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AS PBSSOAS
susceptibilidade abstracta e qualitativa de titularidade de direitos e obrigações, , ,, \UA vida é inviolável. O artigo 6~ do Código Civil, para ser compatível com a
como é tradicional na doutrina portuguesa, a susceptibilidade de aquisição de;
1 ,.,,.1ln.,t)ão, com as coordenadas axiológicás do sistema e com a natureza das
direitos antes do nascimento por doação e sucessão e a susceptibilidade de sei
1111,1', temde ser interpretado como referido, não à personalidade jurídica, cuja
representado no respectivo exercício, admitida pelos artigos 9522, 2033•, n• l,j
1878", n• 1e 2240•, n• 2 do Código Civil, tornam inegável a personalidade jurídica
do nascituro já concebido. I IIAt ítl!RkBlllA, Código Cfl1f/ l'ortugua Am1otado, 1, 2~ e-d., Jmpn:nsa da Unh•ersld:ide, Coimbra,
1'1 ''f, f>'ga. U e segs., cm anotação ao ~migo 6° do Código de 1867, cscre-.·c: "a capacidade juridica.,
A construção positivista formalista da personalidade jurídica só consegue, 10, llllA.nto só pelo n:L,.cimcnto se adqui.n, rctrotr:ic-sc :ué à époct1. da conccpç.10, pertencendo ao
ultrapassar esta dificuldade considerando que, antes do nascimento, os d.ireitos 1,1,ljyf~uo que nascer com \fid:i e co1n tigura humana, os direito." que lhe houvere1n sido deferidos
atribuídos ao nascituro são direitos sem sujeito, o que constitui uma contradição t, ,1110 Jo..<1 trezentos dJas anteriores ao seu nascimento, que é o pcriodo máximo da gcst:ação". Para
nos próprios termos e uma solução arti6cial. • fltll flllRMe MourRA, hi.ttituiçiJe1do Dirdto Civil Portugu&, cit., 1, pág, 167, o nascituro j~concebido,
•tlf• tio nascer, não pode ser considerado pessoa, mas beneficia de pr-Otccç:i.o (objccti\fa) da lei
'" l #pc:et~dva do seu nascimento"; uma vez nlScido coLn \•Jda, a lei confoi:c-lhc "'os direitos que
111 h•vorln adquirido, se jâ d\'e$SC nascido". Também para CA8RJ\L DE MoNCADA, Lif6ts de Dircit<J
1.t'fll. clt,, 1:ntgs, 253-257, a l'Utela pré-n:tul é objecth--a; o regime dos referidos artigos 147~ e 177611,
"' Cfr., por todos. FruTZ FA8R.1crus, RclativitUl der R«l1tiflJJ1igk,u., .Beck, Münchc11 und Bcrlin, 1963.
,j!!Orom npcnas sigoi1icar que os nascituros podem ser contemplados em doa~-ões e testamentos
Na doutrina alem5 a questão tém sido ptejudic:tda pelo uso do termo Rcchtsflil,igkt:it, cujo significado
1•••• o ciclto duma legítima t.Xpeaatf,,o: o seu nlScimcnto". Estes bens nio são logo adquiôdos por
engloba indJstinramcnte a person3Jidade juridic.-. e 3 capacidade de gozo e que tem sido muJt:.as vcu:s
lida com o sentido exclusivo de personaJidadc. t, li "m11sfi(.llm-lhe1 reservador na expectativa de que venham a nascer: a aquJsl.ção de tais direito.s só
"' 11oro;1r-.sc cfoctlva, no caso de o cmbri3o vir a ser gente, o que só aooncece com o n:tscimcnto.
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