,46 abril 1874::
2." O juiz de instrucção criminal em Lisboa que tamMni
tem eompèteneia para julgar as transgressões dos regula:
Abrautes - dec. de 2 março 1893. mentos, ou editaes, munieipaes e administrativos-artr
Alcobaça - dee. de 28 a3ril 4895. 51." da lei de 3 abril 1896 que approvou a reforma dos
AldBa Gallega - dec. de 5 setembro 1893. âerv~ÕF7poiieiaesde Lisboa.
Alemquer -dec. da 27 desmbro 1893. -
q

-
& m a d a dec. de 92 dezembro 1893.
Anadia- dec. de 3 novembro 1898.
3.O OS juizes de paz nos seus respeetiqos julgados,
salvo quando taes attribuiçóes tenham sido commettidas
Angra do Heroismo -dec. de 22 maio 1895 pelo governo aos juizes.de direito (1) -art. 2.", n.O 2." e $
,Arrayolos - dec de i&seti~ii:l~rode 1893.
.Aveir0 - dec. de 20 jniho ih!1:!.
-&vi2 -&C. de 40 agosto IõYl.
Benavente-decc. de 13 setembro 1898 e de 13 agosto 1896.
Caldas da Rainha-decc. de 18 jiiiho 1895 e de 17 fevereiro 1894. - Pedro du Sui (S.) - dec. de 27 agosto 1896.
Camioha-dee. de 3 abril 1896. Ponta Ddgada-dec. de 22 dezembro 1896.
--
Cantanhede dec. de i 5 novembro 1894.
Carlaxo dec. de 25 maio 1893.
*Cascaes -dec. de 27 Jdho 1893.
-Portalegre -dec. de 23 novembro 1893.
-
Porto dec. de 21 novembro 1894, que asson para o juiz ùe ri-
reito do 1: districto criminal as transgressles cornmettidas no COR-
- Castello de Paiva -dec. de 27 fevereiro i 895. celho de Gondomar.
Ceia- dec. de 13 setembro 4896. -
Povoa de Lanhoso dec. de '23 novembro 1893.
Celorko da Beira - dec. de 18 julho 1895. Praia da Vietoria -dec. de 26 outubro 1897.
*&zimbra- dec. de 27 di-!..inhro !893. Redondo - dec. de 14 setembro 1893.
Cintra- dee. de 6 abril lu!)::. Reguengos de Yonsaráz - dec. de 13 aBril 1893:
-Coimbra- dec. de 3 nov. 1894. Santarem - dec. de 13 julho 1893.
-
bndeixa dec de 8 outubro 1892.' Serpa-dec. de 14 agosto 1895.
.€&a- dec. de 11 outubro 4893. -
Setnbal dec. de i 4 setembro 1893.
Eyora - dec. de 9 março 1894. Silves-dec. de 11 outubro 1893.
Ektremoz- dek de 9 ii~.~i.i~ode 1894. Soure - dee. de 6 junho 1895.
.Feira- dac. de 25 nov i b ~ $ . Tavira--dec. da 19 julho 1894.
Fei'reira do A1emtejo;decc. de 14 marçe 1893 e de 10 agosto TondeUP- dec. de i6 setembro 1895.
1893. - Torres Novas - dec. de 6 julho 1896.
Torres V e b -dee. de 9 março 1893.
~

Fronteira-dec. de 47 julho 4893.


- -%Gavião- dec. de 23 novembro 1893. - 'l'li! i.so (S.) i dec. de 5 dezembro 4894.
, Opllegã- dece. de 3 e 23 abril 4h!lli e de 28 fevereiro 1896. $ \ . A n a do Aieintejo-dec. de 10 agosto 1893.
Graciosa (S.ta Cruz) rdecc. de Ib janeiro e de 11 outubro 1893. Tii'anna do i~:ideilo-dee. da 4 maio 1893.
- - .+Grandola- dac. de 20 abril 4593. Villa Nova dl_iurem-dec. de 13 ji!lho 1893.
Ilha de S. Jorge -dec. de 28 fevereiro 4894. .Vfila .Real - dec. de i 3 agosto ibYti.
Leiria - dec. de 23 abnl 1896.
Lisboa-lei de 3 abrc 1896, art. 31.0
-
T i l l : ~Vigosa dec. de 4 outubro i89L.
,Tueu.- @e. de 6 junho 1896.
Louaã-de& de 27 agosto 1896. ' Vowlla - dec. de 9 fes-ereiro i897. (1
W a - dee. de 20 julho 1893. , (i) &-O dec. com for@ de lei 3 nov. (C;:! passou para os juizeswe
5!:ireo de Canavezes - dec.' de 4 julho 1$95.. peiieja correccional as causas sobre coimas, policia municipale trans- :
%iranda do Douro -dec. de 5 julho 1894.
-
Moutemór-o-Noep dec. de 16 setembro 18%
gressües de posturas das comarcas de Lisboa e Porto. devend'b guáf:
dar-se o processo~deferminadono titulo dnNnv. I L I y d . com re-
-
M.prça -dee,de 3.fevereiro 1897. . nino pãra juiz de direito ou B i b u n d w p m r , qiirodo as I*.iias .
Niza- dec. de 27 julho 1893. - .
-0lhão - dec. de 2 jnnho 1893. (1) Tòdas as comareas que levam &I I fdram extinetas por vario* aitas
P m e s de Com-dee. 93 janeiro 1896. de 18fiti, confirmados pela lei de 81 maio 1896. ,
do dcc. de 59 julho 1886 e art. 4.e e fj .to'"& 6. seguinoes -&aNovissima Reforma Stidiciaria, c o a 'exeép@c
R? 4 de- 45.de set. de 1895, comparados com- o art. 93 do reearsn, que ficara sendo o designado
- na disposição
- - 3;"
ireo 4b0 da lei de 16 de abril de 182& 60 artu-.I:;.oo-
~e-de 3 abril 1896 que pôz em vigor com algumas
~modificâçõeso dec. de 28 agosto 1893,. reformando os ser-
Viços policiaes de Lisboa, eGbeleceu-se a mesma doutrina,
'dizendo-se no art. 31." - aE da exclusiva competencia do
juiz instructor, salvo o disposto no q t . 3 S . 0 , ~ u l g a m n t o
das.trinsgressões de posturas e regulamentos, ou editaes,
municipaes e administrativos.
A ,lei de 16 abfil 1874, sustentando a fórma do processo 5 unico. Nos julgamentos a que se refere este artigo,
estabelecida no ai-L. %L0 da Nov. Ref. Jud.,-diz no ar!. seguir-se-ha o processo em vigor para as coimas, tendo
18."- asas causas sobre coimas ou transgressoes de pos-- bdos os autos fe e@ juizos.
tnras, seguir-se-ha o processo estabelecido no art. 2412 e ' A -Se a cóiliia fêr accusada por um particular, deve
este expôr verl~alrnsnteao juiz respectivo a qualidade do
damno, (I) suy estimação ou valor, e a pessoa de quem o
recebeu, aoméando duas testemunhas para prova.
impostas exc@essem a alçada, ou nos casos de fnc.t>iii!i~?kncia,?tl O juiz fa9'lançar no livro competente, numerado e rn-
exMsso de jurisdicção, devendo a$ carnaras- reme-sfuizes copla bricado por eíie -arti 2.12." da Nov. Ref. Jnd., em ,fofma
dos a c e o r d m m que estabelecessem posturas, depois de devida-
mente apyrovadas. Por este decreto foi ãuctorisado o geverno a es- de auto, p declaração du%ZtBr, e manda citai. o -r&,
Bndw as dispasiçõesrespectivas aos mnnicipios em que @mos@asse mesmo @H-Garta precatoria, se reside fóra- do julgado,
conveniente.- - para comparecer com a sua defesa no dia e .hora que lhe
.A lei de 23 julho L866 determinm que & disp~iç6esdo dee. @ designar, comtanto que não haja & intervallo mais de
3 nov. 1853 podessem ser applicadas a todas ou somente a dgiimas
das paroídiias pertencentes ao mesmo concelho. tresàem menos de dois dias, se residir n'Djulgado, pas-
.-Por dec. de 15 maio 48% fôram esendtdas a d i v m arnnicipa- : sando -o_escriyáo o competente mandado. Quando o r&
Pdartesaç dispmiç5es do dec. de 3 nov. 4853; mas por dec. de i4 de a o dC testeeiunhas no-aeto da eitaqáo, pbde depois fazèr
jnlho I86$ foi revogado.^ decreto a n t e n a com rn.l:ri.iu a Oimbra.
.Por dec de 2 dez. 1872 foi estendido B municip:iliil;;ile dos O l i v -
-o àec. de 4 nov. 4852.
Por dec. de 6 fev. 4873 estendeu-se o dee. de 3 nau. ia?, ás h-
gnezias da Concei ão e Angushas na Horta
ã -O dec. de19 julho 1886 transferin pafa 6s juizes de pae
..26de(fJDeve ter-& &i10 cuidado com esta especie de processo, que
darlogar á excépção de incompetencia de meio: porque se ama
L i o a e Porto o julgamento das mimas e transgress-i% de postuf- proprieüade 6 in~adidapor gado com intenção malefica, deve a acç&
e,regula~ntos municipaes como se v& do seu ari. 9.O e ser oriminal p o r w n o ; se não houve damno, deve a ac$% ser cri-
Veio iin,rli~o III-8..aoa. de iii..n.ai que, creando y &a1 poe USI-~BI-:III de-coisa immoel; se houve damno sem inten-
PoPtüj~!~ii-s ali\ ! i i . l e crirninw:'.-,iii,ii-lhes~oreompelenela no v&.". t5,a"%@eíiea; der; iuentâr-b acção civel com fundamento na res-
do art. 4." .preparar e julgar as causas de co!gavenç-%, eoims. e &8-.'iIidade méramente eivu; se não houve damno, nem intenção
&S@sgressãe~ da posturas e regulamentgs mnn1mpaes~.O dec. a.9 i mal(ttica, então o caso p6de ser regnlado pelas posturas munic.ili;i~!s,
i õ set. I N I L extinguindo no art. i2 os juiees.crimiws .a@- .por@%- o h g a r as prescripçòes da lei geral- uenal e or i 11. e
~ ã têm
4" iaw's, [ri-.-ou &das as attribuk$es d'estes pira os j d e s dos @&R-
ctosmu~iiuaes,a exceppão do jnlgamento das contravençiks @Um-
eaue é'- póde intentame o processo de coima, c o m consulk o
B i r 6 MI.VOI.6P,pag. 266. -
&essÕesi qk$e voltaram aos juizes d e paz pelo art. B9 Aetnalm+le .. N'&G questões a excep ão mais frequente é a de posse m e tem
.mLisboa foram transferidos os julgamentos das caimas para o JUIZ o seu meessa regdado noEod. de P ~ O Civ.,G artt. 492.0 a 49%> aãa
loart. 312, 5 2.q da leide 3 @&I?+;, q y podendo ojuiz pdo meio de caioia qtrar no seu colbeeimej@j. E,
g m 1893. pah. muito perigosa a acção de coima.
w rii$
:.& r t i e n t o , onde-:iça qne se mandem intímâr as B -Qaando a c&& ou transgressão fôr %casa&petw
?qqedhr n%se acto, comtanto que o escrivão as-;possa zdadores mpnicipaes, o auto no livro competente-será as-
intimar aptes do'julgamento, pelo menos vinte -e quatro signado gela parte amusador-a e por uma testemunhâ; se-
.hoi*as antes, dando h parte contrariá conhecimento do seu g~indo-seo. proèessb indreado. (i)
:nome, morada e mestér, visto o art. .I:SYI.", $ 3.', com-
biaado com o art. 1:J36.O da Kov. Ref. Jud.; e art. 43.4,
n.q 7.O, da lei de 18 julho 1M5, cujas disposifles são 6 1
'.teiramente applicaveis a estas causas com as modific.ações
éxigídas pela indole do processo, por isso que as ~oimas nm mez de prisão e 208000 reis-de mulra-art. 466: do Cod. Péa;
.@o de natureza criminal. par isso se estabelecerem penas differentes ou mais graves, não pa-
Ho dia designado para -o julgamento as n a r t e s ' ~ - m l dem ser applicadas pelos juizes, que sómente devem ter em canta a-
. .
penatidade legal - Cod. Adm. Amot. de 1865, pag. 50.
'terão-perante o juiz respectivo, que farA ler o auto, e 0%- Da disposição supra exceptua-se a carna1.a murriclpal de LourençQ
-@a o r60 qm a sua defesa, podendo inquirir ate tres tes- Marques que peia lei de Zi maio 1896 foi anctorieada a estabelecer
temunhas a cada facto por cada parte, a i o s depoimentos nas suas -Doauras
- a ~ è n de
a multa até 1008000 r6is Dor cada trans-
serão escriptos, ser- da causa, ou a pénalidade a gfèssão.
{!J A -são pessoas legitims para ac&sar as coimas e transgms-
impôr fi3r superior i alpda do juiz respectivo, quando a sões de posturas :
tenha, e as -30 tenham renunci;f&oao recursa; e
em seguida decidirá verbalmente,' condemnanbo ou &sol-
~

'18: .
i.!O Ministerio miblim- art. 2780, n." 27.", do Cod. Adm. de
- - ~

~ w ~ ~ -do ,
Z & O ~ ~ & & S f29.O (ùd. cit;
pendo eonforme as provas. De tudo se formari auto no 0 s ofnci.~~de diligdmias das,adminisIraçtíes dos concelhos
3.O ;
lima cokpetenk, d'onde conste -quanto se haja passado, - artt. 292.0 e 2' : Odo Cod. cit.;
,não esqiieeendo o objecto da questão, o n'õmb-&pssoa - .O s mestreseguardas das eircumscripções hydraülicas lévântarão
que-pede, e a pessoa a quém se pede, defesa. e'pfovas de os respectivos áutos e os-enviafio ia cii~~~iiheim chefe darespe-6
&as as partes e decisão final do julgAmento, s&o âssi- s e c m a fim de serem remettidos tro Min. b b l . , para este aoeusar
as tr@isgressòes de posturás, devendo na partilha &s mul&s,ter
gaado pelo juiz, esrivão e duas testemunhas. . . -. inetade--wt. 2%: e 5 unicq e artt. 240.. e 24f. do' regulamento
Quando 5 d ~ p r i nt e ~ h ae a d o vestigios, poder8 o juiz, sebre ~ r v i ç o shydraulicos de 19 dez. 4899, -,
ales-da decisao, para o verificar e para -ma@ esdarap3- Ec-- O j(?cto definitivo do Cod. do Pm_Crim.. d? sr.TNavam~
mente da verdade, transportar-se com as pa~t&e as te* dePaiva r 8 8 2 diz ne ~ t . % 7 . ~ -O cmhecunenfajndim~-das*-.
ti8.en@es% togar pela remessa do respectivo auto ao magistraiío
temunhas ao logar, onde tiver sido.feito- art. 237.O, %.O, &&nistefio PaGlico OU agente encarregado de-promciver a pa-
da Nov. Ref. Júd. ai*; -
Se o rbo'allegar em sua defesa a excepção de incompe- Ar& .392.0?~s eciimas e transgressões de pqsturas e regnla-
tmcia ou -cesso de jurísdk@o, o juiz, antes de proférir : 'mestosmy@ipaes ser50 aeeusadas pela. zeladores mnnicipaes, e;u+'-
das- campestres ou pela pessoa que tiver parte na imposi~zm' da
decisão ciefinitiva sobre B objecto principal, a mandará r&_ multa.
dnzir a escripto e os depoiãienfos das.testemu$as, haven- - - ~ r ~ ' 3 9 3 . 0 - 0cma@stradodo X i t e r i o Publico w a parte q&
&as, e ajulgar5 procedente ou improcedente, smgen%ndo pr+te&er accuLwuma contravençãoi ou uma coima ou tramgress&
@ti o conb@mento -da @usa, e mandando- prop0l-a no
de post-waa-municipal, farb um requerimento ao respectivo juiz em
qae exporá. resumidamente o facto, dedarará o nome ou indiEi@-
..&&,competente no primeiro casa; e decídindG a guesotão que,gos~auiidentificaro'tontravent- ou t r + n s g r w e citwA.a &@
BW spr$undo.- ('i. .
. .
II) O ahii, -1:adór
bo concelho tinha eompetencia para gcusar aseoitW4
segt:m-i-n . ~Cod. Adm. de I a $ ; mas presenlemente, F O H ~S~B V K @ ~
u aPt. 5 ~ 1do
.. &. D, o.* z
i:, do Adm. de 1896 não tem j&essa competsucia -pg%t.
:.-- ,
< -
-

--"@=AS psluras n& podem estabelecer penas mais-gravesdo que >


L;\
mu p m olin-Ml., cumprindo-lheiu&&ente m M i a e*! os autos
gressae.
E%$
l h t a m s em crêr que é escusado o auto no livra, quando approvou a reforma dos serviços poliiaes de LisBoa, e
o administrador errvia algum ao Min. B u m s s t o o n.O 4.' art. 7.O, n.M 4 ."a S.", do d a . de Ei março 4896 que ap-
7 da lei de 3 abril i896 confrontado com. o n.O provou o regulamentoda polícia administrativa de Lisboã.~l)
27 bo a r . ziõ." do b d . Adiil. de f896, e ainda em C- Os zeladores, guardas campestres, officiaes de.&li-
v~mdo art. 40.O, n . O 4'7.*, do regulamento geral dos corpos gencias daGniinistra@e+s, no jiltgamento das coimas qa'e
'de poficia eivil de 21 dez. 4876. requererem, e de que decabirem, não podem, nem par si,
Em Lisboa basta que as pessoas encarregadas da p o l i e ~ á o
enviem ao juiz instructor o competente auto que fara fé,
podendo mesmo multar e encoimar os trangressores de
posturas, editaes e regulamenlos munieipaes e administra-
tiuos, assentar as eoimas e multas, e participar as trans- (!) Èm psboa hãas seguintesrepartiçòes polieiaes: &e segurança
@essóes ao juiz instructor, quando as mullas não hajam pabhca, cujos serviços estão entregues a um corpo de p-eia ebii,
sido pagas dentro de oito dias, a contar da autuaeb, como sob o 'commando d'um official superior do eycercilo, eoadl~vadopor +
tre$ of6ciaes de patente iiiferior a sua; de inspecção administrativa
se vê do n." 4." do art. 37.O da lei de 3 abril 1896 que sob as ordens #um inspector que àeve se: bacharel formado em di-
reito, e d'um sub-mspéetor; de kvestigaçw judiciaria $preventiva,
competindo a respeitante a judiciaria a um juiz de direito de insme-
ção criminal e a um ajudante que.deve ser, pelo me%- bacharel
em direito, e pertencendo a preventiva a0 governador eivil.
Alem d'estas ha aind a de polileia de re res8ão de emigração
penal, regulamento ou postura applicavel, concknindo por pedir que clandestina, regulada pe$eg. de 3 julho tri~t! .

.
. 8 v
seja citado para ser julgado. % -
a prova das contra\~-iip;ese coimas on trâns-
giessoes de poshi o disposto nos artt. 2:::::) e 234.'0
O numèro de testemunhas não podera exceder a tres, salvo
; -
A - 0 reg. geral da policia dt, seguran~apublicaé de 12 de
18% com as modificações da lei de 3 abril 4896;e o da sua admi-
nistra* é tambem da mesma data.
Diz o ailudido reg. da administração da policia civil': .
s e a accusação comprehender mais de um facto, por e n'esse caso 4 r L 76.O-E prohibidoa todos os empregados, praça8 e agenes
s a ã o admittidas duas testemanhas para prova de c 2 UI& de pilit.i:r receber por dgosito, ou por algum outro motive, de q~alquer
$ 3.9 Se ti~er-addicionadas ou substituídaairtgàmas te; q.uantii preveniente de coima, e multas, quer sejam pagas volnnta-,
t e q h a s sergo os seus nomes, oecupa@es e moradas in@ados ao Jiameae, qii!.i' em virtude de c0nd-h
epntqavenlor ou transgressor 48 horas antes do julgamento. g pnico. i3 permittido, por& ao?ransgressor, qne não pagar,vo-
Art. 394.;-Wribuido o requerimento, o ccmtraventor ou'&sts-. lahprjamente, depositar aimporiycia da muhaem q d w d e qualquer
gf'cssor sera citado com mtecedencia de tres dias pelo menos para lojista ou dow de'esiabelepmento, que fi e proáimo tlo logar da
Comparecer em andiencia de julgamento, entregando-lhe o oflinai:il. lransgressão, e se preste a-reeebel-a,a fim ter o destino ordenado-
ou,não o-encontrado a o seu domicdio, a uma pessoa da sua rwilia no ãrr. 74.'~ - ,
copia do reguerimente e do roi das tesJemunhas, e declarando-lhe que As %&asde pagamento voluntario são passadas pela reparli@oda
p6de examlnarxo cartorio do escrivao os documentos em que o re-
querimento se fundar.
-
policia de inspecção .adminisfrativa arL 75.0 do reg. cit. .
B - O reg. da policia de inspe@o administrativa foi-appmvado
5 4.O Na occasião da eita&o paderá o eitàdo indicar ao officih os por dec.'de Imafço t896.
nomes, occupa$ões e moradas das testemunhas que quizer produzir C - O reg. da~policiapreventiva e judiciaria foi approvado~pr
e m sua defesa, as quaes serão por este logacitacias, se residirem no dec. de 12 abril 4894, sendo a sua organlsação e competencia fixadas
amicilio do coniraventor ou trangessor, não podando exceder o nu- na lei de 3 abril 4896 aue confirmou o dee. d e 48 w-s t o 18% cara
m p fixado no 8 2 . O do art. 393." Se as n k indicar, podera apr9- algumas peque* modifica~ões.
ge@w-asno diado julgamento. No alludido reg. dete~~inou-se o seguinte no tocante aos
.--.s %i.' Q cmlraventor ou transgmssor póde-offerecerdef&apor es-
cai &L- I são appliraveis as disposiçães dos $8 2.0 e 3.0 d o ~ t383.O
.
e s por transgressão:
rArt. 3i.o-Nos processos por transgressão náio L v e r & m$)g;'
=- ~3-~'0"ofõeial &J!d'-rencias ou o conrraventor ou tmnsgressor par:ilairio além do rispectivo auto. * ?
k t r e p 4 ao magi~tr.~~l~i$o Ministerio Publico ouás pes-s íddiea- -.<;i. 22.0 - 0 s autos de transgressão s k remetidos
J:IF no,arf. 392.' uma copia do rol das testemunhas de defesa 48 h h s e immediataeiente pelo guarda, agente ou funecionario que o &.i.-.r
;~ilr:s.,& julgamentos, ?o respecthro chefe da repartiqão e por este ao juiz d e & etLi.3-
O CO~MAS
~ O ~ S SPOR 32'
. - . -

---m c m o representantes das camaras, ser condemnados as- que &em pagas Volanfáriamente, ser cobradas pelo
em costâs, gJhi.direito a metade das multas impostas por -maxirno estafielecido nas Dosturas óu -romiamentos de wr-
'sua- ditigencia, pertencendo -a ourxzuwtade as.=~-aiXas licia mnnicipak- tp%Ltt i i i i . 5 ~ k n, o 6 5 ed8 Cn$V @h,
muni~.il~aes.-art. 127." 8s 4 . O e t . O , art. .129.',.$ I.\ Adrn. de 1896.
m ? ! ~ ? . e~ art. 448.O do Cod. Adm. d e 1896. (4) .' -Em Lisboa todas as multas por transgressão de pop,
O Çod. -Adm. de 1842 no art. 2 6 4 . O , %.O, prescrevia h r a s e regulamentos municipaes, sãoarrecadadaà, mefade-
&-o producto das eoimas julgadas a requerimento do no cofre do conselho administrativo das r-epartições pli-
administrador do concelho fôsse dividido em duas pastes ciaes, e outra metade no da camara municipal - art. 7U.t
-a este, e outra p a r a 6aasr-a. do reg. adm. da policia civil de 4% abrit 4894. D'e~tzs
'
' Pelo Cod. bdm. de 1886 metade das multas pertenceás multas dois terços constituem receita do fundo daspens&$
pe mar as e outra metade a quem as recusar. pollci s, e do oLttro terço sahem as gratificações do pes-
- ..-As multas pór transgressão de posturas ou regula- S o a e a r L 15.' da lei de 3 abril 1896.
mentos policiaes constituem receita ordlnaria das carnaras, &s multas por outros regulamentos tem o destino desi-_
cabendo metade a estas e outra metade aos fiinccionados g a d o nos regulamentos respectivos. '
que-as accusarem, com èxcepçáo d o J , ~ b l . , devendo
a------

gar ao tiutuado aviso para pagar voluntariamente no praso de 8 djas,


a contar do dia em que foi lavrado o auto. .
teEstes autos só terão fé em juizo quandq quem os levantar, se o juiz de paz fbr suspeito ás partes como deverá p*
cemficar-que presenciou a transgressáo. ceder-se ?
4 . O Se o multado f6r pagar a multa n'aquelle praso, será isento
de Gustas.
-A suspeiçáo deve apresentar-se na audiencia do julga-
53.0O processo tem-inará sempre que o multado se promptifipue mento cctnforme o disposto no Cod. do Proc, Civ., art. P 9 4 . O
a pagar a multa, quando só esta pena f8r applicavd, e as custas .e sepintes; nias como os juizes de paz não têm substituto,
fiitits. pa.rece-me que os autos devem ser enviados ao juiz de-paz.
.-a e Logo que e s autos fbrem recebidos em juizo, serãaregista-
dos qo respeotivo livro.
:do julgado mais proximo, a fim de correi- ahi ogrocesss
5 Os multados serão intimados com anteoipaçáo de 48 horas
&O
da sttsgeição, visto o art. 7.O, $ 4.).da lei de I6 abril 48?&,
pelo menos para o juigamento. por ser analogo 0 caso; e, estando dois on mais a igual dip
f-6.0 Para-esta intimação serão competentes todos os guardas e tancia; deve o processo ser 'remettído. aquelle a quem a
agentes de policia. soste tiver designadò perante o juiz d e direito. E i$@ o
- $ 7i0 Os emoluxhentos serão contados pela tabella actualiente .,em'
que nos quer parecer, para resolver a difficuldade. .-
vigór nos jaizos de direito.. x
(1) As juntas de parochia tambem podem estabelecer posturas e
mulm nos casos dos n . O S 20.0, 21.0 e 22.0 do art. 176.0do Cod. Adm.
de 1816, como declara o n." $3." do mesmo artigo, devendo as su*
deliberações ser approvadas pelo governador civil, como prescreve
o art. f80P, n." 4.0, tendo direito ao próducto das mesmas multas,
segundo se determina no n." 9: do $ 1.0do arb. 188P do mesmo CO- Recursos
digo: E se acaso. tiverem guardas oampestres, ficam estes com di:
reito a-metade das multas impostas por sua diligencia, consoante A-Avariedade de legislação que ha-alguns annos tem sido
,B &ci^eto da sua nomea~ão,achando-se n'este caso a junta de paro-
-chia d a freguezia da Sobreira no concelho de Montalegre, oomo se publicada, pode trazer-nos alguns embaraços na applicação
.-.mostrado dec. de 33 oov. 1897 - D._G., n.O 269. das suas disposições, sendo certo que as miudezas respef-
21 VOL )
tali.fes acoimas, tocado de pei3to--as povos, e pt?niio%s ' Em se&ida.a--estas disposiçóes appareceu o d k a o i ,
Ím5stantemeate em juizo, deviam ser claramente explicãdãs- d e 35 set. 4893 qaeno arit. 4 . O pscrevéu- aSZ0 @mbd
para evitas confusões e perdas a t g d e garantias pública^& éampetentes os juizes, de paz para levantar os- ant@'de
A bi de- 16 abril 1874 er? peeisa' no ponto qne traia- co*o de delicto, e julgarem as- contraveqções e trms&-
,.
mos, estabelecendo ao art. i 8 . O - c Nas causas sobre coimas saes de. posturas, com recurso para o ju9z $i-dweitow. -.,b

.o@traasgr%ssWs de posturas, seguir-se-ha o procésso esta- Como era necessaria unia disposiçãó sobre esta ~ak.iti
bet-ido n0s'arI.t.- 241;'' e seguintes da Nov. Ref. Jud., sogi para Lisboa; veio a lei da 3 abril 1896 determinar ncr-
b@%ce~20 de recurso, que ficar&sendo o designado na d&- - 32.O o seguipte: - «Dos despachos-e senteriças preteridas
posição 3."do art. 15." - , nòs procés'sos, cujo julgamento 13 da mpeteneia do juiz
. Q unico. Excedendo o valor d'estas causas a alça$ qó
" de instrucção, haverb. os recursps para a Relaw. dis-
.juiz deidireito. a appellação serã i n t e r p o s t a d i r e c t u, ~.e bPic%o,'designados nas leis d o processo criminal - ~ ,

juiz ordinario para a Relação do districto,. 2 unim. Os recursos das sentenças não subiráo sem+'
-- ' A mesma lei dii na disposição 3." do art. 15."- a% :pre~iamentésa deposite- a importancia da multa julgada>,
todas as sentenças dos juizes ordinarios cabe:appellaç@ . De-todas estas disposições devidamegle cómbinad* S .
para o. juiz de direito respectivo,excepto se a$ partes pr6- deduz qae das sentenças dos juizes de direito e do @iz-
r
+
'
Yiamente..tivereq renunciado a qudquer recurso. -
8 unieo. N'este caso os depoimentos das test5mnnhas
boradòras RQ julgado não serão escriptoss.
. -

. -
-- instructor de Lisboa pode interpór-se recnrso para a &e-'
fação d a districto, não se havendo pr6viamenle raun@a$o
ao recurso, e excedendo a transgressão o valor da atç&
P@lieon-se depois o dec. de 29 julho 1886, que, èx$l -dos juizas cfe direito; -e que-das sentenças dos jujzes d e
Q;iiírtBoo s juizes ardinarios, disse no art. 8 . O - «São applt- .paz ha senrpre recurso para o juiz de direito;: seja g&+f&c
eeeís a,gdos os termos dos processo, e aos remrsos dos o valw da cawsa, quando se .tenha prescin*, de
juizes municipaes e dos juizes de paz, as disposições da recurso, kdendo as partes ainda appellar do juiz de di-~
degblação ero vigor, respeclivas aos processos~eaos re- reito para a Relação, se a transgressão exceder a alçada
c11r50s dos juizes ordinariosa. - - d'este. (i) . ,

- N o Ecou por aqui o legislador, e, publ2ando 0 dec..n,~ Bi-IaterposiqSo d a appellaçh -O recursade appel?.:
-%. de 2!ILmarço 4890, modificado pela lei de 7 agosfo do -Ia@@, em vista do:art. E 4 4 . O e $5 da Nov.. Ref. Jnd.,'qm
,átésuio amo, decretou no art. 5P-<Das senteaças pro- p;M'ecem -m-vigor, como s e , depreh&e dos açtt. 2% .:
-fei"tdas pelos juizes de direi\ não c a b appeila@o, q8ãndoo 4;" e47.Walinea f) da Tab. EmoK Jurt., appmvada por lei-.:
F.penas .applicaveis aos qimes, as contraeen$ões ou-* - de 43 maio 1896,-deve interpôr-sè, cap effeitò sasperis'j~-'
~ ~ s p e s s ó Qrebseparada
es ou cum~lativamenteaigwas 'no praso de tres dias por termo no livro sern.n~ws&d&.
@s seguintes :--4 .a Prisão até um mz;- O." Desterro
até -um mez; -3." Muita ate um mez, o u a t é ; W m réis,:
mando à. lei fixar a qilantia; - 4 .' Reprebensão>-S.*
:Censura. . - -> . I
:r (I) e m qontfario a esta opinião decidiu o aec. da Rel. do ~ortqde;
onde s ~ ~ d i-
~

$ unico. lD;i~-decisõeSdos juizes murricipàes.mbe seÍ6pmi 2? ~ u t 1893,


. z :c*AMendendóa oe aos juizes &i- .:
*

'rkcurso:para a @elacão do .districto, qaalquer que seja a paer, ereados pelo rcferida p e m t o (29jdho 4!86), não f6i &da coa>- -
.petme-ia para onhecerem das causas da competencia dos j k e s de
M a applícavel ao crime, ou a eanlrareriçãos. (A -lei d@ 7 , paz (árt. 5
.: n.-3.O do mesmo dec~etu),e em consequencia daem-
'
"$gosto 1890- supprimiu a expre+áo çm a t ~ a : ~ 1 q r @ ~ getencia #estes jujxes flmusendo o eonhecirnen:~das t r a n s ~ s 6 e s
o ~ q u esignifica que o Eegislad~rretirou aos-juises muniei- - e postmas mnnieipags, com a mesma forma de pgocesso e èorn 0s
,@esmos reciiEoOS para-osjuizes de areito, ou, excedendo a algda-
.paes a competeneia para -o'julganrento &e coimãs-e &a&- d'est%~, d h ç t u n w e para a.llekr@o. -&. dos Trib.,ao275, v$
#r@s&s de posturas munic@aes). 1%; pag: 169; - -
. . . ~ .
- ,. constituído advogado por chco dias, e,'-cobrados -os autos
de'~despaeho, devendo o :recorrente apresentar con'heci- com as respectivas allegações, deve o jnii: proferir a sua
7,ikèdode deposito da quantia julgada. decisão @é a segunda aud'iencia.
Feeito o termo, o escnvão faró dentro de Pres dias o Nas Relações o relator, depois de distribuido o feito,
tradaado dos autos, lançados no livro, e o entrega ao re- d(ve mandar dar vista ás partes por ciuco dias;~fidosos
, c o r r g ~ b -intiinando
, a parte contraria, hyehdo-a, dlessa quaes, apresenta o processo em Mni'erencia, onde e' deci-
eaWga. ( 1 ) dído por tres votos conformes-artt. 740.' a 745.O da Nov;
O appellante d e n k apresentar os autos no juizo s&e- Ref.
dor no preso de dez dias contados d'aqúelle em que o- Outra questão. -Das decisões do juiz~deàireito em ap-
%i;sslado lhe fôr entregue; e, s e , passados quinze dias sem : kllação haverA outra appellação para a Relação, qnahdo
'o vencido apresentar ao escqivão do juizo recorrido recibo o valor da causa exzeda.a sua aiçsda?
da entrega da appella~ãono juizo superior, então a sen- O art. 4." do dec. n.O 1 de 15 set. 189%sbmente-dij
'tença pode dar-se á execução. (2) recurso para os juizes de direito das decisões, dos juizes
C -Julgamento -Sobre o julgamento- da -appellaçb a e paz sobre a materia sujeita, e náo para as Relações di-
e s jùizos de direito não ha uma jurisprudencla segura, rectamente como -antes faxiao $ unico do art. 48P dtt*lei.
pwque a Iei 15 omissa; sendo que a solução .dada peko de $6 abril. 1873, quando O valor da causa excedia a alçad,a
Direita no 2.5." vol., pag. 49, indicando que deve seguir-se
.o'disposto no art. 783.O e seguintes do C&. do Proc. Civ.,
- do juíz iie direito.
.-Ora o art. 5 . O do dec. n." 2 de 29 março 1890 dá sema-.
não' creio ser acceitavel, porque, não tendo o Cod.. do Proc. , appéllação para -as Relações das sentenças dos juizes de
-cnidado d'esta materia, e sendo *a Nov. Ref. a unica lei que ,direito, quando as partes não renunciem ao recurso'..
.regalava o assumpto no art. 388.O ao quat se acha annexa o 'guando o valor da t~ansgressãoexcede a alçada.do mesmo
disposto- no art; 3 W 0 , como ensina Castro Neto na sua juiz; mas isto parece ser uo caso das seatenças sèrèm
-iiatá áquelle artigo, por isso afigura-se-me ser este- o ca- proferidas em primeira decisão; comtudo pela generalidade
miaho mais kgal. dos termos d a lei põde estender-se a todos os qasos, O
,Alem d'isto sustenta a Rev. de Leg., n.B 487.' do 100 Cod. de Proc. Civ., no a$ 787." não permiate outro re-
vaL, pag: 294, que o pro-sso de colma e criminal e não Curso das decisões dos juizes proferidas em gráo de appel-
*I, nb IIE seiido-porisso applicaveis as dispmi@ies do lação; excepto nos casos do art; 4f O. O artigo~citado,DF.
do PTOC.Civ., mas as leis anteriores. ré16,'nálo pbde colher muito: - 1.O porque as-cauSas çiveis
Em vista d'isto intendo qiie, feita a $stribuição juizo qtíe os juizes de paz podem julgar, sálo sempre de-ralor'
&.-&reito e dada vista a cada uma das partes que tenham inferior a alçada do juiz de direito;-%.O porque o C,&,.
do Proc. não p@e ser lei applicavel a especie senão em
casos em que absolutamente não haja outras leis;-3.O
mesmo porque a excepçáo consignada n'elIe ainda significã
Tt) Os autos enviados ao Min. Publ. bastam, a meu v&r;,.paraO g a e h a casos em que pode ter logar appellttçálo,~e p o r t e 0
'ulgamento que todavia deverá fazer-se no -livro eompetente W forfia-se então contrapkducente. Vid. nota a pag. 3%.
'brma.de auto, e não eiii seguimento áquelhs-art. 382." dá -Y. ;Em consequencia do exposto qner-nos parecer, pois,,qje
'-Rei. - -
.. '.(2) Teu- o proees.0 de atravessk o mar, intendo que'deve~ao '
ainda põde appellar-se dos juizes de direita para a Relaçao,
\'
luz ~ oequidade,
i estabelecer-umprasorasoavel para a suá apreseno -quando a causa, tiver um valor superior i alçada d'elles,
-ta&; no juizo supéiior, aliàs nem s e m p se.podeiiam cnrnprir-as.
disposi@es refalivas a pra.os, ficando os appeilantesyrej$ic&w, o
'ou quagdo fôr de natureza que' exceda toda a alçada, como -
que não poderia eptar na mente do legislador. Esta dmtrina?epre- m~ caso a e incompetencia ou excesso. de jurisdicção.~
hende-se dos g$ 30.0 e 24: de arr. 681.'da Nov. Ref.,,e do 5 2.P d0 Ite-vista-Das Relaçóes ainda poderá interp6Fse.o re-
pt.1;lW5.0do Çod. do Proo. Civ. ,
~ ~ S COISAS
S POR O 3s

enrso g6 revista,-a nosso v&,-.qtiando tiouver &&ietenefa - 1i.o codigo de posturas da àfenlhida de ii julho 1871, approyado
cOmo censk-do off. do Gov. Civ. n.O 303 de 4 set. 4881 da f =-rep.
-BQ@-.de jurésdacgiio, porque nenhuma lei ha qne o -- -. 14' Codigo de p-osturas de Ols'aeira d'iizémris de % set. .1W,
-probiba,,antés o art. 4.2.O do Cod. do Proc., asim como o - approvade pela commissão distrietal em.accordão u0.303-áe~2i fev.
art.-í563.O .da Nov.: Ref,- Jud., e mais que tudo o art. .7.4 de 1883.
'@a-kin.OLL*de 19 dez. 1843 claramente o permittem. 43.0 Codigg de h s t y a s do extinciqmncelho dc ~liueira'do&&4
-de 26 junho 1879, approvado pela junta geral em accordk de i-l,
a' A revista deve ser processada e jnlpada nos termos (ta aov. a 7 9 .
,lei
,'-
gerat, porque nem, a Nov. Ref. &IID lei alguma previne' IL-fa)^Codigo de posturas dé Óunr de 4 julha 1873, a p p w a d ò
a f@rna.de jufgamento das revistas em causas-d'esta orem; conselho de dissicto , em accordão nu388 d e 7 de aaosto.de
r i ~ ~ l l i -v

.e $@ri@ deve sguir-se o processo indicado acerca de re- 1s;; --


~

, (b) Posturas de 37 junho ,1874. approvadas pefó conselho"de


m m s na parte geral d'esta obra. (I) districto em accordão nO
. 229 de 8 ~!i.l;si874?;
- . c) Posturas de 5 junho 4 . k . a rovadas pela commi&.- .
districd em accordão n: 2:519 de 1 0 juf$ 4889.
45.0 Codigo de posturas do ex%inctoconcelho iie Sew-do V q u g ~ ,
(1) Quadro d'atgumas posturas-:e regulamentos municipaes' nos ;
,approvado por açcordão n."98 de 14 abri1 1874, mas não se sabe por
;diversos districtos. ~. . . . qiwm.
i6.0 Codigo de posturas de Vios de 19 agosto 4883, approvadò
:jwi@4,
-r D&tricto de Aveiro - i.. Codigo de posturas d e Agwda de- 9
approvado ?o se vê do off. do Governo Civil n.O de Zg
pela aommissão distrietal em accordão nP 3:021 de 29 set. 1883. :

:t a n t . 1864 da 4"repartição, por no praso de 60 dias o conseih0.de - -


districtonão @mar resolução alguma sobre a approvaç5o. '- .

(a) Codigo de posturas de Albergaria de i fev. t871, approvado


-'wracm~dãodo conselho de dislricto n.0.138 de 15 fev. sendo -
de i 8 dez. i889
- %O. Godi o de posturas de~danhu-h-~otw de 20 'unho 489$,
provado pefa commissáo disvictal em sccordão de djuIho 189%
+--,
3." (a)-Codigo de postnrgs de P e m m c o r de 13 abril 1867, appiv-
-
arodihdo já em alguns artigos.
- - @) Posturas d e Albergàrirr. de 3 agosto 1875, approvadas
vado pelo eonselho de di;icto em acc. de 6 jwlho 1867. - -
-
'

àceordaa do conselho de districto ao487 de 10 nov. 1875.--


- 9.' Codigo de postoras de Amd"a de 24 set. i 8 9 , approvada p i a
. eipqissão distrklal em accordão n? 2:83f de 3 nov. 1892,
districto
7 -
em f5 maio ,867- - .. _-
( b ) Re poli&al de 13 abnlf867, approvado pelo w s e l b d e

- ilp Codigo de posturas de Aroacra de21 ab@l1891aliprovado @ela Distrioto de qiera-; 1P .Regu;uiamento dísirictal sobre raça,
,eopx@são districtal em accordão 2678 dE'B1 maio !%!I!. . appi'ev&o.pala commissão districtal em sessão de 3 março 4891.
5: (ai) Coaígo de postpras de Aveiro de 23 dez. Ibciy, appro~ado' 1.0'Regulamento districtal- do as710 de-cegos e aiéija@sa appro-
gelo eon3elb de districto em acéard';o.de 17 m a r p 1870.. mt%? pela junta geral em 28 abril 18%. : ~ -

'(6) Wsturas de 30 ]unho 1887, approvadas pela commissão dis- 3." Regulamentoadminis6rativo-depolicia sanitaria de-tobadas,
trictal em accordão n.' 2:40i de 5: julho 1887.
- (c) Posturas approvaxias e m 22 nov. 4892, mas não se-sabe-
-gonde. -
. (d) ?osfuras.de 24 dez. 1892 sem approvapão. -

- 6.0 Godigo de psruras =do ex tineto concelhe de C m b a de 6 no,v.


'9%; approvads pelo conselho de districto em-ãccordào d e 3 niarço
4853.
7.O Codigo de posturas de Casbello de P a h de i~~abrii4877; ap-
provado pelo eonselho de distrieto em accordão de 26 jdho 1877.,
W0 Godigo de posturas de-E+-târr~jade 11 julho 1878, appfivabg
commissão districtat em aeeordão n.O 175 d e ? 9 m a r p 1879:
9.O W i g o de posturas da -ira de 30 maqo 4893; approvado
peh eommis.% districfal em aceordão n . 2:874.
~ ,~ +

iBC @digo de posturas do extincto~mncelhode Ilharo de38 iii.,i.


I %, approndo pela ccmminão dplrictai em acco~d50 i .ii,
&
8 agosio 188k
l E
POR- &&AS
PROCE'S~
, .

(e) Edital sobre illumina~áopublica de 13 put. 1880. - . (LE) Re lamento para o cemiterio rnkicipal d e 9 jaú. 1884,
(f) Edita1 sobre lim eza de cacalgadurns, em subsHtuiç50 do approvado pe% couimissao~districtalem aec. n . ~f3, de 28 jan. 18%.
8 mJeo dÒ ari~X3.Odu ~o!igo de pmturas, de 29 sol. 1881. - (y) Novo regulamento pala a fis~alisaçãoe cobrança dos im-
- - (g) ~ d i t aal respeito do local para ewada deobjecla de cokfrzac- postusi7adirectos rnunicipaes de 9 julho 1895, aappxovado pela sompis:
@o' de 16 fev. 1882. são districtal em acc. de 26. dez 1895.
--. (h) Editat s ~ b r ehoras de aespejo de 3 março.i882. L$) Regulamento para o zhatildouro municipal de 3 out. 1895,
(9 Edital sobre ronstrucções e recomfrucções de I ? jan. 1889.' approvado por aee. n.O 3 da con~rnissãodistrictal de 7 nov. 1895.
'(I) Ediial sobre edificações e reconstrucções de 7 junho 1890,- ($4) Regulamento muuitcipal para o abastecimento e catmfcmo
a &provado pela comrnissão districtal em 2Q julho 1890. d'agua de i 9 julho $895, approvado por acc. da commissão districtal
(k) Edital sobre terrenos no cemiterio, em substituição da deli- do'
26 jufho 1894. .
beração-de 14 nov. 1872, e em amplia ão das disposiçães da postura (2-2) Edital sobre cmtadwes d'agua de 48 set. 4895.
Be 1 junho $890,d a m o de 1 agosto 1890 e approvado peta c o m m ~.- -, 7.0 Codigo de pò6turas de Corúiídeixa de 3 dez. 1886, aPprotrado
do-bistricta1,
- em 9 set 1890. pela commissão dajubta geral do districto em aec. de 28 d a . &e
(1) Edital sobre bocms de incendio etiragem de agua da cana- 1886.
-li~qão municipal de 2 out. 1890, approvado pela com.missão distri- 8.+ (A) Codigo de postùras da Ptgueira da Foz de 47 mah 1Kl;.
'etal em 7 out. 1890. approralo pela conselho de-districto em aceordão de 6 julho 4%;.
(b) Postur- para os cam os das ii~gueziasde LUDOS-e Pai&
'
(conceiho da.Figurira da Foz) $e 14 mar o 4856 approvatps pdla
commissão districtal em aec. de 26 out. f d 6 .
- 9 . O Codigo de posturas de Goes de 14 bv. 1888, approvadopela
commissão rxecutiva em acc. de 20 fev. 1886
10.: C-digo de posturas daLouz! de 4: abril 1895, approvado p d a
(q) Editai sobrécaga de 21 abri1 1891. commrssao districtal em acc. de 27 junho 1895.
( r ) Regulanienbo municipal para o lançamento e cobrança do '11 * Posturas de Miranda do Coma ( a ) Postura geral approv-a
impoito sobre cãk 11) de 12 março 1884 appl>ovadopela commissão superiormente em acc. de 22 maio 1852.
nli3;ricfal em 26 março 1884, sendo alterado o art. 3.0 em 31 dez. ( 6 ) ?ostura sobre consttuc ão de cuigadas, approvada supè-
i N h j que foi approvado pela mesma oommissão em acc. de %3 jan. riormeute em acc de 30 junho 4883.
,i&,, e bem assim foi alterado nos artt. 43.0, 14.0, 16.0 e 16.0 em 12, (C) Postura sobre plantação d'awores e sua-deterioração nos
março 188i, oofio eonata do edital'de 1 agosto 489Q approvado ptla 'tern.1111: muniéípaes, approvarla supei-iormente em acc. de ii'nov.
.coinmtssão distrietal èni acc. n." 10, de 9 set. 1890. de i * : : ~ ~ . ,. .
- (8) Regulamento municipal provisorio para o serviço dos can- t d ) Postura sobre corte de naatto nos baldiy,.approvada su-
t o n e h s de 4 out. 1869, approvado pelo conselho ãe &strieto em I8 periormente em 5 set. i.%1. -
-1869.
{t) Regulamento municipal p a r i a s falras dos empre ados das-
~
g - Postura sobre cir~ulaçãode carros a chur deatro da viiia,'.
appiora superiomwnie em -26 junho 1863.
-
&versasrepartições depndentes da çamara de 27-fev. 489%. - r .

( f ) Postura Sobre planta@?' de saigueim na margem- do^ fio


-.

(a) Regulamento-municipal do corpo de h b e i r ~ ae


s 23pt. AEhaàa,
-
approvada pela camara em 21 março 1842.
189(12'approvadopela commis~ã?distnctal em acc; p: 13 de 28 de (g) Postura sobre mrreto de pedra para fóra do cgneelhoj
. ont. 1890. - app~ovadaem 8 nov; 1823.
-(e) Regulamento mnnicipal do serviço dos bombeiros ndS espe- (h) postura sobre a contribuic?io do servi o braçal a r 0 v a i
c&ulos publiess de 13 jan 1892, approvado pela commissãu disbig- pelo conselho de diswicto em aec.-d& 12 março 1859. ' PP
clal é m acc. nnp 4, de 14:jan. 18%. .. ( i ) Posturas sobre o talho municipal, approvada em 18 dez.
fe5,e' ouWa, approvada em 1880.
( j ) Postura sobre o real d'agua e logares do mercado'do mn
- (1) Determina-se no a&. 17 4 d'este reg que, havendo reclamaeãó, rn multás .celLq
- -
approvada-em 17 maio 1811.
(k)' Begirlanento muniçipal sobre ã venda de vinho c tQrte e-
devem ser julgadas pela camara em sessão. Ora esta disposicão pirece-me con- venda de carnes no antigo e extincto eonallio de Semide de e7 de
-'traria á lei, porque em lei alguma se d l conzpete~leiaAs eamiras,para exerceem junho 1838.
aUríbai@es judiiarias, e muito menos sendo agnellas eorpora@es immediatàmerke
iòteressadas na appliwtão das mesmas muliasi D'onbe eoneluo que só o jiire de r - - s ~mtemór-o-velhode 28 agosto
12.9 Codigo de p i s t ~ r ade
approvado pela mmmissã~districtal em acc..de 26 dez. 4880.. ,
iw;
direi10 p o d a na eonee~hode Coimbn fazer a-appliqZo das multas .e nào a ea:
mara, porque 66 a eile incumbe jtbzclgar da kustrca dos reclamaotes, n@ tead.0 por 13.0-Cdigo iideposturas de 01ivejra do Hospital de 30 &arfo 1859,
i ~ for9
o de obrigar quaesquer sentencas que a eamara pro&a. approrada pela eonselbc de- districto em acc. de 27'jupho i8o9. --
pi!octesso POR mms, *p(i :

.
.
.
-i&.@
coa&@@ pos<u@s-da~@ajÍilkosade i b ouf. 1868, ap$rov;ql$ pto na parte relativa acaça por estar ain& em vigor aregularnento 1-
p e l w~ m & o de districto em acc. de 42 nov. 186% districtat de 26 sei. 1886. ..
1S.A Qdigo de posturàs de P m o a a de 4 março:f875, approiyado 7.? Codkc~depostu& de Torres ~ e d r a sde i 9 março i88$ appÓ--
pela commissZo districtai em ace. d e 27 maio 1%77? - vado pela commissão districtal em accordão de $3 abnl 188h; ;,
$5." Codigo de posturas de S w e de 30 set. j876, approvado pelo ,-. -
,$q@ho de districfo em acc.. de 18 jan. 1877. ,- ~i&icte de Portaletegre - 1." ( a ) cádigo de posturas de Porta-
- 17.O Codigo de postbras de Taboa de 10 mw.ço 1891, approvada I r e de i 5 março 1895, approvado pela commissão distfictal em varias :
pe1a;eomaissão disriotat em acc. 6 de 7 abrjl 1891. sessões, sendo a ultimade $5 marçqdo mesmo annÒ.
(B)Eaital sobre ~endanosmereadosde $3 agbsto 189S, a p p
~ ~ ~ i s t r ide
e tEvora-
o i." G h g o de posturas de-Montenadr-o-Novo,, vado pela coinmis@o @istrictatem 34 out. $95.
approyado pelo conselho de districto em accordão de 20 set. 1858.
- , Districto do Porto - i.° Regulamento djstrictal sobré caCa~dè2 6 2 ~
- X W z i C t o -de Paro - l." ( a ) Codigo de posturas de Lagoj Be 8
- jünho 1864, approvado pelo conselho de districto em acc. de 30 dê^
maio 1883.-Arehi~ojuridiw, vol. 30, pag; 385.
-2.: (a) C~digode posturas de Pe%a@l, a g p v a d ó pdo eons-b de
i%&.
districto em aèc. de ti juiho 1865.
' - -l u,0 -.{b) A1tera;ões e adiiições ao codigo anterior de i3 dez. B79, '
, -:fb) pegulamento municipal das matribviçoes indirectas de 20 ,arnovadas pela commissão d&lricial em 10 jan. 1880.
ag&to 1879, approvado pela eommissão districtal em 41 março 188&
.- (c) XOI!~;'~I depósiuras sobre c q a de 26 maio H97,approvado &)-Reg., papa a coorança e arrecadação do irnposto m u n i c j d
indirécto, approvado pela commissão executiva em 7 abril @Si.
," póla 'éommi%ao districtal eui acc. de i julho i897. -
3.: Codigo de posturas do Porte, approvado pelo conselho dedis:
(à) Poçt-as sobre feale e piáo de 2.jan. 1896, approvadas pela gricta em aoe. de 4 m a r p 1869. Akchico jutjdico, vot i&,pag. 8.
co&mi?+o districtai pm B fev. 1896. ,,
,-
-
-
,
-m'strioto- da Guarda- i: Codigo de posturas &e Cêa de 42 out.
Districto de Santarem - 1.q Codigo de posturas d'~b;.antes dé30, --'

&v. 18.59.
i@%,agprovado pela commissfo exacuiiva em .acc. de 5 dez. 1889. 2.o"Codieo de posturas de ~homar,'de 22 agosto #8%, a&rovdo ,j
.2.a'60á;go de posturas de Gouoêa d e BI julho i880, approvado definitivara&& pela- eamara, por nãa ter sido suspensa a p imeim
...
'.pela commiss50 executiva em acc. de 9 nov. !880. üelitieraçào, em 9~deout. t890, por força do ara. t91: da Aam.. '
-3.0Ri:g. de policia municipal da Méda de itr abril 4879, approvado- de 1886.
eam mc~~l:li.~ões.pela junta geral do districto em ace. i julho 1879.
-L* Gucfigo de posturas de Pinhel do 20 nov. 1859, approvadõpeb~
~ h u- -. ddisrriete
e em acc. de i 6 jan. 1860.
' a ~ a s t é l lL
~ i & i c t o ã é~ i a k i do o i: (a) Codigo de postÜras' de .
Ponte deZima de 18 agosto 1857, apprwado pelo conselho de dis-
' - ,
tricfo em acc. de 5 nov. 1857. . ~ ..
, -Dí&r&t~de L i s b o a , 4.O Regularnentó
-
districtai
.
de p ç a de i6- -- (6) Postura sobre diversos asaumptos de 12junhÓ 486% app&
s e t 4886. vada em i 1 set: 1862.
-
2.0 Codigó de posturas de ~ l c & d o Sal de 26 set. 1884 aepo- (e) Postura de 8jan i865 sobré cabras, approvaüa em 9 mar&.. :
.vádo pela commissão districtal em acc. de 6 out. $881. de186. - ~ ., ~

- 3.0 (a)Xodigo de posturas de Lisbrm de 30 dei;. , . i .h P ~ t u r a?e 13 abril 1866 sobre -porcos, a p p ~ v a d a&.i? - -
(b) Re&amento gerál do serviço de instfuoçào'puMi.i?a ao. maioISI;ii: -

'
- . ,
d c i p i o de Lisboa, approvado pela ~mnmiss?&executiva em a'ce. - te) Fostya de3 junho 1869 sobre diversos wswiptos, app&-
d e Zh 1886. .vi@ em-$ junho 1869.
: (c)-.Postnra de 8 março 1897 so%re-Zi'ausito de-caqagens, ta-- (f)Postura de ?8 out. 1869 sobre matadouro e açovgnes,a'pi-
-
wllw e velocipe@s pela, alameda do Campo-brande-B ' G ; ~ . O
i.* Codigo de posluras de.IVefra -e 4 ago&@4886, approvado gela-
ooinmissào dislricto em ate.-de 16 ~ u t 1886:
. - ,
53.
~
$ovada~sgi -6nqv. 1869:
($)-Postura approvada em 46 agosto 1821, e a á o p t á d ~ e @ ' ~
de set. 1871 sobre transferencia da feira deporos, e estabelecimento
js (a) e g i , de posturas dos 0lir.nisde $5 dez. 1881, appr;vado @ 6anga aos direitos rfiunicipaes, devidos porcàrniceiros e vendei*.
pela commissao districtai em acc. de 17 junho 488% -8) Postura de-6 out 1873 'sobre cães, agprovàda' em ii opt.
(6) Postura sobre a crea~ãoepnotagem dos d e 20 ont. õe, - g <8',$. .I-- .- ~

4864, appmvada pelo e-selho de districtoem acE.'de 9 março 1$65 -(zJ iiira-de 6 ]unho 1878 sobre mqaepesca, approva8;reii.
-
3 1 1 ~ :

CCotb de Leg., pagg. 77). @edita1 8 dè$%warço 1865. ., ~


$5j p h o 1x7s.
6;- Codigo de posiuras de Setubil de 5 nov.-f890, appmvado pela ,
' - li)-Postúraappròvada em30 junho 1862, e adoptada em 3 46 -
:&mmissão executiva da junta geral em aec. de 3 i m?$o W j , exce: ,- julhõ de i862 ,sobi~watribuiçães municipaes,
- . -
. ,
(k) Postura approvrtda em $9 jullio i870 sobre pão, e adoptada
-e agosta d s 1870.
(1) Postura sobre omercãdo diario appravada em 8 de margo
1878%ádoptaâa no mesmo dia.
. (m) Postura sobre estaqão de trens, qpprovada em 8 de set. de
'1891, e adoptada em i 4 sei. de 1881.
(a) Regulamento municipal sobre eobranpa de contribuições
creio que de 18%.
Distxicto de Vizen- 4.0 Codigo de posturas miinicipaes da Pw-
q@ra de 30 set. 1886, approvado pela conimissão executiva em aeo.
43-dez. 1886.
-2." Codigio de osturas de T a b o q de i5 maio 1884, approvado
peloieonselho de aistricto em aec. de 11 agosto do mesmo amo.-
CAPITULO XV

C0mrilom aos dois titilos d'esfe rolnme

Competencia

A 'doutrina aue escrevemos a Dag. 17. n." 5 da alima


B) em.opposiç& á que fiximòs aspag. 2% d i w a E), mos--
tra a difficuldade de inter~retacãono tocante ao fôro e m
&e devem responder os &nPregados no corpo diplomico, ;

pela mB redãcçáo da Carta Const.


. A constituição de 1882 no art. 1 9 1 . O so considera6 com-
peleiite o Sup. Trib-. para julgar os crimes e erros de ofnz
cio dos Hi~i&-osdipllomatzcos, -mas a Carla Const. no a r t - ,
#31..O, empregando-uma linguagem dubia, não deixa 'v&
bem se si5 os a Milaistios cdiylomaticos~devem respopder no
: Snp. TrO., se tambem todos os aempregados do cwpo di-
@onaa$icoe, pois diz :-aA este tribunal compete : -. ..
5 $O -Conhecer dos delicbs e erros de officio, que Com-
matem os-seus Jfi~zistros,os das relacáes, e os Emprega-,,
dos iiq corpo diplomaticos. D'onde a palavra umpregadosr
tan- pode designar todos os agentes diplomaticqs, como
,$O- os: Ministros- empregados no corpo diplomatico, send-
Qiie a fonte, onde esta doutrina foi bebida, isto é a consti-
tuição d e 4822~.claramení,eindica qùe só os r~zit~stros dipio-
- mueicos B que teem esse &O.
: Yoltaniio, porém,
, .
ao estudo d'esta inateria, vamos noia.
.&ént< mfrontar outrosdip6más legaes~para~fixa&osc* I Pr'o~essocrirnind pelo sr. Navarro de-PaiVa, estabeleGe~
- inais:qmscie~ia ainda estè ponto.juridico.
este a doutrma sepiitte:
1 0 D e ~ . , n .24,-de
~ 46 de maio de 1833 dispóe :,
.,., Art 3 8 . O - UDa publicação -$esta lei em dianté B'io~h& LIV: ÍrI
-verá mais fbro algum privilegiado, ale@ dos exceptuado!
n a mesma; na:conformidade do art. 440.O da Carta'consti- - .
tùciónal. Os juizes de 4." instancia no circulo judicial, e o s
)&r-#?nas suas respectivas comarcas, são competentes, TITULO I1
'estes em -4 .", e aquelles em 2." instancia, para julgarem o
.@reitoe m todas as causas, em que fôrém os reos domiei: Ba grma do proeesso cridnal eonlra os embaixadortzi, miniftrbB
liãdíss nas respectivas jurisdicções, eu as 'ditas caàsas se- ~iqipletieiarios, ministros residenles e agentes diplorni6ieos
-jàm de interesge- particular, ou publico; sem attenção 6 Bas naçóes estrangeiras
@alidade das pessoas, mas sim .a satisfação da justiça.
. .. 5 2.O -Toda a pessoa que tiver dois domicilios pode CAPITULO I
--serdemandada em qualquer d'elles. Exceptuam-se da regra
estabelecida n'este artigo.
-
..
. 3:-As causas criminaes, n- quaes o r60 deve
Dd processo preparatorio
se@r o'fbro do logar, &onde o delicto foi commetlido, ou . Art.~4iSm0
-São-applícaveis aos crimes ou delictos t S - :
ãqnelle do logar onde foi preso. neffidos pelos embaixadores, ministros plenipcitenci'rrrios,
~ É x c e p t u ~ -:s e ministros residentes e agentes ctiplomaticos das nações+$.-
, i.?-.Os estrangeiros, que teem juiz &servador $r - tangeiras as disposições dos artt. 66.O a a 2 . O com as a- -
ii%ádos;- M e õ e s seguintes.
*sirze.
- As- ~ S S O L B -
designadas na se@ 11 II .primeira
, _ Aft~420.O- Salvo 6 caso previsto no arte 3l .O o ~upre-w
Tribunal.de Justiça é competente para proceder a h o d ~ a -
-.hr$176.0 -&m do privilegio de fbro nas iaosas &i- -%to's e €eraos do -processo preparalgio nos c r i e s au
mes.: I -
' - delktss a ' q u u e r e f d o artigo antecedente.
;to-Os iembos da Fâmilia Real, ministros d'~stado, - .

Pares .e Deputados nos termos do art, 4i.O da carta a n s -


titw~otiak;
2.O-Os membros do supre& Tribunal de Jùstiça, &
% -

d& TribunaeS, e os Emprega&s n o c ò r p diplomatico- ?os


grmos -da art. da constituição; -
3..O.-Os jgães de direito, nos termos do- àrt. i!2,i.0-da
-

1.-Art5 3% O. -O Supremo -Tribuna! Be Justiça 13 eo&è-. .


èS>iistiit~ição; .. , . - tènte para, H g a r em 4 ."e uititna-íastancia,'sem -interCp--
_h.*-0s Militares, nos termos -em\quepela lei n@ per- @Q,& Jurades; os delinquentes mencionados no art. 4492 . .
. ..
d e o s.en a r o ; - - d@kÚrte obs%rvar-se'no julgamento o dispas- nos àrtc
5~o-Algumas pessoas, cujo privileg.io-f6r- -4.'' eSsencial e &3%.0~ ~: -. - ..
e intimamente ligado aos.cargos por utilidade -publica, nos- -
-
-, . -

Cpmbinaudo, pais, agora tòd& estas ~diSposiç&ky .ve- .


termòs do art. 158 do art? 145.' da constiluição; rificá-se @e to@s os legisladores tbm intengido o ,$ 2.O-.
.3.0-.fundado em tratados- em vigor). ' -. , -
L .
do $~t. 13l.O-.da-Carta Const. c~mpi.ehendendona sua ftti:
Eendo-rédigido c@ 1882 o h.ojeE0 dPpni~@obo C& . - . e não s h e u t e os, mirr&-
, @ p . f o.k . os *nrs di@mn@ic@s,
~ .
Art. 80.' do Reg. do Codi Milit. de t896, e art. 30.O
e 5 iinico da lei 3 abril 1896, e Projecto definitivo do Co-
digo de Processo Crimind do sr. flavarro de Paiva, ed. de
.í884, artt. 99.O $! 5." e tOLO, $ 3.O
B - A pag.' 33, letra Q, escrevemos que nos'corpos de
§ '.2 delicto náo podiam ínpuirir-se mais de 20 testemunhas;
Corpos de dilic-
em consequencia, porem, do estudo dos novos elementos,
intendemos dever rectificar aquella doutrina, deduzida da
'falta de clareza da lei de 4 de maio de 1896; porquanto
r&&%m%t?m. intendernosde necessida~ereetiww agog- a commissão de legislação na sessão n.O 30, de 13 d'abril
&#.do pag. 33, linhas 5.a-15, oade se 16-,uOguk de 1896, da camara dos dignos pares, declarou, a pag.
&+togo ?mearos.pitos, etc.~,maando-separa:$p 358 do Diario respectivo, pela bocca do relator do prqie-
.g;iiiiEs:--dU.juiz deprecado deve logo nomear ós p!ri't@ cto, sr. Jeronymo Rrnentel, eliminando em proposta da
m q - oexame, og quaes.ajurárnentari, pagando .@m-qf.ea art. 4.O as palavras -nem m 8s de 20 & das referidas,
em-autG a verificação da ide~tihde-do&- fraM o seguinte: .
' - 7 ~ &úlos,
s e a 'des objectos contidas nY@ks, na firesc: cSr. Presidente, a commissão entendeu que devia fazer
C ~ n i i k d publico
o e de @as tesle$uoh% PJõ$rn?
;i6;&ra'e-veri&aGáro lhos entregara. . . -
~ t e s raie-40
,
-,-
.a exxàqe, não d e v q gastar toi3as.ai
. 3
esta roposta (a dimina@ wfaida), principalmente depois
que &i publicada a lei que reguloo os servi~ospoliciaes,
lei em que se dá ao juiz de instrucção a faculdade de i&
ínater~as.aspeitas, $&do _poss3el, mas_ . . deixar -~arni!# .- - quirir as testemunhas que quizer, e não parecer bem que
~iikt-eipntra-pEcqaa - - --- ao juiz de instrucção se dessem mais faculdades que ao
..qé,i'tã -a -ana&se, dev@rãifaz& $ s e &latorio,
~ ,escri& juiz de direito.,
i % ~.assieríado ~ ~ oor-. ~ edenois da rubricadoaas
~ todos.
,4i;igi$fs aa@.nG esli6er a assigdatiiia, e]em .seguida apre:
-
C Sobre a materia dos corpos de delicto eis m o
dispõe o Projecto definitivo do Co&o de Processo CTiiaind
r@mtáf-aem-juiz~~ondel.depois de rubricado--gelojüTz,.-$i: do Sr. Navarro de Paiva, jh citado, n'alguns dos seus
%@&@ii- lnbli~:e'%$fi~ão,s e laviarjl uo m e s i ae? 3% artigos: !$
e no processo o ~gqectlw,tet.aio--d'âqpeBiÍ,
.r :~!~t~~~~rd~:Íção A r t 98.O -Se as declarações e conclusões dos peritos
iiiitLg$a-se'o ~ e i a t o ,aos
~ o autos com asemendas q-en*: forem obscuras ou contradieiorias entre si ou com os factos
#iili.is--devida@enteresakadas pelas pssignguras da$!pes; averiguados; ou se as conclusões não parecerem logicamente
:ail:isi;Br$ntbnadas; deduzidas dos principias expustos, as partes poderão reqne-
rer e o jaiz ordenar que sejam convocados a uma confe-
rencia para as esclarecerem, harmonisarem ou rectifi-
se confunda o eorpo.diplm@lY@ com O
.iK%% $2
III-
carem.
ima+r ; i e : d i p & o m ~ -seghd6
i~ o de& l E R-
i $ unico. -Não podendo obter-se este resultaao, ou h a
rli F. r &k?:l.-~.,.. 1.0 (quõ_se&~iaeniem onvihd@' gSpir&ai lu< c. vendo razões fundadas para duvidar-da verdade e erractk
~ ~ d ~enuiades 13xtmMinaclus 4:'
r ! i : i i i - W : ~ i i e n ~ p ~ h c i a ~@asse;
i i t i : i m . pleiripqeneiai<ios
~ de 4." dava?. e. e i n ~ i n i ~ mr&be&..-)
q dão das mesmas declaraçóes e conclusões, poderá ser re-
.g4e-s&m3ai%de iegaç* (q-se dividem em&:. ~;.;~kasse:+%-i~i querido-pelas partes e ordenado pelo juiz um exame com
.
Wilinl~.I. At$m d'estes ha ainda um c l i n f @ k r . ; ~ ' @ g a p ~ $a. ~ peritos dinerentes, os quaes serão requisitados das comar-
.:?VI .li,.âifa,t&é.lla~do alludido decreto:,- 2- . '- .' . -"'

@w&~&&
i-

. - - %%a$a$er~igdu .emb?txadm~-nomea&~~etn cas mais .proxMas, se os não houver n'aquella em que ti-
x% t - t i i i!il:s6es2 tenlpóraw, podendo e,c.hde - 8 a - . w b . w#\;I ver de veriscar-se, sendo-lhes abonada pelo cgre do juizo
S.riii:r $0 101- á ~ a t e g ~ r i ~ i & m 6 u ~ a ã oultaoagap~&;$:&
:j&$a..
~P-P~
I-ili,,e Reg; de-%e @ de!. do msqt+-aG~o.
a imporlancia dos booorarios e a despeza e o transpgrte.
84 Yoh r
Art. 99."- O exame seri, feito em presença do juiz e
do magistrado do ministerio publico, salvo nos crimes d e pela escrivão ou por uma testemunha, pelo nienos, 'qpe a
inmntinencia, deferindo o juiz aos peritos o juramentg se- possa attestar.
gundo o rito da sua religião, para examinarem o objecto mim. -N?io sendo reconhecida a identidade do cada-
,snbmettido ao exame, e declararem com verdade e exacti- ver, deverá fazer-se uma descripção d'elie, declarado o
sexo, comprimento, cbr do rosto, cabellos, signaes physio-
@o tudo o que encontrarem digno de notar-se. Os peritos nomieos ou do corpo, vestuario que trazia, e tirar-se a ph6-
que declararem não professar religião alguma, farão as suas
declarações, debaixo de palavra de honra. tographia d'elle, sendo possivel, ordenando o juiz que e j a
I." -A parte querelante e o delinquente, se estiver exposto ao publico por 44 horas, se o estado do cadaver o
preso ou dançado, poderão assistir ao exame com as seus permittir, para ser reconhecido.
advogados, devendo este ser presente quando o juiz ou as Art. 404 .O -Nos exames feitos em cadaveres os peritos
partes o julgarem necqsario para o descobrimento da ver- procederão a requerime& das partes ou m-oplo a auto-
dade. psia cadaverica, se poder fazer-se sem perigo da saude
$%O- Tanto as partes como o juiz poderão propor aos publica, e examinarão sempre as cavidades craneana, to-
peritos os quesitos que lhes parecerem necessarios para a raxica e ,abdominal.
,verincagão do crime ou delicto, aos quaes elles deverão 5 4 . O -Estes exames serão feitos nos theatros anatomi-
responder. eos, ou, não os havendo, nos hospitaes, casas ou'locaes
5 3.O - Se os peritos carecerem de algumas informações fornecidos pelascamaras municipaes ou juntas de pa~o-
on esclarecimentos relativos ao objecto do exame, poderão chia, ou no domiciiio do defancto, se a familia o requerer.
requerer ao juiz que lhes sejam prestados. 5 2.O -Findo o exame, os peritas farão a sua declara-'
g 4." -Se o juizo d a peritos estiver dependente 'das ção, descrevendo tudo o que julgarem digno de menção,
informações ou esclarecimentos a que se refere o '5 ante- concluindo por emittirem o seu juizo acerca da causa e&-
cedente, ou se por outro motivo attendivel o exame. não ciente da morte.
podhr concluir-se no mesmo dia, poderii ficar adiado para 3 3.O -Se os peritos não podérem, pelos meios ao seu
o dia seguinte, tornando-se as precauções n e ~ s s a r i a spara :alcance, proferir uma conclusão positiva acerca da causa
evita% a alteração ou substituição do objecto sujeito ae, da morte, mas tiveram suspeitas de que-ella proveio de
exame. substancias toxicas, o magistradu do minister~opublim
' 5 8." -Se o objecto sujeito ao exame exigir m a ' des- promove~a e a parte offendida poderá requerer que se
cripção minuciosa e technica, que não possa ser desde extráiam do cadaver as visceras, substancias e liquQw
logo redigida, poderão os peritos fazer o respectivo relato- ' necessarios para serem submettidos a analyse chirnica, de-
rio, que ser6 por elles assignado erubricado, ,e que o juiz vendo ser encerrados em vasos apropriados, cintados e
mandar8 juntar ao auto de exame como parte integrante - rub@ados peio juiz, magistrado do ministerio publico e
-Quando algum d'estes objectos tenha de ser
d'elIe, depois d e o haver rubricado, bem còmo o magis-
tqado do e s t e r i o publico. geritm-
estruido ou modiicado,,deverá, sempre que seja possivel,
ser guardada m a parte d'elies ate á terminação do pro-
g 6 . O -Do exame devera lavrar-se um qnto ass?gnado Cessa com as mesmas precauç-OBS.
qrubricado pelo juiz bem como pelo ma@%rado do ministe- ,-

rio publlco, partes, peritos e escrivão, devendo tambem la- Art. 1U4f;0-Q~ando o exame versar sobre ferimentos
vrar-se este auto, quando por qualquer motivo o exame não OU offènsas corporaes, os peritos deverão declarar o nu- :
possa effectuar-se. mero e a natureza d'elles, a sua extensão e profundidade,
AFt. 100.O-Se houver de proceder-se a exame eqi aE a qualidade do instrumento com que indicam ter sido fei-
p cadaver, devera a identidade d'este ser reconheeid8 tus, o .prognostico provavel da. doença 43 os deitos quu
'd'elly podem resultar no estado physico e intellectud,
18
actual a futuro; do examinando, a duração aa tmpassiDrri- e rrtodific~ado, quawo ó diofsáo na cadeia chil de Lisboa,
dade de trabalho profissional ou de outro qualquer. pela àei 21 se$. 1897. s
$ I .O -Se os peritos intenderem que pode,haver grave ~ 3 -h pag. 65, Cnha 37, onde se. 16 :- 4 s cadei(cs ge-
inconveniente em proceder desde logo ao examie, o juiz raes mesterues são as do Lirnoeko em Ldsboa~-aecreséen-
devera adial-o para o dia que elles indicarem. te-se-lhe :- aonde ha tambm a do A1jube.s
3 2.0-Não se achando os peritos habilitados para pro- ,C-A pag. 69, linha 10, onde se 115: - « Vid. art. 12O.B
ferirem uma conclusão positiva a@ma do .pragnostico on tb Cod. Pen.r. acerescente-se :- aA guarda militar ah,
da duração da impossibilidade do trabdho; poderão reser ca&ia3 8 montada segundo as ordens do ministmio da guerra,
,'vai-a para o exame de sanidade, declarando, sempre que devendo coaseruar mtivaellas de dia e de noite nos l o g a y
seja possivel, o dia em que este deve verificar-se. que se rnòstrarem proprios para uigiiaacia e defeza (lo esta-
$ 3."- Se o offendido vier a morrer em seguida a ~ ? - &intento, d prestar o am11k que lhe f& re@a.s~badopdo
fer~mentosou offensas corporaes que mffreu, deverão os caromiro e pelos guardas, como orcha o art. 20." do Reg.
peritos declarar sempre se a morte resultou d'elles directa prolrisorio das cádeias de 16yan. 1843.~-
.e necessariamente, ou de alguma causa accidental.
Art. í03.0-Nos exames para reconhecimento da letra
,ou assignaturas que se suspeite serem falsificadas, obser- .
var-se-hão na parte applicavel as disposições dos artt. !248.',
349.",'e 260.O do Codigo de Processo Civil. Sentenças
Art. 404." - Sendo necessario proceder a exame em-al-
gum livro que não esteja findo, pertencente a alguma r e .A'doutrina de pag. l22, linhas 1 e 2, onde se lê:-
partição publica ou cai%orio, deverá verificar-se n'aquefies deve o juiz 'mdenanar no que se liquidur em extcwão da
a que pertencer. senterqar, substitua-se por : - será a indeninisacüo fiada
Art. I06.D-Sendo necessario para a qualificação do - em processo ordinario, nos temos da l q ~ l a ~ vigente,
ão canw
crime ou deticto determinar o valor da cousa que tiver sido i d c a por analogia o art. 12." da Eei 3 &ri1 1896 sobre
objecto d'elle, ou a importancia do darnno que d'elle resul- rehabálitaçüo~.
2 tou ou podia resultar, o juiz instructor.tomará declarações
-juradas ao lesado, e procedera em seguida a exame por
peritos para fazerem a devida avaliação.
Art. 106.0- Havendo duvida acerca do grau, de discer-
nimento do delinquente ou se esta affectado de doedça men- Eq!osivos empregados na pesca
tal, qu/e o prive da responsabilidade de seus actos, proce-
der-se-ha'ao respectivo exame por peritos facuitativos alie- Rectificando a doutrina de pag. 138, linhas 11 a 18,
nistas, ou, na falta d'elles, por outros competentes. onde se lê: - aNa applimçáu d'estes agentes na pesca ma-
ritima, etc, leia-se :-Fa appdica@o &estes agentes na pesca
naare'tirna, a punip3o deoe faz%-se pelas -justigs d n a r â a s
.m conformidade do sobredito regulamend~,visto o 8 unico
do arE. 288." do "Rug.geral das capitanias e policia dos por-
tos de 1 dez. 1892. - Quando as transgressões sejam prai-
c a h em rios e lagdas, sujeitas ás direqdes hydradicas, de-

c~
A -ddoutrina de pag. 59, onde se lê --uregulh
&reto de 23 &ejwnko de 1897a, deve ac&rescentar-se;
*,
-- vem, tamóem as justigas wdinarias punil-as na fórma do
art, 290." e 8 mico do Reg. 19 &z. 18922.
A pag. 185, Q &.O, linha 34, onde se lê:-Ao juiz cri-
A doutrina de pag. 139; n." 7, onde se I&:- u7.0-As minal; etc., leia-se tribunul crimind que deve pryrferir a
8ramgressóes cdo regulamao dzstrictal (de Porto, e t c . ~deve s n ã decis%o,conjunctamente com a causa principal, formam
ser retirada, e lida no capitulo XIV da parte especial do-se para isso aos jurados, quando entrarem no j e a - ,
s&re m c o 0 ~ . mento, os competen.ks quesibs previos, pof isso que O
- a r t 34.* do Cod. d a Proc.' Com. &i:- c 0 inijdeate dE
falsidade d suspende os termos da causa pelo tempo
.ínòispensavel para p g e r ser julgado conjunctamente com
.
e11a. Do !mesmo parecer 6 o sr. Eduardo Alves de. S8 na
Transgressòes da lei do se110 sgn Com. ao Cod. do Proc. Civ., pag. 336 do 3.' vol.

A pag. 139;n.O 8.O, sobre transgressões- do imposto do


sei10 segdimos o parecer de que não era preciso corpo de
delieto para o seu julgamento, bastando-o auto de trans-
Crimes de liherdade de imprensa
gressão. A Rel. do Porto, porém, em Aw. 3 maio de 4895 -~
idiu-se pela necessidade de corpo de delicto indirecto e
iLa"
irecto. sendo necessa~io-Rm: --dos Trib., pag.
43.0 anno.
- 368 do - Na nota de pag. 574 dissemos por lapso que o Sup.
Trib. Just. decidiu não ser admissivel aggravo. do despa-
Doutrina identica sustenta a Rel. de pinta Delgada em cho que manda responder um jornalrsta em policia correc- .
,&c. 48 aa. 1897, declarando-se vencido um juiz- Rev. ciohat, quando a'verdade é que sustentou a admissibilidade
citada, pai. 157 do 46.0 amo. do aggravo, mas shmènte restricto ao facto da criminalidade;
,
não se aténdendo
. ,
a Óutros casos.

g 11:
Revistas
~eformada Policia Civil de Lisboa
Não se-eonfnndam embargos de declara@ com embargos. , - , ,

de. f&o coma. Aquelles sáo s6 admissiveis nas revistas ..-."Prómette-se para breve uma nova reforma. da policia .
de causas c.rímes, e estes sómente nas revistas de causas -cidl.de tisboa, cuja publicação ainda não foi feita, sendo
civeis. -Acc. S. T. J. 18 maio 1894 -Rev. dos Ta., .possivd que altere em'grande parte a. doutrina
. que se lê
pag. 378 do t 5 . O amo. nos competentes logares.
381 ESPECIALIDADES NO RÈINO

Transgress6es de posturas

& qaádro de pag. 312 devem accreseentar-sè mais as' hdice das materias
comarcas co de WràqUe e Santa Cruz das Flores, para cujos
juizes de direito foram transferidas as attribúiçbs dos ,.
respectivos jaizes de paz no julgamento'das transgressões -
detposturas, por decretos de 23 dez. 1897.

TITULO I
Parte geral
Pag.
CAPíTüLO I- Divisão do processo, seus actos e eomprehen-
... ............... ................
- são d'estes.. .:.I.. $. ~7

- C#PFI~O 11 -~om~eiencia ....................


do juizo.. 8 .
5 iae Competeneia para a inshqão.. ..................
8 2.' Competeireia para a qderela.-.................... 44
8 3: Competeneia para a accusa@ e jukgamentu.. ...... 16
CAPZTüLO 111 -ínstrnqão.. .............................
i $ 4.9Denuncia, parü~igciç50e qneixa.. ...-.............
$ ?.* Dos eorpos de deliao.. ..........................
$ 3.' hrmaIid;ides nos depoimentos de algumas,testemu-
nhas. a.. .-.
......................................
S
..

1L* Querela..
-
A Definição e eonteitdo ...........................
- B -Legitimidade dos querelantes.. ..................
C -Formalidades das -merelas particulares para a sua
. admissão.. ..:......., -......................
D -Legitimibade dos delinquüntes ..................
~E-Ciassifiwção doe crimes para adeterminagikdo pro-
DAS &T~!RIAs , . a?
, Pag.
,P.iTüLü iV -Termos rqplwt?sde espth9~de pro- 5.0 Acto-chamadadas testemrmhas, incidentes, i& .
tnra do processo.. ................... &I
%
.

.......
;8950.........................................
3 1. Prooesso ordinario de querela.. ..:............... 3.O Act0 -.Inquirição das testemnnhas .....-.. ili
(~r)..
~ Interrogatorios ....................... 145
4P A c t -
A -Petição ae qoerela .........................
B -,Pronuncia.. .............................. 5P Acto -Debates. ............................ it6
C -?i& ,.................................. 6.0 A& - Relatorio e quesitos.. .................
7.0 AcM -Respostas aos quesitos.. ...,.......... 117'
Nota 8.O Acta -Novos debates.. .....................Y i i 8
9."Acta -Novos Quesitos. ....... ;.............. i19
A -Decreto regulrrmentar de $3 de junho de
1846.. ...........................
B -Reqaisição da força publioa. .........
10.0Ac? -
Respostas aos novos quesiws .....:....
Acto- Sentença.. .......................... 120
a

-
ii.O

C -Reqnisiçh de captura .............. 12." Acto -Ailocqão ao réo.. .................... i%


D FaiIecimento de presos:. ............. 13.0 Acta -\Alguns incidentes.. ................... :. a
E -Convenções de extradieção.. ......... 14."Acto - Acta da andiencia .................... r
F - Tratados de extradicção ............. 5 Processo m e c c i o d . . ...............:......... 1%
-
U Prisões militares.. ..................
H -Prisões de marinheiros eoffieiaes da ar-
9.O

5 3.0 Processo de policia cormcional.. ................ 3%


A - Ordinario en commm.. ..................~..
mada.. .......................... Audiencia ............................. 13% -
i -Categorias das c a & i .............. ,
Inqii"erito das testemunhas, debates e sen-
.teng ............................... i33
J -Regalamento de 16 de janeiro de i 6 3
&sobre os deveres dos Greereiros.. .. Disposições aivemas e incidentes. ........
*
K-Regullunenk, de i 2 de dezembro de B - Processo de policia correccionai smimario. 13s .
..........................;
187%.
Nota
1 t l d i e..............;................. 55 Coimas, eonfravengões e transgressões.. .. s .
Prevenção.. ...'........................... 76 .............
I -Po1icia.Cmcdonal. i36
D -Fianga.. .....;............................ 79 .
I1 -Policia OU processo correccional.. i4i
E-Pergnnw.. ................'.............. 87 - .....
IIT Fbmas diversas de processo I&
B -Amação.. .............:..... ............. 88 i TV - Coimas......................... i43
i.~.Acto-Libello r
.......................

1: ActB -Contestação',. ............... ; 94 CAPITULOV-DOSRCU~~S...........................,. -* 44L


G -Preliminares do jalgamento ................ ' 92 . 8 1.0 Disposifles geraes.. ............................ a-

B -Audieneia do juigamento. .......... ;....... 9k g 2.0 Casos geraes


.- dos diversos reenrsos.. .. .......... 2. &
i$
1.0 Acto Constituigâo &o jmy ..+ ...., *- Aggfa~os .......................... ;.i.. ..... a
..I..
appeu* .................................. 'i49 .
,Nob '
A+-Leide1dejuinede48g1. a '

8 -Decreto regulamentar de
19 de agosro t867..............
96 [e) Por lapso deixou-se passar em sahe a abertura ds ordem numerica do
-
C Lei de %Idejidho de i855 10.2 .h& e da respectiva epigraphe entre linhas $4 e 95.
DAS a m s h&%
Pag. pag.
. . Revista.. ..................................... 1N 8 3.* Perdão real ......................... ....... 188
8 3: Fbrma da interposiçk de cada recurso.. .......... 152 8 4: ............' 191
Rehabi1il;rção dos r b s mdemnados..
AggI%VOS.. .................................. B
.........; ...........
Appeliações e revistas.. a CAPTI'üLO XIII - Das nullidades.. ...........-.......... 195
......................
~

I
8 4.- Julgamenw dos recursos.. ia4
i

5 5.0 Disposi~õesespeciaes a cada espeeiede proeesso èom ,CAPITUL.O XIV -Das mstas. ........................r.. 498
.........................
respeito a recursos..
A L F'messo ordmario de quereia............
B -Proeesso correpional.. .................
C -.Processo de policia correcei&ai.. ......:.

:CAPITULO VI -Condemsaçâo sobre reíncideneias de crimes


.. acuudadas.. ....-.............................
:. .... 159
Parte e s p é c ~
~ETULO -
W Condemnagóes s o m simp1es reincidencias;
e nos crimes de vadiàgeb, mendicidade, dver A custa-de
'

' prostitaky, e imposição de trabalho correccionai obrigatorio 168 CAPITULO I-Do processo contra os Membros da Familia
' Real, Ministros $Estado, Conselheiros"d'Estado, Pares e De-
W E i J L O ViIi -Liberdade mndieio~l.. S.. ............. 165
pntados.; ............................................ wl
CAPITULO I1 -Processo contra os magistradosjudiciaes e do
-
CiWíTULO IX Excepç-m...................-........... 173
. . Yinisterio Publico.. ..................................... 247
5 1.0Sua definição e divisão.. ........................
1.0 Processo contra os mâ,@stradosque devem ser jui-
, , ' 3 2.' Excepçtíes declinarorias de incompetaicia e de litis-
psndencia.. ........'.........;.............. i74 gados no SupremoM b ~ a de l Justiça oo nas Re-
- 5 3.0 ~ o e p ç ó e sper&uptorias ou. causas extinctivas da lações ... i.. ................................
267
accusação: ?ao julgado, amnistia, preseripção, 2.O Processo contra os magistrados judieiaes e dq E- ' ,
aisterio PaMico, que devem ser julgados pelos
perdão ou desisteneia da parte, eliminação da eri-
me e morte do delinquente.. .................. 175
jtiizes de dkeito..
, .
..-...........;.............
, ,

C ~ III - D~~processoO de syndicancla contra os magis-


-&~~uLoX -Iaeidentes.. .............................. í79
'trados judicíaes.. .....................................
2%
4 1.. Impedimentos ou incompatibilidades.. ............ 180
8 i."ACiospFévi~...-................-.............
8 2:. Snspeições.. ..................-.........:......
$ 3." Rmnheeimento da Mentidade do r&. ............
i83
1%
-
. A Conselho disciplinar..
. ~-~Regu&nentodo conseihb disciplii..
I
....................
B

.......
1è6
. .....................................
g 4.. Faisidade.. i85
0 $. sweaneis.. ...&.............................
-930
CAPITULO XI -^&usas moàiflcativas das penas;. ...... .i..487 . CAPITULO IV -Do proeerso por erimes de anctoridad~
. ..................................... .=
r

admiaativas ;
>CAPITULOXiI - Causas extinctivas das penas. ............
.
$ 1.0 Cumprimento da pena,. ...
.; .................. 1%
$2.0 Elimina@ do crime n'nma lei a ~ v a . ..............-.
r
pag- 8 & !kwgre%sões de caça'.
1

...... Pag.
......:......... .~.
,

34%
C A ~ L L ON -Prooesso nos crimes commett$los por aliena-
..:.. &&I....:................
,8 7.0. !l'raoggresções'da lei de
dos. .. .........................i.....
$ 8.0-Revistas ...+. L.
-
III ~rocessopor moeda f&a.
70 ............... etie ..................................... %k3
5 ' 9,. Falsidaae
0 @.e Crjm~sde überdade ãè impr&sa. ................
- c ~ P ~ u L @ ~ V-
I IProms~
I nos crimes por liberdade de im- ...-..........;... -
5 1 i . O Refwma da policia dexisboa.. D

.prensa;. ....................................... ..:.


.. 285 .................... 3&
8 4!2.fl~ransgmssòes de posturas..

-
GAPUÚLO IX Pmcesso nos crimes por anarchismo e eon-
tra os que empregam sabsacias explosivag.. ............ v
CÃP~TULOX -Do processo nos crimes .de emigração clan-
...................................-...........e89
. destiqa
C A F ' m Xi -Do proctisso contra os refractarios. ........ 290

cAPIT[íLO Xii -Processo nos crimes de^ *mias.. .:....... 293

6;APITULO XIII-Ideia gemi do processo nos delictos de


cmQabando, desaaminho e nas transgrmsões dos-regufamen-
- tos fiseaes.. .......................................... %h
5 IP Processo no con&acioso fiscal.. .................. 898
5 2.8 P r m e s s o , m . . .............................. 301)
WITULO ZUV- Do ppoceaso de coimas e transgressão de
p t ~ a ~.............................................. 310
i.*-Ba eompetencia.. ............:..................
-8 2 . Fóma do processo ................. .'... . . .3L&
8 3.0 Incidentes.. ................................... 381
p Recursos.. .............................+......
4
.
0 B

8 L" Competeneia..
- .................................. w
'ÇAPIT~LOxv ~opunumaos dói titbos %este volume:. % .
i

g 2.0 Gwpossde~delicto....................... ...... 338


-.
3.0 C 4 e i q . . ..............i, ....................
: 350
..................................... 3Ql
gI 5P, Explosivos emgr@os pa pesqa,, . ..... ...
8 &.o Sentenps
t
..

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