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r . . - -
Pl%BSSDxCRIMINAL MODERNO
PROCESSO CRIlslINAL
TITULO I
Parte geral
-
. .-criminal'
. n'&tas -
mesmas provineias; 5." Processo cri- CAPITULO I
mina1 militar; e -6." Proeesso criminal maritimo.
Veste modo, abragendo a metrópole e colonias, unifi- Divisão do processo, seus actos e comprehensão d'estes
_ quei tanta quanto possivel toda a legislai;b n'um só plam,
e approximei, facilitando a consultay as duas ordens de Tres são as fórmas -typos geraes do processo cri&nal,
admittidas nas nossas leis :-processo ordivaafi de g w e h ,
processo. .a-
p w m correcciorual e processo ae poliíiaac~eccio~aI.
, Bsforcei-me tambem em ser practico, affistendo-me Qualquer d'estas formas consta de tres actos princigaes,:
por isso de discussões que;- se bbas para a refórma das -.&slrucção, acc-ação e julgaa-.
materias de direito no futuro, são descabidas' no .faro, A i n s t ~ ã ocoru~pkta( I ) eomprehende a qzteka primí-
ria, denuncia, ou parlictpação, o corpò de deIecro; a'qw%eàa:
onde o que se pretende saber, é sómente a lei-ou a pra- ou queíxa ful;ldamntada ou requere@nto de.To'arrncq&o,&
ctica de julgar, pouco importando que a lei seja bem ou d p a , o depcho, obrigando o presumido delinqnénte a-
mal feita. responder e a defender-se, a prisão, a paga ou cai@o e
as perguntas.
Ao publico ilhstrado peço desculpa dos erros e faltas, A áccmaçGo-comprehende o Iitello accusaforio(que nas.
que haja n'esta minha producção, elhe rogo queira corrigir -policias correceionaes e processos eorreccionaes se Con-
o p e veja de menos perfeitó, com a indulgencia que teem
sempre os fortes e os generosos, considerando-me sub-
' misso aos seus salutares avisos, que aeataí-ei corno quem (i)Na iwtmqão incompleta n% ba prisiáo, e por santo nao pa
tombem /lança nem perguntas; e em certos processos- em ba.qne-
por si pouco vale. rela, nem despacho, mas apenas um auto de noticia. .
-,
b d 0 com a q k ) e a mtqtaçtlo, que, nas policias; & ai: ou em razão da m e i a , OU em r@a d& p&l
v6rOaImente deduzida na acta da aúd@ncia $o julgamento. Q@- em razão -do meio.
9j d g a m m o coryiprehende a constgtsição do jwy, quando, - Dfisf! á imxmpebAce'a.ém raz* da ma!tePá(~,
,o haja, (41.8 i q t i r i @ o das tesmutdm, os intffl.ogafwiOs, jgiz-não tém csmpetencia para se oceupar-de kra
BS@~~&S, a fm- ds q w @ ~ quando
~, os haja, bem m o nrinal, com qu&o a tenha para outra espedg júrigka.
respostas a-estes, ,e por Em a m l e q u final, Bxandoa res- Dá-se a- i n c o m p W ' a em-razão das pesssods,
"poasapiiidade do aiwa&. a face da Iei penal coiiforme.:~ &@,tendo attribuiçiks para-materia crimin'at,
' f 9 s dados por. provados. &davia, proceder ou julgar, por terem os réos fôr
ou por a querella ou os actos do,proeesso deveremter %n
seguimento n'um o u t juizo. ~
Da:se á inmptencila do meio, quan* a fii&a do pro-
cesso adoptada não corresponde a espeeie crimind fespe-
-ctiva, ou a classe de pessoa que tem de ser jialgada, coma
Competeneia do juim (2) .'no caso .de requerer policia correccional conira. a l p
magistrado judicial, por isso que a.lei não admitbcw&t
espeeie de processo senão o ordiaario de querela..~V,id:
-A lei reeonh-ece -tres especies de incmpetencia 'no jnizo 'port: Mifi. Just. 26 setembro 1883.
Ainda p0de notar uma ciut~aespeeie de i a c o m m a ,
que, gravissima na sua esseneia, da lagar a inteira-na%-
dgde do processo,_não passando jamais em julgado qa*-
(4)- Na iudienéia dwjul amento, se'a qual for a namreza do pro- qaer decjsões proferidas, -nem produzindo estas egeitos
&so, -bem o rêo púde%edwir verkalmente a sua defeza, a qual alguns juridieos, e é ella a kcom@etencia juiz;
deve ser escripta na acta.
(4) Na certificação da -eompetpciapodem dar-se varios conqictos
.entre as auc5idades juhciaes, ou entre as judiciaes e administra-
tivas.
A- a) Os eontlictos de jurisdieção no reino entre os magistrados ii.O 8.*e 43.O n."4." da Nov. Ref. Jud, e art. 78.* aP -1
: do Redm.
judíciaes e irdminist~ivosdevem ser levantados e julgados nos ter-' Lst. das Prov. Ultr. de 20 fev. 1894.
mos dos wit, e seg. dó Reg. do Wi.Adm., approvado por C -Ao Sup. Trib. de Just. tamhem compéte conhecer e julgd@s
de&45 nov 1888, caõendo a estea sq%~isãó. Com relagao h causas confltctos de jurisdicçiio que se levantarem entre ~ s ' t r i b ~ ai$i+
ks
"erhirnaesdispõe-se todavia no aft. 88.0: -rNão~rão leaantados os a r e s do exerciu, ou da armada e os tribunaes orílinarios; s bem
cuntlietas nas causas crirninaes de policia correecional, 'salvo assim prover, nos termos da-lel geral, nos casos de seqteqças ean-
quando a senteop depender de uma questãoprejudicial, euja decisão tradictoriasproferidas pelos tribugaes militares do exercito ou'&
gwteuç2 por rei as auctoridades admin~strativy.N'ese caso os cm- amada, e pelos tribunaes orclinarios -art 32g0 BneWdo C&.-%.
ictos so podem ser levantaaos sobre a queslao pre~udieial-n de 1896.
b).No ultramar a decisão dos contiictos entre as auctoridades ,D- Ao Supremo qonaelho de justiça hilitar compete ,cont~eé~r
jndieiaes e administrativas eabe á Junta $onsulriva do Ultramar, de- dos conflictos que se ievantarem entre as diversas auetortdades ou
vendo o levantamento e julgameutoseguir os bramiJes indicados~nos tribunaes mihtares do exewito e armada; e %emassim-mandax@-
ant. 87.a e seg. do-Regimento da mesma Junta, approvado por dec. ~endera-execução das ,sentenças-coiitradictoriaspassadas em jul+
24 set 1894, em cujo art. 94.O se reproduz a mesma disposição que gado, proferidas G? aqnelles mbunaes - artt. 301.0 n* e 3000
acima se 18 no art. 58.0 do 1;n.c. do Sup. Trib. Adm. n.O fiP do èitado Eodigo.
3 - Com rellrção aos coril111.iostravada entre as auctoridadesju- - E'-No-levantamento e decisão dos conflictos entre anctoridades
Qeiaes das comarcas devemos ter em vista se estas perlencem, ou jndiciaes, quer civis, quer militaras, de~emseguir-se as presúi 6es
não, á mesma Relação. Se pertencem, cabe a esta á ~oiuçãod o çon- d a artt. 777 e seg., 1:OSO: e seg. e i:i7Z.0 do Cod. do RXX.%V.,
.flieto; mas se não pertencem, eabe ao Sup. Trib. Just. essa attribuii:i,i' na parti! applicavel, porque não ba lei eâpecial que rem]&a f6cm
-et. . 4 . O e 4i.O n." 4 . O do Coa. do Proc. Civ. e ;utt.-2u.u
39.O n do processo.
%-se ésta sspecic, quando o iodividuo que insti.a;é-pu O Coàiga de Justi@-Militar de 13 d e &aio de 1W'$k!
jdga @o tem jurisdicção alguma judjciaI, como se um re- Art , 5 0 6 . O --DQ accordãos d o Supremo Conse* de & @I-
ge& de parocbia inskair' ou julgar um qualquer f i r o ~ & ~ ~ ti@ mi,iitar unicamente- cabe recurso:. . . 2.O De .re&&
efiminal, porque, não - tendo .attribuições judiciarias, se nos casos mencionaclòs no ari. 326.' .-
árroga funcções que h e não eompetem absolutamente, p ~ i s Art; 3 S . O - Ao Supremo Tribunal de J U S ~ & ~ ;
não possue parceila se,quer de jurisdicção judiciaria para conhecer e julgar dos recirrsos de- revista intarpos@s,-pm
assim proceder. E, com eff~lto,seria refinado contra- incompetencia da jurisdicção militar, p e l o s ' - c o n d e r z í ~ ~
s@nsopretender validar actos que, na sua essega; consti- nos tribunaes-do -exercito e armada.
tuem è l e m a i t ~ sd'um crime -pmivel pelo art-. 836.O do § C0 O recurso mencionado n'este artigo só p o d d - s & r
Codigo P@-al, e como taes prolnbidos expressamente pela interposto depois que a sentença condemnât~r$ dos tr&
lei naes militares tenha passado em julgado,.
N'este casò estão os-actos dos substitutos dos juizes de - 2." O praso para a interposição do recurso é de tres dias.
'&feito; practicados fora das circumstancias de ausencia, Art..327.O-N30 é pemittido interpbr recurso d e
falta ou impedimento dos proprietarios porque a sua q'aali- em caso algum:
dade de juizes s ó existe durante ellas, sendo ,nas demgis , 1.O Aos militares ou outras pessoas pertencentes .;to
repptados simples particulares. exercito mencionadas nos arti. 292.', 293.@e 294.' #@te
O Direito, 5.' uol., pag. 270, assim o entende tambem, Godigo.. .-
dizendo que não ha sentença- alid da-quando eproferida por A cornpetencià (i) pode respeitar a tres ordeps d e a@:
pessoa-que nâo tem pela lei attribuifles de julgar, porque â m t ~ ~ á que+-ela
o, e aceu.sa@io junctamente com o ju&
a'incmpetmcia do jzck ainda mais que a eizeompetmeia do mento, porque ahi onde se faz a wmqao, ahi deve fazer-se
j?at&o igd- nullidade, pois o juizo é em certos casos pro; o j~lgavnmto,sua consequencia.
rogauel, e o juiz, não. , *
-Sobre a oceasião em que deve ser allegada a excepção
de inconipeíeneia, diz a- Novissima Reforma Judiciaria no
seu art. 843.': - aA nullidade por incompetencia. de juris-
d.icçâo, em razão de pertencer a causa a juizo especial, não Competencia para a instrncção (2)
pode ser allegadâ nem julgada @pois das,sentenças defini-
tivas 'ilas-ReIaçÕes nas causas, e&-que intervier o.Ministerio São~competentespara levantar autos de corpo de'delicm
Publico, se' as partos não oppbzerem antes a txcepçlo, ou
não proteslárem R.
A lei n.O 4 de 19 -de dezembro de 4843, referindo-se (1) Q Sup. ?rib7 Just. em acc. de 30 abril i893 decidiu:.
tambem a este ponto no art. 7.O, diz: - «De todas as sea-' 4.0 Que a competencia provém unicamente da lei,-e deve ser ex-
pressa gara que os iribuoaes não possam declarar-se competentP;sa
tenças proferidas em instancia, ou seja no foro ordina60: -seu arbitrio, nem os litigantes marquem a eompetepèia na eseala dos
ou no especial, excepto no militár, tera logar o recurso de seus interesses;
revista por incumpet~zcia,-spm attenção ao valor ,da causa, -2.0 Que a ci,mpeteAia dos tribunaes para julgamento, dos iitigoi
nem ao lapso do decendio, e n'este caso s6mente.' quando importa urna queqão de ordem publica, e 6 o ponto d e 'pártida e a
base fundamental do exereicio das suás attribuições, e nàá pode 6r-
a sentença não estiver- inteiramente executada,. mar-se em meras inducções que ,possam tirar-3 das leg. - Doi3 -.
Art. 8.O- ~Quãndoo Supremo Tribunal de Justiça julgar juizes a s s e a r a m vencidos. -D. G., da476 de 1893.
Que houve i~zempeteneia,annullara o processo e o juiga'do, - O dec. sobre consulta do Sup. Trib. Adm. de 6 dez. im ~eeklifa,:
e, mandàrd remetter a causa a quem competir o seu conhe- que a Bompetetencia vem da lei, e s6 ela lei póde ser P e s w d a ; w l .
.
Gimento e' decisáo~ anil1li:ida - D. G., n.* 37 & 1883 -\ee. na04:W.
O juizo competente para se procader Bs dllia;enckts' ' .
, . -~
* . ~.
.
~ . .
-
42 ,Os juizes de direito art. 83.0da Novissiiba Reforma @wi. 80,direito ~espectieos,a q - stf?
wní a p r e ~ t a r ê o a~
W c i a r i a e art. 5.O do decreto n." de 29 de março d% 'weaç50; Os autos d'estes empregados serás- ac-
W ,embora sejam os offendidos, porque no pFocesso. em juiw at6 prova plena em contrario, e devem ser ?avia&@
&impreparatorio não ha suspeições - Aecordãcr da Re- Qentro de tres dias ao Ministerio' Publico pebs &ca%
de Lisboa d e 25 de junho de 1891-,Gazeta da Relqçáo s@miÇoa -quem serão entregues pelos cantoneiros.-
& Usboa; 5.' anno, n." 48; Sr. Dias Ferreira, Annotações 42.9, 43.'- e 3L.O da lei n.O- 4 de.. 31. de Qezenibrs - 4é
jao art.,898.s da Nqissima Reforma Judiciaria, pag. $46; 4868.
I %O O juiz i q t r u c t o ~de Lisboa, pois- os seus autos de 9:. Os guarda-fios ajuramentados pelos juizes de -&<
'investigação t-êm essa força -art, 8." da lei de 3 de-&ri\ com.mlação a-qualquer mina nu tls.truição @ linkas &k
dé:iâ96-;:- .: , graphicas, practicadas por malevolencia, -deve@o-os, .@s
3.0 Os juizes munici aes -art. 3 . 3 S3.O do decreto ser enviados ao Ministerio Publico dentro-de tres dias &o
C?
n.O 2 ' d e 29 de março e 1890;
4.0 Os juizes de paz-art. 4.O do decreto n.O 1 de 15
chefe da ci~cmscripçáorespectiva -ai%. 80.".do .re&;tila?
m e n b approvado por decreto de L0 de dezembro &e 38%.
d e setembro de 1892; 40.O 00 agentes dos corpos de policia civil' com rapei&
5." 0s capitães de navios mercantes, constitltidos em as transgresslks das postur~ase rleguiamentos mupicipa-,
Conselho de averiguação com o contramestre e o piloto que e As contravepçaes dos regulamentos geraes, de pobia, as
servirá de escrivão-artt. kO,71.O e seguintes do Codigo quaes devem. levantar autos de noticia jurados que, so to-
de MarQha.mercank de 4 de julho de 1864; bem cmio ós cante a estes assumptos. têm fé em jiiizo, emquan,kL&ri*,
rebtores- dos tribunaes maritimos nos-delictos marítimos - . apresentar prova em contrario, e devend~o linísterio m-
a a + -75.O do dito, Codigo; blico accusar por elles -art. 40.O nO . 17." do reguiameB&
'6.O Os ágentes da policia judiciaria militar- art. 430.' - dos corpos de policia civil, approvado por decreto-de 2k
cG@binado com os a~rtt.l!+SO e seguintes do Codigo de Jus- _de dezembro de 1876. ~.
conhecimento do facto-art. 203.0 do citado Codigo de, -Sendo com~ettidoo crime no alb mar, o juiz'eornpe-
Justiça Militar, quando o facto criminoso se tenha dado em mte para tomar a querela é o d o primeiro logar-do -te&.
logar sujeito á disciflna militar -art. 54 .O 5 unico do reg. torio portuguez, em que o navio se demorar-art: m."
approvado por dec. 24 dez. 1896. da Novissima Reforma Judiciaria. Vide Codigo Penal e Dis;
ciplifiar da Marinha mercante de 4 de julho de 4864 -@t.
73." 5 unico, e 64.O
-Se o crime fôr commettido por porrrrgriez em p*.
- estrangeiro, contra a segurança interior ou- exterior do
hompetencia para a querela ,estado, de falsificação de sellos publicas, de moedasprtu-
guezas, papeis de credito publico, ou de.notas de baneo
=o--mpetentes para receber a querela: nacional, de companhias ou de estabelecimentoslegalmente
1O . Os juizes do SupreriTo Tribunal de Justiça como rela- auctorisados para a-emissão das,%wsmas nobas; não tenda
tóres, nos crimes commettidos pebs conselheiros do mesmo sido as criminosos juigadgs n'aquelfe paiz, deve a q m l a
tribunal, pelos juizés das Relações, e pelos magistrad-os do ser dada no ultimo domicilio do-réo, caso não-possa deter-.
MEnísterio Publico juncto dos dictós tribunaes, artt. g 0 . O minar-se a competencia pelo logar em que o réo for-achado:
n.*CI.", -824 .O e 822.O, 763.' e 77 1.O da Novissima Refocma ; E se irão podér determinar-se o domicilio sepá dada3 que-
%.O Os juizes das ReIaçóes e m o relatores, nos 'crímes rela perantè os juizes criminaes de Lisboá que @lgarão-por
-dos iuizes de difeito de i.% instancia' e delegados do %i- .tar-no- 5 d . O e n.@3.0 do art. 1.O da lei de 4 de julbó d e
nistefio Publico juncto d'estes- artt. 43.O, n.@'4.O, 763;O 1867, e art. 862.O da NOV. Ref. Jud.
e 77I.O da Novissima Reforma Judicjaria; --Se o crime .for cornmettido po:r psrtugueí em .paiz
3.O Os juizes de direito nos crimes practicados par-paes- estrangeiro, e o ri30 fòr encontrado no reino, e se o facto-
quer outras pessoas que não sejam militares, excepto se fôr qualificado-tambem criminoso peta lei estrangeira, deve
perderam o fôro; cbmpetindo ao da comarca mais proxima a querela ser dada no juizo de direito da comarca_lmaiis
reeeber a querela contra o juiz da outra comarca, quando proxima do logar do commettirnento @odelisto, precedendo
o erime seja commettido por este fçtra do .esercició de
funcç%s -art. 4228." :i 1." e 2.O da Novissima Reforma
Jndiciaria.
I.@ Os auditores militares nos -crime; -praitiEados poj - \ ( 8 ) O juizo competente para se proceder crim&almente contra
militares que não hajam perdido o fôro - art. 291.O e se- - ut8 delinquente B o do logar em que da declarafio 60 q~eix060,dos,
- guintes, art. 346.O § unico, e artt. 3EiSeee 359.O do Csdigo depoimentos das testemiii~llase dos vestigios se v12 que oprime
W@inettido, embora-o .:ii~iididofosse achado em oufrologas- h,
dè Justiv Militar de 1896. Rel. Lisboa de 6 nov. 48;;-Aev. Leg., .mo4% i 0 . O vd. . . -.,
requisição do- Ministerio Publico com audiencia do juiz res- &q-Justiça, e magistmdos do Ministerio Publico-jun$o d ' e s t ~
pectivo, e sob consulta affirmativa do Supremo Tribunal de tribunal;
Justiça - $ 4.O e n.O '.4 da lei de 1 de julho de 4867, e i< %.O DOS juizes das Relações e magistrados &o ~inister:o
art. 863.O da Nov. Ref. Jud. Priqlico junéto d'elias;
-Se a querela fôr dada em dois juizes diversos, prefere L '3.O Dos bispos, {I). arcebispos & patriarchas ubramari-
s p e l l s em qne primeiro se tamar d'ella conhecimento, o nos,~aindaQue sejam só titulares, com tanto que e x e ~ a h
que se regulara, não pelo auto de qaerela que hoje já n5o jurisdicção- artb 17.P $ 1.O, 20." é 2d.0 do decretqWq3
ha, mas pela data cta recepção da quereIa pelo juiz, devendo força d e lei de 27 de dezembro de 1852;
ser remettidos ao juiz preferente ~ O ~ O S ~papeis
OS e infor- 4.0 Dos governadores geraes das'provincias ultramarinq,
mações gue haja no outro juizo- art. 888.' da Nox. Bef. quando syndicados -artt. 23.8 e 13." do citado decreto 8 e
Jud., e ar$. 15.O do decreto na0 1 de 15 de setembro de 27 de dezembro de 1852;
1893, combinados. 5.O Dos empregados no corpa. diplomjitico -art; 3 51':O.
.5- ' 2 da
~ C. Const.
C - Compete ds.Relações receber a accusação, e fazer-o
julgamento dos juizes de direito de 1." ~nstanciae dós
-Competenciapara a accnsagão e jdgamehto
a accusaç30, e fazer o julgamento dos Membros dá Familia - -1.'. Dos juizes de 1." instancia e delegadoido prokuiador
Eeal, (1) pares do reino, deputados, ministros de Estado da--corda das comarcas do ultramar, quanda syndicados .-
~ c w e l h e i r o sde' Estado -art. 4.1.' da C. Const. e art., art. 24.' do decreto de 27 dé dezembro de 1852;
4:OPfi.O da Nov, Ref. Juct, ainda que militares-art. 379.O 2." Dos~juizesde 1." instancia e delegados de Cabo-Verde
d o Cod. de Just. Mililar de i896, art. 138.O do reg. d'esie e Guine, em qualqaer cxso - artt. 5.' e 6 . 3 u1.6~0,è 6:p
Cod., approvado por dec. 24 dez1 1896, comquanto seja do regim. de Justiça d e 1894;
da'privativa attribuição da eamara dos deputados decretar 4." Dos secretarios doa governos do ultramar, - qGandu
que 'tem logar a accusação contra os ministros de Estado syndicados -artt. 1.O e 2 4 . q o decreto de 23 d e dezembro
e_c3~iselheirosde Estado -art., 37:O da C. Const. de 1852; bem corno. dos governadorès subalternos ds F-
3- Compete ao-Suprem? ~rifjunalde Justiça receber a @amar, quando syndicados -artt. 1.0e 24.O d'este mesmo.
aecusação e fazer o julgamento: ,
,
decreto citado;
1i0 Dos juizes conselheiros do mesmo Supremo ~ribuial 4." Dos escrivães 'e- thesuureiios das juntas dèlfazen&-
da ultramar, quando syndicados-- artt. i.', 1%' e 24: do
. --
Citado decreto de 27 de &zembro de 1852. .,,
. .
obrigados pelas despezas extra-judiciaes feitas com a instrucção. Ei.* Os dofiamentos que s e obtenham;
$ 30 A indemnisação a que se refere u 5 antecedente, quaõa 6P A- infopnqão ou relatorio, onde se dê razáõ do proced.imenli,
paga, entrará nos cotes do estado.como receita eventual, ese façam as indicaqões attengiveis ao descobrimento da ver@&. -
Art. 34.0 metade^ das custas dos p,roc&os pertence ao estado, Os commissafios policia está0 no mesmo caso dos adminrska;
e a parte restante aos respectivos funcitionarios policiaes. h r e s doéoncetho-art. 35.0 n." 9.0 e $.o do Regulamenta d@/coipos
. .
$+-ice. Servir% de contador do juizo de instrucção 6-spectivo & policia civil de 2d de dezembro 1876.
escnvaQ: Com esta doukina estão de aeeordo os n.o"-$ 28.0 e%.' do
Ar%.36.0-A instrucção criminal e todo o serviço de policia de a-*.$78.0do Codigo Administrativo de 1896.Bs:ste.Codiqono artAZ8.*
ilivee&ga@o, com exeeppão dos julgamentos, são eonfidenciaes e ao29.O auetorisa-ss admmtsrradores a dar bnscas ppcder_a ?p-
8ecretos. -pFbhensàes e mais dujgencias necessarias para a in,ve%tiga~:~@ .,
devem participar ao'~inisteri0Publico todos os crimes de ) ~ h s t aclassificaç%odo crime, por não accusar,-bem disti!:
que tenham conheciment'o, enviando-lhe junctamente Was 'ctrwiente todos os elementos constitutívos"desipn~d~siiq
as informações e documentos que possam servir de prova, :I&,penal para serem devidamente incriminados. os'faci~s,
pondo a disposição do juiz os presos que acompanhem :,%&o o processo deve vir .a terra-por nullidade i n s a j v i ,
aquelles papeis -art, 894.O da Novissima reforma^ dudil se.@ embargo da confissão espoqagea'feita pelo deijnquwte,
ciaria, e art. 278.O n.OS 2 6 . O e 28.O do %digo Administra- C-Dois S ~ OOS 'fins da formação do corpo de defieto:
d e 1896; e bem assim as faltas ou irregularidades que constatar a existencia real'e material, d o crime, e apurar a.
d h motivo a imposição de penas da competencia dos tri- 'rèsponsabilidade do delinquente, fazendo20 conhecido; (i)
b~naes,.a fim de promwer o devido procedimentó- art. Em còtisequencia - d'isto devem os luizes- verificar vi.'
'414." do citado Codigo Admidistrativo de 4896. ,exames e declarações testemunhaes tados'os vestigios'a
Em Lisboa as parlicipações podem tambem ser dirigidas -provas raateriaes da m~temiado facto criminoso, e reColHer
ai3 juiz de instruc~ãocriminal -art. 25.O n.O %.O dalei dé todos os in,dzfios que possam demonstrar a responsabil@de,
3'de abril de 18%. de quem o commetteu. - ' - 3
Qualquer auctaridade que no exercicio de funcçÕes des- '<.- D -4ór mais escrupulos que haja, não são nunca deina-
cobrir algum crime publico, deve egualmente communical-o Gados os trabalhos que se tenham, n a investigaçb dos
ao Ministerio Publicq-excepto em Lisboa, onde as partici- pontos mencionados, porque da errada direcção .da
pações se podem tambem fazer ao juiz de instrucção; de- kytruqão @de resultar a illaqueação d'um innocenb Das
vendo o Supremo Tribunal de Justiça e as Relações fazel-as malhas apertadas $urna accusação baseada em .prevençóeS
&os respectivps agentes do Ministerio -Publica -arf. 89ã.@ e suspeitas erguidas a altura de provas, quando nãopássarn
da Novissima Reforma Judiciaria. de meras circumstancias sem ligacão inteira com o crime,
e &e q p a r m i a s enganadoras contra que deve estar sempre
prevenido o magistrado; ou eritão pbde deixar-se escapar
9 verdadeiro criminosò, que, pela sua aüdacia, presença,de
'sspirito, infiuencia, ou cynis-mo, -ou falsas lagrimas, ou
Dos corpos de adicto (i) indignação agectada, ou habikdade em fingir sentime-tos,
igteresses ou sinceridade, sabe afastar d e si a suspeita
- .é
-
A 0 Wnistwio Publico logo que receba as communi- h .culpabilidade.
cações -feridas anteriormeutep devera requerer ao juiz c,-Wa timidez, o pouco desembaraço, o d e s o n c e r t ~ ~ d e
juncto de que serve, o competente corpo de delicto, sendo re5postas ou a inhabilidade natural podem compromet.@r
cumulativa a jurisdicção dás differentes auctorida& judi- Um cidadão honrado, incapaz de practicar uma maldadei-.
-ciaes da comarca para a sua formação. faiabem certo que o sangue frioia grande practica do cri*, . -
B -O corpo de delicto é a 'base de todo o procedimentò
cfimínal, e sem elle, ou não sendo sufficiente para a regular-
:'-(i) Havendo duvida sobre a possoa do euipado, deve proee-r-s~
a5 seu reconhecimento por testemtuihas, a quem s e r a a p r e ~ e n ~ h
factos criminosos, uardando formalidades iguaes ás prescripfas para- ciom oiitros individuos, para que d'entre elles se faça a verüicaçle
as iuc$oridadesju%ciaes, e as p a e s se encontram nos artL914.0 e da identidade, lavrando-se auto. O reconhecimento far-se-ha separa-
seg. da Novissima Reforma Jndiciaria. 1I:iinente por cada testemunha. Se o delinquente contestar a sriaj~.ii-
(i) Sendo muito deficiente a Nov. Ref. Jud. ácerm d'esia materia,: il\lade perante as testemunhas, far-se-ha mencionar com-ex&~E.'~li
e mostrando-se bem desenvolvido sohre~eliao Reg. do Cod. Mil., ap- .- observaçaes e explicações que se dérem de arte a parte^-- ri&
provado por &c. de 24 dez. f896,.chammos para eiie a atten$% dos- :.: 1.. e .onico da Nm. Ref., e wit. 108: e &?do Reg. do Coa
magistrados. de 1896.
é- o estudo das formalidades do-direito e;'mais que &o, $ar sempre, mesmo de si proprio; mas qnando Se fizer I&
dominio a ~ ~ e n t u d'uma
a d ~ consciencia indifferente sobre sl plena no seú èspirito, deve camiahar direito e ferirpeom--.
mesma podem; bem por vezes, desviar a attençáo da justga ptamente se'm compaixão, ou semear,.Com mãò larga, f6dm
de sobre o verdadeiro culpado. -E sempre prudente toda os beneficias da lei.
a resrva 'dojúiz, não se deixan-do arrastar pelas faisas - E -Osmpos de ddicto podemser de facto pd&
apgarencias. O facto d'um homem estar juncto &um ca- ou de facto áançeuate, tendo o caracter de processoin,@-
daver- não e prova para ser inculpd.0, ainda que tenha tigaborio, e constituiada tambem actualmente op~.epcar&\~ia,
sangue nas mãos ou roupa, porque, em vez de ter aggre- a&maioria dos casos. I i
dido, pbde bem ter tentado soccorrer o ferido. Os primeiros são feitos por exames; os segundos por
g, pois,,preciso grande reaato em se fazer a iostru&áo
completa, devendo apljroximar, quanto p o s s i ~ e ltodos os Cod. Mil. de 1896. .,
-
testemunhas, .confissões e documentos art. 109.' do Reg.
,
factos, ainda os que pareçam mais insignifica%tes, fazendo Quem, pois, proceder a corpo de delicto direct~de&
,d'ellès menção no auto, porque-só assim pode chegar-seda
resultado hmanamenle satisfactorio, e capaz de gerar
mmiusões logicas na imposic;ão da responsabilidade final.
~erificaro facto material por meio de exames, a fim de
reconhecer a existencia real do delicto; fixar o momenta
da perpetração; observar os meios com o auxilio dos quaes
Os magistrados~não devem cançar-se-de verificarem os foi perpetrado, e os effeitos materiaes que d'elle se deriva-
factos m a t e r i a - e de apurarem as referencias; sendo que ram; e finalmente reconhecer por déscripçáo o estado do
a sua precipitação em actos d'esta ordem póde.trazer dis- lopar, não deixando de examinar a posiçáo dos moveis,.-o
sabores tardios a sua consciencia. Não devem ilunéa deixar estado d'estes, se iateiros ou quebrados,' e os signaes ou
de ter bem presentes as qualidades pessoaes dos depoentes, inipressões.relativas ao crime, e todas as mais circumstan-
as rekções'que estes tivessem com os offendidos e offen- ci-as eonstitutivas e necessarias do facto principal.
sores, as i m e n c i a s ou inove1 a que podessem obedecer, Em seguida-deve tomar dedarações verbâes.e smmar,ias
a sua lealdade e franqúeza, a sua honradez sufficientemente aos circumstantes, criados, domes-eos QU obras pes-as que
wmprovada,~osseus costumes, o s seus interesses, as suas .vei.osimilmente possam dar noticia; (1) procedér ab i&erro-
paixões, a sua timidez em se malquistarem, a sua-acRmonia, . -
malicia d'nma accusação infame. O magistrado deva d~?sco@., $*P: Nb obstante as disposições d'este artigo, pocfer+'$ris€ai
- s
gaiorio do presumido delinqùente, s e estiver preshte; ap- sultaao Serimeuto, contusão ou fractura, deverá proceder-se
prehender todas as armas e instrumentos que serviram ao a-exame de sanidade na pessoa do offendido, sendo possi-, '
crime, ou estavam destinados a elle, e'bern assim -todos os -vel, antes de ser o r60 sentenciado a finaln. -
objectos que foram deixados pelos delinquentes no logar do -5 .unico; Tenda-se faltado idita solemnidade semser por
ddicto, ou quaesquer, outros que possam servir para o impossibilidade provada no processo, devergo os juizes su- ,
descobrimento da verdade, estando n'este caso quaesquer periores <mandal-a supprir sém voltar o processo-ao-juizo
pãpeis que o presumido delinquente ou outra pessoa possa de -instancia;. e o juiz que tiver sentenciado-a final; sera
tèr em casa, e dos quaes pareça resiiltar prova do crime, candemnado na multa de 5d000 a 50#000 reis,
devendo todavia assistir á busca o delinquente. ou o pro- , A falta, porém, do exame de sanidade'náo annulla j n a -
curador d'elle, assim gomo o Ministerio Publicó e duas velmente o processo, como declarou o of:M. M. 18 de-
Ses@unhas- art. 916.0da Novissima Reforma Judiciaria;, março de 1889; sendo julgado pelo Sup. Trib. Susfiça$m
devenda-se previamente levantar' um auto especial com a .Acc. 30 de janeiro de 11380-0. G., n.O 186, que t a s
declaração de todos os motiròs e razões de suspeita que exames têm por fim habilitar os juizes de facto a groiiun:
constarem em juizo -art. 498.' da Novissima Reforma Jn- ,ciarem-a declaração do § unice do n.O f4.O do art. 13.O da
diciaria. (I) De modo que a busca'aó tem. Eogw constando' lei de-18 de julho de $855, e os juizes de direito a. us@m
do corpo de delicto a existencia de objectos n'essa casa - rasoavelmente, do arbitrio de modificarem a pena legal entre
ar't. 18." da lei de 2 8 a e novembro de 1840. o maximo e minimo. O mesmo tribunal julgou por Acc. 25
F --Os carpos de delicto nos crimes de ferimentos de- . abril de 1893- 0. G., n.' 253, que o s exames de sani-
vem ser mripletados com exames de sanidadè, dispondo a -dade tambem serviam para a classificagáo do crime, -com
@i 18 julho 1855 na art. 44.O @Noscrimes de que tiver re- 'qaanb o Acc. sobredito de 30 de janeiro de 1880 julgasse
-- - -
.- - . qae !, Min, h b l . devia querelar pelo corpo da delicto que
.se lhe apresentasse, e não pelo exame de sanidade.
; G -Nos crinies 'de furto e roubo deve fazer-se expressa
niençáo do valor do furto o u roubo, como acto e s m i d ,
siyptes declara ões as pessoás indieadas nos n.083 4.0 e 5.q e bem
O,
psndcr-s6-juramento ao roubado ou a qitaesquer pessoas
assim os iodiedos no n.; 9.0, quando forem maiores de 7 annos~.
-03 inimigas capitaes n% podem ser inquiridos tambem como p i e , possam fazer esta decIaração~- art. 909." da No:'
testemunha% e se autos constar que as testemunhas inquiridas.
1111: %ef.;mas, seiido apprehendidos os objectos roubados, sera
no oorpo de delicto sao inimigas do "hcusado, e não houver outras, zyis. cyial e prudente fazer-se a sua avaliação por peritas,
não deve o Min. Publ. promover -Rev. de Leg., nO . k77, 10: voi., .@o preceitua o art. 3hO.O 5 4.O do Cod. Militar de 18"96~
pag.'í35, fundada na Ord., liv. 3.9 tit. 56, 7 . O e liv. 5?, tit. 6, 5 2%
(I) No respectivo auto de apprehensão dever-se-ha dencionar-o - H.- O corpo de delicto de facto permaneate, quandq de-
numero e qualidade dos papeis apprehendidos, que serão rubricados ' penda de conhecimentos particulares dlalq;uma sciencia !o
pelo àeiinquenle-'ou seu procurador, ou por uma ystemunha, caso :i!p&; deve ser feito par dois peritos, (I) ha~endo-cE@de.~i-
-
aquelle n% queira fazel-o, ou a busca seja dada a sua revelia. , ?
\
objecto, a&5 se realisar a 1.111i:ida-art. 914.. da Nov. Ref., e art. 8 3 . O %-maio 4896, qlte reorganisa o serviço de saude do nlframar.
3 @co do,Reg. do Cod. Ililii. de 4896. .- ~ Q W o juiz
~ @ liver intervieo no processo coma pNt0, - 6 in-
Clamente ajurarnentados, na presença do juiz com assistencia seja cónfidencial ou resèrvado, de gue não podem entre-
do Nhisterio Publico, duas testemunhas -e escrivã@; lan- g a l a a ei-me, e, em caso de duvjda, o p r o p ã o as-esta:
çando se as decraraçóes dos peritos no repectivo auto. ções tompetentes. . .
I- Antes de concluido o corpo de delicto direefo não Art; C37.O--As mesmas repartições devem passar as
dévein os juizes consentir que se faça alteração no logat. do ee'rtidóes que Ihes forem requeridas sempre que o assurnpb
da Nov. Hef.
-
e~ime,-nos véstigios e objecto d'elle artt. 906.O e 9071O - \
a que se refiram, não seja confidencial ou reservado, e da
respectiva expedição não resulte prejuizo ao serviço público.
J -Aos corpós de delicto indirectos ou do facto trans- $ unico. Consideram-se sempre. de natureza reservada
eunte não esige a lgi que o Min: Pabl. ,assista. ou confidencial a cnrrespondencia -o~cial,*asinformaçáes
E- Os exames em papeis devem ser feitos nos originaes dos funccionarios publicas e as investrgações polieiaes.
e não em publicas-fórmas, sol, pena de nullidade insanar@f A doutrina- d'estas disposiçnes foi bebida na port. do M..
-Acc. $. T. J. 30 out. 1894-U. G., n.O 442 de 4895. R. 8 marco 4892.
L - Quando os juizes careçam de entrar em algumes- N- Nos crimes de homicidio proceder-se-ha a autopsia,.
tabelecimento- dependente de alguma auctoridade militar sempre que seja possíyel, a fim de se conhecer com toda
ou civil, devem previamente solicitar d'esta a competente a exactidão a cansa da -morte, fazendo-se as diligencias
permissão, que nunca Lhes poderá ser recusada -art. 335.O para que no auto se verifique a identidade do morto, des-
5 2.' do Cod. Just. .Mil. de 1896. -Não parèce, porkm, %revendominuciosamente oxadaver, inquirindo testemunhas
necessaria esta permissão, no caso de flagrante delicto; .que $reconheçam, mandando-se retratar, ou emprée;ando-'se
como se deduz do mesmo artigo. -qualquer outra meio mais convenientè para aquellé fim;
M- 0 Cod. Adm. de 1896 ,dispõe: -Art. 436,"- .' ,-- Nos crimes de offensas corporaes, os peritos devem-
Cumpre ás repartições administrativas facultar nos seus darar a natureza e importancia dos ferimentas ou contu-
registros e documentos que não sejam confidenciaes ou re- sões, instriimentos com~queforam feitos; prognostico da
-servados, os exames que os magis-ados judiciaes, com do,ença - e seus efleitos provaveis, indicar -desde I u p o dia
previ0 aviso do dia e,hora para elles designados, Ihes re- em que se dere proceder a novo exame, e informa-?;de
quisitarem no exercicio das suas fgncções em materia civel qqalquer occorrencia pathologica que possa interessar-ai
ou 'criminal. administração da justiça.
& unico. As competentes juctoridades e funccionarios .' Nos .crimes de roubo e outros quáesquer practiccidos
prevenirão os magistrados ju'diciaes, quando. o assumpto com fractura, arrombamento ou violencia: devem exami-
nar-se os vestisios que ficaram, procedendo-se a exame por
-
peritos nos instrumentos, vesíigios ou resultados do- crime,
compel.-iiin,para funecionar n'elle na qualidade de julgador-~cc.. B reco!henào todas as informações Acerca do modo-:-tempo
ao-§u].41ib. Just de i5 março 1898 - I). G.,n.O 72 de. 4897. e'm que o crime foi commettido.
Se no logar em que se fizer o exame, ou uma legua em redor, - - Devera solicitar-se que nos estalrelecimantos publieos
nãò houver mais que, um só perito, o esc~ivãoassim ò declarará-no e.ompetentes se proceda a quaesquer malyses scientifieas
auto, valendo o exame só com eiie; e se n'esse logar tres leguas-
em redor não houver nenhum. o juiz deve nomear os dois indtvid-s $qessai.ias ao descobrimento da verdade - artt. 340.n .e
que tiverem mais conhecimentos da sciencia ou arte,-conforme as $$$$ 343.O.do-Cod. Just. Nil. de 1896.
necessidades do aeto, dizendo o escriviio no auto o mojivo d'eçua es- - O --Nos crimes de .envenenamento deverão recolher-se,
colha - Nav. Ref. 8s 2.0 e 3.0 do art. 903.0 ern frascos devidamente tapados a lacre e eintados pel?
-Quando não houver medico na comarca, mas mais visinha, $%i% superior com a declaração da pessoa a quem reyei-
a menos de t~esleguasdo logar da morada do medico d'eeta, póde
ojuiz da primeira requisitar ao da segunda este medico -Direito, ata, &e modo que possam authenticar-se com as assigm-
9,' vol., pag. 258. bwas do juiz, Ministerio Publico, .peritos, tèstemunhas g
daente âjuramentados, na presença do juiz com a s s i s l e h si,j:r confideiieid ou reseTvado, de que não podem eatre
do NI^nisterio Publico, 'duas Éestemuuhas e escrivá& Ian- ::,r:#[o a vxsrne, e, em caso de du~ida,o proporão B esta
çando.se as declarações dos peritos RO repeciivo a!oi. $1. ;rompelentes.
I- Anjes de concluido o corpo de delicto direetõ aãa .\sr.-437."-As mesmas repartições devem passar a!
devem os juizes consentir qiie se faça aiteração no I o ~ a rda r~.i.lidõesque Ihes fomm requeridas sempre que o assninptt
%rime,-110s v~stigiosB objecto d'elle -arlt. 9M.O e 907.O .:i qui: se refiram, não seja mlidenciai oa ~eseruado,e di
da No?. Reff rl..$ativa wpadição não resulte prejuizo ao serviço publico
J -Aos corpos de delictó- indirectos ou do facto trms- -- unico. Consideram-se sempre de natureza reservad;
eatnte nãw exige a lei que 0 Mia: Pabl. assista. 'II!~ eqnfidencial a crirrespondencia .offieial, as -hforrna@ei
K- Os exames em papeis devem ser feitos nos ctriginaes iPa hccionarios puIiiieos.e as investiga@% polieiaes.
e. n%oèin publicas-fhmas, ssb pena de nallidade insanavek A dout~inad'estas disposiçües @i bebida na port. do M
-A@. 8. T. J. 30 ont. f89Ç-D. G., n.O 442 de 4895. I;:$ marco 4892.
-L -Quando os juizes careçam de entrar em algumés- '. N1-I-Nos crimes de homicidio proceder-se-ha 4 autopsia.
tabelecimato dependente de alguma auctsridade militar sibiinpreqne seja possivel, a 6m d e se conhecer com toda
ou civil, devem previamente solicitar ã'esta a competents n craactidãa a eansa da 'morte, fazendm as diligenciar
pemissão, que nunca lbes poder8 ser recusada-art. 33La ti:iin:i que M) anto se verifique a identidade do mmto, des
$- S.d do Cod. Just. -,Mil. de 1896. -Não parèee, porem, ri1:nrxdo minuciosameote o cadaver, iaquirindo teskmenhaz
nemssaria esta permissão, .no caso de flagrante delicte, i(iia@reconheçam,mandando-se retratar, on riempregando-%
como se deduz do mesmo artigo. I ~ I : ~ ~outra I W meio mais eonoeniente para aquelie Em;
H- O Cad, Adm. de 4896 dispõe: -hrd. 43tX0- ?;oscrime de offensas corporaes, os peritos devern.de.
Gwnpre as repartições administrativas facultar nos seus 14a:ap a natureza e importancfa d a ferimentos ou -conta.
registms e documentos quenão sejam eonfidenciâes on r* >;vs, íastriimentos com que foram feitos, prognast&m da
servados, os exames que os magistrados judiciaes, com ili.bibi*~a -e seus effeitos provaveis, indicar -desde h@o dia
previa aviso do dia e hora parã elles designados, lhes .r* r.in que se dere proceder a novo exame, e iof0~1n;t~:de
quisitarem no exercicio das suas ftptcções em materia cmil 11a:rkquer oceorreneia paElioIogica que possa interessar-3
tia a-mina]. iiilininistração da justiça.
5 nnico- As competentes aucboridades e funccimarios %os crimes de rouba e outros quaesqiier practica$os
prevenirão os masislrados judiciaes, quando o assumph i4iliafraetpn, arrumbamento ou rioIencia, devem exarni:
it:irzse os ~estiglosque ficaram, procedendsse a exame por
~li~r%os nos instmmntos; vestigios ou resultados du crime,
.in ix??lhendotodas as informações acerca do modo qtemp!
cmp..:~i. para funccionar n'eIIe na qualidade de jdga8or- Acc,
!$O SII~&;II I. Just. de 15 m rqa 1895- Li. G., n." 72 de 1897. .i:iii que o crime foi mmmettido.
- Be na Iogar em qne se fizer o exame, ou orna legua em redbr, --Devera, solicitar-se que nos estabelecimento-s pobhcos
n% houver mais quem so perita r, esernão assjm o BecIarará a0 r43petente.s se proceda a quaesquer analyses scientificas
anso, valendo a exame só com elle; e se n'esae logar -11 tres legas- *iin~'l'-.-.a?ias ao descobrimento da verdade -ara. 3kO.O e
em fedor não houver nenhum, ojuiz deve nomear os ,.. individaais
li
que tiverem mais conhecimentos & seieneia ou ar&, conforme as $I;X43.* daLCod. Just. Mil. de 1896.
nesessiãaies do xto, dizendo o oseri~-ão na auto o mqtiuo $e%? es- . O --Nos crimes de envenenamento deverão recdhecse,
colha - N6v. Kef. g$ 2: e 3: do art. 903.- qmlii frasçus devidamente tapados a kdcre e cintados pela
- Quando não houver medico na comarcq mas na mais yisidha, !':'ir i l k superior com a drtclara~ãoda pessoa a quem respei-
a menos de tres ieguas do Jogar da morada ào medido desta, pbde
o jaiz da prii-!..i!i requisitar ao da seguaaa este medico-Dfreiloi íiliii, de modo que possam authenticar-se com as assigna-
gru YOl* pag, :.:'C. ki1.a~do j@z, Ministerio Publico, peritos, testemmhrts
eserirão, as materias suspeitas, enviando-se em seguida 9." Ordenar o exame physica do offendido e do presa-
deprecda com o respectivo auto de recolhimento d'essas mido agente do crime, sempre que seja conveniente;
substancias ao juiz criminal do logar onde mais proximamente '>, 10.O Entrar na casa de qualquer cidadão para proceder
poss~afazer-se o exame toxicologico, para elle ordenar se a alguma diligeucia necessaria ao descobrimento do crime
faça exame nas materias enviadas nos frascos. O juiz de- e sua comprovação.-Art. 332." do Cod. Just. Mil. de
precado deve logo nomear os peritos para o exame, os 1896.
quaes aiuramentara, passando em seguida a fazer a-veri: &- 0s corpos de delicto a que corresponda o processo
ficação da identidade dos frascos, pelos rotulos, na presença ordinario de querela não podem dar-se por constituidos
do Ministerio Publico e duas testemynhas. No fira da veri- com menos de oito testemunhas, nem n'ellea podem inqui-
:fiçáo &o's entrepara. Os peritos, fazendo o exame, não rir-se mais de vinte, como resulta da combinação do a@.
devem gastzr'todas as materias na analyse, mas devem 4 a . O do decretp n." 1 de i5 set. 1892 com o art. 1 . O da lei
deixar algumas para contra-prova. Feita a analyse, deverão 4 maio 1896.
fazer-o seu relatorio que seri reduzido a auto na presença De modo que nos processos de policia correccional e de
do juiz, Ministerio Publico, e testemunlias -art. 8 0 . O do processo correccional .podems os corpos de delicto consti-
geg. do Cod. Mil. de 4896. tuir-se com menos.
P -Emfim' pbdem resumir-se, em geral, todas as dili- R- Os corpos de delicto a que corresponda processo de
genciás a fazer nos corpos de delicto, nas seguintes: querela, devem ser julgados subsistentes, ou não, pelos
a
.1.O Receber a queima, participação ou denuncia ; juizes de direito antes de irem com vista ao Min. Puhl..
2 . O Interrogar desde logo os presumidos delinquentes, ara dar a sua querela como se deprehende do art. 1 5 . O
quando presos ; $0 dec. n.O i de I5 set. 1892 e do art. 2." da lei de 4 maio
3.O~.Verificar, por meio de exame directo e inspecçã8 1896; e nos que Ihes sejam enviados pelos juizes de paz,
ocular, todos os vestigios do crime. e a s provas materiaes poderão os juizes de direito, depois de vistos pelo Min.
que d'elle ficarem, as seus effeitos e resultados, e o estado Publ., ordenar as diligencias que reputem necessarias para
dos I q a r e s em que foi commuettido; esclarecimento dos factos, proè-eder a inquirição de noriâs
4 . O Interrogar. os offendidos, circumstantes, visinhos, testemunhas e reperguntar quaesquer outras que já depo-
creados, domesticas, bem como quaesquer pessoas que ve- zessem perante os juizes de paz, iulgando-0s subsistedtes
ro'simiimente possarii dar informages e dirigir a justiça quando ao crime corresponda a dita fbrma de processo,
.indagação da verdade; como se deprehende da combinação do art. 4." com o 2.o-
5 . O Apprehender os instru&eotos do crime e qtaesquer da lei citada de 4 de maio. E prudente que os juizes dêm
objectos encontrados no logar do delicto, nas suas irnme- vista dos processos ao Min. Publ; antes do julgamento da
diações ou em poder dos-presumidos delinquentes, e -que subsistencia dos corpos de delicto, em vista do art.. 917.'
com elktenham alguma relação, ou possam auxiliar a inves- da Nov. Ref. Jud., e fj unico do art. 4 5 . O do pec. ~9I d e- -
tigação da verdade, guardando-os cuidadosamente quanto. i 5 set. 1892, afim de requerer o'que fôr necessario.
~ossivel: S-Nenhuma lei dispõe nada sobre a subsistencía OU
6.O ~ Ó m a ras providencias necessarias para que nada insubsistencia na hypothese dos corpos de delicto serem
seja alterado no logar do crime antes deSe proceder a enviados pelos juizes municipaes aos juizes de direito, no
todas as diiigencias preliminares da instrucção; caso de caber ao crime o processo de querela, pois que o
7.O Requisitar o auxilio da forca publica precisa para o de policia correccional 6 o unico da competencia dos juizes
desempenho do serviço; municipaes, visto o g 13.O do art. 3." do dec. n." 2 de 29
8.' Determinar o comparecimento de pessoa márço 1890; mas estamos em crêr que os juizes de direito
que possa esclarecer ; , devem julgar a subsistencia ou insubsistencia dos corpos
3 XOLl
d e delicto enviados pelos juizes rnunicipaes, e aos p a e s
corresponda a querela, com direito a procederem como
quando OS autos Ihes d o enviados pelos juizes de paz. Pornialidades nos depoimentos de algumas testemunhas
T-Quando o juiz de paz d'um districto onde foi com-
mettido' uni-crime, n5o fizer d'elle corpo &,delicto, quer
nos parecer á vista do art. 918.O da-Nov. Ref., que o juiz - n Nov. Ret. Juci., 'reconhecendo o privilegio d'algumas
i:fzses, decreta o seguinte:
de direito, a requerimento do Min. Publ. ou -das pattes,
pode mandar' proceder a lelle pelo outro juiz de paz &ais BT%. &:i22.0-Os memhros da Familia Real, ministros
proximo da districto respectivo, e-impor ao juiz de pai ne- !.I<Estado e conselheiros de Estado em effectivo servíp,
-gligente a pena estabelecida no art. 899.O, que e a multa tiao poderão ser cihdos para comparecer como testemunhas,
de 4M000 a 400b00r) réis-art. &."o dee. n.O i de W -.@simna audiencia da sentença, como na da ratificação, (4)
de set. 489898, pois que 'elles ficaram sendo os herdeiros .sem premdeneia de decreto real, que auctorise o seu com-
do poder dos juizes ordinarios e eleitos, em vista do art. pzecimento pessoal. Este decreto sera passado a requeri=
2 . O n.O 2.O do dec. 29 julho 4886, e art. 9 . u n . q e Oda lei a m t o de alguma das partes, ou do Ministerio Publico,
'de 46 abril 1871. ( I ) ,
.ehivamente ao juiz de direito, para o que será remettido por aquelle
a este juiz o respectivo corpo de delicfo, se por aquelle juiz for feito.
.Subs&tencia dos corpos de de1icto.-0 decreto n - i~de 45 set. 1892
(i) Legislàção sobre os assumptos referidos. I%&:
F w q ã o dos c o p . 9 de de1icto.-Diz o dec. ne0i de i 5 set. 1892: :. Ar&.15.0- E dispensado o summario. Concluido o corpo de de-
Árt. 13.0-0 cwpo de delicto %*erifica a e3cistmda h o s crimes e a licto,ie julgado subsistente, irá o processo com vista ao Ministerip
investigaqão dos criminoso^, e será constituido nos termos da lei Publico.. .
geral. $ ~ i c o Não . tendo sido inquiridas as vinte testemunhas d ~ e o r p o
A r t 14: -No corpo de delicto a que corresponda o processo de de delicto, e sendo necessario inquirir alguma testemunha, ou pro-
qu@rela,-serão inquiridas;nern menos de oito, nem mais de vinte tes-, ceder a alguma outra diligencia, o juiz oficiosamente, ou a requeri-
temunhas. ,m&to do Miisterio Publiao, mandará proceder a ella.
A lei de 4 maio !896 diz : \. . Diz a lei &e 4 maio i1896 :
- Art. 4.0-Nos corpos de de~icto,~ára verifica~ãode crimes a que -Art:2? - Quando pelas testemuahas inquiridas, e pelos outros
elementos do corpo de delietu, em caso de crimes, a que corresponda
correwonda processo de querela, nao poderão ser inquiridas menos
de oito testemunhas. 'processo de querela, se não verificar a exi~tenciado crime, julgar-
&&essa dos corpos de delicto. - A lei de 18 julho 18% decretava : se-h& imubszstentes as diligeneiasjudiciaes empregadas, tr o processo
será archivado.
- Art. 8.*-~Qscorpos de delic€oa que procederem os juízes eleitos
e ordinarios _(aos quaes succederam os actuaes juizes de paz) nos
deiicaora mencionadosno artigo antecedelite, serão pelos dictos juizes
.
': Arb. 3.0 - .. Se, porém, da .inquirição das testemunhas e dos
‘mais elementos do corpo de delicto resultar a verificaçãò do:crime,
remettidos aos juizes de direito da comarca no praso, e debaixo das mas não a descoberta dos criminosos, deverá n'esse caso ser julgado
peaas comminadas no art. 91- da reforma judicial. , d s i s t e n t e o corpo de delkto sobre a criminalidade do Bct6.. .
5 unico. O juiz de direito nao achando regular o corpo de delicto Art 4.0-Aos juizes de direito compete julgar secòsistenáes og cor-
procederá ou mandará proceder á sua rebrma. 'ps ae delicto levantados pelo juiz de paz, e poderão ordenar as
A Nov. Ref. Jud. diz: diligencias que reputem necessarias para esclarecimento dos factos,
Art 91%.0-Os corpos de dellcto, feitos pelos juizes~eleitos,s 6 o yroceder á.inquirtção de novas testemunhas e reperguntar outras que
remettidos por estes aos juizes ordinarios do respectivo juigado j a depozessem perante os.juizes de paz-
dentro de vinte e quatro horas -impror-ga~eis,'sob pena de 5%000 - O julgamento da subsistencia do corpo de delicto B feito por
atP. W&000 réis,-segundo o grao da culpa em que-forem achados. despacho, podendo recorrer-se d'tlie, como se deprehende de Acc.
O decreto n.O 3 de 29 março 1890 diz : -do Sup. Trib. Just. de 23 agosto 4895-D..G., n-0 73 de 4897.
Art. 3.0'- ... 3 13.0 Nas comareas em que houver algúm fiz (1) A lei de 28 nov. 4840 no tlrt. 19.*, e a Nov. Ref. no a r l 4~095.~
municipal, os julgamentos em processo correCeionaI competem I- declaram swpensa ã ratifieagão da pronuncia
çobre relaturiò do Minister~oda ~ustiéa;e regulara-o cefe-- do comparecimento pessoal; e os seus de&
.bnial que se ha de observar na occàsião-do àepoiméntg. serão tomados por escripto pelos juizes dos logares,
Art. k123.O -Fora do-caso mencionado no artigo ante- r.is. que residiiem, os qnaes os farão citar para que venham
cedente, se as pessoas n'elle declaradas, dadas para .teste- .&p& nr, seu luizon ..
munhas, residirem na cidade, em que houvei. Rekção, o , O €06. de Proc., indicando quaes as pessoas que devem
juiz remet-h ao presidente d'elh uma copia dos artigas e$ inquiridas na sua residencia, estabelece no art. 266.'
do Iibello, ou conteslação sobre que hão de-depor. i? pre- .,Seguinte: - c Serão inquiridas n& sua residencia as fies-
sidente, por disiribuição, designara o juiz dá Re1açã0:~que .+wti-segpintes: 1
ba :de tomar os depoimentos, e o escrivão -que-n'elles ha 1." Os membros da Familia Real, precedendo decreta
eserFver. O juiz, acompanhado do respectivo escrivão, ira ,iiie aiictorise o seu depoimento e regule - o ceremonial,que
X mo~adadas testsmnnhas receber os depoimentos, que I::$ de observar-sèxo a o d'elle;
serão remettidos fechados e lacrados ao juiz que os de- 2 .o Os conselheiros de Estado e os ministros de @tido
'precar. ., i*fEectivos.;
4 !.O Se as pessoas mencionadas irligo antecedente -3: Os arcebispos e bispos ; . ,
reiidtrem fóra das cidades ém que ha- Relações, os seug , 4 . O . Os emba,ixadores, enviados e encarregados de nego-
dewimentos serão tomados na fórma siipra 'indicada pelos .-ks,e quaesquer representantes de potencias estrangeiras,
juizes de direito das comarcas, em que residirem, ales @s8rvando-se o que estiver estipulado nos tractados e con-
quaes Grão remettidas as copias do libeflo ou cqnkst.aç%: %m$ies, e na falta de tractados. o principio da reciproci-
2.O Estes-depoimentosserão juntos aos autos, lidosna l!#l&;
audiencia, e submettidos á discuss.ão, sob pena de nnllidade. 5P As pessoas @e se mostrarem impossibilitadas $0
Art. 1:124.O -Quando fâr preciso no processo prepara- . ixnnparecer
8' - no tt'ibunab.
torio o testemunho de afguma das pessoas mencionadas m, Os militares devem ser requisitados pelos juizes, quando
art. i:?%.', proceder-se:ba pela f6rma estabelecida no ar- ~roduzidoscomo testemunhas, i auc-toridade superior mi-
tigo antecedente, remettendo-se ao juiz,. que ha de tomar liar, como diz a port. de 8 março 4841, explicando o art.
o -depoimento, cQia dos autos da querela, e corpo de de- t a o doregim. do Min. Publ. de 15 dèz. 1839. (Vid. nota
licto. 23.)-
-Art. 1: 125.* - Os membros do poder legislativo não po-
dedo, durante o periodo das sessões, ser citados para 5 4.0
'comparecer como testemunhas, sem licença da respectiva
camara, passada a instancia do Ministerio de Justiça; fora ~,
'd'este caso os seus depoimentos seriro tomados pelos jiiizes Querela
de direito da comarca, em que residirem, pela fórma esla
bèlecida no art. 1:I23." - (O art. 267.O-do Cod. do Prm.
Civ., modificando o riypr d'este artigo, prescreve que os:
membros das camaras legislativas, durante o periodo-das
sessões, não pódem ser citados para depôr em juigo sem- '
licença da respecti~aeamara, salvo renetnciando a &o). , Querela, a.0 sentido geral, 6 a queixa, feita em*juiza por
Art. ?:126.0-0s administradores geraes do districto via de requerimento ou promoção, d'um crime commettido
@oje govemdores civis) são obrigados a comparecer como , e -das suas respectivas. circurnstancias, consta~tesd'unl
tatemunhas, sé o juiz estiver Sa cidade-o,u villa, - em que- +wrpo de delicto que, nos processos ordinarios, deve ser
slles residirem;
* .
fbra d'este caso iim decreto reál-os poderá- cprhamente declarado subsistente.
' A petiç%ode querela deve conter o nome do quereiante, ,#,O Exceptuâm-se em primeiro logay os crimes de -a-
sua profissão, morada, quando não fôr o Min. Pubt., ã na- ~rkm,peita, pecula- e concitssáo, commettidos por juizes,
tureza, qualidade e circumstancias do facto, e o logar e i ; ~ a & ~officiaes
, de justiça, ou quaesquer outros empre-
tempo, em que foi practicado, sempre que fôr possirel; do9 publicos, nos quaes póde querelar qualquer do povo,
e bem assim o nome do delinquente com todas as earacte- ~ i a d àque são seja o propriaaffendido.
risticas de identificação, excepto sendo querelante o Min. .,. .!$ 2.O Exceptua-se em segundo lagar o crime de morte,
Publ. nos processos ordinarios e os delinquentes forem in- no^ qual podem simultaneamente querelar o viuvo olrviuva,
certos, visto que n'esta especie de processos p6de haver qoe,não, passou a segundas nupcias, e os ascendentes -ou
sumario; devendo em todos os casos o respectivo magis- *tendentes do morto. Na falta d'estes são admittidos a
trado citar a lei que prohibe o facto criminoso e classiíicar qnerelar os parentes collateraes ate ao quarto grao, segundo
a forma do processo-art. 878.O combinado com os artt. &direito civil; porém o mais proximo exclue o mais remoto;
8'14.O e 873.' da Nov. Ref. Jud. e art. da lei de 4 -e sendo m.itos do mesmo -60, admittida a querelad'um,
maio 4896. não podera ser recebida a de nenhum outro, sob pena*
iauIEcEade da segunda.
~ r t 866.O
; -Nos. crimes particulares só podem querelar
Legitimidade dos querelantes as partes offendidas.
; :g A .O Exce tuam-se os crimes de estupro não violento e
Legislando a Nov. Ref. sobre este ponto, estabeleceu a
-doutrina que se segue :
S
-rapto por se ucção, nos quaes podem querelar os paes,
tutores, ou curadores das estupradas, e , na falta d'estes,
Art 854.O- 0s crimes ou são publicos ou particulares. >srmãos. h proprias estupradas ou raptadas sO podem
Em quanlo se não publicar o novo Codigo Penal, sãs em- ,fpereiar, não excedendo desesete annos de idade. (I)
siderados parliculares :- l . O O adnlterio voluntario ;-8 . O 2.O Nos crimes de estupro e de,adnlterio, (2) não violen-
O estupro voluntario; -3." O rapto por seducção; -4O . -tos, e rapto por seducção, querelaudo e accusando as partes-
As injurias reaes, escriptas ou verbaes, nãw sendo qualifi- particularmente offendidas, ou aquellas, a quem pelo !$ a%.
cadas por alguma circumstaricia que 1hes.augumente a jm- .tecedente e permitlido querelar, o Rlinisterio Publico devera
putação em r a z k da pessoa, tempo, logar e modo; -5.o '@gualmentequerelar e accusar; porém a querela ou accu-.
As .contnaÕeu ou ferimentos, não s e n a feitas com arma :s&% cessa, logo que as partes desistam, ou perdoem.. DO
defesa, .de nòite, no rosto, ou em rixa velha, nem osde que -mesmomodo o Ministerio Publico querelara e accusará estes
resulte aleijã'o ou deformidade,'^^ forem em logar'que I b s : crimes, quando lhe fdr requerido pelas partes parlidar- .
,augmente a imputação; -6.O O parto supposto;-7.O Oor- mente offendidas, ainda que estas Mo querelem, nem ama-
tamento de arvore.,frnctifera ;-Si0 O damno propriameole s@~ ; o perdão fara logo cessar a acção publica. (%)
porém
t a l ; -9.' 0 furto simples que não exceda a 100 r&.
5 pnico. Todos os outros crimes são publicos.
- Art. 8 6 5 . O - Nos crimes publicos só .podem (4) querelar
o Ministerio Publico e aspartes particularmente offendidas. & (1) Actualmente esta ampliado o praso ate desoito annos, d h
aos quaes não B permittida, a querela a pessoa dguma; não havendo
violen~ia- artt. 395i.0,396.0 e 399.0 do Cod. Pen.
( 9 ) Deve reputar-se consummado o &terio quando houver?ur-
presa de pudenda,in pudendiâ, solta cugn sola, nudus cum leuda 9
-($) Tambem se exceptuam da disposição d'este'artigo as contra- eodem lecto, consoante a doutrina do papa Alexandre I . qo cap. i2 X
venças é delictos eleitoraes, que podem ser perseguidas nio só pelo de peszlmptioniaus._
Min. Publ., como tambem por puatquer eleitor inscripto no reeensea- (3) Papa que o M i a Publ posa dar querela nos casos &ee s t ~ p o
-
nnento art. 441.0 da lei eleitoral de $i maio 1896. 6 necessario que, ao menos, se lhe dê denuncia do facto pelas F-
Art. 867.O -Nos crimes publi-s e nos crimes particn-- ,plpiier das circumstancias enunciadas nos artigos seguin-
lares os paes podem querelar dos commettidos contra seus 6ep~, sera punido, accusando o offendido, com a prisão de
filhos impuberes; os tutores, dos commeltidos contra os aes a trinta dias; ou se houver premeditação, com prisáo
tutellados impuberes; e os curadores, d$ perpétrados ~n desterro, até seis mezes.
contra os dementes e furiosos; e os maridos, dos commet- O Cod. Pen. de 1886, modificando o anterior, dispôz:
'tidos\contra suas mulheres.
Art. ~68."-Os menores, que-forem puberes, não serão
-
Apt. 359.O Aquelle que, voluntariamente, com alguma
&Tensa corporal maltratar alguma pessoa, não concorrendo
admittidos a. querelar sem auctorisação de seus paes ou qualqusr das circumstancias enunciadas nos artigos se-
curadores: e as mulheres casadas, sem auctorisaçáo de guintes, ser& condemnado a prisão correccional até -tres
s ù s maridos. -Serão nullas as querelas tomadas contra nnezesu.
a disposição d'este artigo. - Em seguida veio o dec. n.O 4 de 45 set. 1899 que, mo-?
Art. 870.O -0 s delegados e sub-delegados do procurador dificarrdo o art. 359.O citado, dispôz:
regio são obrigádos a querelar de.todos 6 s crimes publicos, Art. 21.O-Nos casos do artigo 359.O do Codigo Penal-
cpmmettidos nos seus julgados, e ainda dos commettidos não haveri procedimento a requerimento do Ministerio-Pu-
fora d'elles, quando os réos forem achados n'ellesa. -blico sem prévia participação,, den-cia, queixa ou aceu-
Sendo depois promulgado o Cod. Pen. de 10 dez..1852, -sação do offendido.
appareceu com el- um decreto da mesma data que, 6xando .- 5 unico. Em todos os casos em que o Codigo Penal exige
a eompetencia do Min. Pubt. na accusac;ão de crimes, de- queixa, denuncia ou participação do offendido, 'ou de certas
terminou : ,--psoaspara haver accúsação publica,-basta que essas pes-
Art. 1." -Fica- competindo ao Ministerio Publico a a&u- a a s dèm conhecimento do facto em juizo, e não e neces-
sação de todos os crimes e contravençóes, de que tracba o sario que accusemr.
Cadigo Penal, com a unica excepção dos casos em que o . Não ficou, porém, ainda por aqui a so1uçáo do ponto,
mesmo Codigo torniessa accusação, ou a continuação d'etb, pois que ultimamente a lei de 4 maio 1896 dispõe:
dependente da queixa, ou do consentimento das pessoas, Art. 6.' --O crime de offensas corporaes, previsto e
Mendidas, ou de seus paes ou tutoresa. -puqpel pelo art. 359.O do Codigo Penal, 6 considerade
Ora o Cod. Pen. de 1852 dizia: eripe publico B .
-
Art. 359P Aquelle que voluntariamente com alguma E claro que o dec. de 10 dez..1852, regulando a w m -
offensrt corporal maltratar alguma pessoa, não concorrendo petencia do Min. Publ., ainda hoje continua em vigor,,e e
'o utiico diploma que temos sobre a questão, não obstante
.asgmodificações que se façam nas leis quznto a penas,^
parque com isso nada tem o referido decreto.
soas indicadas no art. 399.O do Cod. Pen., excepto eoneortendo as - O Cod. Adm. de 1896 no n.O 7.O do art. 278.,0 manda
m~
'
circumstancias indicadas nos n.OS1 a 3.0 do mesmo artigo, porqae a\ - o administrador do concelho participe ao Min. PuW. as
!ntão nã;o carece d'esse conhecimento prbvio. ,i'l,iak.~m de regulamentos e posturas- paraque promova
~,
Confrontandoactualmenteo disposto n o 8 unico do art. 399.0 coa-' r ~pplicaçáodas penas devidas.
o ar6 W: e 8 unico,d@Coa.-Pen., deprehende-se que, dada a de-
nuncia e instaurado o processo criminal nos casos de estupro e nos
de alolaqão de mulher virgem, o perdão ou desistencia da parte nãa
sustam o procedimentores@ctivo, excepto se o criminoso casar com
a offeadida, facto este que ate faz cesar toda a pena, q~and~imposta.
Em virtpde do art. 401: 3.O e M 4 . O .g 4.0 do Cod. Pen. parece
@e, nos crimes de adnlteria, sómente o mande ou mulher offendidos
podem querelar, e não o Min. Publ.
*soas certas e determinadas. ou contra incertas aue se
mostrarem culpadas pelos depóimentos das testemunhas a
Formalidades d a s querelas partioulares inaufrir e aue devem- ser ~roduzidasate ao numero de
para a s n a admissão &te, alem ?Ias referidas-ârt. 871.O da Nov. Kef. Jud., e
art. 3." da lei de 4 maio 1896.
- O quereloso, que n.50 fór o iklin. mibl., dara, sob pena -
* -Nos crimes parlicnlares a querela será dada contra
denullidade, juramento de çalumnia peraDte o juiz no acto pessaas certas e determinadas, e não poderão ser n'eiias
do recebimento da querela - art. 874." da Nov. Ref. Jud. pronunciadas outras, senão as de que se querelar- ark;
--A querela da parte .offendida p6de ser prestada por - 873." da Nov. Ref. dud.
procurador, o qual deve apresentar procuracão bastanté,~ ' - Pbde querelar-se. conjiinctamente de diversos crimes
em que se declare o facto com todas as particulares cir-
cumstancias, e a pessoa, contra quem se lia de dar a q w -
rela, contendo igualmente poder especiul para o juramento
-art. 877.O da Nov. Ref. Jud. parte directa no seu encobrimento, impondo a lei ao seu agente a
-Se o querelante não fôr morador no julgado, em que respectiva responsabilidade criminal, conforme a qualidade e gráo de
der a querela, .devera escolher domicilio dentro d'elle, e' culpa.
A,responsabilidade criminal r e d e unica e individualmente 'nòs
n'eeste lhe seráwfeitas todas as notificações necessarias para agentes do crimes e c-travenções,-nb passaudb as penas em caso
o andamento do processo -art. 879.O da Nov. Ref. Jud. a I p m de pessoa do delinquente, excepto a obrigação do pagamento
-Se o querelante não f6r conhecido em juizo, não lhe- de multa, que passa aos herdei~osdo condemnado,,se em vida deste
a sentença de condemnação passou em julgado -artt. 28.0, 4%.ee
será acceita a querela, sem apresentar primeiro testemunha 9.0 do art. iBB.o do Cod. Pen.
conhecida, que atteste a sua identidade e morada, sob pena - Os agentes do crime são de tres ordens: auetores, cu&iees'e
zle suspensão de um ate seis mezes ao escrivão, que d'outro mobridores, conforme os artt. 20.0 a 33.0 e 336.O do Cod. Pen. -.
modo tomar a qilerela. A tesiemunha assignara tambem o A fatta de impu~bilidada, por&m, e a j-tifieação do f a c t ~9%
auto -ar4. 831." da Nor. Ref. cansas dirimentes da responsabilidade, consoante os artt. 61.0 a @.O
cimento especulativo de todo o direito substantivo penal, e-importa Julguei eonsummado o delicto, porque, no -u intender, os,?gen&
mnsequencias de grande ponderação tanto no que respira ás garan-- não s ó practicaram todos os actos .da exeeuçao, mas egectivameiite
tias dos delinquentes, como na parte relativa a imposição das penas.' conseguiram apoderar-se dos valores, che ndo a traze]-os para ?
Na classificação deve attender-se: - 4.0 A~natmezado facto. va- rua, e portanto os seus actos prodnriram to% os resUltod+do fwta
ficando-se bm se as caracteristicas geraes e especiaes, exigidas jil:i -q$&liRcado,que era a subtracção fraudulenta d'esres val@re%.
Iei penal, estão devidamente constatadas no corpo de delicto, ii;;il:r -Se não se aproveitaram afinal do dinheiro, coust~tuiuissq ja uma :
importando ai analogia ou inducção por paridade ou maioria de Wzau; Éircianistancia posterior ao furto, e por issp sem.importanc9 p i a , ct
e por isso convdm firmar se os autos accusam um crime conswmga&,' ~ s s i f i c â ç kdo crime conmettido, p9is so as circumstancias ipde-
ou f m t m d o , ou uma simples tentativa, conforme as e%plicaç&& *dentes da vontade do agente .e anteriores ao facto, que deter-
expostas nos artt. 10.0 e 11.0ão Cod. Pen., e tambem-se por elles @ *~1~1uaram a falta de realisação, é que devem ponderar.se confofme
descobre a rezm'dencia, sziccessão ou aecumzclaçiio de criiries, deõnidas u, art. 40.0 .
nos artt. 35.9 36.0, 37.0 e 38." do rnesmoXodigo, e a r t t 32.9 33.0,34?
e 35.0 do Coa. Mil. de 1896, para o effeito da imposição da pena nos
termos dos actt. iO0.0 a 106.0 e 412.0do Cod. Pen. citado;- AO
- Foi isto o que me quiz parecer.
Em6m, depois de bem ponderados todos os elementos, e veri-
%cada a lei applicavel, dever-se-ba requerer a fóma do pfoceSs0 a
,
gião da culpabilidade dos agentes, porque a penalidade varia entre @e está sujeita a hypothese do sutos, em conformidade com utna
elles, e até mesmo nos auctores podem dar-se circumstancias que lhes
baixem a culpa, vindo os cum lices a ter uma pena mais pesada- (I]A gradua@ da gravidade das ienas encontra-se nos &t. 0 %.e
&tt. 406: a 112.O, e 48.O e 4t.0 do Cod. Pen.;-3.0 A penalida C&, Pen., e art. i8.0 do Cod. Md. e 1896.
quantõ pelo Codigo Penal n5o forem classificados os crimes, r:%%." até 1:%2.0 da Ref. Jud. Nov.; salvo se para' certos
que devem comprehender-se na denominação de crime- de i p j m s hoiiver processo especial. .
policia mrreccional, são considerados taes: -3 . O Os crimes A&: &O - Os réos, a cujos mimes corresponder pelo
a que não cabe por lei maior pena do que seis mezes de .:.idigo: - 1 . O A pena de prisão ate dois annos;- O
prisão, ou desterro para fora da cornarca; -?.O. Aquelles, :i?.&eri'o até dois annos, ou até 2008000 reis, quando a
cuja pena é deixada por Iei ao arbitrio do juiz, o qual iet&xa as quantias; -La A snspenção dos direitos-politicou-
nunca poderá e&ender-sealém da acima referida, ou 4Q$00Q .& seis iannos; - 5 . O A suspensão do emprego sem mais*
reis; -3.' Aquelles que antigamente eram processados Mrnr,ão, ou por mais de dois annos; seráo processados
pelos almotaces, nos quaes, não sendo a pena marèada em ;atkrbem em processo correccional, mas com as ;sepuintes'
ler, não poderi o juiz applicar outra maior do que a d e ii~odificaçáes;salvo-os casos%emque houver processo e s p s
2M000 reis, og vinte dias de prisão. , .:ia1 estabelecido por lei para certos .crimes.
5 unico. AIOra estes crimes serão processados eorrec-
cionalm~nteaquelles que por leis especiaes se mandarem
processar no juizo de policia correceional~.
Art. 8 . O - Os reos de quaesquer crimes, a que
~rresponderernpenas mais graves do que as des gnadas r"
nos artt: 5 . O e 6.O d'este decreto serão processados pela
lei
De modo que~todosos crimes a que estava designada forma ardinaria r.
outra penalidade ou se n a achavam comprehendidos nas Em seguida a este decre60 foi promulgada a lei de 4 8
disposições citadas deviam ser julgados e m processo ordi- agosto 3&53 @e dispõe. como se segue:
nario de querela. - Art. I.@-Os crimes, a que pelo Codigo Penal corres-
depois do diploma citado foi-publicado.o dec. de 10 dez. @a alguma das seguintes penas correccionaes:.- li"
1852 ern complemento do Cod. Yen., promulgado na mesma Risão ate seis, Dlezes; -2.O Desterro ate seis mezes; 7
data, o qual dispunha o seguinte: 4 . O Bulta ate um mez, ou ate 2 0gji000 réis, qnando a 181
Brt. 5 . O - Os réos r de quaesquer crimes, a que pelo Co- k a a q u a n t i a ; . 4 . O Reprehensão; - 5 . O Censura; ser30
digo Penal corresponda somente alguma das seguintes penas ,pr~cessadoscorreccionalmenle nos termos dos artt. l:%Fil,.O-
orreccionaes: - 1.' Prisão ate seis mezes; - 2." Desterro até 1:262.O da bb?. Kef. Jud., salvo se para certos crimes
ate seis mezes; - 3.' Suspensão dos direitos politicos ate h n r e r processo especial. -
-dois amos; - &.O Multa ate um mez, ou ate 20d000 reis, 5 unico. A disposição .d7esteartigo será observada ainda
quando a lei fixa as quantias; -5.O Reprehensão; - 6 2 nos casos de serem impostas cumulativamente ao m e s q
Suspensão do emprego até dois annos; - 7.O Censura ; wime algumas das mencionadas penas.
sèrão processados correecionalmenk nos termos do árt. -,lrt. -2.O-Todos os outros crimes, a que pelo Cdiga
Penal correspondam penas mais graves, ou,diversas das
Seferidas no arligo antecedente, serão proeessad- pela
forma ordinaria. -
das cspecies que distinguimos no cap. I, e consoante a a a especiali-
dade, para o que devem consultar-se as leis de classificação, aqui-
: - Art. 3.'-Fica revogado, somente na parte e m que B
Bpposta a esta lei, o decretb de 10 de dezembro ds4859,
expostas o'esta afinsa, e as oiitras que forem especíaes.
-neve nular-se que nos processos contra os magistrados jirdiciaeg :%-Fevogada toda a legislação em contrariou.
seja qual f Ô r a sua categoria, a lei não reconhece outra fórma de ,Em 29 de março de 2800 publicou-sa o dec. n." 2, &e,
processo senao o ordinario de querela, sem intervenção do jury, por .voltando ao dec. de 10 dez. 1852, drspôz do modo seguinte:
isso mesmo que, n ã revogando
~ a lei geral a especial senão quando. - Art. 1.o -Serão julgadas em processo de policia cor-
d'elfa faz expressa menção, e não fallandc o dec. de 10 dez. 185%nem
o dec. n.* 2 de 29 março 2890, que legislam genericamente, dos ma- reccional nes termos da lei geral do processo, .salvo se para
gistrados, deve suppor-se que o processo contra elles 6 o de6nido Certos crimes houver processo especial, os Ct-iIne~e as
ns %v. Ref. Jud, -'mntraven&es, a aue corresponderem, separada ou GWU.
Iativamente, alguma das seguintes penas; - Prisão eor-
reccional ate seis mezes; -2.' Desterro até seis mezes; -
3." Multa até seis mezes, ou até 5004000 r&, quando a CAPITULO It'
leicfixar a quantia; -4." Supeusão do emprego ate dois
annos; - Susfensão dos direitos politicos - até dois
amos,;- 6.a Reprehensão; -7.= Censura. -Termu regulares de cada espaie de piecesse
Arl. 3.O -0 s crimes a que corresponderem, separada
oii cumnlativameqte, algnma das seguintes penas: - 4.'
Prisão correccional por mais de seis mezes;-2." Desterro 5 4."
por. mais de seis mezes; -3:" Multa por mais\ de seis
mezes, ou at6 1:000#000, quando a lei Zixar '2 quantia; - ~ & e s s oordinarie de querela
:4."Swpensão do emprego por mais de aois annos, ou sem'
limitaç2o de tempo; -8." Suspeneo dos direitos politicos A
por mais de dois annos.
Serão julgados sem intervenção de jurados em processo petição de querela
correccional, observando-se as disposições estabelecidas
para o processo de policia correccional, com as modifica- . d)i'z o decu- n.O- f de 45 set. 1892:
s$$
ções designadas nos subsequentes, salvo se-para certos cr Art.'
,.
espaço de vinte e quatro horas improrogaveis dara a sua $dirào as penas que couberem ao caso, segmdo o Codig6 Penal e
&ais leis vigentes, sendo executoria como criminal, que igualhèntb
querela, ou lançara á margem dos autos de corpo de delicto ãea sendo.
as-razões, por que entende, que não deve querelar, e Òs =g 1.0 Ao julgamento deve sempre comparecer pessoalmen'e o fal-
remetterã com. estas notas aos respectivos juizeso. ;Lido, para o que será novamente citado.
. Em virtude, pois, da mmbinação d e todos esles textos 8 2.0 O julgamento póde ser a d i a d o por espacp não superior a
30 dias para se obter a prisão do fallido. se e116 faltar á respectiva
.
s e deprehende que o Min. Publ., depois de distribui- a audienciã.
. + -
Corpo de delicto pelo juiz, è depois de devidamente julgado- % 3." Não se podendo fazer a captura do fallido, será julgado ã
subsistenle,. deve dar logo a sua querela, ou dizer os mo-. kvèlia, sepda prhiamente citado por editos de trinta dias com essa ,
tivos por que a não da, quer os réos estejam presos, q u w
soltos, sendo a parte accusadora intimada para tambem
deduzir a sua no praso que-o juiz lhe marque, visto a lei
não o designar. As querelas dadas são reputadas uma sb, (1) Compete exclusivamente ao juiz presidente do tribonal commekial m-
derar tr prisso do fallido e dos outros agentes - n . ~ 13.0 do art. 1LO do CoB.
e seguem o mesmo processo -art. 885.O da Nov. Ref. -i& ~ ~ - - - -. Cinm
Prw. ---.
(2) T d e m compete exclusivamente ao juiz Gidente do tribunal commer-
@al-admittir á cau~ãoou á restacão do termo $)e identidade o fallido e agentes
-'art. 14.0 n.O 13 O do cit h d . do Pmc. Com.
*(3) Que recurso 6 este? Os Jctos. não estão d'aeeordo. E indubitavd q ú è a
smteqa declaratoria da quebra fixa o estado da pessoa, e constitue como que
QB preparatorio da causa, indispensavel á existencia d'esta, vindo as& a"*
Bresentar e-seu primeiro termq, de que os demais são seeumeato~Logop h c 8 ,
O recuno a interpbr é o de aggrava e não o de . . . !latão; mas como a
%. 6é Lisboa se pronmciou em sen kcc. de 8 fev. l*:k oo'sentid'dã a e1
%,prudente será não contrariar os trihnaes, e tanto mais que lá está o?ei
a;e 41 de 15 set. 1899 no art. 21.0 para corrigir as opiniòes.
scienciosamente os autos; lança o seu UeSpChO ae pronnn-- ~;;:.i&dicia~ill~;,ilente as pessoas contra @em se querelori,
-
.a penhumas 011tr:13TfPorforça do a r t 872.0 da Nov. Ref.,
'i,i&inado com .a primeira parte d@ art. '3.O da lei de
. ;1 &a$ 1896, caso tenha provas bastantes para a indíeiagãa,
dentes que na culpa ou fraude-ha terceiros, agentes do crime,- a p m ,- ,.:>.ifqrme prescreve o art. I4.O da rei de I8 julho de 4%!,
do faihdo, contra os quaes o tribunal não tenha usado da-facúldade ,;:!ia-embargo do art. 987.O-da Nov. Ref.'Jud., como expiica
que-h? he coacedida no art. 712.q deve a sentença % classifleag& :, &eu.de~Leg;no n.O 470, 10." vol., pag. 27; (1) o u e@@
indicial-os para serem criminalmente aecusados e julgados. .h!.inda so-ar os querelados presos e archivar o.process,
.J tok sentença daglassifica ào da quebra tem para com o s f e p ,
ceii-os que indiie ou efíeiilos do%mpacho de pronuncia. ki.:csnSequencia da falta d'essas provas -i t , _X-i."da
5 &: A acção crimiiiãl contra térceirowque forem comm&ciant&, '?.= Réf. A pronuncià deve ser lançaila no- praso _deoito
&guria p x ap enso ao processo da quebq no mesm-thbgal, ap- .:iI$, se os accusados estirerem presos. O praso çomeçga
2pro riando se g e s a Iegislação do processo criminal..
-i 3 : s indiciando sentença da c l a ~ f i c a ç ã ooutros agentesdo
crime de quebr;tcnlpoea -ou fraudulenta, albm do fallido, podem os
c.llirer do dia em que os cùlpados fgrem entregues ao
r r i d a l . e s s a d o aquelle lapso de tempo, se não howver
credores oú o Ministerio Pubiiéo-proceder eoptra elles separadamènfe orruncia, os presos têrri direito a soltura -ar$. 988; d a
no trihunal comnium. :i.~~. Ref. 'Jud. e art. 29.'-$ 3." da lei de 3 abril 1896..'
-O Su .Trib. de.3ust. em L c . de 10 março 489aòécidiu que'se .SB,porém, o Min. Publ. querelou de incertos, procGde-se
-terceiiros i r e m pronunciadip pela fibunal c~mmercialn'uma sen-
tensa & deolaráfão de quebra, só'póde proceder-se contra elles aós @viamente a secnamario~comas testemunhas òffereeidas,
temos de %Ceusa@o e julgamento perante o tribunal,commercial, I: rir, fim, havendo o processo preparatorjqpo? findo,.ò juiz
-53. forem C+me~c.ciantes, alias, devem ser aecusados e julgadqs +e- .i- o: seu despacho, pronunciando, ou n a , qujlquer i ~ -
--te s s tribynaes criminaes- D- G., n.O %7. Jiuiduo que se mostre dulpado. -
"3-Ao j ü í z presidente do tribunal de commercio compete exclu-
s i m e n t e lançar despacho de pronuncia, quando o Celinquente con- .,No-deipacho de pronuncia deve o-juiz relatar todo o pCa-
t r ~ i e %s r disposições legam que garantem a propriedade industrial- raestq. e m resenha, fazendo uma exposiçãó d'orzde cqisje
e ~rnrnercial,e nos casos de falsificação ou imiagão de mar&s ou . .:@qnitidez o facto e suas circumstancias, e pessoas-por
rsmbos,de fabrica ou commercio, ou seti usofiaudulentq ou e x p - :--koffendidas, as prova's da indiciação, a lei que p r ~ ~ l i i t i i ~ .
s i ~ i i a-venda
i dos objwtos assim mamados, por isso que a acçiio cri---
lute+ por taes $otivos corre perapte o eompetente.lrihuna1 crim@ãi .; hcto e o qualifica crime, corno lhe ordena o art. !;fi!).~
--fim@ da legs@cão do processo penal, cabendo ao-juiz presidente &%v, Ref.;'e, declarando a responsabilidade @e igpenbe",
@das as attribu~çõesconlmettidas na mesma legislaçao m s juíze-de .k&diciado, cuja individuação deve fazer escrupulosani@e~-
-&&h, eoma se infere do n.O 15.0 do $ 1 - O da art. 14.O, combinaai3 :9&ase o crime obriga o réo, no seu livramerito, a prísb
mm.0 § unicqdo aH. 97." do Cod. do Proc. Com., e a r t t K O ,tO?L6,
i3l.q 147.0 e seg , 190.0 e seg., 196.0, $IX.~ e seg. a'uma das leis de e canção que poderá logo arbitrar, ou sómeiite a prisáo,
%maio 1896, que approvou a dec. dict. de 15 dez. 4 9 4 , reguládo ipe logo orde~a,se o indicrado não e s t i r r já preso-ón
@elo zegulamento approvadu por dec, de 28 mw,o 1895, e ar16 i?\e &ançado; e manda lançar o nome do indiciad.@naregisoq
-3. dó dec. n." 2 de 29 mar40 I890. &minal, conforme o disposto nos artt. 10.8 e 43;' do a@.
C- O processo preparatorio até a prisão ou fiança d6ve ser-sê;
creto, Conforme disp* o art.. l:OOi.O e 8 unico dasov. Hef.. com cuja de 7-wv. 1872, que substituiu o livro dos culpados de-qye
doutirina eopeorda a port. do Min.\da Faz. de !29 março 1895, det.er- * a o -art. 4:OOO;O'da Nov. Ref. Jud.-, bem como _a folha
minando o mais rigoroso segredo nos processos &ocontenc~osof i + i
ate a-publicação do.@spacho de indiciação.
: -Os effeitos do aespaeho de renuncia, logo que passe'@ j$-
&%dolsã@, em geral, obrigarem os &ceionarios pubiieos á suspensao
des seus cargos,ãlém d'ouh-os, conforme os rc-s re-guwentos '('L),Em COR^&^& aecidiu o Sup. Trib.-de J u ~ tem
. seu Acc. & @
'da c l ~ - % ' aque pertenqam, e ~ m ~ a s -%$ii?111-11$ãa
s k do direito de . w s t o i880,puk#&-éa Rev. $e teg., pag. 367 do Wp v?]., de&-.
v o t a ç a o a t ~ l npára ~ ~ n ~cidadãos - si.6.&?
~ ~o~s~demais 4.O e e, é .mndo que para apronuncia não e necessario prov@p h a , mSs.apmas
arti. 6k.0 e ii!i,*da lei eleitoral de 41 maio 1896; Sart. &O ' .n i 5 . O &cios, pois o-árM1.0 da lei de I l jiilbo 1 6 5 não .rev~@n o ar&.*
40 .@d. Adm. de 1896. .%~!JB~& Nov. -8ef. - .
@rrida, e passar os competentes ,boietins do'mesmo I=&
gistro, assim que o despacho de pronuncia passe e m jul-
gado,' ou se achem. presos os indiciados, na fórma do 5
mico do art. 9 . O d6 dec. de 7 nov. 1872.
O despacho de .pronuncia, no :qual s e devem mandar . .& anetoridades administrativas do concelho onde tal individuo e&:
$assar os còhpetentes mandados de captura, e e n t r e ~ ao
r 5;:. a fim de ser por dlas auxiliada a acção daj~siiea,~n@s termos
Min. Publ., não póde ser intimado senão depois do reo .I art.-853.0 (e actualmente do ILO 25.0 do art. 278:) -do Cod. Adm.,
I das pwft. do M. R. de L7 junho- 4839 (D. G., R." 14k) e de i0 agosio
estar presò ou afiançado, como declara o arb. 996.O d a Nov. ..
Ref. hd., se bem que possa aggraaar-se do despacho
da prisão o~ fiança em vista do dispósto na n.O 4 . O do árt.
-1@3 (D. G., n." 489).
/
DECRETO REGULAMENTAR DE 23 DE WNHO DE 1845 $ '1." Esta remessa, se a prisão tiver sido feita pela auctoriCta@
,. Judicial, haverá logar, sendo .viado o preso ao juiz do julgado mais
proximo em direqão ao destino do r&; este juiz remettera depois o
O dec. reg. de 23 dez. 1845, uujas disposições ainda estão em reso ao do julgado immediaio na referida dírec 50; e asem por
vigor na major parte, dispõe : tianis a. que o preso seja entregue ao juiz d a c u k . ;
~Art.L*-Quando as auctoridades judiciaes, tendo proferido des- : 2: Se a prisão tiver sido feita por auctoridàde administratka,'
pacho de pronuncia obriga-atoria por algum crime publico, ordenarem esta mandaka entregar a reso á auctoridade admfnistfativa do c&-
& câpturá do réo, o escrivãk do processo passara logo tantos man- cebo rnaia.prorimo na $ração do juizo da culpa; a a u ç l o ~ a d e
dados~qnantosexigir o respectivo magistrado do Ministerio Publico; a6ministrativa &'esse concelho o mandara depois entregar á que se
pqdendo W b e m entregar eguaes mandaüos á parte queixosa, se a seguir na mesma direcgão.; e assim por diante a l que a aucbridade'
houver-e os pedir, ou a quem tiver participado o crime em 'uizoi, administrativa do concelho, 'que f6r sede d'aquefle juizo da edp&
5 i: Estes mandados, ue deverão conter todas as-deckra~oes- entregue 'o r60 ,ao competente juiz.
indicadas no vt. 1:OíB.o%a Reforma lu+iciarh, se o indiriduo, a 0 A remessa dos presos, que o tiverem sido por a u ~ t o r i d a b
3
.
quem respeitarem, não estiver no frropriojulgado em que se proferiu administrativas nas tres h,yptheses d e que dracta 1, 5 2.O do art. 1,'
a pronuncia, serão remettidos psig competente magistrado do Minis- d'este decreio, sera feita igualmente por interven@@de auctoridades
terio P12Blico.ao do julgado, ou-da comarca, onde coostar que se acha' ;idministrativ&, na fórma 305 antecedente.
a- mesmo'individuo para se promover incessantemenle a prisão;.po- Art. 3."-Se os mandados de captura permittirem que eiia seja
dendo os ditos magistrados enviar simulhneamenfe iguaes m-dabs &bsbiluida por fiança, a aucíoridade judicial ou administrativa, que
. -
'prbesso, contra eiies se prssarãó mandados de custadia 9i-a duplicado, a fim d'utn d'elles -r entregue aos deli&-
~vereffeieituadoa priskrequisitada, procedera segundo os ar62.~0-17.~ qae parao visto sejam as guias sbmente apresentadas nos jutgados
,e-1:048.* da Reformaludiciaria,entregando o réó ao juiz do distr,ictõ n éoneelbos, onde ã tnt a pernoitar. . - . .
criminal, ou do julgadoem que tiver logar a prisão, afim de que o r60 5 J? Em cada julga& oii concelho, onde os presos rernetfidc53
~ s ase, quizer, prestar fiança perante esse juiz, o qual, se elie a fmwn entregues, a auctoridade, que os receber, dará recibo- ao a&-
nao prestar immediatamente na fórma dos citados artigos, remetter2 cíal que os,acompanhou, para este o apresentar logo á auctoridade
logo o preso para o juizo da cuipa, nos termos do $' 4.0 do art. 9.0; que-%$ver enviado os presos, a fim de &vir para qiiaesquer averi-
Art. 4.O L A auctor~adeque, tendo requisitado -alguma prisão, quações que possam vir a ser precisas; e o dicto officiaf, se-não
-receber aviso de que esta se effeituou,dirigir-se-ha,logo que o pi-eso &presentar esse recibo, responderá nos termos da Ord. do liv. 5.9
- deixe de ser entrègue n'um praso sufficiente, a auctoridade que fez ri! l @ f 5."- - -
- o aaiso, para se~averiguarse o preso se evadiu no transito, e proce- Art. 7..- Não sendo possivel conseguir eseolta militar ou tropa,
der-se-3%no caso affirmativo, contra quem de direito fbr, a vista'do. para. o~seryço a qne alludem os,$3 3.0 e 4.0 do art. 6.0, os-of8ciaeS
recibo de que tracta o 5 5: do art. 6.0 de Ollgeneias serao auxiliados, fora de.Licboa e-Portoonde este Ser-
Art. 5: -As remessas, que liouverem de fazer-se, de individúos .viço compete a guarda municipal, por quaesquer pessoas qiie n g
presos p o ~auctoridades administrativas em virtude de requisição de freguezias, por onde se pacar, estiverem sujeitos aos eecargos dos
oatras tambem administrativas, ou de auctoridades militares, deverão concelhos, na conformidadè do art. 365.0 do Godígo -Admíhistrtrtiv6
realisar-se por interven~ãosómente das auctoridades administrativas,
e não das judiciaes.
Art. 6.O- A aucroridade judicial, ou aãministrativa, sempre q u i
i ig
{hoje art. i88.* do Cod. Pen.),como 'a dispunha a Ord. do liv. 8.q
til. 85.0 19.O, e do iiv. S.*, 61. i61:, 1.. 3.0 e ao;sendo para essa
fim ooti eadas pelos regedores de parochia, ou por seus cahos~de-
tiver de remetter um ou mais presos, os fará acompanhar de uma policia, segundo as ordens que receberem, assim das auctoridades
&ia de transito para cada pr-,so, na qual se declare o nome, a edade, ministrativas, como das judiciaes, por serem esses rege-res e
a liliação, a-naturalidade,e os signaes d'elles, o motivo da prisão, o &ns cabos tambem officiaes de.policia correccional, nos temes.do
iiestino, e o itinerario que levam; rogando-se na mesma ás aüaori- ai%.@.O dodec. de 6 julho i836 (D. G., n."-ia), e do 8 2." do alf.
- dades, seja qual f6r a sua denominaç50 o~ qualidade, que por, bem -115.0 da Ref. Jud.
do servi publico auxiliem a diiigencia, como Ihes cumpre. 3 unieo. Os dictos regedores de parochia e-seus cabos de policia
- ( 1.O gn! caüa julgado ou concelho, por onde o prem passar, a -o estas notiãcações, com,amaior igqaldade, s e p t i o os róes qu'e
'respectiva auctoridadejudicial, ou administrativa, segwdo a remessa 'devem ter das pessoas de seus respectivos districtos sujeitos a e s
fòr feita por intervençào d'umr ou d'outra, porá seu visto na guia; encargos pessoaes na conformidade das leis, de modo que jamais
.e se-intender com essa occasião que 6 necessario alterar-se o iline- nobiQquem pessoa incompetente, nem ainda segunda vez alguma
rario do preso, o poderá declarar na mesma'guia. d'elias sem terem antes notificado todos do mesmo diskicto;-pwbm
5 9-e Se, no momento de chegar a qualquer julgado ou concelho- os individnos notifieadss Doderio fazer-se substituir ~ o Dessoa
r i41,-
o preso remettido, acontecer que se nao encontre logo em sua resi- nea. Quaesquer duvidas, q'ue sobre este servigo se oNire&reur, seviu
dencia a auctoridade a quem competir mandar recolher o preso na decididas demia, sem preiuizo da dilioencia, oela aucioridade flue for
cadeia, e ~)rovbrpara que prosiga aa-emessa, qualquer substituto-da competente ;cumprindo ;que tiver de fazetâ remessa h a r o nümerct
mesma aucwridade será competente para tudo; podendo até n'este d e pessoas que devem auxiliar a diligeneia, as quaes So Em càso
caso as auctoridades judiciaes snhstiiuir as administrativas, e aice- extraordinailo excederão de uma para cada preso.
vmã.. Art. 8.0-0s presos da justiça que, tendo em appeiiqão seus prù-
3 3.O Ospresos serão acompanhados em cada julgado, ou concefbo, cessor, quizerem ser removidos das cadeias em que se aebarern para
por um dos officiaes de diligencias da auctoridade que ordenar a re- as da- comarea, que for &de da respectiva ReT:ia..il), deverão agar
messa, ou a fizer pr6seguir; estabelecendo se para este serviço m @dasa s despesas de remessa, em eonformidqld do árt. i da
turno entre os respectivos officiaes de diligencias, aos cpiaes se dará Reformá .Judiciaria; e, não as pagando;perrnanecèriio nas c a d a i
auxilio de uma escolta militar, quando fôr precisa, e a houver dispo- em que estiverem até ao julgamento final,-uma vez que'se-não faça
R~vP.!.
-- --. .:p'eciso removel-os por segurança aos termos do árt.3 9 . O do regda--
$4: Os presos que forem levados por-alguma tropa, q ~ n -'ella. %=to das cadeias. (Este reg. era o de 16 jan. 1843).
se prestar a esse servico por occasião.de marchar para o-mesmo drt. 90 -Quando os presos nas cadeias das Relaç6es 6Òuvereh
p t o , ou de por elle passar, nao deixar20 por esse motivo de ser de ser removidos para as de qualquer jnlgado, por Ihes terem
-ompanhados do respectivo oficial de dibge~cias;bastàndo pudm annullados6sprocessos; por serem chamados para respon&r a i f I u s
qaent.8~no acto de prisão,-sendo todos devidamente datados 5 assignados pelo'juiz, para debaixo d'ella serem conduzidos
crimes; ou emfim-por qualquer outro n~otivo,serão os mesmos presos' h,nos termos dos St'2.0 e-3.0 da mesma circular, salvo po @e
entregues, de oraem do respectivo presidente, por um oficial de di-. p r t m c e r a e.xtradicçao dos réos hespanhoes, a qual deve ser requi-
ligencias da Relação ao juiz d o julgado, fóra da comarca que fôr s$de sitada de governo a governo para ser feita, quando tivèr logar, pelas
da mesma Relação, mais praximo n s direcção d'aquelle para onde
ospresos sahirem;,a fim deque b mesmo juiz faça proseguir na re- auctoridades admjnistrafivas, que para este 6m tomarão coata dos
messa, como fica estabelecido no g i." do art. 3.òà'este decreto.- réos hespanhoes mandados entregar.
Art RIo- A remoça dos presos de\umas para outrasza~eias, § unico. As duvidas que a s auctoridades portuguezas, adminislra-
só por motivo de precançZo ou segurança, punca se effeituara e m iims ou judiciaes, tiverem acerca do cumprimento de taes requisi-
'que as ,respectivas auctoridades se entendam presiamenre a este
tgrias, ser%o'Pepresentadas ao governo pelo ministerio respectivo com
todos os esclarecimentos necessarios, ara que elle os possa resolver
respeito sobre a capacidade das cadeias, e os meios de sustentar os
presos, exceptuando-se unicamente algum caso extraordinario que &
-devidamente; porém nunca servirão pretexto para que essasàu-.
ctoridades devolvam, por mero arbitrio seu, as mesmas requisitorias'
não consinta a menor demora na remock, tudo nos icrmos da Eort. . ,
.
do Min. da Just. de 2%maio 1844 (D. &, n . ~134). -sem nenhuma execuçao
, - AI?. 14."-Nas remessas ou remoções que se fizerem,-assim pelas
Art. 1i.O- As guias dos senteneiadw a trabalhos publicos no , auctoridades judiciaes, como pelas administrativas, segu@-se-ha o
reino, ow nas ilhas, serão remettidas pelo Ministerio Publlco a snpe- caminho que parecer melhor para a segurança, ou ainda pacaa e m -
rior auctaridade administrativa do districto em que os réos tiverem modídade dos presos, segundo a Ord. liv. 5.0, tit. 440, § 7.0 eiit. 449,
sido processados; ficando elles desde logo das cadeias em que esti- %$ 1.0e 13.0- Quando, porém, Wes levadas ou remoqões se fizerem
verem, ou para onde forem removidoe, a disposição da meirna aucto- por mar,- os mestres dos navios mercantes em que forem os presos,
ridade, para effeito de cumprirem a pena, segundo as portt de i 2 obrigar-se-hão por termo a letal-os a seu destino, debaixo da pena-
set. e d e 20 nov. i839 (D. G., n.OS 218 e 28.9) ou de a expiarem, wn- de responderem p w elles como-carcereiros, na fhma da citada Ord.
forme o !$ uuico do art. 42." do regulamento das cadeias, com refe- do liv. 5.0, tit. 143, 5% 5 . 0 ~ 6 e. ~43.0 (Actualmente são applaveis os
rencia ao dec. de 6 junho 18&%(D. G. n.O 13k). - e 193.0 do Cod. Pen.).
Art. 13.'- 0 s preoos de justiça, comprehendidos os d o s - ~ ~ ô r e s ; artt.
Rue ferem definitivamente condemnados a degredo para o ultramar, Art; 15i,- Os presos que entrarem nas cadeias para serem re- .
e não estiverem na capital do reino, serão logo remetcidos p d a com: metti-s, ou durante a remoção, não serão obrigados a pagar èarce- 2
etente auctoridade a presldencia da Relaçâo de Lisboa, acompanha- ragem, nem-qualquer outro salario, ou propina, aas offlciaes condu-
$03 &mente @uma guia de transito, nos termos do ari 6.0 d'estede- ctoies; porque eómente pagarão carceragem nas cadeias do juizo em
creio, enviando-se pelo Yinisterio Publico ao procurador régio da 'que penderem os processos os presos que os tiverem. (1)
mesma Relação as certidões das sentenças em todas,as instamias;. 5 i."Os carcereiros de todas as cadeias; onde taes presos fimrtim,
bem como as guias com que o s réos devem pariir para os degredos. ter% o maior cuidado em que os empregados dasprisões, se os houver,
.não tomem dos mesmos presos dinheiro, falo, ou algum outro objem
Os degredados porém, que estiverem na ilha da ?tiadeira, es erarão
ali que os vão levar para os degredos, em conCormidade do i: do
art. 43.O do regulamento das cadeias. (1)
1 a titulo da Caamada-patente, da limpeza das prisões, ou de qualquer
pr@texto.- -
Ai?. 1 3 . " - ~ s requistforias que se receberem das auctoridades 5 $.O Os dictos carcereiros, quando os presos forem recruty aa L
civis ou mjlitares de Hespanlia, para p r i ~ ã oe entrega. segundo a exercito, ou simples desertores, deverão, sempre que fdr, p ~ s i v e !
convenção de 8 de março de 1823, de mancebos alistadós para o re- - sem parigo &'evasão, recolhel-os em logar separado dos crrinrnosor,
'ou elo nienos dos que forem &s de crimes graves e ihfames.
crutamento, de recrutas ou de desertores, serão cumpridas pelas
aucto~idadesadminiszrativas, as quaes immediatamente remettec.30 &t.
- 1 6 i (2) -A despesa que a fizer com a sustenta@ dos prtsos
os presos ate á fronteira do reino, para ali serem entregoes ás .au-
ctoridades hespanholas, na conforinidade,do 8 1." da circ. do Wn. , (I) As tabeilas actuaes de carceragem encontram-se no art. 70.0 da tab:
do Reino de 5 junho 1810 ( D . G., n.aj09}.-As requisitorias, porém, eiriol. jud. approvada or lei de 13 maio 1896, devendo os emolum~ntosser di-
que vierem das aucroridades judicia~sdo reino visinho, acerca de vididos em Lisboa e jorto 6nti.e os empregados d'estas cadeias e o estado, con-
-hespanhoes ali'criminosos, serão cumpridas pelas justiças pertugub-, f q e a ercenta em estabelecida nos artt. 18 O e 19.0 § unico du d e ~ d. e v i %
* . - dez. 2898 regulafo pelo dec de 98 junho 1897.
(2, Pelo art. 249.0 n.0 3.0 do-Cod. Adm. de 18& competia aos administrado-
(I) Vejam-se actudmente os artt. I0 0 'e li.@e §§ respctivus do regulamento res de concelbo a sustentaçào dos presos pobres por conta do estabo. Em coa-
provisoiio das cadeias de 12 dez. 1879. sequeneia do dec. de 28-agosto 1845, que declarou o regulamento das d e &
Q cadeia. Nós-mandados dève conter-se a explicação d6- &e, a desipação da pessoa, a declaração @,ser aprisâo;
pobbs,'que brem levados ou removidos, na f6rma d'este regula* tt$sponsavel pela sua disciplina e o uMco competente para provfden-
mente, será abonada em cada julgado ou concelho, em que elles per- &ar s ~ b r as
e disposições ue deiem serJomadas, a fim de eüraprír
. noitarem, pelas commissões encarregadas de os alimentar, ou peías amquisição da auctcridaje civjl, re@uisição que.lhe deve ser apre-
miseri&ordiasonde ellas têm esta-obriga ão. senuda por escripto, ou vocalmente em$resença-de testsmonbas,
_ A despesa,do cordel p m a prisão, e! pa5sagem de rios, oude -do circumstaneiasurgentes e extraor inarias m e permit1ariI que
eavalgaura para algum preso que não possa por idade ou meestia seja @itapor aquelle modo..
caminhar a pé, será paga pebs cofres das muláas judiciaes de que
tracta o dec. de 2 março 1882 (D. G., n." 561, pelos quaes será paga
,%anisem aqcella despesa de wstenta~ão,quando não poderem provêr
a ella nem as commibsões nem as miseri~ordias.
A despesa coui a conduc ao d'esçes presos em navios mercantes
30
de-Lisboa para o Porto, ou Porto para Lisboa, seri satisfeita, ae-
gundo o cofIII!II,:, pela Ministerio da Justiça. As requisições pára captura de criminosos far-se-hão por meio-de
$jU$CQ. \::e& tem hoje applicaq50). ofllcios. entre as auctoddades administrativas e judiciaes, acompa-
nbnao-as dois mandados assignados pela judicial, para que um seja
entregue ao capturado. -Quando faltarem os mandados, a auctori-
dade administrativa não dara seguimento nem éxecu 50 a requisim?
&
Feita a caritura, o preso entrari na cadeia i ordem juiz goe tiver.
ysignadoo mandado de prisão.
L' O adminiaador do concelho dari logo parte ao delegado j u n t e d ~
A requisigão da forp, uhlica necessaria para alguma diligeniía jiuíz deprecante, e este delegado requisita o preso ao delegB@operante
de justiça deve ser duipr% pelo juiz ás auctoridades administrativas, o inizo onde se effectuou a prisão-Cod. Adm. Annot. de 1865, pag,
e não aos commandantes n~ilitares- Cod. Adm. Amot. de 4865, 3&, letra Q.
,pag. 339.
Na ordemá forca amada do Mín. Guer. de 30 set. 1879, pnbfímda D
no Boletim de Moçambique, n.O 7 de 1881 se determinou :- a3.0 A
requisição da força milttar para alguma diligencia de justiça~deve FALLECFNTO DE PRESOS
ser diripida pelo juiz ou agente do Ministerio Publico á auctoridade
aaministrativa, e por esta transmittida a auctoridab militar, sem o Falleeendo algum preso na iadeia deve o carcereiro dar parte ao -
que. não será satisfeita. - S.a U commandante da força requisitada-8 respectivo juiz-eleito (hoje de paz) da localidade, a fin d'esle com
um f&coltatiroe duas testemunhas procederem a exame sobre a iden-
de 16 jan. 1843, bemcomo as,d y . de 20 nou. e 20 dez. de 1839, e o d& ,de
tidade do fallecido, lavrando se auto que deve conter o assenSonSode
33 julho iSG, -passou esta attrtbuicãapara os.procuradoras Mias das ReIacQes prisão e ser assignado t.ambem pelo carcereiro, para que +poisde
e estabeleceram-seas regras para a'obten$io dos fomccimeutos, e para a respebtivi a v e r h b no mesmo assento, se junte ao processo, a hde ~ulga-se
escri turaFo Sendo depois promulgado õ regulamento provisocio das cadeias exlincta a aceusacáo, oú a exeqyão da sentença contra o finado -;
de 11&i. i&; passou este essa-attribuigo para as aueto~idadesadministra-
6 v a s fóra de Lisboa e Porto, entre ndo aos delégados e procuradores régios a
W s t r a $ ã ins
-A port.%o &. e policia %s cadeias.
da h&. &e 4 w s t o 4 8 8 3 determina o modo c o m devem
y d c i os procuradores rkgios e eeis delegados com relaeao aos contractos de
~.
5 9." do art. 5.0 do dec. reg da policia das cadeias de 1883.
Vid. art. 244 o do reg. do Cod. Mil. de 1-6 ácerp da obriq 50-
s
dos promotores de justiça com relação aos presos militares falleci os.
kubstituivel por fiança,-ou não, e a requisi$ão dhecta da i;r$apublica para auxiliar a hptura, e bem assim a.hdi-
periores, aos quaes deve ser reqnisitada a prisão. - A lei & 1julho de 2867 considerou quatro categorias de cadeias:‘
4 3." O individuo nào.militar que for preso pela anctor@ade mi- ~.WR%~~M&&S, geraes, diststrictaes e comarciis.
litar-sera-entregue á auctoridade-competented a localidade, -&genitenciarias deviam ser em -mero de tres: uma em Lisboã
8 4 Q u a l p r que seja a categoria ou posto do preso em flagante E r a coudemnados do sexo masculino, outra no Porto para coiidemiia-
delíctoj nuncá se poderá escusar neprecusar-se aresponder ás per- i k s tambem do sexo masculiilo, e outra no mesmo dtstricto do Aorro
~ . t ?interrogato to rios que lhe forem feitas pelo agente-da polic3
judiciana militam. .para coodemnados do sexo feminino. Actualmenteainda iiiaceima
11.in1
r,uaPO senzo a de Lishoa, regulada por ,dec..de ?L) noT. i?&: : --.,
-Nas -prqas de guerra e nas loealida&s onao houver coqos d e caaeias geraw existente:, sao a do %moeiro em LisFa e a da
guairnição ou comandos militares. os.oniciaes de reserva n a o p =Relqãudo Porto, e bem assim a cadeia cjmi creada em Lisboa por
der% s-eypresos senão em eaifieios militàres, unas-mesmas condie@g dd 15-junho de 1ü71 eom a denominaçao de *casa d e ~ m e q ã o e
5 YOL I
crime admitta fiança, nem antes do nascimento do sol nem -depois
- do seu occaso, devendo, todavia,
tomar-se.as cauleias-
pecessarias pela parte exterior para que se não. dê evasão.
~ *
detqüow, destinada a recolher 0s individuos do sexo maseuiifio -2.O Os casos em que esL%se deve pariici ar á compelente auoto-
.seguintes: - 1.0 Menores de i 8 apnos que se aeharem em proce$w
e não afian dos -2.0.Benores de 16 amos eondemnados a prisão
r i m e , ou seja i judicial, quando aprisão 8rordenada~pualguma
.auctoridade administrativa, on seja a auoloridade @tar do distncto,
mi-reccionaf-iO Menores b 14 anms mndemnados a qualquer quando a prisáo de algum militar fôr determinada por auctoridge
-
pena.;- 4.0 Menores presos a ordem da auetoridade administrativa;
Menores que devem ser detidos nos termos dos ktt. 443.0 a
224.O, aoi2.0 do Cod. Civ. (1) .-
juwial ou administrativa;-3." O fo;rmulario que campre segúir
nos assentos de prisão e soltura, com as averbaçdes qee-ali devem
fazer-se segundo o movimento dos presos e dos prpcessos; -
O governo foi auctorisado por lei de Ii maio 1896 a reorgaaisãr tempo por que elles odem estar incommunicaveis de ordem dos
esta casa, e no dec. de 42 dez. 1896 foi auctorisado o procurador
régio junto da Rela ão de Lisboa elo art. 23.O a providenciar para
juizes para no caso & excesso o represehtar mmpeten~men~,' q
que as menores de E4 amos que L processatias, sejamreclogs,
n'algum estabelecimento de beneficéncia adequado a esse effeito. - .
para prohibir aos presos. n'esse prqo qualquer .co~espondenea,de
palama ou por escrípto; -3.0 A distribwção dos preses que deve
fazer-se pelas respectivas .prisões, como se dispoe n'este r.-?!ila?
As eadeias civis são reguladas pelo regulamento provisbrio a- aiento;- 6.0 A tra11sjerenc1a dos presos de umas para outras pi :.:.l:.s,
policia das cadeias de-lâ ja.1 8 0 , e regulamento provisorio das gaando fôr devidamente -ordenada; e - 7.0 Os salarios ou earcera-
cadeias de 12 dez. 1872, modificado pelo dec. de 12 dez. 4896. -$ens, que deve receber segundo as tabellas que -iarão a h d a s na
As v a r a s municipaes pertence a construqão e administração casa dos assentamentos, e em cada uma das pris-S.
das cadeias comarcãs- art. 50.0 n . ~6.0 do Cod. Adm. de 1896. 3.0 Sobre a ségurança dos presos cumpre-lhe exesutar as ordens
q u e p h i & m : -1.0 Receber ou soltar presos aem despacho on-
,man ado da auetoridade compet-ente;-2 . Trazer os presos softo.
fora da cadeia; -3.0 Conceder-lhes licenp para sahirem d'e1ia;-
Envig-os as audknc@sou a outro algum destino semas cau€elas
O.!
-
d'ella; -'10.* Não guardar silencio durante a noite;-$1: Todos e lhestocar oumprir na fórma d'este regulamento; corrigindo as faltas
quttesquer abusos que perturbem a ordem das prisões, @. ,qtxaes p,W commettidas pelos presos contra a s disposiçõe- do mesmo regula-
ede fim devem estar de noite bem alumiadas. .mento pelo modo n'etle consignado; e reprimindo de prompto quaes-
$-5.. Sobre o aeeio e salubridade das prisões deve seguir as õrdensb - ger actos ou excessos culposos com a prigo em separado dos presos
sobedientes, soberbos ou bdgaioq que possam arr@ar a segurança
que maadam limpar, lavar, arejar e defumar as prisaes; bem come
as que pb~igamos presos: - Lo- A lavar-se todos os dias; -4." A -dacadeia, até que das auetoriqades, as quâes deve immediatamente
fazer a barba e a conar as unhas e cabellos no-s dia8 marcados; participar o caso, obtenha medidas mais efficaze3, se tanto f8r ne.ceS
- 3 . O A andar vestidos;-4.0 A não empenhar ou vender o fato qm _
se-lhes fornecer; -5.0 A não dor-mir sobre terra ou lage; e -6.0 A
.Wm. Vtd. art: t i e 0 . O do Cod. Pen.-
mica da cadeia, ha de proceder como lhe cumpre em vista deste 5.9.0 Ficam salvas igualmente as attribuições das ayGoridades
regulamento e das ordens a que se refere; dando-se ao respeito de- aèininistrativas no que respeita á deteqão nas cadeias civis be i%&-
vido, como pessoa de cuja confiança pende em grande parte a ordem
e di-iplina da casa; a @mde que os empregados lhe ohedqanl prom- t) O reg prov. da penitenciaria de Lisboa foi approvado por deo ~ & U O V .
ptamente DO de.sempehho de súas obrigações, e as resos ó respeitem 188i .em eoníormdade com outro da mesma data.
ein meto que pertencfr a p a r d a e segurança ceies, e aa mais que
Quando se presuma que o delinquente se acolheu ioútra Gsa @e n8o seja a sua, deve levantar-e'em juizo um-
- ,
viduos presos a sua oniem, na conformidade dos regulamentos, e ao por qualquer outro motivo igaimente attendivel, será oaneedidapelà
xir.1.&o dos presos hd~gentesn a . cadeias fora de Lisboa e Paga eon.+-l!idiro presidente:da retaçãh ou pelo juiz de direito respectivo,
(Vi11, Hota ao art. 16.0 do dee. de Z3 junho 18B). segundu o r@ se ;ichar em comarca séde de relação, ou em outra,
Art. 2.0- OS procuradores regios e sèns delegados visitar& (i) palquer comarea, a requerimento do Ministerio Publico ou da parte
as respectivas cadeias peio menos uma vez em cada semana, para interessada, -rido, n'mte ultrpo caso, ouvido o MinisteFio Pelim,
obserumm -a sua segurança e estado sanitarij, vigiarem o exacto '8.q~aidar8 6empre.e immediatamente conta ao governo do resultado
cumprimento das leis, regulamentos e instrucções; promoverem contra @equaesquer pret-sões d'esta na6urez.a com a sua informa,çã~kercr)
qualquer crime; oovireni os presos quanto ao andamento dos seus do mesmo resultado.
pro6essos e cumprimenIo de- em, bem como as-suas queixas e re- Art. 6.0-A remoção de presos em eomprimentode pena de uma'
clamações mntra~qualq*ei afaw ou excesso da parte dos empre- para outra cadeia, pqr falta de segurança na cadeia, por causa de
gados providenciarem immediatamente, sob sua responsaJ~llidade,~ epidemia ou-por qualquer-outra motivo Igualmente' attendivel, ser&
em to&s os casos urgentes, dando logo parte ao governo, se as me- concedida pelo goveiao, precedendo informação do Ministerio Publico
didas adoptadas excederem as snas attribuições; promoverem, final- e a : - ~ p l o ,ou sobre requerimento da parte interessada. A communi-
mente, ludo o que fôr conducente a boa administração, á segurang cação do despacho concedendo a r-oção sera feita ao eonsalheim
e á policia das cadeias. riresidente da r e l a ç h para ser por eUe cumprido ou ordenado oaeu
_r
Art. 3."-Os conselheiros presideates das ceiações e os juizes de, cumprimento ao respe$ivo juiz de 'direito.
instãncia pocterão visitar, quando.ojiilgarem conveniente, as res- A n 7;- A r e m de qno traaam OSartt. 6.0 e 6.0,n d se f$i
-pectivas Gadeias, observando. o estado de segurança e salubridade sem previas inforwG%s' do Migisrierio Pub1ico.áeerca do estado de
em que as acharem, para pedirem ao governo as reformas qué se neeurànca. caoaeidade e salubridade das cadelas para onde se pre-
inostrarem necessarias; admoestando os carcereiros, quando c0.m- ieGder &mo$r os presos.
-'metterem abusos ou excessos; dando parte dos casos em que se dèya Art. 8.0 -As licenças para os presos em processo poderem sahir
proceiler criminalmgnte; e ouvindo ^asqueixas ou reclamações dos de gadeia por motivo de doença serão concedidas pelo conselheim
presos com relação ao andamento dos seus processos, para a tal presidente da relação ou pelo juiz de direito respectivo, segunbo +
fespeito providenciarem dentro dos limites das snas attribnições, ou comarca for,-ou não, séde de relação, a reque~mentodo Niniste~io
informarem o governo sobre as medidas que se devam tomar. Publico, precedendo exame de ~cnltativosque as.de4arem mdis-
s unico. As auetoridades administrativas podem igualmente visitar
as cadeias; quando o julgarem conveniente ao exercicio das .suas
pensaveis. O agente do Ministem Publico, que,assistrra ao exame,
dará sempre e immediatamente conta ao governo do resultado de
attribuiqoes. quaiqwr pretensão d'esta natureza com a sua informação acerca @O
mesmo resultado.
CAPITULO h Art. 9.0 -As- licenças para os presos em cumprimento de pena
poderem sahir da cadeia por motivo de doenip, serão concedidas pelo
Remoça0 .de presos de umas para outras cadeias, e de condemnados govemo, precedendo informaçao do respectivo agente do Bbini,?D%ic
~ : ao ultramar - Licenças-a presos por motivo de doença - Publico, -i-ofli-q, ou sobre requerimento da parre~interessadd-e
eos c-demnados a trabalhos publieos. exame de £acultativos, que as decla?rem &disqen$veis. A prn?i?u:
nicapo do despacho concedendo a licença sera feita 30 cons$iieire
A ~ . % . O - Aremoção de uma para outra cadeia de presos em pro- ~res~ãente da retaeão, para lhe dar cumprimento, ou'mandar que fhe
cesso pendente de recurso, quand&os mesmos presos o pizerem beja dado pelo 'uii de direito respectivo.
acompanhar, nos termos do art. k189.0 da Novissima Refoma Judi- - Art. 10: -d s r6os (1) deiinitrvamente condemnados a qndpq
cian'a, sera conci..li~l.ipelo respectivo j ~ i zde direito, ouvido o Minis-
te130 PubIico: (Yid. art. 8.0 do reg. de 23 junho I&EB). .-
Art. 6.O -A remoção & presos em processo de uma para ou- (1) O, @. \ ~ O . O do reg. prov. das prisoes de Angola d e - i d o i@, ap-
romdogela port. do Y I,.. da Mar. de 10 nov. 1889, determina que os reos, em-
cadeia por falta desegurwa na cadeia, por causa de epidemia ou semnados a cum rir uditper pena n70utra provi~eia,devem se: remevid?, a
. .
iequerimento do kin YZibl., ara a cadeia civil de Loanda, . hcarZo :o dispp-
. onde
(1) As visitas sáo reguladas pelos dec de 80 dez. 1839 e de 16 jan. 1843 sicão do governador de ~ngo?a.
%dados execùtar rigorosamente pela port. de.%agosto 1893 no tosaote A pol- -Assim que passe em juigado nas Relacões alguma sentenp condemnatoria
1k.a das cadeias, L apena maior, dwe o escrivão tirar logoma guia dirigida ao governo, na
;wíto G c i a l com a de~iaraçãodos i&ivÕs: e ra6es de
peaa no nltr-amar s e r b remoddos, a requisieão do Ministerio PuBIico,. 9a governo as instruc ões que tiverem por necessarias ao fie1 cum-
.-para a cadeia civil de Lisboa, onde ficará0 'a dispmição do gove%o, :.I-iiiientodos deveres $0 Ministerio Publico, a qne sa referem os ar-
a 6m de serem oppornínarnente enviados para os seus destinos. &
,& antecedenks, ouvidos os respectivos delegados com refereneia
3-unico. Exceptuam-se das dispos4ÍIes d'este artigo, quanto.&w - isoornafcrrs fora da séde das relações. Estas instmcms não ser%
- moçao ara a cadeja civil'de Lisboa, os r6os condemnados para a ~:xecuEa&assem prévia approvação do governo.
- Afi-ica 8ccidental que estiverem aa ilha da Madeira, d'oide s M o
directamente remettidos para o ultramar.
Ait. li.*- O procurador regi0 jmto da Relação de Lisboa, fara . TITULO 11
exáminar com a. devida anteci agão pelos facultativos da cadeia os
%os que tiverem de ser envia& para oultramar, demorando oem-
barque dos que forem declarados temporariamente @capazes de se- Baa oadeias oivia de Lisboa 6 Porto
@r viagem; e dando parte-a0 governo dos que o $rem-permanente-
mente a fim de se !ornarem as convenientes provnienaas ácerca do
seu destino. CAPlTULO I
e unico. Feito o exame e apurados o s réas%e t6m de embarcar, -.
dos nomes d'elIes mandara formar o procuradorregio as competentes D o s empregados d a cadeia,
listas, para serem remettidas.ao linisterio da Marinha por intermedio
- de Ministèrio da Justiça, e directamente ao capitão do navio que 0s
deila transportar (de quem se cobrará rectbo de mbavqye-art. i&?- Artt. 15.0.. .'a f 8 . O . . .
do reg. de E3 juahe 1845, e art. 63.0 do reg. de jan. 18k3).
1 Art. l 2 . O - Os rbos, que-por motivos attendiveis requererem ao CAPITULO I1
-governo o adiamento do embarque para o ultramar ou de remoção
pâra acadeia civil de Lisboa, para o indicado fim, entregar% os seus
requeiiimenlos ao procurador Pegio se estiverem em comarca, séde Do sustento d o s presos indigentes
de relação, ou ao delegado respectivo se estiverem em qualyuer buua
comarèa. Estes requerimentos subirão á secretaria d'estado dos ne- Art, 19." -São considerados presos indigentes, (i} para o effeito
gocias ecc@siasticos e-de justiça, com as competentes informações . ,
- dos magisErados do Ministerio Publico. O despacho da concessão será
communicado ao procurador i'8gio respectivo. respectiva sentenca com a guia, com-que d e ~ eir o condemado para O seu de&
Art. 13.O -Emquanto se applicar a pene de irabalhos publicos no tino- ar&. 6.0 é 14.0 do dec. de 23 junho 1846. Vid. tambem artt. &%.O e 4-
mntinente do reino e ilhas aaacentes, os r6os que a ella. f w m deii-
nitivamèate condemnadrie, serão conservados nas respectivas cadeias
a dbposiçáo das competentes auctoridades administrativas para os
do reg. de 16 jan. 1843.
A porl. do Bin. da Just de 9 ont. 1896 dei. 1,: na rp m OS réos C ~ W
~ d o s - c o m oineursos nas dipposieijes dos artt ::,I; e 6013 dd C0d. h.;e &O
.
empregarem em obras publicas. {Foieliminada do Cod. Pen. esta pena).: art 5,0 dã lei de 3 abril 1896, quando elas senteneas seja&-postes disposicãe
Ar& 14.O -Aos procuradores r6gios -compete organisar e propdr d a overno para se 16es fornecer trabarho, ou ~ a r < o seffeitos do ai*.. lO:-di~-lei
- . , de 4,
-- -- x --k.d- 1899:náo serem demorados nas cadeias comarcag depois do cum-
-
c e
Art. 26.0- Os condemrtad?~a trabalhos pubIieos são obrigadm ao
trabalho, nos termos dos artigw antece&entes, emquanto permane-
m nas cadeias.
B
preso senão em vista d'um mandado assigna o pela au@-
i.ídade legal, salvo em flagrante delicto -art. Z A da lei
-
Art. 27.O Os procuradores regios junto das ~ g l a ~ õile
e s Gsboa de ,i2 março 1845.
e .%i30 proporão ao governo-as instrucções que julgarem convenien- 'Acerca das prisões .de estrangeiros e entrada em & s
tes para, com toda a pos-sivel brevidade, se esbabelecer o trabalho
casas d prudente ver-se antes; se ha tratado ou wnyençáo
nas respectivas cadeias.
-
&ilrl. 28:" Ficam revogadas todas-as disposiçties em contrario.. que regule o assumpto. .-
.-
-Nas primeiras -48 horas de p r i a o os presos suspeito&
Enisterio hiblie-o nos termos do § 9.0 do art. 3.0 de dee. de 30 dez. ls?!?,o de mime a que não caiba fiança, náa podem c o m n i e a r
paal fica modificado sevil a! a disposicão do pmente wtigon. . cólm pessoa alguma, salvo com seus paes, filhos, muther?
-O dec. de 19, a6d I\.#;, qne ap<rovou.o regulamento da policia jndieiyia
e maridos, precedendo ficeoça do juiz, e na presença d'um
~fficial30 juizo -art. 973.O da Nov. Ref.
e prevsntiw de Lisboa, occupa-se nos a&. 23.0 e 2: do regimen dos presos e
i. im.lusnas prisees das 'esquadras e do governo u v l l , e determina qae o eon-
sallu administiativo não,abonerancho ou rages aos presos que nZoforem pobres,-
devendopraeeder auctonsacao do juiz inçtmetor.
. - B port. do Mia. da h t . de 1%junho 1889 manda organisam notas men&s
dos en-..-nms com o sustenta doa presos e pobeias das cadeias,
(t) &til dis osi~ãoeuconti$-se tambem no art 289.0 do reg. proa:da peni-
%ciaria de-Listoa de olD nov. de 1886. (1) Nos.con0ictos positivos as diversas -auctoridades devem con-
1%) Puta disposiczo foi aceeita em ideia pelo § nnico do art 294.0 do reg. tinuar a andamentodo rocesso preparatorio até a pronaneia ilsca'uai- r
'eit. da penitenciaria da Lisboa. O yt. 9.0, porem, da lei n.' (1 de 3 abril 1896
imp?e o brabalito obrigaterio aos condeainados em policia corrèccional, sem ser
i~>b*regúnen penitenciario. % ,
aonntc -ut.?MO,$ i .O da Nov. Ref. . --
- Prevenqb (if -Ninguem pbde set preso-sem culpa for-
mada (2) senão.nos seguintes casos: iEU ilegredo, 'do destkro ou do de detençãs- lei' a art.-
X P Em. flagrante-delicto;(3) -art. 1:Oig.O da Nòvl~ef. eis. - -
.2."Nos crimes previstos no^-tit. 1I;liv. 11, do Cod. Pen; -~Q.* Quando os delinquentes tentarem sahir do reino s e m
-.a& 26.O da @i de 3'-abril 1896. -passaporta:-lei e art. cit., e artt. 6.O e 7: da lei 23 abril-
3:" Nos crimes de roubo-art. 1:023.O da Nov. Ref.'e -'i8%6, ao. 26.O do Reg. geral da policia do reina de 7
, . . abril 4863, e art. -466." da Reg. do serviço de'reórn'ta.
lei citada.
4."\.Nos crimes. de furto-iei e art.--citado.' menlo de 6 ag. 4896.
- 3 . O Nos crimes de abuso de carrfianqa e Iwirla - 1~ e . 10.O Os anarchistas-art. 3.' J! unico
- .da-lei de- 13
-42) A culpa reputa-se f m d a depois do lançamento do despacho cção. criminal, não-se prestem voIuntariamente a auxiliar a
de pronuncia. olicia, ou @andohaja,receio fundado de que elles se evct-
(33 Flagrapate deliclo é aquelle que se está commettendo, ou se ?em,ou quando univeaha a sua incomm@niolbilidade,-fi3~
acabou de commetter sem intervallo algum, reputando-se tambem-o podendo es'ta ir a b a d e48 horas -art. 28;" n.O R0 e.3 f .O
a s v e m que o delinquente, acabando de perpetrar o crime, f6geda da 19 de 3 abril 1896, modificado pelo dec. de -14 fev..
lagar a'elle, e &logo contínua d successivariente seguido pela justiçá,
ou nor m a l o u e ~do novo - art. i:OZO.o da Nov: Ref. t897.
2 P$a a- risão 6m 'nagrante pur crimes em que não~cabe-fiaua, -iõ.*,~uando-0s arrematantes não depositarem o preço
os otneías-& justiça e qualquer perna do povo podem e n t r a r a e da arrematacão no praso de tres dias, não podendo a pri--
dia tanto na casa, onde o delicto se esta ~mmettendòcomoii'aquel~a s'io durar mais- de um amo, e cessando logo .que elles'
em que o i-éo se acolheu, independentemente de~requisitoon s o l 4
mnidade 'alguma; mas de noite-só tera logár a entrada, havendo re- paguem a quantia-art. 859.O 5 7.' do Cod. do-Proc. Civ.,
clamacâo de dentro -arl. I :021.0
- - -rla
-.. Nnv:
- . . -Ref.
.- - 16,O Quando os depositarios de bens pe~hmados-ou.a-
-6 indivizuo-não militar que fof preso- Ia aiictoridade militar, restados, ou de objectos~fiscaesapprehendidos qão fa~am
der6 ser entr~:ii~- áauotoridade competente louli8ade- an;331i. d'elks, a devida-entrega, não podendo a prisão dupF-mais:
$+ 30 &o Cod. i1.I de 1896.
i e dois - annos, cessando quando ó depositario pagar, ou
~
@ando o tempo da prisão, calculado a L W r+s d i a i i ~ , '&@a, emquanto os r4os a não prestam-arC. rtãl8iort.
-
perher o valor do deposito artt. 825.' e 367,' 3 9.' do
Cod.:do Proc. Civ,, e art. -72.O 3 2O . do dec. n.O 3 de 27-
3.M. de 20 out. 1835.
84." Nos casos designados era outras leis especiaes.
set. 1894. Em todos os casw de prisão o juiz kr4 constar as=-
47.' Quando os thesoureiros, reeebedores -i? quaesqgei, ws, em iiiii;g@a de culpa por elle assignâda, os motivos
elrsctores de fazenda forem enmptrados em ,alcance p w âe prisã6, e os nornm-8~"tSte"munhas e dos aecnsadores,
visita de Surpreza ou por algum outro modo -art. 3 7 3 . O havendo-os, a qual deve ser entregue ao preso peio escri-
do .Cod--do Proc. Civ. -vão na presença de duas testemunhas dentro de 24 hwas
48.O Quando nos delictos de contrabando e deseamiqho da entrada na cadèa, sob as penas da art. 291.O n.O 5.' e
de tabacos, tecidos, alcool. ou aguardente, a importancia
,
g 2 . O do Cod. Pen., e art. 4084." da Bov. Ref.
dosdireitos e da multa applicavel fbr superior a 80W000reis,
: devendo -os delinquentes bncontrados em flagrante delicto
fôr inferíor a &0#000reis, os delibqueates encontrados em AJA. 920.' -Nos crimes, que pela lei não t ê m i - maior
flagFmte delicto devem ser capturados e detidos em custo-* pena, que seis mezes de prisão, ou desterro para f0ra da
dh,~quandonão depositem imme_diatamentea malta e ,os maatica, nenhum r60 serA levado A prisSo antes. de >&ai:
direxb, ou não dêm fiador idoneo; mas esta de@nção sen-iça. .
nãe podera ir alem do praso de oito dias -ará, 28.O do
%-
-
@ art. 4 8 8 . O 3 2.O do mesmo Corligo art. 25.' niO9."
,da-lei de 3 abril 1896.
a todos -os actos, para que fôr requerido, dt6 á sent'eng.
.@a1 e sua execuçb. .,-
A
: - 28.' Quando os individuos forem reeaetafios -artt.
s
&t. 9282-A fiança nunca será menor que a quant3 B -Foi publicado d e ~ o i so gécreto de L0 de dezembro
-de fiW000 réis; e d'ahi para cima será taxada pelo ar% & de852 que no art. 2.O determinou :- <Nos crimes em
q w , segundo o Codigo penal, a pena correspondente f6r:
trio d o juiz, regulado pela gravidade do delicto, pena,;
d a q o 2 e qualidade da pessoa do delinquente.
,
- 1 . O A d e prisão ate seis mezes;- 2.O A de desterro
..ale seis meges ;-3.O A de multa; - 4.O A da perda dos
Art, 926.'- O réo não é obrigado a dar fiador, depo- direitos politicos ; A de suspensão dos mesmos direi-
sitando-judicialmen a quantia arbitraya.
Art. 927.'- de
em dar-se um m mais fiadores, aba.-
nados por duas testemunhas, uns e ,outros rieos, -cháos e
tos; -6." A de repreheusão; -7.O Qualquer das espe-
ciaes dos empregados publicas, poderão os criminosos -1i-
moradores no districto sujeito a jurisdieção do juiz, que, vrar-se soltos sem prestárem fiança ; e somente-serao pre-
adm-te a 4ança. , ,
sos, se não comparecerem em juizo nos termos, em que a
--. Q pico. Se os fiadores depositarem em juizo a quantia.
lei os obriga a esse -comparecimento.
da fiança, ficam dispensados &e toda a abonação.. aArt. 3.O -Nos crimes em que a pena correspondente,
Gr%.-o998.O- Dos despachos, que arbitrarem a quantia segundo o codigo penal, f8r: -L0 A morte;-2.O Os tra-
da B a w , ou decidirem sobre a idoneidade d ó s fiadores,
c0n)petq aggravo de petição ou instrumen@s, nos termos
, \balhos p~blicos;-t.~ A prisáo maior ;-4.' O degredo;
os-criminosos serão sempre presos, sem que lhes seja per-
-do âFf 923.' mittido livrar-se soltos sob fiança, ou a pena seja petpetua,
ou seja temporaria.
Art. l.O-Fora dos casos previstos nos dois artigos
antecedentes, os criminosos poder20 sempre livrar-se sòl-
deposito, e a iertidão da intimago, que será feita ao a-ado para +tos, s e estarem fiança idonea nos tecmos da leis.
que dentro de um praso assignado, a raeão de quatro leguas por d@, ~ . - r ~ e de
i de16 junho 1881diz: (4) rArt. 3.'-Da sen-
compare@ no juizo da cuipa, sob pena da fiança lhe ser tença condemnatoria, proferida em processo de policia cor-
e 6 se $mitpootra-artt. 1:Oll.q 4:0L8.0e $unicola%:-;$ reccional, ha sempre recurso com ~effeibsuspensivo até
- Bodera o jnu conceder ou denegar-a fiança agtes da formaçao do
de'delicto? IoFndo que sim; porque os textos da lei, insergs ao Sup. Tnb., quando a pena applicávd ao crime exceder
'no arl. '1921.0 e outros da Nov-~Ref.,ev~denciamque o juiz deve a alçada do juiz, se não se tiver prescindido do recurso &a.
@o a ~~assifi~ prmisorkz
ão do delicto; mas se &ais, pelo*
d e d do processo, verificar que ao crime cahe, ou nao, fiança,
%sim deve proferir o seu despacho de ,pmnuneia em eonfo,+dáde
dos elementos do processo, ficando sem effeito-a caução concedida,
.sedocrime a não ahitte, ou sendo prestavel, o erime-a permitte - &Esta
i)lei. foi posta em vigor no uitramar por dec. de 4 i dez. '
e.f&&enegada, apesar de recurso resolvido, porque este não FWR- i 8 4.
'ma-seEáo sobre a classificação prouisorh. -
6 .. VOL i
pi"cipio do julgamento. -5 1." O juiz poderá todavia exi- -& 3.@'.Se o 1-60 não comparecer ém juizo nos termos-
gir do rèo appdlanh fiança que nunca serA>arbitrada em ;I -que a -lei o obriga a esse comparecimento sem motiva'
quantia superior a ~~
s e r detido em custodia.
réis, Sem o-que poderá o réo pstificado,~será p e s o e só podera livrar-se salto nos termos
&I artigo. seguinte (I),
D -Veio por fiw a lei de 4 5 de abrii de i886 (i) que, . Art. 3."-'0s r h s accusados em qualquer processo, aos
'regulando- esta materia, sem revogação da disposição me* F a e s não'hajam de ser applicavèis as penas mencionadas
cionada;dispbe: aArt. 4:"-0s r b s accnsadas e-m qualquer rùo ai.%. 4 .O, ou que não tenham de ser processadòs correo
pi.ocesso criminal poderão livrar-se soltos, nos termos da eionalmente, poderão liaar-se soltos sob caução,-nos-ter--
presente lei, excepto quando haja de Ihes ser applicgda- mos do art. 6.'
qualquer dás penas. fixas estabelecidas nos artt. 49.O e $ unico. Os reos, porkm, condemnados nas penas de
5d.O da lei de 14 de junho de 1884, ou qiiátguer das que; prisão maiòr ou degredo, serão logo recolhidos a cadeia,
segando o systema penihnciario, f o r m a ellas correspon: ~s a prisão posterior á sentenqa sera levada eni conta
dentes. pelos tribunaes superiores, wmo cirefimstancia atteqante
Art. %."-Os r b s incursos em crimes, a que corres- pari o effeito da reducção da pena.
ponda proeeso correccional, nos termos da lei, padem Art. 4."- Os reos absolvidos em processo, em que
livrar-se desde que, provada a sua @entidade,s e não fo- se jiaja interposto recurso de revista ($9, serão immeuta-
rem conhecidos em juizo, assignarem termo, em que decla- mente postos em liberdade, se o crime, de que eram accn-
rem a sua residencia e se obriguem a comparecer em juiz^, @dos, não fôr dos mencionados no art. 4.O, e, sendo-o,
e -a participarem tambem previamente qualquer mudança.. r tepois de haverem satisfeito -as prescripções do art. 3.O
Esta declaração, ou temo, será feita logo que os r6os
sejam entregues ao poder judicial. (2)
. 1." Se o réo fôr residente fora da @rcumscripçáoond6-
o processo tem de correr, apresentara em juizo ama pes- (1) w b r a m -Quebra-se a fiança, quando o afianwo, :
òegendo a accusaçao, fal!ar a algum termo a que deva assistir, der
soa que, residindo dentro da mesma circumseripção, tome 3 0 4 &OS fiadores terem sido citados para o apresentarem dentro de
sobre si o encargo de recehèr as citações e intimaçães li!.ltm dias; ou quando, haveqb deposito em juizo, e,. tendo sido o
necessarias ao regular andamento do processq, fim@- iiii;inçado mimado no domiciiio escolhido para se apresentar em
iim, no praso de quatro dias, o não fizer; ou quando se passar or-
aquelle obrigado a comparecer em juizo, a fim de dar ?r&- rem de prisão contra o 1-80, e o fiador o não apre.-I-iiiardentro de 15
via parte de qualquer mudança de residencia d'essa pessoa. h a s depois de cítado para isso-artt. 932.0-a da Nov. R&.
4 2.O ria caso da pessba a que se refere o antece- - a art. $ 3: da lei de 1Fi abril 1886; on quando se nán apresente
ao praso assignado pelo juiz da eomarca, onde foi cone~-linl;if i a m
[lente faliecer, ,mudar de residencia para f6ra da respectiva juiz da culpa respectivo- art. 10t8.0 $ unico da Nov. H&: 0 ,r&
circumscripção, m,por qdaiquer .motivo, se tornar 'inca- deve assistir peaoalmente aos interrogatorios, jurameato,-ãepoimen-
paz de receber as cita$-ti e intimaç&s, o réo svbstituil-a-lia
inamediatamente por outra, que seja apta a cumprir o dis-',
póçto no mesmo S.
-*
b s das festemunhas, acareação com estas, com o accusador ou
-co=réos,e publicaçZo da sentença final- art. 8 3 7 . O d? Nov. Ref:
: ( 2 ) UdecreW de 1'2 agosto I'-.4 no art. I O o a p g ù ~ asu comarcas
.da Relação de Loanda o at. lSJ.u do Regimento e justiça de f dez.
686ô, onde se prescrevia que, quando se interpuzesse recurso de
revista e os réos tivessem sido absolvidos poderia a relação c o s e -
der-ihes fiança, excepto se o crime fosse 6e pena capital..Outro sim
(1) Esta lei foi posta em vigor ÚO ultramar por dec. de % março -pcmrevia o $ 5.0 do art. 13I.o do mesmo Reg. de i866 que, sendo
1887. annulIados o> processos mandando-se instaurar a causa de novo, ou
(&) O processo eorre~cionalde que sé falia n'este artigo, não &de *guir no respectivo processo, deviam os reos ser conservados e&
ler o ~ t r ~ ~ e ~ Ó ~ Ò - ~ .porqile i a tempo
p o ~ i ao , d'esta lei aaina não' -todia, sdvo se, eabe6do fian~a,em conformidade dos artt. Z.*, 3.0
stava em vigor o actual processo correccionak B 4.0 do decr. & 10 dez, 1852, elles a prestassem. -
Art. 3." A caução pode ser prestada por meio -de' Arb: 6.'-Nos recursos sobre fianças compete a todos
deposito, penhor, hypotheca ou fiança (4). ds juizes e tribunaes conhecer, alkm doobjecto do recw-3,
de todas as nullidades do processo e da existeiicia e qua-
tificacão do crime, sem prejuizo dos competentes recursos
do despacho que pronunciou ou deixou de pronunciar os
(i) A Port. M. J. de 24 abril 1886 declarou que a caução por meio , qaerellados.
de fiança ou deposito de dinheiro deve ser prestada ela fóma da $junico. Os processos eomprehendidos n'este-artigo, e
legislação criminal vigente (isto 6 conforme os artt. 990.' a 934: da^ @$quer outros que na Relação sejam julgados sb c?m o
Nov. Ref. Jud ), e a qué tiver de ser constitaida por meio dedeposito
d'outros valores, enhor ou hypotheca, o deve ser nos termos applil . n s t o do relator, o Supremo Tribunal de Justiça os julgara
careis dos artt. 589.",e 515.0 do Cod. do Proe. Civ. ( i ) ., ,Éom o visto de tres juizes.
O Mmistro .da justi~a em portaria de 3 junho i895 recommén-- Art. 7."-A caução subsiste durante os termos do re-
dou que não sejam admiitidos como fiadores e testemunhas abonat~-- -ewso interposto, salvo o disposto no art. 3.O $ unico. "
manda dar vista do processo ao ministerio publico e á dos jurados das duas comarcas mais proximas, devem man-
parte accusadora, havendo-a, pelo praso de-tres dias, a fim dar dar aos r6os copia da pauta geral formada pela da
de requererem o cumprimento de qualquer diligencia ou comarca e das outras duas, deprecando aós seus collegas
acto marcado-na lei? que ainda se não ache satisfeito, e- que mandem mtimar os respectivos jurados, depois de fixado
dizerem sobre nullidades -art. 1:032.O da Nov. Ref., e o dia da audiencia - $5 3-0e 4.O do art. 6.O do dec, regu-
art. 610.O da mesma lei. lamentar de 4 agosto 1859.
Satisfeitas as diligencias requeridas, o juiz parca dia :O dec: n.O 1 de 45 de setembro de I892 diz:
para julgamento e manda que se dê copia da pauta dos -
aArt. 10."-Nas comarcas do continente do reino e d y
jurados a cada reo oito dias antes da audiencia com as ~ O F - ilhas adjacentes as audiencias geraes abrir-se-hão de tres
imialidades do art. 1:046.O da Nov. Ref. Jud. e art. i3.O em tres mezes, em janeiro, abril, julho e outubro para o
n . O 7.O da lei de 18 de junho de i855 e art. 1:129.O, da julgamento de todos os processos crimes que estiverem
Nov. Ref. Jud.; que os jurados sejam notificados com - preparados. .
detlâração. de que Ihes não será feita outra intima@o, $ 1.O Nas audiencias d e cada trimestre funwionaráo os
devendo a notificação fazer-se aito dias antes do designado. jurados sorteados para o respectiva semestre.
para a audiencia do jiilgamento, e podendo-o- ser na pes- ,$ 2.O As disposições d'este artigo e 3 -1.O náó cone-
soa d'alpum criado, familiar, domestico ou visinho, quando prehendem os districtos criminaes de Lisboa e de Porton:-
Pelo decreto de 30 de outubro de 1844 as audiencias
geraes em Lisboa e Porto devem fazer-se nos oito mezes
(4)'Seguudo o art. 397." do Cod. Mil. de 1896 os auditores, só de-
pois de apresentada a contestação ou passados os prasos legaes, 6
ue deferem aos requerimentos do Min. Publ., do accusado ou do de-
iknso, podendo aquelle artigo servir de erplicaqjo 5 Nov Bef., em (4) Os r6os presos devem ser intimados pessoalmente, e as intha-
:onsequencia da paridade de circumstancias do procesg; e por isso ções dos soltos ou afiançados e dos accusadores devem ser feitas no
i n W o que os juizes criminaes podem fazer o mesmo, guardando-se seu-domicilio, não sendo necessarias, quando houver falia de deela*
para-deferirem aos requerimentos para depois d'esse termo, -
rqáo ou escoíha d'eUe art. l:lil=i.O da Nov. Ref. .
Xe fevereiro, marco' abrit maio, junho, julho,-outubro e ~ j & ~ - ~ u e -chamem
se- as partes (2) e seus advogados,- e em
.
kndienois, do julgamento que dhpensam a prova do censo; e outros 60,pelo menos, dos 9.m-
tribuintes, na forma prescripta.
3 3.0 Nas comarcas mencionadas no $ anterior a pauta se for-
I .O ACT02 ;mará lançando em uma urna os nomes dos recenseados com as lia-
bilitagões litterarias, e em outra as dos que o foram como conùi-
Constituição do jury (1) 'buintes, e de.cada-unia d'ellas Se sortearão desoito nomes.
Art. 3 . O - 0 recenseamento será feito or uma commissão com-
pota do juiz de direito da comarca, pesiiente e "ice presidente-da
No dia designado. para discussão e audiencia manda o commissão de recenseamento do concelho que-fòr séde da comarca,
presidente da camara municipal e administrador do conceibo. - ~
RI -
em qualquer universidak uu academia extraugeira, competentemente habílitados
ara usarem dos seus raus n'estes reinos ; 5.0 Os membros da Academia
das Scieuciai de fisboa, s os professores de instruc& i ~ i i l . l , a i,seem& [I) Em vista do art. 188.0 combuiado com o art. 173.0 da Nov. Ref. 3ud. e
ria e supeior ;-6.O Os que houvessem completado o cuiso h dgum lycen -do a%. 964.0 do Cod. do h e . Civ. e ainda do art. 188.0 do Cod. Pen.. ita ae,
-
Feiòe art. 8.O reieiwo ao0 n.°l 3.0 a 8,0 ao art. ?,o da lei 80 set,- 1859. .nos pareeer que a-mdfa pOde ser cobrada eucutiiam@e pelo In.
seguida todos os jurados da pauta, iança~ao-seos nomes $[os que e s t i v e ~ e mpresentes, em uma urna em iguaes bi-L
sobre o objecto $ia representação. (2) mais de Renda liquida em cada anuo. E se com todas ainda se nao -
$ 1.0 Tendo sido attendida aqiiella representacão, o jdz de di- ? perfizer o numero de 120 se completara com os dos individuos que
reito requisitará de cada uma das duas comarcas mais proximas os tiverem a renda immediatamente inferior, por sua nlirllsm, nos. ter-
nomes dos doze jurados primeiro sorteados, e estes com qs doze pri- <mosdo $ unico do art. 1." da lei de 21 de julho de lh:~:;.
meiro sorteados da comarca, onde penderem o processo ou proees- Arr. 6.O-A commissão chamai.a os inàividuos mençionadòs no i-
sos, a que se refere a mesma auctorigqão, formarão a pauta do jury, 4.0ao art. 26.O do decr. de 30 de setembro. de 1852, que fórneeerão
devendo verificar-se o julgamento em audiencia extraordinaria e com os esclarecimentos e dopumentos necessanos para -e hajika maior
toda a possivel brevidade de modo que o reo não fique retido- na exactidão no tocante aos nomes, sobrenomes, prolissoes, edades e ca.
cadeia atC ao semestre seguinte. pacidades dos recenseados. (3)
.§ 2.' A resolupão do supremo tribunal de justipa será tomada e
communicada ao respectivo juiz de direito da comarca no praso Be
- ' 8 unico O secretario sera auxiliado pelos empregados da . m a p a '
Mlda adm-i~trapão do concelho o u bairro que fo-m requisitados
trinta dias contados desde a apresenta@o. Se o não fôr, continuara pshcommissao, OS- quaes receberao uma gratificapao arbitrada por
o processo nos'krmos regulados segundo a legislapão commum. &a, e paga, assim como as mais despezas, pelas respectivas ca-
Art. S.*- Fica revogada, etc. paras. -
B - O Decreto regniamentar de 29 de agosto de 1867, em execu- Art. 6.O-A commissão terá um limo especial para o ,reeensea-
ção da lei anterior, dispõe :
Art. 1.0-No dia 1 de julho de -ca&a a n o o-juiz de direito de - >
cada uma das comarcas, com o presidente e vice-presidente da com- (1) A por!. de k .agosto I868 determina que, n2io podendo as cot@sW r+
missa revisora do recenseamento, presidente da camara e adminis- nir-seaos dias destgnados pelo regulamento, devem ser convocadas para Outro
elo juiz A port. de 30 julho 18Y5, prov!denciando.sobre o recenseamento e
:!mecionameuto do jury nas comarcas, e q a area foi alterada pelo dee. d e 15
jnlho do mesmo amo, suscita. para o caso de ndo poder fazer-se o recensea-
(1) Quer-nos parecer que a lei pretende que o recurso seja inter ostomnfowe. mehte nos prasos lepes, a observancia d'aquella portaria.
slacão eleitoral em t,: ,r, sendo por isso ho'e &tes plicavefo art. @.@.da
;3eii°iil de 2 1 maio 1~~11;. d
do que o dei. de aet. 1 3 em consequencia das
reelamacbes e recursos em matena de recenseamento do jury estarem sujeitas ás
As
- 2) exeeppo dos clerígos de ordens sacras, sáo todas as pessoas meacia-
na nota ]unta ?o art,3.0 da lei de 1 jniho 1881, trasscripta-anteriomente.
(3) Diz o $ agui citado - «Assistem igualmente os parochos, os escrivaes &a
pliases da materia eleitoral, as quaes t6m sempre seguido. r$eend+ os regedores de parochia, e os recebedores de íreguezia, p e fornecerão
(2) Opina a Rm-de Leg. a pag. 211 do 20.0 vol. que o jury mixto n'este caso a% eo@missões recenseadoras as ihforma$õ- e doctpentos que por 0kis.Iheri
~3deser re erido at6 ao proprio dia do jul amento e mesmc no come$o da au- -forem pedidos, para a venficacão da oa acidade eleitoral, OU da ekeg~bil!~l.i~l.-
kiencia, fun%Umdo-se nas palavras guro ousfar o julgmnto doprowss~r,e bem r dos recense~hos..- ActualmeGe o art. gti.@da lei eleitoral de & i m.u Iri:lli
issim na oh2Usdo da designa50 de praso. só-myda ouvir ou parochos e repdores, em confcrmirlade com o 5 2.0 do art. 2L.u
7 YOL,I . .
lhètes que seráo primeiro contados pelo,esCrivão publica- . Um menor então de dez amos ira extrahindo &
:ante.
. I
-.
~
Qupedigjento physico ou moral, que os impossibilite absolutamente_ {i)Quer-nos parecex que actualmeu dwe seguir-se o quadro de prasos junto
-de ,exerceremas funcções de jurados. - h lei eleitoi.,~ da 91 abril 1895;ondq se marcam cinco dias para o rílcusq pw
_ Art. 46.0 -30dia 26 de agosto se reunirá a consmissão e\jut& r i ~ ~oí jus
e de direito, cmno ja estabelecia o dec. de-30 set. 1@2.
* -
urna cada bilhete até ao numero dez, ficandd a ser presi- do-jury a primeiro jurado sorteado, e supplent'e o
. cebedores-de coneelha;
devida propor$áof ou tiverem os grAos e titulos littererios, pelos
*
recer,'com tanto que o primeiro sorteado consinta n'isso -, artt 515.0, 518.', fi39.O 5 segunda parte, e 41271 da
.Mo?. Ref. Jud.
'A proporção que se forem extrahindo-e lendo os bilhe--
-tes, podem a accusaçáo e a defeza, cada uma pelasua banda,
circulos de jurados, serão recenseados em ambos, se antes &e mn- . recusar at6 tres jurados, e quando os réos não concordem
clnido o recenseamento nio tiverem deçlardùo eu1 qu91 dos domici- nas recusações, a sorte decidiria a ordem, por que cada
lios preferem servir de jurados; devendo fazer esta declaracão pe- um d'elles ha de recusar, e n'este caso cada um poderá
rante a eommis~.ãode recenseamento, respectiva ao domiríii em
que preferirem servir, e apresentar a do outro domicilioceriiil. de
1
B
successivamente recusar nm jurado, até se completar o~
haverem feito a sobredita declaraqác. numero total das recusas, não podendo estas continuar,
.
a$t . 5 . O . . 5 2.O-As comrnissões de recenseamento sã& obriga-
das a inscrever como jurados todos os cidadãos que tiverem a renda
b g o que o numero esteja completo, ainda que algum dos
designada no art. LO,e não poderão attender nenhuma das exce ções
réos não chegue a exercer o direito de recusa - art. 4.O
do arL 2.0,-8ern que os interessados alleguem e provem com ~ I I - -$% r.". e 2 . O da lei de i julho de 1867,ee artt. 519.O e
mentos os motivos de escusa, que possam ter, uma vez que estes 591.O da Nov. Ref. Jud.'
motivos não sejam de notoriedade publica, ou conhecidos pelas ditas Quando o Min. Publ. B parte juntamente com accusador
eommissões. particular, e não haja concerdancia, fica si, ao Min. Publ.,
Art 6.0 -A legislaçáo respectiva a reclamaçges, reeursos e penas o direito a todas as recusas, em consequencia do 3 unico
no recenseámento dos eleitores e elegiveis para os cargos publicas,
é em tudo applicavel ao recenseamento dos jurados. do art. 52.i.O da Nov. Ref. Jud., combinado com o $ 2." do
Art. 7.0 - As mesmas eommissòes, concluido a Enal o reeensea- art. 1." da lei citada.
menio, e feitas n'elle todas as comecçõcs, na fórma da legislação _ Acerca da constituição do jury estrangeiro e suas recusas
ap licavel, enviarão ao juiz de direito da respectiva comarca uma
re!Eão authenlica de todos os cidadãos, que tiverem rido recensea- vide lei de i 2 março 1845.
dÒs como jurados; s e m Lisboa e Porto aos juizes de direito crimi- -4Iem das recusas sem motivo, estão inhibidos de func-
naes. cionar legalmente no jury :- 1.O Os ascendentes, descen-
2.0 D'esta lista geralil) se extrahirão, por meio de sorteamento -dentes, collateraes ate ao 4." grau pelo direito civil, ma-
todas as pautas de jurados que tiverem cle servir nas assentadas rido e cunhado de algum dos réos, ou das partes quere-
do resp~tivocirculo de jurados, até que esteja formada nova- lista
geral em resultada da revisão do recenseamento. -lantes;-2.O As pessoas particularmente offendidas com
5 6.0 A mesma pauta s e ~ i r ápara o civel, para o crime, e para os crimes, ainda que renunciassem ao direito.de querelar,;
ou demandar perdas e damnos, e os ascendentes, descen-
felegrajhistas, conduetores de macbinas, os de comboios, os gu;,rdas de passa-
&!em de nhel os chefes das estacões e os tieis de mercadorias - dec. de 3t
- .dentes; irmãos, cunhados è maridos d'estas ;-3 O Os que
dez. de 1864'art. 10.0; e-bem assim os chefes dos serrreos artivos da explora- participaram em juizo o crime ;- 4c.O Os advogados con- a
c~o..mvimento, traceao, via e obras, os inspectores do'movimeoto e trafego, stituidos~nosautos ;-5 . O Os que testemunharam, . .
ou ser-
8s chefes de seceão de via e obras, os capatazes geraes de partidos de conser-
-vaca, os bilhetèiros das estacões, o th&oureiro agador e pa adores todos os
agentes do servieo de s a d e L art. 89.0 e n.as l o dec. de 1 iez. 1 8 h com o
ae5 ; os qhefes'de secc8o dos servitos internos e externos das differentes di-
reccões-art. 76.e do deer. n.O 9 de I dez. 1892.
9 Os v e n d e h n ~ ~de~ ,papel -. I ,do, como resulta do disposto no art. 6.0
da 161 10 julbo !h;:: e .do art. tia: do dee. 10 dez. 1861 -circular da dir. os delictos especiaes de imprensa*. (Actualmente o; delietos de irri-
ger: nas eòntrib. Uirectas 30 nov. 1864. prensa não são julgados por jury; mas pela ptoposta de lei n:" 48-A .
%..-Os professores de ensino publico secundario e superior, que devem de i6 agostò 1897 breve havera-um especial para certos casos).
trn
-
nrticipel-o, tres dias-antes da audiencia, ao juiz de direito deer. de 13 fev. ( 9 ) Os reos podem ser obrigados a sentar-se, salvo allegando mo'-
30.0Os professores do instituto agricola - decr. de 16 dez. 185t, ar&. 34.0 .tivo justo; e sedesohedecerem. eommettem o crime de desobediencia
31.0 Os professores de ensino industrial-dec. 30 dez. 18112, an. 43.0 -D i ~ e d o n.@
, 18 do 24.0 vol. de 3 set. 1892.
32.9 Os empregados no servico da lavráde niinas-dec. 31 dez. 485'2, art. 46.0 -A parte accusadora não é obrigada a comparecer pessoalmente,
(1t A formada das diversas pareiaes de cada concelbo na cabe. de comarca, podendo ser represeti@da por advogado -art 4.O do dec.n.O 2 de B !
e as quaes já se nZio fazem por constituir cada comarca um s6 circulo de jurados. março 1890.
Viram de interpretes no summario, (4) ou de peritos nó &a@ na qualidade respectiva, nãosendolícitg desdeentão
corpo de defcto, salvo se os primeiros nada depozerah - inutilisar-se o jurado, offerecendo-se como testemunha. O
artt. k043.O e 1:128.0 g unico da Pov. Hef. caso érealmente intrincado, e se o Cod. do Proc. CW.resolve
E m virtude tambem do disposto no art. 42.O do dec. a questão quanto ao juiz da causa no art. é f0r.a de
n.O 4 de. 45 de setembro de 1892 que extendeu aos pra- duvida que nada previne pelo que respeita aos jurados em
cessas crimes as disposições dos artt. 292.O e 293.O do especial.
Cod. do Proc. Civ. sobre impedimentos e- suspeições dos O art. 29%*?n.O 4.O do citado codigo de Processo Civil
juizes, quer-nos parecer que t m b e m estão inhibidos ;de- inhibe o-juiz de o ser, quando houver deposto ou tziier p
func~iouaros jurados a quem a materia d'aquelles artigos
se appliquem, devendo o juiz decidir logo as suspeiçóes e&; mas, o art: 268.O, explicando esta disposição, so1ve.a
dificuldade, creada pelo preceito absoluto do art. 292.O
oppostas, depois de feita a prova immediata por-documen-h -nbO&.O, restringindo-a i consideração da declaraç50 prévia-
tos ou testemunhas, como questão prévia a decid~r,assim- . - ,
do mesmo juiz.
como é permittido qoe cada um dos jurados se dê por sus-
peito nos casos do art. 1:043.O da Nov. Ref. Jud, provando Se, pois, atkndermos a que os jurados são juizes
caEá, segue-se que as disposições do art. 268.' d e C@.
+
logo a causa da suspeição- art. 1:045.O da Nov. Ref. do Proc. Civ. Ihes são inteiramente applicaveis com as mo-
No .caso de se. darem como testemunhas alguns dos ju- dificações devidas. Se, por especiosa, se afigura acceilave:
_.rados,~-afim de se inutilisarem no juJgamenb, como se a doutrina do illustre magistrado, porque o cargo de jub
deu no celebre rocesso instaurado no Porto contra a me-
!
dico dr. Urbiuo e Freitas pelo crime de envenanamento, (2)
sendo advogado o distincto causidico dr. Tbemiido Rangel,
gador, sendo de maior conceito e, de importancia mais ac-
centuada, p m d ~ p r e f e r i rao de testemunha, e mesmo
demrá o juiz verificar quando foi intimada a testemunha e porque se o cidadão tem-.conhecimento de factos impor-
notificado a jurado, pára preferir uma ou outro conforme tantes em favor do réo, pela sua posição especial de jurado
a data dos actos judiciaes? A razão dada pelo juiz-dr. Kopke mais facilmente pbde favorecel-o, explicando aos-callègas o
que presidiu+i discussão, decidindo n2este sentido, foi que motivo do seu oeredktum, e se os factos de que B sabedor,
á competencia do cargo se fixou em juizo pela data da inli?
lhe são contrarios, este nada lucra em o produzir por te*
temunha, tendo então a faculdade de o repllir de jurado
- peta recusa; é todaiia certo que não ha texto legal que
prive .o yéo de dal-o por testemunha, sendo este somente
,. (i) Actualmente o sumario foi s@stituido pelo corpo ae delicto
juiz da conveniencia do acto, porque a apreciação constitue
nas querelas contra pessõas certas, e por isso é-lhe applieavel toda dm'direito d'elle, e portanto os motivos expostos são in-
a doutrina exposta no texto. admissiveis por illegaes. Mas como a questão deve solver-se
(2) N'estf pocesso que representa um instruetivo modelo de en- á vista- da lei, intendo que a unica solução acceitavel é
sino de direito crirnind adjectivo, e ao qual figuroii brilhantemente convidar o jurado a declarar sob juramento se tem eonhe-
como delegado o meu amantissimo condiscipuio dr. hfiguel Pestana, cimento de factos que possam influir na decisão, não sendo
tauibem se discntiu a irnportancia das reacqões dadas pelo alcqol
impuro, empregado no enfrascamento das v i s m s , demonstrando-se admiitido como jilrado no caso affirmativo. Na hppothese
a necessidade de se fazer a analyse, em separado, d'aquelle que $e exposta não ha uma suspe&?áo,mas um fmpedémento.
empregue na conservação das materias suspeitas. D'onde se cenclue Quando é que os réos podem dar o p i z por suspeito 9-
que para não haver duvidas no exame chimico-legal nos laboratorios, - Vid. Incidentes adiante.
n-20 obstante as que podem resultar das ptomairias cadavericas. e
d'outros productos perturbadores das reacções, deverão os pèritos, Nos crimes de falsificação de moeda, o juiz, reèebidas
no acto de procederem ao enfrascamento, recolher tambem, em -copias das pautas das duas comarcas, e formada a pauta
frascos diversos, amostras30 alcool empregado, consignando-se tudo geral, manda qué da urna, onde devem entrar sessénta
+ssono respectivo auto de recelliimento. nomes correspondentes ao numero de jurados das tres paiitàs
reunidas, visto que cada comarca das tres reqectivas deve 'condemar o jurado na multa depois de 24 horas; porque
dar vinte nomes, se exiriiaa os nomes dos doze jiirad~s 6jarado póde apresentar á sua escusa n'esse pFaso, quando-
que em- audiencia hão de constituir o jury de julgamento .adoença ou o caso imprevisto fôr posterior, porque, sendo-o
e'esta especie de crimes. No caso de jury formado dos ju- , antes, deve mandar a escusa tres dias antes d'aquelle em:
rados da comarca com OS das duas mais proximas, fhra~da que dever começar a audiencia, e logo que occorrer; s e
hypothese meneionada, o-sorteio far-se-ha dos trinta e seis sobrevier depois. Quando a escusa fôr posterior a audien-
nomes de que deve constar a pauta geral, sendo doze de $ia, e motivada por doença, deve declarar-se pelo faculta-
cada domarca; ehtrahindo-se da urna dez nomes, e ficando .t i o que o jurado adoeceu de repente, ficando o jurado
o jury composto de 9 jurados e i sapplente. suieíto a Dena, faltando esta circumstancia -art. 173.' e
No caso de. se julgar um inglez e elle tenha requerido da NO;. ~ e f Jud.
.
o j ~ r ymixto,sortear-se háó da sua respectiva pauta seis Finalmente, constituido o jury e decididos todos os inci-
nomes, e da pauta da comarca outros seis, para farma- dentes que s é levantarem, o juiz deferiri o juramento legal
ção dos doze de gue fallao art. 5.O 3 1.O da lei de 12'de aos jurados, conforme o art. 1130.' ,da Nov. Ref. 'Jud., e,
março de 1845, devendo a extracção começar pelos nomes po caso dos jurados serem estrangeiros, deverá deferir-lh'o
dós jurados inglezes, e acabar pelos dos nacionaes. -conforme os preceitos da sua religião -81%.5.' 3 44." da
Formando-se o jury todo de portuguezes nos crimes pra- lei de.43 março 1845, não sendo a uns e outros appljcavel,
ticados por inglezes, exceptuados rio 3 1.O do art. 4." da .o-art. 1 9 . O do dec. n.O 2 de 15 set. 1893, porque só falia
lei citada de 1845, então o jury s ~ f composto
i de 9 jura- de testemunhas; e por isso quando. a'leguém falta de relii
dos e -1 supplente, exactamenle como se se tivesse de julgar &áo, não devem ser admittidos no Iury, passando-se ao.
um nacibual, excepto nos casos de falsiEcação de m e & , sorteio d'outrcrs. -
porque então ojury e, como para os nacionaes, coinljosto . 'Aiites do jury estar constituido 6 lialo as partes ajun-
de doze jurados, não tendo então Iogar o jury mixto estran- tarem ainda quaesquer documentos, podendo a parte con-,.
gcU.0. traria pedir vista d'élles por cinco dias, como se deduz
Faltando algum jurado sem mandar-escusa legal de mo- do ,art. 242.O 3 2.O e 401.O 3 5 . O do Cod. de M e . Civ., .
lestia grave, comprovada por facultativo, ou de incidente com quanto a Nov. Ref. Jud. no art. 837.' 1 1 . O só con-
impreyisto que o impossibilitasse de.-comparecer, o juiz cedesse tres dias; e, n.0 caso d e não haver jury, podem
deve mandar tomar lembrança da falta, a fim de lhe ap- -
juntar-se mesmo durante a discussálo art. 242.O do C4.
plicar a multa de 1W000 a 208000 réis, ordenada no ,S 4.O - de Proc.
cbmbinado.com o .$ 2." do art. 3.' da lei de 1 julho f867 - ACTO
artt. 473.O e-5$3.O da Nov. Ref. Jud. (1) -0 juiz só deve 2.O
.-documentos
..
~ -
e o rol das testemunhas das partes ari.
- 1:131.O da Nov. Ref.
r q õ e s pogque jul a necessario - o depoimento da' t e s t e
i
mnba, mnbmuan o a discussão. No- fim da discussão q ,
jaiz, antes dos qnesitss ordinarios, propor$ previamente o
,
-Não havendo- con@stação, o advogado do -do- pode
.ded_lizil-a verbalmente n'este acta sendo Lançada no 9% ..~
-
-palavras e de successao de phenomenos pode dar-se grande diver-
quanto ás pessoas particularmwte offendidas, não sendo gentia, em eorisequencia da differença de tenacidade e de facilidade
querelantes, e aos menores de v
annos e maiores de 7
lhes possam ser tomadas declarapes sem juramento-artt.
do seu recolhimento na memoria, ou em resultado d'uma observação
menos ~apida,ou menos perfeita.
O testenlunho pode ser fdso sem que a testemunha pos~adizer-se
967."_e 968." da Nov. Ref. e art, 271 . O 8 2." do Cod. do @@r@.
Proc. Civ. . No ~ ' u r ahao a intenção de B1r. a verdade, e, portant9 o intento
Sendo inhabeis relativamente, como as indicadas no art. '&e ment~.; testemunho falso pode haver apenas teiçao ae me'
966.O Nw. Ref., o juiz não as obrigara a depôr; mas mona principalmente se os Pactos se passaram ha m w o tempo, ou
d a s
hhfu4ão de ideias, on difneujdade de~~posigãt). ordenada empre-
se depozerem, os seus depoimentos serão validos, ficando gando-se no discurso palavras de signi6caqao diversa, e que.,nem
-mesmo havia desejo de proferir, mas que se disseram,por não,occor-
remm outras correspondentes á yerdade do,assumpbo. Tpcando de.
@to estas,questões com o mysteno das qualidades cerebraes,de sli-
aib-adr:mental, e da perfeição dos sentiaos, do modo de se receber.
(k) Nos pmeessos ordinarios em que intervem o jury, os depoi- irs impressões dos phenomenos externos, e de perceber as seas re-
mentos não são escriptos, devendo mencionar-se na acta apenas a h$- e emfim das condi-ções psycho-physiologicas individnaes, é
matricula das testemunhas e o juramento.
N'ãgueiles, porém, em que o juiz julga de facto e de direito, os
~uitodiEci1discernir quando a testemunha mente !o quando
serdade por confusão e sem mesmo ter desejo trah1r.a conçcienela.
fae á
escrivães escrevem, n'um iermo de assentada, a parti! da acta da au- :Deve, gois-haver a maior cautela na aprec.~.~~;:codos depoimentos,
diencia, os aepoimentos que devem ser rubricados pelo juiz, e as- ~ll&ràgdo ;vida, habitas, caFacter, grio de iil:i+trqão e co&gões
signados pelas testemunhas, sabendo escrever, pelo interprete, sendo li:&? pessoas qne depõem, bem como o tempo -II!.que~succl?dmm9
caso d'isso, e pelo escrivão, bastando os advogados rubricar as folhas, @~@s.
-- D'esta falta podem resultar erros gravissmos.
Quando a iestemunhd não saiba escrever, o juiz deve assim= o de- bem gue .a let considere a todas as test~munltas'por i p $ n e m
poimento com o nome por inteiro.- Art. 269.0 § E.\ L3d2.q 53%0, WP bso deixou de dar ao juiz a denda lat~tu* na a p r e c i a p da
§ 1.0, 4:429.q 1233.0 da Nov. Ref., e et.976.0, $$ 1.0 e 2.0 do 'lima de degar,,e na ponderação da.qualidade-das pessoas que de-
Cod. do Pmó. Civ. !i-..% para poder, com atgum eriteno, arraacar a verdade do Pondo
r.k poeo das conscieneias humanas.
8 VOL,I
. .
juiz, por-decisão absoluta do jury, -dada affirmativmeate a Direito, pag. 324 do 2.O anno,' accrescentando eu que
sobrè quesito em que s e pergunte se deve; ou não, sêr bmbem se deve tirar depois certidão da sentençh con-
-áxusadá de pejura, mandaia formar auto, no qual-se faça demnatoria-art. 23tL0, $ 1.' do Cod. Pen. e fazer-se,
mengão das palavras da testemunha e mais circumstaricias @%amedirecto no depoimento dado no preparatorio.
q w r e n t e s , 9 dos nomes, 'moradas e mestéres de' tres Em qualquer aos c a Í s o ~ a r é m ,o depoimento da teste-
espectadores pelo menos. ~rrmliafica sendo de nenhum effeito, conservando-se esta
Este auto (i) sera assignado pelo juiz, pelos jurados'e m custodia, por se dar flagrante delicto.
pelós =t-s espectadores, sendo 5 testemunha log5 posta
em custodia, e o aúto remettido ao Mia. Pnbl. - 4se ACTO
Havendo empate na decisão do jury, não terá Ioga- o
auto, ma$ a testemunha ser8 mandada sahir da andie-, Interrogatorios (1)
e -o seu .depoimento annullado -art*. l:%4. e 535." da
Nd*. Ref.: Terminada a inquirição das testemunhas, procede-se ap
Cessar&,porem, toda a pena, se a testemunha se retractar iinterrogatorio dos accusados, que, sendo surdos e mudos,
antes de terminada a discussão da causa - art. 239.O do 'ou não souherem a lingua portugueza, responderão @r h:-
Godigo Penal. %wprete conforme o art. 949.O, ou conf0rme.a art. 9%'
'Jntendo que tambem assim devera proceder-se nos con- .. da Nov. Ref.
sebos de guerra e m vista do srt. 650.O e 3 unico do Cod. -.R'? acto de perguntas, em que podem ser acareados e m e
Mib de 1896. si ou .com as testemuahas -art. k072.0da Nov. Ref. .SuB-,
- Se o juiz julgar sem o jury, quer-me parecer que, visto ser-lhes-hão mostrados todos .os documentos, todos,os pa-
não haver nada prevenido na lei, deve proceder-se do peis: instruínentus, ou quaesquer objectos apprehealdo$
mesmo modo, porque o juiz, suhstltuiudo então o jury, tem para que os reconheçam, fazendo-se. menção da exhibiçâ!
singularmente competencia para a apreciação livre dos de- aut@da audiencia -art. 1:069;O da Nov. Ref. Jud. - ,
muito curialmente a Reu. cke Leg. a pag. 404 do 4.O vd., (i) Os interrogatorios perante o jury não se escrevemsen3~at6
. -
- a-maticula na acta~daaudiencia-art. 1:068." da Novr Ref.
- Os julgadores terão muito- em vista a fórma p- que rewoad.
os acctxsados, pois a expressao da verdade tem um accento especial
iueonfund-ivel e tãopersuasivò que provoca, em gerai, a conaçãp,
[lj Coma os eorpos de delicto, nos processos de querela, não po- e m consequencia da firmeza com que a mesma verdade-se apresente
d e m ser julgados sobsistentes sem o depoimento de oito testemuphas a
. 'A nalui.,linl:idee franqueza des respostas distinguem sé da ?uda-
pelomenos, intendopor isso que nenhum pode ficar constitui&o,nn'este eia e da aiuh~guidade..Anarração no primeiro caso i3 clar& e em si
cw,sem esses depainlentos, porque as eondifles do pracesso a d l , ; propria c&tém a explicação; no, segundo 6, na maioria _dos e m ? ,
em que nãr~existe s ~ que tendia
~ áw descoberta do criminoso Cepredada'ou pouw verosimil ou incongrueata A penetrap@de espi
8 &o a investrgação do crime, exigem indabitavelmente essa forma- cio tem, n'este acto, grande imporfancia. -
lidaàe, não ob-ante o art. 636.0 da Hov. Ref. declarar que o auto ]e-
Fantado'servira ae corpo de delieto.
d
depoimentos escriptos das2testemuohas, e as respostas
5 .' ACTO
escriptas dos rbos, nos termos do art. f:152.O da Nov.
Debates .Ref. (1)
do art. 18.0 do 6odigo de Justica Militar, serao abatiaas ao efectivo do serviso, Art. 44.0- Quando algum individuo nãa militar, nem èquíparado
de ms de H v i a auc+orisafão ao Mimisterio da Gufma. e entregues ás jusiiças ' a miiitar, fbr aeeusad de al,@m crime previsto n'este C o & p e que
odinarias para cumprirem a pena nas<cadeias civeis, expiada a qual regressai.ao - o n$ seja no codigo%enaI, ser2 nndemnado pelo tribunal Eempe-
aos corpos para wmpletareip e tempo de senico que amda Ihes faltar. tente nas penas estabelecidas para esse crime na lei militar, com as
S unim As mas qne se acharem nas condi@s-e Essas n'este artigo,
ciiiiq~:írah.~ pena.nas-cadeias civis, em Jogar separado?os o"hos presos n a .seguintes modificações:
niilii i?es ando isso seja possivel. 1.. A pena de reclurão sera substituida pela de prisão maior cel-
h t . jga- OS mil11iras condemnados no f6ro commk ápenas correccio- lular por oito amos seguida de degrede por doze annos; a
naes, por crimes commn ;l.iii.s depoir de alistados no exercito, curo rirao as penas : 2.c A pena dejresidio militar de seis amos e um dia a nove,afi-
impostas nas prisões iii~!ii.irffi,para o que os respectivos juizes Be direito sub- nos, pela de prisao maior ceiIular por quatro annos, seguiàa de de-
skhíuído as penas do bwiw Peuat, pelas enas 11-111 ires correspondentes-nos gfedo por oito annos;
temos do a*. 39P, g unico, do Codigo de fustica ;i.l:l u a .
- Decreta \este Codko no art. 18:- *AS ~ m ade i bnsSo maior eellular e de-
gredo ~ r ~ o ~ r e g n l a d a ~to i4 sua natur&a, d n r q h , efeitos e squivalencias,
3.. A pena degresidio militar de tres amos e um dia a &?jsaqnos;
p e l a de piisão maior cellular de dois a oito auno3t . _. _
peiq d t s p o s i c ~do ~ ' G ~ e n a i . . 4: A pena, de deportação militar, pela de prisao eomecciona1,i
§ unico. E s t a penas, e a de prisão maior temporaria estabelecida na lei ge- ..multa cõrrespondente ;
d,serão cmpridas nos estabelecimentos penaes civis, em eoniormidade wm as -51eA pena de presidio milifar por menos de h.es amo< pela de'
disposicò6 do Codigo Penal e respectivos regulamentos, e prodnziido semprb a pn'são correccional;
'exauetma@o milifaru. - .kaAS penas de prisãq militare de incorporação e& depositò dis-
',A $xaÜctoraeão ou derive immediataniente da sentença condemnatoria, ou ciplinar, pela pena de multa-.
ecnii-liliia penalidade diatineta, conforme se verifica da wmparacõo doszutt. 1Y3.o
e I!G do Reg. do Cod &i provoca
., sempre a entrega do coidemnado ás jus-
t i p urdiiarias. ou casa ap ro riada n'oma praca.de guerra'- a r t 101.o do regulamento das re-
-Os officiaes de reserva, condemnadoi no faro cin1.a qualquer pena cor-
r e ~ i o ü qeumgyewa pena, quando o requeiram, nas mffimas condi$ões que os
%m deb .
!&z 1831, .ii.5&ado~omo a r t 13: do n$i@m~ialodirciplinaf
do exnrcito de 18 dez l b w , e art. 1P.e do regnlawiitu iseipltnar da armada
e i í i c i i bo.exwito activo, wnsistindo a pena de na detewo em parto ;.de 9 jüiho ho896.
deve- o juk condemoar -no que se liquidar em execu~ão@r :; {filho- 1W3, combinada com o art. regulamentõ
sentença--artt. f:17f .O, 4;170.O e i:4672 da Nov* Refz iIPsp0~1tospenaes; approvado por dec. de 97 &K- 1884,
Se=ojury não der por provado o crime, e dér como prõ- ,:ainda com o-dec. de 27 jan. 3894 que creou em AngaIa
,vado que bouve dolo-na accusação, o juiz condemuara logo-~ linua ~ o i u 'pKrial-3iXtar
a ãgricola.
-a parte accusadora, não sendo o Wiii, Publ., na multa de Note-se que a port, do Nin. da Mar, d e 2 as? C8S
5 W 0 0 a 300b000 reis, sendo metade para a fazenda e i--i.n~.es ordemra que nenhum degredado fosse enviado p-a
,outra metadé para o accusado, e bem assim na reparaçãh Gábó Verde e S. Thome.
,
civil -. art. 1:3f3K0 da Nov. Ref. Jud.
-
- Em quanto não estiver em inteira execução o sysgaa
-Se as respostas do jury forem regulares e completas, )enitencia$o, deveín applicar-se aos r b s i a s respectivas
$orem evidentemente iniquas e injustas, o juiz annuilará a ~ a t e q â eondemnatorias
s as penas de que trata o art: 55.'
dlseuss30 da causa e as declarações do jury, adiando a ja Cod. Peri.; mas nas ditas senlenças ser30 tambem em-
causa para outra auXiencia, na qual se procedera q m o na rimnados, em alternativa, nas penas correspondentes,do
primeira, com a modificação de que a decisão do segundo ãt-57.O do mesmo Codigo - $ unico do art- 429.O do Gàd.
jury, no qual não entrara nenhum dos jurados da primeira, -, .ea;, excepto noultramar, onde não esti ,em vigor o sy&-
não poderá ser mais annbllada -art. 1:4 a . O da Nov. R&, sma peniteneiario. .Dec. de 2 março f887. '
e -Quando o júry der o crime por não proyado, o j u s ,-Na impwição das penas deve o juiz Iambem lei-.em
lançara dtqaclao nos autos mandando soltar os acçusados rista as duas leis de f i - i m h ~ ~ ~ 1 8 B a.d@.f6,&rilr48~$L
4,~e
-art. 1:163.O da Nov. Ref., excepto se durante a discussão ,"Diz a primeica no art. 8.O- #Na impssiç- d a pena de
-da causa o reo se mostrar culpado d'outro crime diverso, &são correccional, o juiz na sentença levara sempre em
e o Mii. Publ. tiver protestado, .antes de terminada a dis- ;o$& ao.reo o tempo de prisão preventiva, que bouve
cussão, pelo conhecimento d'elle -artt. 1:177.O e i:085.0 +ido.
da Nov. Ref. (Vid. nota ao art? 27.O do dec. n/ 1 de 45 '5 unico. A prisáo preventiva sera consideráda;com~,
set. 1892 m cap. V, $! 1.O d'este vóI..sobre Aecw;rsos). @pEes oircumstanqia attenqante para o effeito de imposiçáo
-Se o=jury dei. o crime por provado, mas o facto não b pena maior,. . , .
fôr .prohíbido por &i, o j ~ i zdeve por Sentença absolver ,o -Diz a wgunda npg unim do a&-32.- ?Os rw+ p&r&,-
aecwado-artz I:472P dá Nm. Ref. ondémnados nas penas.de prisão maior ou degred~,serão
-,O juiz de direit depois (k julgada a causa, ,arbihara @go'rèedhidos á cadeia, Mas a ~ + : iposterior 'a:senteq;t,
-
%
aooaa~egadooficiosa ente ¶&defender o rho, quando a.
m t e n ç a fof - c o n d ~ o r i a, quantia do seu honorario,
t l
er&levada em conta pelos f í b m s ùuperqres, eomo cir:
umstancia zrttennante para o\eEeíto da reducção aa penar- i
qne entrari em regra -de custas-art: i:107.O 5 5.O da .+De modo que dos textos d'estas duas leis paI;ecgeaiti-
. .
!&T. R d . ~ :ir-se que os juizes de 1," instwcía j& devem ter em
-&-juizes nas sentenças devem condemnar os degra- . ideração aa sentença a prisao prevan@a r r ~ r lr;l!i..
l e qrii?
ddii para as possessões onde houver deposibs penaes, e &juizes-superioresdevem attenuac a ~I~II:I~III:IIII~ i~iltb%?IWI
--parisw a -Condemação esta limitada a Angola e &qarn: onsequencia da prisão preventiva posm;ur Sq~inN?yntpjiw.
bique+.ga.da importando a cla.ssi6ca@io feita das possess%s - N a smtenqa criminal não pódéh-er conibwaçãa-
em 4 . Y l a s s e por dec. d e 5 set. 1867, que considerou or crime' diverso da pronuncia- passada , c 9 .Mado: e
a%:La class o archipelago de Gabo Verde, as ilhas de- s i m , pronunciada u m r é o por homicidio t%Imtario;. 5%
S..T@mè e Princigé, e em Angola, Laanda e todo o dis- - :@e s e r condemnado peb mesmo srime com premeditqão,.
itrieto de &lossamedes; e de classe, Bissau e Caché;~;-- ;arque os artt. 359.O'g 351.' do Cod. Peo. cont@mpe-nap,
_èm Angola, o ctistricto de Benguelia; e mambi'qne. ,
$versas -A- do Sup: TPib. d e Just. de-18 agosto i892
- 6 is@ - o que s e deduz dà- pórt. do i%%. da M ar: de >
.D. G.,-R.~83-de i893).
-Os tribúnaes cornmunS que proferirem sentenças con- 12.' ACTO
demnatorias em que seja imposta pena de prisão carrec-
cional, quer simples, quer aggravada coui multa, tendo AllocuçBo ao reo
ponderado as circumstancias do delicto e o comportameiito
moral do delinquente, poderão declarar suspensg~a~&cgião Em fecho de julgamento, deve o juiz fazer uma allwnç%o
dafpena, quando se reconheça que o reo não soffrera ainda ag réo, exhortando-o, se foi condemnado, 8 resignação e
alguma condemnaçáo por qualquer crime; mas na sentença conformidade com a lei; e, se foi absolvido, a qne com o
deverão declarar os motivos da suspensão da pena, que ftgstes~csrcomportamerito jiistifique a absolvição -art.
não.poder8 ser inferior a dois annos, nem superior a eineo, k176.O da Kov. Ref.
contando-se desdé a data da sentenea em.que-for consignada
,'s
- art. & O e 2 e.9.o da lei-de 6 jutiie 1893. - 13.' ACTO
anteriores.
(4) Deve-notar-se que a lei n%opermitlt: que as queixas sejm- $ 44.O O recurso de revista terA logar .conforme a - lei
~ ' z - .
dadas contra pessoas incertas, porquè, não havendo algum outrogre- :&arai do processo. ..
%a elementos bastantes por onde se prove a indiciação, queneia mesmo do art. i:253.' da' Nov. Ref. parece q~
.não deve incommodar um cidadão a defender-se sem te?
pàãe dal-as por oceasião da audiencia, se mostrar que-ngo
de 'au4. com~ellindo-oa um-vexame e incomodo e m - @de fazel-o mais cedo, e então o juiz pbde mandar: faer ;
- as intimações, sustando a audiencia por 24 horas. (1) - i
- sadôs.
Pelo despacho, mandando responder o réo, deve orde- : Faltando o réo a'citaça e deixando por isso de mapa-. -
%eea-em juizo, como ha de ser-compellido't Diz Castro -
nar-se a sua citação- para dia, hora e local certos, dando-.
se-lhe contra-fe com a copia da aScusação e dos nomes,
-
seguimento em ferias, como dispõe o art. 7.O da lei de 4 Ykaiskrio Publico resumira a questão, e poderi orar sob=
&o 4886. a accusação. O advogado do r60 podera responder. pão
A BOY.Ref- Jnd. no art. 4:%51.0 -3.0 diz: - tNa au- bwrá mais allegações; e, findo o discurso do advoga& da-
&a&, em qtie o s r6os devem-compãmcer, o juiz, depois féó, o juiz.declarará fechado o debate, e preferirá a sen:
andar fêr o auto de edrpo de delicto, Ihes fará per- Wça, que elfe mesmo escreverá, e pubficaiá im@l&-
@tas, advertindo-os de que podem accrescentar depois o lerrte~.
que tiverem a ailegar em sua defesa. Se o r40 produzir Nete-se que o juiz, antes de ppoferir sentença, deve p--
-atguns factos, a que deva dar prova, o juiz os mandarA mhr ao réo se tem a allegar mais al@a coisa em Saa
~
escrever em seguimento no verso d6 auto de corpo de 'de- defesa -art. 1: 444.O da mesma Nov. Ref.
*to? que deverá ter sido autuado pelo escrivãor. (4)
-" O dec. n.O. 2 de 29 março 1890 diz:
BISPOSIÇÕES DtVEXSAS E INCIDENTES
-eArt. 1.O-. .. 3 4 . O No acto do julgamento e cabendo
réimso de appellação da sentença, o juiz, depois de lido
o-corpo de delicto, perguntara ás partes se renunciam ao uArt. 4:%52.6-A parte queixosa poderá, ajudar a jus-- .
recurso; e, renunciando ellas, ou não cabendo recurso de iiea; e tanto o auctor wmo o r60 comparecer50 nas audiea>
appelIaçIo, não serão escriptos os depoimentos, nem podera pessoalmente, podendo ser assistidos por um où dois
ser interposto recurso algum da sente*&*. Este 8 está co& .f;lsogadm.9
forme com o 8 5.O do a r t 4:254.O da Nov. Ref. Jud. artigo acha:& hoje subrogado pelo-a* 4 . O do dec.
r:.@ 9: de 29 março 4890, que diz: - .Na andiencia do jnl-
;:wnto crime, qua.1qw que seja a fórma do processo, a
i1 wte accnsadora não e obrigada a comparecer pessoal-.
:i:ienle, podendo ser representada por advogador.
(1) O estylo dos tribunaes consisle em se escrever tudo ha respe-. ' tbrt. 4:2B.t-0 juiz decidirá todas as duvidas, que se
&a acta, excepto~osdepoimentos, nos casos em que os ha, as qmes -@&tarem na aadiencia; e, sendo necessario riiandar fazer-
são escriptos-n'um tqrnio de assentada á parte.
31a
- diiigencia, podera espaçar a decisão do proceso .
ate outra audiencia, comtanto qae não haja maiorintenillo~. EZ
.que Q .de vinte e quatro horas.
$ unico. Deve igwlmente fazer respeitai. a sua auétorí- Prooesso de polida wrreooional mnuriarie.
\
cipaes, e aquelle deva de se applicar mesmo a materia de c o i w & forca de lei n.O 4 de 1 de dez. 1893. O dito regnbmento dividiu o paia em
@scir~umscripcõesflorestaes- do sul. do cefitro e do raorte, deixando a matta
quapio o transgres~orfoi preso em flagrante delicto, como se deduz , o-sanctuaiio do bussaeo em adininist: V.IU espacial nos termos do art. BO.0 do-
da palavra seguinles do fj 3.0 do art. 1.0 do dec. n.' 2 de 29 marta decreto -com forca & lei de 98 julho ISil;.
1890, sendo em todo o caso julgador o juiz de direito a quem o trans- - 9.0 As transkessaes do regulamenlu dos sernicos h$a~mlicos das agu& Ulte-
gressorcieve ser presente, por isso que os juizes de paz só podem^ riores do p-aiz, a rondo por dec de 19 dez. 18& em execocão do decFeto com
julgar as transgressões pelo processo de coiwuzs como-se demonstra b q a de I? n: gPPde 1 de dez. da mesma data, que dnidiu o continente do reino
'da compar.il..i- dos artt. 2.0 e nnico, e 8.0 do dec. 29 julho 1886 em duas circnmscri~Gescom as sedes em Lisboa e Porta, abrangendo a primeira
toda a bacia hydrographica comprehendida na área do no Hii.lio at8 o rio Uz, e -
tam o art. !h.- da lei de 16 abril 1874.
Accreseentaremos ainda que, se o ~qulanientoviolado não f6r mu- .
a- segunda a área qne se estende .I ;i+ rio até ao Iimiteaul do reino, em con-
f o d a d e ' c o m a lei de 6 marco i884 que admittiu mtro aircumserip~õèshy-
níeipali nem fôr postura, tambem tem competencia ara, em policia hdicas,-reduzidas a duas por aqueile decreto. TO& as pessoas em geral, e
correcdonal, julgar a transgressão, o juiz municipay, dentro do seu aa ecialmente os proprietarios marginaes dos pantanos, lagos; lagoas, esteims
julgado, não pertencendo tal attribuição ao juiz de paz, visto a Mod. d l a s , cana&%,rios ou quaesqner correntes d'agua, navegaveis ou flqctoweis, o;
4."do 5 onico do art. 1.9 da lei de 7 a osto 1890. -&uso comníum, ficaram sujeitas ás prescripròes do dec. n.' 8 de I dee. 189%
7; Em conformidade, pois, com a lei, toias as conúlven&es ou t r a v e respectivo regulamento de 19 do mesmo mez e anno, no que respeita 6 re u
gressões de policia geral devem, geralmente, ser julgadas em policio ?ar&@@, coweruacd0, desoòstruccão e limpeza das margens, aIveas ou lei%;
correccional; e, havendo prieáo em flagrante delicto, o seu processo Tadem o dito re&lamento, d a d o preceitos com respeito ao uso e upcrooeih-
das dihs aguas para a nave acão ou fltbGtuacão, para a iwigacão ou paq
deve seguir as prescripções do art. i.* $ 3 . O do d e a n . 8~ de 89 março fie apr-olas ou ilodzcitriaes, e proii&mdo a mp nÒ art. 3880 nas mittas e ter-
1890, e art. 16.0 do dec. n: 1 de i5 set. 1893. renos arborisados das bacias bydraulicas a cargo das circmcri cões exce fo
Se, p o r h , as contravençóes ou transgressões respeitarem a re- y8a as pessoas n'elle indicadas, regulamentou a consmagio e mekwdento $08
gulamentos de policia municipal o u a posturas municipaes, o yre- m p o s , caminhos, maltas e terrenos arborisados que n'elles existam, deixando
cesso deve ser o estabelecido para as coinaas no art. 241.0 da Nov. Ret 1:- regulamento especial no art. 360.0 o uso da pesca n'aqueiias aguas e nos
hd., excepto havendo prisão em flagrante delicto. --os leitos e alveos.
N'esta especie de iransgessóes é obrigatoria apolicia cm~eecionalno julga-
Deve ter-se em-vista, por&, com respeito a Lisboa,que o juiz & seja qual fôr o seu ualor em vista do preceito do art. %.o do d-. n * 8
instructor, no julgamento das transgrepsões de posturas e regula- '& 1 dez. 18%-
qntos, ou editaes, muuicipaes e administrativos, deve seguir sempre 3.0 As tiansgresspes do regulamento géral de pesca e seraicos%quicolasnas
o processo em vigor para as coimas, tendo todos os autos f6 em aguas piil.li..as io:. r.ures do pau, excepto nos rios limitroph& ap rovada por '
jùizo, como preceituam o a r t 3i.o e $ unico da lei de 3 abril 1896, àec. do 211 abril! IX!l:l. em conformidade do art. 368.' do reg. Lit. 10s servicos
reformando os serviços policiaes de Lisboa. hydraulicos de li dsr. 1893, cujo art. 290 e tem materia de importancia e &e
De modo que em Lis-a o julgamento das contravenções dos re- ame 18r-se. ~.
A eica no rio Minho foi regulada elo dec. de 17 maio 1897, e a pescana
gulamentos ou e d h s nao deve fazer-se conforme o pt. 16.O do d e ~ .
n:O 1 de 15 ser !kll;>, mas consoante o estabelecido no art. 241.0 da &ada pelo d e ~ de . 23 agosto 1894.
10
m& $0 Algame entre a embocadura Guadiana e a barra da Fuzeta foi re-
c .
Nov. Ref. Jud., nao odendo em caso algum o juiz instructor julgar ( Note-se ~ I I . . o dec. de 1 de% 1887! mandado observar pelo art 3k0 do deo.
factos que as leis erassificam de wiminoms,e como taes os punem, k 1 dez. Is!t!. detminava ual a lnrtmhccão dos chefes dos deparfamentos
ou outras espeeies de transgressões que não sejam respeitantes B nrêri$imos r. a dus directores dias circomscri p e s h draulicas aos rios &o pak;
tms, s e d o fixadas de nwo as zonas 11 -1.. Bec. de maio.1893. p i o afinal o
policia da cidade.
É isto o que me parece mais acceitavel, em meio da confusão das &teto com forca de lei de 1 8 abril Ix!i:i acabar com as divergencias leva&-
h,estabelecenáo os limites das jnnsdicpes nos &$ 1O e %.' do a& 1.'
nossas leis a tal respeito, porque d assim vejo conciliadas as diversas
hypotheses entre si.
- O art 398.0 do Cod. Civ., reconhecendo tres qualidades de aguas, dá ás ca-
=as municipaes, em concordancía com o art. 5 e . 0 n.O 3.0 do Cod. Adm. de 1896,
As eontravengies ou transgressões de regulamentos que não sejam r-aiiribuião de regulamentarem a policia da esea nas aguas cwacethias e ar-
d a s mencionadas, podem ser juigadâs, ou não, em policia cofrec- W r e s , * c u j o peka tenha entrada e sahida !me, e Ihes concede a facul%ade
cional, conforme a sua natureza e mlor. (1) de imporem muitas correccionaes cabendo á administra~àogeral a regulanien-
f-ga da 'pesca nas *as public&. -
Em conformidade com esta doutrina devem ser ounidas em oolicia c o n ~ c -
(1) L Poli& co~~eccwnal. Devem ser julgadas e processadas em policia cor- eioaal as transgressões dos repdarneutoà. administratiSos, e em p6eesso de coima
receional:
...... . a9 dos municioaes. exceolo havendo orisao em flaeranie delieto.
1.0 As transgressões dos aM. 60.0,65.. a 75.0 do re lamento dos i e m i p s Não havendo regulamento adnunfstrativo nemumunicipal nos casos em que
pweftaer de 95 nov. 1886, ainda em vigor por virtude d[) act. &.O do decreto a iel 0 8 r n i t t e , só pertence ao juiz de direito ou ao municipid a atlnbnig89 do
439
. ~
siimmariamente no acto dq sna apresentação ao juk res. s:xtivo, servindo como Qmesso o respectivo auto policial
dis osicões exaradas no decreto de 1890 com respeito ao processo de ga& branco.
, .ta a armacão de c a m r a s w l u a r i o s em casas particulares. que ficou dependente
.O $is!ador, i 4.11I d'aquelle decreto de 1893, não podia ignorar que o processo
correcctomull. era .!.i. rente do de polícia, e tanto-mais qnanto no art. 4P alterou '.. timaca da repartieão de policia de ii.-~n.a cão administrativa em Lisboa.
19.0eAs transgres'sões do dec. de 5 ln~lli-; 1898 sobre as condic6a em
éxpressamente o an. 17k.o do regulamento de 1885 que declara qne o pro-....;.~
competente é tàmbem o correceional, e na sua linguagem no decreto de Ik!li &de ser áprweitado o *.o de tzpas de pqm s ctsteruu em propriedades u r
g
usou dos mesmos termos. parecendo assim ir de accdrdo,com o art. 1.O do SB- ou ruraes no municipio de Lisboa.
creio de 1890, qiiando diz asalwo separa certos crimes hrnroerprocesso eqxciab. 30: As t r a n s ~ s s ù e sdo de? de 13 agosto 1891 com rekeão á emiasão de
Em consequencia, pois. da discussãa estabelecida, vê-se que o ponto nfío 6 .&as, cedulas ou tttulos pagaaets d ~istaou ao portador.
'liquido, e que é necessario o governo acudir-nos com alguma providencia que 3l.e As transgressões do de:. de 30 set..l?9P e seus regulamedos com res-
eiucide os tribunaes. p I
S g ao estabelecimento de wveiros de ndeiras americanas, rephtaeão das
9.O As tramF"s0& regulamento da contribuiçõo de registsfro, appmltado. mhas devastadas, e a ~-l.:i,tacãode novas vinhas em terrenos incultos, 60s ter-
por dec. de 1 ju o 1895 a do art. %.o do i.11:. !:.!,. decreto em harmonia com o art. 35.0 do decreto com
Nyesta especie encontramo'-nos na mesma di5culdade relatada no F e r o Lr$ade lei de 9 de^. Isxli. que organisou os ?ewi~osphylloxeriws.
anterior com ws eito ao imposto de sêlb. O legislador, em~regandono seu a r t S . As transgressues ao dec. de 'L junho !*:#:isobre CUTTOSfwrarios.
11 a mesma i n agem, estabeleceu o processo cowecclonal, bastando para 23.. As transgres+es do reg: de 10 fev.. Ilkxi; em execugão da lei de37iulho -
servir de corpo de Elieto o simples auto de infrac~ãolevantado elo escrivXo de- 38%. sobre contrastanas e semco do fabricu t: çommercio de barras do oim e
fazenda, como die o &. 313.0: e an!ii.diiu no $ unico do art. & l . o appeliaeào
da condemna~oem multa superior ir 5W000 réis, sendo certo que nos roces'sos '%.e As &sgressõss' do reg. 48 nov. i878 sobre r@ho cioil- d t : SOP
r~oweccionaedpóde haver appeliaeão em todos os casos, não se admittin80 me3mo
se renuncie ao recurso, por isso que todas as penas correspondentes a esta
rma de pioeesso excedem sempre a alpda do juiz.
s
B.6 Atransgress8o do a h 75.0 do regulamento da coratrióuieáo de red-u.de
w e m n y t w i a de 8 set. 1887, e bem assim a do art. 14.8 4.0 da lei de $1
B
d o 1896 sobre despejo de predios urbanos, em vlsia do &. 6.0 do re cit.
As transgressoes do regulamento da dedw de juros, approvado por dec.
de X i~zlhn154%
-~- 9--"
Ainda n'este mgulamento o legislador falla de rocesoo umercional no art. 57.8 -
.36.0^s transgressões do Cod. Adm. appro, i-i..por lei de 4 maio 1 h 6 em
pnformidade do art. 411.0 n.0 2.0 Vid. aru. ::!li; a a 405.0
37.8 As transgressões dos ant. 55.0 a 61.0 rio dec. de 3 marco 1895 qm a
As transpressòes do dec de 93 dez. 18l5 oarn cobranca do imwsio do
5
iicer-
nas
ser escriptur
Jllo
difi-s
para casas de emppstimo sobre penhores, C'!JU- L"& devem
os em harmonia I ~ I I Io art 3.0 do dec. 33 jan. IX:ii com as mo- '
do dec. de 30 junho I***
P ou a-organisapZo udminrtrativa dos Acikes, sendo appliuvd ao .!!-irido
mta Delgada por dec. 18 nov. do mesmo anno, e rg ado pelo de 30 '40
%.o As hiinsgtessões das leis e regulamentos
1
se vê do art. 69.0, unico, do decreto com foqa de lei nO
camirahos ds fmXcoaio
18W;
. 7 de 1 dez. 1893,-
14.O As transgressaes do regulamento dos estabelecimentos ân-06 ape- H.de abril 18'8 e dec. de 31 dez. 1864.
ri@sos, approvado por deo. de 31 ou!. 1863, -Vid. 1i.1 35.0 e seguintes.
i3.O As transgressses do dec. reg. do 19 agosto, lrimi sobre venda, beposito, 29.0 As transgri--: ;dos decc. de 13 dez. 18E, 40 junho k 9 , 49 dez. h6860
8,
fabnw e transporte de p o h r a e dynamite e classifiw~aodos respectivos esta- arport. de 6 'unho I*#;:; sobre esos e m.1 .I ... sendo suscitada a observancia
-
bei~imwtos. Vid. artt. 39.0 a 31.9 e &bem a pod. de 7 a b d 1898 sobre
O seu transporte em oaminhos de ferro.
do.primeiro dec. cir. 'pda port. $I31 ma*o 1 ; e bem assim as trane:i,--.m~es
do art. 17.0 do regufamento da sua fiscai+açao e irspe@ de 93 marco I?rlj!i.
30.0 As transgressões da lei de 91 maio 1896, regulada pelo dec. de 3U julho
ez.
nnhas.
14.O As transgressões das instr. approv. pela port. do Hin. Obr. Publ. de 30
- i88i ara a venda de sulfureto de carbone destinado ao tratamento das
fid. artt 8.0 e 1%. O seu transporte e venda f o p regulados
~
dec. de 16 junho 1894. A port. de Y6 julho de 1896 prescreve algumas peaaù-
pelo
du mesmo amo, sobre a uenda de lette.
r
- 31.0 As transgressões do regulamento approvado dec. de. & aez. 1886,
sobre os encanamentos e coasumo de agua na cidade o Porto.-Vid. artt -.O-
dades nos a m 8.0 e 9.0 a 760
-15.' As tmns ssdes do regalamento ap~mvadog r dec. de 5 j@o 1894, -33.e As trans ressões do reg. de 6 agosto 1896 sobre reeruiamento no &
em execugo do greta com fo.a de lei de set. 18 , sobre o aproveitamento do art. 147.0, $ f.0. quando os refraetarios forem julgados do seníço.
das nascentes de aguas aânero-rned~naes,fabrico de saes extrahidos d'ellas, e 43.0 As transgressões do regulamento :~y.ovadopor dec. de 31 dez. í894,
CSSI respeito aos reseniwfas do exercito. - t 1.1 &t. 116.O a 1B.O AS trans
de-agws mfijkiaes, pertencendo aos tribunaes ordinaríos a imposicão das multas,
o abandono e mais penas que caibam na sua a l d quer em d q i o aos em- s6ês 6 replamento dos reservistas da armada, apjjiovado por dec. de
cessionarios, quer em rdaeao ao publiv, por vihde' do art. 86.0 3894, são julg@as e pnnidas elas anctoridades maritimas e administradores do
16.O As transgressões da lei de 23 julho 1850 nas exproprrac6es por utilidade wcelho. -Vid. artt. 59.0 a %.o
publica nos casos de imposicão de servid6es em terrenos particülares-art. 48..
5 5.0 11. Policia ou p m o cor~ecci~$al.
São juigadae em polieiácorremional Ou
eJn roeesso correccional conforme o caso:
17.0 As transgress6es do der. de If abd 1894, regdado pelo regiamente
appro; i.!,,por dec.48 abnl Ix:ll, tornados extensivos ao Porto por dec de C 1.0
As transgressões do rewamento gera3 de raud.e pewma, a p k d o
3ec::de 7 fev. 1889 emexecu~àodo decreto com f o ~ de a lei de $6 dez. 1 B
maio. i # ! ! ; sobra os preceitos de desirafeqo de artigos e de l w e s suapeitos de
contaminados. que erganisou os servicos pecuarios, como se deprehende do art. 1 7 8 . O e se-
18.0 As transgressaes do dec. de-I0 maio 1894 sobre o emprego de a d o k s , algumas pequem modifi-
pintes do cit. reg., que foi considerado em ~ g o r com
iestemnnhas do auto e bem assim as que óspresos qnizerem ;$:~r-parasua defesa. Se os presos em flagrante deticb nU
vadios ou reincidentes, o julgamento serã adiado e
cacões, pelos artt. 35.@,§ unieo, e36.o do dec.2.04 com b+ de lei de 1 dez.-
I892
A iuIministrac8o dos servi& pecuarios wmprehende: pa$danciaS sanita- aos p e -&i alem preparaùos pharmacaiticos oli avlem receita, n8a
rias telatisas dF &as, pcrfRos, iwcados, pastagens e iogradoolros, tanques, fates,- .=i
bebedoum8 @licOs, erilbarcaçóes, aiatnras, oehiczllos, en#wmmntos, i m p w t ~ d o le$aimente b&ilita$os.
e'wportu@o dai uni& e sew dqmjosJ, ás f e i m e mreados, aoa mfadourw A itdmtn@tracZoganitaria comprsheade: p w r e n l m , p& de mw, iuzam-
e -& cumes &tinadas ao mtmmo, ás mck1ada.s e outfos &abslschn#os pe-, I.$, &ubeùamentos andiIstrtues msaluóres, t n c o m ~ es perigos@.?, d e r i o r ,
m í i o s , quartqarlouros, drskfeccões, etc. iritlthme~t o l e r h i >lwspitaes, rddas de ezpostos, wéches, asylos, cadsim e esh-.
L - 9.0 As transgressães do re ula&ento da conserva.&, arbw5açào %poli$? das
fe
sskudus, mq.;sl.?ado por dee- 91 fev. 1889,onde se compilaram e substzl~iii..iii -
b kcimntas analogos, sysfema de de qcs e de limpeza, hygieue dar lurài&óes
%
b@fes onde reside grande numero pessoas, nwiob, alimentos, rnedkomeutot,
e seguinta~.
-
todas as ,i .~wsi$Oesregulamentares anteriormente publicadas. Vid. ar&.1'1i. 1
..
*gus, mrnedios de eomp&ççòo semtu, aguar nlraeraef, óaobhos tkoraaes, T+
d de preps de Pnedicmntor, pantms, arrosaes, fonfes, cisternas, tios;.+
&&&, aaccha, etc.
3.0 As transgressbs do dec. de 1 set. 1894, regulado pelo remlamento a p
pròvado pelo'dec. de 16 maio 1895, sobre os s e m o s de in.vpe.. ., . e &alisapio -
As pessm directamente sujeitas as leis sanitarias silo : fmltatimoc, hor-
m & c o s , parfeiras, dentbtas e smngncdores, devendo formar- se a matried dos
do fabrico e venda de vinhw e azeites. Os transgreSsores eaptnrttiius em flagrante @im? pharmuceuticos?pardeiras e dentistas, de Lisboa, na l.a,see~Soda
deltdo podem obter íianca em juizo,'confome o art. e2.0 8 onico do re . cit. noboa de msoeccão administrativa de Lisboa, rnmn ordena o 3 nnrco aa alt-
0-,dec..de 28 agosfo i897 manda applicar o dec. n.@9 de 97 set. 1898, Lodo &: C$do art.'ãcdo reg. res ectin, de 5 ma0. 1~~11;..
-competeneiaásauctoridades fiscaes, etc.gra.iri-rrindh elulgmento das ii.iili - -
a que se refere o art. 37.0 do re de 1 maio Is!i:i - D. G., n a 196 de In: C 2.0 As transgressões das Lis e regolamentos aubre pmigrqíõo d&tilaa
arUi. 26.. a 31.0 do regulamento e r a 1 de policia para o transito no contipeng e
-
4.0 As traosgress0es do dec; $3 worto 1898, mandado regular pelo dec. le ilhas adjacentes entrada de viandantes e sua .i11 aia pnra o esEangexw, ap-
maio do meamo anno, sobre ainhor h o r a a # ! iaar. g ~ 0 m - i or
~ dee. de'7 abril 1863; lei de -23-abril I s ' i l ~ e regnlament? ba policia
:6 As tritnsgresses do dee. o.' 3 ii\: 30 juiho 1896 regulado pelo reg. da16 espia1 Baxepresszo da emigraeão clandestina, approvado por dee. 3 julho S 9 6 -
maio 1895, sobre Jiscalka@ da fabrico e eenda da vinagre. -
6." As transgresSes do regulamento sobre recrdurnnfo, approvado or dee. Mas sentencas condemnatoriS de individuos sujeitos ao recmtamento, deverão OS
-
de 6 agosto 1896 em exeeuezo da lei de 1 3 maio-do mesmo anno. &!V a$t.
158.0 a 1613."
piees ordenar que os réos sejam entregues O auecoridade militar, a fim de s e Ihes
assentar raca, quando os rkos tenham os neeessarios requisitos, achando-se n'este
7.' As-transgressões do decreto wm força de lei, a: 3, de 1 dez. 1892 sob%. caso m i e & os .~ii-iidosna segunda reserva, como se mostra do an. t3.0.dq
o servico telegraph oihl regalado 10 r@amento approvado por dec. fQdez. &%e.de 3 ji 111.. 1~:lii e do n.' %.a do art. 149.0 do regulamento do reciutamento
6y0
>
&e6G'agostólaJ6.
\
do mesino anuo.-0Ifd. a&. 56.' a d'aquelle primeiro decreto, e b m assim 3~ As traasgr"s0es da lei de propriedade indo$~hl e commeroia1;por titdos
õs artk 602.0 a 609.O do regulamento para o remiço dos correios, approvadopor
de& de 10 dez. 1892. d e oatente. de renstro e de deposito, de 91 maio 1896 que p6e em vigm com
pe ' enas dteray&s, o decreto tom fórca de lei, n.' 6, de15 dee. 1891, Fegnlado
- - 8.* As transgress@s de san '. rnaritima, re.111 inlas pelo re amento à
g. regulamento approvado por dec. de I marco 1893. Estas transgressães
-pmvdo r 1 0 dec. de 31 jan. I*!C -Yid. a?. !:i#
cao. íiI 'esta nota).
a %7%.@ g d . o.* t f =ser julgadas nos tribonaes commei~iaes,na Iórma dò art. 97.5 S mko.
-
'9." As tranGehses da lei eleitoral de 91 de maio 1896. Yid. artt. 111.8
s 113.0 aiente eaimr n'aquelles triunaes.
- -
e art. 14.' n.O 15.0 do Cod. do Pmc. Com., devendo todo o preparatorio -
e-julga-
~
r
-inesmo Cedi . A ler de 13 julho 188.2 revQgou os ar&. 74.O o: I:, 79."-e 80.O .
do de.. de den 1868, impondo multas aos pharmaeeutieos que se fizessem
$qbstikiippr peSo+s iseapaees, ãos pvenderem-drogas nào sendo paraphar- -
errrto regidado pelo dee. de 16 marco l*'#::
9.0.A~tranSgress0es do regulamento approvado por dec. de 6junho 1893
,mbre o semico de inspeceão e vigilaneia aia seguranyi dos operarios o08 &-
M o e de coristnicc6es cii4s. como se vb $o 'art. 41.O
observar-se-hão em relação ao processo as disposições d~ .p&do as penas 'appliààpeis ám crimes, As co@evenções
direito c o m u m , se elles não quizeram indicar as: teste- nii as -iransgressões &e@, separada ou cumulativameiite,.
munhas perante a auctoridade administrativa e al6m d'isso ;i[giimáSdas seguintes :
as quizerem dar depois em juizo e d'ellas não prescin- 4,* Prisão ate um mez; - Desterro até um-mez; -
-diremr . $!. Multa ate um mez, ou ate fjOd000 reis, quando a lei
- Em complemento d'esta doutrina foi' Ò de$ $i% a quanbía; -4." Reprehensão; -5." Censura. - - '
n." 4 de 45 set. 1894 que dispõe: - Modifica~áo 4.a -Das decisões dqs juizes manieipaes
uArt. 46.'-Nos casos de prisão em flagrante delicto , kbe semgre -curso para -a Relaçá~do_districto, qpaIquer-
~
por crimes e contravençóes actualmente julgadas em policia !@-seja a pena applicavel ao crime ou a contravençáo~.(4).
eorreccional, serve de corpo de delicto o anto policial ou -Por dec. n." 1 de 15 set. 1892 foi muito mo'tiiilcado, r,
administrativo, e serão os presos julgados summariamente processo crimiual, determinando-se, na parte respeitãn'te a
no acto da apresentação, se não fdr preciso algum exame, i;ecursos, o que Se segue:
e se o reo não der testemunhas, ou se as que der estiverem 'arlrt. 23.O-Nos processos crimes, 'alem da appéllaçãg
presentes*. do recurso- de revista, haverá aggravo de pètição nos
mesmos termos que em maieiia ciyel, e ;I.-lavo a, i&
fio processo nos mesmos c a j s do art. 4u:US-
CAPITULO V do Processo Civil.
Brt. 8k.O -0 reaucso do despaclzo que mandar archirar
Dos recursos .),processo, ser8 interposto no praso de cinco dias, e jul-
;.ê&,como os aggravos em materia civel.-(4.)
~ r t . 45.O.-
. 0s-tribunaes superioi-es conhecerão dos T$-
3 r: .ursos, - embora não venham minatados, e os. accydãos
Disposigões geraes
cerãc lavrados .pelo primeiro dos juizes que fizer Bmci-
iamto. '
G.; n.O ia de 1895), que as appellações crimes e recursos L revista, Wartt. 55.0 e 57.0 do Cod. Pen., correspondentes aos artt. 49." ~ 3 0 . ~
pisg6essaado-se como os aggravos civeis, deviam ba;mr a 1.. iasiancia la citada).
sem que,fieasse traslado, logo que os accordãos passassem em;,jul- -
Diz O art: 3 o #OS r h s accusadoS em qualquer processo, aos
-gado. --
O art. 76." 8 3.O da Tab.Emo1. Jud. de ifmaio i896 diz 4Wndodo
-n'estes-pròcessos forem interpostos mursos por pessoas qm não
- apae6 não h a 6 Z . w applicaveis as penas mencionada no art. 4$,
que não tenham dt? .<#-i. processado> eorreccionalmente, poberao
rum-se solte sob cauqao, nos termos do ari.~6.*~~
&jma Yigiste~ioF'ublico ou Òs réos presos, não poder% subir Em virtude, pois, d'esbes ti.rLmn+ deveintender-se o art. 1:19fiG da
iasWeia superior sem que seja peviamente depositada %i-- fn~.ilef. Jud. devidamente mc,d i i irado. Diz elle-=A revista inkfpsta
Wfat o a i & cusrari em divida
QBs sallosr.
btmo
e ao estadoe a importanefg as sentenças absohitorias, pi.uIeridas nas-RelaçZb, suspende a sd-
réosn.
kWaad~s
. .
~gpbbvel,quando, apesar de interposto, o &to cbntinua
A~Z.%,.O -0 s espivães que por descuido, negligencia,; ,asseus termos, que, em todo o caso, ficam dependentes' dã
oymesiao por qualquer oútra circumstancia; que Ihes seja iresoróção do aggavo, s e tiverem estreita relação com elle,
imputavel, demorarem os~processos,e bem assim OS qn-: é forem sua sequencia'necessaría. I
tadores que contarem de mais, reconhecidós os-factos,. po-
derãò-'ser-snspensos por tempo não superior a tres mezes, "r Os aggravos~dapfifíçzfi '^fimo effeito suspeizJlCv0:- L0 ;
Qnando se aggrava de injusta pronuncia -art. 9 9 6 . 9 4."
e demittidos nos casos de reincidencia~. .da Nov; Ref. ;-2
? ando-se interpõe do despaclio qlíe
y d e n a o julgamen o em policia correccional, excepto se ó
Suiz intender que este recurso sb tem por fim o retarda-
menb du procRsso-aU,O do dec. n." 1 de 15 set.
1892, e ja antes o artr2.0 da lei de- 1 4 juiho 1849; -3 . O
Casos geraes dos diversos í~curms - 8 p v a do despacho que denega ou não-admitte
~.cçursode revista, interposto 'do despacho que mair&
soltar o accusado absolvido pelo jury nos casos do 'Gt.
.- Aggravos -Duas espeeies de aggcavos sã0 admiotidas 1:163." da Nov. Ref. Jud. - unico do art. 9 P da lei n.O
ffo,praeesso criminal: -no aeúo do processo e d e peli@or .% de.-49 dez. 1843, (vid. nota ao art. 47.O do dec. q.O- 1
Em virtude dJ-arI. 23." do dec. n." 1 de 45 s~.t.S!!;f 'ae 15-set. 1892); - 4cQuando se aggrava do despacho
o aggravo no- auto do processo s6 tem logar no casu do ' ou aewrdáo q u e negou a revista - art. 9." da lei ia4 de
art. 4:OOg.O do Cod. do Proc. Cia-, que diz - «Compete 19-- dez. i 8 i 3 ; - 5." Quando se aggrava do despacho qiie
aggravo no auto do processo do despacho que receber o _ ~
apreciação da maneira porque os jnizes de di-ito avalia- E wlio o processo quando houver preteriçáo cl'algu&
ram as provas para se saber se se deu cumprimento.4 -lei, reto qye a lei-fepute essencial, taes são os mencionados -ao
e se se juigou contra direito, como decidiu o Sup. Trib. de alt 4 3 . O da lei de 48 julho 1855 inclaida a incompetencia-
Ast: em acc. de 46 julho 1892 - D . G., n.O 188 de i 8 9 5 do-juizò - art. #:459.O do Cod: do Pmc., e art. 4 . O 5 1."
Nas appellações quando se dè obscuridade ou ambiguidade da lei-n.O i de 49 dez, 1843, e art. 491.O do Coa. Mil. 'de
'nos aeprdãos das Relações, e permittido accordão dcelara- 1846. (Vid. l~cidentes).
torio, reqnerido na praso de 24 horas -art. 74 7.O da Nov. --É tzulla a selatença que julgar directamente o c~ntrarió
. BeT., e art. 1:055.O do Cod. do-Proc. Civ. do que dispõe qualquer lei do ~eino,ou d'ella fizer appli-
Bavista (1)-Tem'logar para o Sup. Trib. de Just. de cação manifestamente errada, ou que tiver algum defeito
&dos os accordãos i~itertocutoriosQU definitivos das Beb: substancial, ou de que resulte nullidade, na conformidade
&es,:excep-pto no caso de negação ou de -não admissão do da' Ord. liv. 3.P, tit. 75, e mais leis do reino.- art. 1.O 5
da I& de 1883 retro citada.
São causas de sullidade de direito criminal Eijdas as i62
írqcçGes da lei substantiva, e portanto a erra& qualifi-
(.I) O nao7.' do art. 2.O Tab. Emol. Jud.de 13maio 1896, dizendo-
cação do crime -art. 48." do Cod. Pen.,-e art. 493;* do
-Nw ageavos crimes (referindo-se ao Sup. Tcib. Just.), qualqu6rque C&.' Mil. de 1896, referido aos n.OS 7.O e 8." do arL'491.O
seja @. mfureaa do ~ o ~ s 34000
s o r é i s ~ póde
, dar motiw a suppôr-se O C d . do Proc.-no art. 1:159.O,.$ Si0, diz quea sentwça
m e para~oSup. Trib. possa interpor-se também aggravo de petição, B nulla por dois motivos: - 1.O verificando-se alguma rias
-e dos casos apontados anteriormente;' mas se attendermos a que
a tabella falla eni geral, e não se occupa dos casos especiaes doure- Qpothesea do art. 1:054.O, isto 6, quando o accordão fôr
cwsas. cabendo isso tão sómente á lei do processo,deve concluir-se lavrado contra o-vencido; ou quando f6r lavrado sem o:
qua não procede o argumento tirado d'aquella disposiqão. Deve no- :*essario vencimento; ou quando não comprehender!ot
'iar-se ainda assim que o maior defeito das leis é náo Serem feitas de 0 qktjecto do recurso; ou quando comprehender mais. do^
mado que s e faça a sua respectiva concordancia antes &a pr6mulga-A 'pné o objecto do recurso; ou quando julgar aIem do pedido,
@o. De-luda isto conclue-se que não lia nada mais desconhecidò que
a lei, com quanto o devesse ser de todos. = N r eque versar o recurso;-2." julgando-se c o n p direito,
ire-
A revista tem géralménte o @feito suspensivo..(Vidl a@a _ ~ B P &o tribunal superior, depois de obtèrem despache,-e@
ao art. 27.O do-dec. neOI de Jb s e t . 1892). rhuerimento; do juiz ori re!ator. (1) - '
Nas causas criminaes as revisias-admittem awordáo-do: M'estes recursos não fica traslado no juizo inferior, por-
claratorio nos temos do art. 7 1 7 . O da luov. Ref. Jud. - p s o seu effeito e suspensivo; mas se houver mais de úm
art. 13," lei n." de 19 dez. 1853. rtSa, cuja-decisão seja exequi-1 com relação a elle, quer-me
parecer gue deve ficar tradado, fazendo-se para isso a-,
átempa@o.
Wrma da interposipão de cada r e c p o - :($Na situação em que ao presente se encontra a nossa legisla-,
$% é difneil responder com toda a consciencia aó ponto da queçtão
e prasos m interposição das ap ellações e revistas crirninaes, se
bem que queira parecer-nos ser ge dez dias o lapso de te o assi---
- Aggmvos -Tanto o- aggravo no auto do ppcesso I m o - -do, como já deixámos explaua* n'nma das n6ias a n t e f g s , po*-
o_de petição são interpostos por termo nos autos, assignlo p e , éonstituindo os recursos um favor da lei, deve este considerar-se
pela parte ou procurador no praso de cinco dias, a con9r estendido quanto possirel no caso de levantamento de duvidas; e
da ititimaçáo do despacho respectivo, com a declaração da; porqqe mesmo, sendo opraso não um ac'to doprocesso, propr-iamegte
d2Q mas um intsrvallo concedido pala o processo se fazer4 os q @ s
lei offendida, com a differença de que o primeiro póde ser se r&lisarem, e nada declarando o dec. nO . i de 15 set. 1892 a tal
dkectainente interposto no cartorio-do escrivão sem depen-~ respeito, parece que deve seguir-se a-doutrina aatéciormente esta-,
dència de despacha, o* casr, d'este funceionario s e hlecida;
recusar a tomal-o é que a parte pode recoyer ao juiz; e Em todo o caço prudentersera não deixar o praso al6m do&'
cinco dias para depois se não ficar sujeito ao arbgrio dos tribunae3.
~r segundo e previamente requerido ao juiz que manda -Nas policias correêcionaes o praso e de 26 horas conforme o ar(.
tomar ó termo, ~ n d ocaso d'isso, e assígna OS effeitcs 4i256.0da Nov. ReL, invocado. pelo unica do art. 1 . O da lei de16
respectivos-artt. 4:008." e $3, l:O1l.O e $5, e 1:0.12L0 jnnfia 1884, ainda em vigor. . .
dosCod. O Proc. Civ. -'-Outra questão.-No requerimento para interposi Tio das q p e l
Das Relações não ha aggravo no auto do processo. Iiigtes e revistas serti necessario apontar-se a lei offen(uda eomp I&
agxrásos? Intendemos que 1130; porque o dec. n.O 1 de 15 set. 1892
: 'O aggwuo de petição deve subir nos proprios autos, B& estabelece a forma que deve seguir-se no acbo da int~posição
quando suspenda o andamento do processo; de contrarto, das ditos recursos, mas somente legisla para os termos do precesso
deve wrrer- em separado, practicando-se em I .a instancia- &q@a de feita a interposi~ão,e portanto para os' casos posteriores*&
assiynatura dos termos respectivos, regulados ainda p e l a l e g i s l a ç ~ ~ ~
quanta se euçontra legislado nos artt. 1:013P a 1:021.O do anterior, pois, dizendo o aia 26." que as appellações .serão proces-
Cod. do Proc. Civ., com a s modificações proprias a esta fadas como os aggi'avos de petição em materja civel, intende-se &as
especie de aggravos. .
=. appellações já niterposlh, e não das qne hão de interpor-se, e c e r t o
0s aggravos das Relgões para o Sup. Trib. de Júsi: que aãa ha appellaçãa sem o termo assignado. Além d'isto, se outra
ms55-e a interpretação da lei, no caso de haver recurso obrigatorio do.
devem- ser processados nos termos dos artt. 1:133.O a , %R. Piibl, que lei deveria este aponiar como Mendida, quando a c o n y
1:141.0 do mesmo Codigo. @aç% das Relações representa, em geral, n'esta hypóthese, tão
- Appellegões e revista,s-Em cortr-eqisncia do art. 26." wmente uma como homoIogação das sentenças dos juizes de direite?-
do dec. n.O 1 de I5 set. 1892, eomlírnado com o art. 40.' De 01s. sendu as appeliaçãcs respeitanteo a direito ou com relaçào
&os, que artigo de lei4evia invocar-se na apreoin@o da prova,
do dec: 29 julbo 1886 que fixa o praso das revistas cireis,' $umdo o.juiz falhasse? Nos aggravos eomprehende-se, porque s6
e com o art. 68í.O 2.O da Eov. Ref., estes recursos ;? tracta de lei; nas appellaqões, não.
devem ser- processados como os aggravos de p e t i ~ kem Não sendo, porem, liquida tamhem esta questão em vi* dos ter;
i: >S ambiguos e pouco explicitos do dec. de 1.3 set, bom será que os
materia-civel; e portanto as partes~reeprrentesdevem, no &.correntesapontem uma lei qualquer, ainda que mais não
praso de dez dias,~fazer, por termo, a sua interposição 15eraquella que o juiz indica para fundamenfo da decisão. - :
Jnlgamenta dos recurses Bisposições especiáes a cada especie.de processo
còm respeito a resnrsos
Os recursos criminaes devem. ser julgados todos do
mesmo nodo,-como resulta da-comparação dos'artt. 23.O A - Woeessq ordinario de y m l a -Do 'despacho de
e 26.O do-dec. n.O 1 de 15 set. 1892 com o art. 1:178." praauncia póde haver diversos aggravos para a Relaç?~::
do &od. do -Proc, Civ., pois 'que em todos se deve seguir 1."Aggavo de petição por injosta pronuncia, auctoííqdo
a mesmo processo ammmodado aos aggravos de- pêth$Ior, gelu art. -i1." da lei f8 julho 1855, e pelo 5 1.O do wt. A-
formar 6om o 5 2.O do art. 1:16.8.O do God. do Proc. Civ., lei de 18 julho 4855.
aiifs q Sup. Tríb. $ir, conhece do recurso, como este de- :.%.O Aggravo % petição com fundamento do facb impn-
\eídiu em seu aceordáo de 27 agosto 1895 no processo eiuel ,tiado- não spr crime nem prohibido por-lei. Belo art. 99B.s
.n.O 26:321, em que .era recorrente a Fazenda Nacional, e ,dã Pu'ov. Ref. Jud. e 3 unico cto art. 14.' da lei de 38 julho
recorrido Guilherme Graham. 18iSl5 podia interpor-se n o praso de tres dias; ~ t u a h n e n t a
Pelo art:808." da Nov. Ref. as revistas crimes não -po- gw~hm,parece-me que o pbde sert-no praso de cinco di-
diam ser julgadas por menos de cinco juizes, tendo posto w vista do art. 23.O do dec. n . O 4 de I 5 set. 1892..
o visto no processo sete, decidindo-se, a causa pela pinra- -:'3.O Aggra~ode petiçáo com o fundameato de direito a
.@ade absoluta. Em seguida veio a lei n." 1 de 19 dei.^ fiança, -ou de arbitramento exagerado, ou deidoneidade dou.
1843 que no art. 4." exigia a conformidade de sete votos, -, fiadores. N'esfes recursos t&m os tribunaes obrigação de
- s h d o moaifitada depois pelo art. 47." da-lei de 18 juYhcí cbnhecer não sb do. objecto do recurso, mas ainda de idas
14355 que apenas exigiu essa conformidade de votac.ão em- a s nullidades do processo, e da existencia do facto e clas-
clnco. juizes. Actualmente o art. 26:O'do dec. n.O 1 d$ 15 3iflcaq"a do crime; mas não da prova da indiciação, porque
sèt., determiqando que as'revistas se processassem como no,da injusta pronuncia B que os juizeç. devem conhger
os aggravos de petição, parece ter reduzido o namero a
Qes voto$ conformes, que tantos são os-exigidos no jiilga-' L
d'áquelia em especial, com quanto possam e devam conhecer
da existencia e c1assificac;ão do crime, sua eonseq-neia.
_
m~todos aggravos de petição nas Relações. . - {Vi.art. 6." da lei de 45 abril 1886 sobre fianqas, e artt.
D4!3.O, 928.' e 996.O 5 2.O da Nov. Ref. Jud.) j .
carrecciond e não aos rocessos correccionaes, embora os rectirsas, 9 d e 3 8 março 1890: uDa sentença condemnatoria, profe-
-sejam processados e jt&gados como os aggravos de pel,p%oem ms- @da e-m processo c o r ~ c i o n a l ,ha sempp recurso c6m-ef:
teria civel, na rorma do disposto no afi. 1.0 e 5 unico da carta de &i-
3é. 46 dejunho de-1884; 'leito suspengivo atk aosupremo Tribunal de Justi;a,.quiin& r
Considerando-que para os processos correccionaes regulam os.
- prasos estabelecidos na citada reforma, sem embargo do. dispósto no,
,,a pena applicada (1) ao crime exceder a alçada dojaiz,, a,
art. 3." do dec. n.%4de 29 de março de 1890, pois que este artigo só
se refere a fórma porque os processos correccionaes devem.s'er pra-
cessados e julgados, e não quanto aos recursos, a que são applia-
eis as disposições geraes da mesma reforma, copfome o preceito,
'do 3 i9.0,d'aquelle artigo, em tudo o que não fôr contprio ao dírd- F r ç o 1890 e, estabelecendo outra douwina, dispôz no api. 2.0-
qSto nos 5s antecedentes...- Proc. neO16:612 -D. G., n? %?de1897. .Fica mg% o art. 8.0.da lei de 15 de abril de 18869. I-
- d6nat~foipromulgado o dee. n." i de 15 set 1892 que, modifle@o
(8) A lei de-% abril 1886 estatuia no art. 8.0- &os prwessos
eorreccianaes, se o réo intender qae o facto imputado não é prohi- Btei de I5 abril, e quebr-ando o rigorismo do dec. de 49 m-@,-@ou
bido nem-qualificado crime por lei, pode interpor aggravo com e& agontrina sue-se 16 no texto a que se refere esta nota. ,
f@i@suspensivo, do despacho que o mandar responder em*jiiizoa. (1) a p?!oii. de r julho' 188i, explicando a palavia appt&a*la que
-Em seguida a ,esta disposição appareceu o dec. a.*2 de 2 9 . 16 na lei de 16 jmho 1884, declara que tal expressão se refere á
.se
pesa appiicada pela 4eiao crime, e não á pena imposta pelo Inlgador.
n5o se tiver prescindido do recurso no principio do julga- ~ -
mento. 'CAPITULO VI
g 1." O j" poderi todavia exigir do r& appellank
fiança, que nunca será arbitrada em quantia superior a
Con~BioaçBessob@- reineidemias de crimes aocnmnladãs
-8MOOQreis, sem o que - -poderá -ó réa ser detido em cus- Qf
todias.
-.Ti antes do dec. n.O 1 de 15 set. i892 dizia a lei d& A lei R," 3 de 21 abril i892 (1) dispõe como se sepae;
16 junho 1884: . - a Art. 1 -Poderá ser entregue a disposição do governo,
-
r Art. i.O Os recursos das sentenças proferidas pelos .g frarrsportado para as possessões ultramariaas, onde sepra-
juizes de direito, ou dos accordáos das Relações, em pro- uideneiará de modo a fornecer-lhe trabalho livre, aquelle .
cesso de policia correccional, serão processados e julgados - p e , sendo maior de dézoito annos, e não tenha ginda com-
como os aggravos de petição em materia clvel. (1) pletado sessenta, incorrer, por crimes, nas condemnações
g unieo. A interposição do recurso será porém regulada indicadas em alpum dos numeros seguintes:
pelo disposto no art. i:256.O da Novissima Reforma Judi- 4.' Tres condemnações em penas maiores;
ciaria p. - 2: Duas-cOndemnaçi5es em pena maior e duas em pfisáo
-Diz esta no art. i:256."- aA appellação ser6 inter- 'correccional;
posta em audiencia ou fora d'ella, dentro das % hqrasi se- 3." Uma condemnação em pena maior e quatro em prisão
guintes á publicação da sentença, por termo lavrado pelo eorreccional;
ese~ivão,e assignaclo pela parte, ou seu procurador^. 4.0 Seis condemnações em prisão correeoional.
As disposições d'esla lei ainda estão em vigor como se '
.Art. 2.O- Computar-se-hão para os effeitos d o artigo
deduz dos fundamentos do acc. do Sup. Trib. de Just. de ,antecedente a s condemna~õesproferidas por trihnaes mi-
26 out. 1894, transcriptos na nota de pag. 156. fi6ares sobre crimes commuqs, e aquelles sobro que -ver
recahido comutação- on houver prescripção. > ,
(1) Diz o art. 36.O citado :-.Para o preso, que não estiver n~ ( i ) A lei de 6 julho 1893 é tambeni applicavel aos militares coa:
mo do artigo antecedente, 6 obrigatorio o trabalho, e o seu. roducto dmnaàos a presidi0 nas circumstancias em que o é aos eondempados
seri dindido em duas partes iguaes, uma para as despesas B~ca3eía 'pelos tribunaes ordinariós a penas maiores, nos termos dosartt. 1.9'
e outra para o preson. %Oj e k.", conzpetindo a allribui@o do art. 6.0 ao Ministene da
l%eíra, que concederá a liberdade provisoria sobre proposta ds eom-
iiiaüdsnte dopdepositodiscipliiiar, se, depois dos condemnados terem
1.iirnprido dois terços da pena, pracbicarem qualquer acto de valor ou
@Ti$@digno de apreço-art. 42." 8s
- 4.O e 2." do CodiBbiI. de 18%.
e .sedença devera considerar-se de nenhum effeito; mas,
Art. 4.O-Hão seri applicada a disposição do art. j.*+ ;no caso contrario, a primeira pena serh aceumulada i-&-
d'eata lei aos condemnados que já tenham cumprido pena gunda, sem que todavia se-confundam na execuGão, nem
&e prisão maior cellular, ainda que o crime commettido e haja prejuízo das regras estabelecidas no Codigo Penal
punido anteriormente não fôsse da mesma natureza. para a applieação da pena em caso de reincideneia ou suc-
Art. 5.O - &ão será tambem applicada a disposição do 2cessãode crimes.
art. 1.9 d'esta lei aos condemnados que tenham de cumprir 8 unico; O 'Ministerio Publico, independentemente-de
a~penade degredo, emquanto a sua execução não @r re- qiialquer declaração na segunda sentença, promoserá: a
galada nos termos do art. 60.O do Codigo Penal. execução dapena, euja suspensão caducara.
Art. 6.O-Seri da competencia do Ministerio dos Segocios Art. 10.9 -A suspensão não abrangeri o pagamenti de
da- Justiça conceder e revogar a concessão d& libérdade m t a s , a indernnisação do d m o causado pelo delicto, ou
condicional, em conformidade com o processo que para qualquer restituição a- que o r60 -fâr obrigado.
esse effeito será decretado em regulamento. Art. 11."-A sentença será averbada no registro cri-
Art. 7." -O governo promovera e auxiliará a organisaçã~
~. ,miiial com expressa declaraçãlo de que ficara suspensa. Se
dè associações protectoras doã condemnados. a o decurso do periodo fixado no art. 9.O, o r80 n%oincorrer
- 3 unico. Da quota parte disponivel do producto d&tra- em nova -condemnação, nos certificados do registro que
balbo dos presos que toca a o estado por virtade do art. 'forem -queridos, não se fara referencia ao processo. No
23.O da lei de 1 de julho de 1867, podera o governo de- m o contrario, o avérbamento da sentença ser& definitivo
dmir a parte que julgar-conveniente para subsidiar aqueilas para todos os effeitos.
associações. Art. 42."-E o governo auctorisado a decretar q regu-;
Art. 8 . O - Os tribunaes communs, que proferirem sen-, @ento'necessario para a execução da presente lei3 . .
tenças condemnatoftas em que seja im~ostapena de prisão (Esta'lei foi explicada pela port. do Min. d a Just. de %9!
.correceional, quer simples, quer aggravada com multa; julho 4893 emquanto não veio o regulamento seguinte)
tendo ponderado as circumslancias do delicto e o compor- . -Decreto regulamentar da lei anterior, sanccionado em'
tamento moral do delinquente, poderão declarar suspeusa 46 novI 4893. - ~
a exee,uçáo da pena, quando se reconheça que o réo não aArt. 1 -A liberdade provisoria e condicional s8 p0de
.O
sotrrera ainda alguma condemna~ãapor qualquer crime. ser concedida aos condemnados e q penas maiores 'que
g i." Serão expressos na sentença òs motivos d$ sus- tenham cumprido, sob o regimen penitenciario, duas terças
peUsão da pena. @artes da pena, quando se presuma que -estão corrigidos e
g 2 . O O tempo da suspensão não poderá ser inferior a emendados. -
dois annos, nem superior a cinco, e contar-se-ha desde a Art. 2 . O -'4 liberdade sekh concedida mediante pro@sta.
data da sente~içaem que fbr consignadai (1) .feita ao Ministerio dos Negocios de Justiça pelos directores
Art. 9."-Se decorrer o tempo da siispensão da pena, da9 estabelecimentos penaes em que cumprirem sentença
sem o r60 ter incorrido em condemnação por outro cíime, os condemnados, a que seja appticavel a disposição do art.
k." da lei de 6 de julho de 4893, ou a requerimento dos
bteressados.
(1) Alguns juizes do ultramar têm já dado execuqão a este artigo, A& 3.O -As propostas deverão ser iestruidas com cer-
c ó quanlo
~ não veja disposição alguma-queauctorise tal appiicação, . l i %s do corpo de delicto directo e indirecto, dos quesitos
* dão bastando, no meu parecer, a simples pblicação d'esta lei ne Bol., ..i. respostas do jury e da sentença, e s e ~ ã oacompanhadas
n." W de da-Provinciade Mofambique sem ordem expressa do -!.a-informações seguinte :- 1.O Nome, filiação, naturtili-
., Min. da Mar. para que deva ter vigor com respeito as aranlias indi-
~duaesdos presos, "sto que o srt. 183: d? Regim. lust. res- b i de, idade'e estado civil do condemnado; 3." Crime g
tringe tão sómente aos actos do proeesso,vigente no reino- /
êondemnação respectiva; -3." Se a pena já foi modificada. pacha do ministro com prbvil consnlta do conselho gerar
pelo Poder Moderador, e de que fhrma; - 4." Se no pra-- penitenciario. . %
eesso- interveio parte offendida com a indemnisação fixada 5 nnico. Se a resolução fOr favoravel, lavrar-se-ha de-
por sentença, e se j i foi satisfeita ~olantariamenteoii coer- creto, que será publicado.no Diario do Gr?verno.
citivamente;-5.O Costumes e procedimento do condemnado, Art. & - N o decreto deverão ser explicitamente men-
anteriores ao delicto; - 6 . O Se já lhe fora imputado mais cionados os fundamentos da concessão da liberdade provi-
algum crime, de que especie, e o resultado do processo; e as condições geraes e especiaes, cuja inobservancia
-7." Que pmfissão tinha antes de condemnado, e que ~ o d u z k ai perda d'aquella liberdade, e os demais effeitos
profissão tem exercido durante a execução da pena; 8."
De que meios de subsiskncia poderi dispor, quando seja
- prevenientes de ser revogada a concessão.
Art. 9.' -Quando a liberdade provisoria fôr concedida,
posto em liberdade; -9." Exposição desenvolvida e dara o decreto não teri execução, sem que o interessado declare
$s actos e manifestações, que auctorisem a presumpção perante ,duas testemunhas que acceita a c~oncessãocom as
de que esta corrigido;-10.O Indicações das condições ectndicões impostas. Esta declaração devera ser reduzida
especiaes que seja conveniente impôr na concessão da liber- a termo, lavrado na secretaria do respectivo estabelecimento
bade provisoria; penal, onde ficara devidamente averbado.
f unico. Todos os f&ccionarios. publicos-serão obrigaxos Ar-t. 10.0-Aos condemnados que passarem ao goso da
-a satisfazer as informaçnes que Ilies forem pedidas.pa~a'a' b x d a d e provisoria, serão conferidas guias contendo o
execução d'este artigo, 'e serao gratuitas as certitl6es que ame, Íiliação, naturalidade, idade, estado e profissão, na--
forem, m r a o mesmo effeito, requisitadas oficiosamente. @reza do crime e d a pena, a data do decreto, que Ihes
~ r t 4.0
i -Os condemnados que requererem a liberdade concedeu a liberdade provisoria, a data em que poderá4
provimria, apresentarão aos respectivos directores dos es- p a r - a liberdade definitiva, e as condições da concessão,
tabelecimentos penaes as petições instruidas com os dwu- @h geraes como especiaes, o nome da localidade fixada
mentos, a que se refere o artigo precedente. Aqueiles func- pwa a sua residencia, e a profissão que aài vão exercer.
cionarios dar-lbes-hão-seguimento rapido, prestando as 3 1.' Nas guias serão mencionados os Signaes physicos
informações exigidas no mesmo artigo, e as demais que para identificação dos-portadores, e sempre que seja possi-
julguem necessarias ou convenièntes. \reC recorrer-se-ha, para o mesmo effeito?a anthropometria.
- 2.' As guias ficarão registradas na secretaria respe- .
$ unico. Não se darh seguimento algum aos requeri-
mentos dos condemnados que não tenham, pelo menos, -:tiva.
regular .comportamento. -' Art. 4 {.O- Os directorei de estabeleciment6s pebaes
Art. 8.0-Sobre as propostas e requerimentos que res- 11 ir@ conhecimento das guias que passarem aos agentes
peitam a condemnados reelusos na cadeia geral peniteri- 1111 Ministerio Publico, e as aiictoridades administrativas oa
xíaria de -Lisboa, ou n'alguma prisão de regimen identico,. i:olieiaes das terras, em que os condemnados deram residir.
será ouvido o pessoal superior da mesma cadeia, de cujo h r t . 42.'-Logo Que oslibertos cheguem as terras de-
parecer se Lavrara uma acta, juntando-se copia authentica :i@ad.l\s para sua residencia, deverão, dentro de quarenta
as propostas ou requerimentos. ' oito horas, apresentar-se com as guias as auctoridages
i Art. 6.O -Preparados os processos pela fórma indicada, ~ W ~ s t r a t i v aou
s ' policiaes do respectivo zoncelho ou.
serão remettidos ao Ministerio dos Negocios da Justiça,. e ;!sirro, a fim de serem visadas.
d'ahiA procuradoria geral da corUa e fazenda, que emittira .-Ar&;13.O- Estabelecida a residencia, as mesmas aucto-
parecer com urgencia. 'iiades, participarão o factn aos directores .dos estabeleêi-
Art: 7.O- Cumprida a disposição do artigo precedente, i:Wtes penaes, que tenham conferido as guias, e aos agentes
serão. as propostas ou requerimentos resolvidos por des- ri p-Vislsterio Publico das respectivas circumscrípções. -
-
Art: I4.O A mudança de domicrno somente poaem set
auctorisada pelo MMsterio dos Negocíos da Justiça.
:&&s de averiguada e,conhecida a sua veracidade, a con;
m s ã o sera revogada por decreto fiindamentado, que se
$ i:-Os interessados apresenlarão, para aquelleeffei(o;- fiTuiicará no Diario do Governo, tendo por imediato 'effeito
reqwrimento aos director& dos estabelecimedos penses, rt captura dos condemnados e a sua readmissão nos respe-
que lhe darao immedlato segnimento informando se ha S ~ T O Sestabelecimentos penaes, para cumprirem in tegal-
~
os Ebertos as associações protectoras dos condemnados, +:?lu regimen que se adoqtar para a execução d'aquelk
ou a outras quaesquer associações ou pessoas, que huma- i'-:aa eKi presidiosoii colonias penaes ultramarinas. ~
nitariamente possam-dar-lhes patrocínio e amparo. :J unico. Se-o degredo fbr complementar da pena de
Art. 1 7 . O -Se os condemnados, abusando da liberdade,. !.:$são maior cellplar, os directores das cadeias-peniteneia
tiverem mio procedimento, dando-se a vadiagem, aos jogos r i&-deverão ser ouvidos sobre as propostas ou requeri-
probibidos, á embriaguez e a dissolução de costumes,? as hin?aãosde degredados que pretendem a concessão da liber-
auctoridades, sob cuja vigilancia estiverem, darão imme- 11::deprovisoria.
diatamente conhecimento do facto aos directores dos esta- Art. 22.O -Aos condemnados reclusos nas cadeias peni-:
belecimentos penáes, que o communicarão ao Minlsterio !!i~!imias, quando se conceder a liberdade provisoria, seráo
dos Negocios da Justiça, e do mesmo modo se procedera ii!$egi~es. os valores e objectos que tiverem em deposf@,
- iio caso de infracção de alguma das coudiçZes da Çoncessá~ os reckmarem, e do respectivo fundo de~reserva,a-que
Art, 18.O -Feita a commuuic~áoao referido Ministerio e: ~ e f e f eo art. <-&"a lei de i d e julho de - 4 8 6 7 , poderão
receber unicamente metade, entregando-se-lhes a r ~ s t o ,
quando &tiverem a liberdade definitiva.
$ nnico. A entrega total do fun8ode reserva far-se-h&
todavia, quando auctorisada pelo Ministerio dos Negocios
da Justiça, se houver manifesta vantagem para os libemsr.
acerca da applicação de amnistia ou do perdão real, sera . Os indultos, amnistias ou perdões règios, depois de eon-
julgado pelo tribunal que fôr competente para OS applicar. - h cedidos pelo poder moderador e publicados na folha oficial,
i Ari. 509.' -A applicação da amnistia ou do perdáo real devem ser julgados por sentença dos juizes de I.a instancia,
serti requerida pelo promotor de justiça, ou pelo reo, de-- ir^ por accordão da Relação, a requerimento da parte inte-
vendo sempre citar o decreto que o concedeu, e julgado ressada ou do Min. Publ., fazendo-se justa applicação dos
officiosamente pelo tribunal. :sns termos á especie sujeita - art. 29.' e .fj unico do re .
Art. 540." -A amnistia ou perdão real sera julgado por'
'
como o Cod. Militar de 1896 nos artt. 542.O e seguintes. Sas eommerciaes, pelo sr. Rosado no seu Man. do Processo
Não se confunda o recònhecimento da identidade do con- Com. pag. 83 ed., quer-nos parecer que compete ao ?
h m d o com o da identidade do a m a d o . Aqui occupa- .~ juiz cjiminal decidir da falsidade do papel apresentado,
mo-nos da primeira especie, isto é, quando fôr contestada porque a competencia procede a respeito-da causa pririci-
ou duvidosa a identidade de qualquer réu já condemado, 'pal, e por incidente podem os juizes eonbecer de questóes
qne aliás não caberiam na sua jurisdicção, como diz- aquelle me& até que se decida o incidente, por que assim poupa
A. @mpo e livra de incommodos as pessoas que tenham de
Outra questão :-Quando poderh o réu.ou i Min. h b l . assistir a elfe, ficando todavia lacrados os depoimentos
levantar este incidente ?
E ponto assente. pelo art. 401 .O, 3 8.'; do Cod. de Proc. -queNãohajase escriptos.
allegando em i.ainstancia a falsidade, pbde alle-
Civ., e art. 837." da Nov. Ref, que as partes só,podem gar-se depois perante a relaçáo, quando lhe competir tam-
ajpntar,documentos aos autos antes da constituição do jury, bem a apreciação das provas, procedendo-se ali então na
tendo as adversarias direito a pedir vista d'elles por cinco forma dos artigos 4:426.O e 4:í 27.O do Cod. do Proc. Civ.,
dias -art. 214.' 3 4."0 Cod. do Proc. Civ. citado. mas ficando, em todo o caso, suspenso o recurso até á
Ora, não marcando o Codigo do Processo praso algum decisão do iucidente.
para se acoimar de falso o documento, antes declarando Se, porim, os depoimentos não forem escriptos, então e
no 2.O do art. 448.O que a sentença passada em jul- de renovar-se a inquirição na audiencia que mais tarde se
gado pode ser revogada, quando se demonstre a falsi- faça para o julgamento.
dade d'esse documento em que a mesma sentença se fun-
dasse, nãò se tendo discutido essa materia no processo em
que foi proferida, parece que a todo o tempo e em qual-, CAPITULO XI
quer estado do processo pode o reo ou o Min. Publ. im-
pugnar de falso o documento e não obstante os citados
artigos QOZ.O, 5 S.', e 2IZ.O 5 4.' do Cod.' do Proc. como Cansas modificativas~daspenas
se-deprehende do art. 340.O d'este Cod.
Mas, por outro lado, a lei criminal do processo diz na Sáo causas modificativas das penas as indicadas no art.
Nov, Ref. Jud. art. 1:179.O que aa discussão da cansa, 6.O do Cod. Pen., e portanto os condemnados, assim que
uma vgz começada, será continua ate a sentença inclusives. alguma d'ellas se dê, devem requerer ao juiz que a pena
Por consequencia, demandando o incidente de falsidade se minore nos termos da nova lei favoravel.
ac@s e termos que não podem ser, praticados durante a
discussão, e evidente que tal incidente para ter prosegui-
menta em 1." instancia carece de ser levantado antes da
wnstituição do jury, procedendo-se em tal caso nos termos CAPITULO XII
do art. 837.", 3 4.", da Nov. Ref., sem que possa jamais
levantar-se tal incidente, excepto na hypothese de rehabi-
Iitação fundada em sentença, proferida em acção civel qu Cansas extinctivas das penas
criminal, na qual se demonstre. a falsidade do documento, . ~
como se deduz do n.O %.O do art. 448.O do Cod. de Proc. As causas extinctivas das penas são: I.a q seu cumpri-
Civ., combinado com a lei 3 abril 1896. imentn; o perdáo real: Xa a rehabilztaçdo - art., i26.O ,
Se, porem, fBr sb o juiz quem decida a causa, quando po- do Cod. Pen.; a elinainaçáo do crime do numero das
aera impugnar-sé de falso o documento?- infracções n'uma lei nova-art. 6 . V o Cod. Pen. ; O
Como as partes podem ajuntar documentos durante a termo do pwiod~ da liberdade cdicional- art. 2.O da L.
discussão, póde a parte contraria pedir vistá d'elles par 6 jutho 1893; 6.a-a prescr*ção da sentença condemnaQ-
Cinco dias, vindo em seguida deduzir a falsidade; mas em. -ria-§ 7.O do art. 425.O do Cod. Pen.
tal caso quer-me parecer que o melhor será o juiz ouvir
as testemunhas que haja a inquirir, e sobreestar no julga-
. ,
minada na sentença, ou pela substituição por outra menos
grave, e de duragão igual o a inferior B da pai-te da pena
Cumprimento da pena ririda n?ío cumprida--$ 32 e numeros do art. 126.O do
Cod. citado.
A pena reputa-se ci~mpridaipso jure, quando o conde;' - ' 'Para se effectivar o perdão real é necessario que o
mnado a tiver expiado pelo tempo marcado na sentença Min. Piibl. ou o condemnado requeiram que se julgue rias
eondemnatoria, e pelo modo expresso na lei, ou quando autos por conforme a culpa o perdão concedido no decreto
termine o periodo da liberdade condicional. respectivo e nos precisos termos d'esie -art. 31.' do Reg.
&h. Publ. de 15 dez. 4835, e artt. 507.O e seguintes do
Cod. Militar de 1896.
D'esta sentença intendo que cabe appeEla@o para a Re-
3 e: Iação, ou rme'stcs para o S. T. J., quando for esta que pro-
fira a decisão; e, vindo a dar-se diversos incidentes, ca-
Eliminagão do crime na lei nova berá o recurso appropriado a. cada um para o tribunal
superior.
,Assim que fôr promulgada uma nova lei que elimine do Seudo frequente haver pela Paschoa de cada anno per-
numero das infracções o crime commettido na vigencia d6es concedidos pelo Poder Moderador, e convindo que os
d'uma outra lei que o punia, deve requerer-se a extincça eoridemnados conheçam os meios de os obter, damos ém
da pena, se a sentença passou em julgado, tenha ou não seguida as regras legaes relativamente a sua consecução.
começado o seu cumprimeuto-- art. 6.O n.O 1.O do Cod. ' . -,Diz o decreto de 18 maio 1893 sobre perdão e com-
Pen. mutação de penas por occasião da Semana Santa:
*. oArt. #.O -Os reos que, estando a cumprir pena nas
cadeias das comarcas, que uáo sejam sede dos tribunaes @as
Relações, que pretenderem impetrar, pela Semana Santa,
Perdão real (1) erdão ou commutação de pena, deverão apresentar ate ao
-a # de novembro o s seus sequerimenios aos respectivos
A acceitacão do perdão real é'obrigatoria para o cw- delegados do procurador régio.
demnado, - 5 4 . O do art. 446.' do Cod. Pen. '
3 unICO. OS,requerimentos poderão ser assignados por
O perdão real pode abranger a extincção total ou parcial estes ou por outrem em seu nome, sem que seja preciso
da pena, verificando-se esta ou pela reducção da pena com- e i b i r procuração.
Art. 2." -Os delegados do procurador regi0 promoverão
bfficiosamente que os escrivães dos processos passem cer-'
LidÕes gratuitas do corpo de delicto directo e indirecto, dos
(1) Vi+ a nota. a pag. 174. A lei de 3 abril 1896 no seu ârt. 6.4 quesitos e~respostasdo jury nos processos ordinarios e da
$j3.4 assim como ja antes o art. 7.0 3." da lei de 2 i julho 1885, de- sentença, e, instruindo as petições dos reos com estes-do-.
creta qrie o rei como poder moderador póde perdoar e commutar cúmentos, deverão remettel-os ate ao dia 45 do referido
as penas impostas aos réos condemnados, excepto as dos ministros mez ás p-curadorias regias respectivas, prestando as in--
de estado por crimes commetiidos no exercicio das suas funcções,
sem que pr6viamente lhe seja apresentada petição de qualquer das formacões que tenham por .convenientes, e designadamente
camaras legislativas. Como, porem, não ha ainda uma lei especial que s b r e -os pontos seguintes:
"regule a execução do art. 163.0 da Cart. Const., tudo quanto se [e- 1 . O Nome, edade, estado e proíissáo dos requerentes,
gisla não passa de mero platonismo, . %.O~Coslumes e antecedentes;. se j;i tinham perpetrado
Arti 5." -A procuradória geral da corôa e fazenda emit-
mais delictos; de que natureza, e em que condemnações fira parecer sobre os pedidos de perdão ou commutação de'
incorreram ; 'penas, e remettera os processos ao Ministerio da Justiça-
,3." Crimes pelos quaes fôr.am condemnados; ate ao dia 34 de janeiro.
4." Penas que Ihes foram impostas; Ap. 6."-Recebidos os processos no Ministerio serão
5.' Data da sentença; insiancia; instancia;,Su- immediata .e successivamente enviados aos conselheiros de
premo Tribunal de Justiça; 'Fstado, de modo que possam ter o visto de todos at6 u dia
6.O Transito da senlença em julgado; 1.8 de março.
7." Tempo de prisáo soffrida, quer preventiva, quer em
'
expiação &a pulpa, e qual a conducta na cadeia, anterior e $ unico. Os 'processos relativos aos rbos que estejam
cumprindo a pena de prisão cellular serão submettidos as
- posterior ao julgamento; exame e consulta do conselho penitenciario antes de serem
8.0 Se no processo interveio parte accusadora; se per-
doou ao offensor, e, no caso de obrigação de o indemnisar remettidos aos membros do conselho de Estado.
pelo prejuizo resultante do delicto, se essa obrigaçxo JA foi Art. 7.'-Aos prckiiradores régios junto das Relaçóes
cumprida voluntaria ou coercitivamente; :incumbe fazer affixar nas cadeias dos seus districtos editaes
9." Provas ou indicios que tenham dado do seu arrepio- em que se -faça constar aos presos por que fbrma, -e ate
dimento e proposito de emenda; _quando devam apresentar as petições dirigidas ao p ~ & r
10." Se tiveram algum indulto e qual; moderador e enviar ao Ministerio dos Regocios da Marinha
i1.O Pena que lhes resta a cumprir ao tempo da infor- e Ultramar identicos editaes para serem aaxados nos pre-
maq30. sidios das possessões em Africa, onde se cumpram as penas
Art. 3.'- 0 s réos que estejam a cumprir pena na ca- de degredo,. (4)
deia geral penitenciaria de Lisboa ou em outra qualquer
que de futuro seja inaugurada, apresentarão ao director
respectivo ate o dia fixado no artigo 4.q'este decreto,. os
requerimentos que dever20 ser remettidos com a s eonve- Rehabilitagão dos reos condemnados (4)
nieuteu informações d direcção dos negocios da justiça ate
o dia 30 de novembro. A lei n.O 1 de 3 abril 4896, (3) fixando as normai a
3 .unico. A medida que fbrem recebi dos^ estes requeri- seguir n'esta especie de processos, estatire como se segue:
mentos na referida direcção, serão expedidos ás proeura- - uArt. 4.O -A rehabilitação dos reos realisar-se-ha por
dorias regias respectivas, para ahi se completar a organi- meio de revisão extraordinaria das respectivas sentenças
sação do processo na fórnia do disposto no artigo antece-
derite.
Art. 4."-0s reos que estejam nas cadeias das sedes
das Relações a c u ~ p r i pena,
r ou definitivamente condem- í 1 Este decreto vigora no ultramar.
nadas, apresentarão os requerimentos aos procuradores 0 Cod. Pen de 18% dispõe no a*. I46.0: *A pena tambem
régios a t b s mesmo dia I de novembro. Estes magistrados, acaba: 3.0 Pela rehabili&ao~. Os $8 !O
., 6.0 e 7.O dizem em que con-
depois de os terem instruido com-~osdocumentos e infor- siste a rehabilitaçao, direitos que origina, e publicações que devem
mações Mdicadas no art. 3.O e com os demais que julguem fazer-se das sentenças de revisão.
(3) Esta lei con6rmon com algumas pequenasmodificações o de;
convenietites, repelterão successivamente at8 36 de de- crebo com força de lei de 27 fev. 1895, e tambem tem applic ao a
zembro a procuradoria geral da cor8a e fazenda todos os .darse miiitar, como se verifica do ri.47r0 do Cod. Mil. .de 1892-Foi
requerimentos que tenham recebido, dando sobre cada um &andada pôr em vigor no ultramar, como se vt! do Boletrm da Guiné,
a sua ínforrnagio e parecer. ao22 de 1896.
condemnatorias, passadas em julgado, nos termos e pela o articula'do. Ófferecido.contra a parte accnsadorã; se:
iirrma estabelecida na presente lei. a- hou-ver; e contra um agente especial do Ministerio Pu-
Art. 2.'- Alem dos casos especificados nos artt. 1:263.", Bijcu9 quepara este fim sera nomeadó pelo juiz d e entre
1:264.O, 1;265.' e 1:268.O da Novissima Reforma Judiciaria, es adyugados ou procuradores, se no juizo nãcr houver
será admittida a revisão, quando tiverem occorrido circum- advogados, excepto nas comarcas onde haja mais d e nm
stancias que justifiquem a innocencia dos condemnados. delegado, porque, n'este caso, a noméação será feita pe16
Art. 3.O - A revisão será concedida pelo Supremo Tri- respectivo procurador régio.
bunal de Justiça, podendo requerel-a o réo, ou promovel-a $4.' Segpir-se-hão todos os demais termos do respectivo
officiosamente o Ministerio-Publico perante o mesmo tri- poeesso até á sentença final.
bunal, embora esteja executada a sentença. Art. 9."- A parte a quem fôr concedida a relnsão, tra-
Art. 4.'-No caso de revisão, por motivo differente tâíido-se de prócesso de pòiicia correccional, devera dirigir .
d'aquelle a que se refere a Novissima Reforma Judiciaria, o requerimento ao juiz competente, pedindo que se proceda
proceder-se-ha nos termos dos artigos seguintes. a novo julgamento com citação-do Ministerio Piiblico e da
- Art. 5." -O reo que pretenda rehabilitar-se apresentará- parts accusadora, se a houver, e que se proceda prèna-
o requerimento em que peça a revisão, instruido com os inente a qualquer exame necessario para o descobrimento
documentos justificativos, sem o que não poderá tomar-se da verdade, sendo tambem applicavel n'este caso o disposto
conhecimento do pedido. no art. 20.O do decreto de 15 de setembro de 1892. -
Art. 6.0-0 Supremo Tribunal de Justiça, ouvido o Mi-- - 5 1.0Se-\arevisão fór promovida pelo Ministerio Publico,
nisterio Publico, decidira, em secções reunidas, se em vista proceder-se-ha 1 citação da parte accusadora, .havendo-a,
do allegado e dos documentos, ha fundamento para se rever e de um agente especial do Ministerio Publico, nomeado
o processo. nafbrma do 8 1.O do artigo antecedente.
3 1." N o será attendida a petição que tenha por intuito 0 -2.' Seguir-se-hão os demais termos do pro-ces- de
manifesto qualquer modificação da pena applicada na sen- policia correccional até á sentença respectiva.
tença. .' Art. 10." -Nos processos em que houver intervenção do
$ 2."- O accordão, que conceda ou negue a revisão, será jiary, decidirá este as questoes de facto que lhe forem pro-
sempre motivado. postas, devendo ser formulados quesitos, náo sb Acerca dos
Art. 7.O-Attendido o requerimento do reo ou a pro- getos que tiverem sido articulados, mas tambem sobre
moção officiosa do Ministerio Pnblico, o Supremo Tribunal qualquer circumstancia advenieote da discussão da causa.
designai'a no accordão um juizo de instancia, diverso Art. 11.'-Se fór julgada improcedente a a ~ u s a c ã o , ~
d'aquelle em que o reo fôra julgado, se assim lhe fôr re- devera a respectiva sentença declarar nulla a sentença cM-
querido, ou se o tiver por conveniente, afim de se proceder dernuatoria, sem fazer referencia Bs disposições da lei pe-
ahi a revisão do respectivo processo, sem que seja todavia .nal, e rehabfitado o reo perante a sociedade, readqalrindo-
:@seu-estado de direito anterior á condemnação, logo que
suspensa a execução da sentença condemnakoria.
Art. 8." -A parte a quem se tenha concedido a revisão
do processo ordinario ou correccional deverá dirigir nm
requerimento ao juiz competente, nos termos do artigo
-a sentença passe em julgado.
?$ 4 .O Esta sentenw ser8 publicada no Diario do Governo
tres dias c~nsecuti\~os e affixada por certidão a porta
antecedente, pedindo a citação do Ministerio Publico e da dcCtribuna1 da comarca em que fôra proferida a coni3e--
parte accusadora, se a houver, para, na segunda audiencia rnnacão, devendo ser trancado o respectivo- registro cri-
posterior a citação, verem offerecer o articulado e os res- minal.
pectivos documentos. : 5 ?d.@Dá seoteoça deveri 'o Ministerio Publico i~nterpk
1." Se a revisão fôr promovida pelo Ministerio Publico, Zren1pre;os recursos lepaes.
13 YQC. -
Art. ie."-~a3&ten~a .&i arbitrada ao rio, cfuapdo'
eke assim o tenha requerido, a justa indemnisação da pre- 20.O.
-i$& -Serão observadas as outras dispesiçSe$-qnè.
juizo que houver soffrido com o cumprimento-da pena, se $a esteJam em desharmonia eom a natùreza e temos-
no processo existirem os elementos necessarios para fa2er esgeeiies dos processos instaurados nos tribun-s miiiiares,
aquelle arbitramento, e, no caso mtrario, será a inde-n& 'Art. -21." -As disposiç@s d'esta lei serão tambem áp
sação fixada em processo ordinario, nos termõs da legis- plicaveis a todos os réos @e se achem eondemnados-por
lago vigente. segtenças passadas em julgado-na data da Wa promulga-
,$ unico. Se a pena tiver sido a de 'multa, e estiver ja $50, aos que ja tenham cumprido a respectiva pena, e bem
cumprida, ordenara a sentença a sua restituição. - ,
assim aos que já estejam fallecidos.
Art. 1 3 . O -Se a rehabilitação fôcjulgada improcedente, Art. 28." -Fica revogada, etc.3.
será pela nova sentença mantida a condemnação anterior.
AFt. 14." -No caso do artigo antecedente, s6 poderá ser'
permittida a segunda revisão, se a promover o procurador'
geral da corôa p fazenda.
Art. 15.O -E permittida a revisão do processo e sen-
tença relativa ao reo fallecido, seguindo-se as disposições-
anterióres no que fõr applicavel.
Art. l6.O -São unicamente competentes "promo- :
verem esta revisão os ascendentes, descendentes, ixmjuges,
e irmãos do mesmo rCo. São duas as-especies de nullidades que p0dem affectar
-&t. 17."-0s réos que fbrem condemnados pelos M- ok .feitps criminaes : ,de s e n t w e de processo. (4)
-
Mnaes militares tambem poderão rehabilitar-se por 'meio .-E nulla a sentença que julgar directamente o contrario
da revisão das respectivas sentenças condematorias, tanto. -@ que dispõe qualquer lei do reino, ou d'ella h e r appli-
POS 690s especificados nos n.OS L", 7.O, 8." e '92 do art., ca@o manifestamente errada, ou que tiver algum defeito
300.p do Codigo de Justiça Militar, como se tiverem occor- pbstancial, on de que resulte, nullidade, na conformidade-
rido eircümstancias justificativas da innocencia dos con- 9Ord., liv. â?, tit. 75, e màis leis do reino, $ 2.0 doxrt.
demnades. - - %r* da, lei de 49 dez, 18k3.
. Art. 4S.O -A revisão será concedida pelo Supremo Con-
selho de Justiça Militar, em vista de requerimento dom+
- E nullo o processo em que houver pretericão d'alglw
'@to essencial, ou de fbm1.a para.elle estabelecida-,.par
mentado,do réa ou de exposição fundamentada do promotor
de justiça militar, e poderá ser designado, para se proceder '
."
ifei,.com pena dè nuliidade-8 4." do art. 4 da,lei cj/da.
Em virtude da lei de 18 julho 1855, art. 43.O, s3o- s&
A revisão, o mesmo tribunal que proferira a sentenGa con-- k n t e insanaveis- no processo criminal as .nullidades se-
demnatoria, ou diversò, conforme seja mais conveniente e pintei;: , ,
accommodadcr As circumstancirs do processo* .I 4.O Por incompetencia, excepto no caso de ter o jaz
3 1." Fora dos casos especiaes a que se refere o art. 47,"~ 'bdinario procedido a smmario por delicto da exclusiva
não sè mandará suspender a execução da sentença, excepto Smpetencia do juiz de direito, e ter-se veriEcado o disposto :
si3 a~penaimposta fôr a de morte. w, LI." do art. 18.O d'esta lei, se ós tribunaes superiores:
5 2.9. A revisão das sentenças condemnatorias só poderá - a c e e r n qoe o processo esta bem ordenado, e que a ver-
ter cabimento em tempo de paz.
Art. 49." - A sentença da rehabilitação será publicada
tambem na ordem do exercito e da armada.
{$ Veja-se a materia a pag. fsi,
. ,
- i 1 ." For. ãefie4enéia dos quesitos, bntradjcção oii ?epu7
Ws náo poder6 esclarecer-se com rnai~-~rÜ~eito-da
j&ti@,'-
'&awia dos mesmos entre si, ou Gom as respostas do juv,
pois que n'este caso deverão revalidar o processo.-(Esta
excepçJo actualmebte ne-nhuma importanga tem). on -#estas umas com as outras. . -
2.' Por falta de corpo de delicta, ou por faltar, 'n'aquelle -( '-42." Por não tirem sido_-resahadas com fbrma legal-as-
á-que se tiver procedido, alguma formalidade 'substan~ial: ;emendas, borees ou entrelinhas, que se eneontrarsm na5
e ainda n'este caso, se a f e a de formalidade consistir em respstas do jury aos quesitos que lhe tiverem..sído pro-
omissão de actos, que não possam já practicar-se, ou, Que, .pstos. ,. l'
-querela,~quandoo querelante não fdr agente do Ministerio - - 14.O Finalmente por toda a preteriçao ou illegalidade de
~
Pubtíco,. .que tenha assignado o requerimento para a que- :actos substanciaes para a defesa ou para o descobrimento
da^ verdade, por modo que essa preterição Du 'iflegalid-e
~
cesso, conforme o que se julgar. : $ unieo. Quando em processo crime houver parte que-
5 4." 04quefica disposto n'este artigo não tem applic; relante além do Ministerio PubTico, não fica aquella dispen-
ção ás appellações correccionaes, e outras que só são exa- sada' de fazer os devidos- preparos, não podendo porém
minadas pelo ~elator,que continuarão a ser julgadas em nunca-a -ta d'elles impedir o andamento do processo pro;
conferencia, como se acha estabelecido na Reforma Judicial. movido pelo Ministerio publico^.
--Este artigo e 3 foram exactamente reprodnzidos no
afl. 85.0 e 3 unicbda Tab. dos Emol. Jud. junta ao Regi-
mento de Justiça para a India, mcau, Timor e Moçambiqnè;
approvado por dec. de 1 dez. t866, sxcepto na citação dos
CAPITULO XIV artt. 130.' e 931.O, que substitue pelo aTt. 122.O do mesmo
regimento. .
D -A lei de 18 julho 1855 diz no art. 18.O- aNenhum
Das enstrs réo se15 obrigado a pagamento de custas em processacrime,
sendo absolvido; nem d'elle serão exigidas, ain& que seja
condemnado, sem passar a sentenqa em julgad0~.
A-A respeito de custas civeis dispõe o seguinte o dec. E -O Cod. Pen. no art. l28.O diz -«Nenhum r40 será
'n.O 2 de 15 set. 4892 no art. 17.O- aAs disposiçó,es dos @rigado a pagamento de custas em processo crime, sendo-
artE. 1:OOO.O e t:O04.0 do Godigo do Processo Civil não a3solvid0, nem d'elle seráo exigidas, ainda queseja
comprehendea as custas de parte, mas só as do juizou. demnado, sem passar a sentença em julgadam. - con-
2-0 dec. a" de 1E; set. 1892 dispõe o segaipte: ,
Custas criminaes «Art. 28."-0s fiadores ou abonadores dos r b s -são
responsaveis pelas custas dos processos, e no'termo da
%-Diz a Nov. Ref. Jud. no ah. 61Fj.O -« 0 condemnado fiança se mencionar8 essa responsabilidade.
em custas, que não pagar no decendio e a quem não forem 3 unico. As custas em processos crimes não são remiveis .-
achados bens su,fieientes, serà preso pelos dias correspon- C O prisiios.
~
-$entes -á importanciã da execução, a razão de mil réis por G - 0 decreto regulamentar da cobrança dos emoIu-
aia*. mentos judieiaes de 24 set. 4892 dispõe:
C- A Tab. de Emol. Jud. approvada por lei de 30 .junho'. aArt. 2."-. .. 3 1.O Nos processos crimes em que-'
4864 dispunha: 'Luver parte accusadora, quer n'elles íntervenha ou n5o
o ~ n i s t e h~ bol i k , e nos actos avulsos, como &tificados cedendo-se em quantó ásraccrescidas, pela fórina ptecei-
,de registro criminal, mandados de prisão ou soltura, depre-i tuada no 2.o d'este artigo.
cadas, rubricas em livros e outros simílhantes, a estampilha Art. 4."-Os escrirães são abri.gados a remetter á cinta
mrreqondente aos respectivos emolumentos sera collada os-.processos crimes, em que hoúver parte acqusadora, de,
pelo escriváo, e logo jnutilisada pelo juiz no acto dáassi- ciqcoenta .em cincoenta folhas de processado no juizo, e i
gnatura ou do despacho, quando este deva ter lugar; bem assim os que estiverem paraaos no cartorio-por mais
5.2.O Nos processos crimes em que não houver p a h de tres mezes, sem que se-promovam os seus termos, e,
accusadora, as estampilhas serão colladas pelo escrivão, e em todo -o caso os remetterão sempre a final, ou quando
inutilisadas pelo juiz, verificando.se o pagamento das castas, passarem para outro oartorio, juizo ou tribunal.
voluntaria ou executivamente, pelo reo ou fiadores, s e ~ ó s fj unico. Pelas custas que se deverem serão logo exe-
tiver. cutados os auctores e requerentes nos termos dos-artt.
- 5 3." O escrivão, sempre que o réo tenha fiadores, la- -971." e 972." do Codigo do Processo Civil, salvo o direito--
vrar&,logo termo de responsabilidade pelas custas do juizo,. daçpartes de rehaverem os emolumeutos 'e salarios pagos,~
que os mesmos fiadores assignarão. ou executivamente cobrados, de quem competir-a-finalo..
g 4.O Se o r120 ou seus fiadores não tiverem bens sufpiciéntes H- A lei de 6 julho i893 sobre liberdade eondieional-
para integral pagamento das custas do proc~sso,haverá ra- dispõe :
l a o - l a o o~ restado
~ e todos os empregados do que restar da^, ' - a-4r.t. 10."-A suspensáo não abrangerá o pagamerito *
sermos da legislaçáo vigente não seja obrigatorio o paga- I -A lei de 4 maio 1896 dispõe:
mento antecipado das custas e sêllos, o processo não.podera aArt. 9."- Os réos que forem condemnados pelomesmo .
subir 8 4i.a instancia, ou ao Supremo Tribunal de Justiça, crime, serão solidariamente responsaveis pelas custas e --
sem-que seja previamente depositada a importancia total sêllos do processo, salvo o direito regressivo do @e-pagar,
dos mesmos sêlios e custas, depois de competentemente e n t r a os outros condemnados, e-não serA exigida aquelia
verificada: responsabilidade a outras pessoas, excepto no caso da fiança
8 82 F i m exceptuados da disposição do $ antecedente a que se refere o artigo seguinte.
os recursos interpostos pelo Ministerio Publico e pelos réos $ unico. Exwptuam-se da responsabilidade solidaria es-
presos. tatuida n'ege artigo as custas e shllos relativos i repetição
§ 7P 0 deposito a que se refere o 5 5.' ser8 feito na d e actos a que algum dos réos der caasa, bem como as
caixa geral de depositos, ou suas delegaç6es, e o eompe- provenientes 'de actos requeridos para defesa especial de.
^tente duplicado da-guia com simples recibo da caixa~junto algum d'elles.
ao processo. Art. 10."-0 s pagamentos das custas e.sêllos' dos pro-
.$-.8i0Se o recorrenle fôr absolvido a final, ser-lbe:ha cessos crimes poderá ser feito em tres prestações fixadas
restituido o deposito por meio de cheque sobre-a caixa, pelos juizes, se os réos assim o requererem, e prestarem
ãssignado pelo juiz, precedendo averbamento da entrega Eança idonea por termo nos autosgue será gratuito e sem
do mesmo cheque por cota do escrivão lançada nos autos sêllo.,
e assignada pelo reo. Se fôr condemnado, o respectivo es- -Art. 11." Serão isentos do referido pagamento os réos
.crivão com o cheque passado por elle, e assignado pelo que provem a sua pobreza por attestados das paroehw e
juiz competente, receberá a quantia depositada, coIlar8 nos regedores das freguezias d o seu domicilio, juraàos e devi-
autos as estampilhas correspondentes aos enholume~rtosper- damente recontiecidos.
tencentes ao estado, e pagara os sêllos e mais custas, pro- 3 unico. .A proya da pobreza poderá ser feita no aeto do
fulgamento, ou atè terminar-o decendio posterior fr citação aeiegaçÕes, e o duplicado dr guia u>m o &pele&@ r*
ga. respectiva execução, que n'este caso çe julgarh ex- ^çerhjunto ao processo.
-tineta. ..
. Depois da decisão final s i observara o disposto no38.0
Art. 12.0-0s signatarios doi-attestadosem que se falte .& art. 2.O do ,regulamento -de 24 de setembro de L8921
á verdade, e os que d'elie fizerem uso, incorrerão na res- Ai-6. 8ti.O -Quando seJâ concedida a revisão nos termos
pectiva responsabilidade criminal. --$o a@. 3.O e seguintes da carta de lei de 3 de abril do GOr-
-Art. 13."-Aos réos condemnados em c u s t a ~ , ' ~ unão
e rente anno, o s emolumentos, sêllos e custas do processo
L..
tenham demonstrado a sua pobreza .na confqrmidade do que d'essa concessão se derivar serão stmente contados e.
,arE. 11.O ou do .seu 3 unico, não lhes sendo achados bens pagos quando o requerente particular houver decahido, e
sufficientes para o seu pagamento, será applicavel ?.dispo- -:em harmonia com os emdumentos e salarios fixados desta
sição do art. 615." da Novissima Reforma-Judiciaria, divi: tabe'Ua para o processo crime que se tenha seguido. - ..
dindo-se para este effeito as custas, quando haja mais de Art. 99."-Em todas as causas civeis, commerciaes e
upi cwidemnado. cr$m'naes na-i." instancia, será entregue com o preparo,
3 unièo. A prisão por custas não poderd exceder trinta- ...quando o haja, a quantia de 800 réis para despesas do tri-
dias em pracesso de policia correccional, sessenta em pro-, bunal.
cesso.correcciona1 e noventa em processo ordinarion. Art. 50.O -0 s escriváes não são obrigados a remetter
J -A Tab. dos Emol. Jnd., approvada p d a lei de k3 o processo para outro tribunal, juizo òu cartorio, aiada que
maio 1896, dispõe: , haja recurso interposto, sem estar paga a importancia que
aArt. 76."-A fazenda nacio~al,o Ministerio Piiblico, os se -dever de emolumentos, sdarios e sêllos, segundo a
curado-s geraes,~os advogados officiosos e os presos,. re- conta feita pelo contador.
conhecidamente pobres, são dispensados do pagamento de 5 unico. Esta disposição não tem applicação nos casos
qualquer preparo, emolumento, honorario ou salario; mas, . d e ser a remessa promovida pelo curador dos orphãos,
se a-final fbr condemnada alguma parte que não gose d'esta - Ministerio Publico, ou reos presosr .
Zençáo, pagara esta as assignaturas, emolumentos, hono- K - 0 dec. de 30 dez. 1890 que reorganjsou a. secretaria
rarios, salarios e custas em que fôr condemnada. -do S ~ p r .Trib. de Just., providenciando sobre a cobrança
$:I." A falta de preparo pela parte accusadora nos pro- d e custas para os funccionarios d'aquelle tribunal, dispõe no
cessos criminaes não obsta a que elles prosigam quanto A 5 art. 16.O - aQùando o litigante, que fôr condemnado em
amusação do Ministerio Publico, devendo, porem, aquella custas, não satisfizer a sua importancia, no praso de "vinte
falta qnsiderar-se-comodesistencia da accusação particular -.dias, a contar da intimação do accordão, serao ellas cohrzdas
desde q u e finde -o praso legal do preparo, ou desde que &ecutivamente, passando a secretaria, para base da exè--
finde o praso que para esse fim lhe fôr marcado por des- cução, certidão narrativa da conta que, para este e%to,-
pacho, caso não esteja designado na^ lei. Será enviada ao competente delegado do procurador rkgio,;
52.O 0 s processos de+quetrata este artigo serão sempre por intermedio do procurador geral da corba, para o de-
contados, quando subirem em recurso. legado promover a execução e remetter a importancià co-
5 3.O Quando n'estes processos forem interpostos, re- brada a secretaria do Supremo Tribunal~:
cursos por pessoas que náo sejam o Ministerio Publico ou
os réos presos, não poderão subir a instancia superior sem
-
L Com èsta disposicão está de harmonia o 3 3.0 do art..
27." da Tab. dos Emol. de 1896 que estendeu ás Rela~6esi~
que seja prbviamente depositada a importancia total das mesma disposição, devendo o delegado receber do-procu-
custas em divida ao juizo e ao estado, e a importancia dos rador r6gió as certidões.
s&llos.' O art. 78." da mesma tabella sustenta a fbrma d a ex&
O deuosito será feito na caixa geral de depositos ou @as CUção nos termoi do art. 971.' do Cod. do Proç. Civ., a-
&i1 ser instaurada pelós delegados, pelos es&i;ãe~
,ou inbressados.
:
.iü-Não B fora de proiosito expbr a doutrina sòbre- pa-;
gamento de sêllo que avulta as contas d~ prpcesso.
diz a verba n . O M da tabella n.O 4 da lei do sê110 de 91
jalho 1893 - «Os processos eui que a fazerida nacional, o
NI@ist6rio Publico ou qualquer associação de soccorro mu--
tua, estabelecimento de beneficencia ou de piedade fôt:
parte. Esta isenção comprehende os actos e documentos
emanados ou promovidos pela fazenda nacional, Ministerio.
Publico ou estabelecimento de beneficencia ou de piedade,
eni todos os processos civis, criminaes, fiscaes - e orphano-
lógicos,' em que intervierem; devendo as outras partes
considerar-se sujeitas ao respectivo sêllo, e albm d'isso-
pagar a final, nos casos em que houver condemnação, o
sêli0 do processo que fôr devido, salvo smdo pessoas pobres,
verificahdo-se a impossibilidade -de pagar por attestação PARTE F,SPECIAL
jurada do administrador do concelho e do parocbo respe--
ctivo, ou,sendo praças do exercito e da -armada, julgãdas
ante os-tribunaes militares>.
A. fórma de se fazer a cobrança dos sêllos é a mesma
'
Parte especial
CAPITULO
g!
-
'Art. 5." No juizo dos crimes, cuja accusação pertence
camara dos deputados, poderá esta fazer-se representar -orârt. 42." -Perde o logar de deputado:
por- uma commissão, eleita d'entre os seus membros por 4."- O que por sentença com tra,mito em julgado .m-
escrutínio secreto, e que nunca exceder&o numero de tréS. , còrrer em interdicçâo ou incapacidade prevista no n." 1."
Art. 6.o-Fica revogada toda a legislação nò que fôr e na ultima parte do n.O 3." do art. 2.0
emente contraria As d~sposiçõesda resente lein. Art. 3 . O . . . n: 1.O - 0 s interdictos, por sentsnça,'da'
A lei de 3 de setembro de 1842 h:
oArt. 4.O -0 oficial maior director, e, nos seus impe-'
administração de siia pessoa ou de seus bens, e os faliidos
não rehabilitados.
dimentos, os officiaes ordinarios da secretaria da camara -
8 . O 2.5 ultima parte Os incapazes de eleger para func-
-dos.pares, são escriváes dos processos quando a camara~ eões publicas, por effeito d e sentenga pena1 condemoat@-
'se formar em tribunal de justiça. Gari.
Art. 2.' -Os oniciaes da secretaria, designados no wt. .
Art. 12.ó. . 8 2: -Sómente h camara dos deputados
-compete dèclarar a perda do logar, em que incorrer algum
12, poderão praeticar dentro e fora da camara todos os
actos necessarios para a organisação e julgamento dos di- dos seus membros, fundando-se, salveno caso dos n.aT7.0
tos processos, nos quaes terão f6 publica em tudo o-que a e 8.O, em documento authentico comprovatiw do facto qae
lei attribue aos demais escriváes. a mantiver^.
Art. 3.' - Fica revogada a legislação em contrarioo' G -Regulamento (1) interno da camara dos pares consti-
E -A !ei de 3 de maio de 1878 diz: - tuida em tribunal de justiça, approvado e a sessão de 1 de
uArt. 7.O -Nenhum par poder&ser privado da dignidade abril de 1892.
-de par, nem impedido de exercer as Suas funcções senão
por alguma das seguintes causas : Da sua organisaqão
22 - Se fi3r condemnado em alguma das penas que im-
p&am perdimento de direitos politicos. Art. 1." - O tribunal dos pares compõe-se de tantòs jui-
Apt. 8.O-Fica suspenso de exercer as funcçóes de par zes qnantos os pares que tiverem tomado assento na ca-
do .reino :- 4.0 AqueIle que f6r condemnado (i suspensLo mara e se acharem residindo no continente do reino, de-
dos direiios politicos, ou a qualquer pena que importe essa pais de competentemente avisados por cartas convocatorias
suspensão, em quanto durarem os seus effeitos ; expedidas pela presidencia com a necessaria antecipação e.
L' - O que fôr interdicto por sentença da administra- designação do dia, hora e objecto da reunião.
-@o dos seus bens ; 5 4.O-Todos deverão comparecer, ou en~iarão sua%-
-I 3.O- 0 que fôr pronunciado por algum crime, sendo a escusas, fundadas em causa legitima.
pronuncia ratificada pela camara com effeito de suspensão~. 2.O-Na sessão de julgamento ou audiencia solemne
I? -A Lei eleitoral de 31 de maio de 1896 dispõe o se- vestírão o ,seu uniforme de par (3,farda ou traje proprio
'guinte : r ao^ emprego que exerçam ou tenham exercido; e, náo o
,-tendo, casaca e gravata branca.
C -- Se n'algum processo criminal apparecer indiciado cula E empregada no $ do citado artigo illudiu-nos, ao
algurn juiz ou agente do Min. Publ., então o juiz de I a a escrevermos a pag. i 7 n.O 5.Qa alinea B) d'este vol.,
instancia manda ao presidente do tribunal superior compe- porque parecia deprehender-se de tal escripta, que todos
tente o processo .com todo o segredo de justiça, como se os empregados d&Zomaticos deviam ser julgados no Supremo
ordena no art. 1:OOb.' da Nov. Ref. - ' . . Tribunal. Estudando agora novamente o $ citado e as suas
O Sr. Dias Ferreira, annotando os artt. 763." e 764.' da fontes, intendemos que devemos rectificar aquella doutrina,
Nov. Ref. Jud., parece indicar. que em 4 .a- instancia, e restringindo esse conhecimento aos erros d'officio e crimes
quando o crime 6 practicado fòra de funcções, deve o juiz commettidos pelos alllinistros empregados no corpo dipb-
indiciar em despacho provisorio de pronuncia o magistrado maticon.
criminoso, surtindo esse despacho só effeitos depois de Com effeito, sendo o n.O 1.' do art. 191.O da constituição
couSrmado superiormente. Com quanto muito respeitavel de 23 set. 1822, copiado do n.O 1.O do art. 156.O do pro-
que seja esta opinião, acha-se ella contradictada pelo silencio jecto de .15 junho 1831, fonte do mencionado 5, ve-se B
da lei e mesmo até pela propria lei, como pode verificar-se mostra-se d'elle que s6 os erros de officio e crimes dos
da letra do '5 1 . O do art. 763.O que manda distribuir a que- MiPaistros diplomaticos, e não os de todos os empregadas no
rela e não o processo ja organisado ate h pronuncia na corpo diplomatico, e que deviam ser julgados no Supremo
instancia inferior. Castro Netto parece d'este sentir, como Tribunal, declarando-se na mencionada constituição o s e
se deprehende da nota ao art. 763.O $ 1.' guinte :
A praxe todavia e a indicada pelo sr. Dias Ferreira, con- «Art. 191.0-Haverá em Lisboa um Supremo Tribunal
.cordando. o sr. Castro Netto. de Justiça, composto de juizes letrados, nomeados pelo rei,
D -A .lei não assigna outra fórma de processo para o em-conformidade do art. 123.O
julgamento dos crimes commettidos pelos magistrados senão As suas attribuições são as seguintes:
o de querela com esta ou aquella variante, conforme forem I - Conhecer dos erros de officio, de que fdrem arguidos
commettidos no exercício de funcções ou fòra d'e1as; nada os seus ministros, os das Relações, os secretarios e conse-
importando que a lei commum designe a policia correo lheiros de Estado, os mznktros diplomaticos, e os regentes
cional ou o processo correccional n'este ou n'áquelle caso, do reino. Quanto a estas quatro derradeiras classes as
,
segundo a penalidade correspondente ao delicto, porque a cortes préviamente declararão se tem logar a formação de
lei especial da magistratura não dá oiitra fórma mais ou culpa, procedendo-se na conformidade do art. 160.O~.
menos sumrnaria, nem 6 admittida nos seus termos. R'onde me parece dever deduzir-se que (I legislador sb
E -A Carta Constítucioual no S 9.' do art. 131.O tam- a esta es ecie de empregados quiz estender o privilegio e
bem sujeita ao conhecimento do Supremo Tribunal os deh-
ctos e erros de officio dos empregados do corpo diploma-
'f
não a to os.
Intendo mais ainda que os juizes uáo devem formar pro-
t i ~ n Que
. empregados, porém, serão estes? A letra maius- cesso aos ministros diplomaticos por factos rehticos 6s suar
funccdcs, sem que o governo o determine, ou continuar
n'elle sem auctorisação do governo, em vista do art. 431.O
do Cod. Adm. de 1896.
mesmo que só o juiz de 1.1 instancia e não o tribunal superior tem Se, porem, o processo respeitar a actos exercidos fóra
competencia para receber a querela deduzida
Das disposições da lei não póde deduzir-se racfonalmente .outra de fisncpes, parece-me que poderá o processo ir ate a pro-
interpretação, não valengo qiiaesquer subtilezas em contrario, porque nuncia, mas sem que o juiz de 1." instancia determine a
é verdade juridica assente que a competencia só póde vir da lei. prisão, e em seguida remetter-se ao Supremo Tribunal
Se o magistrado do Min. Publ. superior proceder em contrarioj paia ordenar o que julgar legal.
cremos que se constitue emparte zlkegitima; e se o tribunal saprrior.
acceitar a qrierela por elle deduzida, procede i n c o m p e l e n t ~ e .
C - Onde devem.ser julgados os juizes municipaes?.
A lei Brganica da creação d'estes magistrados, que se
encontra. no- decreto com força de lei de 29 julho 1886,
Processo contra os magistrados jndiciaes e do
nada declara, e a Nov. Ref. Jud. nos artt. 1:228.O e 1236.O
. Hinisterio Publico, que devem ser julgados pelos jnizes de direito só falia de juizes ordinarios e de sub-delegados, mas não
dos juizes municipaes, nem isto podia ser, por ser muito
anterior aquelle diploma. Portanto, para se verifiear'a res-
A-Se o crime foi commettido no exercicio de fun@ões, ponsabilidade dos actos d'estes magistrados e força recorrer
feito o corpo de delicto e julgado subsistente, da-se vista como subsidio aos principias geraes resultantes das func-
' ao Min. Publ. para deduzir a sua querela, e depois de- 'çóes, visto como não tèmos factores certos para decidir a
:coneluso o processo ao juiz, este pronuncía, ou não,-o ma- questão no tocante a taes juizes.
gistrado. Se não pronuncia, havendo parte querelante, con- O p r ~ l a r osr. Dias Ferieira, em annotação ao art. 76%'
demna esta na multa de 50&000 a 500&000 reis, se pro- da Nov. Ref. Jud., pag. -9, parece dar a intender que
cedeu com dolo, e ficando, alem d'isto, responsavel/por uns e outros devem responder perante os juizes de direito,
perdas e damoos; se pronuncia, ficara logo suspei~soa ; porque dizque a pronuncia em hstancia produz effeitos
magistrado do exercicio de suas funcções, passando-se m a - ' quer o crime fosse commettido no exercicio de funcções,
dado de prisão Se no crime náo cabe fiança, porque, ca- quer fora d'ellas.
.bendo, não sera preso o juiz, mas tão sbmente intimado E com eEeito e esta a unièa opinião acceitavel, porque,
para se apresentar no juizo dentro de certo praso para sem embargo do art. 5.O do dec. de 29 julho 1886,.quasi
- responder & accusação, seguindo-se o mais determinado.
- equipara os juizes municipaes aos juizes de direito, com-
no art. 766.O e seguintes-artt. 1:238.O- e 1:229." e Se- tudo vê-se do art. 3." do mesmo decreto e do $ unico do
&ntes da Nov. Ref. art. 5.O do dec. n.O 2 com força de lei de 29 março 18510,
Preparado o processo para julgamento final, o juiz assi-- combinado com a Mod. 4." do 3 unico do art. 1 . O da lei de
gnara dia que sera intimado ao reo pelo menos vinte dias 7 agosto 1890, e bem assim do art. 15.O, n.O 3.O, e art. 18.:
antes do designado para a decisão. 3 unico, da lei de 46 abril 1874, que estes magis-ados-
No dia da audiencia escrever-se-hão os depoimentos e podem considerar-se como uma especie de juizes ordinariosj
interrbgatorios, devendo uns e outros ser assignados pelo com quanto mais graduados em attribuiçóes. (1)
juizpes~rivão,.réo e testemunhas, por isso que o julgamento
se fará sem jury, cábendo da sentença appellação para a
Relação-em ambos os effeitos. -Artigos citados. - ( i ) Em confum ão d'este parecer foi proferido o ace. daRel. do
B -Se o crime foi practicado fora do exercicio de func- Porto de 8 agosto $93, onde se diz - *Aeeord50 em coaferencia na
çóes, o processo é exactamente igual ao qúe se expôz, com klqão: - ,
Que aggravado foi o aggravante F. no despaeho recorrido, ém que
a differença apenas de que, não havendo pronuncia, não e se mandou subir a este tribunal o auto de exame e corpo de delicto,
qademnada a parte querelante em multa'- art. 1:229.O e levantado a requerimento do aggravante pelo crime de abuso de li-
seguintes. (-1) berdade de imprensa, a fim de presente elle serjulgado o a g g ~ a ~ : ~ ~ l i l
,.'E e isto com o fuúdamento do aggravado ser juiz municipal d'uhi-
dos; por quahto nem o decreto de 59 de j ~ i de h ~1886, nem dispa-
sição.alguma de lei dá aos juizes munieipaes tal privilegio de fôm,
o qual não 6 de natureza a ser ampliailn: accrescendo ainda que
(1)' O Sup. Trib. de Jost. em ace. de 29 noV. 1895 decidiu que ús quando o aggravado assumfu o refeiido lugar de juiz municipal já
crimes tios juizes ordinarios no exercicio de.suas funcções ou fora - ha muito estava lrxada a competencia do juizo de direito-de Man-
d'eiias deviam ser processados conforme os artt. 1:22D.0 a 12236.8 da gitalde para r.~iii:ecerdas injurias que lhe são imputadas~.-&p,
pov. Ref. -D. G., n . O 369 de 1896 -Proe. n . O i4:944. &s -W, a i 5i do 12." amo, pdg. 1156,
2% E SPEaALIDADES NO REINO
conceito as pessoas que os referirem, não deixará o syndi- Art. 11.O -Acabada a residencia, o syndieank enviará
cante de empregar todos os meios ao seu aleance para se ao governo, pelo lnisterio dos Negocios Ecciesiasticos 'e
inteirar da veracidade d'esses factos. .de Justiça, os proprios autos d'ella,, acompanhados d'um
Art. 8." -0 QJlOdicante examinara tambem -com esta relatorio circumstanciado, com referencia aos mesmos
occasião o modo como todos os empregados do juizo cum- autos, e dividido em duas partes, uma relativa simente
priram as suas obrigações, recebendo quaesquer motivos ao juiz syudicado; e outra aos empregados de justiça, qu6
, d e queixa contra eiIes, para descobrir se -da parte dos serviram com elle; concluindo o syndicante por offerecw
mesmos empregados houvqcumplicidade nos factos arguidos sua opinião a ambos os respeitos. ~ -
-ao syndicado, ou se houve da parte d'este connivencia nas b t . l%.o-Se antes de ultimada a residemia, e em.
faltas d'esses empregados. qualquer estado em que ella se achar, o syndicante intendèr
9 . O -Para melhor conhecimento das faltas ou das . que importa ao bem da estado que o governo empregue
d p a s que possam ter commettido assim o juiz, como os immediatamente alguma medida que as circumstancias exi- -
jamj assim lh'o far% saber peto.Ministerio da Justiça, sem.- c ,
comtudo interroníper a diligencia da syndicancia.
5 unico. Da mesma sorte poderi o syndicante requisitar
das auctoridades força armada, an qualquer providencia,
que lhe pareça necessaria para o bom resultado da resi-
dencia; recorrendo ao governo quando tal requisição não
fôr prompta ou devidamente satisfeita.
Are. 13."- 0 magistrado syndicante vencera- a gr-ifi-
mçáo diaria, que o governo arbitrar, a qual no todo a r e m
parte Ihesera adiantada pela secretaria de Estado dos,Ne-
gocios Ecclesiasticos e-de Justiça.
$ 1 . O Se o syndicante, depois de ter recebido a 1 g n ~ ; f ~ -
quantia, não pudér por qualquer motivo ultimar a diligen-
cia, ficar8 responsavel pela restituição do que d e v e ~ j - en a -
sua falta o ficar3ó os e u s herdeiros.
audiencias do juizo; se cumprem as ordens relativas ao - . $ $2." Ao escrivão da syndicancia competira a gratificatão
Minisbrio Publico;. se levam saIarios eicessivos; se tratam diaria, que tambem se arbitrar, paga.no fim da diiigencia,
bem as partes; se apresentam inventarios dos cartorios; B salvo se o mesmo escrivão fôr de fora da cabeça da co-
se gosam opinião de inteliigentes e honrados. De tudo que
mawa; .porque e& tal caso se lhe fara o adiantamenlo cor-
respondente-pela -dita secretaria d'Estado.
Àft. 1 4 . O -Logo que subir ao governo a informação do 'CAPITULO IV
syndicante, sera esta ênviada pelo Mmisterio da' Justiça ao-
conselheiroprocgrador geral da coroa, para se determinar,
em vista da súa resposta, se deve, ou não, proceder-se Do prÓeessÓ por crimes de anctoridades~adminis6rativ;ts(1) -'
contra o syndicado. .
$j- 1.O No caso negativo, asiim se decIararh por despaeho
do 'ministro e secretario &Estado dos Negocios Ecclesias- O Cod. Admin,, app~ovadopor lei de 4 maio i896
ticas e de Justiça; dando-se ao juiz syndicado certidão do dispõe :
w s m o aespacho, se a requerer. cArt, 431.O -Nenhuma auctoridade, magistrado&
'I &nc
3 %.O No caso afirmativo se expedirão %-ordens neces-
earias para se promoverem pelo Ministerio Pulilico as acções
compétentes contra o juiz syndicado, com prbvia suspensão (1) Em virtude do art. 50.0 do reg. approvado por dec. de 20 de
decre-da pelo governo, ou sem ella, nos termos da.Novis- março 488h não podem ser demandados civil e criminalmente SLW
simà Reforma Judiciaria. prbvia auctorisaçao do governo, por faltas relativas ás suas fancçães,
Art. 1Ci:o- Para sgndicante da residencia dos juizes or- os agentes fisraes da cultura e venda de tabaco:
Em consrquencia do nO . 8.0 do art. F~0.~'doCd. Adm. de 1896
dinayios, dos juizes de paz, e dos juizes eleitos, o governo compete ao governaâor civil superinbender em todos os magistrados~
designará quaesquer delegados do procurador régio, a fim administrativos,corpos e empregados admin?strativos do districto e
de procederem n a diligencia, conforme este regulamento, em todos os servicos da sua competencia, podendo proceder a "Que-
,em-tudo o que fôr applicavel. SerA escrivão da residencia "iros q s&i@nci& aos mesmos serviços.
Na caso de s e proceder a sl)admmeia contra algum administra@
--G &a administração do coneelho a que pertencer ojulgado, do eoneelho ou contra algum governador eiviípor ordem do @inis&&
Kdistricto, ou a freguezia em que tiuer servido-o syndi- do reino, devem ser logo suspensos e sahir, aquelle d o ~ c o n c ~ o
eaào. para logar designado pelo governador civil, e este do dist~ictopara
I n n :,br designado pelo ministro, em quanto a syndicancia durar su-
--g'único. Assim' o sgndicante, como o escrivão da resi:' l-iiiQoo processo ao governo com resposta do syndicado, informkgão
&-ncía d'eetès juizes electivos, sO no caso de sahirem dò d u syndicante, e parecer do governador civil, quando não fôr elle a
logar: ònde residem, terão direito a uma gratificação- con- syndicado. -Port. de 4 set. e 3 dez. 18';s. e 3 fev. 1866 citadas no
Benientemènte arbitrada, e -paga - -pelo Ministerio
. .
da Jus- Cod. Adra. Annot.,@e 1865, pagg. 421 e 422, nota 4.
tjça. O mesmo processo se usa para eom as camaras m,piceipaes com
a dinerença de pão se dar com respeito a ellas n- suspensão ae?
A r t 4 6 . O - Ficam por este decreto excitadas, decla- onjem aos vereadores.para sabismi do concelho respeetivrr.
radas, ou reguladas as diversas disposições legaes, ou as . . O syndicante deve ouvir os syndi-dos depois de verificar a e x i v
praxes legitimas, que forem applicaveis L syndicancias dos tenciadós factos, porque seria illogico, como'diz o itlustre,. s s bem
juizes de que se trata*. -que,desconhecído, A. do citado.Cod. Adin. Annot. a pag. 46, ouviros
:i!:iri@s antes da verificapão Cesses factos qúe constituem o assum-
ptu da spdicancia, e antes de se~econhecerque elles d e m a n d a -
exDiicações. -Por{. de 14 marco i%&.
cionario administrativo, ou agente da aucbridade admi-
Cstrativa, poderi ser demandado criminalmente, sem
pr6via auctorisaçáo do governo, por factos relativos As suas
luncçijes, ainda que estas hajam cessado. CAPITULO V
8 1.O A auctorisação deve ser pedlda ao Ministerio do
Reiqo pelo da Justiça, depois de constituido o corpo de Do processo contra os ausentes
delicto, do qual ser& euviada uma certidáp aquelle Minis-
terio.
5 2.O A auctorisaçáo $13 podera ser denegada em portaria O dec. de 18 fev. 4847 estabelece: (4)
'
fundamentada e publicada na folha official, d e n t ~ ode tnnta aArt. 1.O- Nos crimes em que não couber querela, e â,
dias, a contar d'aquelle em que o respectivo pedido tiver pronuncia .obrigar a prisão, a âccusação e o julgamento
dado entrada na secretaria do Miiiisterio do Reino. Não dos indiciados que não poderem ser presos por se acharem
sendo deuegada dentro d'este praso, intendese concedida ausentes, ou por se terem evadido da prisão, prosegflrão
para todos os effeitos. pelas fórmas estabelecidas no presente decreto.,
$j3.0 Concedida a aiictorisação exigida n'este artigo, a 5 uniw. Exceptuam-se os crimes puramente polibicos, e
anetoridade, magistrado, funccionario ou agente a que os de d u s o de hberdade de imprensa, nos quaes porém
ella s e referir, fica por este facto suspenso do exereicio & serh permittido demandar civiirnente, ati! fiaal seniença e , ~
suas funcçóesm.
A iei eleitoral de 41 maio f896 estabelece no art. 143.'
-apara se perseguir por estes crimes (eleitoraes) um
funccí4nario de qualquer ordem ou categoria ou qualquer
ageute da auctoridade publica não e necessaria auctorisação
do governou.
-
'sua execução, os rêos ausentes pelas perdas, damnos e
restituiçóe~~ iridepeudentemente da acção criminal, e sem
prejuizo d'ella.
Art. %'-Se o indiciado, em algum dos crimes de que-
trata o artigo antecedente, não poder ser preso &entro de.
seis niezes, contados da pronuncia, ou da fugida da prisão
antes da sentença de primeira instancia, e 1130 constar em
-juizo o logar certo onde esteja, ou-se este for de perigoso
adesso, o juiz de direito da respectiva comarca; a requeri--
deve communical-o ao procurador geral da coroa, a fim d'este indi- mento da parte accusadora, ou doMinisterio Publica, depois:
car os térmos a seguir.
No caso dos factos merecerem simplesmente penas disciplinares, de justificada a impossibilidade, ou a dimddade de sè
dever50 applicar-se pelo ministro, ouvidos os respectivos conselhos effecluar a captura, o mandara citar por editos para vir
de disciplinâ, quando os haja; se tiverem, porem, a classiflcagão de respgnder & c,nipa, dentro d'um praso rasoavd, que não
c~iminosos.devera o aorerno enviar os autos.ao Min. Fubl. da co- será menor de dois mezes.
marca onde os factos &cederam, a fim de instaurar contra elles o
respectivo processo criminal, servindo-lhe de base e corpo ae delicto
o processo recebido, salvose faltar alguma formalidade que deva
ser préviamente satisfeita, como resulta parallelamente do exame
80 art. 14.0 e 5s do dec. reg. de 25 set. 1844 com respeito aos magis- ,
tigdos judiciaes. (1) N'uma beai elaborada sentença, onde' se revelam profundos
conhecimentos jurídico-criminaes, proferida pelo meu excelleate e
emdita condiseipulo e amigo dr. Miguel Maria de Mendonça B'alsemão
em 21 nov. 1893, econfirmada pela Rei. do Porto em acc. de 16 fey.,
-1894, se decidiu que o processo eontra ausentes,. instaurado depo~s-
de se terconstmmado apescrip@o, não póde'eontinaar, devendo
maleria de preseripção appliear-se a lei mais favoraval ao delin-
-
quente. Rm. dos Tnb., 1%: amo, pag. 333. .
, ~
5 4.O Os editos dec1~arão:--l.",o nome- e os<signaes eoajunctamente julgados ná conformidade d'este decreto,
-
do- kdiciado que fôrem sabidos em juizo: -2 . O o crime por- todos òs crinie~de que se mostrarem culpados, e n a
'
porque se acha pronunciado; -3.' que não se apresen- ,fÔrem exceptuados no unico do art. 4.O
$ +.O São applicaveis aos co-rkos dos Crimes qua- se. d&s;
tandq no praso -marcado, se procedera a revelia sem ne- ~ o b f i r e mdas foltias corridas as disposições do $ 4.' d'este
nhuma outra citação para qualquer .acta do processa; - ' artigo.-
-se o .crime admittir fiança, que ella não poder& ter Art. 4.0-56 6 competente pai-a o processo de accusação,
Iogarinndo o-dito praso; -5 . O que depois do mesmo praso, e para o julgamento dos criminosos ausentes, o juiz de
â i8diciado poderá ser preso por qualquer do povo, e o
deverã ser por todo o official publico, para ser entregue i direita da comarsa em que se tiver, dado a quer,eiaa
- - -3 unico. Havendo processos, ou traslados, que se devam
astoridade judicial mais proxima. unir na conformidade do $ 3 . O do artigo antecedente, ser6
,-5 e . O O s editos afiar-se-hão nos logares mais p u ~ i c o s
8a comarca em que pender o processo, e no ultimo do&- jqiz competente para julgar todos, ainda que sejam de cri-
@io_doindiciado, se fÔr.conhecido; e havendo na comarca mes~rnaisgraves; o juh do pFocesso, em gue primeiro Se.
algum periodieo,, que não seja puramente litterario, serão tiver justificádo a ausencia de algum réo, e mandado pro-
n'elle publicàdos, adiantando-se a despesa da impressão ceder a .sua citação.
.pé10 cofre das multas applicadas as despebas do juizo em Art. 5."-0 julz nomeara ao ausente, d'entre os advo-
,que o r60 estiver pronunciado, e supprindo-se as faltas gados mais habeis do auditorio, um curador e defensor,
d'esk cofre pelo da respectiva administração do concelho: para debaixo- de juramento o deknder bem e verdadeira-
Mt. 3 . O -Decorrido o praso marcado nos editos sem o mente, è aUegar toda e qualquer justa defesa que tivex. A
indiciadu se apresentar, e entrar na cadeia não lhe ser% este curador dar-se-ha copia do IibeHo, e serão applicavgs
concedida fiança, ainda que o crime a admitta, salvo o ?só as dispasiçõès dos $3 4." e 5." do art. -1:107.0 da Nov.
do $. 2.0 do art. 3." unir-se-ha ao processo uma @ia -Ref: Jud..
authentica dos editos, com certidão da sua affixação, um Não havendo advogado no au'ditorio, o curador e-&defensor
exemplix do periodico em qre tiverem sido publicados, serh nomeado d'entre os seiis procuradores, o u escriv&s
quaadò o forem, e a folha mrrida; e, acmsada em audiencia nos termos do, art. 1:iOg.O da mesma Reforma.
. - 5 -1.O- Se apparecer em juizo para defender o acéuiado.
a citação, offerecer-sezha o libello. ai@$ seu pãrente dentro do 4.O grho por direito ca~onico,
. 5 . 1 . O Havendo co-reos que não estejam presos serãio que 41% -seja seu 'inimigo; ou sendo. o réo casaaw, se-se
aEcusados conjuuctamente no mesmo libeilo, yeriãcaedor'se apresentar, para esse fim o outro conjuge, sérá admitlido
que se acham ausentes, e não podem ser presos; para o. a defendel-o conjuoctamente com o cu~ador;e no-caso âe
que serão Eambem citados por editos; juntando-se as respii- Coacorrerem diversas d a s ditas -pessoas, o conjuge do-
-cti+as folhas corridas, na forma acima estabelecida.. -.
- $ Havendo co-réos, qùe estejam-ou possam ser píSesos, ausente preferir& a todos; e S'entre os parentes ~ ascen:.
tirar-se-ha um traslado &I processo, pará n'elle se propôr. dente ao descendente, este ao collateral, e o mais proximo
s seguir a accusação.-ate final julgamento. 'ao mais remoto.
. '9 3'.O Se pelas folhas corridas se descobrir que os ausentes-
$ 2 . O Se o conjuge, ou parente que comparecer a tomar
tem outros crimes, unir-se-hão 09 competentes processos, a defesa do ausente, allegar e provar alguma justa causa
ou seus traslados, quando n'estes crimes houver outros d e ausencia,- mostrando que ella não nasceu do proposito
eu$?dos g u e devam ser Julgados separadamente; e, faze? &.i~utilisara acção da justiça, o juiz poderá ordenar @e
do-se, sem-se repetir a justificação da a-encia, nova citãião se espere pelo-ausente, concedendo-lhe praso rasoavel
edita1 com um praso rasoavel que não seja menor de dois que marcar&segundo as circumstancias. Da sua decisão as
mezes, serão os ausentes accusados no mesmo iibello, e partes què se sentirem prejudicadas poderão aggravar de
- ,
PROCESSO CON- AUSEN~S 244
' g&ti~áo,-
ou instrumento, qual no caso couber; e márcando
.O juk-n@vopraso, se o ausente se apresentar dentro d'dle, interpor appellação; e remettido o processo A segunda in-
e antes de decisão superior em contrario, será processado stancia sem citação alguma, ahi será julgado de facto e de-
- n'a. fbrma ordinaria. direito, como fôr de justiça: e se o réo n'este recurso-.ficar:
$:3." O conjuge ou parente, que vier'a jui'zo defender absolvido, e o Ministerio Publico ou a parte accusadora não
oe accusar-ò ausente, sera responsavel solidarianiente pelas interpozer revista, ou se fôr denegada, o reo ficará l i a e
.custas, ~
da culpa, e nunca mais poder8 ser accusado pelo mesmo
Art. 6.O -Preparado o feito com o libello, contesta~ão, delido.
documentos -escriptos, e inquiriqfies das testemunhas gue $ i.' Quando a sentença fôr condemnatoria, não poderi
náo paderem vir depôr oralmente no acto do julgamento, recorrer-se d'ella ate que o réo seja effectivamente preso,
r, juiz de direito em audi-encia publica fará um breve reia- excepto havendo alguma nuilidade insanavel no processo;
'torio dos autos,, e mandando ~ l k rpelo escrivão o libello, caso em gne sera permittido aggravar de petiç2o ou instru-
contestação, documentos, e inquiriçloes escriptas, ouvirá as mento, designando-se a nullidade para se conhecer no juizo
testemunhas, tanto do Ministerio Publico, e da parte accu- superior restrictamente d'este ponto, sobre o qual poderá
sadòra, s e a hoiiver, como as do réo ausente, fazendo re- '
ainda ter logar, ou não, o reciirso de revista.
_dpzir a escripto todos os depoimentos; e feitas as allegaçães 2.' Não se interpondo os recursos do ,$ antecedente, .,
por uma e outra partè, proferira sua sentença s e i in&- OkFnão havendo provimento n'elles, será logo eaequivcl a
venção de jurados, condemnando ou absolvendo os reos, e, mesma condemnação quanto as custas, reparação de damnos
julgaodo as perdas e damnos em actocontinuo como achar e restituições, sem que possa mais ser revogada n'esta
de direito. parte, excepto por acção ordinaria, se o r80 alem da sua
5 1.' Se a sentença não podbr logo ser publicada, de- ionocencia, legalmente reconhecida, mostrgr que teve justa
~el-o-haser ate a segunda audiencia seginte, annunciando causa de estar ausente; e a sentença condemnatoria sera
sempre o juiz n'este caso em qual d'ellas fara a publicação,. afüxada, por copia, na porta da casa da audiencia, no logar
e declarando em acto .continuo se condemna ou absolve; do delicto, no da naturalidade do reo, e no do seu ultimo
-,$j2.O S e antes de proferida sentença na primeira instan- domicilio.
cia, o r60 f6r preso, ou comparecer e se entregar a p r i s ã ~ , Art. 8." -Em qualquer tempo que o ausente condemnado
sugpender-sè-ha o proseguimento da accusação; e serh o A revelia for preso, ou se entregar á prisão, ser-lhe-ha inti-
m e m o r e o iutimado dentro de oito dias, contados daquelle mada pessoalmente a sua condemnação, e elle, dentro de
.em que souber-dá sua prisão, para em quinze dias juntar quinze dias, contados do momento da intimação, poderá,
ho.curação, e tomar o processo no estado em que estiveq ou appellar da sentença, se assim lhe convier, ou requerer
entregar-se-lhes-ha n'este acto copia do libello, para nos vista para embargos, que lhe sera concedida; e, n'este se-
me's= quinze dias apresentar a contra,$edade, e se esta gundo caso, apresentando ao escrivão o seu requerimento
Aj estiver feita dar-se-lhe-ha Lambem copia d'ella para que, dentro dos mesmos 4.5 dias, os autos ser30 continuados a
a possa ratificar, accrescentar ou snbstilair pDr outra: po; este dentro de 24 horas e os embargos apresentados dentro
dera 4ar nopas provas, a~indamesmo de testemunhas, se de dez dias contados da continuação da vista para elles.
quizm: far-se-lhe-hão os interrogatorios; e no Júlgamerr60- 8 4." Se o réo não appellar, nem pedir vista paralem-
teci jogar a intervenção dos jurados, se o crime for d'aquelleu bargos nos ditos 15 dias, ou se depois de pedir a vista não
que seriam-submetlidos ao jury, estando o réo presente apresentar os embargos em tempo, a condemnação passará
antes da accusação. em julgado, e será executada; salva comtudo a disposição
Art; 7.O Se a sentença absolver o ausente, a parte a$-< do art. 1:497.' da Reforma Judicial.
çusadora poderh, e o Ministerio Pubtieo de~er8, sempre.- 5 2.' Quando os embargos forem apresentados, serão
~,.
-
recebidos, e contestados dentro de outros i8 dias-pelo Mi-
16 YOL.' 1
terio Wblico, e pela -parte accusadora, ou só por esía,-se todas as formalidades qke se reputam éssenciaes, e a%
a Ministerio Publico não tiver intervenção. tiver sido expressamente annullado;
3.3." Nos' embargos poderá o embargante deduzir toda 5.9.' Se o& por sna pobresa, ou por outro qùalquer
-e qualquer defesa, tanto de direito como de facto, contfa motivo não tiver advogado que &e-forme os embargos, e
a sua-condemnação, na parte que não comprehender
custas, a restitoição e reparação dos damos.
as siga os termos de-sua defesa, o juiz Iyo nomeara na con-,,
formidade do art. B.'
4." Tanto sobre os embargos como sobre a sua contes- $ 10." Da sentença proferida sobre os embargos cabe
.tacão sera admittida toda a qualidade de prova; e sendo appdlação, e do accordão n'esta proferido cabe revista, Nos
esta de testemunhas, o rol ira junto ao respectivo artieú- crimes publicos o Ministerio Publico devera sempre appel-
-lado. lar, se a senteaça de primeira instancia julgar provados os
$ 5." Ás testemunhas moradoras na comarca virão depbr embargos em túdo ou em parte.
-a audimcia no dia do ~ulgamento,e seus depormentos ser30 Art. 9.0-Osprwessos dos reos fngidos da prisão, depois
escriptos por extenso. da sentença definitiva da primeira instancia, proseguirão
Ej 6." O embargante poder&produzir sobre os embargos com defensores nomeados pelos jnizes ate se esgotarem os
-tantas testemunhas, quantas poderia produzir subre a con- Pecursos, sem se admittirem aos ditos rbos procu~adores-
trariedade ao libello, e o embargado sobre a contestapáo oa aecusadores; e as sentenças depois de confirmadas po-
:aos embargos tantas quantas Hie seria permittido produzir der@ logo executar-se quanto a custas, perdas, d a m o s e
sobre o libello; e ambos poderão dar em rol todas ou algu- restitiiiçóes.
mas das testemunhas j B produzidas no processo. E ainda $$ nnico. S e as sentenças de primeira iustancia forem
que n50 dê testemunhas, o embargante poderá contradicIac anuu!ladas, a reforma far-se-ha observando as disposições
as da accusação, e requerer que na audiencia de julgamento d'es te decreto.
sejam reperguntadas pessoalmente as anteriormente produ- Art. 40.'-Se um reo ausente fbr preso em Haspanka,
zidas-qué ainda existirem, se forem moradoras na comarca, ou em qualquer outro paiz estrangeiro, por bem de tratados,
ou. por carta precatoria, se residirem em outro logar. ou sob requisição das auctoridades portuguezas, e todavia
3 7." Terminada a inquirição ter30 logar os interrogato- não p ~ d e rvir para estes reinos ou seus dominios,-senb,
rios do r&, e aiiega@es oraes; e findas elias o juiz, sem depois de estar dehitivamente julgado, ser&citado n'esse
intervenção de jurados, proferira, em acto continuo, a sua paiz para dentro de praso rasoavel constituir. procurador
decisão, declarando se julga ou não provados o%embargos, que e defenda, ou remetter fechadas ao defensor e curador,
em todo ou em parte, e escrevera, e publicar8 logo.>'a sua. que o jiiu lhe designarana rogatoria para a citação, quaes.
sentença; ou quando o não possa fazer, a t r a i escrrpta, e quer informaçães ou instrneçóes que tiver que dar pai-a
a pufjlicad ate a segunda audiencia seguinte, amunciandó -sua defesa.
fogo em qual d'ellas fará a sna publicaçãe, e declarando se - 5 4 .O N'este caso proferida sentença final sem intervenç50
absolve ou condemna. de jurados, ou seja condemnatoria, ou absoltitoria, o Minis-
5 8."Quando o processo for annullado, no todo ou em terio Publico appellara sempred'ella, se o crime f8r publito;
parte, repetir-se-hão, sem intervenção do jury, todos e passando em julgado qualquer coodemnação, seri execü-
azios que forem annullados. A disposição $este-s é appli- tada sem recurso quánto as penas wrporaes, logo que o
cave1 ao recurso de que se trata no $ 1." do art. 7.": e condemnado f6r. presente ; e immediatamente quanlo ás
em todos os casos de annullaç3o, se não poder repmdu- custas, restituiçóes, e reparafles do damno; para o-que
zir-se o depoimento de qualquer testemunha, por ella se -bastará um simples mandado de solvetzdo.
haver ausentado ou fbr faliecida, .poder8 esse depoiqnta $ Se a prisão, ou a noticia d'ella só tiver logar depois .
%r novamente offerecido como prova, e valera, se tiver t@ ler sido o rbo julgado e condemnado a revelia, a citação
'~
rir
'j&&,. . E S P E ~ L I D A D B SNO REM
PROCESSO CONTRA AUEN&üOS 946
. .
facto que a lei qualifique de crime ou delicto commettido
wápara-qué o ré6 allegue os embargos que tiver a con- por indi~iduoalienado; ou snpposto alienado, dwprk logo
dernnação, nos termos do art. 8.-O e seus 5s. -.,
o juiz-ordenar ex-olpicio exame medico para que se averigue
Art. 4 1.' -Em todos os actos do processo, que, não vão e julgue s e o agente e susceptivel de imputação, na eon-
aqui especificados,'contra réos ausentes; ou contumazes, formidade das disposições da legislação penal.
--observar-se-hão as disposiçoes geraes sobre a ordem do g unico. Quando o jniz ão ordenar m-oficio o me&
juizo criminal, $ excepção d e á e dispensareui os interroga- ciouado exame, dever9 estefazer-se logo que o requeiram
torios, e de se fazerem na pessoa do-procurador ou defensor o Ministerio hblico o11 algum ascendente, descendente ou
do r.% todas as intimaçoes que fbrem necessarias; e se, conjnge do indigitado criminoso.
em qnanto pender um processo d'esta natureza, o réo fbr Art. 2.O- Devera proceder-se tambem a exame medico-
preso ou se apresentar em juizo, tomara ' o processo no legal, quando fbr practicado algum crime ou delicto que,
estado em que estiver. pela sua natureza e circumstaucias especíaes, ou pelas con-
Art. 42.' a 20.O-. . . (Estes artigos fbram revogados diç5es do agente, possa justificar a suspeita ou presumpção
pelo art. 2.O do dec. de 30 julho j84.7). de que este procedera em estado de alienação mental; e
Art. 24.O-. .
. (Este artigo foi subrogado pelos arlt. bem assim quando esta seja invocada para explicação do
16.' e 47."da lei de 18 julho 4855, e actualmente pelo facto e defesa do seu auctor por este, ou por qualquer das
artt. 26.O e 27.O do dec. n." 1 de 15 set. 1892). .pessoas designadas no $jantecedente.
Art. 3.'-Logo que se inicie processo contra algum .-
individuo a que se- attribua um acto incriminada por dispo-
sição da lei, e que esteja nas condições de algum dos dois
CAPITULO VI artigos antecedentes, ser-lhe-ha nomeado pelo juiz um de-
fensor officioso, que intervira no processo, só ou conjnncta-
Processo nos crimes eommettidos por alienados (4) mente com o advogado das pessoas a que se refere o 3
unico d o art. 1.O
Art. 4.O -Se o facto constituir crime ou delicto a que
;' A lei n.O 3 de 3 abril 1896 (2) dispõe c m o se
~ segue: ^seja applicavel alguma das penas maiores, o exame medico-
Art. 4."- Quando em juizo se dé participação de algum legal ser8 feito sempre com intervenção de dois peritos e
de um terceiro, quando seja preciso para desempate. -
Art. 5 . O - O exame sera feito na comarca onde o facto
(O Com remeito aos omcessos militares dispõe o Godigo Militar occorreu, se n'dla houver numero sufficiente de peritos, e
de '[a m a i o 4 9 6 :
a A T t 362.0- Quando durante o summario o presumido delinquente quando estes fbrem de opinião que o exame póde ali ser
apresènte indicios de aliena~ãomental, o auditor mandara proceder feito.
. - das dili-
as convenientes observacões medico-lemes, sem orejuizo $ 1." Quando não houver numero sufficiente de peritas'
8 unico. As observações a que se refere este artigo, quandooutra .
geneias precisas para a ferificação do &me. na comarca, poderl o exame ser feito em qualquer outra
coisa se não disponha na lei commurn, serão. feitas nos hospitaes '
das mais proximas, onde haja o niimero de peritos exigido
milíta-s permanentes,de Lisboa e Porto, e os medicos peritos apre- por esta lei, salvo o direito do Ministerio Pnblico requerer
sentarao o seu relatorio, dentro do praso maximo de tres mezes, de- que- o exame se faça n'um estabelecimento de alienados.
venco concluir pela responsabilidade ou irresponsabilidade do obser- - 1
vando.
.
Art 388"-. . 8 tuiico. No caso do ari. 362.0, quando esteja v e -
rifiea8a a doença do presumidi, delinquente, o acso accusaiorio só - 40 jarí. 1895, e foi posta em vigor no ultramar -Bol. da Guiné, n.O
sera escnpto nos autos depois d'elle ter recuperado a razão*. 22 de $896. ,,
(2) Esta lei contlrmon com pequenas alterações o dec. n . O 5 de
' 9 2.O Quando os peritos, em qualquer aos cásos antece- a fim de sér requisitada com a ~necessariaantecipação, a
dentes, forem de opinião que o exame só pbde ser feito assistencia dos referidos magistrados. -
em um estabelecimento de alienados, proceder-se-ha nos. Art. 10.O-No auto de exame dcyerão intervir dois pe-
- termos do art. 6.O ritos d'entre o pessoal clinico do estabelecimento, mas, se
Art. 6.O-Quando se dê o caso de que trata o art. 2 . O houver um &, ou as declaraçóes dos dois não fôrem con-
da presente lei, o juiz poder& officiosamente, ou a reque- formes, o juiz -que tiver de presidir ao acto ordenara que se
rimento do Ministerio Publico, ou de parte legitimamente escolha e notifique outro perito d'entre os medicas que se
, @teressada no processo, ordenar que o exame medico se distingam pelos seus conhecimentos de molestias mgntaes.
h g - n ' u m estabelecimento de alienados, e pela mesma Art. 4 1.O- Os peritos deverão declarar- se o indiviãuo
forma-poderá determinar que se proceda ali a segundo examinado padece d e loucura permanente ou transitoria,,e
exame, se o que tenha sido feito pelos peritos da comarca se oracticou o facto sob a inflnencia Gaauelle ~adeciment0
fôr insufscieute para se ajuizar da imputabilidade do-agente estando privado da consciencia dos propRos a&os, ou inhi-
@ófacto crimisoso. bido do livre exercicio da sua vontade.
Art. 7:O-0 exame nos estabelecimentos de alienados Art. 12.--Se no decurso da instrucção de algum pro-
será ultimado no praso de dois mezes; estepraso, porkm, cesso o individuo dér manifestações de loucura, m p r o -
deverá ser prorqado se houver suspeita de simulaçáo de vada pelo exame medico, será suspensa a accusaçáo até
loucura, ou necessidade justificada de uma mais longa que tenha recuperado o uso normal das suas faculdades
observação. mentaes.
9 1.O O director do estâbelecimento de alienados .expora 5 unico. Havendo motivos para suppbr que a loucura
ao juiz os motivos pelos quaes julgue necessaria a proro- era preexistente á practica do -delicto, ou consequenci2
gáção do praso, que, só em caso muito excepcional e devi- aecidental de alguma molestia do s stema nervoso, e, que,
damente justificado poderá ir alem de seis mezes.
$ 2.O Concluido o exame, os peritos prestarão as suas
i
n'um ou n'outre caso, podia ter eterminado a a ~ ã cri- o
minosa ou influido na culpabilidade do indiciado, proceder-
,declarações, as quaes ficarão consignadas no respectivo se-ha a exame medico-legal nos termos e para os effeitos
auto. da presente lei.
' Art; 8.0-Aos'peritos devyão ser prestados os escla- Art. 43.O - Terão o destino designado no art. 5.O da lei
kecimentos e informações que reqaisitarem, quer a respeito de 4 de julho de 1889 os alienados seguintes: (1)
do facto criminoso e suas circumstancias, quer a respeito 1.O Os que tendo pradtcado factos puniveis com alguma
do seu auctor.
unico. Se, para a execução d'este artigo, fôr preciso
proceder a algum inquerito, formar-se-ha um processo espe- (1) A lei de 44 julho 1889 dividiu n continente do reino e ilhas
cial que sera appenso ao auto de exame. adjacentes, para o effeito do serviço dos alienados, em q n a t r ? c i r ~
Art.9.O- O auto de exame medico-legal sera feito nos 40s compostos de districtos administralivos. O primeiro é coustituid~
termos do $ 1.O do art. 903.' da Novissima Reforma Judi- (os dislrictos de Vianna do Castello, Braga, Bragança, ViUa-Real,
%iaria, e quando se verifique n'um estabelecimento de alíe- &to e Aveiro; o segundo, pelos dislrictos de Coimbra, Viaen,
Guarda, Gasteiio-Branco e Leiria; o terceiro pelos distrietos de San-
nados, assistira o jaiz e o representante do Ministerio Pu- tarem, Lisboa, Portalegre, Evora, Bda, Faro e Funchal; e o Farto
blico da comarca ou districto criminal, sede do estabeleci- pelos districtos de Horta, Angra do Heroismo e Ponta Delgada.
mentó. AIBm d'isto creou um fundo de beneficencia publica dos a l i e n e ,
5 unico. Para os effeitos d'este~artigoserá c ~ m ~ m i c a d o - indicando as verbas com que ficou constituido, e decretou um ipi-
posto especial de sêUo lambem para a sua dotagão.
ao juiz da m a r c a ou dist~ictocriminal, onde se instaurou EIS o que dis õe no art. 5.0-nOs alienados criminosos serk're-
0 processo, o dia em que deva effectuar-se o auto de exame, mWos e trata808 nas enfermarias annexas ás penilencianas ceu-
das penas maiores, náo forem pronunciadas! como auctwes, barda, ser8 posto A disposição da aucto8dade administrã-
do crime por motivo de loucura; , , tiva para ser admittido n'um hospital de alienados.
Os a~cusadospor crime a que a mesma penalidade Art. 15.0-0s alienados a que se refere o art. 13.O
corresponda, cujo processo esteja suspenso nos termos do sómente poderão ser postos em liberdade quando se copt-
artigo antecedente, e os que fôrem absolvidos com o fun- prove a sua cura completa, ou quando, pela idade ou'perda
damento de terem infrigido a lei em estado de .alienação de forças, se possam reputar inctffeosivos.
mental. -
Art. 4 6 . O 0 director do estabelecimento enviará ao
Arl. I&." - O alienado que tiver commettido algum aeto competente magistrado do Ministerio Publico as informa-
a que corresponder penalidade inferior a fixada no artigo ções necessarias para que possa requerer a respectiva ordem
antecedente, devera ser entregue, por ordem do t r i b ~ a l , de soltura.
a familia para o guardar. Se, porem, não tiver familia, ou - 5 unico. Quando algum membro de familia do alienado,
-esta náo esteja em condições de se encarregar da sua ou quem o represente, requerer que se lhe d13 liberdade,
- allegando que esta cnrado, ou que náo B perigoso, o juiz
do processo resolvera a petição, cor6 prkvia audiencia do
traes, e nas que igualmente Ihes são destinadas no hospital de
Ministerio Puhlico, em face de consulta favoravel do dire-
Lisboa. ctor do estabelecimento ou de exame de sanidade, se julgar
3 4.0 Serão collocados nas enfermarias aunexas ás penitenciarias: conveniente determinal-o, e a que não poderi, sem justa
1.0Os condemnados a penas maiores que apparecerem alienados causa, deixar de deferir, sempre que lhe seja requerido
ou epilepticos durante o cumprimento da pena; pelas pessoas designadas no $ uoico do art. 1 . O
3.0 0 s indiciados ou pronunciados por crimes aque correspondam
penas maiores, quando tenha sido ordenado o exame medico-legal --Art. 17.'-Quando, embora incompleta a cura do alie-
por se snspeiiar ou se allegar o estado de alienação mental dos rbos, nado, não haja todavia receio de accessos perigosos, poderá
quer como circumstancia dirimente dos crimes, quer como motivo o juiz anctorisar a sahida provisoria, como experiencia, se
para a suspensão do processo. Esta disposição só se verificara quando lhe for requisitada pelo director do estabelecimento, e s e
os peritos f6rem de opinião que o mencionado exame n b póde ser
feito s e n b n%m estabelecimento de alienados; houver quem se obrigue a prestar ao doente o tratamento
3.. Todos os indic~adosou pronunciados por crimes a qne corres- e amparo indispensaveis, e a internat-o novamente quando
pondam penas maiores, quando apparecerem alienados no periodo haja ameaça ou pr6dromos de repetição de accesso.
que decorre desde a instauração do processo ate ao julgamento. $ 1." pessoa que se encarregar do alienado remettera
Lis'boa:
. .. de
% 2.O Serão collocados nas enfermarias especiaes do hosoital
ao director, no fim de cada mez, um attestado medico,
,$.o Os individuos accusados de crimes a que correspondam penas jnrado e reconhecido, relativo ao estado do doente, devendo
maiores, cujo processo foi euspenso, ou que foram absolvidos por aquelle documento ter o visto do delegado da comarca.
motivo do seu estado de alienação mental no momento de praticarem 5 2;" A saùida provisoria poderh converter-se em defi-
os factos crinlinosos;
2.0 Os condemnados alienados a que se refere o n.O i;o do 5 pre- nitivã, quando a experiencia demonstrar que não ha n'isso
cedente, quando, ao expiar a pena, não seja conveniente, or soãe- inconveniente, seguindo-se os termos prescriptos no unico
Jem de alienação perigosa, transferil-os para os hospitaes Xe. cirenios do artigo anterior.
respectivos, ou entregal-os as familias*. Art. 18.0-Quando o asylado tiver de sahir por estar
-O regulamento das~adeiascivis do estado da India, approvado
pela ort. prov. n.O h37 de 46 julho 1897. publicado no Bol. n.O 80 e curado, ou por se considerar iooffensivo, se não tiver fa-
,rectii!cado no Bol. n: 82, dispõe no art. 33.0- *Os presos cujo estado milia a quem se entregue, e for 4ndigente ou incapaz de
de demencia posterior a erpetração do mime demandar tratamento adquirir meios de subsistencia pelo seu trabalho, devera
appmpiiado em hospital i e alienados, devem, depois de inspecciona- ser posto a disposição da auetoridade administrativa, á fim
dos, ser removidos para o hospital militar de Nova GÔa, devendo o
Ministerio Publico requisitar á competente auctoridade administrativa de ser admittido n'algum estabelecimento de beneficencia.
a prempta remessa d'ellesu. Art. 1 9 . O - Os condemnados em pena de prisão maior
que, durante o cumprimento da pena, apparecerem aliena- o destino designado no 5 2.0 do art: 5." da citada-lei da (i
dos, serão recolhidos nas enfermarias a que se refere e. de julko'de 1889. .
art. 5." 5 1." da lei de 4 de julho de 1889. Art. 28.O -E o governo auctorisado a decretar as3ispó-
Art. 20.0 -Logo que algum recluso dê manife$ições de sições regulamentares que convenham para a cabal .exe-
perturbaçáo mental, o director da cadeia ordenará que seja cução d'esta lei.
submettido a observação *medica.
A F ~ .21.O -As conclus0es da observação deverão redu- Disposições transitorias
zir-sa a auto.
-
Art. 22.O Comprovada a Igucnra, ficarb, por despacho
Art. 29.O -Em quanto não existirem as enfermarias
do Ministerio dos Negocios da Justiça, interrompida a exe-
cução dapena, na conformidade do disposto no 5 unico do annexas as cadeias penitenciarias, a que se refere o art.
art. 114.O do Codigo Penal. 8." da lei de 4 de julho de 1889, ou o hospital a que se
--
Art. 23.O Se, em resultado do tratamento, o alienadò refere o n." 1." do art. 2.O da mesma lei, serão remettibs
ao hospital de Rilhafolles os alienados a que alludem os
recuperar a saude mental, será ordenado pelo mesmo mi-
nisterio que continue a execução da pena, voltando o r& artt. lXO,19.', 45.O e 27." da presente lei, e ali devera
á pnsão de onde fora removido. taipb~mser feita a observação dos condemnados em mm-
9 unica. Se o director da cadeia, consultando os medicas, prrmento de pena, quando não possa effectuar-se conve-
interiaer que todo ou parte do tempo decorrido em trâta- nientemente na respectiva prisão. (1)
menio deve ser levado em conta no cumprimento da peea, Art. 30.O -Fica revogada, etc. D .
enviara proposta fundamentada ao referido ministerio para
8% submettida á apreciação do poder moderador.
AI%.24.O -Se a observação tiver concluido pelo recunhe-
cimento de simulação de loucura, será descontado no cum- (1) Em virtude do 1 3.0 do art. 52.0 do regulamento geral do hos-.
pita1 de alienados do Conde de Ferreira aaargo da Santa Casa de
primento da pena o tempo por que tenha durado, e o preso .Misericordia do Porto, ap rovado por dee. de 30 set. 1891, póde o juiz
ineorrerb no castigo disciplinar que for aucbrisado peb enviar para ali os alien&s que forem accnsados ou estiverem eum-
regulamento da cadeia. - prindo pena, devendo acompanhar a ordem de admissão um docu-
Art. 25." -As disposiçóes dos artt. 19." e %O.' d'esta mento legal, em que se de noticia do crime arguido, supposto ou pro-
lei são ao~licaveisaos condemnados definitivamente'-em vado, e n'este ultimo caso da qualidade da pena applicada
Farei notar, porbm, que os alienados arguidos de cfirnes a que
pmas ma:&es que apparecem alienados antes da sentença eorrespondam penas maiores, devem pela lei acima transcripta e a
ter principio de execução, devendo os respectivos procura- que res eita esta nota, ser enviados para Rilhafolles, como se de-
dores regios promover que se façam os exames dos con- - preheDk do art. 29.0 d'esta mesma lei.
DIZa lei de 4 julho 1889 no art. 2.0 - d l auctorisado o governu
demnados, e que se lhes dè. o destino competente. a construir e mobilar nos limites da receita creada para esse fim, os
$jnnico. A sentença será executada quando os réos re- seguintes estabelecimentos para alienados: .
cnperem o uso normal das faculdades mentaes, salvo se a L.*-Uin hospilal para 600 alienados dos dois sexos, em Lisboa, de-
peda já tiver prescripta. v e n b ter condições especiaes para o ensino da clínica psychiatrica,
Art. 26.O - Se algum condemnado em prisão correc- e duas enfermarias, uma para cada sexo, em condi@es adequadas
para n'ellas se recolherem os alienados criminosos que tenham de
cbnal enlouquecer, o respectivo agente do Ministerio h- ser sequestrados por ordem da auctoridade publica;
blico promoverá que se proceda a exame para se dar ao -8.O Outro, pelo mesmo modelo, para 300 alienados dos dois sexos,
Processo por moeda falsa (1) stante as reclamações publicas, contiuúa o tal banco a coi~.;a.rvw.
quasi os mesmos privilegios, prorogados por lei de 97 julho i..;!i::!
- O dec. de i8 julho i891 determinou que as notas até entao em
circulação na-Funchal só podessem ser recebidas em transaqões,
A-A lei de 4 de julho de 1839 sobre moeda falsa, qiiaudo marcadas com um carimbo especial e selladas.
-O dec. de 30julho 1891 deu curso legal temporario aos francos
francezes pelo valor de 200 iéis cada um, e prohibiu _temporaria-
mente a exportação das moedas francezas de prata e as portugnezas
da mesma especie.
encontre perto d'esta cidade algum edificio que possa adaptar-se com - O dec. de 6 agosto 1891 mandou emittir, pela administração-
facilidade para esse fim; geral da casa da moeda, cedulas de 100 e 50 réis, representativas da
LiP Enfermarias annexas as penitenciarias centraes, em'condições moeda de bronze.
preprias para n'ellas se tratarem alienados*. -O dec. de # h out. 1891 prohibe provisoriamente a expo~l:ir:l~~
( i ) A-A Ord. liv. 5.q tit. 49 inlopr. diz-.Moeda falsa 6 toda aquella de oiro e prata da provincia de Cabo-Verde, e o dec. de I6 set. Ih!lti
aue não e feita oor mandado do rei. em crualauer maneira aue se faz a mesma prohibicão com relação a Angola.
bça, ainda que Qeja d'aguella materia e ffó;ma,'de que se faz á ver- -Foi auctorisadó o governo a remodelar0 regimen monelario e
dadeira moeda, que o rei manda fazer; porque conforme a direito ao fiduciario do Ultramar. -Dec. de 29 dez. 1895.
rei sómente pertence fazel-a,.e a outro algum não, de qualquer di- -Por dec. de 6 de nov. i896 cessou na Gniné o curso legal das
gnidade que seja@. moedas de praia estrangeiras.
-Tab. das estrangeiras e da sua equivalencia em réis, admittidas -Por dec. de i 5 set. 1896 foi prohibida em Angola nas repartições
e mandadas correr como portuguezas-tabella annexa ao dec. de do estado a circulação de moedas de prata estrangeiras.
99 dez. 185%.e tabella annexa ao dec de 49 out. 1853 em referencia B -Papeis de crediblopublico.-Diada publica 6 a contrahida pelo
á lei de 99 julho i854 que não alterou o valor do óiro e prata nas estado e divide-se em funúada e sem garantia.
mencionadas tabellas. - Port. do Miu. da Mar. de 6 agosto 1884. Fundada é aquella para que a lei cria garantias ou fundos, sendo
-O dec. de 7 maio 1891 suspendeu o preceito do art. 9." da lei pagos os juros e feitas as amortisações pela 'unta de credito publico.
de 29 julho 1854, e auctorisou a cunhagem de moedas de prata com O! titulos d'esta divida chamam-se fundos pubiicos ou papeiâ de
o peso e theor fixadas na lei citada até 9:000 conlos. credzto publico.
-O dec. de 9 de julho 4891 mandou continuar em circulação as A divida fundada subdivide-se em consoli~dae arnorfPsaue1 ou
notas do banco de porlugal, nos termos do dec. de 40 de maio do $ucfua%te, e em interna e externa.
mesmo anno, ate que esteja em vigor o novo systema monetario, Cmo~idadaé aquella de que o estado só paga os juros com en-
sendo o banco auctorisado a emittir notas do valor de 18000 e de cargo perpetuo.
500 réis, e declarou que as notas já emittidas dos bancos Alliança, Fl%ctwmte ou arnortisaeel Q aquella de que o estado baga não só
Uniqo do Porto, Mercantil portuense, Commereial do Porto, Nova h m juro estipulado, mas o capital em prasos certos, conforme o con-
Companhia Utilidade Publica, Banco de Guimarães Banco do Ninho7 tracto.
terão curso legal desde a dats do decreto em diante até 31 dez. i906 Dzaida inferna é aquella cujos juros s k pagos dentro do paiz,
a par e nas condições das notas do Banco de Portugal, em quanto Diuida externo é aqueHa eujos juros são pagos Mra do pala
este não julgar opportuno substituil-as todas por notas suas, annuu- Os tituios da divida intmaa chamam-se inscripçiies, couponw o M -
ciando préviamente o praso dentro do qual deveri completar-se a gações; 6s da externa, coupons e h&.
troca Por virtude das bases para a constituição do banco emissor, As in.sci.ipç&s e wupoas são titulos da divida..consolidada~inferna
auctorisadas pela lei de 29 julho i887, celebrou-se com o governo e oil #%terna; as obrigcrções são os titulos da divida ammtasmel aatemca;
o Banco de Portugal o contracto de 10 dez. 1887, pelo qual este ficou- - e os bonds são os titulas da divida amorlisavel ederna. Os bonds tam-
sendo o emissor exclusivo de notas durante 40 annos. bem se chamam letras do thesowo.
-No Ultramar o banco emissor exclusivo de notas Q o Banco Na- As in.scrip@es são titulos com assentamento individual; os g?upons
cima1 Ultramarino, ao qual foram concedidas vantagens e privilegios são titulos ao portador. Todas estas variedades de titulos estão sn- .
na lei da sua creação de 16 maio 186&de tal ordem que chegam a jeitas a eotação nas bolsas.
fazer duvidar da sanidade moral da nação portugueza. E, nao ob- Em Portugal ha os seguinte typos de titulos: insmpçães, couprms
P~OQ@SO-PO&' HOXDA FALSA $&$$ i
da %a.rinha de 23 de março de 1865, dispãe como se A&. %"-Todo aquelle que, sem licença do governo,
- s e g a : (I) fabricar, importar, expozer a venda, vender, distribuir,
aArt. 1.O -Todo aquelle que fabricar, importar, expuzer ,subministrar, possuir, ou retiver balances ou prensas de
á venda, vender, diatribuir,.subministrar, possuir ou retiver cunhar, e serrilhas que siruam, posto que não exclusi~a-
eonho para moeda, e chapas ou fôrmas, com letras d'agua mente, para a fabricação ou falsiEcação especificada no
'%paranotas, que sirvam exclusivamente para fabricação on art. i.", incorrera, do mesmo modo ahi estabelecido, na
falsiiicaçáo de moeda nacional ou estrangeira, metailica on pena correccional de um á tres annos de prisão e-multa
de papel, de papeis de credito publico ou de notas de qual- correspondente.
quer Banco Nacional ou estrangeiro, companhia ou estabe- 5 unico. A prohibição estabelecida n'este artigo não com-
lecimento, Jegalmente auctorisado para a emissão de notas, prehende os bancos, companhias ou estabeiecirnentos em.
incorrera independentemente de toda a intenção malefica, relação 5 fabricação de papeis de credito publico, ou notas,
na pena cpeccional de tres a cinco annos de prisão e que por leis especiaes Ihes competir, nem tambem aquelles
multa correspondente. que para o mesmo fimcontractarem com os referidos baa-.
3 unico. A prohibiçáo estabelecida n'este artigo não com- cos, companhias ou estabelecimentos.
- preliende o governo, nem os bancos, companhias ou es&-- Art. 3."-Todo aquelle que practicar com acção malé'nca
belecimentos em relação h fabricaçáo de moeda, papeis de qualquer acto preparatorio do crime de fabricação ou falsi-
credit~publico ou notas, que por leis especiaes lhes estiver ficação especificada no art. I . O , incorrera na pena corres-
.commettida ou permittida, nem tambem aquelles que para pondente á tentativa do mesmo crime.
o mesmo fim contractarem com o governo, ou com os re- Art. 4.O- 0 disposto nos artigos antecedentes nãò pre-
feridos bancos, còmpanhias ou estabelecimentos. (2) judica o que a respeito do crime de falsidade de moeda, -
papeis d e credito publico, ou notas, e da sua cumplicidade,
tentativa e reincidencia, se acha estabelecido no Codigo
Penal.
e7mds a juro de 3 %; obrigações da divida interna de 4 de 1888; Art. 5."-É applicavel aos infractores das disposições
i
&e 4 of0 de 1890; 4 O/, de 1891; obrigaçô~scom assentamento de
da presente lei a isenção estabelecida no art. 913.O do CQ-
4; de 1888, emittidas por leis de 92 maio e 23 junho 1888, e @c. digo Penal,-uma vez que a denuncia -ahi permittida seja
8 2 i3 'agosto do e s m o amo, e de 4 i 01. de 1889, emittidas por dec.
dada á auctoridade piiblica competente, -ntes de consum-
I 8 fev. 1889 com fundamento nas leis de 21 julho I887 e de 23
%
mados os crimes de falsidade a que esta lei se refere, e
junho 1888; e bém assim obrigações da-@vidae@erna a juro de 4%
ddérnprestimo de 1890, e d e - ~ i de 1891. - antes de se ter instaurado processo pela sualnfrac'çáo.
5 unico. Se a denuncia tiver logar depois de instaaraao
o processo, porèm antes de consummados os ditos crimes,-~
Os juros dos tilulos da divida interno fâram tributados em-30 o/o.
por fei de 26 @v. i8Y2, e os credores da divida e&- ficaram pee- - será diminuida a-pena na proporção dos meios que a de--
&rendo apenas um terço em oiro,por dec. de i3 junho 1892; mas nuncia d é r i referida auctoridade para obstar a consnm-
como reclamassem fortemente, appareceu a lei de 20 maio 1893que mação- do crime.
ihes deu o terço dos juros em oiro, e Ihes prometteu vantagens com
o^excesso das receiias aduaneiras futuras em certas condições, po- 'Art. 6.O-Nos crimes de falsidade ou de fabricação-ou
d&do trocar os titulos da divida externa por outros da interna. . - fatsificação dè moeda, papeis ou notas de que tratáo Codigo
-
-As pcwes e e g a ç õ e s de companhias não estão involvidas na Penal, art. 206.O e seguintes, e a presente lei, poderh pro-
designaçao de papel$ de credzto pubkco. ceder-se 6 prisão sem culpa formada, cumprindje todavia
( I ) A portaria alhdida, pondo em vigor no Ultramar o processo
por moeda falsa, fez-lhe alterafles, n~ãoadmfttiudo o jury no seu o disposto no art. 1:026.8 e $ unico da Novissima Reforma-
juigamento. - Judiciaria; em harmonia com a Carta Constitucional, art,
(?) Vid. nota a pag. 252. 14a0 0 7.O
PROCESSO POR MÕEhA FALSA - 287
8 unico. Não è permittida fiança em nenhum- dos refe- ~bservanciado di~postono art. 1:162.O da citada Reforma
ridos crimes. (4) Judiciaria.
Art.. 7.0-,3$doS os crimes c~m~rehendidos nos artigos $ 1." No caso de annuyação prevista e ~ G e n a d ano ci-
antecèdenles ?h presente lei serão processados e julgados tado art. 4:462.O, o segundo jury será compoSto de deseseis
pelos juizes de 'direito com irrtervençáo de jurados. jurados, não entrando n'elle nenhum dos do primeiro jury.
g 4." OS jurados que h50 de servir para os julgamentos § 2.O Na audiencia. de julgamento, perante o segundo
d'estes crimes devem ter os requesitos legâes, e além d'issb jury, deverão ser lidos os depoimentos das testemunhas
entrar no numero e na pauta especial dos 120 cidadãos, eacriptos por extenso ou extracto na audiencia perante o
qúe forem os maiores contribuintes no respectivo circulo, primeiro jury, ainda mesmo que ellas compareçam a depi3r
-ou ter os grios e titulos litterarios, que segundo a lei os oralmente, e depois de terem assim deposto, na audiencia
dispensarem de toda a prova de censo. do segundo julgamento.
5 2.O O circula de que trata o $ antecedente sera com-. .Art. 9.O -0 governo fàrá o regulamento necessari-o para
posto, para este egeilo, da comarca em. que se julgar o a execução da presente lei.
crime accusado, e das duas comarcas mais proximas. Art. iO.O-Ficam por este modo, s para este efleito
5 3.O O jury sera composto, em primeiro julgamento, de sbmente, alteradas a Novissima Reforma Judkiaria, e as
doze jurados. leis de 18 e 22 de julho de 1855, e revagada a legislação
3 4." Os depoimentos das testemunhas, na audiencia de em contrario^^.
julgamento, seráo.escriptos pelo escrivão, ou por extenso, B- O dec. de 4 agosto 1852, regulando a execução da
o u t á o sbmente por extracto do seu resultado definitivo, lei anterior, dispõe :
_ segundo. . fdr requerido por qualquer das partes ou ordenado
adrt. I." -A licença a que se refere o art. 2.' da citada
pelo juiz. lei (a de 4 de junho de IP59), para cada um dos fins n'elle
Art. 8." -Continuam em vigor os recursos legaes actual- especificados, sera annual, e expedida gratuitamente pelos
respectivos gocernado~escivis, os uaes farão proceder 6s.
mente estabelecidos, tanto do despacho de pronuncia, seja
ou não obrigatoria, como da sentença de julgamento, quer !
diligencias que julgarem convenien es, para que a mesma
licença seja concedida ou reformada com pleno conheci-
absolva quer condemne, e e especialmente suscitada --a
mento da causa.
Art. 2."-As ,commissões que no principio de cada amo
têm de proceder ao recenseamento dos jurados no respe-
ctivo concelho ou bairro, nos termos da lei de 21 de julho
(i) A Relação do Po@ em acc., de 28 m a r p 1897 decidiu que nos de-1855, (i) faráò conjundamente o recenseamento dos
crimes de moeda falsa nao é admissivel fiança, porque, sendo espe-
cial a lei de B junho 1859, não póde ser derogada ela lei de 15 abrii jurados especiaes para o julgamento dos crimes de moeda
48%. - ?m.Tnb., pag do n . 36%'
~ do l b o vo! Um asrippu farsa, conforme as disposições da predita lei de 4 de
vencido. D'este accordao inte-8z-se revista. junho.
- Discutindo a decisão profenda, pa!ece:nos que a Rela ão, ao sus- Art: 3.0-Concluido o recenseamento dos jurados, .e
tentar a doutrina expendida, ecmmetteu ama illegalida$e, porque,
decretantlo a lei de 15 abril-1886 olivrameuto dos réosem qualgzder feitas n'elle as correcções respectivas, nos termos do art.
processa criminal nos termos n'ella expressos, não póde-deixar de
abranger na sua extensão a materia respeitante a moeda falsa.
' -A lei de 15 abril 1886 i? urna lei especial de proeesso, restrecla as
fianças; e por isso nageneralidade de suu especaalidade não póde dei-
xar de comprehender a fiança pelos crimes aqui enunciados. Em todo (1) Actualmente a lei de i julho 1867, regulada pelo de? de 29
o caso a questno é difncil de resolver. agosto 1867, os quaes se devem v6r na parte 'geral do capitulo da
,.- Vid. convenção com o Brazil de 14 jan., conf. C. R. de l i out. constituição & jnry a pagg. 96 e 96.
de 1855.
L7 C VOL I
8." do decreto d e 3 i de outubro de 1855, (i) as commissões A acta dever5 eonter os nomes, dos jurados de. qne~
-
dos concelhos ou bairros, que não forem cabeça da eomarca, se cumpozerem as- pautas de cada semestre, extrahidas
quando esta compreliender mais de uma, en~iarãoá com- n'aquella sessão, o emprego ou profissão de cada um, o
missão d'esse concellio ou bairro, onde a cabeça de comarca seu eskado, a sua idade, a sua morada, e a quota de decima
fôr situada, uma relação dos jurados, com as declaraç8es que pagar, ou o grio au titulo .litterario que o dispensa
que acerca d'elles se contiverem no recenseamento, authen- da prova de censo.
iiada com a ãssignatura de todos os membros respectivos; 5 5 . O Todas as operlsçães determinadas nos artigos pr&
e #estas relações, e do recenseamento do concelho OU &dentes e seus 5!$, dever50 practicar-se necessariamente
bakrro, cabeça da comarca, formara a competente commissão de modo que fiquem sem falta concIuidas ém cada um anno
*
a lista especial dos quarenta jurados, que forem os maiores antes do fim de junho.
contribuintes, ou tiverem os gráos e titulos litterarios que 5 6.' Para todos os effeitos que deverem ;e&ir-se, nos -
segundo a lei os dispensarem de toda a prova de censo. termos da lei e d'este decreto, serão Consideradas comgis-
5 1.' Nas comarcas em que houver um s0 concelho pro- sóes do recenseamento da cabeça da comarca, na cidade
cedera a respectiva commissào desde logo, e pela mesma de Lisboa, a do bairro do Racio, e na do-porto, a do bairro
fbrma, a organisação da lista especial dos quarenta jurados de Santo Ovidio.
de que trata este artigo. Art. 4.'-As operações de que trata o artigo antece-
Q 2 .O Formada a lista dos quarenta jurados especiaes, e dente e seus $I, terão logar em sessão publica e solepne,
lançada no livro competente, a commissão respectiva, depois no- primeiro domingo de julhó de cada anno, á qual dever@
de lida a mesma lista, mandara fazer tqntos bilhetes quantos assistir o respectivo juiz de direito e delegado, ou quem
são os nomes que ella contiver; as quaes serão Iançadas estiver fazendo as suas vezes. A estes magistrados pertence
em unia urna, d'onde um menor, cuja idade não exceda a fiscalisar aquellas operaçóes.
-dez annos, os ira exlrahindo, e, á proporção da sua extrac- Nas comarcas de Lisboa e Porto assistiri um dos juixes
ção, serão-lidos pelo presidente da commissão, e inscriptos- de direito criminaes, e um dos delegados a quem tocar
em. uma paula especial. por turno, como fbr estabelecido pelo presidente da Relação
5 3.' Os primeiros vinte nomes que sahirem, formarão do respectivo districto. ,
a pauta dos jurados que, durante o semestre respectivo, $ unico. Os livros relativos ás operações de que tratam
deverão funccionar conjnnctamente com os jurados igual- èste artigo e o antecedente serão guardados no archivo da
-mente apurados das outras duas~comarcas,de que houver respectiva carnara municipal.
de ser composto o drcu10. Os vinte restantes formarão-a Art. 5.'-Formadas ,as pautas de vinte jùrados para '
Nuta, que pela mesma forma ha de fiinccionar no semestre servirem em cada semestre pela fbma estabelecida n'este
immedia to, decreto,, a comrnisscjo respectiva remettera ao juiz de di-
4.O D'estas operaçóes se lavrará em livro especial- reito da comarca uma copia da pauta-competente. Em
mente estabelecido, depoís de numerado e rubricado .coyo Lisboa e Porto deverá a-pauta ser remettida aos juizes
Q da Iísra dos jurados, a competente acta que sera assi- criminaes respectivos.
-
gnada pelos membros da comrnissão e gelos magistrados Art. 6.'-Emquanto não se proceder definitivamente 8'
asgstentes, os-quaes todos assignaráo Lambem a s pautas confec@o dos circuios de tres comarcas de que trata a lei
extrahidas. -de 4 de junho passado, proceder-se-ha para o julgamento
dos crimes de moeda falsa pela seguinte forma:
~ . S 4 . O Quando em alguma comarca houver de ser julgado
qualquer dos crimes de que faz mençáo a referida lei, o
(i) Vtd. nota anterior competente juiz ..de direito, immediabameiite o participara
a
PROCESSOS POR C ~ DE IMPRENSA
S 26
vigor no ultramar por dec. de 1.out. 4867 com a restricção de documentos que provem -que o mesmo editor é: 4 . O De
referida a jury, dispõe: maior ídade, ou como tal havido em direito; -'%O Cidadão
ir hrt. ã."Ficam abolidâs todas as cauções e restricções no gosp dos seus direitos civis e politicos; - 3 . O Domici-
estabélecidas para a imprensa periodica pela legisla@io liado na comarca onde a publicação houver de ser feita.
actualmente em vigor. Art. 3.O -Intender-se-ha por periodico, para os effeitos
Art. 2 . O -Nenhum periodico, porém, se poderá publicar d'esta lei, toda a estampa ou escripto, impresso ou Iitho-
sem que, pelo menos oito dias antes da publicação, se de- graphado, publicado não sb em dias certos, mas tambem
clare o nome do editor perante o administrador do conceG - irregularmente, que contiver doutrinas de qualquar natu-
Ibo, e perante o delegado do procurador repin ?.a comarca reza, scientificas, religiosas o u politicas e sociaes, ou se
ou vara onde houver de fazer-se a mesma pli8jicação. referir a a&s da vida publica ou particular de qualqmr
$ unico. Aquella declaração deveri ser assignada pelo pessoa, e que não exceder seis folhas de-impressão, com-
eaitor, - e devidamente reconhecida, e ser& acompanhada putadas pela marca de papel sellado que actualmente se
usa nos processos forenses. (1)
Art. 4 . k P e I a falta de declaração do editor de que
traia-o art. 2.O, ou pela declaração exigida no $ unico do
de'i8U5, daearta de 1ei.de 19 de setembro de 1882, dos álvarás de - mesmo artigo, feita por meio de documentos insufficientes,
30 de dezembro de 1824 e 28 de maio de 1834, e da portaria de 27 incor~eo dono ou adininistrador da-imprensa, liihographia
d'agosto de 1835, a que se reportam os n.- 3.0 e 4.0 daart. i9.0 do
reg-alamento da bibliotheca nacional de Lisboa, mandado adoptar ou estabelecimento em que se effectuar a publicação, na
decreto com f ~ r ç ade lei de 24' de julho de 1885 que obrigam OS pena de tres dias a tres mezes de prisão e multa carre-
nos e administradores de officinas typographicas, lythographicas oú pondente, e na sentença condemnatoria declarar-se-ha
outras em que se imprimam, estampem ou por qualquer processo se sempre a suppressão do periadico, tudo sem prejuizo das
reproduzam, para serem publicados, escriptos ou desenhos, a envia-
rem á mencionada bibliotheca, dentro de oito dias a contar da pubii- penas respectivas ao crime de abuso namanifestaç30 de-
-cação sendo ella feita em Lisboa, e dentro de um mez uando feita pensamento.
nas provincias, um exemplar de todas as obras que pro&irem, sob $$ '1.O Nó caso de falsidade dos :documentos de que trata
pena de multa do valor de vinte exemplares d'aquellas, que não tive- o 3 unice do art. 2.O, cessa para o dono ou administrador
rem sido remettidas.
$ IP Ficará competindo a inspecção geral das bibliotbems e ar- ,da imprensa, lithographia o11 estabelecime~itoem que se
chives publicas fiscalisar o cumprimento do preceito d'este artigo, e fizer a publicação, a responsabilidade estabelecida n'este
dar parte ao Minffterio Publieo. das contravenç6es que oceorrerem, artigo.
para elle promover, na conformidade da portaria de 97 d'agosto de $ 2 . O A falta ou incapacidade superveniente do editor
1835, a applicação das multas em que tiverem incorrido os contra-
ventares. ( i ) 'Implica tão somente a suspensão do periodico; mas se o
$ 2: As multas cobradas constituirão reeeita eventual da inspec- dono ou admmistrador da imprensa, lithographia OU esta-
çãb geral, destinada á compra de livros e manusmipto~.
(i) A grtaria que se diz datar de 27 d'agosto de 1835 é datada, na iegis-
Ia-o, de d'agosto, expedida em virtude da regia resulucão de 47 do mesmo
mez. (#)'Por dec. de 26 nov. i896 (D. G., n." 974) foi revogado para.0
Dispóe ella no sen n.O 3.0, unico applicavel: - «@ rocesso sobre dividas
activas liili: : ,das da fazenda, ser&ordenada conforme o secreto n.O 44 de 16 de Ultramar este artigo na parfe respeitante ao numero de folhas e ao
maio de Iw, tit. 70, art. 19.4 ara comecar executivamente por sequestro formato dos escriptos impressos ou lithographados. -
revogada n'esta parte a citada rewkcão (de 10 de junho de 1834 pnblicada e d - A apreciação se uma publ'ica$ão excede, ou não, seis foha de'im-
portaria de 8 de julho de I*::i fazendo a conta corrente as vezes de libello, e
t, pressão computadas .pela marca de papel sellado, deve pertencer ao
contendo a intencáo da faziiiua, fundada assim de direito. como de facto oara o prudente arbitrio do julgador. Attribue-se esta resposta ao A, da lei,
devedor a poder 'illidir sómente com conhecimento de paga, ou con- a qual ficou sendo inti.1 (ni~:iaçãoauthentica da mesma, como diz a
forme a lei de 4%de dezembro de 1761, tit. 3.0 9~9.,, e am as seni. I:. 8 - se
proferirem confoime o art. 116.0 do decreto h. de 16 Be. maio de ,.
Rm.ck Leg ,ao498 do 1U.O vol.
belecimento em que se effectuar a publicação continuir a' terá logar quando, em virtude de tratado ou de lei do res-
fazel-a, tendo conhecimento d'aquella falta ou incapacidade, pectivo paiz, esteja estabelecido o principio da reciproci-
ficará sujeito ás penas comminadas n'este artigo, declaran- dade.
do-se semore na sentença condernnatoria a suppressão do Art. 7.' - -Por estes crimes serão responsaveis: -3.: O
periodico. editor, havendo-o, em quanto não fizer reconhecer o auctor,
- Art. 5 . O '-Aos crimes de abuso na manifestação do pen- se este na epocha da piiblicação do impresso, estiver domi-
samento são applicaveis as penas respectivas estabelecidas ciliado em Portugal, e f6r susceptivel de n'elle-recahir a
no Codigo Penal. imputação criminal; -2.O O auctor, quando não houver
- 5 4.O No caso de aggressão injuriosa ao systema repre- editor ou este não apparecer, ou quando o editor o fizer
sentativo na Carta Constitucional da Monarchia e Acto Ad- reconheéer em juizo, nos termos do numero antecedente,
dicional a mesma Carta, será applicavel a pena de- tres declinando para elle a responsabilidade; -3.O O donó o11
mezes a um anno de prisão e multa correspondente. administrador da imprensa, lithographia ou outro estabe-
5 2.O N2o são, porém, prohibidos-os meios de dis~assáo lecimento em que a publicacão se effectuar, quando, nd
e crítica das disposições, tanto da lei fundamental do Estado -falta de editor, não fizerem reconhecer o auctor; - 4.O As
como das outras leis, com o fim de esclarecer e preparar pessoas que vendecenl ou tiverem expostas a yenda as
a opinião publica para as reformas necessarias pelos Ba- ditas publicações ou reproduções, ou as-afixarem em lo-
mites legaes. gares publicas, ou distribuirem, o u de qualquer modo con-
Art. 6.O-0 processo será o que competir nos termos correrem sciente e voluntariamente para a súa publicação
da legislação commum. quando na falta do editor não fizerem reconhecer qualquer
8 1.O Nos casos dos artt. 408.O, 409.O e 5 'unico do art. das pessoas mencionadas nos n.OS 2.OXe3.O
410.' do Codigo Penal, sempre que a lei admittir a prova Art. 8.O- So poderá declinar-se a responsabilidade nos
da verdade da diffamaçáo ou da injuria, e o réo se offe- termos do artigo antecedente até á audiencia do julgamento
recer a dar esta prova, terá logar o processo ordinario com nos processos de policia correcciona1,e no praso concedido
intervenção do jury, na conformidade da lei de 18 d'agosto para a interposiçãò do aggravo de injusta pt.onuneia, de-
de 1853, e nos casos em que se não admitte prova, nos vèndo fazer-se nova intimaçáo i pessoa substituida e contk
termos dos artt. 407.O e 440.", terá logar o processo cor- nuando cantra esta o processo nos termos em que se achar
reccional. (4) depois de acceita a declinatoria por>despachodo juiz.
5 2.O O Ministerio Publico e competente para intervir +$ unico. Acceita que seja a responsabilidade, não pode@
nos crimes de abuso de liberdade de imprensa, nos casos mais dec1ina~-se.
de diffamaçáo ou,injuria, se ella tiver sido dirigida: Art. 9.' - 0 editor do periodico em que algum indi~i-
1.O Contra o chefe de nação estrangeira, havendo requi- duo, tribunal- ou corporação tenha sido injuriado, é obri-
sição do seugoverno; gado a publicar graluilamente a defesa que pelo arguido
2.O Contra os seus embai-xadores ou representantes'acre- lhe for remettida no primeiro numero que publicar depois
ditados na corte de Portngal, havendo requisição dos~oEen: de a ter recebid-o, comtanto que a extensão d'ella, impressa
didos; em typo e formato igual ao da arguição, não exceda o dobro
3.O A intervenção de que se trata no 5 antecedente só da extensão d'esta, ou mil letras de impressão, á escolha
do arguido.
Art. 10." Todas as vezes que algum periodico publicar
ou reproduzir noticia que seja officialmente desmentida ou
(1) Este 4.O foi revogado no Ultramar na par- da admissão do .rectificada na folha oficial do governo, o editor do perio-
jury por dec. de i out. i867 que poz esta lei em vigor. - dico, e m ~ q u ea publicação ou reproducção tiver sido feita,
. ..
PROCESSO P O R _ C ~ E DE
S IM%R~:NSA 3 7
é airigado a transcrever i desmentido de rectificação em - - Art. 44.O-Fóra do caso dó art. 4.O e do-da suspens30
tgpo igual aquelle em que tiver sido publicada ou repro- das. garantias constitucionaes, nos termos dos 85 33.O e
duzida a noticia, na primeira pagina do primeiro numero 34.O do'art; 445.O da Carta Constitucional, não poderh ser
que publicar depois que a dita folha officinl tenha sido,re- suspenso qualquer periodieo ou outra publicação. (f) -
cebida na térra em que o periodico existir. Art. 45.O-A introducção e venda de periodicos, livros
Art. 4 1.O -Quando em processo por abuso na manifes- ou quaesquer outras publieações feitas ou reproduzidas ,em
tação d o pensamento s e proferir sentença condemnaboria, paiz estrangeiro, continuará a ser applicavel o que se acha
o editor do periodico que houver sido condemn-ado, sera estaljelecido na legislaçãcs actuals. (2)
obrigado a publical-a na sua integra e em typo igual áquelle B-- O dec. no4 de 29 março 1890, (3) modificando a lei
s m que tiver sido publicado ou reproduzido O ariigo abu- de 17 maio 1866, estabelece a doutrina seguinte:
sivo, na primeira pagina do primeiro numero que publicar aArt. 1.O - E assegurada a liberdade de imprensa, e
depois que lhe foi iutimada a.mesma sentença ou apresen- permittida a publicação de qualquer periodic~nos termos
tada pelo offendido copia authentica. da legislação em vigor.
Art. 12.0-Pela falta de cumprimento do disposto nos . -A sede da administração do periodica deter-
,Art. 2O
tres artigos precedentes, incorre o editor do periodico em mina para todos os effeitos a competencia da circumscripção_
multa de 1M000 rhis, por cada dia que demorar aspubli- administrativa e judicial, em qiie tem de fazer-se a habiii--
ca~,õesn'elles ordenadas. alem de perdas e d a ~ o s . tação, a que se refere o art, 2.O da lei de 47 de maio de
Art. 13.O -Quando algum periadico publicar artigo ou 1866.
noticia contendo phrases allusivas ou equivocas, que pos- Art. 3.O -A responsabilidade criminal e bem assim a
sam implicar para alguem infamía ou oEensa da ho-a,
poderá qualquer que n'ellas se julgar comprehendido exigir
do editor que n'nm dos tres numeros immediatos á sua
reclamação declare espessamente se as ditas phrases se
referem ou não ao reclamante. (i) A Carta Constitucional diz no art. i45.q 3 33." -*Os poderes
constitncionaes não podem snspendw a coustitiiição, no que diz res-
$j i." Se o editor se recasar a fazer aquella declaração, D'eito aos direitos individuaes, salvo nos casos. e circumstancias espe-,
.
ou~nãoa fizer pela forma indicada n'este artigo, incorrerá &ficadas no 5 seguiete.
~
na peua de multa de 5#000 a 308000 réis. 3k.O Nos casos de ~ebellião,ou invasão de inimigos, pedindo a
f 2.O Seja qual fdr a declaração feita nos termos d'este segurança doEstado, que se dispensem por tempo determinado algu:
:mas das formalidades, que garantem a iiberdade individual, yoder-
'artigo, ou na falta d'ella, fica salvo aos injuriados o direito se-ha fazer por acto especial do yoder legislativo. Não se achando,
i acçáo penal. wrém, a esse tempo reunidas as córtes, e correndo a Patria perigo
§ 3.O NO caso de injuria ou diffamaçáo dirigidas por imminente, poderi o governo exercer esta mesma procouiden~ia~bomo
meio de pseudonymo, ou por plirases allusivas oa equiva- medida provisoria, e indispensavel, suspendendo-a, immediatamente
cesse a necessidade urgente, que a motivou; devendo, n'um e n'outro
cas, tendentes a encobrir a responsabilidade juridica, ~pro-- caso, remetter ás cbrtes, logo que reunidas Mrem, u- relação mo-
cgie a accusaçáo sempre que por parte aesta se prove que - tivada das prisões, e d'outras medidas de prevençao tomadas; e
as ditas injurias ou diffamações se referem i parte quei- quaesquer auctoridades, que tiverem mandado proceder a ellas, serão
xosa. (4) res onsaveis pelos abusos, que tiverem-praticado a esse respeito..
[9) A lei de 29 dez. 183h diz no art. 1410- aQuern por qualquer
maneira publicar n'este reino esçiiptos em 1;ngua portugueza, im-
pressos fóra d'etle, ou estampas abertas em qualquer paiz, sera em
iodo o caso havido por anotor Cesses esoriptos, ou estampas, ou por
' eIles respousaveln.
(i) Este g 3.0 foi expressamente substituido pelo 8 5.. do ut. 5.0 (3) Este decreto foi posto em vigor no Ultramar com restricções
Qo dec. e.. i de 99 março 1890. pelo dee. de 27 dez. 1895.
civil, que anda annexa com. ella nos termos do direito com- Art. 5."-Será considerada desobediencia punivel a re-
mum por abuso de liberdade de imprensa periodica, per- cusa do editor de fazer coniiecer o auctor da publicaç/áo
tence ao editor do periodico e ao auctor da materia, cuja incriminada; e na falta de editor, capaz de imputação, sera
publicação é incriminada, como incursos na-disposíção do igualmente considerada a recusa do dono ou do adminis-
art. 20.O do Codigo Penal. Observar-se-ha em todos os casos trador do estabelecimento em que se tiver effectuado a
o disposto na segunda parte do art. 24." do Codigo Penal. impressão ó u estampagem, de fazer conhecer o auctor. Do
# i." Na falta de editor susceptivel de imputação, ou mesmo modo sera considerada a recusa maliciosa dos indi-
quando não fôr encontrado, a responsabilidade de quetrata viduos designados no 8 3.O do art. 3 . O , de fazer conhecer o
este artigo pertence ao dono ou aos administradores da dono ou o administrador d'aquelle estabelecimento, quando
oEciria ou oficinas, quer sejam imprensa, typographia, elles sejam os respoiisaveis, nos termos da. mesmo 5. ,
-1itBographia ou qualquer es1abe:ecimeuto analogo, em que $ 4." A indicação do nome do auctor, feita por este,
se tiver feito a impressão ou a estampagem, ouexclusiva- pelo editor, pelo dono ou administrador do estabelecimento
mente se não f6r conhecido o auétor, ou cumulativamente em que se fez a impressão ou esiampagem, em divergencia
com este s e fôr conhecido. com a assignatura da publicação incriminada, se esta tiver
, § 2.O A responsabilidade do dono ou do adininistrador sido feita com assiguatura por extenso ou comletras ini-
da officina de impressão ou estampagem, é declinada para ciaes, será considerada como falsa declaração. O mesmo
o editor susceptivel de imputação, havendo-o, quando este snccederá se se averiguar não ser verdadeira a mdicaçáo
comparecer em juizo, e restabelece-se sempre qiie de novo do individuo declarado como auctor da materia cuja publi-
desappareça, observando-se em todos os casos o.disposto cação e incriminada.
na ultima parte do art. 8.O da lei de 17 de maio de 1M6. $j 2.. A publicação coni a assignatura de um individuo;
§ 3.O Não podendo ser conhecido o estabelecimento em que não, seja o auctor da materia publicada, ou queseja
que se fez a impressão ou estampagem, a responsabilidade feita sem seu expresso consentimento, com o animo &'o
pertence aquelles que expnzerem á venda O numero do prsjudicar, quando seja o seu auctor e não se trate de do--
periodico incriminado, ou que de qualquer modo coiicorrem cumentos, cuja publicidade é permittida independentemente
scientemente e voluntariamente para a sua divulgaçáo. Esta do consentimento do auctor d'eiles, e considerada como
respnsabilidade cessa quando as pessoas que ella abrange falsificação de escriptos, nos termos dos artt. 248.0 e 219.''
e u outras fizerem conhecer o dono ou o administrador da do Cocljgo Penal, conforme couber, alem da indemnisaçáo -
officina, se este f6r encontrado e reconhecido como tal de perdas e damnos que fôr devida ao queixoso. O consen-
pelo julgador, observando-se em relação h declinação e timento 1150 s e presume, e é necessario proval-o, mas a
restabeleeimenko da responsabilidade, doutrina anajoga a prová do consentimento só é admissivel quando ó a u t o e
estabelecida no $ precedente. pho estiver assignado pela pessoa a quem-e attrihuido,
Art. 4 . O - Os periodicos são obrigados a inserir em todos salvo o caso de esta expressamente declarar que. deu o
os numeros no alto da sua primeira pagina, ou no fim da alludido consentimento.
ultima, o nome do seu editor, a. indicaçáo da d d e da sua $ 3 . O hbplicar-se-ha o disposto nos $5 1.O e 2.O d'este
administração e a do estabelecimento onde se faz a sua artigo, quando a pnblicaçáo tenha sido feita sem assigna-~
composição e a sua impressão ou estampagem. tura, mas no periodico s e designe pessoa determinada como
§ unico. Ao editor susceptivel de imputação, e ou aos
donos ou aos administradores das offiánas incumbe a res-
ponsabilidade pela execução do disposto n'este artigo, e a
.
auctor da materia d'essa publicação.
3 4.O Qualqrief pessoa que se julgue comprehendida
n'uma designação obscura ou ambigua, ou na indicação d e
iafraeção será puaida com a s penas declaradas no art. 4." iniciaes que importem as responsabilidades fixadas n'este
da lei de 17 de maio de 1866. artigo e no art. 3.", poderh erfigir que se declare expres- -
sariiente se essa designação ou indicação se refere ao Gela- - leis e os regulamentos, é applicavel a pena de ptisão cor-
mante pela fbrma e -com a comminação estabelecidas no reccional até seis mezes, se-o facto não estiver previsto e
-art. 13.' e seu 5 1 . O da lei de 17 de maio de t866. punido com pena ínais grave pela legislação em vigorá
,$ 5.O Nos casos de offensa, diffamação, injuria, ou ag- data d'este decreto. As phrases subversivas da seguraaça
gresêo injuriosa, dirigida por meio de pseudonymo, ou por do estado ou da orciem publica, -publicadas em qualquer
phrases alliísivas ou equivocas, ou recorrendo a allegorias peiiodico, posto que não constituam incitamento ou provo-
de pessoas ou paizes suppostos, ou a recordações-historicas caeáo ao crime, serão punidas com prisão-correccional por
ou a- qnaesquer ficç6es ou artificios tendentes a encobrir um ate tres mexes.
ou a evitar a responsabilidade juridica, procede a accusa- 4 4." A reuroducção d'offensas, diffamações, injurias, ag-
cão, quando a allusão por manisfesta, ou quando por parte gfessões injtiriosas ou de quaesquer artigos que por uutro
da accusação se prove que essas offensas, diffamações, motivo recaiam sob a esphera da lei.penal 6-para todos os
injurias ou aggressões injuriosas se referem ao offendido. effeitos conside~adacomo offensa, diffamação, injuria, ag--
Fica assim substituido o disposto no $ 3." do arb. 13.0 da gresião injuriosa ou artigo punivel, salva a responsabilidade
lei de 4 7 de maio de 1866. do originario auctor, e dos responsàveis pelo.periodico que-
_ Art. 6.'-Aos crimes por abuso de liberdade de im- fez a auterior aublicação, quando não tenham auctorisado
prensa, continuarão a ser applicaveis as penas estabele- essa reproduc$o. -
cidas na legislação actualmente em vigor, salvas as modi- . 3 3." E pro!iibida, sob-pena de desobedien6a; a akr-;
ficações estabelecidas no presente decreto. tura de subscripções pubiieas para oceorrer á s despesas ,
'- Arl. 7.O - 0 maximo da pena de prisão correccional,
relasivas a processos e fianças criminaes.
'.estabelecido no $ i.@do art. 3.O da lei de 17 de maio de Art. 8." -Nos crimes por -abuso de liberdade de. i?:;
1866, B reduiido de um anno a seis mezes. prensa a condemnação a prisão sera sempre acompanhada
$ 1.O A mesma pena de prisão por tres a seis mezes,' da condemnação em multa, a qual é fixada de 301IU)o réis
ser%applicada ao crime de calumnia, previsto no art. 409.' a BOBO00 reis, conforme as circumstaucias.
do Codigo Penal, mas n'este caso a mulla nunca será infe- $ 1.O Nos crimes por abuso da liberdade de imprensá
rior a 100W000 réis, e poderai elevar-se .a 500d000 rQis. comprehendidos nos artt.. 169.O, 110.O, 171.O e 483-O do
5 2.O h offensa quer seja por meio de pnblicação, quer Codigo Penal e seus SI, no art. 7.O do presente decreto e
por outro qualquer meio, a algum dos poderes pol-iticos seu $, 3.', a pena de mulia nunca será inferior a 100d000
legilimamente constituiilos, ou a qualquer auctoridadePou reis; e nos casos de reincidencia ou de accumulaçãó d e .
empregado publico,-ou a quatquer membro do exercito ou dois ou mais dos referidos crimes será sempre applicado
da armada, ou a qualquer corporação ou corpo collectivo o maximo da pena de prisão, e-a pena da multa não ser&
que exerça auctoridade publica, ou faça parte da força pu-- inferior a 250~000.reis. Todos os crimes especificados
blica, relativa ao exercicio das suas funcções ou a proposito n'este~$ são considerados da mesma natureza para o effeito
B'esse exercicio, sera punida com prisão correccional a% ' -da punição da reincídencia.
seis mezes, salvo se pena mais leve estiver estabelecida $ O.! Na condemnação por qualquer dos crimes de que
na legislação em vigor á data d'este decreto. -- trata o 8 1: d'este artigo Será ordenada a suspensão da.
$ 3.O AO incitamento a qualquer auchridade ou empre- venda puh!ica do periodico respeclivo nas ruas ou logares
gado. publico,ou a qualquer membro do exercito e da ar- publicas, por um periodo de tres a trinta dias conforme-as
.mada, ou a qualquer corporação ou corpo collectivo, que circurnstanc~as,sendo considerados como desobedientes os
.exerça auctoridade publica ou funcções pdlicas, ou que' que k e r e m 3 venda probibida. Se o periodico não fôr ha-
faça parte da força publicq, ou a quaesquer cidadãos desi- bilualmenk vendido nas ruas a suspensão temporaria Será
gnadamente ou irideterminantemente para -que infrinjam as substituida na sentença pelo aggravamento da multa,
3 3." Nos crimes de que trata o 1.O d'este~artgo, sido á magistratura judiciat, a suspensão será substitoída
q u a n d ~houver accumulação de tres ou mais dos ditos èri- pelo desconto de tres mezes na antiguidade do mesmo ma.
mes, ou quando em periodo não superior a dezoito mezes gistrado, para os effeitos da promoção e da concessão do
setiverem jh effec~uadoduas condemnações, a suspensão terço e da aposentação.
tempòraria da venda publica ou o aggravamento da multa 8.' Em Lisboa e Porto serão abonadas pelo Ministerio
prevista no 8 '2." do mesmo artigo sera substituida na da Justiça aos .delegados do procurador régio junto dos
seniença condemnatorja pela suppressão definitiva do pe- t~ibunaescriminaes as despesas que fizerem com a compra
tiodico. ou a assignatura dos jornaes publicados nas suas respe-
8 4." disposto nos 55 precedentes é applicavel não só ctivas circumscripções, ou com a compra dos jornaes iri-e-
ao caso em que a accumuiação dos crimes, a reinéidencia e gularmente publicados, que sejam vendidos ou distribui&&
a condemnaçb digam respeito ao mesmo periodico, tenham n'essas circiimscripçóes.
ou não sido diversos os seus editores, mas tambem ao caso ArL 9;"- 0 queixoso offendido por crime de abusa de
em que digam respeito ao mesmo editor, tenham ou não liberdade de imprensa poderli reclamar indemnis--,&
sido diversos os periodicos. 'perdas e damnos pelos prejuízos soffridos no seu i a ú m e
5 5,O A suspensão e a suppressão de que tratam os '$$ ou. consideração. Esta indemnisação seri decretada na-sen-
2.O e 3." d'este arligo não influem na fbrma do processo, bença do julgamento do crime, quando para ella haja motivo
nem na competencia do julgador, que nos crimes por abuso e náa exceda a 1 W 0 0 0 réis. Excedendo esta quaola, ó
de liberdade de imprensa serão sempre determinad,os se- pedido serh feita em acção civel ordiiiaria,depois de passar
gundo o direito commum mas em attenção sbmente ao em julgado a sentença de condemação criminal.
magimo applicavel de prisão correccional. ..
Art; 10.O - . Este, artigo foi substituido pelo a r t 1.*,
3 6." Nos crimes de que trata o 3 1.O d'este artigo B modificaçio 2.=, da lei de 7 de agosto de 4890, que diz:
pracedimento judicial sera sempre promovido pelo ginis- O titulo e propriedade do periodico e material - Q p
terio Publico, independentemente de qualquer queixa, ou graphico ou lithographico da officifia, em que tiver Mo
de-ordens ou instruccões superiores. Estas ordeus ou ins- felta a.respectiva composição e a impressão ou estampagem,
tnicçõles; quando tenham por objecto prohibir, sustar ou respondem, sem embargo de qualquer privilegio, pelo. pi-
demorar a promoção ou o seguimento dos processos só gamento das multas, e pelo da indemnisação de perdas e
dirimem a responsabilidade do Ministerio Publico,'se tiae- damnos em que tenbàm sido condemnados os responsaveis
rem sido publicadas no Diario do Goserno antes de serem d'esses periodicos, quando por outra fbma não tenham
cumpridas. Quando haja negligencia em relação aos crimes sido satisfeitas.
de que trata este $, por parte dos agentes do Miuisterio 5 unico do art. 10.o-Se nem o dono nem o adminis-
P@lieo subordinados aos procuradores regios, estes impo- trador da o£ücina tiverem sido>condemnados como respon-
rão- aos agentes negligentes a suspensão do exercicio e saveis, fica-lhes salvo o direito e acção contra os-respon-
vencimentos por um ate tres mezes, e participarão o facto saveis para o reembolso do que hajam dispendido, em
para a secretaria dos negocios'de justiça. A falta de autos virtude do disposto n'este artigo e para indemnisação de
levantados pela auctoridade administrativa não absolve da perdas e damnos..
negligencia aquelles agentes. - A F ~ 11
. .O -Serão punidos como ultrage publico h moral,
5 7.' A punição administrativa pela negligencia de que- com a pena de prisáo correccional do art. 390.' do Codigo
trala o $ precedente, quando não tenha logar logo que se Pega1 e cumulativamente com a pena de multa declarada
dê a mesma negligencia, pode verifica~~se mais tarde, com- no art. 8.Od'este decreto, as publicafies de quaiqaer na:
tanto qrie a demora não exceda o periodo de tres annos. tureza gae contenham palavras, photographias, phototypias,
Se a esse tempo o agente do Ministerio Publico tiver pas- litbographias ou gravuras obscenas, ou que se possam con-
i8 - ~ YOL 1
. -
si#erar offensivas dos bons costumes ou como incjbmeato - M o Publica, nálo poder%@promover o processo pela
P acbs deshonestos. de-diffamação, ainda que.0 réo da injuria seja absolvidmc
<Ar€. -O crime por abuso de liberdade de imprenia D -A. lei de 43 fev. 1896 (4) ácerca de anarehistas @r-
periadica, será punido nos termos de direito cóm@um e &rt. k o@):-A
, imprensa não poderii occupar-se de-
do presenfe decreto, pelo tribunal da circumscripçio .em - f a W o11 de attentados de anarehismo, nem dar noticia das:
g ~ g - e s t a séde da administração do periodico. - , diiigeaeias e inqueritos policiaes e dos debates que houver,
.~@t.33.O -Sé o periodico estiver irregularmente consti- - n ojulgamento dos processos, instaurados contra anarehístas.
?a&; ou por n3o ter editor, ou por não designar a sede 5 1." No caso de infracção d'este premito, commeuida
da sua administrqão, serh competente ó tribunal da xír- . por imprensa periodica, a auctoridade yolieial poderh sp-
cnilrscripção ondi! primeiro se fizer a apprehensão de dais prehender os numeros do periodico que contenha a inkw-
ou mais numeros, salvo quando se trate de crimes em qoe ; @o, e o editor deverá ser intimado para que, desde logo,
d o pbde haver procedimento sem queixa do _offendido, figue suspensa a puhiicação e venda do mesmo periodim:
porque, n'este caso, será competente o tribunal da circum- -- 3 2.' D'esta diligencia será lavrado um anto e ragelfitlo
~ r i p ç á oem que o qneixoso tiver o seu domicilio ou res!- ab respectivo juiz de direito, a fim de que, ouvido o editor, -
dencia, se este não renunciar ao &.eu fôro. declare por sentença, dentro do praso de oito dias, cwtados
krt. i 4 . k - O presente decreto começara a vigorar em .da recepção do auto, a suppressáo do periodico, se houver
Lisboa e, seu termo no dia imaediato ao da sua publica$io razão'justificativa do procedimento da auctoridade policid,
no @af.lo do Gwerno, e tres dias depois do da sua @$i- 'ficando, no caso contrario; sem effeito a inlimação do-editgr.:
ca$ão, no resto do continente do reino. fj 3.O No caso de infracção do disposto no eorpp &e&
$<mito. Nas ilhas adjacentes e na Madeira, vigorari3 tres artigo por imprensa não periodica, os escriptos &o ap-
&as, depois do .da chegada da primeira embarcação, que prehendidos pela auctoridade policial, e o seu- auctor, &I,
'mnduzir a publicação oficial d'éste decreto*. (1) -na sua falta, o proêrietario da typographia onde fez a im-
-
C Deereto n.O-2 de 29 de março de 4890. - - pressão, será condemnado na multa de 5 0 0 m . reis:
..
~
'Ai=t,- 6."- . 2.')Quando um artigo publicado oa AI%. 5.O-As disposições d'esta lei são applieareis aos
outra qualquer- publicaç50 contenha injuria, procede a aac- -anctores d 4 factos n'elli incriminados, ainda. que practi--
éusaqão por este crime, ainda que em outra parte da mesma -dos anteriqrmenle. (%)
pllbIica@o ou~artigohaja imputação d'uni facto òffensiro
da honra ou consideração do ogendido, mas promovido o
processo por crime de injuria pelo offen-dido-ori pelo Minis-
(i Foi posta em vigor no Uftramar, como se v&do Boi. da W é ,
n
.
O 4
1 de 1896.
(2) O BF.M k p l P a e k o na sessão, no13, de 49: fev. 1896, da ca-
. (&) O acc. do Sup. Trih. de Just. de 40 nov. 1894 decidiu que não =ara dos pares, consnbstancíando as razões do sr. ministro da jus-
kadmissive~aggravo do despacho que manda responder- pdieia r* Anonio #Azevedo para justificar o projecto d'este art. 4.0 de-
cotreccional um jornalista,-porque sendo a lei de imprensa especial darou que este, nas explicqões que dbra, pareceu afflpar que a
não póde àdmittir a ãpplicação dos preceitos geraes sobre processo iwioiinaqão estabelecida em tal artigo, correspondente aquelle p e
crime correceiona1 ou ordinario. Um juiz assignou rencido. -Q. 6, acima se iê, Bao abrange senão a narrativa dos attentados anarehis-
i07 de 1897. %as, ou a dos debafes judiciaes sobre este assumpto, e que a retro-
Sem embargo d'esla doutrina as Relaqões estãa diariamente a aetiuidade estabelecida no art. 5.0 não vae aMm dos actos e factos
admittir o referido recurso, emborarestricto ao caso de não ser wÍ- recentes, não comprehendendo nem abrangendo a imprensa. O sr.'
minoso o facto, nos termos do art. 17: do deo. 1 de i5 set. 1s!(:i?.
Ú.O minist~aconwdou plenamente, tomando-se assim esta3 explicações
Parece-me esta jurisprudencia mais consentanea com tts prinei- &rIrpeta@o antheutica da lei.-Diano 6kC Eamara dos pat'e8 do
pios juridicos. i896, pag. 195.
- - ELOCod. Adm. de 3896, dispõe:
' '
sAi2.- SFil?--Noexercicio das attribuiças que lhe eon- H-Pelo dec. de 8 fev. 1897 foi concedida akn@tir
fere o no 3.' do art. 388.", compete ao governãdor civil:
%'Tomar providencias sobre pregões, cartazes e! annun-
6Kts em logares publicas, sobre exposição ou afixação de-
-@rtazes, aqnuncios, lettreiros, distios, íiguras, quadros, . -
estampas, imagens ou sobre quaesplser publicações que pos- decreto ae i890,eÍ1ão coaretando tanto os direitos relativos á criticá
poe todos t6m sobre-os actos publieos dos funecionarios, a quèm os '
saia .provocar manifestações contrarias a ordem publica eoutribnintes pagam, intendo ue deve ser eonveriida em &i, quíúido
ou sejam oüensivas da moral, do decoro e honrados fmo devidamente modifieada,em $umai de suas disposi@es.
3onitrios e dos particulares ou de qaaesquer corporaçõesi. Entre outros pontos sou deparecer-quedevera ser alterada-ah-
.F- O dec. de 14 fev. 1897, interpretando as disposiç%s - mação do tribunal collectivo, compondo-se do jniz de direito, d'úm
dos advogados do auditoria tirado ásórte e do presidente da c a m a
do n? 3.O do art. %.O da lei de 3 abril 1896 que trata da municipal; e O jary deve compôr-se não pela fórma eommum, w s
re-ma dos serviços policiaes de Lisboa, diz no art. i.*: sim de cineo cidadãos, sendo um jornalista, nas terras onde haja nu:
.--*As disposições do na03 . O do art. 25.O da lei de 3 de mero siiperior a cinco, do rssidente da camara; @um advegado do
ãbfil de 1896, não são applieaveis aos crimes de alinsp de andiforio, d'um professor $ensino superior nas terras onde os haja,
ou d'um professor de ensino secundario, nas terras onde os haja,
libardade de; imprensa,. (1) d:nm dos-dez maiores proprietarios, e d'um dos dez maiores e-
- *-.Pelo offi~iodo Min. da Just. de 2% fev. 4897, dirigido^ rnewiantes, todos sorteados & excepção do presidente da camara.
ao Procurador Geral da Coroa, se reeommendou que os Os tribnnam de honra quando fôsserninstituidos, e os quaes a wu- ~
aeiegados não procedessem por erimes de abuso de liber-, sütuiçZo de t822 no art. S... re.iiiiiiia n'nm a que chamava %bt~ml
espccid, destinado a proteger a Illerdade dè imprensa e a cohibíres
dade de imprensa, quando Ihes parecesse náo haver em abuses, podiam, a meu ver, ser formados de sele membros: o '
*aiquer apreciação,, embora apaixonada; intuito crimi- magistrado jud~cialpresidente; um jornrii:. [:L; um professor deemsiao
ROSO, devendo dirigir prkvio aviso aos que assim procedam 2 aiperior ou secundario, na falta d'aque~le; um iiiilii.lr de patente -
e, Se estes persistirem no desregrarnento,, então devem superior a de capitão; um advogado; o presidente d a camara; e uh
pr@r a competente acção criminal. Diz mais o citado -dos dez maiores proprietarios.
Este tribunal e w Lisboa, Porto e'cabqas de distri* devia ter
&&Iqúe pela forma vaga em que se encontra ,redigida a eompetencia para jnlgartoctas as questões referentes a uijunao yer-
nossa legislação sobre liberdade de imprensa, não e facil baes DU eseriptas, sem appeiia@o nem aggravo, todas as vezes que
precisar onde acaba a critica e começa a offensa, para se as partes concordassem e m s e submetter a elle, sendo obrigai?rie
nos delictos de imprensa quem quer que f h s e ó delinquente.
fa'zer .uma incriminação justa. (2) B- Dispõe o projecto, mencionado na alinea A, do modo sepuinie :
.: - O direito de expressão do pensamento pela imprensa,
~ A r t1
garantido na Carta Constitucional da monarchia e-no Codigo.Civil,
$era exercido de conformidade com as disposições da presente lei.
(i)Tid. a$. 20 d'esta obra. 5 mim. Iutender-se-ha por imprensa, para os effeitos d'esta lei,
(2) A I.!- eamara dos senhores deputados f$ apresentada em - &
. d q ~ rforma de publicação graphica.
. Art. 2.6-0 direib de expressão do pensamento p d a imprensa
46 d y t o ia37 pelo ministro da justip sr. Veiga Beirão uma p n
wpaeta e lei de imprensa cqm o n.O 48-A que do theor abaimmea- se& livre e como tal independente de censura ou caupão, mas o aue
cionado. d'elle abusar em prl-jiii:.o da sociedade ou de outrem ficara sujeito á _
Esta proposta, contendo~disposiçõesde maior liberdade, (i) que o r?speeiiva res onsil~ili~tade civil e criminal.
Art. 30 - lerão eonsidehdos abusos nos termos dó artigo ante-
cedente, e pa- os effeitos d'esta lei, os crimes de offensa, diiama-
(1) As condigws da nossa imprensa sSo as mais apertadas possivel, ebegaado q;ii,. injuria, calumnia, ultraje e provoe.~?::~~ previstos aos artt. t a ,
a cleseonhecer-se nas leis o direito dc ser M1Mdo vreojamente antes da condeano- t:;:~:; 160.q 169.0, i8i.0, 182.0, 407.0 a e U3.0 do Codigo Penal,
principio de direito natural este tão antigo> recoi.lin-.ido que na mfi- .qnan@ commettidos pela imprensa.
cr@mperpetuade Paris, feita pa assembleia reunidaem 1;" reiiiPin&lolario rio;
se eonsigoou, como sepdo ama das grandes conquistas du espirito humano b '
g 1.0 A offensa consigirá na publicaçk de materia em que hj~ja
ideia de obacurantismo completo d'aquelle tempo. -faltado respeito devido ao Rei, aos membros de sua familia, sobera-
nos. e ohefes de n a @ ~ estrangeiras, ou cujo objecto' seja excitar-o
d ,
@raf e ,completa para todos os mimes por a b u l de liber- dade de imprensa, em que s h e n t e f8sse $arte o M i s -
' a o ou o desprezo das suas pessoas ou impntar ao Rei actos dci go- ' 4.0 Cidadão portuguez ;
yemo no intiriw.de lhe impôr a respectiva respoiisabilidade. . 2.0 De maior idade;
4 A publicação pela imprensa de injuria contra as aùc2orida-
$O
.
3-0 Achar-se no goso dos direitos pditieos e civis;
des puhlicas B comiderada como Feita-na presença d'estas. .- b." Ilomic$liado na comarca onde a pnblicaçãqhouver de ser feiQ;,
---Art.4.0- Quando em alguma publicação houver referencias, al- Livre de culpa;
Insões ou phrases equivocas que possam implicar ~~iG.nsa, diffimagão, 6.0 Inscripto na matriz da contribW$io predial ou industrial.
ou iauria para alguem, pcdera qualquer que n'ellas se julgar com- 5 1." A. inscripção na-matriz podera s e r substítuida pela wmrpe-
tente articipação.
phendido exigir da auetor, quando conhecido, do editor, e na falta
ü'estP, do dono do estabelecimento em que a impressão se houver A
1 Ninqem poderi ser simoltanarmente edítor de mais de-=
penodico politieo.
~&ita, que n'um dos tres dias irrimediatos a sua reelamaçã~declare~
express&ente.pela imprensa se as referencias, allusões, ox phrases h.10."- Nenhum periodieo se poderá publicar sem que~sehaja
wivoeas se referem ou pão ao reclamante. -f&toperante o delegado do procurador régio da eomarca ou vara em
$ 1.°A reclamação facultada n'este arti o será feita judicialmente que se achar o estabelecimento em que a impressão houver de fa-
&s temos prescngtos no art. 628.O do CO&O do Processo Civil. zer-se, urna declaração contendo:
4 . qpessoa notificada, nos termos do paragrapho antecedente, - 4.- O titub do periodico, e o seu modo de publicação;
qge sé recmar a fazer a declaração, ou não a fizer pela fórma indi- 2.0 Os nomes e domieilios do-proprietario e do eaitw; - '
3.O A indica 50 do estabelecimento em qne.tem de se i m p i d ,
*.
cada'ti'esteartigo, incorrera na pena dc multa de 38000 réis a 3 0 8 0
3
,
W a d e d'esta; :e por isso o que cada publicação adoptar deve ser seb a eommtnqb da mnlta,de 108000 réis por -da numerb, q@e
compkamentg distincto dos que ja se acharem legalmente apropria- em contravençao.se uhliear, e por que responderao solidaríatnente
dos. - - - pesssgs meneiona$as no artigo antecedente.
Art @-Toda e uaiqner pubiica~ãotera a indica$% do esta- .AIt. 13.O -Os periodicos são obrigados a inserir em .dos% $ I-I
belecimento onde se I& a impressão, sob pena, pela contra~en@io a meros, no alto da sua prime!ra pagina, a ncme do seu editor, e aui-
este greeeito, de multa de um a tres mezes, que será imposta ao res- .&cação da @e da -a administração além da do eshhebeirnento
pectivo dono OU administrador, e que, no caso de reineidencia, se@ -onde se faz a-ipressao, sob a responsabilidade e pena dèelaradaias
ag avada com a prisão correccional pelo mesmo tempo.
funico. Exceptuam-se da disposi& +este artigo as listas ele- RI,
no unico do artigo antecedente.
ir? -Todo amei* e, eopozir á venda, vender, distriboir
en affixar publicaç6es cnja suspensão haja sido ordenada incorrerá,
toraes, bilhetes, convites, cartas, crrculares, avisos, ã o u m p;ipeis
qae é uso ser parcial ou totalmente impressos. &mo contraventor, na pena de prisão de tres a trinta d i s e mnlb
drt. 9.O -Todo o periodico terá um editor, pe devera reunir as correspondente. -
eguinkis habilitações : ArJ. 15.0- absolutamente prohibido, soh pena de desobediencia,
terio Pqblico, eommettidos ate a data do alludido decreto, , devendo os pr&ssos . inskurados pelos -feridos &e
aiiiiiiiiciar ou apegoar, por oceasião da venda ou distrib@ç% na via
piillliar mais que o titulo e o preço da respectiva publicação.
ArL 46.0-De to&- as publicações s e depositará um exemplar c@o incriminada e-sobre omaterial da imprensa em que houver -
em eada uma das bibliothecas nacionaes de Lisboa;Porto e Coimbrá sido feita, quando seja o dono d'aquella;
e de todos os periodicos se entregará um exem lar ao âelegado do 2: gpotheca legal sobre o immovel -em que a publicaqão~uver
procurador regi0 da comarca ou districto crimid, onde fôr impresso sido feita, quando seja do dono d'esta.
e orno ao respectivo procurador régio. 5-2," O privilegio estabelecido no n." 4.0 d'este artigo preferirá a ,
$, 4.0 A falta de obsenancia das disposições d'esfe artigo s e d pu- outro qua!quer da mesma espeüe.
nivel com a multa de 56000 reis por eada falta do-depo@to.ou da 8 3.0 Frca salvo ás pessoasmencinnadas n'este artigo o direito a
-entrega n'elle prescriptos que sera imposta ao respedivo editor, e, haver dos agentes dogcrimes de abuso de libeiadadede impretísa, a.
não o havendo, ao dono ou administrador da respectiva imprensa. importancia que pelos mesmos agentes houverem pago.
8 2.: Ficam exceptuadas da disposição d'este artigo as publica--. -
Art. 41P 0 procedimento judicial pelos crimes de abnso de li-
-ções rnenc:enadas no 8 m i m do art. 8.O
Art; 47.0- Pelos crimes de abuso de-liberdade de imprensa ser@
berdade de imprensa, fóra dos casos em que o Codigo Penal tom
accusaçk dependente de reqnerimento de parte, e pelas eontraven-
*
responsaveis o editor e o auctor; na falta de editor, tambem o 'dono - ões L disposições d'esta lei, será sempre promovido pelo Ministerio
- ou administrador do estabelecimento em qne a pubiicaqão se effe- b i c o , sem dependencia de instrucqóes superiores.
mar, podendo-o ser alem e independentemente d'estes todos os que 4.0 O procedimento ordenado n'este artigo, deveri, com respeito
prova terem sidoagentes do erime, nos termos do. capitulo 111 do a-crimes de abnso de liberdade de impreosa c o ~ e t t i d o appr
- titalo I do livro I do'Codigo Penal. @os, ser i~Manradono praso de trinta dias depois da pubI~a@Ó--.
g 4.- Os t o,mphos, os impressores e os distribuidores ordina-
rias ou vendzores ambulantes de periodicos só serão sujeitas á res-
8 %.O A falta de cumprimento do, disposto n'este artigo e seu 8
sera punida com cpat er pena disciplinar, e ai6 com a demiS6g0,-
v,
ponsabilidade, imposta n'este arti;, quando se provar acharem-se
i n e ~ s o na
8.
Wf de nenhum &feito, fazendo-se n'ellos p e r ~ t u osiléi- cio, e .os seus agctores ser postos em liberdade, se p'@
-
Ari. 19."-Feito o eorpo de delicto serão os autos continuados ao além de-um mez.
I n í s t m o y i c o para no praso de vinte e quatm horas deduzir a - - 3 4: Se -o processo. houver de ser julgado com intervenção-do
sna.aceusaçao. - jhry, o julgamento verficar-se.ha, sem dependencis da epoeamâr-
8 unico. Na accusação articular-se-ha.0-crime com todos as suas - eada para as audiencias geraes, mandando o juiz n'esle caso convo-
circumstanci~,apontando-se a disposição penal appucavel è indi- .a r extraordinariamente o jury.
cando-se as testemunhas, gue nunca poderão ser mais d e d x o . . 3 S.* Se o proeesso houver de ser julgado ao tribunal cofle@va;
-
Ari. 30.e Apresentada a accusação serão logo 6s autos concln- a jurymandara dar vista do processo a cada um $os respectivos vo-
sos-ao juiz, que. dentro de quarenta e oito horas, fanpati o seii de& g~ ar vinte e quatro hora.
p&o,~recebendo on-I& a aonisação, e mandando-a, no easo a r - to
-8 No caso previao pwagrapho a n t e c i d t e , a .?&e&+
6atra ean& não deverem ser retidos em prisão. -D. G.,
- n . O 34.
CAPITULO IX
'jrùgamedto seri presidida pelo juiz de direito da comarca ou de dis- Processo nos crimes por anarehismo e contra osque 8mpregm
tricto, e, findos os debates, todos os vogaes do tribnnal reunirão em sabstsneias eqlosivas
eyferencia secreta e lavrarã? a sentença em fóma de accordão,
p.o qna1 haverá sempre dois votos conformes.
8 7. -Se O accusado não com reeer na audieneia do julgamento A lei de 13 de fevereiro 1896, (1) regdando esta ma-
e nao juslifiear a falta, ou o tri&al a nHo houver por jmtificada, t&ia, dispõe o seguinte:
se6 julgado revelia, pelo juiz presidente, sem intervenção do jury
&.dos juizesadjnntos. Art. I.a -Aqueltes que por discursos ou palavras pm-
-5 8.0 Da sentença absolutoria oa condemnatoria proferida e m
iatervenção do jury cabed rgenrso de revista para o Snpremo Tri-
bunàl de Ju-tiça; e do aCcordao do tribunal colkctivo, caberá recurso
pe appellaçao paimaa Relação do disbicto, quando as partes n a hajam
d'este desistido, dispensando a redilcção dos depoimentos das teste-- quando todos sujeitos á mesma competencia de julgador, mas depois
rn- a eseripto, e do accordão da Relação liaver$ recurso de re-
@s@para o Supremo Tribunal de Justiça.
: &e instaurado o respectivo ~romssonáo se lhe additará ou armen-
s ad outro algum. -
3 9." Os accordãos proferidos nos recursos fácultados no p a r a m Art. 40.O-Nos processos por abuso de liberdade de imprensa>
- pbo anterior serão publicados e haver-se-hão por intimados nos mes- não serão admitiidas testemunhas de fóra do continente do rem,
mos termos que os proferidos em materia commercial. &do. instanrados em comarea n'elles situadas. e de fóra dos B k -
Art. 332 -Nos processos de diíbmação quando for admissivel ~rictos'insulares,quando ali instaurados.
prbsa Sobre a verdade dos factos imputados, nos termos do art. w.3.. Ari. 4i.0 - O editbr do perioàico B obrigado a pub@&u gratÜi+
do Codígo, Penal, e do art. 6.O d'esta lei, o r60 articulal-os-ha sepa- mente :
d a m e n t e na contestação, juntando documentos eompmvativos, e 1.0A defesa de qnalquer individuo ou pessoa.mord, injnriados
m l de testemunhas. - . - ou diffamados no periodico, comtanto que a respectiva materia $o
$aanico. No caso do n.O 2.O do art. 408.O do Codigo Penal & seri exceda O dobro da extensão da argui ão.
. e.* 0 desmentido og rectificaç?io feita olücialmente de qua&eF
.. ."
á8ntissivei a mova resultante da sentenea oassada em iolmdo ao -
tempo da pubficação. -noticia publicada ou reproduzida no periodico.
-
Art. 34.O- No caso do r60 haver cumprido com o disposto fio ar- 3.0 A sentença condemnatoria proferida em processo por abuso
- tigo anrerior, podera o Ministerio Publico Ire Iicar no praso de. oito de liberdade de imprensa, eontra o periodico, na integra.
dias, juntando docnpentos e rol detestemunias- 5 i: A reclam 50 ao editor do periodico para fazer qualquq das
Art. 36.0-Sera reputado um só o procedimento crimí~alpor ptiblica$Ões facnlc%ts n'este artigo, será feita jndicialmentenosteP-
'abuso de liberdade de .imprensa promovido pelo Ministerio Publieo mos prescriptos no art. 645.0 do Codigo do Pr-sso Civil,-entre*
e por alguma parte aggrauada, e de !rido se &irmarium só procem. do-se no acto da notificação a defesa do argaido, o ilesmeniido@n
Art. 36.0-Se no procedimento criminal não intervier o Mmistepio r e c t i f i w o offidai, on a copia da sentença.
PÜblico, serão applicaveis .a parte aceuzadora as disposições d'esta 3 ko-A ~ublica@oa que se refere este artigo e os seus numem,
deve ser feita na priméira pagina do primei. numero que sepu-
-1 4 respeitantes ao Miaioterio Publieo. blicar, respectivameae depois da noticia feitá os termos do para-
AI% 37P - Passrindo em julgado o despacho que receber a accu-
sa@o e mandar responder o ré0 em andieneia de polipia correceion^,
por mime de abuso de liberdade de imprensa, observar-se-hão os
temos ordinàfios d'estes_yrocessos, deuendo, porém, o dia para a
aúdiencia do julgamento ser fixado por um praso nunca superior a
oito dias.
Art. 38.0 -AS contravençijes as disposições da presente lei serão
jdgadas em pmcesso de policia correccionai.
-
Art. 39.0 Poderá roceder-se coqjunctamente por diversoseri-
1181 de abuso de libe& do imprensa contra o mesmo criminoso,-
t&idas pablicaihente, -por escripto de qualquer modo pu- Mi,~do,ou por outro qaaiquer modo de-pubticagão, defen-
. ,
der, applaudir, aconselhar ou provocar, embora a pro~o-.
caçáo não surta effeito, actos subversivos quer da esisS-
do numero de um periodico sO poderão ser prohibidas nos casos
tencia da ordem social, quer da segurança das pessoas ou
seguintes: , da propriedade, e bem assim o que professar doutrinas
i."Ac%anùoise suspensas as garaniias nos temos dos 08 33." e de anarchismo conducentes Ci pixtica d'esses actos, ser&
3k?-do nO . 445.0 da carta- Constitucional: eondemnado em prisão correccional ate seismezes, e, enm-
2.O Estando suspenso o periodico por sentença judicial:
Contendo offensa ao Rei,-ou a qualquer membro da sua familia,
$traje a moral publica, o-uprovocapo a crimes contra a segurança
flo ejtado.
f i.e A prohibição facultada n'este artigo poderi ser ordenada e r&to e indirecto com as testemdas que se designem, afim'de
effwtliada ela auctoridade administrativa. mas oera immediatamenle comprovarem, nos termos do art. Iaoda lei dé 25, dez. --o
submettida~ao'comgetentejuiz de direito,' afim de este a confirmar jornàl foi posto á venda publica, ou se se distribuiram exemplares a
c annuilar. mais de seis pessoas-; ou se acintemente se lançaram mais de tr&
8 2.9 Antiullada a prohibiçáo pelo juiz de direito, ter& as que houi em logar publico onde podessem ser apanhados; ou se piiblicaraent@
verem sido com ella pre'udieados, direito a indemnisação. se annunciou a-sua venda; ou se o periodico é habitudmente vm-'
5 3+i A irnportancia i a indemnisaç80 nunca seri superior i do- dido nas ru* ou logares publicas. (la)
peço dos exemplares da publicação, on do numero do periodiee, O corpo de delicto directo deve versar sobre a conformidade do
cqjã eireulação houver, de faeto, sido impedida, e sahii'a do fundo escripto publicado com o autogapho, transcrevendo-se para antq o
- espciai de piulbs. alfudído escripto, bem como s0br.e o facto da injuria e sobre qm&.
8 4.0 A mn6rmação ou &mullação da prohibiçãÒ não préjdiea as p a l à m que a significam.
ear;e;rso algum a competente acção criminal. Acceita por despacho do juiz a responsa$iiidade do aucfòr, m-a-;
Arr &h?-A introducqão no reino e a circulação de-quksqner .dase o processo com vista ao Minisrerio Publico on a parte, e pro-. - -
publicações estrangeiras, poderão ser prohiidas por deliberam do segue-se em seguida aos demais termos par&julgamento em pokéa . .
--
wnselho de ministros. mrreecional.
- f $.O O ministre do reino, porém, poderá ordenar a pmhibiçãa fa- Notaremos que na formação do wrpa de delieto 15 preeiso0~tr-&-
.cplr;ida n'este artigo, com.respeito a um numero de qualqúer perjo-- em vista a Iijrpothese respectiva, devendo a accusação RUIIRto&?
dí6fi: - òs elementos indispensaveis de~classificá~..~.~ : e assim, no caso d0.8
-
,
8 2.0 A contravenção as prohibições decretadas nos-tirmos d'este 5.8 do açt. 5: do dec. n . O . i de-29 março IR!II~. deverá o queixosa pro-;
@igo e seu LO, 6 punida com a pena comminad.a no 8 unico do ;ut var que as phrases aüusivas era a elle que se referiam, e não a outraa_
f2.q que ser% imposta ao eontraventor. pessõa
--Art. 45.0- O procedimento criminal judicial prescreve pelos cri- .(1) Por occasião~da&scussão d'esta lei na camara dos pares, IW
mes de abuso de liberdade de imwensa D ~ S S ~um~ Om o , e pelas trando ng debate o sr. Marçal Pacheco, foi por elle dicto O seguia%:
mitavenções a s dispesições d'esia lei p~ssadastres mezes. - . *Sr. F'resídente, o sr. ministro da justiça, na respesta que f& ftvm
. .-drt; 46.a- Os ~rowietarios e administradores de ~eriodieos.exis- de %r &s miubSs eonfirma@s, e. em deferimente a minha adi@tk
&ates a data da-pfimqlgagáo da presente fel, se& obi jp:rlos a &o; fez algumas declara@es - que,
- se bem.as intendi, foram & §e
confohnar-se no praso de trinta dias com as mas prescripçoes. .gUiÍstes: --
hrt. 47.O -Ficam revogados o decreta nO . i de 29 de março de
1890, confirmado pela.earta de lei de 7 de agosto do mesmo arno-e
r4.=--.Que os intentos d'este projecto não e m nem incriminy,
punir-osdireitos imprescripriveis de pensamento humano ;
.nem
-
.toda a legislaçáo publicada-ate aquella data que recahir-na maBr1.a i%*- Que a iacriminação estabelecida no aFt. 4:, a respeito da-
que a presente lei abrange e n'esta não resa1vadat imprensajlnão abrange sesio a narrativa dos attentados anar~hi-.
C - ProceBo. -Aqueile que quizer chamar á respunsab%d;ide ou a dos debates 'judiciaes-sebre este assumpto ;
pualquer jornalista, requerera au juiz, juniando a publiq@o respe- %.° - Quea retroaetividade estabelecida no ar€. 8.0 não vae além
etiva, que &ande intimar o editór do jornal para declarar qwm.8~0 '.
seu auctor e apre-ntar o autogapho, e que, sátisfeita esta formali- -" (.j A lei de -i.dez. .183P diz no art. 30.0- rA publica@ío effeetna-se
?dade, se intime o auctor para quem s e declinou a responsabilidade fado de terem srdo disiribuidos 04 exemplares a mais de seis pessoas, e de serm
a vir a juizo fazer as ct;nipetentm~dalaraçõesde qualidade e:de~ - Ipleados mais &e tres aci@emente em logar pi,:.,~.*ionde ossam ser apaobdos;
con&n&nento na putjlicaçáo do esc.rjpto, e de tomar a r e s p o w i - & &em em Logares gublicos m, ou mais e?erop!ares; ou Serem pos-
@de, procedendo-se em se-@da ao respectivo corpo de 6elictt.-@- $ mnda
i @h;e de se muwciar a sua venda publieamenter.~.
_'
. . N O S GEDÜ& DE- EB~G&A~@O:
PROCE&SO' C&iWZ3&INrr
m
'
ida esta, será entregue ao ioveoo, qne lhe dari o,des: rkos pòdeHo ser presos'sem~culpaformada, sendo conJ&
tino a que se refera o art. .10." da lei de Y1 d'abril de Vados em custodia, sem $m$são de fiança, ate" ao julgti-
1898, ficando sujeito a vigilancia e fiscalisação das aucto- mènto ~ii'decisãodefinitiva.
- rídades competentes, e o' seu regresso ao reino dependente
Art. 4 . O - . ..(Vid. Proceao por aba? de h p m a ] .
:. de dèspacho do governo, depois de feita -a justificação h- A@.' 5 . O -As disposiçí3es d'esta lei são applicavqis,aos
dicada no art. 13." da mesma lei. apcbfes dos factos n'ella incriminados, ainda que practiea:
5 nnieo. A pena comminada deste artigo deixara de dos anteriormente. (1)
-ser âpplieada quando ao delinquente for imposta por outros
crimes pená mais grave; cumprida, porem; esta, applicar-
se-ha o disposto na parte final do mesmo artigo.
Art, f .O -Se nos casos declarados no artigo ~recedente CAPITULO 5
não houver pablicidade, a pena de prisão correecional não
excederá a tres mezes, mas depois de cumprida será o Do processo nos erinies de emigra'agá4 elandestiai
OePn-queate entregue tambem ao governo para os effeitos .?
consignados na disposiijão final do mesmo artigo. .
krt. 3." -Serão julgados em processo ordiuario de que- .-Alei de 23 de abril de 1896, regulando a maneira de
rela, mas sem interveução de jury, e escrevendo-se os de- executar-se as disposições -do regulamento geral de policia'
'poimentos em audiencia, os réos incursos na disposição de 7 de abril-de 1863, dispõe o seguinte:
do art. 18.O (1) da citada lei de 21 de abril de 1892, e Art. 7." - Todo Lo-individuoque, estando -sujeito ao rè-
bem assim os de attentados contra as pessoas, como meio mtamento militar, intentar sahir do continente do rèino
-de propaganda das doutrinas do anarchismo, ou como con- óu das ilhas adjacentes sem -passaporte, '.ou fazend~.usa:
sequeqeia de taes doutrinas. de passaporte falso, será entregue á competente anctort-
unieo. Em todos os casos presentes por esta lei, os dade mí1itar;depois de julgado' nos termos do act: 46.O do
Regulamento de 7 d'abril de 1803, ou'cumprida-a peil;t
pne lhe fbr imposta nos termos do art. 226.' do -Codigo-
. .- , .
dos~act&e &tos recentes, e que MO comprehende nem abrange a *Estão sujeitos i jurisdieção dos conselhos de erra -organis*-
im- rénaa.8
8 sr. ministro da justica Antonio d3AeevedoCâsylo B w c - e&
mos termos doa artt. 2 8 5 . O e 984.0 üo presente cago.
4.0-0s agentes dos crimes de rodo, fogo posto, damno e eGrego
.-
firmando estas declarações, tornou-as interpretaçao authent- do 'ãe d e e r k s explosivas com o íim de destruir pessoas, edificios, vias
-
ensamento do legislador. Diario das sessssães da carnara dos Pares de 60mdunicação ou finlías bèIegrap6icas ou telephonieas.. -
8s 1896, p?g. 425, sessio, n.. (3, de 12 de fevereiro. Devo observar, porem, que esta disposição 6 applieavd -só em
(i)-Diz a lei de 91 de abril de 189%n? art. i5.0-*Será. punido. tem* de guerra, .como se vê da epigraphe d o Tit. II do.Liv. IiI,
eom a pena.de prisão maior cellokar por ooito annos, seguida de de- a que esta sujeito aquelle artigo.
gredo por vmte amos, com prisão no Iogar do degreàsate dois an- (i) Sendo contraria a constituição da Mouarchia a-dic~posição
nos; ou sem eila, conforme parecer ao juiz, OU, em alternatjva, com #este artigo, porque, segundo o $ 2.0 do art. 145.0 da G .C~nst.,~' a~
pena fixa de de-gredo por vinte e oito-annos com prisão no logar do' lei não pód@t a effeito ret$oactivo com respeito aòs direitos indivi:
degredo por oito a dez annos, aquelle que empregar a dynamite, a %as,por i s o intenão que o s tribunaes não podem- appliee cem
melauite ou outras substancias de analogos effeitbs explosivos, eom urisdlc ão a d~utrtna.consign@an'elle. Os juizes, n a ; ~ ~ 1:açã.i-da
~pI
o fim c~iminosodedestruir pessoas ou edificios, ou comnielter, por
meio d'estas substaneias, algum dos crímer previstus e punidos no '
kí, tamiem tLem davcr-k? hcalisar a sua c ~ n s t i r u c i o i u i i ~ i : ~ d e , ~ ~
m e sèfia!àbsurdo dar-bwa a disposicões, contrarias aos principias
liv. 2.9 i t . 5, cap. 4.0, secção 1: e secçao 8: do codigo penal*. estabelecidòs no acto pól&ct.ce da naçio, do qual deriva a obn'g@ò
- O Cod. Justiça militar de 13 maio 1896, dispõe no ârt. 3iP.O cjo mmpiignent? $e todas as leis que se prupulguem. ,
<~
19 YOL.I
Phal; a fim de se :lhe asentar praça, quando, teniia os. mar nã6 tenha s@. entregw ao commandapte do districii,
-ne-ssarios .requisitos para o serviço militar (1):- - - . - -do recrntamao e reserva, ate ao encerramento -dos ira-.
Art. 42.O -Aquelle que promover ou faiiorecer porWquàI- bghm- da jwta ordinaria ; - . ,.
- 3 . O -Aos mancebos que, tendo sido inspeccionadoi, não
-quermodo a emj~Taçã0clandestina, ou q u e aIlieiar emi-
--graqtes para sahirem do reino- com infracção das &posi- cornpareoerem no íiiii da sessão a prestar juramento;
@@.das reis enr-vig~r,inqrrera na pena de prisão. c-ellu; -
4.' Aõs~substituidos,no caso dos-artt. 430." e 131,";
lar- de dois a-oito annos, ou, em alternativa, na pena cor-. 5;"-Aos dispensados do serviço activo que dentro @e,
respndente de degredo. trinla dias, contados da data em que judicialmente foi r?.
1 .$jun'ico. - 0 s rbos incursos na comminação &este ir:
'
solvida a .petiç&i de dispensa, e aos remidos antes do
tigo seráo julgados em processo ordinarioEde qiierela, sem -alistame~to,que, dentro do mesmo praso, contado da data
-Mter~ençãodo jury, devendo, porem, escrever-se em aa- da.guia, a que se refe- o art. 13.4.@,náo se apresentarem
dsacia os depoimentos das testemunhas., nás sédes dos respectivos districtos de reserva. - *
-
*
' . A-* Regulamento approvado por decreto de 6 de -agosto. 2.O Morte de ascendente, descendente, conjÚge õu ir:
j4S96 para o serviço do recrutamento, dispõe: mão, occorrida durante os sito dias precedentes á a desi-. i
i hrt. 1~44.'- Serão levantados autos de refractario pelos
~coaimaadantesdos districtos dt, reçrutamento e reserva, - gnado-para a apresentação, comprovada por'atkstado le-
qge.os remetterão ao poder judicial no mais curtci prato. gal;'
3'O- Interrupção soffrida no - caminho por motivo de
I .O -Aos mancebos recenseados para s serviço,^ miijtar -.desastre,'comprovado por 'testemunhas; - --
. que, sem causa justificada e devidamente comprovada, fal- .,
dias .dêpois da data do auto. Art. 6."-Nos ea'sos previstos nos aog 4.O e 2 . O do art.
-.S-5.O -A nota a que se refere o paragrapho ante& ~' 408." do Codigo Penal é permittido ao r& da diffama@ó
dente, podera ser levantada se o interessado obtiver poste- provar a verdade dos factos imputados. . .
rlermente 'kentença judicial, que julgue infundada e injusta - -$ 1.' - Um decreto (i) especial- regulará a competencia
gquella qualificação. c
,
.?
- - , A egid@dqde de direitos consiste em ,tratar desegualmente pessoas
às condiçõds deseguaes.
- -~ . . Na natúFeza não ha egualdade perfeita no cte~envolvimentodos
.
~
seres, nem nas condições inbiuiduaese sociaes de cada um, não pas-
L (1) O,-&c. c dez. i886 dizia:-Art. 1.0- 4 s - i n t i m a m nos .- sandò de ideal esta aspiraqão humana. > .
processos de julgamento dos refracQrios, ordenadas nu art. e0.' da A injuria é um ataque directo a consideração dos indiaiduos, epor
lei de 81 de rnalo.de 1886, serão feitas nos termos dos artt. 188." e isso ás circumstancias pessoáes, geradas na sociedade de que se faz
189.O de-Codigo do Processo Civil, sem dependencia de ediaos e no I parte, sendo que a susceptibilidade Iiervosa dos homens póde iamx
Pespectivo @micilio legal, aos mancebos sujei-s ao recrutamento, bem fazer avultar este pime pelos damnos moraes que póde pro-
a seus paes ou tutores, ou a quaesquer outras pessoas qiie, conforme . vocar. . ,
direito, possam recebel-as.. .
,
-
~
& R&o
. . - ....~
..
@:jalgatTor e, a. fbrma do 'processo nos g s o s espeeiaes em :substituir q dec. de 30 dez. if392, assim &&o es€e-snbsji-';
que ,o réo da diffaníação fbr admittido a -provar a verdade.
idos factos imputados, observando-se a este respeito o dis-
posb na legislação vigente ate que esse decreto èsteja em
vigor. -fiscal e de policia de pesca no mar -1erritoria1, tendo-se em vista bs-
- $,2.0--(@iz respeito a\ injuria pela imprensa, devendo pautas aduaneiras approvadas por lei de 10 maio 1892, e bem-assim
ver-se o capitulo VI11 d'esta parte especial). os preliminares appmvados por dec. de 17 junho do mesmo anm.
A lei de 27 abril e seu regulamento, approvado por dec. de 3 de
dez. 1896, determinam quaes os productos sujeitos aos impostps de
fabricação e consumo, fixam as taxas e estabelecem as regras de fis-
cau-a ão.
-(5 dec. &e 3 dez. 1896 resoonsabilisa os fabricantes de eonSer-
CAPITULO XUI vas de peixe pelo pagamento dè imposto de fabricação, relativo aos
oleos comestiveis empregados n'ella~,qaando destinatias
.. ao wmumo
3s
do paiz. -
Ideia geral do processo nos delictos de contrabando, -0 refui,amenlo, appmvado por de& de 4 julho 1895 para e x 6
,àescaminho, e na9 trâtisgressóes dos regorámentos fiseaes c) edção do ec de i4 março e contracto de 45 abril 1895 sobre os ex-
clusivos do fabrico dcrs p.bsphoros e isca, 15 tambem muito imporlante.
-Em execuçao do artri7.0 do Tratado de commercio e navegas&
com a Hespanha de 27 março 1893,confirmado por C. R. de 21 agosto
O deaeto com força delei, n.O 2, de 27-set. 1894 qae, do m e m o -no, deve Vêr-se o C m ~ r approvado
o por dee,de 3 de
reorgani-ndo as semiços do contencioso aduaneiro, veio julho 189k, que deu vigor aos seguintes regulamentos: ,.
I -Para o eommercie terrestre pelos caminhos o r d i d ~ s ; -
-11-Para o commereio fluvial pelos rios Minho, Douro,'T?io e
Gu-ina, na parte navegavel que serve de limite entre Poktugal e
corròsivo e'tànto mais se encrava no cotaqão, quanto mab s e dis- Hespanha;
tamia o facto e se pesa ó valor da agressão, chegando sd depois IIZ -Para o eommercio maritimo;
d'nma meditação aturada a produzir indignação e eonsequencias e- N- PaFa o sertil:,, de vigilancia e repressão de cos6ab&do e
miveis. -- : dos d.escaminhos de direitos no commercie de importaçáo, Gportaçk
e trapsitò pelafronteira de terra, e pela parte navegavel, que servem
~
barem devidamente o graó de puniçg que cabe aos infractores da -O-dee. de 28 março 1887 fixa as penalidades'relativea liien:'
lei, sendo que uma expressão mais viva dirigida por um amo a seR -ças de la-àaraçáa de alambiques.
criado, ou a dirigidapor um superior a um seu subordiiado, não po- -A port. do Min. da Faz. de 16 março 4897- estabeiece. prescri-
k m ter a mesma~imputaçãoque a dirigida por estes aos primeiros. pções para a fiicalisqão dos e$abelecimentos de distillação -d@ál-
É dever lembrar qqe a Injuria está mals na iabenção qúe na ex- m e $ e aguardentes, isentos do imposto de producção.
pmão ou no gesto, e nemsempre aFmesmas expressões pudem si- - \rid. prescripçües respeitantes á introdueção clandestina de%%-
lhtites de loterias estrangeiras no dec. de 3 dez. 1896. - -
gnificar a mesma imputaçao.
Temos visto p é nos tribunaas não se tem dado s&ci*e i -Vid. Manual da proceaó do cóntencioso fiscal, approvan]~por
mjuria para se punir devidamente, accusando-se este modo uma dec. de 8 junho $94.. -,
grave provocação á indisciplina popular, comquanto seja obfigaçãir - r B- Com respeito ao Ufh%njar vejam-se as pautas d& anande-
dos juizes concorrer quanto poss,ivel para o melhoramento das xon-- ~*;$(1) e para' AngoIa-em especial-veja-se o dec. 28 do cmmis:
ãrgóes d e educagão publica.
'Estou, porém, em crer que .com o tempo ha de desapparec& este--
estado de coisas logo que o povo tenha-verdadeira noção Ba sua
importancia e dignidade. Cu&.-~emodrlac&o $provido por dn'e. de 16 abril is!,-
4 1 ) A-A fiscatisação das alfandegas do reino deve s e i feita na eoi- S. Thome o Priuciu'é. - emodelacãa aaomvada oor dec. (!e 16 abril 18%.
Formidade da regulamento dos serviços aduaneiros de 34 jan. 1889, ' .Congo.-Remdd&ãosimples se& insifuecões, ápprsvaba por dec. de 16 da
e ipstrucções approvadás por dec. de Ino- 1889 para os serviços ~ -áibril18%.
' .i!&@-
. .
k h ~ ~ NmO ~ R~É ~ Y~:O ~ s
., -
:tuiu o dec. d e 29 julho 1886, fazendo a cla~ific@ão.dos ddictos de contra%ando,descaminh6 e transgressão d&.re;
gulameutos fiseaes, estabelece o processo a seguir p ~ n t e
.os diversos tribunaes, e reeonheee duas Pormas-Èle processo
perante a s auctoridades do fisco; e duas criminaes comple-
d o regi0 de 10 oirt. 1896, publicado no Appenso neD$4.0 aos BOI. mentares perante as justiças ordinarias. . -
w: d~ me.mo ann.0, o qual, occupando-se do contencioso a d m i r o ,
, - m a no art. 27.O patro tribmaes de 1: instancia em Loanda, Beq-
0s tribunaes do contencioso fiscal de I.* instada são
guella, Mossame es e Ambriz, seòdo auditor o juiz de direito, ou o dois, installados, um em Lisboa e outro no Porto, dos gua&
'juiz mnnicipai ou o delegado do ~rocuradorda cor8a e fazenda, ser- o primeiro @range os districtos' de Lisboa, Farb, EBja,
vindu-ao mesmo tempo de presidente; e em Loanda cria um tribtinal ,
--superiordo contencioso fiscal de 2." instancia, sendo auditor e presi-
dente um 40s juizes da Rdaqão or turno,-como se v4 do art. i::.,
o qual tribunal comprehende os %strictos das alfandeas de Ltb:h~l:(
Bengud;~a,Mossamedes e Ambriz e respectivas estaçaes 6scaas.so- .&%i Como depois foi considerada f&a d.8 d i s c i p l h a interposição dos
balternas, como %e v6 do a. á4.0 recnrsos (l dos despachos dos commandantes pelos apprehen~ores,
--Com rela@o a India vejam-se os regulamentos do :rllbari e foi piilali-!ala a pofi prov. do mesmo mnulbo eom o neO408 d e L7
Rorestaes, apprgvados pela port. prov., n.O 707, de 5: dez. fh!ii. julbo 4õ9&, na qual se passou para os administradores de concelhos
s e determinando, p o ~ m ,no regulamento organico do bat:rlli:in, da a ~wmpetenciapàra proferirem os despachos de procedencia @rim-
:g p ~ d a@cai da India, approtado pelo dec. prov., no45, de rd jan. procedencia das apprehensões, nos termos do -aH. 57.O do r e m a -
4897, a fórma do processo a seguir, se determinou qa porj. prov., d~ mento do abkari, @m como para rocederem as diligencias de qns
conselho governativo, no374, de 28 junho 1897, publicada~noBoi. tratà o art. 58.0 e Seu untco, fi?cando mantihs as dispoiiç8es da
d%India, n." 68, que os julgamentos das transgressões do abkari e bataib30 da guai.l:i Asca!, relativas i s sppreheisões, Iewnlammía
ftbrestaes em Gôa, Damão e Diu, continuassem nos tribunaes jiidi-e d'autos e outfas ~liIi~.en~'i:irque- precedem-os referidos aespacbgs-
Eiaes, ficando em vigor o art. 82.0 do reg. do abkari de 5 dez. i89á, e BoJ.~daInáii, n.O ;ti de i*:~:.
as dhposiq6es do reg. do dito batalhão, relativas as apprehensóes, Ie- - O processo fiscal nos taritorios da Companhia de Moçambique
vantamento ã'autas e outras diligencias que precedem -o julgamente por taxas de licenças para estabelecimentos commerciaes e indus-
" ~. Maes e exereieio.de certas rofissões r6gula-se pelo regulamento
.- approvadopar dec. de 19 set. !89&, BOI.Moç, n: 18; e nos @rri[orios
~&rix.-Remodelaeso appiovada pordec. dè 16 &ti1 1893, quc?ioffreualte - &a Companhia do Nyayassa em hbu ambique e b reg. provisorio nO . 4,
.?es no dec. de 7 dee.'do mesmo amo. -
Feóhado *o auto- que deve ser assignado por todos os que rk'elle:
intervierem, passa á auctoridade instructora a proferir, não um sim-
.pies despacho de indieiaçãp, mas uma verdadeira sentença absolvendo
= ou condqnanbo-os-argpidos, conforme a prova que resn1tac;das de-
'14) O-Man.do Proc. do Cont. Fisc. ensiiia nos seus ar%>8.9 9.9 e cla~rrpõesd'sstes e dos agentes fiscaes, e no caso % condemtqão,
'40.0a'seguinte doutrina. O apprehensor ou a p p r e h e n ~ s ,escripfa fixara. a imporWanoia,dos direitos e multa aue os arbidos- -tenhamde
a participação e constituido o depoimento, ~ I ~ndo
I fôr caso d'élle, PWF-
devem entregar a mesma participação, levando jonto o bem0 d e de- Sem eaargo, porém, da renuncia de r e m ainda Pi permittido
p!sitO, a auctoridade fiscal competente para insti-%xir o pwcesso, s e a o recurso extraordinario directamente para o tnbunal superior no praso
o seu prjmeko acto mandar aulual-a. , , de oifo dias, quando os age4tes ou auctoridades íiscaestiveremcom-
" Feita â-autuação segue-se o auto .de apprekensão ao qual deverá methdo alglma violencia, preteripaode formalidades essenciaes, d e
$meder-se no dia e para que fôram iniirnadas as testernwhas, negqSo de recursos contra a expressa determina ão dalei, ou qual-
evendo a auetdi&ade rnstructara come ar por pergnntar aos ap- quer tnjustica grave ou natopia- art. 129d do lec. n.O f de 37 &
prehegwres- ou participaniss e p s arguihos, e s e d o - p r m t e s , se set. 1894.
do Conteneioso fiscal de 49 julho 4897 -1). G.: n.O 477, &%o,-Nas delictos d e &arabando e-nos de, ilesa-
fazem tambem notar qne a competencia n'este processo -miáEro de tabacos, tecidos, alcool ou aguardente, quahdo a
smmarissimo comprehende todos u s delictos de desca- . . importàocia dos direitos e da miilta applicael br superiòr
minho, e n ã e os de tabacos unicamente, nem os de contra- a 2063000 reis, os delinquentes encontrados-em flagrante
r
bando ou transgressão dos re lamentos dscaes.
Em quafquer caso, proferi a a condemnação, s e o s ar-
@dos não pagarem a multa, devem ser remettidos ao juiz
- delicto'serãoppturados e detidos em custodia até final jd-
gamento; -sempre que não; depositem ou caucionem, nos
iergos da lei, o maximo da multa e os respectivos direitos,
de direito para os conservar em prisão por tantos dias ,fixados ao despacho de indiciaçáo fiscal, proferido conforme
qaantos os necessarios para a satisfaça da multa, na razão o disposto no'art. 76."- art. 27.O .
de 14!MO réispor dia - art. 49.", $ &O - Em todos os outros casos d e descaminho, e ainda nos
11. -P~ocessoord2nario. - O processo ordinario cqgsta de~@baoos,tecidos, alcool ou aguardente, em que a import
dos seguintes actos principaes: -instmçdo, julgamento e tà@a dos direitos e da multa appIicaveI fbf. infdiur a'
mcqão. 3orSoOB réis, os delinquèntes encontrados em flagrante de-
A -Iwlruqih. -A instrucgio comprehende a appreh- licto devem sèr capturados _e detidos em custodia, quando
sÜ.0, partzc@ção ou denuncia, (i) prisão, indiciação e con- não depositem immediatamente a multa e os direitos',